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MINISTRIO DA EDUCAO SECRETARIA DA EDUCAO A DISTNCIA

PROGRAMA NACIONAL DE FORMAO CONTINUADA EM TECNOLOGIA EDUCACIONAL

PROINFO INTEGRADO

ensinando e aprendendo com as TICGuia do Formador

Tecnologias na Educao:

Maria Umbelina Caiafa Salgado Ana Lcia Amaral Edla Maria Faust Ramos Mnica Carapeos Arriada

BRASLIA, 2010Segunda Edio

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Ministrio da Educao Secretaria da Educao a Distncia Diretoria de Produo de Contedos e Formao em Educao a Distncia Coordenao Geral de Formulao e Contedos Educacionais Coordenao Geral da TV Escola

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Os textos que compem o presente curso podem ser reproduzidos em partes ou na sua totalidade para fins educacionais sem autorizao dos editores Ministrio da Educao / Secretaria da Educao a Distncia Telefone/Fax: (0XX61) 2022 9498 E-mail: [email protected] Na internet: http://integrado.mec.gov.br TECNOLOGIAS NA EDUCAO: ENSINANDO E APRENDENDO COM AS TICs - GUIA DO FORMADOR EQUIPE DE ELABORAO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Laboratrio de Novas Tecnologias - Lantec/CED/UFSC Coordenao de Projeto - Roseli Zen Cerny Superviso de Produo - Mnica Renneberg da Silva Reviso das atividades - Edla Maria Faust Ramos e Mnica Carapeos Arriada Design Instrucional - Isabella Benfica Barbosa Reviso Gramatical - Maria Luiza Rosa Barbosa e Cleusa Iracema Pereira Raimundo Adaptao do Projeto Grfico - Lucas Brentano de Oliveira Diagramao - Lucas Brentano de Oliveira Ilustraes - Tharso Duarte e Guilherme Martins

T255 Tecnologias na educao : ensinando e aprendendo com as TIC : guia do formador / Maria Umbelina Caiafa Salgado ... [ et al.]. - 2. ed. Braslia : Secretaria de Educao a Distncia, 2010. 120 p. : il. grafs. tabs. Inclui bibliografia 1. ProInfo. 2. Tecnologia educacional. 3. Educao a distncia. I. Salgado, Maria Umbelina Caiafa. CDU: 371.68

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SumrioMENSAGEM AO FORMADOR .............................................................................................................................. 6 INTRODUO .................................................................................................................................................... 8 Perfil dos cursistas .................................................................................................................................... 9 BASES E PRESSUPOSTOS ................................................................................................................................ 10 Educao, aprendizagem e ensino na sociedade contempornea ............................................................. 10 Revisitando a modalidade de Educao a Distncia .................................................................................. 12 com momentos presenciais ...................................................................................................................... 12 Proposta curricular ................................................................................................................................... 16 Perfil esperado do profissional ao trmino do Curso .................................................................................. 17 Desenho do currculo ............................................................................................................................... 18 Unidades de estudo ................................................................................................................................. 19 Objetivos das Unidades ............................................................................................................................ 20 Materiais de ensino e aprendizagem e mdias utilizadas ........................................................................... 22 Organizao do temp ............................................................................................................................... 27 Local dos encontros presenciais .............................................................................................................. 30 Estudos a distncia .................................................................................................................................. 31 Avaliao presencial ................................................................................................................................ 31 Organizao das turmas ........................................................................................................................... 31 Avaliao e Certificao ........................................................................................................................... 31 Registro, acompanhamento e monitoramento .......................................................................................... 33 TECNOLOGIA NA SOCIEDADE, NA VIDA E NA ESCOLA ........................................................................................... 34 Primeiro encontro presencial ................................................................................................................... 36 Contextualizao da Unidade 1 ................................................................................................................. 39 Segundo momento presencial da Unidade 1 ............................................................................................. 45 As sereias do ensino eletrnico ................................................................................................................ 46 Terceiro momento presencial da Unidade 1 .............................................................................................. 51 INTERNET, HIPERTEXTO E HIPERMDIA ...................................................................................................... 53 Primeiro momento presencial da Unidade 2 ............................................................................................. 55 Trabalho em casa e na escola .................................................................................................................. 57 Segundo momento presencial da Unidade 2 ............................................................................................. 60 Continuao do trabalho em casa e na escola ........................................................................................... 66 CURRCULOS, PROJETOS E TECNOLOGIAS ............................................................................................................72 Primeiro momento presencial da Unidade 3 ............................................................................................. 74 Trabalho em casa e na escola .................................................................................................................. 76 Continuao do trabalho em casa e na escola .......................................................................................... 83

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Terceiro momento presencial da Unidade 3 .............................................................................................. 84 PRTICA PEDAGGICA E MDIAS DIGITAIS ............................................................................................................. 87 Trabalho em casa e na escola .................................................................................................................. 90 Continuao do trabalho em casa e na escola ........................................................................................... 94 ESTRATGIAS DINAMIZADORAS ...................................................................................................................... 95 O Trabalho de Grupo ................................................................................................................................ 95 Dinmicas que favorecem principalmente a produo de snteses e a construo de propostas e planos .................................................................................... 96 Dinmicas que favorecem, principalmente, a mobilizao de conhecimentos prvios .............................. 101 Dinmicas que favorecem principalmente o conhecimento mtuo dos membros do grupo ...................... 103 Dinmicas que favorecem, principalmente, o trabalho e a criao coletivos ............................................ 108 REFERNCIAS ........................................................................................................................................ 114

Guia do Formador

MENSAGEM AO FORMADORPrezado(a) Formador(a), Estamos iniciando o Curso Tecnologias na Educao: ensinando e aprendendo com as TICs (100h). Neste processo formativo, voc tem importante funo, tendo em vista que lhe cabe tornar o Curso atraente e at fascinante para o cursista. Como? Desafiandoo, estimulando-o, orientando-o, dando-lhe feedback, promovendo interao. Durante o curso, vital que voc ajude o cursista a: (i) contextualizar sua aprendizagem; (ii) refletir sobre algumas caractersticas da poca em que vivemos; (iii) tomar conscincia do papel atual da tecnologia na vida cotdiana; (iv) compreender a construo do conhecimento na sociedade da informao e do conhecimento; (v) e a descobrir como participar mais efetivamente desse processo e como inseri-lo em sua ao profissional de educador, de modo a contribuir para a qualidade da educao e a incluso social de crianas, jovens e adultos brasileiros. Voc , portanto, a pea chave desse processo. Nos prximos quatro meses, trabalharemos coletivamente: vamos ensinar e aprender junto com os cursistas. Nessa perspectiva, voc vai interagir tambm com seus colegas e com a equipe envolvida no Curso, vivendo a estimulante experincia da construo coletiva de conhecimento. Ao mesmo tempo em que abordamos diversos temas relacionados integrao de tecnologias nos processos de ensino e de aprendizagem, vamos organizar-nos como uma comunidade de prtica e de aprendizagem. Durante os momentos presenciais do Curso, voc ter importncia ainda maior, em dois sentidos principais: (a) promover situaes que facilitem a administrao do uso de computadores, tendo em vista que cada computador dever ser utilizado de forma compartilhada por uma dupla de cursistas necessrio que voc os oriente a se revezarem nas posies de operador e coadjuvante, pois muito importante que ambos tenham a oportunidade de operar o computador ; e (b) propiciar variadas atividades de troca de experincias dos cursistas entre si e com voc, incluindo atividades interativas, apresentaes e debates. Aproveite ao mximo esses momentos, lembrando-se de que os cursistas so tambm educadores e possuem experincias, vivncias e saberes prprios. Como educadores e docentes, as intervenes deles sero preciosas e voc, certamente, tanto tem a receber quanto a contribuir num processo em que a prtica na sala de aula estar sempre em pauta.

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Ao longo do Curso, importante que voc tenha disponibilidade para atenter ao cursista, por diferentes meios. Nos momentos a distncia, voc contar com diversos canais de comunicao, como o Frum Dvidas Pedaggicas, no qual poder dialogar com os cursistas a fim de dar-lhes esclarecimentos sobre as atividades propostas ou comunicar-lhes algum fato que influencie a participao de todos no Curso. Sugerimos que voc estimule sempre as trocas virtuais, utilizando diferentes mdias. Durante o processo formativo do Curso Tecnologias na Educao: ensinando e aprendendo com as TICs, voc ter como principal material de apoio este guia, que est dividido em trs partes: Parte I - O Projeto Poltico Pedaggico. Parte II - Comentrios e sugestes dos textos e das atividades propostas nas unidades. Parte III - Estratgias dinamizadoras para os encontros presenciais. Desejamos que voc tenha sucesso ao conduzir seus cursistas nesta aventura estimuante de compreender o que significa ser professor na chamada sociedade do conhecimento. Sucesso para voc e seus cursistas!

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INTRODUOEm 2007, a Secretaria de Educao a Distncia SEED/MEC, no mbito do Plano de Desenvolvimento da Educao PDE, reelaborou o Programa Nacional de Informtica na Educao ProInfo. Em sua nova verso, o Programa institudo pelo Decreto n 6.300, de 12 de dezembro de 2007, intitula-se Programa Nacional de Tecnologia Educacional ProInfo e postula a integrao e a articulao de trs componentes: a instalao de ambientes tecnolgicos nas escolas, tais como laboratrios de informtica com computadores, impressoras e outros equipamentos, e acesso internet banda larga; a organizao de contedos e recursos educacionais multimdia e digitais, solues e sistemas de informao disponibilizados pela SEED/MEC nos prprios computadores, por meio do Portal do Professor, da TV Escola, etc; a formao continuada dos professores e outros agentes educacionais para o uso pedaggico das Tecnologias de Informao e Comunicao (TICs). nesse contexto de formao continuada de professores e agentes educacionais que surge o Programa Nacional de Formao Continuada em Tecnologia Educacional ProInfo Integrado. Esse programa congrega um conjunto de processos formativos; dentre eles, o Curso Introduo Educao Digital (40h), o Curso Tecnologias na Educao: ensinando e aprendendo com as TICs (100h) e a complementao local: Elaborao de Projetos (40h).

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ObjetivosNa perspectiva dos objetivos gerais e especficos do ProInfo Integrado, o Curso Tecnologias na Educao: ensinando e aprendendo com as TICs (100h) visa oferecer subsdios terico-metodolgico-prticos para que os professores e gestores escolares possam: compreender o potencial pedaggico de recursos das TICs no ensino e na aprendizagem em suas escolas;

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planejar estratgias de ensino e aprendizagem integrando recursos tecnolgicos disponveis e criando situaes de aprendizagem que levem os alunos construo de conhecimento, criatividade, ao trabalho colaborativo e que resultem, efetivamente, na construo dos conhecimentos e habilidades esperados em cada srie; utilizar as TICs na prtica pedaggica, promovendo situaes de ensino que aprimorem a aprendizagem dos alunos.

