os desafios da escola pÚblica paranaense na … · etapa 7 – abrir algumas caixas-pretas sem a...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
1. FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
TURMA - PDE/2013
Título: UM ESTUDO SOBRE A ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NO ENSINO
FUNDAMENTAL
Autora Delcia Corrêa Gomes Vieira
Disciplina/Área Ciências
Escola de Implementação do
Projeto e sua localização
Escola Estadual Santa Terezinha Ensino
Fundamental, Av. Werno Bruno Ritter, 292.
Município da escola Palotina - Pr
Núcleo Regional de Educação Toledo - Pr
Professora Orientadora Lourdes Aparecida Della Justina
Instituição de Ensino Superior UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do
Paraná - Campus Cascavel
Relação Interdisciplinar Língua Portuguesa; Educação Física.
Resumo
Após anos de experiências trabalhando com
adolescentes, percebe-se que ainda não
possuem a compreensão da importância dos
alimentos e seus nutrientes para a saúde do
corpo. Com a presente Unidade Didática,
pretende-se desenvolver uma cultura de
valorização da saúde alimentar, em prol do bem-
estar do organismo humano. Para o
desenvolvimento desta Unidade, são propostas
atividades diversas, levando o aluno a perceber
que o mais importante é a qualidade e não
apenas a quantidade de alimentos que deve ser
ingerida.
Palavras-chave Alimentação Saudável; Saúde; Nutrição; Ensino
de Ciências.
Formato do Material Didático Unidade Didática
Público Alvo Alunos de 8º ano do Ensino Fundamental II
1. Introdução
O ser humano como todo ser vivo, possui o seu ciclo vital: nasce, cresce, se
desenvolve, se reproduz e morre. Todas essas fases são determinadas por aspectos
socioculturais que se manifestam em hábitos comportamentais, próprios de cada
cultura. A alimentação é uma necessidade biológica comum a todos os seres vivos,
e estes necessitam consumir diariamente várias substâncias alimentares,
fundamentais para a construção e desenvolvimento do corpo: proteínas, vitaminas,
carboidratos, lipídios, sais minerais e água. (PCN/BRASIL, 2001).
Atualmente tem se falado muito em alimento saudável, aquele que nutre sem
causar nenhum dano ao nosso organismo. Castro (1998, p23) enfatiza que,
“infelizmente a moderna alimentação, em grande parte, é baseada em alimentos
processados, que não contêm os nutrientes básicos necessários”. Isto se deve a
falta de tempo para o preparo do alimento. A maioria das pessoas possui uma
jornada de trabalho intensa, não sobrando tempo para se preocupar com o que
realmente é fundamental para a sua saúde, uma boa alimentação. Principalmente as
crianças e adolescentes se alimentam, muitas vezes, com produtos industrializados,
não ingerindo os nutrientes necessários para a sua formação, sendo que uma
nutrição balanceada é a base para assegurar e manter uma boa saúde.
Pesquisas têm demonstrado atualmente que um grande número de
adolescentes possuem problemas de colesterol, que é o nível elevado de gordura no
sangue - uma doença antes considerada de pessoas idosas. A Sociedade Brasileira
de Cardiologia (SBC) alerta que: 20% das crianças e adolescentes brasileiros têm
colesterol alto. Nesta faixa etária, o nível elevado de gordura no sangue pode
antecipar em até dez anos problemas cardiovasculares como o infarto. (PAES,
2013).
Por esta razão, acredita-se que a educação para a saúde é muito relevante
para crianças e adolescentes, pois nessa faixa etária, não possuem a compreensão
da importância da alimentação para saúde e que uma alimentação inadequada pode
desenvolver doenças crônicas. A escola deve cumprir o seu papel, trabalhando com
conhecimentos sobre o valor de uma alimentação saudável, contando também com
a ajuda da família e da sociedade científica, divulgando os benefícios de uma
alimentação adequada e prática de atividades físicas.
Como aporte didático, no desenvolvimento da intervenção na escola, será
usada a metodologia de ensino denominada ilha interdisciplinar de racionalidade
(FOUREZ et al., 1997). Uma ilha interdisciplinar de racionalidade mostra uma
representação teórica adequada de um contexto e de um projeto, sendo possível
comunicar e agir sobre o assunto. Para construir a ilha de racionalidade são
propostas algumas etapas, que tornam possíveis o desenvolvimento do trabalho até
atingir sua finalidade. Estas etapas são apresentadas de maneira linear, flexíveis e
abertas, em alguns casos podendo ser suprimidas e/ou revisitadas, quantas vezes a
equipe julgar necessário. No presente trabalho o desenvolvimento se constitui em
um total de oito etapas, mais a etapa zero, que corresponde a elaboração do
problema de estudo.
Etapa 1 – Fazer um clichê da situação
Esta etapa tem por objetivo fazer os alunos expressarem como eles
entendem que seja uma alimentação saudável sem conceber uma significação
crítica e rigorosa. É o ponto de partida da pesquisa. Ela parte da experiência
cotidiana e, às vezes, revela pré-julgamentos profundos. Nela serão mostradas as
ideias intuitivas do grupo, sem preocupação com nenhum tipo de formação especial.
Pode-se também optar pela exposição de um técnico, ou ainda, pela desmontagem
de um equipamento a estudar (FOUREZ et al., 1993, p. 125). Nesta etapa, a
pesquisa pode ser feita em forma de perguntas abertas e específicas a respeito do
conteúdo estudado. Ela reflete os pré-conceitos que os alunos tem sobre o assunto
abordado.
