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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Professor PDE/2014
Título: O ESTUDO DA DIVERSIDADE DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
ATRAVÉS DE LETRAS DE MÚSICAS E PRODUÇÃO DE PARÓDIAS.
Autor: Rosana Bida
Disciplina/Área: Geografia
Escola de Implementação do
Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Doutor João Ferreira Neves
– EFMNP
Município da escola: Palmital
Núcleo Regional de Educação: Pitanga
Professor Orientador: Clayton Luiz da Silva
Instituição de Ensino Superior: UNICENTRO
Relação Interdisciplinar: Artes
Resumo:
A presente produção didático-pedagógica trata da preocupação com a necessidade de inserção de novas metodologias às aulas de Geografia tornando-as mais significativas para os discentes. Propomos assim, o uso de letras de músicas e produção de paródias como estratégias de aprendizagem visto que muitas músicas retratam conceitos estudados na disciplina e ajudam na problematização dos conteúdos. Já as paródias instigam a criatividades dos discentes, pois para a sua produção é necessário ter o conhecimento do conteúdo para adaptar à música que será parodiada. Aliado a isso faz um estudo da diversidade na formação da população brasileira visto que o Brasil é um país de muitos povos e culturas e estes retratam em músicas o contexto étnico e cultural em que vivem.
Palavras-chave: Diversidade, música, paródia, geografia,
metodologia
Formato do Material Didático: Unidade didática
Público: 2º ano do ensino médio
APRESENTAÇÃO
A presente produção didático-pedagógica tem como objetivo
diversificar a prática em sala de aula. É um projeto ofertado pela Secretaria de
Educação do Estado do Paraná objetivando a formação docente – Programa
de Desenvolvimento Educacional – PDE sob a orientação do Professor
Orientador da IES. Este trabalho propõe a produção de uma Unidade Didática
apresentando uma metodologia voltada para o estudo da formação da
população brasileira e sua diversidade desenvolvendo um trabalho através da
interpretação de letras música e produção de paródias.
O tema da diversidade da população será tratado nesta intervenção
pedagógica com letras de músicas que se referem às três matrizes formadoras
da população brasileira: africana, portuguesa e indígena, buscando refletir
sobre suas influências na formação da cultura brasileira e na diversidade da
qual ela se compõe levando os discentes a entender a importância de se
respeitar essas diferenças que formam uma cultura rica e bela e sem a qual
não seria o Brasil que temos. Nesse sentido, esse estudo discutirá também a
questão do preconceito, um problema grave ainda na sociedade brasileira e no
mundo, já que a humanidade continua, na maioria das vezes a ver as
características que são percebidas apenas externamente nas pessoas.
Sabemos que essas diferenças são superficiais e que a humanidade tem mais
semelhanças do que diferenças, mas, temos que depender de leis que
garantam os direitos iguais para as pessoas. Vemos o ódio, a intolerância e a
separação ser mais importante do que maravilhar-se com a beleza da
diferença, da singularidade dos povos que é o que realmente importa, pois é de
cada povo formador de nossa sociedade que temos tanta riqueza em nossa
cultura. Não se pode aceitar que um grupo seja considerado inferior ou superior
ao outro, por isso a necessidade de se tratar desses temas na escola pois é
com educação que se abre os olhos para o que realmente é importante na
convivência com as pessoas.
Assim, pretende-se dar mais sentido a formação do cidadão do qual
tanto se fala nas escolas. Cidadão crítico e consciente que respeita os direitos
dos outros, cumpre seus deveres e sabe reivindicar também os seus direitos.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A música é importante na vida das pessoas e exerce muita influência
sobre elas já que exprime sentimentos, ideias, faz lembrar momentos
importantes, pessoas, acontecimentos. Além disso, muitas músicas, por terem
letras bem expressivas a respeito de muitos assuntos, podem ser usadas na
educação trazendo uma abordagem mais significativa a muitos temas
constituindo-se num instrumento de comunicação e enriquecendo o trabalho
em sala de aula.
Argumenta Ferreira que “(...) a música como aliada ganha força, entre
outros motivos, pelo suporte e penetração mais intensa que adquire a
transmissão de sua mensagem original” (FERREIRA, 2013, p. 11), permitindo,
portanto, dentro das várias metodologias e linguagens possíveis para promover
o conhecimento, aliar os conteúdos da Geografia com as mensagens presentes
nas letras das músicas enriquecendo o trabalho em sala de aula, pois a música
surge como um valioso material para mostrar, sob diversos pontos de vistas,
como o homem e o ambiente estão interagindo, mostrando retratos da
sociedade, descrições de paisagens, modos de vida da população, entre outros
temas importantes da Geografia, como o estudo da diversidade da população
brasileira que é expressa em diversas letras de músicas. O fato é que as letras
de músicas podem contribuir com as aulas de Geografia, pois como afirma
Correia,
(...) a música/canção dinamiza a intencionalidade e equilibra os saberes: conhecer, fazer, ser e viver, pois a linguagem musical facilita a comunicação e a função pedagógica na geografia em sala de aula, além de favorecer abordagem empírica e aplicação às atividades, ressignificando os conteúdos geográficos, proporcionando o resgate das emoções, motivadas pelas canções escolhidas e compartilhadas pelos alunos que concebem percepções e representações signo-imagéticas sistematizadas em textos e imagens configuradas em mapas mentais. (CORREIA, 2009, p. 06).
