os desafios da escola pÚblica paranaense na … · discriminatórias que historicamente decorreram...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
TURMA - PDE/2013
Título: Reflexão acerca da sociedade indígena na escola
Autor Nilce Mara Juliano
Disciplina/Área História
Escola de Implementação do Projeto e sua localização
Colégio Estadual Professor Aídes Nunes da Silva. Ensino Fundamental e Médio. Congonhinhas
Município da escola Congonhinhas
Núcleo Regional de Educação
Cornélio Procópio
Professor Orientador Ms. Luís Ernesto Barnabé
Instituição de Ensino Superior
Universidade Estadual do Norte Pioneiro- UENP- CJ
Relação Interdisciplinar
Geografia e Artes
Resumo
Este projeto pretende elaborar atividades na comunidade escolar a fim de que sejam compreendidos a ação e legado dos povos indígenas nos dias atuais, desmistificando alguns conceitos e visões discriminatórias que historicamente decorreram com os povos indígenas. À medida que o conhecimento de vida, de trajetória, da cultura e identidade destes povos for apresentado aos alunos, que os mesmos possam formar opiniões próprias e que ocorram mudanças dos conceitos pré-formados. A Lei 11.645/2008 oportuniza trabalhar na Rede Pública de Ensino a história da cultura indígena como parte integrante do passado e do presente.
Palavras-chave Cultura Indígena; Imposição; Ensino; História; Lei.
Formato do Material Didático
Unidade Didática
Público Alvo Alunos do 8º Ano do Ensino Fundamental
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................02
2 METODOLOGIA............................................................................................................. 06
3 PROPOSTAS DE TRABALHOS EM SALA DE AULA...................................................07
PROPOSTA 1 – Sondagem para conhecer o pensamento e ou conhecimento do aluno
sobre a cultura indígena.....................................................................................................07
PROPOSTA 2 – Vídeo – “19 de abril Dia do Índio.............................................................09
PROPOSTA 3 – Filme: “A Missão” de Robert Bolt.............................................................10
PROPOSTA 4 – Música: Baila Comigo (Rita Lee).............................................................12
PROPOSTA 5 – Pesquisa, Catalogação e Apresentação em sala de aula do material
didático confeccionado pelo aluno......................................................................................13
PROPOSTA 6 – Visita à aldeia dos Índios Kaingang em São Jerônimo da Serra-PR.......14
4 AVALIAÇÃO....................................................................................................................17
REFERÊNCIAS..................................................................................................................18
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1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como proposta a produção de uma Unidade Didática
que visa trabalhar a temática da culturas indígenas com alunos do oitavo ano do Ensino
Fundamental, da Escola Estadual Professor Aídes Nunes da Silva, pertencente ao Núcleo
Regional de Ensino (NRE) de Cornélio Procópio, município de Congonhinhas, Para a
realização das atividades propostas, será previsto uma carga horária de 32 horas
distribuídas em 06 ações pertinentes ao tema.
Pretende-se discorrer o processo histórico da Culturas Indígenas desde a colônia,
fundação da nação brasileira; elites do século XIX e início do século XX, com o objetivo
de proporcionar o conhecimento destas culturas até o século XXI, onde encontramos
estudos e pesquisas que colaboram para desconstruir a visão estereotipada sobre os
indígenas que prevalece entre os não índios.
Iniciaremos com a visão do índio na chegada dos europeus na América. Darcy
Ribeiro em sua obra, “O Povo Brasileiro”, descreve:
Os índios perceberam a chegada do europeu como um acontecimento espantoso, só assimilável em sua visão mítica do mundo. Seriam gente do seu deus sol, o criador – Maíra - , que vinha milagrosamente sobre as ondas do mar grosso. (...) Provavelmente seriam pessoas generosas, achavam os índios. Mesmo porque, no seu mundo, mais belo era dar do que receber. (RIBEIRO, 1995, Pág. 45)
Na visão dos portugueses, “(...) o mundo em que entravam era a arena dos
seus ganhos, em ouros e glórias” (RIBEIRO, 1995, Pág. 47)
“Aos olhos dos recém-chegados, aquela indiada louçã, de encher os olhos só pelo prazer de vê-los, aos homens e às mulheres, com seus corpos em flor, tinha um defeito capital: eram vadios; vivendo uma vida inútil e sem prestança. Que é que produziam/ Nada. Que é que amealhavam/ Nada. Viviam suas fúteis vidas fartas, como se neste mundo só lhes coubesse viver.” (RIBEIRO, 1995, Pág. 48)
Consideravam-nos como povo primitivo, inferiores. Porém os europeus se viam
como civilizados, superiores.
