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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

OS TRIBUTOS FISCAIS COMO INSTRUMENTO NA CONTEXTUALIZAÇÃO DO ENSINO

DA MATEMÁTICA

Autora: Eroni Andrade de Souza 1

Orientador: Mario U. Menon

RESUMO

Este trabalho aborda o tema tributos fiscais com o objetivo instigar no aluno o senso crítico, utilizando-o como instrumento na contextualização do Ensino da Matemática, buscando despertar o interesse dos alunos para a análise não só da matemática envolvida, mas também dos aspectos sociais relacionados, como cidadão capaz de modificar o lugar onde vive. Utilizou-se deste artifício pedagógico para desenvolver e promover o conhecimento de alguns conceitos de matemática, através de práticas pedagógicas nas quais os alunos do 9º ano de Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino médio do Colégio Estadual santa Clara pudessem absorver conhecimentos que contribuíssem de forma positiva na formação de cidadãos conscientes em relação a sua formação. O projeto teve como base metodológica as tendências da Educação Matemática, dando ênfase à Resolução de Problemas. Para superar as dificuldades e aproximar os conceitos de Matemática à realidade dos alunos, as atividades desenvolvidas foram: questionários para os pais e alunos, vídeos e leituras sobre os tema estudado, os tributos fiscais incidentes na cesta básica, no talão de luz e água, conhecer e analisar o salário mínimo e o orçamento doméstico. Além dos conceitos tradicionais de Matemática foram abordadas questões que levaram os educandos a uma reflexão sobre a prática do consumo consciente e o seu planejamento financeiro. Buscando conseguir uma melhor conscientização em relação ao consumo, o trabalho teve também como pauta o orçamento doméstico e a análise dos descontos em folha de pagamento, como INSS e IR. Durante o desenvolvimento de todas as atividades, foram proporcionados momentos de discussões, onde os alunos puderam opinar sobre as atividades propostas e também sugerir outras. Acreditamos que esse trabalho contribuiu sobremaneira no processo de aprendizagem, onde os alunos se apresentaram motivados a compreender a importância dos conteúdos de Matemática fazendo uma relação dos conteúdos abordados com problemas reais. Nas respostas do pós-teste a certeza da compreensão ficou evidente, como, por exemplo, nas perguntas 8, 9 e 12, ressaltando uma grande diferença na questão 12, passando de 53% para 92% para os alunos do 3°A, e de 32% para 93% para os alunos do 9B, o entendimento que os impostos, apesar de cobrados, somente são ou deverão ser repassados ao governo, quando da emissão da nota fiscal. O propósito de incorporar conceitos matemáticos relacionados aos tributos fiscais através de algumas situações práticas vivenciadas no dia a dia é a compreensão dos cálculos na cobrança e na contrapartida à sociedade dos valores recolhidos em forma de tributos, estimulando os educandos a conhecer seus direitos e deveres como cidadão, para poder exercê-los em sua plenitude, visando uma melhor qualidade de vida em na sociedade em que vive. Ou seja, fiscalizar a si mesmo, cumprindo sua parte e exigindo que as empresas/instituições e o governo cumpram com a parte que lhes cabe.

Palavra chave: Alternativas Metodológicas; Impostos e Taxas; Cidadania. _______________1 Professora da rede Pública do Estado do Paraná, pertencente ao NRE de Guarapuava, participante do Programa de Desenvolvimento educacional (PDE), tendo como orientador o Professor Doutor Mario Umberto Menon da Universidade Estadual do Centro-oeste (UNICENTRO).

1. INTRODUÇÃO

Este projeto teve como objetivo instigar no aluno o senso crítico, em relação aos

tributos pagos pelos cidadãos, e como os mesmos são devolvidos para a comunidade, em

forma de prestação de serviços e melhorias, tais como educação, saúde, infraestrutura

viária, etc.

Buscou-se ainda demonstrar em situações vivenciadas no dia a dia, como por

exemplo o valor do ICMS da cesta básica, do talão de luz e água, tabelas de valores do

ISS e IRF, e assim entender o processo da cobrança e devolução de tributos por parte do

governo, demonstrando a importância e como a matemática está inserida em nossa vida,

procurando desmistificar os ranços da matemática de sala de aula.

Apesar do tema tributação, não ser algo novo em nossas vidas diárias, pouco se

fala sobre o mesmo, principalmente, em sala de aula.