Dentro da diversidade da população, é necessário abordar nas aulas de
Geografia a cultura e história Afro-brasileira e Indígena (Leis no. 10.639/03 e
no. 11.645/08) mostrando uma parte do nosso passado que precisa ser
entendida levando a uma reflexão sobre a valorização do ser humano e sua
cultura e a percepção das desigualdades produzidas pela sociedade. Como
afirma Bento, (2005, p. 21) ‘as pessoas nascem seres humanos e tornam-se,
por força da experiência de viver em sociedade, negros, brancos ou amarelos’.
E é nesse sentido que a educação deve atuar, mostrando como devemos
encarar as diferenças entre as pessoas e que não é nossa cor ou outro aspecto
que nos torna mais ou menos importante.
As Diretrizes Curriculares da Educação Básica mostram que, na sua
prática, o professor precisa trabalhar,
A questão histórica da composição étnica e miscigenação da população brasileira; a questão político-econômica da distribuição espacial da população afro-descendente e indígena no Brasil e no mundo; as contribuições das etnias indígenas e africana na construção cultural da nação brasileira; as motivações das migrações dos povos africanos e indígenas no tempo e no espaço; o trabalho e distribuição de renda entre essas populações no Brasil; (PARANÁ, 2008, p. 80).
Portando, diante da necessidade de se abordar as matrizes afro e
indígenas no Brasil, e considerando a formação da população brasileira, a
matriz luso também, é que apresentamos nesta unidade didática uma proposta
de trabalho com os discentes para o estudo da diversidade na formação da
população envolvendo a música como aliada na produção de conhecimento
onde serão interpretadas letras de músicas com enfoque nas temáticas da
diversidade étnica e cultural lembrando que, a população brasileira é formada
pela miscigenação de vários povos e por isso apresenta grande diversidade
que pode ser observada na religião, música, danças, festas, entre outros.
Também será proposta a produção de paródias, pois estas se
constituem numa diversificação no uso de recursos didáticos para promover e
favorecer a aprendizagem, na tentativa de superar o desinteresse e motivar os
discentes fundamentando-se na criação artística essencial ao desenvolvimento
humano, pois vai exercitar a capacidade criativa dos discentes, umas das
condições essenciais para a aprendizagem, levando-se em conta que esse
trabalho ‘requer certos cuidados que vão desde a sua adequação à faixa etária,
preparação e sensibilização dos alunos ao tema, apresentação de exemplos e
a construção de um conceito em comum de paródia’. (VALÉRIO, 2010, p. 09).
As paródias podem ser definidas como (...) ‘a imitação de um texto literário, de
um personagem ou de um tema com propósitos irônicos. Muitas vezes,
substituem as palavras da letra de uma composição musical’ (ANTUNES, 2005,
p. 130). A partir disso os discentes serão levados a formular seu conceito de
paródia e produzi-las mostrando assim sua criatividade e conhecimento dos
conteúdos estudados.
A música pode nos levar a diagnosticar a realidade social de muitas
populações e diante da necessidade de se valorizar a cultura, podemos ver que
ela torna-se um importante instrumento didático, que se bem utilizado
proporcionara aulas interessantes, dinâmicas e os discentes terão uma
ampliação de sua visão musical. Portanto, aliando-se letras de músicas e
paródias ao tema de estudo proposto sobre a diversidade na formação da
população pretende-se mostrar que é possível inovar nas aulas de Geografia e
ao mesmo tempo produzir conhecimento conhecendo as matrizes formadoras
da nossa população que contribuíram para a sua formação constituindo-se na
diversidade cultural que temos hoje.
Estudar a diversidade da população é algo instigador, pois nossa
sociedade é multicultural e complexa, é formada pela influencia cultural de
diversos povos, o que nos leva a ser um país rico culturalmente.
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica quando
se refere ao conteúdo estruturante da dimensão cultural e demográfica do
espaço geográfico,
(...) os estudos sobre os aspectos culturais e demográficos do espaço geográfico contribuem para a compreensão desse momento de intensa circulação de informações, mercadorias, dinheiro, pessoas e modos de vida. Em meio a essa circulação está a construção cultural singular e também a coletiva, que pode caracterizar-se tanto pela massificação da cultura quanto pelas manifestações culturais de resistência. Por isso, mais do que estudar particularidades, este conteúdo estruturante preocupa-se com os estudos da constituição demográfica das diferentes sociedades; as migrações que imprimem novas marcas nos territórios e produzem novas territorialidades, e com as relações político-econômicas que influenciam essa dinâmica. (PARANÁ, 2008, p. 75).
A análise dos aspectos da diversidade na formação da população
brasileira é parte inseparável do processo educativo que se faz necessário para
reconhecer as raízes formadoras dessa população e reconhecer-se com parte
integrante dela para assim valorizá-las, pois nossa sociedade é marcada pela
desigualdade e essa falta de conhecimento pode levar ao preconceito, a
discriminação o que é um dos desafios da escola de hoje. Segundo Rosa,
É importante destacar que um dos desafios da escola de hoje é reconhecer a diversidade como parte inseparável da identidade nacional, bem como investir na superação de qualquer tipo de discriminação, através de uma abordagem crítica. (ROSA, 2010, p. 02).
É importante que o professor aborde esses temas de maneira a mostrar
aos discentes a riqueza que temos com essa diversidade cultural que vem das
matrizes formadoras da população e que, dentro desse contexto uma nova
compreensão da realidade poderá se efetivar aprimorando os saberes
escolares e a compreensão da realidade histórica.
