os desafios da escola pÚblica paranaense na … · de elaboração do plano de trabalho...

25
Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

Upload: dangkien

Post on 12-Dec-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA – TURMA 2013

Título: BLOG: FERRAMENTA DE COMUNICAÇÃO NA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

Autor: Elisabeth Guntzel Lealdino

Disciplina/Área: Pedagogia

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Visconde de Guarapuava - Ensino Fundamental, Médio e Profissional

Município da escola: Guarapuava

Núcleo Regional de Educação:

Guarapuava

Professor Orientador: Prof ªMs. Rosangela do Prado Wolf

Instituição de Ensino Superior:

Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná

Relação Interdisciplinar: Envolvimento de todas as disciplinas

Resumo:

A presente proposta de estudo, pesquisa e

intervenção no contexto escolar, compreenderá

entrevista com os pedagogos sobre sua prática diária

na escola; observação do trabalho do pedagogo no

contexto da escola; implantação e acompanhamento

de um blog para comunicação entre pedagogos e

professores, partindo do pressuposto de que a

utilização deste recurso midiático no cotidiano do

trabalho do pedagogo, auxiliará na comunicação

permanente entre os professores e pedagogos,

permitindo uma melhor atuação do pedagogo em

relação ao suporte pedagógico à docência.

Palavras-chave:

Pedagogo; comunicação; blog.

Formato do Material Didático:

Caderno Pedagógico

Público: Direção, Pedagogos e Professores

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO.

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

BLOG: FERRAMENTA DE COMUNICAÇÃO NA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

GUARAPUAVA– PR 2013

APRESENTAÇÃO

A produção didático-pedagógica - PDP - intitulada: BLOG:

FERRAMENTA DE COMUNICAÇÃO NA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

PEDAGÓGICO, abordará a presença das novas tecnologias, em especial o

uso de um Blog na organização do trabalho pedagógico, coordenado pela

equipe pedagógica, com participação efetiva dos professores. Através do

Blog, propomos inovar os procedimentos de mediação pedagógica, fazendo

com que professor pedagogo possa realmente colocar em prática sua

principal função de apoio ao docente no ambiente escolar.

As ações previstas tem como finalidade dinamizar o trabalho do

pedagogo, levando em consideração as mudanças tecnológicas e midiáticas,

empregando ferramentas que possibilitem a comunicação em rede e

estimulem a formação de conexões entre professores e equipe pedagógica e

façam uso adequado do material disponível na escola, nos laboratórios de

informática e do tablet e analisar a função do pedagogo no contexto da

escola.

O Material Didático será organizado em 3 (três) unidades, propondo a

pesquisa teórica e de campo qualitativa, relacionando com a prática

pedagógica, envolvendo todos os professores que atuam no colégio

proporcionando estratégias de ação dinâmicas, tendo como principal apoio

tecnológico o Blog, contemplando o trabalho do pedagogo no cotidiano da

escola. Utilizaremos também um questionário para entrevista com os

pedagogos e um guia de observação e registro das atividades realizadas no

cotidiano.

Na primeira unidade, refletiremos sobre o uso da internet como

recurso pedagógico, na coordenação pedagógica bem como a sua articulação

do trabalho docente, apontando as possibilidades para o uso na escola como

ferramenta de comunicação e aprendizagem. Nesta unidade abordaremos o

primeiro e o quarto momento.

Na segunda unidade, faremos o acompanhamento de todo processo

de elaboração do Plano de Trabalho Docente(PTD), com apontamentos sobre

conteúdos, método, encaminhamentos metodológicos e de avaliação. A

inclusão dos conteúdos obrigatórios o acompanhamento da prática deste

PTD, os desafios da sala de aula, e todo processo de avaliação, recuperação

e conselho de classe.

Na terceira unidade analisaremos o papel do pedagogo em

diferentes momentos, fazendo relação com o que faz no seu cotidiano e sua

função conforme atribuições do profissional na atualidade. Terá como roteiro

de observação que será realizada nos três turnos e entrevista com os

pedagogos do colégio.