A relação índios e colonizadores era aplicada de acordo com as intenções do
colonizador. Como afirma Darcy Ribeiro, em sua obra “O Povo Brasileiro”, “(...) tudo lhes
era concedido, sua ação de além do mar, por mais abjeta e brutal que chegasse a ser,
estava permitido pelo papa e pelo rei. (...) Prontos a subjugá-los pela honra de Deus e
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pela prosperidade cristã.” (p.47)
A proposta do governo era que os índios saíssem de suas terras e fossem viver
em aldeamento e lá fossem catequizados e civilizados. Nessas aldeias, os mesmos eram
preparados para se tornar mão-de-obra obediente.
Moisés Perrone (2006) comenta a vida paupérrima e de trabalhos exaustivos a
que eram submetidos os indígenas nas aldeias. Bem como o uso de produtos
manufaturados e a cachaça, instigando-os ao vício e a dependência, uma vida até então
desconhecida e imposta a eles.
A Luta indígena durante os séculos XVII e XVIII contra a imposição dos
colonizadores, principalmente pela conversão da fé cristã era intensa e desigual. Porém,
considerada guerra justa pelos colonizadores. Uma das formas licita de obter o índio
como escravo era quando este recusava a aceitar a fé católica (Moisés Perrone, 2006).
Segundo Darcy Ribeiro,
“A Coroa portuguesa, embora jamais negasse autorização para as “guerras justas” reclamada pelos colonos para aprisionar e escravizar tanto os índios bravos e hostis com os simplesmente arredios”. (RIBEIRO, 1995, Pág. 57)
Quando já cansados e ou incapazes de lutar ou defender-se, os índios fugiam
ou se aculturavam. Através da expansão territorial e a ocupação de terras indígenas tem-
se duas propostas para esta população: incorporá-los a sociedade como mão de obra ou
exterminá-los.
Com a chegada de D. João VI ao Brasil, as políticas de ofensivas contra os
índios tornou-se mais explicitas travando um combate em prol do extermínio desta gente.
Tendo como justificativa uma política que garantia o bem estar geral. (Política e
Construção da Identidade Nacional: Os Índios na História do Brasil- Revista Litteris)
De acordo com Cunha (2006), neste momento os índios eram vistos como
mansos - os que viviam nas aldeias e se curvavam ao governo; os bravos - que eram
arredios e não se curvavam ao governo, devendo ser dizimados.
Lívia da Silva Nascente – Política e Construção da Identidade Nacional: Os
Índios na História do Brasil, relata os subterfúgios para posse das terras indígenas, como
a miscigenação nas aldeias onde colonos que se casam com não índios, o governo não
reconhecia a etnia destes grupos, portanto perdiam o seu direito de posse na terra. Outro
meio era alegação que os índios deveriam ser sedentários e cultivar suas terras, caso
contrário, não haveria a necessidade de terra e sua posse.
Para compreender o processo do significado da palavra “Nação”, descrevemos
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neste trabalho sua construção, de acordo com Marilena Chauí na obra “Brasil Mito
Fundador e Sociedade Autoritária, 2000: na Idade Média, a Igreja Romana fixou o
vocabulário latino e passou a usar o plural nationes (nações) para se referir aos pagãos e
diferenciá-los do Populus Dei, o “povo de Deus”. Assim a palavra povo se referia a um
grupo de indivíduos organizados institucionalmente que obedecia a normas, regras e leis
comuns. Já a palavra “Nação”significava apenas a grupo de descendência comum, usada
para referir-se aos pagãos (ateus), aos estrangeiros (judeus chamados homens da
nação) e a grupos de indivíduos que não possuíam estatuto civil e político. Foi assim que
os colonizadores se referiam aos índios, falando em nações indígenas, isto é, aqueles
que descritos por eles como sem Fé, sem Lei e sem Rei.
Antes da invenção da histórica nação no século XIX, os termos políticos
usados eram Povo e Pátria. Pátria do latim = Pai. Como senhor, senhor de tudo e de
todos. Pai= poder patriarcal, poder absoluto. Pátria é o que pertence ao pai e está sob seu
poder. É nesse sentido jurídico que, no latim da Igreja, Deus é Pai, isto é, Senhor do
Universo e dos exércitos celestes.
Durante este tempo todo “nação” continuava usada apenas para os índios, os
judeus e negros.