Perfil dos cursistasO Curso Tecnologias na Educao: ensinando e aprendendo com as TICs (100h) voltado para professores e gestores escolares, como diretores, vice-diretores e coordenadores pedaggicos, dos sistemas pblicos de ensino que, preferencialmente, tiveram suas escolas contempladas com laboratrios de informtica com o sistema operacional Linux Educacional. Obs.: O Curso de Introduo Educao Digital no pr-requisito para o Curso Tecnologias na Educao: ensinando e aprendendo com as TICs. Os cursistas devem estar, no entanto, cientes da evoluo, logicamente organizada, nas atividades curriculares entre os trs cursos. No curso de Introduo Educao Digital, as atividades so realizadas predominantemente em encontros presenciais e focalizam um processo investigativo pessoal dos cursistas, buscando desenvolver uma cultura de uso e reflexo acerca das TICs. Na continuidade, o curso de Tecnologias na Educao: ensinando e aprendendo com as TICs proporciona a evoluo da prtica pedaggica, com atividades predominantemente a distncia, que visam aplicao dos saberes com turmas de alunos. J o ltimo curso amplia a fundamentao terica acerca da Pedagogia de Projetos, proporcionando a oportunidade de os cursistas esclarecerem dvidas, curiosidades, inquietaes instigadas pelas experincias anteriores (Curso de Introduo Educao Digital e Curso de Tecnologias na Educao: ensinando e aprendendo com as TICs).

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O PROJETO POLTICO PEDAGGICO BASES E PRESSUPOSTOSEducao, aprendizagem e ensino na sociedade contemporneaA concepo do Curso Tecnologias na Educao: ensinando e aprendendo com as TICs (100h) vale-se da noo de rede em dois nveis: 0 nvel organizacional/operativo, no qual os cursistas distribuem-se em turmas de 20 a 30 professores, sob a coordenao de um formador, integrando uma rede que articula gestores e equipes escolares; nvel pedaggico/formativo, cujo currculo visa ao estmulo do pensamento, reflexo e produo de forma coletiva, em rede, em espaos de colaborao e de participao presenciais e virtuais planejados especialmente para esse fim. A metfora da rede tem sido frequentemente utilizada para descrever e problematizar no s as formas que os fenmenos socioeconmicos e polticos apresentam na atualidade, mas tambm o crescimento explosivo da informao e sua relao com o conhecimento. O sentido dessa metfora tem, evidentemente, de ser buscado no mbito das mudanas ligadas globalizao. Essas mudanas que esto ocorrendo em todos os setores da vida contempornea levam-nos ao questionamento e fragmentao de paradigmas que, at meados do Sculo XX, davam-nos uma relativa clareza dos fins para onde dirigir os esforos das pessoas e das instituies. A partir daquela poca, no entanto, foram deixando de existir princpios intocveis, que eram aceitos por todos. Desde ento, tudo passou a ser polmico, a poder ou no ser aceito; as minorias ganharam fora, originando fenmenos como os movimentos negro, homossexual, feminino, indgena, etc. Assim, cada minoria, cada grupo na sociedade, busca dar visibilidade ao prprio ponto de vista, lutar pelo seu reconhecimento, conquistar seu lugar ao sol. Nesse contexto, em que se estimula a pluralidade, surgem novas formas de organizao do trabalho e da sociedade, o que leva ressignificao de noes fundamentais como os prprios conceitos de educao, ensino e aprendizagem. Assim, a educao

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passa a significar o processo de formao do sujeito, ao longo de toda a vida, buscando a autorrealizao, a compreenso do mundo fsico e social e, principalmente, a participao cidad, para a transformao do meio social. Em resumo, como diz Delors, educar-se [...] aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser, aprender a conviver, em um ambiente instvel e heterogneo em que no se consegue prever resultados fechados. Assim, a aprendizagem envolve acesso a diferentes meios de informao e comunicao, atividade do aluno na produo do conhecimento, interatividade, cooperao, autoconhecimento e diferentes tipos de integrao: cidado/grupo social; teoria/prtica; e conhecimento prvio/novo, pessoal/profissional. Nessa perspectiva, essencial que se repensem as funes docentes. As funes do professor resumem-se, tradicionalmente, no que poderamos chamar de organizao e apresentao do mapa temtico, que compreendem: (a) definio de objetivos de aprendizagem; (b) recorte de temas e subtemas do contedo a ser tratado; (c) indicao de relaes parte/parte e parte/todo; (d) sensibilizao dos alunos; (e) apresentao de questes e comentrios de respostas; (e) avaliao e indicao de caminhos para ampliao do conhecimento. Na perspectiva colocada pela organizao e pelo trabalho em rede, emergem e ganham novo significado outras funes que, em certos momentos, foram desconsideradas ou at julgadas menos nobres do que a organizao e a apresentao do mapa temtico, mas que so vistas, hoje, como pontos centrais do processo educacional. Trata-se das funes relacionadas orientao da aprendizagem:

ajudar nas dificuldades de leitura e de compreenso de textos; explicar metodologias; propor desafios; coordenar atividades coletivas e de produo de snteses; promover articulao entre experincias prvias e novos conhecimentos;

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ajudar a programar estudos; estimular a escuta mtua, a participao e a colaborao no grupo; coordenar a organizao do ambiente de trabalho; promover um clima favorvel ao entendimentoe ao autoconhecimento; mostrar a importncia e o papel da avaliao como parte do processo de ensino e aprendizagem; promover a integrao do grupo e a construo de significados coletivos.

Revisitando a modalidade de Educao a Distncia com momentos presenciaisAs funes docentes mencionadas no tpico anterior so importantes em qualquer modalidade de educao, mas possuem especificidades na Educao a Distncia. Nesse caso, o mapa temtico esboado por educadores cuja presena fsica dispensada no momento da apresentao aos alunos. Em um curso totalmente a distncia, a funo de apresentao inteiramente absorvida pelo material de ensino e aprendizagem que, por isso mesmo, deve obedecer a requisitos especiais de elaborao. Nos cursos em que se intercalam momentos presenciais e a distncia, embora o esboo do mapa temtico fique por conta de especialistas externos, sua apresentao, em parte significativa, cabe ao formador ou tutor, facilitador, etc. Note que falamos sempre em esboo do mapa temtico, uma vez que seu traado real e detalhado se faz pelo prprio aluno, quando se trata de cursos inteiramente a distncia; ou pelo aluno em conjunto com os colegas e com o formador ou professor, nos momentos presenciais. Em outras palavras, o currculo formal, oficial, ressignificado em cada local de ensino e aprendizagem, impregnando-se das experincias e dos conhecimentos prvios de alunos e professores, cursistas e formadores. Nesse contexto, a estratgia de insero de sesses presenciais em um curso a distncia possui importncia especial, sendo preparadas para potencializar as contribuies

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da comunicao direta, transcorrendo sob a orientao de um formador previamente preparado para torn-las grandes momentos de ensino e aprendizagem, nos quais todos ensinam e todos aprendem. Vale lembrar, contudo, que as atividades a distncia tambm so parte importante dessa estratgia; implicam, igualmente, planejamento cuidadoso que estimule o aluno e crie a oportunidade para desenvolver autonomia e disciplina de estudo, bem como habilidade de usar formas de interao mediadas por recursos tecnolgicos diversos para comunicar-se a distncia com o professor e os colegas. Essa estratgia de curso a distncia com momentos presenciais muito apropriada para o Curso Tecnologias na Educao: ensinando e aprendendo com as TICs (100h), considerando que ele se dirige a um pblico profissional que est atuando. Suas principais caractersticas so:

utilizar diferentes mdias digitais como computador, CD Rom, DVD, internet e materiais impressos; realizar encontros presenciais regulares, sob a orientao de um formador; possibilitar ao cursista grande flexibilidade de organizao de suas atividades, permitindo-lhe escolher como, quanto e quando estudar, exceto quando convocado a comparecer s sesses presenciais em alguns casos, estas podero ser negociadas e suas atividades, quando necessrio, podero ser realizadas pelo cursista isoladamente; oferecer material pedaggico especificamente elaborado para o curso, que alie permanentemente teoria e prtica, sendo que esta ser o ponto de partida e objeto de reflexo perante os estudos realizados; propiciar a simbiose de contedo e tecnologia, ou seja, a integrao tecnologia/currculo, permitindo que o contedo seja assimilado ao mesmo tempo em que o cursista se apropria da tecnologia em pauta e das linguagens que ela implica; oferecer um sistema de apoio ao cursista, usando diversos canais de comunicao, como a Biblioteca do e-ProInfo e, principalmente, o Frum Dvidas Pedaggicas, que facilitar a comunicao entre cursista/cursista e cursista/ formador, com o propsito de serem sanadas dificuldades que ocorram ao longo dos estudos.

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Como voc pode concluir, realizar um curso semipresencial, ou at mesmo inteiramente a distncia, uma experincia desafiadora que no significa abandono do cursista. Assim, enfatizamos que a presencialidade se garantir por meio de muitos encontros, virtuais ou presenciais, planejados de modo a garantir o sucesso do curso. No Curso Tecnologias na Educao: ensinando e aprendendo com as TICs (100h), cabe a voc, formador, atuar na apresentao do mapa temtico, durante os encontros presenciais, e como orientador de aprendizagem, ao longo de todos os momentos do Curso.