Como ocorre na maioria das escolas, aos poucos estão sendo buscadas

metodologias para ultrapassar seus muros, com projetos na intenção de aproximar a vida

diária dos alunos, com as atividades em sala de aula.

Nesta proposta procurou-se promover não apenas o repasse de conteúdos.

Através do cálculo das quatro operações, proporções e porcentagem buscou-se,

apresentar o assunto tributação, em situações reais, aliado como ferramenta no ensino da

Matemática, com linguagem acessível e com a sua utilidade prática para responder as

questões propostas.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Em um momento de grandes avanços tecnológicos, na era do capitalismo, onde o

acesso ao crédito está cada vez mais fácil, torna-se ainda maior a importância dos

professores de matemática envolverem em suas aulas questões financeiras do contexto

atual. Pois o sistema educacional, de modo geral, não forma o cidadão para ter um bom

planejamento financeiro, o que potencializa compras instintivas e o consumismo

irresponsável.

Segundo Gouvea (2006, p.12): “A Matemática financeira deveria ser iniciada desde

as séries iniciais do Ensino Fundamental, para que o indivíduo pudesse ter condições de

interpretar os conhecimentos que estão à sua volta e ter a chance de se preparar

financeiramente, pensando no futuro.”

A escola, que é um ambiente de estudos e pesquisas, deve trabalhar assuntos

como a matemática financeira de forma contextualizada, a fim de intervir de forma positiva

e formar educandos críticos, como por exemplo, para a conscientização de que são

praticados em nosso país uma das mais altas taxas tributárias e de juros do mundo, sem

o respectivo retorno à sociedade.

Essa falta de formação da população em geral, é usada por exemplo, pelo setor de

marketing das empresas para vender seus produtos, que muitas vezes, vem acrescidos

de juros abusivos os quais passam despercebidos por falta de uma formação financeira

adequada. A Matemática Financeira, normalmente é trabalhada de forma superficial e os

educandos, de modo geral, não conseguem fazer uma relação entre o assunto e as

questões da sua vida real.

As poucas aulas destinadas ao ensino de Matemática Financeira não tem levado o

aluno a compreender e a fazer uma leitura do mundo comercial e financeiro no qual está

inserido.

Nesse sentido, é essencial que a escola e os educadores da disciplina de

matemática assumam sua parte e envolvam assuntos relacionados a finanças em cada

série do ensino básico, com assuntos do cotidiano, tais como discussões sobre as formas

de parcelamento utilizadas pelo comércio em geral e trabalhar atividades que levem os

educandos a refletirem sobre sistema econômico.

Os professores envolvidos devem usar o caráter prático que a Matemática

Financeira possui para contextualizar suas aulas, mostrando para o aluno que os

conceitos adquiridos em sala de aula poderão interferir na sua vida cotidiana e com isso

despertar um maior interesse pelo estudo dessa disciplina.

A escola contribui na formação humana, dando condições intelectuais para que o

cidadão possa se desenvolver historicamente com responsabilidade social, e adquirir

conhecimentos que sustentem sua atuação na sociedade. Mesmo com o advento da

modernidade, e com a centralização do poder político administrativo, o cidadão precisa

conhecer e instrumentalizar-se sobre a inserção dos tributos fiscais, que incide sobre o

seu patrimônio, a renda e o consumo, e utilizar-se destes para melhorar a sociedade

desigual e injusta que vive.

Faz-se necessário conforme SANTOS, (2006, p. 2): “(...) proporcionar

conhecimento sobre cidadania à sociedade e, desta forma, contribuir para diminuir as

diferenças sociais provocadas pelo poder econômico, através da distribuição de renda e

da transparência dos gastos públicos. A educação fiscal está presente no cotidiano de

cada cidadão.”

Ou seja, a cidadania é um importante elo entre a efetivação da dignidade da

pessoa e a ampliação dos direitos humanos por meio da execução de políticas públicas,

ou seja, é relevante o ser humano sentir-se cidadão:

Ser cidadão (...) é participar o máximo possível da vida em comunidade para que seja possível compartilhar com os semelhantes as coisas boas da vida – as materiais e as culturais. Ser cidadão é, ainda, opor-se a toda forma de não participação. Ser cidadão é adotar uma postura em favor do bem comum. (...) cidadania deve englobar todos, mesmo aqueles desprivilegiados, em situação de desvantagem em relação aos outros. Todos devem ser cidadãos. ( MELLO, 2001)

Diante dos desafios impostos pela necessidade de mudança, a escola busca

diferentes oportunidades para repensar sua prática e se transformar em um lugar onde o

conhecimento a ser construído não seja visto como estático e também como verdade

imutável, conforme assevera Ramos.