No final do século XVIII surge o conceito de Nação, em oposição à prática de
que toda liderança era conferida por um poder divino, em que a sociedade era dividida em
estamentos distintos. (NASCENTE, 2010).
Durante o Império
”instituíram os índios como um dos pilares da nacionalidade, mas sempre em
referência a um índio do passado, um índio já extinto. Paradoxalmente, a mesma
época em que se cunhava o poderoso “mito das três raças” formadores do povo
brasileiro, as populações indígenas com as quais interagia a sociedade brasileira,
eram tidas como bárbaras, que as luzes da moderna civilização deveria fazer
desaparecer.” (MONTEIRO, 2001, apud MARTINS, 2009).
Pensa-se neste período na construção de uma identidade brasileira. Busca–se
a nossa ancestralidade: o índio como personagem ancestral do Brasil. A Nação Consistia
em unir as diferentes classes sob uma mesma identidade social. Todos que estivessem
no mesmo espaço geográfico pertenciam a nação.
Na formação da Nação os idealizadores positivistas afirmam ser o Positivismo
capaz de substituir a tutela intelectual exercida pela igreja Católica (PEREIRA BARRETO,
1967).
No período do século XX, os republicanos necessitavam construir uma
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identidade que agregasse as mais diferentes culturas, porém os índios representavam um
entrave cultural. E a política adotada de extermínio dos índios não cabia no momento
atual. Em decorrência disso, em fevereiro de 1910, foi criado o Serviço de Proteção ao
Índio (SPI), sendo nomeado Marechal Cândido Rondon.
Em 1967, em substituição ao SPI, em 05 de dezembro, durante o governo do
presidente Costa e Silva, pela Lei nº 5.371, foi criada a Fundação Nacional do Índio
(FUNAI), órgão do Governo Federal brasileiro que estabelece e executa a política
indigenista no Brasil, dando cumprimento ao que determina a Constituição de 1988.
Desde a segunda metade do século XX, o estudo sobre a cultura indígena
recebe mais atenção e interesse por parte dos antropólogos, historiadores e
pesquisadores, que trazem uma nova perspectiva do passado indígena, permitindo
indagações de pensamentos arraigados, estereotipados sobre a população indígena.
Criticam a imagem do índio incapaz de sobreviver a invasão européia, visão dos vencidos
e seu extermínio. O Instituto Socioambiental (período de 1996 a 2000): diz que a maioria
dos povos indígenas tem crescido 3,5%, sendo a média para a população brasileira de
1,6%, evidenciando a inconsistência do aniquilamento ou mesmo desaparecimento da
população indígena. Isto porque, esta população encontra hoje contextos políticos e
históricos favoráveis a retomada de sua identidade.
Os direitos indígenas tornaram-se mais reconhecidos e respeitados, e as
organizações de apoio aos índios consolidam de forma mais efetiva, passando a ser
agentes importantes da causa indígena. Isso implica na atitude de assumir a Identidade
indígena, que antes negada e inferiorizada pelos próprios índios decorrentes do homem
branco.
Como disse Regina Celestino de Almeida:
De vítimas passivas ou selvagens rebeldes que, uma vez vencidos, não movimentaram a história, diferentes grupos étnicos da América passam (...) a figuram como agentes sociais que, diante da violência, não se limitaram ao imobilismo ou à rebeldia. Impulsionados por interesses próprios e visando à sobrevivência diante das mais variadas situações caóticas e desestruturadoras, movimentaram-se em diferentes direções, buscando múltiplas estratégias que incluíam rearticulações culturais e identitárias continuamente transformadas na interação com outros grupos étnicos e sociais. (ALMEIDA, 2007:1-2)
É necessário que se perceba o quanto se aprende na escola, a visão dos
índios como frágeis e primitivos, presos às suas culturas ancestrais, às formas
tradicionais de se relacionarem com o mundo. Nós como educadores, devemos colaborar
para a não produção destes e de outros preconceitos.
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Em 10 de março de 2008, a lei 11.645/08 se responsabilizou por alterar e
estabelecer novas diretrizes e bases à educação nacional, tornando obrigatório a temática
“História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” nas salas de aula.
No currículo escolar deve ser ensinado tanto no Ensino Fundamental como no
Ensino Médio, diversos aspectos da história e cultura, que caracterizam a formação da
população brasileira a partir desses dois grupos étnicos, enfatizando contribuições de
ambas as culturas, no que se refere: as áreas sociais, política, econômica e cultural da
História do Brasil. Diante disso, estimamos e acreditamos ser uma grande oportunidade
para que os indígenas deste país ganhem mais espaço, respeito, visibilidade e
reconhecimento, uma oportunidade de mostrar sua história.