Etapa 2 – Elaborar o panorama espontâneo
Nesta etapa, busca-se ampliar o clichê através da formulação, pelo professor
e pelos alunos, de outras questões importantes relacionadas com o projeto a ser
desenvolvido e que ou não foram levantadas no primeiro clichê ou foram
abandonadas. Esta etapa ainda é bastante espontânea, trata-se de questionar e
lançar dúvidas ao invés de responder e fornecer explicações. Caracteriza-se pela
compreensão e apreensão da posição dos alunos frente ao projeto, ainda não se faz
apelo aos especialistas, porém a experiência do professor é fundamental na
definição das questões cujo critério para a escolha é o seu vínculo com o projeto a
ser desenvolvido. Esta etapa constitui-se das ações descritas a seguir:
· Listagem dos atores envolvidos;
· Pesquisa de normas e condições impostas pela técnica;
· A lista dos jogos de interesse e das tensões;
· Listagem das caixas-pretas possíveis para o problema proposto;
· Lista de bifurcações;
· Lista dos especialistas.
Etapa 3 – Consulta aos especialistas e às especialidades
Se entre os membros do grupo que desenvolve o projeto não há quem possa
explicar a respeito de determinado assunto envolvido na situação, pode haver a
necessidade de consultar especialistas, o que permitirá a definição de abertura das
caixas-pretas. São adotados critérios para a escolha dos especialistas: a situação e
o projeto selecionado no início e os objetivos escolares.
Etapa 4 – Indo à prática
É uma etapa em que ocorre o aprofundamento do assunto definido pelo
projeto e pelos produtores da ilha de racionalidade, é quando ocorre o confronto
entre a própria experiência e as situações concretas.
Etapa 5 – Abertura aprofundada de algumas caixas-pretas e descoberta de
princípios disciplinares que são base de uma tecnologia
Esta etapa é caracterizada pelo estudo aprofundado, por uma pesquisa mais
detalhada de algum ponto abordado pelo projeto, presentes na abertura de caixas-
pretas. Pode acontecer com o ajuda de especialistas ou não, entretanto não se
busca esgotar todo o conhecimento ligado às ciências da natureza. A abertura das
caixas-pretas deve estar, em última análise, condicionada ao contexto, ao projeto,
aos produtores e destinatários da ilha interdisciplinar de racionalidade.
Etapa 6 – Esquematização global da tecnologia
Esta etapa é uma síntese da ilha interdisciplinar de racionalidade produzida.
Pode ser em forma de uma figura ou um resumo contendo os principais pontos da
ilha interdisciplinar de racionalidade e indicando as caixas-pretas que podem ser
abertas pelo professor, conforme a conveniência. Após estes processos, é possível
dar uma representação teórica de uma alimentação saudável: uma ou mais ilhas
interdisciplinares de racionalidade a esse respeito.
Etapa 7 – Abrir algumas caixas-pretas sem a ajuda de especialistas
Elaboramos intuitivamente explicações para situações do cotidiano, mesmo
sem determinarmos todos os conceitos científicos e técnicos envolvidos. Entretanto,
estas soluções são parciais e muitas vezes precisam ser completadas com
conhecimentos científicos e/ou técnicos. Isto exige o auxílio de especialistas. Estas
construções provisórias são de grande importância, pois produz o sentimento de
autonomia frente o cotidiano. Desta forma, a busca de modelos aproximados
deveria ser um objetivo educacional perseguido na escola.
Mesmo que estes modelos aproximados não tenham todo o rigor necessário,
eles são importantes, pois tratam de situações da vida cotidiana. Em geral, os
problemas e situações da vida cotidiana exigem uma tomada de decisão concreta
que envolve a avaliação de vários fatores interdisciplinares e, sendo assim, a
consulta de um grande número de especialistas.
Etapa 8 – Síntese da ilha interdisciplinar de racionalidade produzida
Para sintetizar a ilha interdisciplinar de racionalidade é necessário cruzar
elementos variados de maneira objetiva. Para tanto, Fourez et al. (1997) coloca que
quatro questões devem ser respondidas:
a) O que estudamos nos ajuda a “negociar” com o mundo tecnológico
examinado?
b) Ele nos deu uma certa autonomia no mundo científico-técnico na sociedade
em geral?
c) Em que os saberes obtidos nos ajudam a discutir com mais precisão
quando da tomada de decisões?
d) Em que isto nos dá uma representação de nosso mundo e de nossa
história que nos permite melhor situar-nos e fornecer uma real possibilidade
de comunicação com os outros?
O processo interdisciplinar proposto é um modelo pedagógico que fornece um
quadro que permite o estudo de questões para as quais um processo disciplinar é
muito pequeno. Ele propõe um método para aprender a pensar orientado por
projetos, como fazem os engenheiros, os arquitetos, os médicos e, no fim das
contas, como pensamos quando não queremos reduzir a uma só dimensão as
situações concretas que encontramos no cotidiano.
3. Desenvolvimento da unidade didática
3.1 Objetivo geral
- Investigar as percepções de alunos do ensino fundamental II sobre a alimentação
saudável e possibilitar a tomada de consciência pelos mesmos da relevância de
cuidados alimentares.
Etapa 0: Você sabe o que você come?
Comida é a origem da saúde humana, embora saibamos que ela também
pode conduzir a doença. Para muitos de nós a comida é, ao mesmo tempo, fonte de
prazer e motivo de dor. (CASTRO, 1998, p.36). Para que uma pessoa possa fazer
uma alimentação saudável e equilibrada, ela precisa conhecer os alimentos e os
nutrientes que cada um possui, para não correrem o risco de contrair doenças como:
diabetes, colesterol e obesidade, ou uma possível desnutrição, devido a uma
alimentação inadequada.
Tabela informativa 1: Os Alimentos e seus Nutrientes
Alimento Nutrientes
Abacate Rico em potássio e folato. Fonte de ferro, vitaminas A, C, E, B6.
Abacaxi Fonte de vitamina C, B6, B1, folato, ferro e magnésio.
Abóbora Fonte de β-carotenos, vitamina C, potássio , fibras, vitaminas
hidrossolúveis.
Acerola Fonte de vitaminas A e C.
Agrião Fonte de β-carotenos, vitamina C, cálcio, ferro.
Ameixa Fonte de vitamina C, potássio, vitamina B2, fibras solúveis e
insolúveis.
Arroz Fonte de amido e proteína.