O processo de ensino–aprendizagem contextualizado é um importante meio de estimular a curiosidade e fortalecer a confiança do aluno. Por outro lado, sua importância está condicionada à possibilidade de (...) ter consciência sobre seus modelos de explicação e compreensão da realidade, reconhecê-lo como equivocados ou limitados a determinados contextos, enfrentar o questionamento, colocá-los em cheque num processo de desconstrução de conceitos e reconstrução/apropriação de outros. (RAMOS, 2004, p. 2)

O grande desafio para os professores têm sido desenvolver em seus alunos seu

processo de aprendizagem e principalmente gostar de estudar. Acredita-se que neste

processo, os alunos precisam além de estarem motivados, devem compreender a

importância do saber, enquanto membros ativos da sociedade.

Na atual realidade se faz necessário propor mecanismos para que os alunos

tomem consciência desta importância, conforme Paulo Freire descreve: “O

desenvolvimento de uma consciência crítica que permite ao homem transformar a

realidade, é cada vez mais urgente. Na medida em que os homens, dentro de sua

sociedade, vão respondendo aos desafios do mundo, vão também fazendo história, por

sua própria atividade criadora”. (FREIRE, 2005. p. 33 ).

Atualmente os professores podem utilizar a metodologia da Modelagem

Matemática sugerida pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná, para que a

utilizem como mecanismo para aproximar a teoria a prática de alguns conteúdos de

Matemática, e assim melhorar o interesse e desempenho dos alunos: “O trabalho

pedagógico com a modelagem possibilita a intervenção do estudante nos problemas reais

do meio social e cultural em que vive, por isso, contribui para sua formação crítica.

Partindo de uma situação prática e seus questionamentos, o aluno poderá encontrar

modelos matemáticos que respondem essas questões”. (DCEM, 2008. p.65)

Para Bassanezi (2006, p. 16): “a modelagem matemática consiste na arte de

transformar problemas reais com os problemas matemáticos e resolvê-los interpretando

suas soluções na linguagem do mundo real”.

As vivências e experiências do aluno são consequências naturais do processo de

evolução do ser humano, e a escola não deve passar despercebida desse mundo real do

aluno, e a modelagem matemática oferece a condição para que seja melhorada a prática

didática em sala de aula.

O contexto social atual requer a formação desse novo cidadão consciente, sensível

e responsável, que pense global e haja localmente, sendo capaz de interferir e modificar a

realidade social excludente a partir de sua comunidade, tornando-se, assim sujeito de sua

história.

Gadotti (2005):

Entende que a educação e a sociedade têm uma relação dinâmica. A educação é dependente da sociedade e vice-versa. Sendo assim, ratifica ideia de que a educação formal não representa um único fator de mudança para a sociedade, porém se esta mudança não pode acontecer apenas pela educação, não acontecerá também sem esta. Desta forma, é notório que a luta pela transformação social deve estender-se além dos muros das escolas, não deve limitar-se ao ambiente escola.

Nesta perspectiva a questão dos tributos fiscais deve ser compreendida como uma

abordagem didática capaz de interpretar as vertentes financeiras da arrecadação e dos

gastos públicos, estimulando o cidadão a compreender o seu dever de contribuir

solidariamente em benefício do conjunto da sociedade que deve estar consciente da

importância de sua participação no acompanhamento da aplicação dos recursos

arrecadados, com justiça, transparência, honestidade e eficiência, minimizando o conflito

de relação entre o cidadão contribuinte e o estado arrecadador.

De acordo com Machado (2007, p. 55) “A tributação é, sem sombra de dúvida, o

instrumento de que se tem valido a economia capitalista para sobreviver. Sem ele não

poderia o estado realizar seus fins sociais, a não ser que monopolizasse toda a atividade

econômica. ”

É importante ressaltar que o papel do professor, no processo de mudança, é muito

grande. É necessário que ele assuma o compromisso com o tipo de sociedade na qual

queremos viver, começando por rever constantemente sua prática pedagógica. Os

conceitos de matemática têm, por si só, caráter prático, Porém, é muito importante que

sejam devidamente contextualizados, valorizando as experiências construídas pelos

educandos durante sua vida. Dessa forma, o aluno estará mais preparado para aplicar

estes conceitos em situações do seu cotidiano e a também perceberá como a matemática

se aplica em seu meio. Essa relação pode despertar o interesse dos educandos por

serem inerentes a suas vidas.