2 METODOLOGIA
A leitura da história dos povos indígenas envolve um questionamento, que leva
à descoberta da capacidade de observação dos alunos. À medida que o conhecimento de
vida, de trajetória, da cultura e identidade destes povos for apresentado aos alunos,
espera-se que os mesmos possam formar opiniões próprias e consequentemente ocorrer
mudanças de pensamentos após a elucidação dos fatos antes, apenas tida como
opiniões, conceitos pré-formados.
Proporcionar aos alunos por meio do diálogo com a turma e buscas na internet
de documentários sobre a questão indígena, novas concepções sobre a Cultura Indígena.
O professor deve também saber lidar com a questão do outro, da diferença, do
respeito à diversidade, pois sempre confrontamos com nossos alunos imbuídos dos
valores culturais da sociedade que estão inseridos, geralmente discriminam a outra
cultura, o diferente, o outro. O papel do professor é mediar essas relações conflituosas e
combater todas as formas de racismo e preconceito.
É necessário que o professor conduza este processo de forma prazerosa, para
que não se torne apenas perguntas e respostas vazias, como sim, não, talvez. Orientar e
desenvolver o processo de leitura e pesquisas, fazendo com que os alunos não se
dispersem e fujam do assunto.
A atualização da história e cultura indígena pode ser trabalhada nas diversas
áreas do conhecimento, nesta proposta buscaremos a colaboração com as disciplinas de
arte e geografia. A aprendizagem por projetos se dá através de articulações e interações
entre os conhecimentos de diferentes áreas, relacionadas a partir dos conhecimentos
prévios dos alunos, com os conhecimentos científicos. O planejamento de um projeto se
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caracteriza pela flexibilidade e pela capacidade de se abrir para situações imprevisíveis,
fazendo com que professor e alunos façam revisão, reflexão e (re) escrita de percurso
constantemente; do início ao término do trabalho.
Ao concluir as propostas desta Unidade Didática os alunos serão capazes
através do conhecimento adquirido, refletir a cerca de posturas e atitudes em relação à
sociedade indígena. Para o professor será possível avaliar sua prática docente e terá
oportunidade de refletir sua metodologia e rever se há necessidade de mudanças. E para
tanto elencamos as propostas que serão desenvolvidas para abordar estes conteúdos.
3 PROPOSTAS DE TRABALHOS EM SALA DE AULA
PROPOSTA 1 - SONDAGEM PARA CONHECER O PENSAMENTO E OU
CONHECIMENTO DO ALUNO SOBRE A CULTURA INDÍGENA.
TEMPO PREVISTO – 03 horas aula.
DESCRIÇÃO / AÇÃO DO PROFESSOR:
Apresentação para os alunos sobre o Projeto Cultura Indígena, período de
realização e uma narrativa oral e processual do projeto dentro da introdução da Unidade
Didática;
Promover diálogo com a turma com questões pertinentes ao assunto. Momento
este muito importante onde os alunos expressarão espontaneamente seu pensamento e
conhecimento sobre a Cultura Indígena;
Questionamento para promover o diálogo:
a) Como você identifica um índio?
b) Os índios formam um só povo, um só grupo?
c) Quais as etnias de que você já ouviu falar?
d) Em sua opinião os índios são respeitados? Sofrem preconceitos?
e) A ação do homem de outras culturas/ costumes tem interferido e prejudicado os
povos indígenas?
Após levantamento das opiniões narradas, diagnosticar:
a) Se as opiniões apresentadas são mediante conhecimento ou influências do espaço
social em que vivem;
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b) Verificar se as respostas foram homogêneas ou diversificadas;
c) Observar se houve aspectos positivos em relação ao povo indígena ou negativos
mediante respostas dadas.
Apresentação em slides sobre o conceito de índio pelo dicionário Aurélio e pelo
antropólogo Darcy Ribeiro. Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira,
1975, Editora Nova Fronteira, página 759 – Índio: o habitante das terras americanas ao
chegarem os descobridores europeus; o aborígene da América. Segundo Darcy Ribeiro:
“(…) aquela parcela da população brasileira que apresenta problemas de inadaptação à
sociedade brasileira, motivados pela conservação de costumes, hábitos ou meras
lealdades que a vinculam a uma tradição pré-colombiana. Ou, ainda mais amplamente:
índio é todo o indivíduo reconhecido como membro por uma comunidade pré-colombiana
que se identifica etnicamente diversa da nacional e é considerada indígena pela
população brasileira com quem está em contato”.