FORMADORFormador, para muitos cursistas, pode ser que esta seja a primeira experincia de curso a distncia. Mesmo os que j vivenciaram essa modalidade de ensino podem no ter total domnio de habilidades e de estratgias para superar os desafios colocados pelo estudo a distncia. Assim, preciso organizar situaes que ajudem o cursista a aprender a estudar, por isso aconselhamos que, no primeiro encontro presencial, voc reserve alguns minutos para discutir com a turma as contribuies sobre esse tema, oferecidas pela pesquisa atual no campo da Psicologia da Aprendizagem. Segundo essas pesquisas, para que o profissional em processo de formao aprenda, necessrio que ele procure: Ensinando e aprendendo com as TIC propor objetivos para o que est estudando, fazendo com que o curso realizado tenha significado para sua vida e para sua formao profissional; apropriar-se realmente do que est estudando, estabelecendo relaes entre as informaes adquiridas e o que j estudou ou fez anteriormente; dar-se conta de que precisa aprender porque a vida moderna exige de todo profissional um aperfeioamento constante; motivar-se para o que se props e, assim, dedicar-se ao estudo por gosto, e no por obrigao; criar rotinas de estudo:

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- programar um tempo dirio que permita criar o hbito regular de estudo. Se houver pouco tempo disponvel durante a semana, necessrio compenslo nos fins de semana; - escolher o melhor horrio para estudar e respeit-lo. Algumas pessoas aprendem melhor quando estudam pela manh; outras, noite, quando outros j foram dormir e a casa se encontra em silncio tudo vai depender dos horrios de trabalho, da rotina da casa, da capacidade de encontrar tempo para o estudo e para as outras tarefas, sem que seja prejudicado o tempo de sono, etc. desaconselhvel estudar aps as refeies, porque, nesse horrio, geralmente bate aquele sono incontrolvel, dado que as energias do leitor estaro desviadas para processar a sua digesto; - distribuir o estudo por perodos relativamente curtos de tempo, no programando mais do que duas horas seguidas. Depois disso, a concentrao diminui; - resguardar-se da distrao provocada por outros estmulos, concentrandose na tarefa em curso. desenvolver a habilidade de ler com o objetivo de estudar, o que implica: - ter claros os objetivos do texto: lazer? Ter uma ideia do contedo de que trata o texto? Conhecer o pensamento de um autor? Obter um conhecimento especfico? Fazer uma resenha ou crtica do texto? Cumprir uma tarefa? Enfim, ter clareza da finalidade da leitura; - fazer primeiro uma leitura rpida do texto, sem se deter nos detalhes. Isso permite uma viso global do assunto e o leitor poder, a seguir, fazer uma leitura mais cuidadosa, sublinhando as ideias principais de acordo com os objetivos da atividade; - fazer mais de uma leitura dos trechos complexos. Se o significado de uma palavra no puder ser identificado pelo contexto, necessrio procur-la no dicionrio.

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InteragirO texto completo encontra-se ao final da Unidade I Guia do Cursista.

Formador, voc deve ter percebido que, em nosso Curso, semelhana de outras experincias exitosas de EaD, estamos trabalhando com o novo paradigma de aprendizagem em que aprender consistir em saber interagir com as fontes de conhecimento existentes [...], com outros detentores/ processadores do conhecimento (outros professores, outros alunos, outros membros da sociedade) (MACHADO, 1995, p.466 apud SILVA, 2008, p.200).

Proposta curricularA concepo de formao do ProInfo Integrado tem como base as noes de subjetividade - isto , o protagonismo do aluno e do professor na ao pedaggica - e de epistemologia da prtica, ou seja, o conjunto de saberes utilizados pelos profissionais da educao em seu espao de trabalho cotidiano, para o desempenho de todas as suas tarefas. Assim, o Curso Tecnologias na Educao: ensinando e aprendendo com as TICs se desenvolve com base na articulao entre, por um lado, a prtica pedaggica com o uso de tecnologias, a realidade da escola, dos cursistas e dos formadores, bem como a reflexo sobre a prtica; e, por outro, as contribuies das tecnologias para o desenvolvimento do currculo nas distintas reas de conhecimento. No curso, a prtica valorizada como momento de construo de conhecimento por meio de reflexo, anlise, problematizao e investigao. A perspectiva interdisciplinar vista, por conseguinte, como uma construo do profissional-aprendiz, na busca de respostas para os desafios que se apresentam em sua prtica. Assim, necessrio prever tempos e espaos curriculares adequados para o seu trabalho. Nessa perspectiva, os processos formativos voltados para o uso das TICs devem assentar-se em situaes contextualizadas e reais. As experincias prvias dos cursistas tm, com efeito, de ser consideradas e valorizadas, num quadro de incluso e de multiculturalidade; e as novas aprendizagens devem ser objeto de integrao contnua, construindo-se o conhecimento como uma espiral aberta que, em cada etapa do curso, retoma e ressignifica o conjunto das experincias do sujeito a respeito da temtica desenvolvida. A aprendizagem vista como um processo interativo, ao mesmo tempo individualizador e socializador do cursista, que se realiza com a mediao de outros sujeitos, de modo

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que a formao deve enfatizar a interao e o trabalho coletivo. Em conformidade com a perspectiva da simetria invertida que marca a formao dos professores e a dos gestores escolares, o currculo deve propor situaes de trabalho que os cursistas possam replicar em sala de aula e no cotidiano escolar, obviamente com os ajustes necessrios. Isso implica que o profissional da educao se torne capaz de criar e recriar a prtica, de experimentar, propor e tomar distncia crtica para reflexo e avaliao de seu desempenho. A avaliao , pois, concebida como integrante dos processos de ensino e de aprendizagem, compreendendo um percurso de acompanhamento formativo e um momento de balano, que conclui cada unidade e, simultaneamente, d incio seguinte. Finalmente, cumpre notar que a escola o locus por excelncia da formao continuada de qualquer profissional da educao, pois, medida que se trabalha e estuda ao mesmo tempo, tem-se mais oportunidades de receber orientao e acompanhamento da prtica e, sobretudo, de se ter acesso a um material mais rico para completar o ciclo da ao - reflexo - ao aperfeioada. Assim, o currculo do Curso Tecnologias na Educao: ensinando e aprendendo com as TICs (100h) prope que teoria e prtica se integrem desde o incio: o cursista traz sua experincia para o curso e, simultaneamente, leva os conhecimentos para sua prtica.

Perfil esperado do profissional ao trmino do CursoRelembrando a observao de Morin (2003) sobre a dificuldade e mesmo a impossibilidade de prever resultados inteiramente determinados no ambiente instvel e heterogneo das redes, a ideia de um perfil de profissional buscado por um curso torna-se obrigatria, como horizonte de possibilidades desejveis que d sentido aos objetivos especficos. Objetivos estes que sero sempre provisrios, incompletos e mutveis, pois cada cursista poder descobrir caminhos prprios e objetivos pessoais vlidos, sem perder de vista os princpios norteadores da proposta pedaggica. Nessa perspectiva, esperamos, primeiramente, que o profissional formado no Curso Tecnologias na Educao: ensinando e aprendendo com as TICs (100h) seja capaz de perceber o papel das tecnologias de informao e comunicao nos setores da cultura contempornea e de situar sua importncia para a educao, nos dias de hoje.

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Como condio necessria para isso, ele deve: conhecer as diferentes mdias com que se pode trabalhar, usando a tecnologia digital; identificar as novas linguagens trazidas por essas mdias e compreender seu respectivo potencial para o ensino e a aprendizagem, situando-as no contexto da escola em que atua; ser capaz de planejar situaes de ensino focadas na aprendizagem dos alunos, usando diferentes tecnologias que os levem construo de conhecimento, criatividade, ao trabalho colaborativo e que resultem, efetivamente, no desenvolvimento dos conhecimentos e habilidades esperados em cada momento; e, finalmente, de fundamental importncia que o profissional formado no Curso de Tecnologias na Educao: ensinando e aprendendo com as TICs (100h) se perceba como sujeito tico e comprometido com a qualidade da escola e com a educao dos cidados brasileiros.

Desenho do currculoO currculo do Curso Tecnologias na Educao: ensinando e aprendendo com as TICs (100h) foi desenhado de modo a enfatizar a construo em rede, articulando o tratamento dos temas estudados com sua integrao ao trabalho pedaggico e s reflexes e aos registros do cursista sobre as experincias de produo e ao coletivas, desenvolvidas no curso. No quadro a seguir, apresenta-se a matriz que orienta a produo dos materiais de ensino. Ensinando e aprendendo com as TIC Matriz curricular do Curso Tecnologias na Educao: ensinando e aprendendo com as TICs (100h)Unidades Temas Integrao com o trabalho pedaggico Registro e Reflexo

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Tecnologia na sociedade,na vida e na escola Internet, hipertexto e hipermdia Currculo, projetos e tecnologia Prtica pedaggica e mdias digitais Projeto desenvolvido com os alunos do cursista Ambiente Virtual (Dirio de Bordo, Biblioteca, etc), Portflio on-line (blog)

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Unidades de estudoO tratamento de cada tema se faz pela construo de uma unidade de estudo e prtica articulada com as demais unidades, cada uma contemplando as seguintes dimenses: (i) experincia/informao sobre as TICs; (ii) uso no trabalho pedaggico; e (iii) registro/ reflexo sobre a construo do conhecimento. Assim, as unidades de estudo e prtica envolvem diferentes estratgias didticas, compreendendo atividades de diferentes tipos, tais como: Em grupos ou individuais, que permitem ao cursista atuar de forma cooperativa ou segundo sua prpria dinmica de estudo; Presenciais ou a distncia, articuladas de forma a aproveitar os benefcios de cada modalidade educativa; De reflexo e/ou conceitualizao, que ampliam a compreenso sobre tecnologia e sua relao com a sociedade e escola; De instrumentao e/ou orientao para o uso da tecnologia, que permitem ao cursista conhecer/explorar as TICs, como aprendiz; De interveno na prtica em diferentes nveis: planejamento execuo registro reflexo. A seguir, apresentaremos a voc os objetivos de cada uma das quatro unidades de estudo que compem o curso. A compreenso e apreenso desses objetivos so fundamentais para que voc construa estratgias didticas adequadas de acompanhamento e avaliao de processo de ensino-aprendizagem dos seus cursistas.

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Objetivos das UnidadesObjetivos da Unidade 1: Tecnologia na sociedade, na vida e na escola Apresentar e discutir a proposta do curso. Contextualizar a temtica da Unidade 1: Tecnologia na sociedade, na vida e na escola. Propiciar reflexes sobre a identidade do professor e sobre a necessidade de aprendizagem contnua. Instigar a observao sobre a prpria escola em relao ao uso das tecnologias disponveis. Apresentar e discutir as possibilidades de uso das tecnologias no trabalho por projetos. Recontextualizar o uso dos recursos computacionais, inclusive do ponto de vista pedaggico, tais como editores de textos e de apresentaes, gerenciamento de arquivos, internet.

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Objetivos da Unidade 2: Internet, hipertexto e hipermdia Apresentar a internet como espao de colaborao e de publicao; passvel, inclusive, de ser espao tanto para pesquisa como para publicao do que se faz na escola. Apresentar espaos de pesquisa e de colaborao na internet; entre eles, a Wikipdia e blogs. Apresentar os hipertextos como modalidade tpica de registro na internet e convidar os cursistas a navegar por alguns. Apresentar o conceito de hipertexto como a forma de representao no linear do conhecimento, uma forma de representao popularizada pela tecnologia computacional.

