os desafios da escola pÚblica paranaense … nestes educandos e na construção de uma sociedade...

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

TURMA - PDE/2012

Título: REFLETINDO SOBRE AS PECULIARIDADES DA FALA E DA ESCRITA

Autora Fábia Brezinski Fabiane

Disciplina/Área Língua Portuguesa

Escola de Implementação do Projeto e sua localização

Colégio Estadual Monteiro Lobato – EFM

Avenida Rio Grande do Sul, 1332 – Bairro Sagrada Família

Município da escola Dois Vizinhos

Núcleo Regional de Educação Dois Vizinhos

Professor Orientador Prof. Dr. Alexandre Sebastião Ferrari Soares

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual do Oeste do Paraná-UNIOESTE

Relação Interdisciplinar ----------

Resumo

Este trabalho visa, a partir da reflexão sobre a fala, verificar como esta influencia no registro, a escrita. Visa também, valorizar o linguajar dos educandos com suas particularidades já que este está relacionado a fatores sociais, culturais, geográficos entre outros, buscando melhorar o domínio do mesmo. Embasado em autores que trazem a discussão da variação linguística, será oferecido, aos educandos, oportunidades de conhecerem essas variações, com atividades diferenciadas que possam proporcionar momentos de investigação da língua buscando torná-lo capaz através da análise, de uma reeducação linguística.

Palavras-chave Reflexão. Variações Linguísticas. Escrita.

Formato do Material Didático Unidade Didática

Público Alvo

Alunos

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11 AAPPRREESSEENNTTAAÇÇÃÃOO

Esta Unidade Didática objetiva propor uma forma diferenciada no ensino e

aprendizagem da fala e da escrita. E para isso alguns fatores foram considerados:

o conhecimento que o educando traz, seu contexto social, geográfico e político e a

análise de discurso. A partir desses levantamentos, BAKHTIN (2003, p.261), relata

que ―todos os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da

linguagem. Compreende-se perfeitamente que o caráter e as formas desse uso

sejam tão multiformes quanto os campos da atividade humana [...]‖.

As atividades propostas desafiam o educando da sala de apoio à

aprendizagem do sexto (6º) ano do Colégio Estadual Monteiro Lobato-EFM, a

refletir sobre as peculiaridades, da sua fala e como consequência escrever melhor,

colocando-a em prática, a escrita. Valendo-se da fala e do seu registro em

situações que requerem determinadas habilidades. Nesse sentido, ORLANDI

(2007, p. 22) afirma que o ―discurso não corresponde à noção de fala, [...] onde

tudo se mantém, com sua natureza social e suas constantes, sendo o discurso,

como a fala, apenas uma ocorrência casual, individual, realização do sistema, fato

histórico, assistemática com suas variáveis‖.

As formas de se trabalhar a fala e a escrita não se esgotam no

desenvolvimento de uma habilidade, pois esta fala acontece quando ao nascer à

criança entra em contato com este mundo de sons, e a escrita se estabelece,

provavelmente nos anos iniciais do ensino fundamental. SILVA (1997, p. 33)

ressalta que a ―grande maioria cala e tem que deixar a escola para lutar pela

sobrevivência quotidiana e continuará subalterno, na sociedade que se reproduz de

geração a geração, deixando o poder e a voz com aqueles que, por herança, já os

adquiriram‖.

Pensando nestes educandos e na construção de uma sociedade preparada

a partir de seus professores e alunos propiciar a interação com os usos da língua,

compartilhando com outros usos, fazendo ajustes com as formas divergentes que

se apresentarem, pois ninguém permanece fechado em comunidades de fala, em

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um momento ou outro acontecerá à integração linguística, daí seu uso e

habilidades. O estudo de SILVA (1997, p. 51) ainda nos esclarece que ―no processo

de ensino da língua materna, trabalha-se com variantes conviventes, em nível de

igualdade e de interesse, sabendo explicá-los, sem escamotear para os alunos as

avaliações sociais para cada uma delas, é um caminho fundamental‖.