Também descrever o significado de Antropologia: É a ciência que se dedica ao
estudo aprofundado do Ser Humano. É um termo de origem grega, formada por
“anthropos” (Homem, Ser Humano) e “logos” (Conhecimento).
JUSTIFICATIVA - Faz-se necessário esta interação Professor-Aluno para que possamos
conhecer e ou obter do aluno seus conhecimentos sobre o índio e sua cultura. Este
momento é muito importante, pois através dos dados adquiridos e ou levantados
estaremos determinando o horizonte de expectativas de nossos alunos.
OBJETIVO – Instigar os alunos a se posicionarem a respeito do assunto, através do
diálogo. Proporcionar conhecimentos efetivos, verdadeiros sobre a população indígena no
decorrer deste trabalho. Codificar, esquematizar as respostas dadas pelos alunos e
referenciá-las no final do trabalho, observando mudanças de comportamento e a
efetivação do conhecimento.
MATERIAL UTILIZADO – Quadro negro, giz, imagens TV pendrive: índio período colônia
(nus e nas aldeias), Imperial (escravizados e dizimados), República (formadores da
Nação), Governo militares (índios e o patriotismo) e nos dias atuais (Índios na sociedade
capitalista). Material escolar como papel sulfite e caneta esferográfica, pasta de arquivo
(arquivar material coletado).
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Espera-se que o aluno interaja, participe de forma efetiva para construção de
novos conhecimentos.
PROPOSTA 2 - VÍDEO: “19 DE ABRIL DIA DO ÍNDIO” (YOUTUBE) -
TEMPO PREVISTO – 03 horas aula.
DESCRIÇÃO / AÇÃO PROFESSOR:
Apresentação Tv pendrive do vÍdeo: 19 de abril dia do ÌNDIO- Projeto Cultural
Abralli. – Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=UWqj-peu-Hk;
Fazer indagações orais sobre o vídeo assistido:
a) As comemorações referentes ao dia 19/04 enfocam realmente a Cultura Indígena?
b) A visão do índio referente a esta data é semelhante a visão do não índio?
c) A sua visão sobre o dia 19/04 permanece intacta após assistir o vídeo?
Após assistir o vídeo citado, o aluno realizará atividades descritivas de
Interpretação. Trabalhando o vídeo.
a) Foi instituído o dia 19 de abril de 1943 como o Dia do Índio. Descreva o contexto
histórico que produziu esta data histórica.
b) O que significa dizer que o Brasil ratificou a recomendação do Primeiro Congresso
Indigenista Interamericano, no dia 02 de junho de 1943, por meio do Decreto Lei 5.540/43,
assinado pelo então Presidente Getúlio Vargas?
c) O que expressa hoje a data “19 de abril”, segundo a autora do texto?
d) Que fato ocorreu no Brasil no dia 19 de abril de 2000?
Este fato beneficiou a causa indígena?
JUSTIFICATIVA- O vídeo descreve e apresenta imagens da vida do índio antes da
chegada dos europeus. Com isto pretende-se levar à reflexão sobre o modo de viver de
uma cultura sem excedente; interpretar a visão dos europeus em relação a um povo fora
do sistema capitalista.
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OBJETIVO - Proporcionar aos alunos conhecer como foi Instituído o dia 19/04 como o dia
do Índio; refletir sobre o dia 19/04 como reconhecimento, valorização dos povos
indígenas; analisar sobre a visão do índio em relação à referida data e opinar sobre as
comemorações do dia 19/04 nas escolas como um índio genérico.
MATERIAL UTILIZADO – Tv pendrive; material escolar; pasta de arquivo.
Espera-se que o aluno possa ser capaz de respeitar e conviver com culturas,
povos, pessoas diferentes ao seu convívio social e reconheça a data comemorativa do
“Dia do Índio” como uma passagem histórica de luta e de conquista.
PROPOSTA 3- FILME “A MISSÃO”, DE ROBERT BOLT - UMA OBRA INGLESA DE 1986.
TEMPO PREVISTO: 6 horas aula, sendo 4 para apresentação do filme e 2 para análise.