Orientações Metodológicas: Os encontros ocorrerão de forma presencial, sendo um momento de

formação para apresentação e introdução ao projeto e outro para conclusão e

avaliação, totalizando 4 (quatro) horas. Os demais momentos serão de

acompanhamento do dia a dia do trabalho do professor, no decorrer do

primeiro bimestre, utilizando o Blog como ferramenta auxiliar com

proporcionando a interação de todos os participantes, a entrevista e

observação com registro das atividades realizadas.

PROGRAMAÇÃO:

Local: Colégio Estadual Visconde de Guarapuava - Ensino Fundamental

Médio e Profissional Guarapuava /PR.

Ministrante: Profª Pedagoga - Elisabeth Guntzel Lealdino /PDE/2013/2014.

Data Conteúdo Carga horária

Fevereiro

Momento

07/02/2014

Apresentação do Projeto de Implementação do

PDE; Explanação Novas Tecnologias na

Educação; Blog; Apresentação do Blog,

estrutura, possibilidades pedagógicas e

interação.

2h

Fevereiro

momento:

10/02/2014

a

30/04/2014

Organização do Trabalho Pedagógico Acompanhar e orientar todo processo de

elaboração do Plano de Trabalho Docente

(PTD), com apontamentos sobre conteúdos,

método, encaminhamentos metodológicos e de

avaliação, os temas socioeducacionais/

conteúdos obrigatórios, o acompanhamento da

prática deste PTD, os desafios da sala de aula,

bem como todo processo de avaliação,

recuperação e conselho de classe.

20h

Março

Momento

03/03/2014

Função do Pedagogo:

Entrevista com os pedagogos, questões abertas

e fechadas; Observação do cotidiano do

trabalho da equipe pedagógica, nos três turnos,

com registro das práticas.

12h

Abril 4º

Momento

30/04/2014

Mesa redonda (com convidados da Unicentro);

Apresentação dos resultados; Avaliação dos

encontros; Encerramento das atividades.

2h

UNIDADE I 1. AS NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO 1.2 Objetivo:

Identificar os benefícios do uso do blog como recurso pedagógico e seu

uso no cotidiano da organização do trabalho pedagógico e na ação docente

no Colégio Estadual Visconde de Guarapuava, propondo algumas mudanças

significativas com o uso de novas tecnologias na gestão pedagógica,

administrativa e na ação docente.

1.3 Fundamentação Teórica

Com a chegada da internet trazendo a facilidade de acesso às

informações e sua utilização nos diferentes campos de atuação, a escola

passa também a utilizá-la em seus projetos de gestão e ensino, buscando

desenvolver novas maneiras de ensinar, deixando de lado aos poucos a

escola isolada entre quatro paredes, abrindo-a para o mundo e o mundo

entrando na escola. As tecnologias mudaram radicalmente o modo viver da

sociedade, que está em constante mudança, a escola precisa se adequar a

estas mudanças. Já não podemos mais pensar a escola sem as tecnologias

da informação, pois, “[...] as tecnologias da informação e comunicação estão

aí e ficarão por muito tempo, estão transformando o mundo e deve-se

considerá-las no terreno da educação.” (SANCHO, 2006, p.18).

Ainda segundo o mesmo autor as novas tecnologias, aplicadas à

comunicação podem desempenhar um papel importante na inovação das

atividades docentes e também na elaboração das novas formas de pesquisa.

As tecnologias podem facilitar a personalização dos processos de acesso ao

conhecimento. Esses processos vão influenciando as atividades do nosso dia-

a-dia, modificando também a maneira de nos comunicarmos e relacionarmos

com os outros assim como está modificando o jeito de aprender e ensinar.

O uso efetivo das novas tecnologias da comunicação permitem a

democratização do acesso ao conhecimento através de um novo jeito de fazer

pedagógico, num contexto profissional fragilizado que necessita de novos

estímulos para ser professor. Concorremos com muitas outras formas de

aprender, portanto “Só vale a pena ser educador dentro de um contexto

comunicacional participativo, interativo e vivencial” (TAJRA, 2012, p.27).