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Promover algumas reflexes iniciais sobre a relao entre esta forma de representao (o hipertexto), os novos processos de leitura e escrita gerados e as prticas pedaggicas correspondentes. Provocar o exerccio de criao de alguns hipertextos simples, utilizando os blogs como possveis ferramentas de edio de hipertextos.

Objetivos da Unidade 3: Currculo, projetos e tecnologia Contextualizar o tema de que trata a Unidade 4: Currculo, projetos e tecnologias, a partir das contribuies das tecnologias em especial da tecnologia digital ao desenvolvimento de projetos. Propiciar o planejamento e aplicao de aes na perspectiva da pedagogia por projetos. Identificar as caractersticas do currculo construdo por meio do desenvolvimento de projetos com o uso de tecnologias. Propiciar a identificao das concepes de currculo e sua ressignificao diante das possibilidades de integrao da escola com diferentes espaos de produo de conhecimento.

Apresentar algumas possibilidades de explorao de mdias digitais. Conhecer algumas das novas possibilidades pedaggicas trazidas pelas mdias digitais. Apresentar os repositrios de mdias da internet, em particular os do MEC. Apresentar o Portal do Professor como ambiente em que se podem encontrar sugestes de uso de mdias, debater formas de uso, bem como colocar disponveis para terceiros as experincias que os cursistas vierem a desenvolver.

Guia do Formador

Objetivos da Unidade 4: Prtica pedaggica e mdias digitais

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Estimular o uso de recursos de autoria em mdias digitais, como programas, equipamentos e linguagens, para a sntese e a expresso de conhecimentos construdos no desenvolvimento de projetos. Apresentar as etapas e os recursos essenciais na produo de imagem, udio e vdeo digitais.

Materiais de ensino e aprendizagem e mdias utilizadasO curso ser disponibilizado no ambiente colaborativo de aprendizagem e-ProInfo , mas, para possibilitar o acesso a diferentes formas, o curso se valer tambm de outras mdias digitais, como DVD e material impresso.

FORMADORFormador, este guia um suporte impresso que visa oferecer-lhe informaes e orientaes bsicas a fim de auxili-lo na conduo de seus trabalhos. Para realizar um trabalho eficiente e eficaz, imprescindvel, no entanto, que voc conhea as verses disponibilizadas aos cursistas em formato digital (e-ProInfo e CD) e impresso (Guia do Cursista) e interaja com elas. Ensinando e aprendendo com as TIC Assim como na escola em geral, este curso d destaque linguagem escrita, sendo esta a base da nossa comunicao com voc. Na elaborao do texto das unidades, buscamos um gnero textual mediacional, uma forma dialogada no desenvolvimento dos temas e reflexes para realizar a mediao pedaggica entre temas e manejo do computador, perifricos, programas e ambientes virtuais. Tendo isso em vista, descrevemos, a seguir, algumas informaes essenciais para a compreenso do material didtico deste curso. a) Estruturas de classificao de contedo utilizadas Nos textos das unidades, as situaes de estudo propostas enfatizam a reflexo terico-pedaggica a partir de leituras de textos, pginas web, blogs, recepo de vdeos. Essas situaes so permeadas por atividades prticas de aprendizado do uso do com-

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putador (perifricos, aplicativos) e leituras de cunho mais conceitual, que buscam uma compreenso mais abrangente sobre a prpria tecnologia. Neste percurso, inserimos uma grande quantidade de sugestes de leituras de aprofundamento, tanto pedaggicas quanto sobre a tecnologia, ao mesmo tempo em que buscamos aguar a ateno dos cursistas para detalhes de procedimentos operacionais e implicaes e possibilidades na vida cotidiana e na prtica pedaggica. Desse modo, organizamos marcadores que as identificam e acompanham. importante que voc conhea esses marcadores, assim ficar mais fcil navegar no material e elaborar o seu plano de trabalho: Abertura Texto que apresenta, de forma suscinta, os principais conceitos da unidade de estudo e sua relevncia, bem como a sua relao com as demais unidades. Contextualizao Texto que traz um panorama geral da temtica da unidade de estudo e, ao mesmo tempo, contextualiza os conceitos em relao temtica geral do curso. Para refletir Informao que leva o aluno a refletir sobre um aspecto pontual da temtica estudada. Saiba mais Informaes ou relatos de experincia considerados interessantes para o desenvolvimento dos estudos. Glossrio Recurso didtico inserido na margem das pginas de texto que tem a funo de explicar o significado do conceito ou palavra destacada. Sntese Sistematizao final que apresenta um resumo dos principais conceitos abordados na unidade de estudo. Referncias da unidade Sistematizao das obras utilizadas como referncia bibliogrfica para a elaborao dos textos das unidades de estudo. b) Organizao e classificao das Atividades de Estudo Outro aspecto importante na organizao do texto e na estruturao do curso foi a organizao das atividades segundo algumas dimenses classificatrias. Essa classificao um bom veculo para comunicar e indicar as possibilidades de dinmicas para a realizao das atividades. Sua indicao foi, tambm, considerada no projeto grfico do material de modo a facilitar a sua percepo. Cada atividade , ento, indicada a partir das classificaes que so apresentadas a seguir:

Guia do Formador

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Reflexo Atividade que promove a reflexo pedaggica.

Presencial Atividade a ser realizada nos momentos presenciais do curso.

Individual Atividade propicia a realizao individual.

A distncia - Atividade adequada para realizao a distncia.

Instrumentao - Atividade voltada para a aquisio de conhecimento tcnico e/ou habilidade prtica sobre uso de ferramenta.

Ensinando e aprendendo com as TIC

Nvel de Insero (registro) - Atividade que promove habilidades de observao e registro de uma interveno pedaggica.

Em grupos Atividade que deve ser realizada em grupos de alunos.

Conceitual - Atividade que favorece a compreenso e anlise dos conceitos estudados.

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Nvel de Interveno (planejamento) - Atividade que aprimora a habilidade de planejamento.

Interveno na prtica - Atividade que estimula intervenes na prtica pedaggica. c) Projeto grfico Material Impresso As estruturas se expressam tanto no projeto grfico quanto no tratamento das relaes entre forma e contedo dos textos das unidades. Utilizamos, por isso, recomendaes da rea de educao a distncia, de modo que o texto foi organizado em uma coluna principal com uso da margem para informao complementar, posicionamento de cones para indicar atividades solicitadas no texto, questionamentos, glossrio e comentrios. Veja alguns exemplos: cone Atividade - indica que o trecho destacado uma atividade. Sempre estar associado a outros cones que explicitam o tipo de atividade a ser desenvolvida; cone "Lembrete" - usado para remeter o cursista a dicas dadas ao longo do texto para melhor aproveitamento das ferramentas e do contedo;

cone "Para refletir" e "Reflexo" - usado para indicar partes do texto em que so propostas reflexes sobre o tema tratado. Quando vinculado ao cone "Atividade", indica que a atividade ter um momento de reflexo; cone "Saiba mais" - destaca um contedo para aprofundamento de um tema j tratado.

Guia do Formador

cone "CD" - indica que o material citado est disponvel no CD;

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Material Online O navegador indicado para acessar o material no e-ProInfo o Mozilla Firefox. Ao acessar o material do curso, sero oferecidas trs opes de navegao: 1. As Unidades so os mdulos nos quais o contedo foi dividido. Atravs desse link, o cursista poder acessar cada um dos mdulos, seus objetivos, vdeos do professor e todo o contedo relativo ao curso. Dentro de uma das unidades, a navegao ocorre de forma linear, pgina a pgina. Uma barra na parte inferior mostra em qual pgina o cursista est. Assim, ele pode avanar ou recuar utilizando pequenas setas para a esquerda ou para a direita. Caso o cursista queira apenas saltar para uma pgina especfica, basta clicar no nmero que a representa. Os contedos especiais aparecero grifados no texto e tambm ao lado direito da tela, na forma de cones. Para acessar seus contedos, basta clicar nos cones: o contedo especial ser aberto em uma nova janela, com um x como opo para fech-la. Algumas imagens que aparecem junto ao texto podem ser aumentadas clicando-se sobre elas, mesmo que no apaream no quadro ao lado. Acima da rea de texto, podemos encontrar alguns cones que podem auxiliar a navegao e estaro disponveis durante todo o curso: Ensinando e aprendendo com as TIC Ajuda: acessa um breve material indicando como utilizar as diferentes funes da interface; Verso para impresso: gera uma verso para impresso da pgina que est sendo acessada; Diminuir fonte: diminui o tamanho do texto principal; Aumentar fonte: aumenta o tamanho do texto principal; Voltar para o menu: aparece separadamente no canto inferior direito e tambm estar disponvel durante todo o curso.

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Material de Apoio: uma forma rpida de acessar os materiais de apoio, como textos extras e animaes, organizados por unidades. Eles tambm podem ser acessados ao longo do curso. Vdeos: apresentam os vdeos que acompanham o curso, divididos por unidades. O mais interessante de tudo , entretanto, o fato de que todos os recursos disponveis para os participantes e para os administradores so acessados via internet, isto , de qualquer lugar, em qualquer dia e a qualquer hora, no ambiente colaborativo de aprendizagem e-ProInfo. Para que o cursista possa acessar o material do curso mesmo sem internet, juntamente com o Guia do Cursista impresso ser disponibilizado DVD com todo o contedo virtual.

e-ProInfoe-ProInfo um ambiente colaborativo de aprendizagem que utiliza a tecnologia internet e permite a concepo, administrao e desenvolvimento de diversos tipos de aes, como cursos a distncia, complemento a cursos presenciais, projetos de pesquisa, projetos colaborativos e diversas outras formas de apoio a distncia e ao processo ensino-aprendizagem. Veja no site: http://eproinfo.mec.gov.br/

Organizao do tempoO Curso tem durao de quatro meses e uma semana, com carga horria total de 100 horas, sendo 64 horas de estudos a distncia e 36 horas de encontros presenciais. So desenvolvidas quatro unidades de estudo e prtica. Em cada uma, intercalam-se encontros presenciais e estudos a distncia. No total, sero nove encontros presenciais: trs encontros na Unidade 1 e dois em cada uma das demais unidades. Cada encontro presencial ter durao de quatro horas. Os encontros presenciais de nmero mpar envolvem dois momentos: a concluso de uma unidade e o incio de outra (cerca de uma hora de durao). No primeiro encontro presencial da Unidade 1, ser feita apresentao geral e contextualizao do curso (cerca de duas horas de durao). No tempo restante, haver sensibilizao para os prximos estudos e atividades introdutrias unidade que se inicia. Nos demais encontros de unidade, o primeiro momento ocupado pela discusso e anlise coletiva do que foi produzido pelos cursistas nas semanas anteriores, fazendo-se uma sntese e avaliao das aprendizagens da unidade que se encerra, bem como a introduo aos estudos subsequentes. No nono e ltimo encontro presencial, alm do momento de sntese da Unidade 4, haver cerca de uma 1 hora destinada avaliao do curso como um todo.