Com a valorização e o incentivo ao educando de expor suas ideias, suas

respostas, seus questionamentos vamos retomando valores e estimulando-os a

conviver com a heterogeneidade da língua, suas variantes. Assim, podemos

contribuir a partir da reflexão das características peculiares da fala, que é uma

preocupação de várias instâncias da sociedade brasileira, aprimorar seu uso nos

mais diversos contextos, bem como aos docentes que geralmente fazem parte da

mesma comunidade linguística.

OORRIIEENNTTAAÇÇÕÕEESS GGEERRAAIISS

Para cada momento desta Unidade Didática haverá, orientações e

sugestões de como proceder em sala de aula, além de anexos para uso exclusivo

do (a) professor (a).

Com o objetivo de ampliar seus conhecimentos, o (a) professor (a) poderá

utilizar-se das referências acerca dos assuntos mencionados buscando a amplitude

do trabalho.

UUNNIIDDAADDEE DDIIDDÁÁTTIICCAA –– OORRIIEENNTTAAÇÇÕÕEESS PPAARRAA CCAADDAA EETTAAPPAA

PRIMEIRA ETAPA

Figura 1 Caro aluno, mãos à obra...

a) No papel colorido, registre duas ou mais palavras que você observe ou que

lhe chame a atenção, quando alguém fala.

Ex. trabaiá (trabalhar)

Ganhemo (ganhamos)

Purga (pulga). Figura 2

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b) Um colega recolherá os papéis e registraremos em uma cartolina.

c) Busque no dicionário a escrita correta, compare como se fala, como se ouve

e seu devido registro.

1. No laboratório de informática, em duplas vocês acessarão o site Dia a Dia

Educação no gênero textual placas. (Tempo para pesquisa)

2. Com o data show, analisaremos algumas placas.

O que poderia ser melhorado?

Quais problemas encontramos?

a) Selecionaremos cinco (05) placas e faremos a reestruturação em conjunto,

oralmente.

Figura 3 Figura 4 Figura 5

Figura 6 Figura 7

b) Neste momento, reproduziremos as placas em cartolinas, com os textos

reestruturados. Com tudo pronto, é a hora expor no varal cultural.

Figura 1 PORTAL DO SABER. Disponível em <http://portalrededosaber.blogspot.com.br/2011/11/relacao-professor-x-aluno-vista-pela.html>. Acesso: 22 ago.2013. Figura 2 CATRACA LIVRE. Disponível em: <http://catracalivre.com.br/sp/tag/troca-de-livros/>. Acesso em: 22 ago. 2013 Figura 3 SEED. Disponível em: <http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=281&evento=5>. Acesso em: 22 ago. 2013 Figura 4 SEED. Disponível em: <http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=300&evento=5>. Acesso em: 22 ago.2013 Figura 5 SEED: Disponível em: <http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=300&evento=5> Acesso em: 22 ago. 2013 Figura 6 SEED. Disponível em: <http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=284&evento=5>. Acesso em: 22 ago.2013

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Figura 7 SEED. Disponível em: <http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=306&evento=5>. Acesso em: 22 ago.2013

SEGUNDA ETAPA

Ouvindo Música...

- Ouviremos a música ―Asa Branca‖ de Luiz Gonzaga (2 vezes).

http://www.youtube.com/watch?v=A5r2_wGk1dI

- Quais palavras chamaram a atenção? (oralmente). Figura 8

- Registre em seu caderno as palavras que chamaram sua atenção.

- Com a letra em mãos, ouviremos mais uma vez a música.

- Circular as palavras registradas no caderno e as do texto.

Refletindo juntos:

Neste momento verificaremos todas as palavras. Pinte-as no texto.

Analisando e repensando.

- Com o dicionário nas mãos, verifique como ficariam escritas as palavras

destacadas de uma maneira adequada.

- Registre as palavras encontradas no dicionário.