Segundo Bento,
A ideia de que todos são iguais perante a lei significa que todas as pessoas devem desfrutar das mesmas oportunidades, não se justificando privilégios, em razão de raça, sexo, idade e outros fatores. Embora as pessoas e os grupos sejam diferentes, seus direitos são iguais. (BENTO, 2005, P. 64).
O estudo do tema diversidade da população brasileira através da música
pode levar os discentes a uma reflexão sobre a importância de se respeitar o
outro na sua diferença, já que a música sofre influência das diversas culturas
formadoras da nossa sociedade. É um tema desafiador numa sociedade
desigual como a nossa e que estimula a competitividade colocando como
natural levar vantagens sobre os outros.
É importante mostrar a riqueza da diversidade, pois como afirma Bento,
(...) a História nos ensina que a diversidade é um dos fatores responsáveis pelo extraordinário progresso material e cultural da humanidade. Lamenta-se que, essa diversidade seja utilizada como instrumento de opressão, de exploração e mesmo de extermínio de grupos humanos. A diferença – característica que constitui verdadeiro patrimônio da humanidade – acaba sendo manipulada, em prejuízo de certos grupos humanos. (BENTO, 2005, p. 15)
Dessa forma, levando-se em consideração que a diversidade é natural e
que não pode haver raças inferiores ou superiores, mas pessoas, cidadãos, é
que o tema de estudo será contextualizado para que aconteça a construção do
conhecimento.
Portanto, como aponta Rosa, (2010, p. 05) ‘(...) ao tender-se a um tema
histórico específico, por meio da música, tem-se a possibilidade de aprofundar-
se em uma realidade social e cultural de um dado momento histórico, de um
povo e de uma cultura’. Assim, nas letras das músicas encontraremos muito da
cultura dos povos que formaram a nossa população e teremos a compreensão
dessa diversidade promovendo valorização e respeito. Dessa forma ainda, com
a produção de paródias, pretende-se que os discentes expressem seus
sentimentos a respeito dos temas estudados, pois, estas estimulam a
criatividade e a sensibilidade dos alunos, visto que, para a sua produção é
necessário estudo do conteúdo para poder formar as frases que se encaixem
na composição verdadeira e, tem papel de estimular a leitura, a interpretação
de diferentes temas da Geografia e proporcionar oportunidade de utilizar as
músicas transformando-as num instrumento de aprendizagem, pois (...) ‘essas
novas letras musicais podem trazer protestos, críticas, análises, sínteses,
sugestões e outras habilidades’ (...) (ANTUNES, 2005 p. 130) A música oferece
relevantes subsídios para o estudo da realidade mostrando como nossa
sociedade é diversa e nem um povo deve se sobrepor ao outro, ou seja, ser
superior.
Com toda a miscigenação existente no Brasil, é necessário que o
diferente conviva harmoniosamente e isso só é possível com o reconhecimento
e respeito pela singularidade de cada um. Somos a cada dia, levados a
conviver com a diversidade, que deveria ser motivo de orgulho. Mas é comum
ouvirmos que temos uma grande riqueza natural, belezas sem fim, mas e a
riqueza cultural, será que ocupa o mesmo espaço?
MATERIAL DIDÁTICO PEDAGÓGICO
Esta Produção Didático-pedagógica será trabalhada com os discentes
do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Dr. João Ferreira Neves no
Primeiro semestre do ano de 2015 com o tema “O estudo da diversidade da
população brasileira através de letras de músicas e produção de paródias”.
A implementação será dividida em 06 atividades que serão distribuídas
em 32 aulas de 50 minutos cada uma onde os discentes conhecerão a
formação da população brasileira e serão estimulados a compreender a riqueza
cultural do nosso país a partir das três matrizes formadoras da população:
Luso, Afro e indígena.
Ao desenvolver este material com os discentes será possibilitado
conhecer a influências dessas matrizes na formação cultural do nosso país
sendo que, o foco principal desse trabalho será a interpretação de letras de
músicas e produção de paródias, mas, serão também utilizados outros
materiais didáticos como: mapa das migrações no Brasil, vídeos de Darcy
Ribeiro sobre as matrizes formadoras da população, exposição das produções
na escola, apresentações em power point e o “caderno diário”, onde os
discentes expressarão suas ideias e opiniões sobre os assuntos tratados
levando-se em consideração o seu local de vivência, suas experiências de
vida, realizando as atividades propostas.
No início da implementação, cada discente receberá da professora PDE,
um “caderno diário” que será utilizado por ele durante toda implementação para
o registro das atividades desenvolvidas e para cada atividade os discentes
receberão um roteiro para ser anexado no caderno, para que tenham uma
sequência de todo o processo.
Será explicado aos discentes que é necessário que façam as atividades
no caderno e as outras atividades conforme as orientações da professora, pois
o conjunto de tudo o que for produzido será utilizado como instrumento de
avaliação e também comporão uma exposição final no colégio.
A seguir estão descritas as atividades propostas nesta unidade didática:
ATIVIDADE 01
Explanação e conversa com os discentes sobre o projeto, explorando
seus conhecimentos prévios com relação à música.
Tempo de duração: Duas aulas.
OBJETIVO GERAL
Conhecer o projeto e explicar como será desenvolvido.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Conhecer o caderno “diário do projeto” e como trabalharão com ele;
Explorar as ideias que os discentes têm sobre música, diversidade e
paródia;
DESENVOLVIMENTO (ESTRATÉGIAS DE AÇÃO)
Esta atividade será realizada através slides com questões para
diagnóstico dos conhecimentos prévios e ideias dos discentes sobre música,
suas relações com as disciplinas que estudam e ao tema do projeto.