Não se pretende com esse trabalho menosprezar ou desqualificar qualquer

conteúdo tradicional, muito pelo contrário, mas simplesmente propor um trabalho com

Matemática de forma contextualizada, resgatando o papel mediador da escola na

transmissão do conhecimento e que possa oferecer significado para a vida dos alunos.

3. MATERIAL E MÉTODOS

Este projeto foi desenvolvido no Colégio Estadual Santa Clara com as turmas de 9º

Ano Ensino Fundamental e 3º Ano do Ensino Médio – Município de Candói – Paraná no

ano de 2014.

3.1 Implementação do Projeto

As atividades iniciaram-se com a apresentação do projeto de intervenção

pedagógica ao colegiado do Colégio Estadual Santa Clara, do Município de Candói–PR.

Esta apresentação foi realizada nas dependências do Colégio em um dos momentos da

semana pedagógica, destacando a relevância deste projeto para os alunos do 9º ano do

Ensino fundamental e 3° ano do Ensino Médio.

O tema foi apresentado de forma clara e objetiva e a grande maioria dos presentes

demonstrou bastante interesse pelo assunto, por acreditar que seria de grande relevância

para a formação cidadã dos alunos.

O desenvolvimento das atividades com os alunos ocorreram nos meses de

fevereiro a maio de 2014. A implementação do projeto se deu em 32 horas/aula, divididas

em sete etapas.

Para dar início a implementação pedagógica os alunos responderam um pré-teste,

o mesmo foi aplicado no final (pós-teste). Foram 27 alunos do 9º E.F e 36 Alunos do 3º

E.M. Abordou questões relacionadas à idade, sexo, renda da família, Tributação Fiscal e

sua destinação para a população – contra-partida do governo e ainda, sobre nota fiscal e

qual sua importância.

Na sequência, os educandos levaram para casa um questionário para

responderem junto com os pais ou responsáveis, sobre tributação fiscal para verificar o

quanto eles conheciam do assunto.

Após esse momento (pré-teste) foi exposto o tema aos alunos, os quais

apresentaram-se bastante curiosos e entusiasmados, demonstrando grande interesse

pelo assunto. Durante a apresentação fizeram muitos questionamentos sobre a carga

tributária, sobre como é feito a devolução para sociedade – contra-partida do governo.

Durante o desenvolvimento, mostraram-se surpresos diante das questões

encontradas sobre o assunto e revelaram também um grande desconhecimento sobre o

tema em geral, apesar de empírico.

Na atividade da Cesta Básica, cujo objetivo foi: conhecer a Cesta Básica, calcular o

ICMS da mesma e Salário Mínimo necessário, os alunos juntaram-se em duplas,

utilizaram o Laboratório de Informática com uma pesquisa orientada sobre a Constituição

Federal do Brasil, DIEESE (Departamento Interestadual de Estatística e Estudos Sócio –

Econômico) e Receita Federal, para terem ciência do que é Salário Mínimo, ICMS e Cesta

Básica.

Foi entregue uma tabela após esses estudos, para que em casa junto com os pais

montassem sua Cesta Básica do mês, já com os preços e quantidades de produtos

consumidos no mês, em sala de aula foram desenvolvidos os cálculos do ICMS de cada

produto, envolvendo adição e multiplicação de número decimais, porcentagens e

descontos, sempre procurando mostrar a realidade de cada situação da tributação fiscal

no dia a dia deles.

Houve alguns posicionamentos do professor e dos alunos, com a intenção de

responder a seguinte questão “Qual a importância do estudo de porcentagem em nossa

vida?”.

Grande parte dos alunos relatou que é fundamental entender o cálculo de

porcentagens, pois está muito presente no dia a dia, no comércio por exemplo, nas

compras, servindo de base para melhor entender o nosso Sistema Tributário, entre outras

operações financeiras. Tanto os alunos do 9º Ano quanto os alunos do 3ª Série

apresentaram algumas dificuldades em relação a operações básicas da matemática,

operações com números decimais e observaram-se também algumas dificuldades em

interpretar os enunciados das questões apresentadas, apesar de serem enunciados com

textos relativamente simples.