Guia do Formador

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FORMADORNote, no entanto, formador, que, dada a diversidade regional do pblico-alvo e de suas condies de trabalho, este quadro apenas indicativo, havendo possibilidade de ajuste das datas e estratgias dos encontros presenciais, a serem discutidas com a coordenao estadual do Programa. Quadros de carga horria

Sem1EP1/4h

Unidade 1 Sem2 EP24h

Sem3 Sem4

EP3

4h

4h

4h

Total

4h 24 horasEncontro presencial inicial 4h

Encontro presencial inicial (1) 4h

Ensinando e aprendendo com as TIC

Estudos a distncia 16h Encontro presencial 2 4h Encontro presencial 3 4h EP1 EP2 EP3Encontro inicial - Introduo ao curso e contextualizao da Unidade 1 Socializao das atividades e leituras da Unidade 1 2h para sntese da Unidade 1 2h para apresentao da Unidade 2

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Sem5 4h

Unidade 2 Sem6 EP44h

Sem7 Sem8

EP5

4h

4h

Total

24 horas Estudos a distncia 16h Encontros presenciais 8h EP4 EP5Socializao das atividades e leituras da Unidade 2 2h para sntese da Unidade 2 2h para apresentao da Unidade 3

Sem9 4h

Unidade 3 Sem10 EP64h

Sem11 Sem12

EP7

4h

4h

Total

24 horas Estudos a distncia 16h Encontros presenciais 8h EP6 EP7Socializao das atividades e leituras da Unidade 3 2h para sntese da Unidade 3 2h para apresentao da Unidade 4 Guia do Formador

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Sem13 4h

Unidade 4 Sem14 EP84h

Sem15 Sem16

EP9

4h

4h

Total

24 horasEstudos a distncia 16h Encontros presencial final 4h Encontros presencial final 4h

EP8 EP9

Socializao das atividades e leituras da Unidade 4 3h para sntese da Unidade 4 1h para avaliao do curso

EP = Encontro Presencial Sem = Semana Ensinando e aprendendo com as TIC

Local dos encontros presenciaisOs encontros presenciais tero lugar nas prprias escolas em que atuam os cursistas e sero coordenados pelo formador de cada turma. Se a turma for composta de alunos de mais de uma escola, sugerimos que todas as escolas sejam contempladas como espao fsico dos encontros presenciais. Na programao dos trabalhos presenciais, haver oficinas, trabalhos em grupo, apresentao do dirio de bordo de cada cursista, discusso no frum e atividades de avaliao formativa. Diante do exposto, cabe ressaltar que voc, sendo formador, entre outras funes, deve organizar e coordenar os encontros presenciais de suas turmas. Procure planejar

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as atividades dos encontros, reunir materiais e elaborar documentos de apoio, para que esses momentos sejam produtivos e contribuam significativamente para a construo da aprendizagem dos cursistas.

Estudos a distnciaO curso est organizado por temas, um para cada unidade. Em cada uma, sero dedicadas quatro semanas para estudos a distncia (em casa ou na escola, com colegas), por meio do ambiente colaborativo de aprendizagem e-ProInfo. Para dar apoio a esse trabalho a ser realizado a distncia, sero oferecidas atividades e textos apresentados tambm em meios impresso e digital. O cursista dever realizar as leituras e atividades autodirigidas indicadas no curso on-line. Para facilitar sua leitura, os principais textos foram reproduzidos ao final de sua respectiva Unidade, no Guia do Cursista.

Avaliao presencialNo ltimo encontro presencial, sero avaliados o curso em sua totalidade, os materiais de aprendizagem, a atuao do formador, o crescimento e o aproveitamento dos alunos e as condies materiais de realizao dos trabalhos. Esse balano final deve, evidentemente, refletir o processo de avaliao formativa desenvolvido ao longo do curso.

Organizao das turmasGuia do FormadorAs turmas tero entre 20 a 30 professores cursistas. Sugere-se, tambm, que as turmas incluam tambm membros das equipes gestoras de cada escola. Cada turma ter um formador responsvel pelo desenvolvimento do curso.

Avaliao e CertificaoA certificao ficar sob a responsabilidade da Coordenao Estadual do Programa, representada pela Secretaria Estadual de Educao e pela Undime Estadual. Para a obteno do certificado, o cursista precisa alcanar 70% de frequncia/participao nas atividades e nota mnima 7.

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O sistema avaliativo se divide em trs momentos de avaliao, cada um com pesos diferentes e cuja somatria dos pontos compor a nota final, conforme detalhado nos quadros a seguir.

Momentos de avaliao Atende Em parte No atende Presena nos encontros 50 25 0 Atividades 30 18 0 Autoavaliao 20 12 0 Total 100 55 0Avaliao dos encontros presenciais

Total 75 48 32 155

Nmero de encontros previstos 9 Presenas de 7 a 9 Presenas de 4 a 6 Presenas de 1 a 3Para fins de certificao, sero considerados dois itens:

Avaliao Atende em parte no atende

Ensinando e aprendendo com as TIC

a frequncia nos encontros presenciais de formao dever ser, no mnimo, sete encontros; o desempenho nas atividades realizadas: o resultado das atividades de cada cursista deve ser avaliado nas diversas produes delas resultantes. Essa avaliao ser feita segundo as orientaes e critrios fornecidos pelos formadores em cada unidade de estudo. O carter de certificao do nosso processo de avaliao bastante importante; afinal, somos parte de uma organizao governamental que oferece ensino pblico e gratuito e precisa expressar uma tica cidad, no mesmo? Alm desse carter de certificao, a avaliao assume, tambm, o carter de instrumento de mediao, de investigao e de planejamento. No sero, por isso, atribudos uma nota ou um conceito final. Propomos que o resultado final seja conhecido e, mais do que isso, que seja compreendido por todos. Isso demanda que, durante as vrias etapas, voc busque se informar sobre os seus resultados, identificando no s o que est bom, mas tambm as falhas, buscando como corrigi-las.

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Estabelea critrios de avaliao de cada produo, pois eles iro lhe dar subsdios para compreender o que est bom e o que precisa ser melhorado. Entendemos que a avaliao o mecanismo que d movimento ao processo de reflexo que leva ao. Nesse sentido, entendemos que uma responsabilidade dos formadores e de todos os cursistas buscar um processo avaliativo que consiga[...] transformar o discurso avaliativo em mensagem que faa sentido, tanto para quem emite quanto para aquele que a recebe. O maior interesse de um processo de avaliao deveria recair no fato de se tornar verdadeiramente informador. A avaliao deve tornar-se o momento e o meio de uma comunicao social clara e efetiva. Deve fornecer ao aluno informaes que ele possa compreender e que lhe sejam teis. (RABELO, 1998, p. 80).

Registro, acompanhamento e monitoramentoDurante este curso, voc dispe do Sistema de Informaes do Proinfo Integrado - SIPI, um sistema de gerenciamento que permite acompanhar, monitorar e avaliar o desempenho de cursistas, formadores, tcnicos e entidades vinculadas ao Programa. O sistema composto pelas seguintes ferramentas: cadastramento de cursos; cadastramento de cursistas e usurios do sistema; cadastramento de turmas; matrculas; avaliaes; emisso de relatrios; acompanhamento do histrico de cursistas. O gerenciamento do sistema realizado pelas Coordenaes Estaduais, por meio do cadastramento de pessoas correspondentes a um ou a vrios perfis de acesso vinculados a uma ou vrias entidades. Cada perfil conta com privilgios especficos de acesso aos recursos do sistema. O SIPI pode ser acessado por um usurio vinculado ao Programa a partir de qualquer computador ligado internet. O endereo do sistema : .

Guia do Formador

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1

TECNOLOGIA NA SOCIEDADE, NA VIDA E NA ESCOLA

Como foi dito na primeira parte do Guia do Formador, na Unidade I, os cursistas focalizam as relaes entre a tecnologia, a sociedade contempornea e a vida cotidiana, em casa, no trabalho, no lazer e, especialmente, na escola. Nessa Unidade, sero discutidos os seguintes temas: como as pessoas interagem com a tecnologia? Como os cursistas se sentem a respeito do ambiente em que vivemos hoje? Como analisam as desigualdades sociais nesse ambiente? Como percebem o papel da escola nesse contexto? Como entendem sua situao de educadores e profissionais no momento presente? Identificam possibilidades de progresso humano e de maior justia social ou so cticos a respeito? Considerando essas e outras questes, a Unidade I foi elaborada com o intuito de chamar a ateno para um aspecto ainda pouco explorado do uso das TICs na educao e na escola. A ideia apresentar situaes e questes instigantes que levem o cursista a perceber o potencial das TICs para modificar a prpria relao do aluno com o conhecimento, levando-o a novas experincias de apropriao e de construo de conceitos e de relaes entre conceitos, aes e interaes com objetos e pessoas. Assim, esperamos que, ao concluir esta unidade, os cursistas sejam capazes de: Ensinando e aprendendo com as TIC

Identificar os fundamentos e pressupostos da proposta pedaggica do curso. Reconhecer o papel da escola e a importncia da sua postura na sociedade da tecnologia e do conhecimento. Repensar novas formas de ensinar e de aprender. Identificar as implicaes pedaggicas envolvidas no uso das diferentes tecnologias. Produzir relatos e textos opinativos, com argumentos. Realizar apresentaes de suas atividades de pesquisa e de estudo usando recursos computacionais.

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Voc sabe que a Unidade I ser desenvolvida em trs momentos de atividades presenciais (no primeiro, no segundo e no terceiro encontros presenciais), que somaro 12 horas, e 16 horas de estudo a distncia. Voc deve, entretanto, estar preparado para fazer adaptaes nessa distribuio temporal, levando em conta as possibilidades efetivas de cada turma. Assim, pode ser que os dias dos encontros presenciais variem de turma para turma, sendo necessrio que voc faa as adaptaes possveis. No se esquea de dar voz a todos os cursistas e de levar cada um a analisar as implicaes de seus pedidos de mudana para o conjunto dos colegas.

FORMADORAntes do incio do curso, importante que voc faa a inscrio dos cursistas no ambiente virtual e-ProInfo ou solicite que eles se inscrevam. Isso pode, tambm, ser feito no primeiro encontro presencial. A princpio, a distribuio temporal prevista a seguinte:1 encontro presencial 2h Momento de apresentao do cursoMomento presencial 1 da Unidade 1: Contextualizao do tema da Unidade 1: Tecnologia na sociedade, na vida e na escola.