A necessidade de formação permanente, para uso adequado dos

recursos tecnológicos e midiáticos, disponibilizada por diferentes meios,

preparando para manuseio e aplicação dentro da escola com criatividade,

ressignificando a utilização desses, no processo ensino e aprendizagem é

destaca a pelo mesmo autor quando comenta que:

[...] professores, diretores e administradores terão que estar

permanentemente integrados ao processo de atualização por

meio de cursos virtuais, de grupos de discussão significativos,

participando de projetos colaborativos dentro e fora das

instituições em que trabalham” (TAJRA, 2012, p. 21).

Atualmente, fazemos uso de diferentes formas de comunicação

disponíveis na internet, permitindo trocar ideias e informações, partilhar

experiências, interagir com outras pessoas, entre estas temos o blog, que

conforme a wikipedia é também conhecido como weblog, blogue ou caderno

digital. É uma página da Web que permite a atualização rápida. Organizados

cronologicamente, como um diário, permite que seja escrito por um número

variável de pessoas.

A facilidade e a rapidez de se comunicar é um dos fatores mais

relevantes do uso da internet. O Blog é um local privilegiado por ser simples e

acessível a todos. “O blog é uma ferramenta simples de ser operada tanto por

quem a atualiza quanto pelos usuários que apenas leem o conteúdo.”

(SANCHO, 2006, p.18).

No cenário educacional, o uso das internet tem tido grande relevância,

contribuindo para o aprimoramento das técnicas e processos de ensino e

aprendizagem. Evidenciando o uso das tecnologias de informação e

comunicação no contexto educacional através da internet, destacamos o blog

como importante ferramenta para propiciar a comunicação. “Na prática, o

blog ganhou maior evidência que qualquer outra solução colaborativa,

tornando-se uma das mais célebres na Web.” (SPYER, 2007, p. 33).

Os blogs são utilizados também em outros locais, como empresas,

comunidades ou pessoas em geral que utilizam-se deste recursos como

ferramenta de trabalho e divulgação. Além

ntreter, os blogs também servem para o trabalho e para se ganhar

dinheiro. Investidores usam a ferramenta para anunciar oportunidades, discutir

a viabilidade de modelos de negócio e também para especular disseminando

informações que possam influenciar a flutuação do mercado de ações.

A internet ultrapassou as fronteiras do tempo e do espaço, servindo pra

aproximar as pessoas, estando elas perto ou longe. Pessoas que vivem

situações parecidas podem tirar vantagens das redes para pensar e agir

melhorando as áreas de convívio público.

Independente da utilização nas escolas a internet é um instrumento de

aprendizado visto que é alimentada pelas trocas de informações e

conhecimento. Por meio disso pode-se justificar o apoio a políticas de inclusão

digital e investimentos para facilitar e incentivar o acesso nas instituições de

ensino.

1.4 Encaminhamento Metodológico:

Nesse primeiro momento será realizada a apresentação do projeto

para direção, equipe pedagógica, professores e funcionários do Colégio

Estadual Visconde de Guarapuava, na semana pedagógica de 2014,

explicitando a problemática, justificativa, objetivos, cronograma, avaliação e o

desenvolvimento das atividades.

Em seguida, explanação sobre a importância do uso dos recursos da

internet na escola e as possíveis aplicações diferentes disciplinas.

Para enriquecer o momento, será exibido um fragmento do vídeo do

professor Dr. José Manuel Moran

Na sequência será lançado o Blog com as orientações para acesso,

participação e a ambientação.

UNIDADE II

2 A Organização do Trabalho Pedagógico: 2.1 Objetivo

Acompanhar e orientar todo processo de elaboração do Plano de

Trabalho Docente (PTD), com apontamentos sobre conteúdos, método,

encaminhamentos metodológicos e de avaliação, os temas

socioeducacionais/conteúdos obrigatórios, o acompanhamento da prática

deste PTD, os desafios da sala de aula, bem como todo processo de

avaliação, recuperação e conselho de classe.