Ao concluir esta etapa verificamos que houve grandes avanços em relação a

cálculos de porcentagem, e principalmente ao uso da calculadora, pois algumas dúvidas

foram sanadas com os exercícios propostos.

Nas atividades com talões de luz e água o objetivo era conhecer e compreender os

impostos e consumo inseridos. Foi solicitado, no dia anterior ao evento, que os alunos

trouxessem seus talões de água, para estudo em sala de aula. Os alunos foram

informados a respeito da atividade com antecedência para que estivessem munidos da

fatura de energia elétrica de suas respectivas residências para que a atividade fosse

efetivada.

Os mesmos foram instigados a relatarem suas opiniões a respeito do que seria,

para que servia. Feito isso, foram abordados os tributos, quais estão presentes,

principalmente o ICMS. Foram analisadas as porcentagens cobradas e para que serão

destinados. O conteúdo estudado nesta atividade foi porcentagem. O uso da porcentagem

dentro do contexto facilitou o entendimento por parte dos alunos, além da porcentagem,

houve o envolvimento do uso de frações e da média aritmética simples, as quais a maioria

dos alunos conseguiram compreender.

Assistiram alguns vídeos (you tube): como a água chega até nossas casas, e como

devemos consumir a água em casa e assim diminuir custos. Foram divididos em grupo de

três, para responderam as questões orientadas segundo a atividade proposta. No

decorrer da atividade pode-se perceber um empenho grande dos alunos em completar

uma tabela proposta e responder as questões, apresentando algumas dificuldades ainda

em se trabalhar com números decimais.

Percebeu-se tanto no 9º Ano E.F quanto no 3ª Série E.M que as dificuldades foram

as mesmas em algumas questões, só que para os alunos do E.F em grau maior, os

alunos do E.M com uma explicação muitas vezes era suficiente. Quanto os cálculos,

ambas as turmas não tiveram dificuldades. O que chamou a atenção nesta atividade

foram os questionamentos dos alunos sobre os impostos inseridos, taxas e serviços

cobrados nos talões, mesmo em alguns locais que ainda não utilizam esses serviços, é

igualmente cobrado, como exemplo iluminação pública, taxa do lixo,

Foi muito gratificante sentir que eles perceberam que devem cobrar dos

governantes, não é só pagar e ficar esperando que façam quando quiserem, ou muitas

vezes nem acontecem esses serviços, ou seja, exercer a cidadania. Nas demais

atividades foram propostas alguns exercícios para o entendimento e a compreensão da

relação entre salário mínimo e orçamento doméstico, tabela e cálculo do imposto de

renda conforme a renda, e análise do imposto retido na fonte de um trabalhador

assalariado, teto máximo de contribuição, conhecer o salário de contribuição e alíquota

para fins de recolhimento, imposto retido na fonte de um trabalhador assalariado e teto

máximo de contribuição do INSS de um trabalhador assalariado.

Para o desenvolvimento das atividades foram construídos tabelas e preenchimento

de planilhas, identificando os percentuais, utilizando o laboratório de informática e

realizada individualmente. A partir desse trabalho foi exibido um vídeo sobre planejamento

financeiro e levantado um debate sobre uso consciente do dinheiro. Ao final da

atividade houve vários questionamentos sobre o salário mínimo e quanto é seu gasto em

casa: com cesta básica, pagamento da luz e água, vestuários, lazer, transporte, aluguel,

plano de saúde etc.

Tanto o 9º E. F quanto 3ª Série E.M conseguiram fazer essa relação, precisamos

ganhar bem mais de um salário mínimo se quisermos ter uma condição vida melhor. Para

finalizar foi aplicado o pós-teste nas duas turmas que participaram do projeto, para

verificar a evolução ou não dos educandos no decorrer do processo desenvolvido.

3.2 Grupo de Trabalho em Rede - GTR

Além da implementação do projeto com os alunos, como forma de disseminação

do projeto, foi realizado também o Grupo de Trabalho em Rede (GTR), através da

modalidade de Ensino à Distância.

O GTR oportunizou a socialização e discussões em relação ao trabalho

desenvolvido, contou com a participação de dezesseis professores da área de

matemática, no qual fomos designados como tutor do grupo.

O GTR foi constituído por três temáticas, na primeira, foi apresentado o Projeto de

Intervenção Pedagógica, o objetivo era a troca de experiências e fundamentos teóricos

relacionados à Temática. As discussões eram em torno da problemática levantada na

justificativa do projeto, dos objetivos elencados, das possibilidades de contribuição deste

estudo para a escola pública.