- Numa cartolina, cada colega ditará uma palavra ao (a) professor (a), este fará o

registro das duas formas. (Letra da música e as palavras do dicionário).

Figura 8 MAURO FERREIRA. Disponível em: <http://blogdomauroferreira.blogspot.com.br/>. Acesso em: 22 ago. 2013

TERCEIRA ETAPA

Mais músicas...

Figura 9

-No laboratório de informática, pesquise músicas que utilizam a palavra ―ocê‖.

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*Neste momento, o (a) professor (a) retomará a fala das palavras, observe: ―vois

mecê‖, ―vois suncê‖, ―ocê‖, você e hoje ―comé que ce tá?‖

*Refletindo! A língua é dinâmica, muda com o passar do tempo. Ao falarmos, até

admite-se algumas pronúncias, que tornam-se comuns, mas na escrita faz-se

necessário que esteja dentro de determinados padrões.

Figura 9 VELHOS AMIGOS. Disponível em: <www.velhosamigos.com.br/datasespeciais/diainformatica.html> Acesso em: 22 ago.2013

QUARTA ETAPA

Histórias...

- Você conhece o personagem Chico Bento?

- Quem já leu alguma história do Chico Bento? Figura 10

- O que poderia comentar sobre a maneira como o personagem fala?

- Ele fala como todo mundo que nós conhecemos?

- Como você descobriu o dialeto do Chico Bento?

* O Chico Bento é um personagem de Mauricio de Sousa que apresenta um

dialeto (variedade linguística de uma região) do interior de São Paulo.

a) Nós podemos falar assim?

b) E registrar nossa fala? Figura 11

c) Você conhece alguém que fala de forma parecida com o Chico Bento?

- Escolha uma história do Chico Bento que lhe chamou atenção.

a) Pinte as palavras que você considera o registro inadequado.

b) Verifique estas palavras no dicionário.

c) Escolha uma fala e registre em seu caderno da forma que você encontrou

estas palavras no dicionário.

Vamos assistir a uma história do Chico Bento: Óia a Onça.

http://www.youtube.com/watch?v=f_rkjJbRbY8

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Dialogando um pouco.

a) Você entendeu a fala do personagem Chico Bento?

b) Podemos falar assim?

c) Você percebe ouvindo na televisão ou no rádio, formas diferentes das

pessoas falarem?

d) Vamos juntos registrar em forma de texto nossa conclusão no quadro.

e) Em seguida, copiem a conclusão do grupo em seu caderno.

LEITURA COMPLENTAR

Vamos conhecer melhor a turma do Chico Bento

Figura 12

Personagens principais

Chico Bento (1963) - Menino tipicamente roceiro ou caipira, que anda

sempre descalço, com roupas simples e chapéu de palha. Vai à escola mas

não gosta muito de estudar e sua fala é representada com erros

ortográficos, retratando um dialeto caipira. Sua fala em filmes e desenhos,

entretanto, é um pouco diferente da apresentada nos quadrinhos mas ainda

assim representa fielmente o modo interiorano de falar. Acorda antes do

nascer do sol para ajudar o pai na roça, vive tentando roubar goiabas do

rabugento Nhô Lau, brinca com os demais da turma e ainda namora a

Rosinha. É um dos personagens mais populares e queridos de Maurício de

Sousa. É acomodado, eventualmente preguiçoso e um tanto mentiroso,

mas principalmente aventureiro. Ainda assim, apesar de seus defeitos e

travessuras, Chico é um menino bondoso, generoso, ama a natureza e os

animais, sejam eles selvagens ou do sítio. Enfim, é um representante

natural do povo interiorano brasileiro. Tem se destacado atualmente na

escola ao fazer redações. Foi inspirado em um tio de Mauricio do interior.

Rosinha - A namorada do Chico Bento. Ela sempre veste um tipo de

vestido vermelho de quermesse, um par de maria-chiquinhas e não

costuma andar descalça. Adora ir às quermesses com Chico, mas odeia

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seus constantes atrasos.