LembreteEsta uma proposta de distribuio temporal, e importante que voc considere o perfil do cursista, o contexto em que atua e sua trajetria profissional como formador. Voc pode aprofund-la e adequ-la de acordo com sua realidade local.

2h

Atividade 1.1: Reflexes iniciais, realizadas em duplas, acerca dos desafios da escola na sociedade atual, que devem ser registradas usando o editor de textos e compartilhadas com os colegas.

1 Semana 4h

Reflexo sobre a identidade do professor e sobre a prpria aprendizagem (leituras e pontos de reflexo). Atividade 1.2: Participar de um debate, na ferramenta frum, sobre a tema identidade do professor: Quem sou eu como professor e aprendiz.

2 Semana

Aprofundamento das reflexes sobre aprendizagem e anlise da escola diante desse novo panorama da sociedade/tecnologia na escola.

4h Atividade 1.3: Assistir a um vdeo com entrevista sobre o tema

educao e Tecnologia e registrar a prpria reflexo, em dirio de bordo on-line. Atividade 1.4: Fazer um levantamento das tecnologias existentes na escola e dos modos como so utilizadas.

Unidade 1

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2 encontro presencial

4h Momento presencial 2 da Unidade 1:

Discutir os levantamentos realizados em cada escola e elaborar uma apresentao sintetizando a situao geral observada.

3 Semana

Ensinando e aprendendo com as tecnologias e mdias digitais / Papel do professor.

4h Atividade 1.5: Elaborar um mapa conceitual para sintetizar as aprendizagens conquistadas at o momento. Compartilhar o mapa on-line, no espao Biblioteca.

4 Semana

Aprendizagem significativa e uso de tecnologias no trabalho por meio de projeto

4h Atividade 1.6: Realizar uma pesquisa orientada metodologiaWebQuest - sobre experincias desenvolvidas com projetos.

3 encontro presencial

2h Momento presencial 3 da Unidade 1:2h

Partilha e avaliao do que foi produzido (atividades 1.5, 1.6,) Momento presencial 1 da Unidade 2 (apresentao do tema da Unidade 2)

Primeiro encontro presencial(tempo total estimado: 4 horas) Ensinando e aprendendo com as TIC Nas estimativas de tempo dos encontros presenciais, previmos um breve intervalo de 15 minutos, portanto as atividades propostas integram um tempo total de 3 horas e 45 minutos. No primeiro encontro presencial, cerca de duas horas do tempo previsto so dedicadas apresentao do curso, ao conhecimento mtuo dos cursistas e ambientao no e-ProInfo. O restante do tempo destina-se contextualizao do tema da Unidade 1: Tecnologia na sociedade, na vida e na escola e orientaes para os estudos a distncia no intervalo at o encontro presencial seguinte. No dia de incio do curso, importante que voc chegue com algum tempo de antecedncia, para conferir as condies do local e ver se os computadores esto funcionando adequadamente. Note bem que os computadores podem ficar ligados na tela inicial do curso desde esse momento.

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Boas vindas e apresentao do curso (tempo estimado de 1 hora e 15 minutos) Sugerimos que comece o primeiro encontro presencial dando as boas-vindas aos cursistas. importante que todos se apresentem e falem de suas expectativas a respeito do curso. H muitas dinmicas que estimulam a participao de todos, por isso adaptamos algumas delas para uso neste curso.

FORMADORVeja, na terceira parte deste guia, as dinmicas indicadas para estimular a integrao do grupo. Analise-as e veja qual ou quais podem ajud-lo em suas atividades tanto nesse primeiro encontro presencial quanto nos outros que se sucederem. Terminada a apresentao, voc pode pedir aos cursistas que se dirijam, em duplas, aos computadores, para, ento, terem o primeiro contato com o ambiente virtual do curso o ambiente e-Proinfo. importante que a dupla encontre a mensagem de boas-vindas na primeira tela, convite para conhecer melhor a proposta do curso e informao sobre o Frum Dvidas Pedaggicas. fundamental destacar que esse Frum o espao em que os cursistas iro conversar com voc, formador, trocar ideias e tirar dvidas gerais acerca do curso, nos momentos a distncia. Voc deve, por isso, certificar-se de que todos aprendereram a utilizar essa ferramenta. Assim, procure destacar aspectos importantes desta navegao, tais como ter acesso ao contedo do curso, biblioteca, e aos fruns. Lembre a todos que ambos os integrantes da dupla devem ter oportunidade de operar o computador e que eles devem alternar-se nessa posio. No mdulo de contedo do curso, estimule os cursistas a navegar pelo projeto do curso, de acordo com as instrues que constam no prprio computador. Em todas as telas do e-ProInfo, h um link ajuda que contm uma apresentao sucinta de cada item. Alm da navegao rpida dos cursistas pelo projeto, sugerimos que voc faa uma apre-

e-ProinfoRecomendamos que os cadastramentos no ambiente e-Proinfo tenham sido feitos por todos os cursistas em momento anterior a este primeiro encontro presencial, porque aqui eles j devem, inclusive, estar inscritos neste curso. Lembre-se de que voc, formador, quem providencia a inscrio dos seus cursistas no curso, isso aps cada um deles j ter realizado o cadastramento no ambiente e-Proinfo.

Unidade 1

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FORMADORLembre-se de que voc quem deve criar o Frum Dvidas Pedaggicas no ambiente e-proinfo.

sentao do curso por meio de slides, contextualizando o curso, na proposta de formao do Programa Proinfo Integrado e chamando a ateno para os pontos mais importantes da organizao do curso, a citar:

Objetivos; Perfil esperado do profissional ao final do curso; Desenho do currculo; Organizao do tempo; Estudos a distncia; Local dos encontros; Material de ensino-aprendizagem e mdias utilizadas; Avaliao e certificao. Ensinando e aprendendo com as TIC

Aproveite para verificar se todos esto familiarizados com o uso do BrOffice Impress, pois eles sero solicitados a preparar uma breve apresentao na atividade 1.4, no perodo a distncia. Caso algum precise relembrar esse contedo, faa referncia ao material do curso de Introduo Educao Digital (40h) sobre a produo de slides digitais no contexto escolar (Unidade 7). Os guias do curso de Introduo Educao Digital esto disponveis no Portal do Professor e no CD. Ainda, na abertura da Unidade I, proposta aos cursistas uma reflexo sobre o trabalho coletivo, inspirando-se no trecho do poema de Fernando Pessoa, que aparece na prpria tela. Depois de ler e curtir o poema, a ideia dialogar com os cursistas como profissionais da prtica pedaggica que tm uma trajetria rica de aprendizado e conhecimento vivenciados no seu cotidiano. Mostre-lhes que a participao neste curso pode ser uma

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aventura cooperativa de aprendizado, para que consigam ressignificar a prpria prtica pedaggica com a utilizao dos recursos tecnolgicos.

Contextualizao da Unidade 1(tempo estimado: 30 minutos) Para a contextualizao do tema da Unidade 1: Tecnologia na sociedade, na vida e na escola, ser feita a leitura de A sociedade da aprendizagem e o desafio de converter informao em conhecimento, de Juan Ignacio Pozo. O referido texto est disponvel em: No texto, os autores propem reflexes sobre a sociedade contempornea e os desafios que ela apresenta para a formao de cidados e de profissionais. Sugerimos que, primeiramente, seja feita uma leitura coletiva; e, em seguida, cada um faa uma leitura silenciosa. Depois, estimulada pelo texto, a turma solicitada a realizar a atividade 1.1. Atividade 1.1 (tempo estimado: 1 hora) Nesta atividade, os cursistas vo refletir sobre os desafios da escola, bem como seus prprios desafios educativos no panorama da sociedade atual. A sntese das respostas deve resultar em um texto de uma pgina cerca de 250 a 300 palavras , que deve ser elaborado pela dupla que compartilhou o computador e postado na Biblioteca do e-ProInfo, no espao Material do aluno, tema Atividade 1.1 e subtema Reflexes iniciais. O cursista ser, tambm, convidado a acessar as atividades elaboradas pelos colegas, as quais estaro disponveis na mesma biblioteca, para conhecer suas reflexes e relatos. Sugerimos que, para concluir a atividade, voc promova um debate com a turma, ressaltando os recursos computacionais que usaram: editor de texto, ambiente virtual (se for o caso), compartilhamento da produo escrita com o outro. Se estiver usando o ambiente virtual e-Proinfo, procure trabalhar com os recursos envolvidos nas atividades propostas, para que os cursistas possam se familiarizar com eles.LembreteVerifique se todos os cursistas sabem utilizar o recurso Biblioteca, pois, na atividade 1.4, no perodo a distncia, eles precisaro realizar novamente esse procedimento. Lembre-se de que voc quem deve, tambm, cadastrar os temas e subtemas na Biblioteca do e-ProInfo para que os cursistas possam publicar suas atividades.

LembreteDe acordo com o tempo disponvel, voc poder optar por deixar a leitura do texto de Pozo para o momento a distncia e propor que os cursistas iniciem imediatamente a atividade 1.1.

Unidade 1

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MaterialOs textos complementares esto publicados no CD.

Para finalizar esta sesso, mostre aos cursistas que, no material, so apresentadas duas opes de textos como leitura complementar: a) Entrevista de Maria Elizabeth B. de Almeida sobre o tema: Tecnologias trazem o mundo para a escola, disponvel no Portal do Professor, no endereo: < http://portaldoprofessor.mec.gov.br/conteudoJornal.html?idConteudo=37 b) Interfaces digitais para a organizao e representao do conhecimento, de Aneridis A. Monteiro, So Paulo: Pontifcia Universidade Catlica, Programa de Ps-Graduao em Educao: Currculo, 2008. Disponvel em: . Aproveite a oportunidade para salientar que, no desenho grfico do material do curso, as leituras bsicas e complementares so diferenciadas, sendo que as leituras complementares so opcionais, de acordo com a disponibilidade de cada cursista.