QUESTÕES PARA O DIAGNÓSTICO
1. O que é música pra você?
2. Quais músicas gostam?
3. Que tipos de música conhecem? Você consegue relacionar esses tipos
de músicas com as regiões do Brasil?
4. As músicas transmitem mensagem ou ideias? Cite exemplos?
5. Existe alguma música que vocês conhecem que tratam de temas da
Geografia ou de outras disciplinas? Quais músicas, quais temas?
6. Com relação ao tema do projeto, conhecem alguma música? Qual?
7. O que entendem por miscigenação? O que é diversidade?
8. O que entendem por paródia? Já fizeram? Conhecem alguma?
No final deste debate os discentes escreverão no “caderno diário” suas
impressões sobre este trabalho.
ATIVIDADE 02
Interpretação da música: Música para ouvir - Arnaldo Antunes
Tempo de duração: Uma aula.
OBJETIVO GERAL:
Perceber a presença e a importância da música no cotidiano das
pessoas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Identificar os momentos em que a música está presente na vida dos
discentes;
Apontar a importância da música para os discentes;
DESENVOLVIMENTO (ESTRATÉGIAS DE AÇÃO)
Os discentes receberão a letra da música impressa com questões para
interpretação que anexarão no caderno “diário do projeto” e assistirão ao vídeo
do clip da música disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=0iaOggolA30. Em seguida, através de
debate com a professora responderão às questões.
MÚSICA PARA OUVIR
Arnaldo Antunes / Edgard Scandurra (1999)
Música para ouvir no trabalho
Música para jogar baralho
Música para arrastar corrente
Música para subir serpente
Música para girar bambolê
Música para querer morrer
Música para escutar no campo
Música para baixar o santo
Música para ouvir
Música para ouvir
Música para ouvir
Música para compor o ambiente
Música para escovar o dente
Música para fazer chover
Música para ninar nenê
Música para tocar novela
Música de passarela
Música para vestir veludo
Música pra surdo-mudo
Música para estar distante
Música para estourar falante
Música para tocar no estádio
Música para escutar rádio
Música para ouvir no dentista
Música para dançar na pista
Música para cantar no chuveiro
Música para ganhar dinheiro
Música para ouvir
Música para ouvir
Música para ouvir
Música pra fazer sexo
Música para fazer sucesso
Música pra funeral
Música para pular carnaval
Música para esquecer de si
Música pra boi dormir
Música para tocar na parada
Música pra dar risada
Música para ouvir
Música para ouvir
Música para ouvir
QUESTÕES PARA INTERPRETAÇÃO DA MÚSICA:
1. Qual é o tema/assunto central da música “música para ouvir”?
2. O autor diz que a música serve para muitas situações. Tem algum dos
versos da música que você não entendeu? Qual? Converse com os
colegas para encontrar uma explicação:
3. O que essa música te faz pensar? A que conclusão se pode chegar?
4. A música é importante em sua vida? Em quais momentos ela está
presente? Escreva alguns versos como se fosse dar continuidade à
música relacionando-a a sua vida:
ATIVIDADE 03
Interpretação da música: Canto das três raças: (1974) Composição:
Paulo Cesar Pinheiro e Mauro Duarte. Interpretação: Clara Nunes.
Tempo de duração: Cinco aulas
OBJETIVO GERAL:
Conhecer as “Três raças” (Lusa, Afro e Indígena) que iniciaram a
formação da população brasileira e suas lutas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Entender a história do sofrimento das três raças que fizeram a nossa
história;
Interpretar o lamento e a revolta desses povos oprimidos desde o início
da formação da população com a escravidão de índios e negros até hoje
onde somos todos escravos do capitalismo;
Assistir os vídeos de Darcy Ribeiro, as três matrizes responsáveis pela
formação do Povo Brasileiro, para compreensão sobre miscigenação e
formação da população em diferentes pontos/regiões do território
brasileiro.
Interpretar o lamento e a revolta desses povos oprimidos desde o início
da formação da população com a escravidão de índios e negros;
Conhecer as formas de trabalho escravo existentes hoje através de
estudo do texto “Trabalho escravo na atualidade”, disponível em
http://www.brasilescola.com/sociologia/escravidao-nos-dias-de-hoje.htm,
acesso em 28/10/2014.
DESENVOLVIMENTO (ESTRATÉGIAS DE AÇÃO)
Os discentes receberão a letra impressa para anexar no “caderno diário”
e ouvirão a música. Em seguida farão a leitura, juntamente com a professora
para esclarecer dúvidas em relação à letra, versos ou palavras que não
entenderam, entre outros comentários. Em seguida anotarão no caderno diário
as questões de interpretação para serem respondidas de maneira individual ou
em grupos, seguindo-se a socialização das respostas.
CANTO DAS TRÊS RAÇAS
Composição: Paulo Cesar Pinheiro e Mauro Duarte.