DESCRIÇÃO/AÇÃO DO PROFESSOR:
Uma semana antes da apresentação do filme solicitaremos uma pesquisa sobre as
paisagens geográficas das Cataratas do Iguaçu- Foz do Iguaçu/PR- Colaboração e
mediação do professor de Geografia;
Faremos o convite aos alunos para fazer um círculo e nos prepararmos para
assistirmos o filme. Neste momento a professora informa a todos que este filme é uma
obra inglesa, porém sua filmagem aconteceu no Brasil nas Cataratas do Iguaçu no ano de
1986;
A professora sucintamente descreve a história do filme para despertar a atenção e
interesse sobre o filme que será apresentado;
Na sequência, a transmissão do filme: A Missão;
Análise descritiva do filme, abordando os seguintes aspectos: Personagens,
períodos históricos, tratado Madri e ações da Coroa Portuguesa e a população indígena.
Questionamentos:
a) Quais os personagens e ou instituições envolvidas no filme “A Missão” ? Dê os
objetivos de cada um deles referentes à população indígena:
b) Descreva o Tratado de Madri:
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c) Você reconhece a função das Missões como instrumento de defesa da população
indígena? Justifique sua resposta:
d) O protagonista do filme de caçador passa a defensor dos índios (pelo crime
passional), porém esta atitude de defendê-los só foi possível devido a quais fatores?
JUSTIFICATIVA – Levar o aluno perceber que as mudanças de opiniões, de conceitos só
se consegue quando não julgamos, não rotulamos. Porém quando temos o conhecimento.
OBJETIVO - Que o aluno seja capaz de reconhecer o período histórico em que passa o
filme; refletir sobre as ações da Igreja no referido período.
MATERIAL UTILIZADO - Data Show; material escolar e pasta de arquivo.
Espera-se que o aluno reconheça a cultura e modo de vida da população indígena como
parte integrante da sociedade.
SINOPSE DO FILME:
Dirigido por Roland Joffé e escrito por Robert Bolt, o filme A Missão é uma obra
inglesa de 1986, baseada em fatos reais, e trata da época da expulsão dos jesuítas do
reino português devido à crise nas relações entre Coroa portuguesa e a Companhia de
Jesus. Na América do sul, no século XVIII, um padre jesuíta monta uma missão na
tentativa de catequizar os índios. Junta-se a ele um mercador de escravos violento que
sente remorso por ter matado o irmão.
SOBRE O AUTOR:
Robert Oxton Bolt, argumentista e dramaturgo inglês. Foi um escritor e
roteirista britânico, vencedor de dois Oscars. (http://es.wikipedia.org/wiki/Robert_Bolt)
PROPOSTA 4 - MÚSICA: BAILA COMIGO (Rita Lee)
TEMPO PREVISTO – 02 horas aula.
DESCRIÇÃO/AÇÃO DO PROFESSOR:
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Apresentação da letra da música;
Discussão oral de cada estrofe para identificar se o aluno percebe a conotação
preconceituosa que está inserida na letra;
Apresentação da música na Tv pendrive.
Análise da música – 1:
Se Deus quiser, um dia eu quero ser índio
Viver pelado, pintado de verde num eterno domingo
Ser um bicho preguiça e espantar turista
E tomar banho de sol, banho de sol, banho de sol, sol
Se Deus quiser um dia acabo voando
Tão banal, assim como um pardal, meio de contrabando
Desviar de estilingue, deixar que me xinguem
E tomar banho de sol, banho de sol, banho de sol, banho de sol
Baila comigo, como se baila na tribo
Baila comigo, lá no meu esconderijo
Se Deus quiser um dia eu viro semente
E quando a chuva molhar o jardim, ah, eu fico contente
E na primavera vou brotar na terra
E tomar banho de sol, banho de sol, banho de sol, sol
Se Deus quiser um dia eu morro bem velha
Na hora "H" quando a bomba estourar quero ver da janela
E entrar no pacote de camarote
Análise da música – 2:
a) Por que na canção, a compositora um dia quer ser índio?
b) Para a autora, os índios vivem num “eterno domingo”, como “bicho preguiça”. Você
concorda com ela?
a) Em sua opinião, a imagem do índio contida na música de Rita Lee corresponde à
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situação real dos índios?
JUSTIFICATIVA - A música descontrai e prende a atenção, recurso eficaz na atividade
proposta de desmistificar pensamentos estereotipados e pré–formados em relação ao
índio. Tais pensamentos devem ser desconstruídos.
OBJETIVO - Ressaltar a música como estratégia de aprendizagem; a utilização da
música no campo educacional contribui para tornar as aulas mais agradáveis nesta etapa
de formação.
MATERIAL UTILIZADO – Letra da música, Tv pendrive e material escolar.