Trabalho em casa e na escolaOrientaes para os estudos a distncia (tempo estimado de 1 hora) importante que voc guarde um tempo ao final do encontro para conversar com a turma sobre os compromissos com o curso no perodo a distncia e estratgias possveis para a gesto dos estudos. Na Educao a Distncia, o cursista tem total liberdade para definir seus horrios de estudo da maneira que melhor lhe convier, desde que cumpra com os estudos e atividades previstas para cada semana (em torno de 4 horas de dedicao). Ressaltamos, contudo, que grande parte dos estudantes novatos na modalidade a distncia tem dificuldades de integrar os estudos em suas rotinas, pois so, normalmente, bastante ocupadas. Sem o devido planejamento e disciplina de estudo, eles costumam se envolver em suas obrigaes dirias e deixar as atividades do curso para quando sobrar tempo situao que raramente ocorre! Voc pode apresentar o quadro de distribuio temporal da unidade, explicando sucintamente as atividades previstas at o segundo encontro presencial e os recursos tecnolgicos essenciais para essas atividades:

Ensinando e aprendendo com as TIC

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Atividade 1.2: Frum Quem sou como professor e aprendiz no se esquea de se certificar se os cursistas se sentem seguros para realizar esta atividade no e-Proinfo; Atividade 1.3: Vdeo on-line ou em CD, Dirio de bordo no ambiente E-proinfo; Atividade 1.4: BrOffice Calc, planilha de referncia para a coleta dos dados da pesquisa; BrOffice Impress para sntese da pesquisa e Biblioteca no E-proinfo para partilhar a apresentao feita.

Saliente a importncia de os cursistas estabelecerem uma rotina de dedicao ao curso, prevendo, na agenda semanal, o nmero mnimo de horas estipuladas para as atividades. Sugerimos que voc estabelea uma rotina de estudos. Uma estratgia recomendvel estabelecer sua agenda semanal de estudos, em dias e horrios alternados; assim, evita-se o acmulo de leituras e atividades e o sentimento de sobrecarga! e se garante a interao adequada nos momentos de atividades em grupo, no Ambiente Virtual. Ainda, acerca do tempo de dedicao ao curso, no perodo a distncia, cabe mencionar que fizemos uma estimativa de dedicao semanal, equivalente a 4 horas. Ressaltamos, entretanto, que o tempo na educao a distncia relativo e fortemente influenciado pelo contexto e pela rotina pessoal de estudo de cada cursista. Para ilustrar essa relatividade, imaginemos dois cenrios para a leitura de um texto: no primeiro, o cursista est em um local tranquilo e em um momento de concentrao; e, no segundo, est em um ambiente agitado, com pessoas ou outras atividades interrompendo o processo. Facilmente podemos perceber que, no primeiro caso, o cursista demoraria bem menos tempo e seria mais fcil, com a ateno totalmente focada na ao. Precisamos, ainda, considerar que cada pessoa tem ritmos e caractersticas distintas que devem ser analisadas nas suas opes. Por exemplo, para algumas, o horrio do almoo considerado tranquilo e favorvel para concentrao, j outras sentem sono e preferem estudar pela manh ou noite. Independentemente dos horrios escolhidos, com uma boa dose de planejamento, possvel minimizar uma dificuldade bastante comum entre alunos a distncia: a falta de tempo. Assim, sugerimos a leitura do texto de Eduardo Chaves: Administrar o tempo planejar a vida, disponvel em: . Nele, h dicas prticas muito interessantes para desenvolver a habilidade de gesto do tempo.

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importante, tambm, que voc combine com os cursistas os horrios em que estar disponvel para contatos virtuais sncronos, dependendo dos interesses e das possibilidades dos participantes. De modo geral, os contatos entre o formador e os cursistas podem ser: sncronos, quando a interao se d em tempo real, em momentos pr-determinados, para que os interessados estejam on-line. Ex: chat; reunio on-line (ROL); salas para trabalho em grupo, etc.; assncronos, quando a interao no envolve resposta imediata para as questes ou observaes propostas. Ex: listas de discusso; frum; trabalho em grupo; e-mail, etc.

FORMADOREmbora os estudos a distncia sejam previstos para trabalho independente dos cursistas (estudos autnomos), voc deve ler cuidadosamente toda a unidade no apenas para atender a eventuais pedidos de socorro, mas tambm para poder planejar os momentos presenciais de modo que sejam ricos e pertinentes. Ensinando e aprendendo com as TIC

1 Semana EaD (tempo estimado: 4 horas, varivel de acordo com a realidade de cada cursista, conforme salientado anteriormente) Essa primeira semana ser focada em leituras, reflexes e dilogos. O tema da 1a semana prope, inicialmente, que o cursista reflita sobre a identidade do professor e sobre a prpria aprendizagem (leituras e pontos de reflexo). Para pensar sobre a identidade do professor na sociedade atual, usa-se como mobilizao a leitura da entrevista com Antnio Nvoa, disponvel na internet (http://www. tvebrasil.com.br/salto/entrevistas/antonio_novoa.htm), bem como ao final da Uniade I, no Guia do Cursista.

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Atividade 1.2 A seguir, propem-se reflexes e se convida o cursista para debat-las com a turma, no Frum Quem sou como professor e aprendiz.

FrunsSe o frum for geral aos cursistas, voc dever criar diretamente na pgina prinicipal do Curso, no item Interao -> Frum. Se o frum for especfico alguma Unidade, voc dever entrar na Unidade em questo, no item Interao -> Frum. Para acrescentar novos tpicos, deve clicar em Manuteno, e Incluir um novo frum. Lembre-se de deix-lo ativo. Toda vez que os alunos quiserem postar uma resposta ou discutir um determinado tema, devem clicar no ttulo do frum desejado, e selecionar Contribuir.

FORMADORLembre-se de que voc quem deve abrir os fruns necessrios no ambiente e-ProInfo. pertinente esclarecer aos cursistas que a proposta fazer um debate a distncia, durante duas semanas, incluindo tambm estudos do item Aprendizagem.

O cursista, como profissional que trabalha com o conhecimento e a prtica, instigado a refletir sobre a necessidade de continuar aprendendo e sobre sua postura diante das novas tecnologias. Essas reflexes devem ser subsidiadas por dois textos: Aprendizagem continuada ao longo da vida, de Jos Arnaldo Valente, disponvel em: (Acesso em: 05 jun. 08 ou na Revista Ptio, ano 4, n. 15 Nov/2000/Jan/2001; e As sereias do ensino eletrnico, de Blikstein e Zuffo, disponvel em: . Cabe, aqui, salientar que consideramos esse ltimo texto mais denso, com informaes complexas, de forma que pode ser necessrio um estudo mais orientado. Sugerimos, portanto, que esse texto seja retomado no segundo encontro presencial, podendo ser utilizado como fundamento para a anlise da aplicao das tecnologias nas escolas, conforme veremos, adiante, com maiores detalhes. 2 Semana EaD (tempo estimado: 4 horas) Para a segunda semana, as metas so estabelecer algumas snteses de aprendizagens contrudas e iniciar a aplicao prtica desses saberes para analisar o papel da escola no novo panorama da sociedade atual.

Aprendizagem continuada ao longo da vida

Este texto est publicado na ntegra ao final da Unidade I

Texto publicado no CD

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Atividade 1.3 Aps assistir ao vdeo proposto, o cursista solicitado a iniciar o registro de suas reflexes pessoais em seu prprio espao no Dirio de Bordo. importante que voc oriente os cursistas sobre como utilizar o Dirio de Bordo (voc pode utilizar o Frum Dvidas Pedaggicas ou outras ferramentas de comunicao acordadas com a turma), salientando que o Dirio de Bordo um importante instrumento, o qual estimula condutas autnomas, pois proporciona a autoavaliao das aprendizagens contrudas. Ser utilizado, portanto, ao longo de todo o curso, para fins de registro e avaliao. Para estimul-los, procure ler e fazer anotaes e sugestes nos dirios dos cursistas, assinalando para a turma os aspectos mais relevantes que se evidenciam, a percepo de dvidas e pontos para que sejam abordados/retomados durante o curso. Lembramos que voc, formador, juntamente com os cursistas, tambm precisa escrever o seu Dirio de Bordo, registrando suas observaes, reflexes, aspectos gerais sobre a participao dos alunos nos debates, sobre os encaminhamentos e dificuldades na realizao das atividades (o que funcionou, o que poderia ser diferente), sobre o material, etc. Como fontes complementares para esse tema, indicam-se: a) ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini Tecnologia na escola: criao de redes de conhecimento. In: ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini; MORAN, Jos Manuel. (Orgs.). Integrao das Tecnologias na Educao. Salto para o Futuro. Braslia: MEC, SEED, 2005. Disponvel em: . Acesso em: 20 set. 2010 b) TORNAGHI, Alberto. Escola e tecnologia: uma conversa. Programa Salto para o Futuro. In: Boletim da Srie Escola faz tecnologia faz escola... Braslia: MEC, SEED, 2003. Disponvel em: . Acesso em: 16 set. 2010. Atividade 1.4 Para dar um fecho s reflexes e, ao mesmo tempo, instigar os cursistas a analisarem a prtica em suas escolas, a atividade 1.4 prope que eles observem as tecnologias nelas existentes e os modos como so utilizadas, registrem as informaes e salvem

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o documento na Biblioteca do e-ProInfo, tema Atividade 1.4 e subtema Tecnologias existentes na escola e salvem tambm em um CD ou pen-drive, para apresent-lo no encontro presencial. Professores da mesma escola tambm podero dinamizar o trabalho, realizando a atividade conjuntamente, desde que se comprometam a desenvolver as aes de modo integrado.

Confira no CDO tempo para a realizao da coleta de dados curto. Assim, para agilizar ao mximo o processo e facilitar a sistematizao das informaes, preparamos uma planilha de referncia para os cursistas.

FORMADORVoc precisa cadastrar os temas e subtemas na Biblioteca para que os cursistas possam publicar suas atividades.LembreteCaso falte tempo para os cursistas prepararem a apresentao com a sntese das concluses, eles podem publicar a prpria planilha na Biblioteca, pois, no encontro presencial, possvel realizar as apresentaes com base nesses documentos; e, ento, ao final da anlise coletiva, elaborar slides com as concluses.

Segundo momento presencial da Unidade 1(tempo total estimado: 4 horas)

FORMADORNas estimativas de tempo dos encontros presenciais, previmos um breve intervalo de 15 minutos, portanto as atividades propostas integram um tempo total de 3 horas e 45 minutos. O segundo momento presencial da Unidade 1 destinado apresentao e anlise dos levantamentos feitos nas escolas. Reviso e esclarecimentos de dvidas (tempo estimado: 30 minutos) Antes, porm, dedique um tempo para sanar as dificuldades que os cursistas tenham apresentado com o uso do computador e do material. Aproveite para reforar a importncia dos Dirios de Bordo e para abordar as dvidas gerais presentes nos registros lidos. Se houver questes gerais, de todos ou quase todos, explique ou mostre como se faz. Se forem dificuldades com o uso dos computadores ou das interfaces, tente resolver as dvidas, fazendo com que os cursistas trabalhem nos computadores orientados pelos colegas que j dominaram os processos.