A segunda temática tinha o objetivo de apresentar a Produção Didático-

Pedagógica, onde os cursistas realizaram interações no fórum e no diário, contribuindo de

forma significativa para a implementação do projeto.

Durante as interações pode-se perceber que os participantes do grupo

apresentaram bastante interesse na metodologia da proposta, contribuindo com

sugestões e experiências pessoais, que enriqueceram o trabalho. Foi destacada a

importância de um trabalho contextualizado sobre Tributação Fiscal, tendo em vista que é

um conteúdo de grande relevância para a formação de cidadãos conscientes e críticos.

A partir disso, percebe-se a importância da interação entre o professor PDE e os

demais professores da rede, pois possibilita além da troca de experiências, um

aperfeiçoamento do trabalho, tendo em vista que a maioria dos participantes do grupo

gostou do tema, mas diz que não trabalha em sala de aula, sente-se inseguro pra falar

sobre tributação fiscal, um ou outro trabalha com projetos isolados, talvez por ser um

assunto que não está inserido na relação de conteúdo, acabam deixando de lado, ou não

têm formação sobre o assunto, ou por não estar nos currículos das escolas públicas do

Paraná.

Na terceira temática os cursistas deveriam escolher uma das atividades da

Produção Didático-Pedagógico, fazer as adaptações que achassem necessárias e realizar

essa atividade com seus alunos. Essa etapa foi bastante produtiva, pois foi possível

perceber que o assunto Tributos Fiscais pode ser trabalhado em diferentes séries, de

forma dinâmica e criativa, com diferentes abordagens, todas de forma bastante

contextualizada.

A troca de experiência com os colegas participantes do GTR foi bem construtiva, as

discussões evoluíram no decorrer das Temáticas. Participaram professores de várias

regiões do Estado. Percebemos que o professor da escola pública tem consciência da

importância da contextualização no Ensino da Matemática e que os desafios são

semelhantes na luta por uma educação pública emancipadora.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Espera-se ter contribuído de forma significativa no processo de ensino-

aprendizagem e que os alunos tenham compreendido a importância e a relação da

matemática em nosso dia a dia, que a matemática que estudam em sala de aula é a

mesma utilizada no mundo real. Ao estudarem o tema proposto puderam verificar a

importância dos Tributos Fiscais, bem como suas aplicações e sua devolução ou contra-

partida do Governo para a população.

Ou seja, se conseguirmos aliar esses conhecimentos, com certeza teremos

cidadãos capazes de intervir de maneira mais adequada nas questões para o bem viver

em sociedade.

Também foi possível, com este trabalho, proporcionar a abordagem de um

conteúdo social dentro da disciplina de Matemática, a Educação Fiscal, visto que

pagamos impostos altíssimos em nosso país e geralmente desconhecemos nossos

deveres e direitos em relação ao seu destino.

A abordagem do tema buscou formar em nossos educandos uma consciência

crítica, para que sejam capazes de discernir a melhor forma de buscar seus direitos, visto

que pagamos, muitas vezes, impostos elevados e não temos a devolutiva adequada na

prestação dos serviços públicos.

As atividades propostas permitiram uma devolutiva significativa tanto para os

pesquisadores envolvidos, como para os alunos que participaram. O propósito na

incorporação de conceitos matemáticos relacionados aos tributos fiscais foi eficaz, pois

considerando a abordagem dos conteúdos matemáticos, fez com que os alunos ao

mesmo tempo aprendessem o cálculo em si e sua relação nos quesitos relacionados a

cidadania.

Conclui-se que a disciplina de Matemática é ferramenta indispensável para a

concretização da análise crítica em torno da Educação Fiscal, promovendo um olhar

atento ao fato de conhecer o cálculo, conhecer o sistema de cobrança tributária e saber

aplicá-lo de forma adequada para exercer seu papel de cidadão na sociedade em que

vivemos.

Os resultados deste trabalho demonstraram que os educandos do 3ª Série Ensino

Médio e 9º Ano do Ensino fundamental do Colégio Estadual Santa Clara mostraram-se

motivados e receptivos em relação as atividades propostas, apesar de todas as

dificuldades encontradas, como a superlotação da turma e a defasagem de aprendizado

em matemática básica que alguns apresentaram.