Interpretação: Clara Nunes
Ninguém ouviu
Um soluçar de dor
No canto do Brasil
Um lamento triste
Sempre ecoou
Desde que o índio guerreiro
Foi pro cativeiro
E de lá cantou
Negro entoou
Um canto de revolta pelos ares
No Quilombo dos Palmares
Onde se refugiou
Fora a luta dos Inconfidentes
Pela quebra das correntes
Nada adiantou
E de guerra em paz
De paz em guerra
Todo o povo dessa terra
Quando pode cantar
Canta de dor
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
E ecoa noite e dia
É ensurdecedor
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador
Esse canto que devia
Ser um canto de alegria
Soa apenas
Como um soluçar de dor
1. Quem são essas três raças (matrizes...) a que o título da música se
refere?
2. Explique por que a música fala em dor, lamento, revolta e guerra?
3. Você já ouviu falar em Quilombo? O que é? Para que servia e o que
restou deles?
4. O que essa música te faz pensar, a que conclusão se pode chegar?
Após o estudo da música, os discentes assistirão aos vídeos de Darcy
Ribeiro: Matriz Tupi/O Povo Brasileiro/Darcy Ribeiro, O Povo Brasileiro -
PARTE 2 - Matriz Luso, e Matriz Afro, O Povo Brasileiro Darcy Ribeiro Cap3.
Antes de cada vídeo a professora fará uma breve introdução ou explanação
sobre o assunto para criar uma expectativa em relação ao que será assistido e
também sobre quem foi Darcy ribeiro. Durante a apresentação dos vídeos
poderá haver pausas para comentários. Os discentes receberão questões de
interpretação sobre os vídeos para serem anexadas no “caderno diário” as
quais poderão responder enquanto assistem ou após, de maneira individual,
em duplas ou grupos, seguindo-se a socialização do que responderam.
QUESTÕES NORTEADORAS PARA INTERPRETAÇÃO DOS VÍDEOS:
1. Segundo Darcy Ribeiro a formação e o sentido da identidade social do
Brasil se consolidam com a contribuição de três matrizes. Quais são
essas matrizes?
2. Escreva sobre os conhecimentos e sobre os modos de vida que os
povos indígenas tinham mesmo antes da chegada dos portugueses:
3. Os bantos estavam entre os primeiros grupos de africanos trazidos para
o Brasil. Escreva sobre seu modo de vida e seus conhecimentos:
4. Cite características que herdamos das matrizes formadoras da
população brasileira:
a. Indígena:
b. Afro:
c. Lusa:
5. Escreva sobre o que mais te chamou a atenção em cada um dos vídeos:
6. Nosso país pode ser considerado uma democracia racial, isto é, um país
sem racismo, onde todos são tratados da mesma forma e têm as
mesmas oportunidades, independentemente de sua origem étnica?
Justifique:
Após a socialização das respostas das questões referentes aos vídeos
será estudado o texto “Trabalho escravo na atualidade” disponível em
http://www.brasilescola.com/sociologia/escravidao-nos-dias-de-hoje.htm,
acesso em 28/10/2014. Cada discente receberá uma cópia, será feita a leitura
em grupos onde debaterão e deverão apresentar uma conclusão para
socializar com a turma.
ATIVIDADE 04
Interpretação da música “Para todos” (1993). Composição de Chico
Buarque de Holanda que fala da miscigenação brasileira. Complementando
este estudo será feita a interpretação de um mapa dos movimentos migratórios
no Brasil para análise da migração interna.
Tempo de duração: 10 aulas.
OBJETIVO GERAL:
Compreender a miscigenação que deu origem a população brasileira.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Analisar a miscigenação na formação da população brasileira e sua
relação com os diversos ritmos musicais do nosso país;
Realizar pesquisa sobre a biografia dos artistas citados na música;
Interpretar de mapas dos movimentos migratórios no Brasil, discutindo
as migrações internas e levando a uma compreensão da trajetória da
família de cada discente até seu local de vivência.
Produzir paródias de canções dos artistas citados na música.
DESENVOLVIMENTO (ESTRATÉGIAS DE AÇÃO)
Será entregue aos discentes a letra impressa da música para que
acompanhem enquanto ouvem. Em seguida socializarão as impressões que
tiveram da música e responderão as questões de interpretação.
PARATODOS
Chico Buarque (1993)
O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Meu maestro soberano
Foi Antonio Brasileiro
Foi Antonio Brasileiro
Quem soprou esta toada
Que cobri de redondilhas
Pra seguir minha jornada
E com a vista enevoada
Ver o inferno e maravilhas
Nessas tortuosas trilhas
A viola me redime
Creia, ilustre cavalheiro
Contra fel, moléstia, crime
Use Dorival Caymmi
Vá de Jackson do Pandeiro
Vi cidades, vi dinheiro
Bandoleiros, vi hospícios
Moças feito
Avoando de edifícios
Fume Ari, cheire Vinícius
Beba Nelson Cavaquinho
Para um coração mesquinho
Contra a solidão agreste
Luiz Gonzaga é tiro certo
Pixinguinha é inconteste
Tome Noel, Cartola, Orestes
Caetano e João Gilberto
Viva Erasmo, Ben, Roberto
Gil e Hermeto, palmas para
Todos os instrumentistas
Salve Edu, Bituca, Nara
Gal, Bethania, Rita, Clara
Evoé, jovens à vista
O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Vou na estrada há muitos anos
Sou um artista brasileiro
1. Explique como a miscigenação está presente na letra da canção?
2. É possível perceber movimentos migratórios na letra da música?
Explique:
3. Quem são essas pessoas citadas na música? Quais vocês conhecem
ou já ouviram falar? De onde os conhecem?
4. Por que Chico Buarque cita os nomes dessas pessoas na letra da
música?