Espera-se que o aluno seja capaz de compreender, conviver e aceitar a
existência de outras formas de vida, ou seja, outras culturas.
PROPOSTA 5 - PESQUISA, CATALOGAÇÃO E APRESENTAÇÃO EM SALA DE AULA
DO MATERIAL DIDÁTICO CONFECCIONADO PELO ALUNO.
TEMPO PREVISTO – 10 horas aula.
DESCRIÇÃO/ AÇÃO DO PROFESSOR:
O professor agendará um horário para acompanhar a turma em uma visita na
biblioteca da escola. Comunicando os alunos dia e horário da referida visita, bem como
repassar as orientações para o bom comportamento.
Reconhecer o espaço físico;
Formar equipes ou duplas para o levantamento de títulos disponíveis na biblioteca
sobre a cultura indígena. Como DVDs, CDs, Livros, Cadernos Temáticos e Pedagógicos,
apostilas e outros;
Realizar a catalogação, ou seja, a separação dos materiais que serão expostos e
através de exposição em sala;
Escolher um tema de interesse da equipe para o estudo e ou pesquisa;
Produzir histórias em quadrinhos, danças, dramatização, músicas e afins;
Apresentação em sala das produções realizadas.
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JUSTIFICATIVA - Conhecer o acervo da biblioteca da Escola; reconhecer a biblioteca
como fonte na condução do saber; oportunizar fontes de informações que necessitam
para a atividade proposta.
OBJETIVO – Trabalhar em equipe, visando a sociabilidade e a interação com os colegas.
Observar a importância da leitura e pesquisa como construtores de novos saberes e
fazeres.
MATERIAL UTILIZADO - Material escolar, biblioteca e seu acervo.
Espera-se que o aluno construa materiais que agreguem o conhecimento da cultura
indígena.
PROPOSTA 6 - VISITA À ALDEIA DOS ÍNDIOS KAIGANGUE EM SÃO JERÔNIMO DA
SERRA - PARANÁ.
TEMPO PREVISTO – 08 horas aula.
DESCRIÇÃO/ AÇÃO DO PROFESSOR:
Contato inicial com os indígenas, visando autorização das autoridades da aldeia
dos Kaingang, localizada em São Jerônimo da Serra-Pr, para uma visita escolar;
Disponibilização de um ônibus escolar do município de Congonhinhas para a
viagem até São Jerônimo da Serra;
Solicitação junto à equipe pedagógica e administrativa da escola para viabilizar a
autorização dos senhores pais e ou responsáveis e alimentação dos alunos na
referida viagem;
Trabalhar o vídeo “O Povo Brasileiro” de Darcy Ribeiro e discutir em sala sobre os índios
de hoje e ontem, como preparação à visita à aldeia indígena; (Disponível no youtube,
dividido em 7 partes:
http://www.youtube.com/watch?v=2gqz4BHYcck - Matriz Tupi
http://www.youtube.com/watch?v=qaqL7ZgrBo0 - Matriz Lusa
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http://www.youtube.com/watch?v=llgw7FbAS0U – Matriz Afro
http://www.youtube.com/watch?v=py72qXhoe1E – Encontros e Desencontros
http://www.youtube.com/watch?v=eKYr9QC9P-k – Brasil Crioulo
http://www.youtube.com/watch?v=ajsP-XDk6w8 – Brasil Sertanejo
http://www.youtube.com/watch?v=C9Kgj1OWfTE&hd=1- Brasil Caipira
Realizar pesquisas nos sites:
http://www.indioeduca.or,www.djweb.com.br/historia, www.pib.socioambiental.org/pt e
www.indiosonline.org.br/novo. Onde os alunos pesquisarão sobre uma tribo indígena e
farão apresentação em sala de aula do conteúdo pesquisado, socializando-se para o
contato com a aldeia de índios Kaingang;
Entrevistas com os membros da aldeia:
a) Data de criação da Aldeia,
b) Nome da Aldeia. Porque recebe este nome?
c) Quantos vivem na aldeia e extensão da área
d) A população da aldeia vem aumentando ou diminuindo? Quais os motivos?
e) Qual o papel do líder dentro da aldeia?
f) Existe divisão de trabalho e espaço dentro e ao redor da aldeia? Segue relações de
gênero ou faixa etária?
g) Há produção de medicamentos naturais? Esses são comercializados?
h) Existe alguma festividade tradicional dentro da aldeia que signifique um
acontecimento ou data histórica?
i) A comida para muitos grupos indígenas tem um caráter especial. Nesta aldeia há
esta tradição?
j) Muitos jogos e brincadeiras são comuns entre os índios como peteca e a perna de
pau. Na aldeia há prática de jogos indígenas? Quais?
k) O Vídeo “Indígenas digitais” mostra a importância dos recursos tecnológicos, como
forma de fortalecer a comunicação com outras aldeias, bem como a perpetuação de seus
mitos e costumes. A aldeia possui recursos tecnológicos? Já assistiram o vídeo acima
citado?
l) O contato com o não índio é bem próximo. Como os membros da aldeia vêem este
contato e como é a relação social entre a comunidade indígena e a comunidade urbana?