2.2 Fundamentação Teórica 2.2.1 Plano de Trabalho Docente

O acompanhamento do trabalho pedagógico dos educadores que

atuam em sala de aula, que o pedagogo realiza, visa garantir a sintonia das

determinações legais e o trabalho na escola. Uma das maneiras de garantir

essa sintonia é a efetivação do Plano de Trabalho Docente (PTD), que de

acordo com a Secretaria de Estado da Educação (SEED), tem como objetivos

resgatar a intencionalidade das atividades educativas, superar o aspecto

fragmentado da educação, planejar os espaços e recursos para alcançar os

objetivos do processo educativo, superar as vontades individuais utilizando-se

de uma gestão democrática e fortalecer o grupo para enfrentar conflitos e

contradições. O pedagogo atua como mediador na construção do Projeto

Político Pedagógico, Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho

Docente cabendo a ele “dar suporte ao trabalho docente, utilizando-se do

conhecimento, próprio da sua função, dos componentes técnico-práticos,

psicológicos, sociopolíticos, decorrentes das ciências auxiliares da educação,

no ato educativo (LIBÂNEO,1998).

Por outro lado, deve ficar muito bem clara a relevância destes

documentos, tendo o cuidado para que não se tornem apenas tarefas

burocráticas obrigatórias, observando que:

Esses documentos não podem ser somente para o

cumprimento de exigências burocráticas, muitas vezes caindo

no esquecimento, pois o planejamento da escola se apresenta

como meio para programar as ações tanto de questões

administrativas, como do processo de ensino-aprendizagem,

envolvendo pesquisa, reflexão e ação. Sem ped. 2013

É muito importante ressaltar a importância do planejamento, que

direciona a prática educativa, pois a escola tem influência na formação da

pessoa. É o planejamento educacional que norteia o trabalho desenvolvido

pelos professores em sala de aula, baseado nas concepções de mundo,

sociedade, homem e conhecimento expresso no Projeto Político Pedagógico

da instituição, tendo sempre os alunos como principais sujeitos deste

processo visando a formação integral deste educando. A Instrução Nº 007 /

2010 - SUED/SEED observa que:

1. O Plano de Trabalho Docente é a expressão da Proposta

Pedagógica Curricular,a qual, por sua vez, expressa o Projeto Político-Pedagógico.

2. O Plano de Trabalho Docente é a representação escrita do planejamento do professor, ele contempla o recorte do conteúdo selecionado para um dado período (bimestral, trimestral ou semestral), concernente ao Sistema de Avaliação do estabelecimento de ensino.

3. O Plano de Trabalho Docente se constitui nos conteúdos de ensino, na justificativa ou objetivos dos conteúdos previstos (intencionalidade), nos encaminhamentos metodológicos e nos critérios e instrumentos de avaliação.( INSTRUÇÃO Nº 007 / 2010 - SUED/SEED)

Para elaborar o PTD, o professor conta com orientações específicas

contidas nas Diretrizes Curriculares do Paraná, que foram elaboradas por

todos os professores da rede estadual de ensino, num amplo debate,

considerando a necessidade de construir referenciais para cada disciplina, a

concepção pedagógica com suas escolhas teóricas, metodológicas e

avaliativas. “Para isso, temos, no Estado do Paraná, orientações e definições,

nas Diretrizes Curriculares, sobre os conteúdos estruturantes, básicos e

específicos, cabendo aos docentes a definição dos conteúdos específicos

conforme o contexto e a realidade escolares. (Sem. Ped. 2013).

2.2.2 Avaliação

De acordo com a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional)

aprovada em 1996, no Art. 24, inciso V “a avaliação é contínua, cumulativa do

desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os

quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre as eventuais provas

finais.”

Se realizada dessa forma a avaliação tem como objetivo identificar o que o

aluno realmente está aprendendo durante o ano letivo, sendo possível realizar

intervenções no decorrer das atividades tendo como objetivo o melhor

rendimento do aluno e não apenas uma nota ao fim do bimestre. Luckesi,

2005 afirma essa condição, ao comentar que e avaliação escolar é um

processo pelo qual se observa, se verifica, se analisa, se interpreta um

determinado fenômeno, a construção do conhecimento, situando-o

concretamente quanto aos dados relevantes, objetivando uma tomada de

decisão em busca da produção humana.