Após essa atividade os discentes serão divididos em duplas para,
através de sorteio, receber o nome de um dos artistas citados na música sobre
o qual farão uma pesquisa biográfica para ser apresentada através de
cartazes. Na sequência será analisado o mapa dos movimentos migratórios no
Brasil levando-os a refletir sobre os principais fluxos populacionais no país e
para que percebam como ao longo das últimas décadas ocorreram mudanças
na dinâmica desses movimentos internos.
Fonte: http://geografia-ensinareaprender.blogspot.com.br/2013/09/migracoes-
brasileiras-bahia-e-santa.html, acesso em novembro de 2014.
Também será distribuído aos discentes um questionário para entrevista
dos familiares em relação aos movimentos migratórios realizados por eles.
QUESTIONÁRIO PARA ENTREVISTA COM OS FAMILIARES
1. Qual o nome do bairro ou localidade onde vocês moram?
2. Vocês sempre moraram em Palmital? Se não de onde vieram?
3. Por que vieram para Palmital?
4. Há quanto tempo vivem no município?
5. Já mudaram de um bairro para outro ou de uma localidade para outra no
município? Quais?
6. Pretendem continuar morando em Palmital ou mudar para outro lugar?
7. Qual é o sentimento que se tem ao chegar em um novo lugar? Explique:
Posteriormente este questionário será socializado com a turma e
localizarão no mapa do Brasil ou do Paraná os locais de origem das pessoas
de suas famílias. As conclusões dessa atividade serão anotadas no “caderno
diário”.
Concluída esta etapa retornaremos ao assunto das paródias que foi
comentado no início do projeto. Para entenderem melhor, serão apresentadas
algumas paródias que estão disponíveis na Internet para que os discentes
tenham ideia de como fazer. Em seguida cada dupla que fez o cartaz escolherá
uma música do artista que pesquisou para fazer uma paródia que deverá ser
apresentada através de vídeos, cartazes, slides, dramatização, cantada pelos
discentes ou de outra maneira que preferirem. Essa primeira apresentação
será feita na sala de aula. Posteriormente apresentarão na escola juntamente
com os outros trabalhos realizados.
Paródias que serão apresentadas aos discentes:
Racismo: paródia da música “Gaguinho” de Hugo e Tiago em
vídeo disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=cUX65AokghE acesso em
novembro de 2014.
Paródia da música: “Ex mai love” de Gaby Amarantos. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=G3K_MoCcuRE Acesso
em novembro de 2014.
Tira o lixo da calçada: paródia da música: “Ai se eu te pego” de
Michel Teló: https://www.youtube.com/watch?v=uzklVQemMII
Acesso em novembro de 2014.
Paródia da música: “Garotos” de Leoni. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=wI1t09WVEaU Acesso em
novembro de 2014.
ATIVIDADE 05
Os discentes serão divididos em 05 grupos que receberão através de
sorteio uma música para fazer a interpretação que deverá ser apresentada
através de cartazes, apresentação de power point, Windows movie maker,
dramatização ou de outra forma que preferirem. As músicas são as seguintes:
Lourinha Bombril dos Paralamas do Sucesso (1996): que faz alusão à
miscigenação da população:
Etnia de Chico Science & Nação Zumbi (1996): que mostra que nossa
etnia é a etnia da miscigenação, que somos uma mistura e dá exemplos
de manifestações culturais presentes nela como danças, folclore e
músicas;
A mão da limpeza, Gilberto Gil (1984), que mostra o preconceito e a
discriminação em relação aos negros na sociedade brasileira;
Sob o mesmo céu, Lenine (2010) que mostra a riqueza que é a
diversidade nosso país.
Ser diferente é normal, Adilson Xavier e Vinícius de Castro.
OBJETIVO GERAL:
Reconhecer a diversidade da população como característica própria que
forma a identidade nacional.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Entender a heterogeneidade da cultura brasileira através da
miscigenação de raças, culinária, costumes, música entre outros.
Demonstrar que as manifestações culturais e as diferenças devem ser
respeitadas;
Mostrar que o preconceito é algo muito presente ainda em nossa
sociedade e a necessidade de superá-lo;
Compreender que as diferenças é que fazem a riqueza cultural da
população;
A seguir, as letras das músicas citadas acima e as questões norteadoras
para a interpretação de cada grupo.
LOURINHA BOMBRIL
Os Paralamas do Sucesso
Para e repara
Olha como ela samba
Olha como ela brilha
Olha que maravilha
Essa crioula tem o olho azul
Essa lourinha tem cabelo bombril
Aquela índia tem sotaque do Sul
Essa mulata é da cor do Brasil
A cozinheira tá falando alemão
A princesinha tá falando no pé
A italiana cozinhando o feijão
A americana se encantou com Pelé
Häagen-dazs de mangaba
Chateau canela-preta
Cachaça made in Carmo dando a volta no planeta
Caboclo presidente
Trazendo a solução
Livro pra comida, prato pra educação.
Para e repara
Olha como ela samba
Olha como ela brilha
Olha que maravilha
Essa crioula tem o olho azul
Essa lourinha tem cabelo bombril
Aquela índia tem sotaque do Sul
Essa mulata é da cor do Brasil
A cozinheira tá falando alemão
A princesinha tá falando no pé
A italiana cozinhando o feijão
A americana se encantou com Pelé
Häagen-dazs de mangaba
Chateau canela-preta
Cachaça made in Carmo dando a volta no planeta
Caboclo presidente
Trazendo a solução
Livro pra comida, prato pra educação.