Portanto a implementação desse projeto realmente é viável para estudantes das

Escolas Públicas do Paraná e com algumas adaptações pode ser desenvolvido em

qualquer série do Ensino Básico. No entanto, por se tratar de um trabalho que exige

debate e a participação efetiva de todos os alunos torna-se difícil seu desenvolvimento em

turma com mais de trinta alunos.

A experiência no desenvolvimento do projeto possibilitou refletir sobre o sistema de

ensino. Pois não devemos olhar a educação de forma isolada, devemos pensar a

educação como um todo, e toda sua complexidade, caso contrário, teremos apenas

atitudes isoladas um ou outro professor.

Analisando (Anexo I e II) as respostas do pré-teste e pós-teste, aplicados no início

e final da implementação pedagógica, dos alunos, tanto do 9º Ano E.F e 3ª Ano E. M,

percebeu-se que todos já tem algum conhecimento prévio sobre impostos. Demonstraram

no pré-teste terem pouco conhecimento sobre alguns itens como: a importância da nota

fiscal, porque pagamos impostos, e como eles são devolvidos para a sociedade. Nas

respostas do pós-teste a certeza da compreensão ficou evidente nas respostas dadas,

como, por exemplo, nas perguntas 8, 9 e 12, onde fica evidente que de fato houve a

assimilação do tema proposto, ressaltando uma grande diferença na questão 12,

passando de 53% para 92% para os alunos do 3°A, e de 32% para 93% para os alunos

do 9B, o entendimento que os impostos, apesar de cobrados, somente são ou deverão

ser repassados ao governo, quando da emissão da nota fiscal.

É na certeza da aplicabilidade da matemática, que podemos buscar por novas

abordagens em sala de aula, contextualizando o conteúdo com a realidade vivenciada

pelos educandos, com metodologias como estas que eles conseguiram perceber que

temos deveres, mas que também temos direitos como cidadãos. Acreditamos ter

alcançado os objetivos propostos, pois os alunos estavam motivados, críticos, curiosos e

no decorrer de todas as atividades e através das discussões mostraram-se empenhados

e compromissados não só com os cálculos mas em desenvolver bons hábitos consigo e

com a sociedade.

Os objetivos foram alcançados tornando os educandos sujeitos mais críticos e mais

motivados em estudar Matemática.

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SANTOS, Antonio Jair dos. A Educação Fiscal. Jornal da Educação Fiscal, Curitiba, n. 5, dezembro de 2006.

ZIMER, Tânia Teresinha Bruns. Aprendendo a ensinar matemática nas series iniciais do Ensino Fundamenta l. Tese de Doutorado. São Paulo: USP, 2008

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ANEXO ITabela 01 – Pré-Teste e Pós-Teste – alunos 3°A

Perguntas/Respostas Pré-Teste Pós-Teste

1) Qual sua Idade?14 – 16 anos 31,0% -16 – 20 anos 58,0% -> 20 anos 11,0% -

2) Sexo?Masc. 48,0% -Fem. 52,0% -

3) Você tem renda própria?Sim 44,5% -Não 55,5% -Até um salário mínimo 25,0% -Entre 1 e 3 salários min. 34,0% -Entre 3 e 5 salários min. 34,0% -> que 5 salários min. 7,0% -Sim 84,0% -Não 16,0% -Sempre 40,0% 53,0%Quando preciso p/ garantia 34,0% 34,0%Não 26,0% 13,0%Direito do consumidor 52,0% 74,0%Dever do estabelecimento 19,0% 10,0%Contribuir no combate a sonegação 0,0% 0,0%Segurança numa eventual troca 29,0% 16,0%Sim 46,0% 78,0%Apenas quando precisam p/ garantia 26,0% 17,0%Nunca 12,0% 0,0%Não 16,0% 5,0%

9) Para você impostos são?

0,5% 0,0%

30,5% 28,0%

39,0% 53,0%

Uma maneira de enriquecer o governo. 30,0% 19,0%

Sim 80,0% 100,0%

Não 20,0% 0,0%

Pouco 0,0% 0,0%

Bastante 89,0% 95,0%

Em Parte 11,0% 5,0%

Sim 53,0% 92,0%

Não 47,0% 8,0%

4) Você sabe a renda mensal de sua família?

5) Você costuma fazer compras?

6) Caso você faça compras, costuma pedir nota fiscal?

7) Qual motivo levou você pedir nota fiscal?