Azeitonas Fonte de vitamina A, selênio e antioxidantes.
Bananas Fonte de potássio, folato, vitamina C e B6.
Batata Fonte de potássio, folato, vitamina C e B6. A batata doce possui
β-caroteno.
Beringela Contém fibras, mas, em geral é pobre em nutrientes.
Beterraba Fonte de folato e vitamina C. as folhas são ricas em potássio,
cálcio, β-caroteno e vitamina C.
Brócolis Fonte de vitamina A e C, folato, cálcio, ferro, contêm
bioflavonóides, protegendo contra o câncer.
Carnes Fontes de proteínas de elevado valor biológico, vitamina B12, ferro
e zinco.
Cebola Fonte de vitamina C e β-caroteno.
Cenoura Fonte de vitamina A, fibras, potássio e β-caroteno.
Farinhas Fonte concentrada de amido.
Feijões e outras
leguminosas
Fontes de amido, vitaminas, ferro, potássio, zinco, fibra e
proteína.
Iogurte Fonte de cálcio, fósforo, vitamina (A e B) e zinco.
Leite e
derivados
Fonte de cálcio e proteína de elevado valor biológico
Limão Fonte de vitamina C.
Maçã Fonte de fibras, pectina, flavonoides com atividade antioxidante
preventiva de radicais livres.
Mamão Fonte de carotenoides, como o licopeno e criptoxantina,
antioxidantes, vitamina C e fibras.
Mandioca Fonte de carboidratos, cálcio, fósforo e vitamina C.
Manga Fonte de β-caroteno e vitamina C.
Milho Fonte de tiamina e vitaminas C e A.
Morango Fonte de vitamina C, folato e fibras.
Nozes e
sementes
Fontes de vitamina E, selênio, magnésio, cálcio, zinco e potássio.
Amêndoa, pistache, sementes de linhaça, de abóbora e de
gergelim são ricas em ferro.
Ovos Fonte de proteínas e vitamina B12 e outros nutrientes.
Peixe Fonte excelentes de proteínas completas, ferro, vitamina A,
selênio, ácidos graxos ômega-3. Atum, salmão e cavala,
possuem maior teor destes nutrientes.
Pêra Fonte de vitamina C e de folato, rica em fibras. Apresenta
propriedades antioxidantes.
Pimentão e
pimentas
Fonte de vitaminas A e C.
Rabanete Fonte de vitaminas A e C, folatos e fibras.
Soja Fonte de proteína, ferro, fibra. Fonte de lignanos e isoflavonóides,
duas famílias de fitoestrógenos que estruturalmente são
semelhantes ao estrógeno estradiol.
Tomate Fonte de vitaminas A e C, folato e de potássio, com proteção
antioxidante.
Uva Fonte de pectina, bioflavonóides, vitamina C, ferro e potássio.
Fonte: DE NGELIS, R. C.; TIRAPEGUI, J., 2007.
Dando início às atividades, será entregue a cada aluno uma planilha
(Anexo A), para que anotem as suas refeições diárias, durante uma semana. No
desenvolver desta unidade, faremos a tabulação dos dados, que será
representado em um gráfico de barras, sendo que o mesmo será utilizado no
artigo final.
Etapa 1: Investigando
Para a realização dessa atividade, será entregue aos alunos, um questionário
composto de questões que permitem uma avaliação dos hábitos alimentares de
cada aluno como também de sua família. Após serão feitas as mesmas questões no
coletivo da turma.
1) Porque nos alimentamos?
2) Você sabe como é uma alimentação saudável?
3) Você vai ao mercado com a mãe? Que tipo de alimento escolhe para você?
4) Você já ouviu falar em nutrientes? Sabe o que é?
5) Alimento e nutriente é a mesma coisa?
6) Você tem o hábito de consumir frutas?
7) Você come saladas todos os dias?
8) Quantos copos de água você bebe durante o dia? (incluindo sucos).
9) Você consome carne todos os dias? Qual o tipo que mais consome?
10) Quando você consome carne, costuma tirar a gordura ou prefere as
gordurosas?
11) Quantas refeições você faz por dia?
12) Você tem hábito de lavar as mãos antes de se alimentar e após ir ao
banheiro?
( ) Sim, sempre ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca
13) Você costuma tomar café da manhã todos os dias?
14) Que tipo de leite e seus derivados você consome habitualmente?
15) Quantas vezes por semana você come legumes e verduras?
16) Geralmente você come mais alimentos salgados ou doces? Que tipo?
17) Você faz atividades físicas regularmente? Que tipo?
Etapa 2: Fazer um panorama espontâneo 2.1 Inicialmente será realizada uma leitura individual e silenciosa do texto
informativo apresentado na Figura 1.
Figura 1: A dieta Saudável. Fonte: BROCKELMANN, 2011.
Após a leitura do texto acima, tente lembrar, quais os alimentos que você
consumiu em suas últimas refeições, destacados na figura 1, colocando-os de
acordo com suas funções no organismo.
Refeição Alimentos
Energético Construtor Regulador
Café da Manhã
Almoço
Jantar
a) Na sua alimentação diária, você consome todos tipos de alimentos de
acordo com sua função?
b) Qual o nutriente que você menos consome?
c) Você sabe da importância do consumo de água e alimentos que contém
fibras, para o organismo? Explique.
d) Sabendo da importância dos alimentos, e a função que desempenham em
nosso organismo, você considera a sua alimentação balanceada e
saudável?
Aprendendo um pouco mais
Para fixar o conteúdo trabalhado, os alunos serão separados em três grupos,
sendo que, cada grupo fará um cartaz destacando os alimentos, de acordo com a
sua função em nosso organismo, (energéticos, construtores e reguladores)..
Na sequência, após os alunos já terem adquirido conhecimentos a respeito
dos grupos alimentares de acordo com as suas funções, vamos conhecer um pouco
sobre as vitaminas, uma substância importantíssima para o nosso organismo.