Para e repara
Olha como ela samba
Olha como ela brilha
Olha que maravilha
Häagen-dazs de mangaba
Chateau canela-preta
Cachaça made in Carmo dando a volta no planeta
Caboclo presidente
Trazendo a solução
Livro pra comida, prato pra educação
Para e repara
Olha como ela samba
Olha como ela brilha
Olha que maravilha.
QUESTÕES NORTEADORAS PARA A INTERPRETAÇÃO:
1. Fazer a leitura e audição da música.
2. Pesquisar o significado das palavras ou termos que vocês não
conhecem:
3. De que forma a miscigenação é apresentada na música?
4. Apresentar a interpretação através de cartaz, apresentação de power
point, Windows movie maker, dramatização ou de outra forma que
preferirem.
ETNIA
Chico Science
Somos todos juntos uma miscigenação
E não podemos fugir da nossa etnia
Índios, brancos, negros e mestiços
Nada de errado em seus princípios
O seu e o meu são iguais
Corre nas veias sem parar
Costumes, é folclore é tradição
Capoeira que rasga o chão
Samba que sai da favela acabada
É hip hop na minha embolada
É o povo na arte
É arte no povo
E não o povo na arte
De quem faz arte com o povo
Por de trás de algo que se esconde
Há sempre uma grande mina de conhecimentos
e sentimentos
Não há mistérios em descobrir
O que você tem e o que gosta
Não há mistérios em descobrir
O que você é e o que você faz
Maracatu psicodélico
Capoeira da Pesada
Bumba meu rádio
Berimbau elétrico
Frevo, Samba e Cores
Cores unidas e alegria
Nada de errado em nossa etnia.
QUESTÕES NORTEADORAS PARA A INTERPRETAÇÃO:
1. Ler a letra e ouvir a música com atenção;
2. Pesquise os termos citados que o grupo não conhece;
3. Tipos de manifestações culturais presentes na música; Explique cada
uma delas;
A MÃO DA LIMPEZA
Gilberto Gil
O branco inventou que o negro
Quando não suja na entrada
Vai sujar na saída, ê
Imagina só
Vai sujar na saída, ê
Imagina só
Que mentira danada, ê
Na verdade a mão escrava
Passava a vida limpando
O que o branco sujava, ê
Imagina só
O que o branco sujava, ê
Imagina só
O que o negro penava, ê
Mesmo depois de abolida a escravidão
Negra é a mão
De quem faz a limpeza
Lavando a roupa encardida, esfregando o chão
Negra é a mão
É a mão da pureza
Negra é a vida consumida ao pé do fogão
Negra é a mão
Nos preparando a mesa
Limpando as manchas do mundo com água e sabão
Negra é a mão
De imaculada nobreza
Na verdade a mão escrava
Passava a vida limpando
O que o branco sujava, ê
Imagina só
O que o branco sujava, ê
Imagina só
Eta branco sujão
QUESTÕES NORTEADORAS PARA A INTERPRETAÇÃO:
1. Fazer a leitura e audição da música.
2. O compositor diz na música que: “O branco inventou que o negro
quando não suja na entrada vai sujar na saída”. Identifique na música
elementos que permitem explicar porque o compositor refere-se à
expressão acima como mentirosa.
3. Para Gilberto Gil a abolição da escravidão não trouxe grandes
alterações nas condições de trabalho dos negros, uma vez que
continuaram “limpando a sujeira” dos brancos. Reflita com os colegas do
grupo porque ele diz isso.
SOB O MESMO CÉU
Lenine
Sob o mesmo céu
Cada cidade é uma aldeia
Uma pessoa!
Um sonho, uma nação
Sob o mesmo céu
Meu coração
Não tem fronteiras
Nem relógio, nem bandeira
Só o ritmo
De uma canção maior...
A gente vem
Do tambor do Índio
A gente vem de Portugal
Vem do batuque negro
A gente vem
Do interior e da capital
A gente vem
Do fundo da floresta
Da selva urbana
Dos arranha-céus
A gente vem do pampa
Vem do cerrado
Vem da megalópole
Vem do Pantanal
A gente vem de trem
Vem de galope
De navio, de avião
Motocicleta
A gente vem a nado
A gente vem do samba
Do forró
A gente veio do futuro
Conhecer nosso passado...
Brasil!
Com quantos Brasis
Se faz um Brasil?
Com quantos Brasis
Se faz um país?
Chamado Brasil!
A gente vem
Do rap, da favela
A gente vem
Do centro do subúrbio
Da periferia, eh!
A gente vem
Da maré, das palafitas
Vem dos Orixás da Bahia
A gente traz um desejo
De alegria e de paz
E digo mais:
A gente tem a honra
De estar ao seu lado
A gente veio do futuro
Conhecer nosso passado...
Brasil!
Com quantos Brasis
Se faz um Brasil?
Com quantos Brasis
Se faz um país?
Chamado Brasil!...(2x)
Sob o mesmo céu
Cada cidade é uma aldeia
Uma pessoa!
Um sonho, uma nação
Sob o mesmo céu
Meu coração
Não tem fronteiras
Nem relógios, nem bandeiras
Só ritmo de uma canção
Maior!
A gente vem
Do tambor do Índio
A gente vem de Portugal
Vem do batuque negro
A gente vem
Do interior e da capital
A gente vem
Do fundo da floresta
Da selva urbana
Dos arranha-céus
A gente vem do pampa
Vem do cerrado
Vem da megalópole
Vem do Pantanal
A gente vem de trem
Vem de galope
De navio, de avião
Motocicleta
A gente vem a nado
A gente vem do samba
Do forró
A gente veio do futuro
Conhecer nosso passado...