Zé Lelé (1969) - Zé Lelé é primo e melhor amigo do Chico Bento, embora

não exista qualquer semelhança entre eles. É um componente importante

para o humor das histórias por ser um personagem simplório e ingênuo,

cometendo gafes com frequência, cuja pouca inteligência costuma bastante

irritar todos à sua volta. A não ser em raríssimas ocasiões, sempre usa uma

camiseta rosa com uma calça de suspensório listrada de branco e azul.

Teve seu nome revelado como José Leocádio (mais recentemente, José

Eleutério). Curiosamente, em uma história dele como o Primo Zeca, fica -

se sabendo que Zeca tem um peixe com o nome de José Leocádio.

Zé da Roça (1961) - Embora também um típico caipira, fala um português

mais padronizado como os povos das grandes cidades como São Paulo.

Amigo de todos na roça, ele é mais sério e compenetrado que seus amigos.

Costuma dar conselhos de bom senso popular. Era o principal personagem

nas primeiras histórias.

Hiro (1961) - Seu verdadeiro nome é Hiroshi. Hiro é um nissei e com isso

mantém as tradições orientais de seus ascendentes (usar os Pauzinhos e

outras tradições). Assim como Zé da Roça ele também fala em bom

português e é menos brincalhão que os demais. Apesar de morar no

interior, Hiro e sua família são bem tradicionais em relação aos costumes e

à cultura japonesa.

Personagens secundários

Primo Zeca - Primo de Chico Bento que mora na capital. Frequentemente

um vai passar as férias na casa do outro e se deparam com situações

totalmente diferentes de sua realidade. Em outras histórias, já foi chamado

de Rosalvo (quando o Chico aperta o botão errado e toca todos os

interfones do prédio do primo) e de Toninho (numa das histórias em que o

primo vai visitar o Chico no sítio). Seu nome completo é José Bento

Henrique Júnior.

Nhô Tonico Bento (Antônio Francisco Bento) - Pai do Chico Bento.

Trabalha duramente na roça para sustentar sua família e quer muito que

Chico estude para que tenha uma vida melhor.

Dona Cotinha - Mãe do Chico Bento. Boa e carinhosa, é a dona de casa do

interior. Tem que cuidar da casa, do Chico e de todo o serviço da fazenda.

Vó Dita - A avó de Chico Bento. Sempre com conselhos e com carinho para

dar ao seu netinho e a todas as crianças da roça. É uma fabulosa contadora

de histórias, principalmente sobre o folclore brasileiro, tal como a pessoa

que a inspirou: a avó do Maurício de Sousa.

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Nhô Lau - Fazendeiro rabugento, mas muito boa-praça. O maior foco de

sua raiva é quando o Chico Bento e seus amigos tentam roubar goiabas

maduras de sua goiabeira, que ele faz questão de defender com sua

espingarda que dispara pedras de sal grosso. Ele só quer mesmo que suas

goiabas amadureçam o bastante para ele poder vender em épocas de

colheita farta. Numa história da época da Globo, Nhô Lau confessa que

gosta que a criançada roube suas goiabas para ele ir atrás dele, como um

jogo.

Dona Marocas - A professora da roça. É bem exigente com seus alunos

(especialmente Chico Bento, que costuma esquecer-se de fazer ou levar

para a escola as lições de casa), mas apenas quer o bem de todos eles.

Genesinho - Filho do Coronel Agripino ou Coronel. É um menino com

cabelos loiros. Chico detesta-o quando ver a Rosinha saindo com esse

menino. Ele não é como o povo da roça, ele possui patinetes, motores etc..

Genesinho é bem de vida em relação aos moradores da vila, tem

madames, e tem carro de rico. Mas ao final de cada história, Rosinha

afasta-se de Genesinho para encontrar Chico, seu verdadeiro amor.

Descobrimos que seu nome verdadeiro é Genésio.