2.2 Vitaminas
São substâncias orgânicas, presentes nos alimentos de origem animal e
vegetal, em quantidades muito pequenas, ajudam no crescimento do organismo
humano e manutenção da vida, ajudando também no controle do aproveitamento
dos lipídios, carboidratos e proteínas. Os grupos de alimentos ricos em vitaminas
são os de verduras, frutas e legumes. Vejamos alguns exemplos na tabela abaixo.
Figura 2: Vitaminas, Fonte: BROCKELMANN. R.l., 2011.
1) Analisando as tabelas acima, de acordo com a sua alimentação, qual a
vitamina que você:
a) Consome todos os dias:
b) Consome uma vez por semana:
c) Nunca consome:
d) Previne infecções:
e) Ajuda na reconstituição dos ossos e dentes:
f) Protege os músculos e dá energia ao organismo:
Etapa 3: Palestra com especialista
Palestra ministrada por um profissional, na área de nutrição, a fim de orientar
os adolescentes em relação à escolha de uma alimentação saudável e equilibrada
para preservação da saúde.
Roteiro da palestra:
1- O que é alimento?
2- Como deve ser a nossa alimentação?
3- O que significa alimentação equilibrada?
4- Quantas refeições devemos fazer durante o dia?
5- É importante ingerir frutas e verduras todos os dias? Por quê?
Etapa 4: Indo à prática
Salada de fruta
Será solicitado que cada aluno e também o professor traga uma ou mais
frutas para preparação da mesma, que será distribuída igualmente entre os alunos
da sala. Uma forma para que conheçam os diversos tipos e sabores de frutas e
integração entre a turma.
Figura 3 : Frutas diversas. Fonte: Portal do Professor.mec.gov.br
Etapa 5: Abertura de caixas-pretas com ajuda
5.1 Transtornos alimentares.
Figura 4: Transtornos Alimentares Fonte: BALLONE, 2007. Fonte imagem: Portal dia a dia educação.
Transtornos Alimentares
É frequente ouvir uma adolescente magricela dizendo
estar de regime. O uso indiscriminado de inibidores de
apetite, geralmente anfetaminas, tampouco gera reprimendas
mais intensas (Jornal do Brasil, 14 de outubro de 2001). Esses
comportamentos, porém, podem ser um sinal de alerta para um problema
mundial que atinge 1% da população feminina entre 18 e 40 anos e pode
levar à morte, mas que só agora começa a receber a atenção devida no Brasil.
Os Transtornos Alimentares formam uma verdadeira "epidemia" que destroem
sociedades industrializadas e desenvolvidas atacando, sobretudo,
adolescentes e adultos jovens. Quais serão os sintomas dessa epidemia
emocional?
De um modo geral, o pensamento errado e doentio das pessoas
portadoras dessas patologias se distingue por uma obsessão pela perfeição do
corpo. Na realidade, trata-se de uma "epidemia de culto ao corpo" que se
multiplica em uma população patologicamente preocupada com a estética
corporal e afetada por alterações psíquicas relacionadas ao esquema corporal.
É assim que os Transtornos Alimentares veem aumentando sua incidência
perigosamente e já começa a alarmar especialistas médicos, sociólogos,
autoridades sanitárias.
A busca obsessiva pela perfeição do corpo manifesta-se de várias
formas. Existem os Transtornos Alimentares mais tradicionais, que são a
Anorexia e Bulimia, mas, existem outros quadros que se estimulam e
desenvolvem na denominada "cultura do esbelto".
Após a leitura do texto acima, para adquirirem mais informações sobre
transtornos alimentares, os alunos deverão fazer uma pesquisa na internet sobre:
O que são, quais e como são os transtornos alimentares no seguinte
endereço:
http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=82.
Após a realização das atividades sobre o texto Transtornos alimentares, e
para que nossos jovens não passem por esses transtornos, veremos na sequência
como os alimentos estão dispostos na Pirâmide Alimentar e quantas porções devem
ser ingeridas ao dia.
5.2 Pirâmide Alimentar, o que é?
Figura 5: Pirâmide Alimentar, Fonte: Philippi, 2006.
É um guia na forma gráfica, com o objetivo de mostrar que uma alimentação
saudável, deve ser variada e equilibrada. De acordo com o gráfico acima
apresentado por Philippi (2006), os alimentos estão separados em oito grupos,
sendo que os mesmos devem ser consumidos com moderação, respeitando as
porções indicadas em cada um.
1º grupo: arroz, pão, massa, batata, mandioca - fonte de carboidratos,
nutrientes que nos fornecem energia.
2º e 3º grupos: verduras, legumes e frutas - fonte de vitaminas, sais
minerais e fibras, muito importantes para nosso organismo.
4º grupo: leite e seus derivados - fonte de cálcio, proteínas e vitaminas,
ajudam na formação dos ossos, dentes e ajudam na formação das estruturas do
corpo.
5º grupo: carnes e ovos - fonte de proteínas, nutriente básico para a
formação das células, ajudam no transporte de oxigênio no sangue, e formam os
anticorpos que defendem o organismo contra infecções.
6º grupo: feijões, castanha, nozes - também fonte de proteínas, são
elementos estruturais do organismo.
7º grupo: óleos e gorduras - fonte de lipídios fornece energia, ajuda na
constituição das membranas das células e são isolantes térmicos.
8º grupo: açúcares - também conhecido como glicose, é uma fonte de
energia, mas bastante calórica, devem ser consumidos com moderação.
Todos os alimentos são importantes para o nosso organismo, mas devemos
consumi-los de acordo com a quantidade indicada no guia alimentar.
5.3 Caça aos alimentos.
Após o estudo sobre a pirâmide e já conhecendo os alimentos de cada grupo
alimentar, o aluno deverá encontrar no caça palavras, o nome de três alimentos
pertencentes a cada grupo da Pirâmide.