Brasil!
Com quantos Brasis
Se faz um Brasil?
Com quantos Brasis
Se faz um país?
Chamado Brasil!
A gente veio do futuro
Conhecer nosso passado!
Brasil!
Com quantos Brasis
Se faz um Brasil?
Com quantos Brasis
Se faz um país?
Chamado Brasil!
A gente veio do futuro
Conhecer nosso passado!
Brasil!
Com quantos Brasis
Se faz um Brasil?
Com quantos Brasis
Se faz um país?
Chamado Brasil!...(2x)
A gente veio do futuro!
QUESTÕES NORTEADORAS PARA A INTERPRETAÇÃO:
1. De acordo com o compositor, “a gente vem de vários lugares”. O que
será que ele quis dizer com isto?
2. A música nos faz refletir sobre a nossa identidade nacional. Será que
realmente temos uma única identidade ou somos um povo que carrega a
grande diversidade cultural na qual nosso país é composto?
3. É possível dizer com quantos Brasis se faz um país, chamado Brasil?
4. A música diz que “a gente veio do futuro conhecer nosso passado”,
Explique essa afirmação.
SER DIFERENTE É NORMAL
Vinicius Castro
Todo mundo tem seu jeito singular
De ser feliz, de viver e de enxergar
Se os olhos são maiores ou são orientais
E daí, que diferença faz?
Todo mundo tem que ser especial
Em oportunidades, em direitos, coisa e tal
Seja branco, preto, verde, azul ou lilás
E daí, que diferença faz?
Já pensou, tudo sempre igual?
Ser mais do mesmo o tempo todo não é tão legal
Já pensou, sempre tão igual?
Tá na hora de ir em frente:
Ser diferente é normal!
Ser diferente é normal!
Ser diferente é normal!
Ser diferente é normal!
Todo mundo tem seu jeito singular
De crescer, aparecer e se manifestar
Se o peso na balança é de uns quilinhos a mais
E daí, que diferença faz?
Todo mundo tem que ser especial
Em seu sorriso, sua fé e no seu visual
Se curte tatuagens ou pinturas naturais
E daí, que diferença faz?
Já pensou, tudo sempre igual?
Ser mais do mesmo o tempo todo não é tão legal
Já pensou, sempre tão igual?
Tá na hora de ir em frente:
Ser diferente é normal!
QUESTÕES NORTEADORAS PARA A INTERPRETAÇÃO:
1. Explique o que o grupo entende por: “ser diferente é normal” como diz o
título da música:
2. O grupo concorda que o que é o bom, belo, certo para alguns, pode não
ser para outros, e isso varia de indivíduo para indivíduo, ou de
sociedade para sociedade e que tudo tem a ver com os princípios e os
valores das pessoas, bem como com a cultura de cada povo?
3. A música nos leva a pensar que é preciso ter respeito às diferenças?
ATIVIDADE 06
Concluindo a implementação, os discentes apresentarão os trabalhos
desenvolvidos através de exposição no saguão do colégio que será aberta à
comunidade escolar. Essa exposição conterá os cartazes, vídeos, slides,
“caderno diário”, fotos ou outras produções que tenham sido feitas. Dessa
forma terão a oportunidade de mostrar suas produções além da sala de aula
estabelecendo um vínculo entre comunidade e escola aproximando-os.
AVALIAÇÃO
As Diretrizes Curriculares de Geografia para a Educação Básica propõe
que ‘a avaliação deve tanto acompanhar a aprendizagem dos alunos quanto
nortear o trabalho do professor. Para isso deve se constituir numa contínua
ação reflexiva sobre o fazer pedagógico’(PARANÁ, 2008, p 85).
Asssim, a avaliação dos discentes ocorrerá de forma diagnóstica,
contínua e processual através da observação do seu desempenho em todas as
atividades realizadas, portanto, serão avaliados durante todas as aulas, no
densenvolvimento de todas as atividades. Realizaremos tambem uma
autoavaliação para que os discentes façam uma reflexão sobre sua atuação
nas atividades e sobre o projeto, destacando os pontos positivos e negativos.
REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS
ANTUNES, C. A sala de aula de história e geografia: inteligências múltiplas, aprendizagem significativa e competências no dia-a-dia. Campinas. Papirus, 2005. BENTO, M. A. S. Cidadania em preto e branco: Discutindo as relações raciais. São Paulo. Ática, 2015. CORREIA, M. A. Representação e ensino: música nas aulas de geografia: emoção e razão nas representações geográficas. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/GEOGRAFIA/Dissertacoes/correia_versao_final.pdf. Acesso em abril de 2014. FERREIRA, M. Como usar a música na sala de aula. São Paulo. Ed. Contexto. 2013. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes curriculares da educação básica: Geografia. Curitiba: Jam3 Comunicação, 2008. ROSA, M. A. A luta contra o preconceito racial no contexto escolar por meio da música brasileira. 2010. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2010/2010_uenp_hist_artigo_marcia_aparecida_rosa.pdf Acesso em outubro de 2014. VALÉRIO, M. Unidade Didática. blog educacional: práticas de leitura e produção de texto. Londrina. 2010, p. 09. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2010/2010_uel_port_pdp_marcio_valerio.pdf. Acesso em julho de 2014.