Maria Cafufa: A menina feia que é apaixonada pelo Chico Bento, sempre

tenta roubar um beijo de Chico quando tem chance, por exemplo, em uma

historinha Rosinha estaria na barraca de beijinhos da quermesse, Chico

comprou todos os beijinhos porque não queria ninguém beijando a Rosinha,

quando ela foi substituída de última hora pela Maria Cafufa.

Maria Lalau - Versão feminina do Zé Lelé. Contracena com este, porém

tem aparições raras.

Padre Lino, O padre da Vila Abobrinha. Adora comer mamão.

Mariana, A irmãzinha caçula de Chico que aparece na HQ: "Uma estrelinha

chamada Mariana". No final, ela morre e vira estrela novamente. Há outra

HQ falando sobre a verdadeira história dela que se chama "O presente de

uma estrelinha", é aniversário do Chico e Mariana visita ele pra dar um

"alô". Chico pula de alegria e quis contar aos seus pais, mas Mariana é uma

estrela e não pode se mostrar por aí. Suas irmãs chamam ela e Chico fica

triste, mas antes dela ir, ela diz: "agora, fecha os olhos, que eu vou dar o

meu presente"; Aí a Mariana brilha como nunca brilhou antes e mostra que

o presente que ela deu foi Esperança. O que isso quer dizer que, no futuro,

Mariana vai ser filha do Chico Bento.

Anjo Gabriel (2009) - Personagem recente, é o anjo do Chico. Ele adora

tecnologia e é muito diferente de Chico, mas os dois se dão bem.

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Tiãozinho Arriégua - O encrenqueiro da vila. Sempre arrumando

problemas, gosta de esperar os meninos na esquina para dar uma surra

depois da aula. É o típico brutamontes burro, mas que se rende vez por

outra a amizade do Chico.

Nhô Nito - Outro contador de ―causos‖, mas este age na prática, muitas

vezes levando a criançada nas suas aventuras como 'Pegador de Sacis'.

Coronel Agripino - Dono de terras e de cabeças de gado é o pai de

Genesinho. Já foi chamado de Belarmino, Abelardo e Genesio.

Seu Rodrigues - Pai da Rosinha, não gosta que a filha namore Chico.

Dona Rosália - Mãe da Rosinha, defende a filha e é uma boa mãe.

Seu Leocádio - Pai do Zé Lelé, às vezes se comporta de maneira tão doida

quanto o filho.

Dona Lalá - Mãe do Zé Lelé, um pouco doidinha como o filho.

Pais do Hiro - Autênticos imigrantes japoneses. Mantém as tradições e

usam algumas expressões idiomáticas. Moram em uma casa estilo japonês.

Pais do Primo Zeca - Moram em um apartamento em SP e são adeptos da

praticidade e da modernidade.

Personagens terciários

Dona Birosca - A fofoqueira da vila, adora ficar na cerca fuçando a vida de

todo mundo. Por enquanto, está ―sumida‖ das histórias da Turma do Chico

Bento.

Maga Oneida - É uma bruxa boazinha que realiza os pedidos de Chico

Bento quando ele quer se livrar de algum problema. Ela tem três dragões

de estimações: o dragão amarelo Yorgle, o dragão verde Grundle e o

dragão vermelho Rhidle. Teve sua primeira aparição em Chico Bento

Número: 23, na história "O Preguiçoso", publicado pela editora Panini.

Ritinha - Amiga de Rosinha, anda meio sumida das histórias, porém

apareceu num gibi da Magali nº24 "Um Felino Natal a Todos" publicado pela

Panini. É a dona de Tita, irmã do Mingau.

Quebra-Queixo - Apareceu em apenas uma história, onde Chico senta no

banco em que Quebra-Queixo costuma sentar na hora do recreio e é

desafiado por este para uma briga. Acabam virando amigos.