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Se houver problemas que sejam s de alguns, pea aos que sabem para ajudarem os colegas a resolverem as dvidas. Essa estratgia contribuir para o desenvolvimento tanto de quem ajuda quanto de quem ajudado. Quem ensina aprende mais do que o outro a quem ensina e consolida seu conhecimento. Para quem gosta de Vygotsky, estamos falando de reunir aquele que tem dificuldade com um par mais capaz; estamos falando de, com essa ajuda, trabalhar na zona de desenvolvimento proximal: algum que quase consegue sozinho e d o salto ajudado por quem pode faz-lo. Se o cursista (um aprendiz nesse momento) consegue enunciar sua dificuldade, porque est no limite de poder solucion-la, no limite de compreender e apreender a soluo. Isso significa que o problema est em sua zona de desenvolvimento proximal, ou seja, ele consegue apreender a soluo, mas precisa de ajuda para faz-lo. Os estudos e reflexes tericas propostos at o momento no curso podem ser revisados brevemente. Sugerimos, portanto, retomarem o texto As sereias do ensino eletrnico, de Paulo Blikstein e Marcelo Knrich Zuffo, no qual os autores comentam os encantos e desiluses que as tecnologias trouxeram em vrias reas. Os autores alertam para o fato de que, na educao, apesar do potencial positivo, o seu uso tem sido, predominantemente, como forma de simples encapsulamento de contedo instrucional em mdias eletrnicas. O texto bastante extenso, mas os argumentos centrais so sintetizados em sua concluso e sero bastante teis para analisar os levantamentos do uso das tecnologias nas escolas dos cursistas. Conforme apresentado a seguir, voc pode trazer recortes do texto, para serem problematizados e servirem como referncia para analisar o uso das tecnologias, observado nas diferentes escolas.

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As sereias do ensino eletrnicoPaulo Blikstein e Marcelo Knrich Zuffo O excessivo convencionalismo do ensino tradicional contrasta aparentemente com o vido interesse, pblico e privado, em transformar, massificar, encapsular e virtualizar a educao. Devemos usar o que a internet oferece de novo e positivo: a anonimidade para jogos de

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aprendizado, por exemplo (BLIKSTEIN: 2001) , a eliminao de distncias entre pessoas que tm (ou querem ter) um vnculo de relacionamento significativo, a possibilidade de criao e expresso pessoal, a descentralizao da produo de conhecimento e de sua documentao, a ausncia de formatos proprietrios e as possibilidades de construo coletiva de projetos reais. Outros elementos, que no lhe so to particulares, dizem mais respeito internet como mdia de transmisso de informaes do que como matria-prima de construo: a possibilidade de milhes de pessoas terem acesso a um pgina web, o suposto baixo custo, a falta de privacidade, o rastreamento das atividades dos usurios, o enorme tempo que gastamos teclando em vez de falar, a padronizao, muitos dos softwares de inteligncia artifcial (agentes) que ao tentar ser inteligentes, mais aborrecem e limitam do que ajudam. A internet mais valiosa para a educao como matria-prima de construo do que como mdia. Assim, em vez de entrar em um ambiente pr-construdo, que os prprios alunos construam seus ambientes. Em vez de confiar a um grupo centralizado a produo de material didtico, que os prprios alunos, de forma descentralizada, produzam documentao para ajudar outros alunos. Em vez de criar proibies, estimular as possibilidades e a responsabilidade cidad de cada aprendiz. Em vez de testes de mltipla escolha, propor formas alternativas de avaliao qualitativa de projetos, e no de pedaos desconexos de informao. No lugar de massifcar o que j existe, inaugurar um novo mundo de aprendizado onde a personalizao no seja um mero narcisismo consumista, mas possibilidade de expresso e colaborao. Em vez da preponderncia exclusiva da viso negocial, a recuperao e valorizao de sua funo pblica, inclusiva e de resistncia. Apesar da imploso da bolha da Internet ter evidenciado os exageros daquela poca, nossa empolgao naqueles anos dourados tem um sentido positivo. Quantos de ns no tivemos uma grande idia para um site? Quantos no passaram noites em claro, imaginando um grande projeto? Isso mostra que, quando percebemos luz da oportunidade, nosso esprito criativo e empreendedor renasce. exatamente isso que devemos cultivar na educao, seja online ou presencial: esse brilho nos olhos, que se v em crianas e adultos quando vislumbram a possibilidade de atuar no mundo, empreender projetos, melhorar a vida das pessoas, imaginar o que no existe, subverter a ordem, construir, destruir e reconstruir. Que cantem as sereias: a nica educao que faz sentido a que nos faz mudar o mundo. Certamente, essas ideias mobilizaro o grupo e provvel que um debate se inicie. Sugerimos orientar esse entusiasmo para a anlise dos levantamentos que sero apresen-

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tados em seguida. Assim, voc pode problematizar algumas questes e propor que eles busquem respostas nas apresentaes da realidade de cada escola. Sugestes de pontos para anlise dos levantamentos feitos: O uso das tecnologias na escola definido com base em quais critrios? Quais tensionamentos influenciam? (pais, mercado de trabalho...) Os computadores e a internet foram inseridos nas atividades curriculares para fazer as mesmas coisas que eram feitas antes ou proporcionaram prticas inovadoras, pautadas na autoria e participao ativa dos estudantes? Houve mudanas na atuao docente? O que mudou na aprendizagem dos alunos? Que novos aspectos requererem maior ateno de nossa parte? Apresentao dos levantamentos feitos nas escolas (Atividade 1.4) (tempo estimado: 2 horas ) A oportunidade de conhecer outras realidades e trocar experincias bastante enriquecedora, por isso ideal que cada grupo/cursista apresente seu levantamento para o grande grupo. importante, no entanto, distribuir o tempo de forma a deixar em torno de duas horas para debate e produo de uma apresentao que sintetize a anlise geral produzida pela turma. Caso o volume de levantamentos seja muito grande, pode ser, portanto, necessrio realizar as atividades em subgrupos; e se existirem membros de diferentes escolas, interessante distribu-los em grupos diferentes. Ao final das apresentaes, realize um debate e analise o panorama geral identificado. A turma (ou subgrupos) dever produzir uma sntese coletiva, que poder incluir dados qualitativos e quantitativos das planilhas, com grficos, entre outros, para ser compartilhada com as escolas. importante que o material produzido seja socializado nas escolas participantes, cabendo turma definir as estratgias pertinentes para este fim.

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FORMADORVeja, na terceira parte deste guia, as dinmicas apropriadas para orientar a formulao de snteses. Se quiser, escolha uma para essa atividade. Orientaes para os estudos a distncia (tempo estimado: 15 minutos) Antes de concluir o encontro, lembre-se de conversar com a turma acerca das atividades previstas para serem realizadas a distncia, no perodo que antecede o prximo encontro presencial e esclarecer eventuais dvidas tcnicas.

Continuao do trabalho em casa e na escola3 Semana EaD (tempo estimado: 4 horas) O estudo a distncia prossegue com reflexes sobre o uso de mdias digitais para o ensino e a aprendizagem e sobre a distino entre informao e conhecimento. So apresentadas as seguintes opes de leituras complementares para aprofundamentos: a) ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini; PRADO, Maria Elisabette Brisola Brito. Apresentao da Srie integrao de tecnologias com as mdias digitais. In: Boletim do Salto para o Futuro. Braslia: MEC, SEED, 2005. Disponvel em: . Acesso em 02 ago. 2010. b) VALENTE, Jos Armando. Pesquisa, comunicao e aprendizagem com o computador. O papel do computador no processo ensino-aprendizagem. In: ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de; MORAN, Jos Manuel (Orgs.). Integrao das Tecnologias na Educao. Salto para o Futuro. Braslia: MEC, SEED, 2005. p.24. Disponvel em: . Acesso em: 01 ago. 2010. O cusista tambm convidado a dar continuidade no registro de suas reflexes em seu Dirio de Bordo.

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Atividade 1.5 As reflexes registradas no Dirio de Bordo sero a base para a estruturao de um mapa conceitual das aprendizagens construdas at o momento no curso. Para muitos cursistas, esta poder ser a primeira experincia de construo de um mapa conceitual. Assim, importante que voc esteja acompanhando as dificuldades dos participantes e esclarecendo dvidas no Frum Dvidas pedaggicas e/ou em sesses sncronas, previamente combinadas. Nessa atividade, de acordo com a turma, h a possibilidade de instig-los utilizao do software CmapTools para a elaborao do mapa. Para ajud-los, tambm foi desenvolvida uma animao orientando para a instalao e uso do Software Cmaptools os arquivos de instalao do Software esto disponveis no material complementar do CD. 4 Semana Ead O estudo nessa 4a semana focaliza o papel do professor e sua competncia para facilitar a aprendizagem significativa com o uso das TICs. Para isso, prope-se a Pedagogia por meio de Projetos, como uma forma eficaz de potencializar a aprendizagem significativa. Para os estudos deste assunto, prope-se, na Atividade 1.4, uma pesquisa realizada no contexto da escola sobre experincias desenvolvidas com trabalho por meio de projetos. Atividade 1.4 A pesquisa foi estruturada segundo a metodologia de Webquests. Os cursistas tero, portanto, orientaes detalhadas para realizar a atividade nas prprias pginas da Webquest. Alm do estudo da temtica Projetos, nosso propsito com esta atividade proporcionar a todos os cursistas a experincia de participao em uma Webquest, despertando o interesse para possveis aplicaes com seus alunos. Podemos considerar que a metodologia de Webquests est em conformidade com a Pedagogia por meio de Projetos. Destacamos, porm, que, h nas Webquest orientaes passo a passo acerca de como proceder, dando menor liberdade para a criatividade e autoria dos aprendizes.

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Nessa perspectiva de maior orientao, essa metodologia pode ser usada como uma estratgia na transio entre prticas tradicionais em que o aluno tem uma postura passiva para propostas onde o aluno possui um papel ativo, sendo protagonista na construo do conhecimento. Assim, para salientar a importncia e os benefcios da metodologia de Webquests, h uma animao no CD. Dica: No Portal do Professor, h um Frum de debates acerca de Webquests (Frum do Portal do Professor > Categoria Tecnologias Educacionais > http://portaldoprofessor.mec. gov.br/ListarMensagensForum.html?idTopico=90).

FORMADORLembre-se de que voc quem deve criar o frum Webquest: Informtica e Projetos de Aprendizagem no ambiente e-ProInfo, para os cursistas publicarem suas descobertas da pesquisa e interagirem com os colegas.

Terceiro momento presencial da Unidade 1(tempo total estimado: 4 horas) O terceiro momento presencial destina-se avaliao da Unidade I. Assim, as duas primeiras horas devem ser dedicadas apresentao dos resultados