Q Á R I M L S Ã Ü M A N D I O C A C Ò Ô P X H R C
U Á S N P D Ú É É J R Ô J D L X S J Ç C É H Õ Í E
E Ò T V Q I Ü S M A R G A R I N A V S X Ü Ò N Ê N
I Ó U Ó Õ O E Ê U Ú O J I L À Ç Ó Í À L U J X Â O
J S H Á N V O W Â X Z P X S Ò A Ç Ú C A R A P A U
O Õ S Z P O Ò É À Í Ê É N Ô E R C H R Í Ó É G Ó R
D S M O Â V Q V Y Z Ã T J N Z P E I X E Ò F Ô Ó A
Ç N Z Â R R Ú V Â À Q G É L F U E Ó Á W I Y P F Á
X Z G Z Ô V B P S O J A Ê Ç B A N H A R Ô L N Ç C
R Ú Ò F A Q E À E N W G Í À E T A Ü U J Q A Z K Õ
W L K P Ã O Â T Ò Ó I À Ò M E W Í D Â N Ú N J V V
J Ç F Í M Ã E É E T Ò X Ü T Ò V M O X B Á A G X Ã
à P Ú H O J O N Â É Õ D A E E N V R Ó Á S N U F Ã
F G D E E I D K Á À D M Q Q J Ò I A B A C A X I Ã
R Õ P G Z E Ô É Ó B O É B S P I L Ã M T I B B G Ó
A L L T X F À Ô Z T M C N S Ó Õ Q T Q R Y M Â S J
N I M F Z M Z G E T T A X B À Ü Ê J Ç D S Y P B U
G Z L Á Õ R J O H Ê Õ Ó L E O Ã L E É K E P Á J P
O U W C T E D É Ü Z É Ê Ú T Z W X A Í T Z U Ê Ú P
Ç Ú Ã F L E I T E M B À L Ò H V P Ô R Á Í A J W B
M J C Á Â Ô Z G D I À G F N X R L U Z A F V V I O
P Q H A I S C L B Ü R Ó F D Â Â G M C Á N Ó A J L
G Â C À Ü Ó Ó D Ê G H Ô Ã Z Ò O M Ü B P A J I Ú O
É G Õ J À Ü B G M Ó À E R V I L H A E B Ü Ò A U W
Ò A B Ó B O R A Ò Ü Ó F M F V Ó O Ç L X É Y I G U
Figura 6: Caça Palavras, Fonte: autora
Relacione abaixo, o nome do grupo e qual alimento encontrou de cada um.
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Etapa 6: Esquematizar a situação
6.1 Confeccionando a Pirâmide
Para realização dessa atividade, os alunos do oitavo ano, serão divididos em
oito grupos, ficando cada um, responsável em trazer figuras para confeccionar uma
Pirâmide Alimentar, já previamente traçada em cartolinas. Para escolha do grupo
alimentar, será feito um sorteio, o responsável pelo grupo de alunos, retira uma
ficha indicando qual o grupo de alimentos que deverá coletar figuras.
Figura 7: Esboço de uma pirâmide. Fonte: autora
A seguir, os alunos assistirão um vídeo com o título Dieta Saudável, e fazer uma
análise de qual orientação eles deverão seguir.
6.2 Vídeo: Dieta saudável, disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=82qpNgrFoB4 Duração: 00h06min13seg.
O vídeo mostra através de um desenho animado duas pessoas em um
Supermercado fazendo compras. Um deles é orientado por um anjo, enquanto o
outro consumidor é orientado pelo diabinho.
Durante o vídeo, os alunos serão orientados a prestarem atenção nos
alimentos que cada um está comprando, e anotar na tabela abaixo:
Figura 8: Indo as compras. Fonte: autora.
Orientado pelo Anjo Orientado pelo Diabinho
Após assistirem ao vídeo pela segunda vez e relembrando os alimentos que
cada um comprou de acordo com o seu orientador responderão as questões abaixo.
a) Quais os argumentos que o Anjo usou para orientar o seu consumidor
durante as compras?
b) Quais os alimentos que o diabinho orientou que o seu consumidor
comprasse? Qual a sua justificativa?
c) Quando você vai ao supermercado, você segue a orientação do Anjo
ou do Diabinho?
d) Qual dos dois segue uma alimentação saudável? Por quê?
6.3 Tabulando dados.
Chegou o momento de fazer a tabulação com os dados da planilha que foi
entregue aos alunos no início da implementação. Será analisado o número de
alunos que comeram frutas, verduras e legumes, durante a semana.
Consumo de frutas, verduras e legumes da turma do 8º ano B de 2014.
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
frutas
verduras
legumes
6.4 Conhecendo um pouco sobre o Fast Food.
Um tipo de alimentação muito apreciada pelos adolescentes, mas que deve ser
consumida com moderação.
Fonte imagem: Portal dia a dia educação. Fonte texto: <URL: http://www.infopedia.pt/$fast-food>.
Fast food e sua história
Em português significa "comida rápida", é um tipo de
refeição de preparo rápido e que pode ser ingerida em poucos
minutos. Muito usado atualmente pela sociedade moderna, em que
o tempo disponível para a alimentação é muito pouco.
A fast food surgiu em 1916, em Wichita, no Kansas, nos Estados Unidos da
América, por iniciativa da empresa White Castle. J. Walter Anderson, cozinheiro, dono e
fundador da empresa, vendia hambúrgueres com batatas fritas e cola. Os hambúrgueres
da White Castle, ao contrário do que acontecia até então, eram confeccionados
rapidamente numa grelha em brasa. O êxito da empresa foi imitado por outras cadeias
de restaurantes, muitas das quais recorreram ao nome White na sua designação para
serem associadas à imagem de sucesso da White Castle.
Na década de 30, nos Estados Unidos da América, a fast food continuou o seu
desenvolvimento, especialmente através dos drive-in, cinemas ao ar livre em que as
pessoas assistiam aos filmes dentro dos seus carros.