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Animais

Torresmo (1983) - Porco de estimação do Chico Bento, parecendo o

Chovinista do Cascão. É claro que o Chico adora todas as criações de seu

sítio e nunca vai deixar seu Torresmo virar comida, nem a sua galinha

Giselda (Giserda), a vaca Malhada (Maiada), o bode Barnabé, o burro

Teobaldo e tantos outros. Torresmo é muito levado e adora brincar na lama,

como todos os outros porquinhos. O sonho do Chico é um dia ver Torresmo

ganhar um prêmio numa feira, ou exposição de animais.

Giselda (1982) A galinha de estimação do Chico Bento. Aliás, como todos

os animaizinhos do sítio. Mas Giselda tem dado um bom trabalho ao Chico.

Volta e meia de virar canja ou almoço de raposas, Chico sempre está a

defendendo. Em troca bota ovos saudáveis. Chico não come os ovos

porque prefere que nasçam, cada vez mais, lindos pintinhos no galinheiro.

Fido - O cão sabujo do Chico. Já foi caçador e em certa história morreu.

Voltou a aparecer como um cachorro dorminhoco.

Malhada - (Maiada) Vaca do Chico. Companheira de toda manhã, quando

Chico aparece para tirar o seu leite.

Teobaldo - Burro do Chico. Age como tal, sempre desobediente e

empacando quando bem tem vontade. É chamado pelo Chico de

"Teobardo".

Alazão - Cavalo do Chico. Usado quando tem que ir a lugares longes, como

a Vila Pururuca, ou escalar a 'Repimpada da Mula Manca'.

Geninerdo - Touro do Chico. Brabo e estourado, mas que até concurso já

ganhou.

Barnabé - Embora já tenha sido chamado de 'Osório', seu nome é Barnabé

por causa do béééé.... Adora comer tudo que vê pela frente.

Aristides - Galo que acorda o Chico todo dia de manhã. Também já

apareceu morrendo em certa história.

Bigodes - O gato meio doméstico, meio selvagem que vive no sítio. Bravo,

Não há quem o segure no colo.

Figura 10 TURMA CHICO BENTO. Disponível em: <http://turmadochicobento.com.br/guia-do-jogo/historia.lhtml>. Acesso em: 22 ago. 2013 Figura 11 UOL. Disponível em: <http://gartic.uol.com.br/luucas_/desenho-jogo/1229836562>. Acesso: 22 ago.2013

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Figura 12 MEC. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=27231>.Acesso em: 04 set. 2013

QUINTA ETAPA

Figura 13

Hoje assistiremos a alguns recortes do programa ‖Toma Lá Dá Cá‖ da Rede

Globo, mais precisamente da personagem Bozena.

http://www.youtube.com/watch?v=v_xcu6KDtlU

Agora que vocês assistiram a estes recortes e divertiram-se muito, vamos

conversar:

a) Vocês percebem algumas semelhanças na fala da personagem com

a nossa fala, aqui na escola?

b) Em casa?

c) Em nossa cidade?

d) O que você pensa destas formas diferentes de falar?

e) Por que as pessoas falam de formas diferentes?

*A esse jeito de falar específico de cada lugar, é o que chamamos de

dialeto. O sotaque que vocês ouviram é típico de nossa região (Sudoeste do

Paraná). Diferente do sotaque do Chico Bento que é de outro estado e região do

Brasil.

- Há diferença nas falas dos outros personagens? Quais vocês apontam?

Assistimos televisão, agora vamos construir a nossa TV. Ela servirá para

nossas apresentações.

- Agora, vamos encaminhar e ensaiar os diálogos da próxima etapa.

Você sabia

que?

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Figura 12

EDUARDO ALMEIDA. Disponível em: <http://eduardoalmeida.wordpress.com/category/televisao/> Acesso em: 22 ago. 2013

SEXTA ETAPA

Abordando diferentes modos de falar

1ª Parte:

Hoje receberemos pessoas especiais: um casal de avós com quem dialogaremos

e filmaremos.