Para que tenhamos essa avaliação determinada pela LDB ela deverá ser

realizada diariamente e constantemente, possibilitando a intervenção e levar a

construção do conhecimento. Essa forma de avaliação norteia o trabalho

possibilitando uma retomada das metas, objetivos e novas possibilidades de

aprendizagem. Art. 1.° A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.( DELIBERAÇÃO N.º 007/99)

Quando a avaliação acontece dessa forma, damos mais ênfase a

qualidade do ensino do que a quantidade de conteúdo. A avaliação deve ser

feita por meio de instrumentos de avaliação, sendo os mais diversos possíveis

tendo sempre em vista o objetivo da avaliação. Um fator importante é que eles

não são uma forma de ameaças e controle sobre os alunos mas sim formas

de mensurar o aprendizado.

A avaliação contínua possibilita a retomada dos conteúdos e realização de

novas avaliações, sendo esse processo conhecido como recuperação.

De acordo com a instrução 007/1999 em seu Art. 10 - O aluno cujo

aproveitamento escolar for insuficiente poderá obter a aprovação mediante

recuperação de estudos, proporcionados obrigatoriamente pelo

estabelecimento. Parágrafo Único - A proposta de recuperação de estudos

deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina em que o

aproveitamento do aluno foi considerado insuficiente.

Ainda Hofman 2001 “Estudos paralelos de recuperação consistem em momentos planejados e articulados ao andamento dos estudos no cotidiano da sala de aula. Tomar como elemento de discussão, em pequenos grupos, respostas de alunos a uma tarefa individual, onde revelam hipóteses em construção ou necessidade de complementação, pode ser uma excelente atividade de recuperação. Solicitar a um determinado aluno que recorte de revistas e jornais uma coleção de palavras com “ss”, porque veio demonstrando essa dificuldade ortográfica, também é um estudo de recuperação. Explicações adicionais, novos exercícios ou textos para toda a turma, são alternativas didáticas do cotidiano da escola que irão ajudar alguns alunos em suas dificuldades (p.25). “

A intenção é que durante o período letivo o professor escolha

atividades dos conteúdos a serem retomados se adequando as dificuldades

dos alunos. Porém não é o que vivenciamos na prática, muitas vezes a

recuperação é uma mera forma de melhorar a nota e não o aprendizado. Essa

recuperação e forma de realização deve ser prevista no PPP da escola.

De acordo com a CEB nº 05/97 será recuperada toda nota atribuída

que ficar com baixo rendimento atendendo aos direitos do educando,

conforme o professor e variando sua metodologia ou seja recuperando sua

ação de ensinar.

2.2.3 Conselho de Classe

Outra função do pedagogo na escola é o da organização, levantamento

de dados e mediação do Conselho de Classe, que tem como objetivo analisar

as ações educacionais e a partir daí deliberar, indicando alternativas e

intervenções voltadas à garantia da aprendizagem como dispõe a deliberação

07/1999. Art. 24 - “A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as informações e dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo ensino aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos conteúdos curriculares estabelecidos. Parágrafo Único - É da responsabilidade da equipe pedagógica organizar as informações e dados coletados a serem analisados no Conselho de Classe. Art. 26 - O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica, onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e aprendizagem.

Entendemos que o Conselho de Classe é um dos momentos mais

importantes da escola, tendo como foco principal a aprendizagem discente,

envolvendo direção, equipe pedagógica, professores e alunos.

Art. 27 - O Conselho de Classe é constituído pelo(a) diretor(a) e/ou diretor(a)auxiliar, pela equipe pedagógica, por todos os docentes e os alunos representantes que atuam numa mesma turma e/ou série, por meio de: I. Pré-Conselho de Classe com toda a turma em sala de aula, sob a coordenação doprofessor representante de turma e/ou pelo(s) pedagogo(s); II. Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe de direção, da equipe pedagógica, da equipe docente, da representação facultativa de alunos e pais de alunos por turma e/ou série.

Vale ressaltar que cabe ao Conselho de Classe “‘verificar se os

objetivos, conteúdos, procedimentos metodológicos, avaliativos e relações

estabelecidas na ação pedagógico-educativa, estão sendo cumpridos de

maneira coerente com o Projeto Político-Pedagógico’ (PARANÁ, 2007b, p.

27).

Uma das atribuições mais complexas do Conselho de Classe é decidir

de modo responsável sobre a aprovação ou retenção dos alunos, “após a

apuração dos resultados finais, levando-se em consideração o

desenvolvimento integral do aluno” (PARANÁ, 2007b, p. 29).