Solicitar Relatório, Filmagem e elaboração de vídeo documentário da visita aos
alunos.
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JUSTIFICATIVA – Sabemos que o legado da Cultura indígena está presente em nosso
dia a dia, como: vocabulário, alimentação e outros. Com a visita, pretendemos que o
aluno perceba que faz parte deste contexto social e que carrega herança desta cultura.
OBJETIVO – Promover uma discussão acerca da diversidade étnica; perceber a
formação social da aldeia e sua integração com o mundo ao seu redor; conhecer seu
artesanato e o grafismo corporal e seu significado; compreender como os indígenas se
organizam e vivem na sociedade atual.
MATERIAL UTILIZADO - Transporte escolar, documentos oficiais: autorização para visita,
autorização dos senhores pais; alimentação, câmera fotográfica e material escolar.
É muito difícil dizer o que se pode esperar de uma visita como esta. Mas
pretendemos que o aluno compreenda como o índio de hoje está inserido em nossa
sociedade como parte integrante e participativo.
SINOPSE DO FILME: “O Povo Brasileiro”
O filme/documentário é baseado no livro de Darcy Ribeiro, intitulado com o
mesmo nome. Uma obra que constitui a identidade nacional brasileira. Onde a figura do
índio, do português e do negro são formadores da origem do povo brasileiro, como um só
povo.
SOBRE O AUTOR: Darcy Ribeiro foi um antropólogo, escritor e político brasileiro
conhecido por seu foco em relação aos índios e à educação no país.
4 AVALIAÇÃO
A avaliação será contínua e processual, permitindo o desenvolvimento do
aluno, durante a construção de pesquisa, leitura e questionamentos, compartilhando todo
o material produzido com a sala de aula, familiares e comunidade escolar.
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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Os Índios na História: abordagens disciplinares.
CHAUI, Marilena. Brasil: Mito fundador e sociedade autoritária. São Paulo: Fundação Perseu Abramo. 2000.
CUNHA, Manuela Carneiro da. História dos Índios do Brasil. São Paulo: Cia das Letras; Secretaria Municipal de Cultura, FAPESP, 1992.
MACEDO, José Rivair ,Mariley W. Oliveira. Projeto Alternativo – Editora do BrasilS/A Brasil: uma História em Construção-, pag.34.
MARTINS, Maria Cristina Bohn. As Sociedade Indígenas, a História e a Escola. Antíteses, vol. 2, n. 3, jan.-jun. de 2009, pp. 153-167. Disponível em http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses, acessado em 11/10/2013.
NASCENTE, Lívia da Silva. Política e Construção da Identidade Nacional: Os Índios na História do Brasil. Revista Litteris – Ciências Humanas – Antropologia – Número 6 – novembro de 2010.
PEREIRA BARRETO, Luís. Obras Filosóficas I. Org. Roque Spencer Maciel de Barros. São Paulo: Grijalbo/Edusp, 1967.
PERRONE-MOISÉS, Beatriz. Índios livres e índios escravos: os princípios da legislação indigenista do período colonial (século XVI a XVIII). In: HISTÓRIA dos Índios no Brasil. 2.ed. São Paulo, Companhia das Letras, 2006 A. p. 116-132.
RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro: A formação e o sentido de Brasil. 2ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Funda%C3%A7%C3%A3o_Nacional_do_%C3%8Dndio
http://es.wikipedia.org/wiki/Robert_Bolt
http://www.youtube.com/watch?v=2gqz4BHYcck
http://www.youtube.com/watch?v=qaqL7ZgrBo0
http://www.youtube.com/watch?v=llgw7FbAS0U http://www.youtube.com/watch?v=py72qXhoe1E
http://www.youtube.com/watch?v=eKYr9QC9P-k
http://www.youtube.com/watch?v=ajsP-XDk6w8
http://www.youtube.com/watch?v=C9Kgj1OWfTE&hd