Mas o verdadeiro desenvolvimento da fast food deu-se a partir de 1948 graças
aos irmãos McDonald, Maurice e Richard. Recorreram a técnicas fabris e confecionaram
a comida sempre da mesma maneira. Foi criada uma espécie de linha de montagem e
cada empregado tinha uma função específica a desempenhar. Assim, foi possível passar
a atender pedidos em menos de um minuto. Para diminuir os custos, os irmãos
McDonald eliminaram lugares sentados nos estabelecimentos e recorreram a utensílios
de papel e de plástico.
Com o passar dos tempos, surgiram outras cadeias no ramo, como a Burguer
King, assim como cadeias de outras áreas alimentares como a Pizza Hutt (pizzas),
Subway (sanduíches), Baskin Robbins (gelados) e Kentucky Fried Chicken (galinha).
Na década de 70 ocorreu à internacionalização do fenômeno fast food, e estas
cadeias norte-americanas alastraram-se nos mercados de todo o mundo.
Em Portugal foi na década de 90 que se deu a propagação das cadeias de fast food, um
fenómeno ligado a construção de inúmeros centros comercias com praças de
alimentação.
Após a leitura e comentários sobre o texto acima, os alunos responderão algumas perguntas:
a) Você costuma ingerir alimentos do tipo Fast Food?
b) Qual o tipo que você habitualmente consome?
c) Você acredita que este tipo de alimentação é saudável?
Etapa 7: Abrindo caixas pretas sem a ajuda de especialistas.
7.1 Mitos ou Verdades?
Fonte: SOUSA, 2011
Mitos ou verdades ! ?
-Você já ouviu falar em mitos sobre alimentação?
-Sabe o que significa?
-Conhece algum mito?
Mitos (ou mentiras) sobre alimentos, acabam surgindo, sendo aceitos como
verdades com o passar dos tempos. Segundo (SOUSA, 2011), mitos são crenças
resultantes de hábitos conservados ao longo de muitos anos, assumindo um
papel de destaque nos hábitos alimentares. Muitos deles iniciam-se na infância,
relacionados a combinação de certos tipos de alimentos que seriam benéficos ou
prejudiciais à saúde. Estes influenciam diretamente as crianças, pois o
conhecimento popular é-lhes transmitido pelas mães e avós.
Certos mitos surgiram desde a escravatura como uma forma de educação, de
repressão, de controlar o excesso, e de controle social. A falta de informação
sobre os alimentos e os mitos que a sociedade impôs, faz com que as pessoas
não se alimentem corretamente, deixando de ingerir certos alimentos essenciais
ao nosso organismo, causando desnutrição e carências nutricionais.
Exemplo de um mito sobre alimentação:
-Comer o dia todo engorda?
FALSO: Como é de conhecimento de todos, o organismo trabalha por ciclos,
desta forma o ideal é fornecer quantidades suficientes de energia ao organismo,
de acordo com a sua necessidade.
Para conhecer quais são esses mitos alimentares, que estão presentes em
nossa sociedade, os alunos farão uma pesquisa sobre alguns mitos da alimentação,
disponível em: http://www.gulosoesaudavel.com.br/2013/09/16/alimentacao-e-mito-
e-verdade/
Após a pesquisa, acontecerá um momento de diálogo, entre a turma para
verificar, se já tinham ouvido junto aos seus familiares, alguns dos mitos
pesquisados.
7.2 Aprendendo mais.
Para aprender um pouco mais sobre alimentos, os alunos farão uma leitura
silenciosa do texto abaixo, sobre os benefícios de uma alimentação saudável.
Para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o ato de comer,
tem um significado mais amplo do que apenas assegurar as necessidades do corpo.
A alimentação está ligada a valores sociais, culturais, afetivos e sensoriais. Em
geral, comer é um evento agradável e de socialização.
A alimentação deve ser uma fonte de prazer e saúde , quando adequada e
variada, além de contribuir para a proteção contra doenças, previne as deficiências
nutricionais e protege contra as infecções, porque é rica em nutrientes que podem
melhorar a função imunológica. Quando nos alimentamos bem, nosso organismo
fica mais resistente. Essa proteção adquirida dos alimentos deve-se a três fatores
inter-relacionados:
1) Consumo de diversos nutrientes que protegem e mantem o adequado
funcionamento do organismo.
2) A redução da quantidade de gorduras saturadas, gorduras totais, açúcar,
sal, álcool, componentes relacionados ao aumento do risco de DCNT
(doenças crônicas não transmissíveis).
3) Baixa concentração energética ( menos calorias), que previne o aumento
de peso e a obesidade, aumentando o risco de DCNT (doenças crônicas
não transmissíveis).
Alimentação Saudável e seus Benefícios
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2008), apresenta dez
passos para uma alimentação saudável.
1- Faça pelo menos três refeições (café da manhã, almoço e jantar) e dois
lanches saudáveis por dia. Não pule as refeições. Fazendo todas as
refeições, evita-se que o estômago fique vazio por muito tempo, diminuindo o
risco de ter gastrite e de ficar com muita fome e exagerar na quantidade
quando for comer.
2- Inclua diariamente seis porções do grupo de cereais (arroz, milho, trigo, pães
e massas), tubérculos como as batatas e raízes como a
mandioca/macaxeira/aipim nas refeições. Dê preferência aos grãos integrais e
aos alimentos na sua forma mais natural. Nas refeições principais, preencha
metade do prato com esses alimentos. Se utilizar biscoitos para os lanches,
leia os rótulos: escolha os tipos e as marcas com menores quantidades de
gordura total, gordura saturada, gordura trans e sódio.
3- Coma diariamente pelo menos três porções de legumes e verduras como
parte das refeições e três porções ou mais de frutas nas sobremesas e
lanches. Frutas, legumes e verduras são ricos em vitaminas, minerais e fibras
e devem estar presentes diariamente nas refeições, pois contribuem para
proteger a saúde e diminuir o risco de ocorrência de várias doenças. Varie o
tipo de frutas, legumes e verduras consumidos durante a semana. Compre os
alimentos da época (estação) e esteja atento para a qualidade e o estado de
conservação deles.