Observamos pela experiência vivenciada, que o Conselho de Classe,

representa um momento de reflexão, com discussões abrangentes sobre o

trabalho educativo. Neste momento leva-se em conta todo o processo de

ensino e aprendizagem, os resultados obtidos e a necessidade de

reorganização dos planos de trabalho, buscando alternativas para superar os

problemas encontrados, com propostas claras e eficientes sobre o trabalho

educativo.

2.3 Encaminhamento Metodológico

No Blog, terá espaços com subsídios para orientar o processo de

elaboração dos Planos de Trabalho Docente dos professores da escola,

apresentando modelos, propostas, alternativas, sugestões que promovam

desenvolvimento e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar,

conforme Projeto Político-Pedagógico, Proposta Pedagógica Curricular, Plano

de Ação e políticas educacionais da SEED;

• Enquete: Para você professor o que significa o PTD?

• Trocas de experiência entre professores

• Discussões sobre recuperação e Conselho de Classe

• Espaço para registro das atividades desenvolvidas nas disciplinas

Material de Estudo:

• Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96;

• Diretrizes Curriculares para Educação Básica do estado do Paraná;

• Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Visconde de

Guarapuava;

• Regimento Escolar;

• Deliberação 007/99;

• Lei no 11.645/08 - História e Cultura Afro-Brasileira, africana e

indígena;

• Lei Federal nº 11525/07. Prevenção ao uso indevido de drogas;

Sexualidade humana; Enfrentamento à violência contra a criança e o

adolescente; Direito da criança e do adolescente.

• Decreto n° 1143/99, Portaria no 413/02 Educação Fiscal.

Educação Tributária;

• Lei Federal nº9795/99, Decreto 4281/02 Educação Ambiental;

• Lei nº 13.181/01 História do Paraná;

• Lei nº 11769/08 Ensino da Música

• LEI 10741/03 Estatuto do Idoso

• Lei 9503/97 Educação para o Trânsito – Código de Trânsito Brasileiro

• Resolução 01/12 – Conselho Nacional de Educação/CP Direitos

humanos

• Lei 11947/09 – Educação Alimentar

UNIDADE III 3. A Função do Pedagogo no Contexto escolar 3.1- Objetivo

Observar e refletir sobre o papel do pedagogo no contexto da escola, a sua

função como especialista em educação buscando superar a dicotomia entre a

teoria e a prática.

3.2Fundamentação Teórica A função do pedagogo

Diante da descaracterização do papel do pedagogo na escola, a

diversidade de funções que exerce, buscamos elencar o que alguns

documentos estabelecem em relação a formação e função específica deste

profissional.

Na LDB 9394/96, artigo 14, o pedagogo é visto como gestor que

contribuirá na efetivação da gestão democrática, sendo que:

Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. (BRASIL,1996, p.7)

Nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia

apresentam a seguinte proposta:

Art 2º - As Diretrizes Curriculares para o curso de Pedagogia aplicam-se à formação inicial para o exercício da docência na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, e em cursos de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar, bem como em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos.(BRASIL, 2005, p. 19)

Com relação à atuação do pedagogo em espaços escolares e não

escolares, as Diretrizes Curriculares para o curso de Pedagogia ressaltam que

o perfil do graduado em Pedagogia deverá ter profundos conhecimentos

teóricos, diversidade de práticas que se articulam ao longo do curso, sendo a

sua dimensão assim enfatizada:

[...] é central a participação na gestão de processos educativos, na organização e funcionamento de sistemas e de instituições de ensino, com a perspectiva de uma organização democrática, em que a co-responsabilidade e a colaboração são os constituintes maiores das relações de trabalho e do poder coletivo e institucional, com vistas a garantir iguais direitos, reconhecimento e valorização das diferentes dimensões que compõem a diversidade da sociedade, assegurando comunicação, discussão, crítica, propostas dos diferentes segmentos das instituições educacionais escolares e não-escolares. (BRASIL, 2005, p.7).