8) Você observa seus pais ou responsáveis a pedirem nota fiscal?

Uma maneira de efetuar distribuição de renda.

Uma maneira de retirar dinheiro do povo.

Uma maneira do governo realizar obras públicas.

10) Você sabia que a cada produto que você compra ou serviço que você consome está pagando um percentual referente a imposto?

11) Em sua opinião, o que pagamos referente a imposto é uma quantia em valores considerável pouca ou bastante em se tratando de imposto?

12) Você sabia que este percentual pago por você a cada produto comprado é recolhido ao governo pelo comerciante, somente quanto emite nota fiscal?

Sim 99,5% 100,0%

Não 0,5% 0,0%Sim 0,0% 0,0%

Não 80,0% 98,0%

Em Parte 20,0% 2,0%

Sim 0,5% 0,0%

Não 89,0% 95,0%

Em Parte 10,5% 5,0%

13) Você sabia que os valores arrecadados pelo governo devem ser utilizados por ele para executar obras públicas como construção e manutenção de escolas, hospitais, ruas, praças, e para pagar os funcionários públicos?

14) Em sua opinião, o dinheiro que o governo arrecada é bem empregado?

15) Em sua opinião, o dinheiro que o governo arrecada é todo empregado em obras públicas, na educação, saúde e segurança?

ANEXO IITabela 02 – Pré-Teste e Pós-Teste – alunos 9°B

Perguntas/Respostas Pré-Teste Pós-Teste

1) Qual sua Idade?14 – 16 anos 89,0% -

16 – 20 anos 11,0% -

> 20 anos 0,0% -

2) Sexo?Masc. 46,0% -

Fem. 54,0% -

3) Você tem renda própria?Sim 0,0% -

Não 0,0% -

Até um salário mínimo 23,0% -

Entre 1 e 3 salários min. 46,0% -

Entre 3 e 5 salários min. 24,0% -

> que 5 salários min. 7,0% -

Sim 89,0% -

Não 11,0% -

Sempre 60,0% 83,0%

Quando preciso p/ garantia 20,0% 10,0%

Não 20,0% 7,0%

Direito do consumidor 69,0% 91,0%

Dever do estabelecimento 0,5% 3,0%

Contribuir no combate a sonegação 0,0% 0,0%

Segurança numa eventual troca 30,5% 6,0%

Sim 68,0% 96,0%

Apenas quando precisam p/ garantia 15,0% 4,0%

Nunca 0,5% 0,0%

Não 16,5% 0,0%

9) Para você impostos são?

21,5% 0,0%

32,5% 5,0%

32,5% 88,0%

Uma maneira de enriquecer o governo. 13,5% 7,0%

Sim 72,0% 89,0%

Não 28,0% 11,0%

Pouco 12,0% 1,0%

Bastante 64,0% 90,0%

Em Parte 24,0% 9,0%

Sim 32,0% 93,0%

Não 68,0% 7,0%

4) Você sabe a renda mensal de sua família?

5) Você costuma fazer compras?

6) Caso você faça compras, costuma pedir nota fiscal?

7) Qual motivo levou você pedir nota fiscal?

8) Você observa seus pais ou responsáveis a pedirem nota fiscal?

Uma maneira de efetuar distribuição de renda.Uma maneira de retirar dinheiro do povo.Uma maneira do governo realizar obras públicas.

10) Você sabia que a cada produto que você compra ou serviço que você consome está pagando um percentual referente a imposto?

11) Em sua opinião, o que pagamos referente a imposto é uma quantia em valores considerável pouca ou bastante em se tratando de imposto?

12) Você sabia que este percentual pago por você a cada produto comprado é recolhido ao governo pelo comerciante, somente quanto emite nota fiscal?

Sim 84,0% 100,0%

Não 16,0% 0,0%

Sim 8,0% 0,0%

Não 52,0% 96,0%

Em Parte 40,0% 4,0%

Sim 27,0% 5,0%

Não 30,0% 92,0%

Em Parte 43,0% 3,0%

13) Você sabia que os valores arrecadados pelo governo devem ser utilizados por ele para executar obras públicas como construção e manutenção de escolas, hospitais, ruas, praças, e para pagar os funcionários públicos?

14) Em sua opinião, o dinheiro que o governo arrecada é bem empregado?

15) Em sua opinião, o dinheiro que o governo arrecada é todo empregado em obras públicas, na educação, saúde e segurança?