4- Coma feijão com arroz todos os dias ou, pelo menos, cinco vezes por
semana. Esse prato brasileiro é uma combinação completa de proteínas e
bom para a saúde. Misture uma parte de feijão para duas partes de arroz
cozido. Varie os tipos de feijão usados (preto, da colônia, manteiguinha,
carioquinha, verde, de corda, branco e outros) e as formas de preparo. Use
também outros tipos de leguminosas. A soja, a fava, o grão-de- bico, a ervilha
seca, a lentilha podem ser cozidos e usados também em saladas frias.
5- Consuma diariamente três porções de leite e derivados e uma porção de
carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele
das aves antes da preparação torna esses alimentos mais saudáveis! Leite e
derivados são as principais fontes de cálcio na alimentação. Carnes, aves,
peixes e ovos fazem parte de uma alimentação nutritiva e contribuem para a
saúde e para o crescimento saudável. Todos são fontes de proteínas,
vitaminas e minerais. Caso opte por uma alimentação sem carnes (com ou
sem ovos, leite e derivados), procure um nutricionista para receber
orientações necessárias para alimentação adequada.
6- Consuma, no máximo, uma porção por dia de óleos vegetais, azeite,
manteiga ou margarina. Fique atento aos rótulos dos alimentos e escolha
aqueles com menores quantidades de gorduras trans. Reduza o consumo de
alimentos gordurosos, como carnes com gordura aparente, embutidos
(salsicha, linguiça, salame, presunto, mortadela), queijos amarelos, frituras e
salgadinhos, para, no máximo, uma vez por semana. Use pequenas
quantidades de óleo vegetal quando cozinhar (canola, girassol, milho,
algodão e soja), sem exagerar nas quantidades. Uma lata de óleo por mês é
suficiente para uma família de quatro pessoas.
7- Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e
recheados, sobremesas doces e outras guloseimas como regra da
alimentação. Consuma no máximo uma porção do grupo dos açúcares e
doces por dia. Valorize o sabor natural dos alimentos e das bebidas evitando
ou reduzindo o açúcar adicionado a eles.
8- Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa. Evite
consumir alimentos industrializados com muito sal (sódio) como hambúrguer,
charque, salsicha, linguiça, presunto, salgadinhos, conservas de vegetais,
sopas, molhos e temperos prontos. A quantidade de sal por dia deve ser, no
máximo, uma colher de chá rasa, por pessoa, distribuída em todas as
refeições. Utilize somente sal iodado. Não use sal destinado ao consumo de
animais, que é prejudicial à saúde humana.
9- Beba pelo menos dois litros (seis a oito copos) de água por dia. Dê
preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições. A água é muito
importante para o bom funcionamento do organismo das pessoas, em todas
as idades. O intestino funciona melhor, a boca se mantém úmida e o corpo
hidratado. Use água tratada, fervida ou filtrada para beber e preparar
refeições e sucos. Ofereça água para crianças e idosos ao longo de todo o
dia. Eles precisam ser estimulados ativamente a ingerir água. Bebidas
açucaradas como refrigerantes e sucos industrializados e bebidas com
cafeína como café, chá preto e chá mate não devem substituir a água.
10- Torne sua vida mais saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de atividade
física todos os dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo. Mantenha o peso
dentro de limites saudáveis. Além da alimentação saudável, a atividade física
regular é importante para manter um peso saudável. Incentive as crianças a
realizarem brincadeiras mais ativas como aquelas que você fazia na sua
infância e ao ar livre: pular corda, correr, pular amarelinha, esconde-esconde,
pega-pega, andar de bicicleta e outras. Evite o fumo e o consumo frequente
de bebida alcoólica também ajuda a diminuir o risco de doenças graves, como
câncer e cirrose, e pode contribuir para melhorar a qualidade de vida.
7.3 Testando Conhecimentos.
Para testar os conhecimentos adquiridos até o momento, os alunos
resolverão uma palavra cruzada sobre alimentação.
Figura 9: palavra cruzada, Fonte: autora
7.8 Conhecendo a realidade de nosso País, a respeito do desperdício de
alimentos.
A fome e o desperdício de alimentos
Falar em fome e desperdício ao mesmo tempo, fica um pouco estranho, por
serem palavras contraditórias, mas é um grande problema que o Brasil enfrenta.
(GOULART, 2008), em sua fala, afirma que o Brasil está entre os dez países que
mais desperdiçam alimentos, mais ou menos 35% da produção agrícola, é jogada
fora, o suficiente para alimentar umas 10 milhões de pessoas.
Dez por cento da população brasileira padecem de fome crônica, seus
ganhos são esporádicos, não sendo possível uma aquisição regular de alimentos.
Sabemos que a fome prejudica o desenvolvimento do organismo. Observe a
seguir um texto informativo sobre os efeitos da fome.
Figura 10: A fome, Fonte: Expoente, 2004.
Para que os alunos possam perceber, como é sério o problema do desperdício de
alimentos, assistirão a um vídeo(documentário), que mostra a proporção deste
problema que afeta nosso país.
Vídeo: Globo Repórter, Desperdício de Alimentos, disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=WBFbLkD9F3s
Duração: 43:26 min.
Após assistirem ao vídeo os alunos responderão algumas questões como:
1) O que você sentiu ao ver tantos alimentos jogados fora?
2) Em sua casa acontece algum tipo de desperdício?
3) Você conhece alguma família que passa falta de alimentos?
Você já ficou um longo tempo sem se alimentar? Se a resposta for sim, como foi a
experiência?
7.4 Jogando e aprendendo
No laboratório de informática, os alunos, fixarão os conteúdos, através de
alguns jogos online como:
- Jogos de alimentos
Os alunos deverão completar a pirâmide alimentar, colocando os alimentos no
grupo a que pertence.
Disponível em:
http://jogosonlinegratis.uol.com.br/jogoonline/jogos-de-alimentos/
- Poder dos alimentos
Este jogo possui várias fases, que para ultrapassá-las deverão vencer alguns
obstáculos. Cada uma mostra uma informação sobre a importância dos alimentos,
os alunos deverão ir anotando estas informações em seus cadernos, adquirindo
assim mais conhecimentos sobre alimentação.