Devido à diversidade de problemas existentes na sociedade e que

influenciam diretamente no cotidiano da escola, a necessidade de formar

profissionais capacitados para atender a todas essas demandas, e ainda

atender a todas as exigências do processo de ensino e aprendizagem, como

veremos no parecer do CNE/CP nº 5/2005:

Enfatiza-se a premência de que o curso de Pedagogia forme licenciados cada vez mais sensíveis às solicitações da vida cotidiana e da sociedade, profissionais que, em um processo de trabalho didático-pedagógico mais abrangente, possam conceber, com autonomia e competência, alternativas de execução para atender, com rigor, às finalidades e organização da Escola Básica, dos sistemas de ensino e de processos educativos não-escolares, produzindo e construindo novos conhecimentos, que contribuam para a formação de cidadãos, crianças, adolescentes, jovens e adultos brasileiros, participantes e comprometidos com uma sociedade justa, equânime e igualitária. (BRASIL, 2005, p. 16).

O Pedagogo tem um campo de atuação muito amplo na escola,

tornando-se um apoio a todo processo de gestão. Podemos observar isso

claramente analisando as atribuições para este profissional, elencadas no

último concurso para pedagogos para atuação nas escolas públicas da rede

de ensino do estado do Paraná, conforme o edital Nº 017/2013 SEAP/PR são

atribuições: Atividades de Suporte Pedagógico direto à docência na Educação Básica, voltadas para planejamento, administração, supervisão e orientação educacional, incluindo, entre outras, as seguintes atribuições: coordenar a elaboração e execução da proposta pedagógica da escola; administrar o pessoal e os recursos materiais e financeiros da escola, tendo em vista o atingimento de seus objetivos pedagógicos; assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas; zelar pelo cumprimento do plano de trabalho dos docentes; prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; promover a articulação com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola; informar os pais ou responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da proposta pedagógica da escola; coordenar, no âmbito da escola, as atividades de planejamento, avaliação e desenvolvimento profissional; acompanhar e orientar o processo de desenvolvimento dos estudantes, em colaboração com os docentes e as famílias; elaborar estudos, levantamentos qualitativos e quantitativos indispensáveis ao desenvolvimento do sistema ou rede de ensino ou da escola; elaborar, implementar, acompanhar e avaliar planos, programas e projetos voltados para o desenvolvimento do sistema e/ou rede de ensino e da escola, em relação a aspectos pedagógicos, administrativos, financeiros, de pessoal e de recursos materiais; acompanhar e supervisionar o funcionamento das escolas, zelando pelo cumprimento da legislação e normas educacionais e pelo padrão de qualidade de ensino.

A atuação do pedagogo na área escolar conforme Libâneo (2010) pode

ser de professores do ensino público e privado, de todos os níveis de ensino e

dos que exercem atividades relacionadas fora da escola convencional; a de

especialistas da ação educativa escolar operando nos níveis centrais,

intermediários e locais dos sistemas de ensino (supervisores pedagógicos,

gestores, administradores escolares, planejadores, coordenadores,

orientadores educacionais etc.); especialistas em atividades pedagógicas para

escolares atuando nas mais diversas esferas relacionadas a educação.

O pedagogo é um profissional que além da atuação direta nas

questões de ensino e aprendizagem no interior da escola, necessita ser capaz

de compreender as relações educativas que acontecem além da escola, ou

seja, na sociedade. Para Libâneo (2010) a Pedagogia é o campo do

conhecimento que se apropria do estudo sistemático da educação, da prática

educativa que se realiza na sociedade como um dos fatores básicos da

configuração da atividade humana. […] O pedagogo entra naquelas situações em que a atividade docente extrapola o âmbito específico da matéria de ensino: na definição de objetivos educativos, nas implicações psicológicas, sociais, culturais no ensino, nas peculiaridades do processo de ensino e aprendizagem, na detecção de problemas de aprendizagem entre os alunos, na avaliação, no uso de técnicas e recursos de ensino etc.(LIBÂNEO 2010 p. 62)

De acordo com o mesmo autor é perceptível que a profissão de

pedagogo, como a de professor vem sendo abalada por todos os lados: má

remuneração, formação deficiente, desvalorização profissional resultando em

baixo status social e profissional, falta de condições de trabalho, falta de

profissionalismo, etc. Esses fatores são resultado da desqualificação

acadêmica da área, fazendo com que docentes e pesquisadores de outras

áreas desconheçam a especificidade da pedagogia embora a critiquem.