Disponível em:
http://marianacaltabiano.com.br/turmadosuperv/jogos_aventura.htmlos alimentos
Etapa 8: Produto final – síntese da ilha interdisciplinar de racionalidade
Sistematização da aprendizagem.
1) Você consegue nesse momento, explicar o que é alimentação saudável?
2) Relembrando o conteúdo estudado, você acha importante comer frutas?
Quantas vezes por semana?
3) Após a confecção da pirâmide, foi possível entender a importância de variar
os tipos de alimentos, contemplando todos os grupos?
4) Vocês sabem identificar, quais os problemas que podem ser adquiridos,
através de uma má alimentação?
5) Os saberes obtidos, vão ajudar a escolher os alimentos do dia a dia,
inserindo verduras em sua alimentação para se-obter uma vida saudável?
6) A partir da realização deste trabalho, vocês mudarão seus hábitos
alimentares?
7) Vocês são capazes de explicar o que são nutrientes?
8) Vocês são capazes de identificar, qual é o principal nutriente encontrado na
carne?
9) Após a construção da pirâmide, vocês conseguem relacionar, quais os
alimentos que devemos consumir em menor quantidade?
4. Orientações metodológicas
Esta Unidade Didática, foi desenvolvida para trabalhar sobre Alimentação
Saudável, no 8º ano do Ensino Fundamental, com uma metodologia denominada
Ilha Interdisciplinar de Racionalidade. Para o desenvolvimento da mesma, serão
utilizados os seguintes recursos metodológicos: vídeos, pesquisa na internet, textos
de suporte para atividades como: caça-palavras, palavra cruzada, confecção da
pirâmide alimentar e questionários. Este tema também pode ser abordado de forma
interdisciplinar, com as disciplinas de Língua Portuguesa e Educação física. Haverá
limitações para interagir com todas as disciplinas do Ensino Fundamental, por não
haver relação entre os conteúdos.
Utilizando esta mesma metodologia e de forma interdisciplinar, pode se
trabalhar outros temas como: sexualidade, meio ambiente, transtorno alimentar, etc.
Para esclarecer o conceito da palavra interdisciplinaridade, vamos conhecer
parte do texto escrito por LUCK (1994). Interdisciplinaridade, é uma técnica que
envolve a integração e participação de educadores, num trabalho conjunto, de
interação das disciplinas do currículo escolar entre si e com a realidade, de modo a
superar a fragmentação do ensino, objetivando a formação integral dos alunos, afim
de que possam exercitar criticamente a cidadania, por meio de uma visão global de
mundo e capazes de enfrentar os problemas complexos da realidade atual.
Trabalhando de forma interdisciplinar, vou tentar engajar o máximo de
professores da escola, para juntos estarmos conscientizando aos alunos, o quanto é
importante a boa alimentação.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BALLONE, G.J. - Transtornos Alimentares, in. PsiqWeb, Internet, disponível em: http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=82, revisão 2007. Acesso em 10/10/13.
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Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília: Anvisa, 2008. 108 p.
BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: ciências naturais/Ministério da
Educação. Secretaria da Educação Fundamental. 3. Ed. Brasília, 2001. 136p. il.
BRÖCKELMANN, R. H., Observatório de Ciências/ obra coletiva concebida,
desenvolvida e produzida pela Ed. Moderna; 1ª ed. São Paulo, 2011, p 50.
CASTRO, S. Guia da Nutrição Saudável: O Arco-Íris Alimentar. Fortaleza: Edições
Fundação Demócrito Rocha, 1998. 160p. : il.
DE ANGELIS, R. C.; TIRAPEGUI, J., Fisiologia da Nutrição Humana: Aspectos
Básicos, Aplicados e Funcionais. 2.ed.. São Paulo: Atheneu, 2007.
EXPOENTE, Organização Educacional; Material didático, Ciências, Ensino
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FAST FOOD. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. Disponível na
www: <URL: http://www.infopedia.pt/$fast-food>. Acesso em 11/10/13.
FOUREZ, G. Alfabetización científica y tecnológica: acerca de las finalidades de la enseñanza de las ciencias, Buenos Aires: Colihue, 1997.
GOULART. R.M.M., 2008. Desperdício de Alimentos: um problema de saúde pública. Disponível em: http://www.usjt.br/proex/arquivos/produtos_academicos/285_54.pdf. Acesso em 30/10/13.
LOURENÇO, D. F. Produção Didático-Pedagógica. Alimentação saudável, Abatiá, 2010.
LÜCK, H., Pedagogia Interdisciplinar: fundamentos teórico metodológicos, Rio de Janeiro, Vozes, 1994.
NEVES, M. I. S. C. Projeto Horta escolar. Disponível em: www.sme.pmmc.com.br/arquivos/ambiental/horta, acesso- em 29/08/2013
PHILIPPI, ST. Nutrição e técnica dietética. 2. ed. Barueri, Manoele, 2006. p.42.
PAES, E.- iG São Paulo | 08/08/2013 http://saude.ig.com.br/minhasaude/2013-08-08/20-das-criancas-e-adolescentes-brasileiros-tem-colesterol-alto.html, acesso em, 25/09/2013.
SOUSA, M. T. C., 2011, Mitos alimentares, disponível em:
http://www.slideshare.net/teresacastilho1/mitos-alimentares, acesso em 14/10/13.
Conhecendo os hábitos alimentares: Objetivo: Verificar se os alunos estão tendo um hábito alimentar saudável.
ANEXO A – Cardápio diário do aluno
Escola Estadual Santa Terezinha Ensino Fundamental
Professora PDE: Delcia Corrêa Gomes Vieira
Aluno: ......................................................................................................8º ano A
Refeições
Domingo 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira sábado
Café da
manhã
Lanche
da
manhã
Almoço
Lanche