Com esta realidade, devemos direcionar nosso plano de ação, para

que possamos dar conta desta demanda de trabalho, preparados para exercer

com excelência a função, buscando constantemente a inovação através da

formação contínua, e, aproveitar dos recursos disponíveis como os

tecnológicos e mediáticos.

3.3 Encaminhamento Metodológico:

Observação com registro de todas as atividades desenvolvidas no

decorrer de um dia letivo pelo pedagogo, e entrevista com questões abertas e

fechadas onde o pedagogo poderá descrever sobre sua ação na escola.

Análise dos dados levantados.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição Federal 1988. Constituição da República Federativa do Brasil. Vade Mecum. 6. ed. Atual. E ampl. – São Paulo: Saraiva, 2008.

________. Lei nº9.394. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf

_________.Parecer CNE/CP Nº: 5/2005 - disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pcp05_05.pdf acessado em 20/06/2013.

________, decreto de lei nº 1190 4 de abril de 1939. Dá organização à Faculdade Nacional de Filosofia. Diário Oficial da União - Seção 1 - 6/4/1939, Página 7929. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1930-1939/decreto-lei-1190-4-abril-1939-349241-publicacaooriginal-1-pe.html> Acesso em: 30/06/2013

HOFFMAN, Jussara. Avaliação Mediadora: uma prática em construção da pré- escola à universidade. Porto Alegre: Mediação, 1993.

LIBÂNEO, C. Pedagogia e pedagogos, para quê? 12 ed. São Paulo: Cortez, 1998.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 14. ed. São Paulo: Cortez, 2002.

MORAN, J.M. Novas tecnologias e mediação pedagógica/José Manuel Moran, Marcos T. Masseto, Marilda Aparecida Behrens – 13ª ed. Campinas, SP, Papirus, 2007.

PARANÁ, Conselho Estadual de Educação. Deliberação nº 007/99. Normas Gerais para a Avaliação e Aproveitamento Escolar, Recuperação de Estudos e Promoção de Alunos, do Sistema Estadual de Ensino, em Nível de Ensino Fundamental e Médio.

PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Educação Básica – 2008

PARANÁ, Secretaria de Estado da Administração e da Previdência, EDITAL Nº 017/2013; disponível em: <http://www.pucpr.br/arquivosUpload/5373290551361651363.pdf> acessado em 18/06/2013.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, INSTRUÇÃO Nº 007 / 2010 - SUED/SEED.

SANCHO, J.M. et al. Tecnologias para transformar a educação. Porto

Alegre: Artmed, 2006.

SAVIANI, D. A Pedagogia No Brasil, História e Teoria. Campinas SP: Autores Associados, 2008

SPYER, J. Conectado, O que a internet faz com você e o que você pode fazer com ela, Rio de Janeiro: Zahar, 2007. Disponível em: < https://mail-attachment.googleusercontent.com/attachment/u/0/?ui=2&ik=ee0a649f69&view=att&th=13f629132d203bbd&attid=0.1&disp=inline&safe=1&zw&saduie=AG9B_P-

TARJA S. F. Informática na Educação: novas ferramentas pedagógicas para o professor na atualidade. 9 ed. São Paulo: Érica, 2012.

ANEXO I Entrevista com pedagogo

Nome: ________________________________________________________

Turno de trabalho: ______________ data: _____________________

1-Quais atividades considera mais importantes em seu trabalho? Justifique. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2.Quais as dificuldades enfrentadas no cotidiano da escola?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3. O que você considera serem as causas dessas dificuldades?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4.Você considera ter resultados positivos em seu trabalho? Quais?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

5. Que recursos você utiliza para auxiliar na sua prática?

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

6. O que considera necessário para melhoria de sua atuação?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

7. Para você qual a função principal do pedagogo?

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO II

OBSERVAÇÃO DO TRABALHO DO PEDAGOGO

1) Principais tarefas exercidas pelo pedagogo:

2) Quando o pedagogo procurou os alunos, quantas vezes.

3) quando os alunos procuraram o pedagogo/orientador

4) Quando o professor procurou o pedagogo, quantas vezes e para quê?

5) Quando o pedagogo procurou o professor.

6) Outras observações relevantes.