2ª Parte:

Nesta aula, dialogaremos com este (a) filho (a) que tem 45 anos. Façamos o

diálogo que será filmado.

3ª Parte:

Agora, aplicaremos o mesmo diálogo com um (a) filho (a) de 15 anos. Não nos

esqueçamos de filmar.

4ª Parte:

Assistiremos os diálogos na TV pen drive e faremos um comparativo dos dialetos.

5ª Parte:

- Quem teve mais facilidade de responder as questões?

- Quais as causas, motivos de se ter mais facilidade?

- A família pode influenciar na nossa maneira de falar? Quem mais influencia?

- Quem você acha, a partir dos três diálogos, que fala melhor? E quem escreveria

melhor? Por quê?

- Existe uma variedade linguística melhor que a outra?

Pensando em você...

- Quem mais influenciou para que você falasse deste jeito?

- É possível melhorarmos nosso jeito de falar? Como? Quem pode nos ajudar?

- Explique com suas palavras o seguinte comentário: ―Meu pai e minha mãe falam

assim, eu também vou falar‖.

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6ª Parte:

Leia a quadrinha abaixo:

―Minha avó era polonesa

Não conseguia meu nome pronunciá

Fabiula foi o jeito

Que ela encontrou pra me chamá.‖ Figura 14

a) Quais palavras não estão escritas de acordo com a norma padrão, ou seja,

de forma inadequada? Circule-as no texto.

b) Como podemos melhorá-las?

c) Faça a correção no próprio texto.

d) Crie uma quadrinha com o seu nome.

Figura 14 DREAMSTIME. Disponível em: <http://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-royalty-free-av%C3%B3-e-av-felizes-image25341255>.Acesso em: 22 ago. 2013

SÉTIMA ETAPA

Agora é sua vez...

1ª Parte:

- Construiremos juntos as perguntas que cada dupla ou trio irá fazer.

Vocês precisarão:

- Selecionar a pessoa com quem será feito o diálogo.

- Verificar quem fará as perguntas, quem irá filmar e quem registrará as respostas.

2ª Parte:

Esta é a parte que você e seus colegas farão sozinhos em casa, no bairro...

Trazer o diálogo para a escola.

3ª Parte: Figura 15

Assistiremos a todos os diálogos. Vocês poderão fazer no gênero teatro, ou

entrevista, utilizando a TV que construímos.

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4ª Parte:

Faremos uma reflexão sobre os dialetos que se apresentaram, e sobre a própria

linguagem.

Figura 15

FOTOS DA HORA. Disponível em <http://www.fotosdahora.com.br/clipart/cliparts_path/1682/microfone_falando_desenho/> Acesso em: 22 ago. 2013

OITAVA ETAPA

Pesquisando...

1ª Parte:

*Esta aula acontecerá com atividade de recorte e colagem. Figura 16

Vocês precisarão pesquisar nos jornais, revistas, livros... 5 palavras que tenham a

letra R no início da palavra;5 palavras com R no meio;5 palavras com R no final e

5 palavras com dois RR.

2ª Parte:

Depois que você pesquisou as palavras e recortou-as, cole-as em seu caderno, da

seguinte forma:

Palavras

com dois

RR Palavras com

R no inicio

Palavras com

R no meio Palavras com R

no final

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3ª Parte:

a) Vamos ler as palavras silenciosamente.

b) Agora cada colega irá ler as suas palavras e o (a) professor (a) irá gravar.

c) Ouviremos a gravação.

d) Vamos escrever nossa conclusão juntos. Vocês relatam e o (a) professor (a)

registra as ideias no quadro, em seguida vocês farão o registro nos seus

cadernos.

Figura 16 RECORTAR COLAR. Disponível em: <http://recortarcolar.blogspot.com.br/2012/10/recortar-e-colar-atividades.html>.Acesso em: 22 ago. 2013

NONA ETAPA

Trabalhando em grupo...

Nesta etapa vocês montarão seus grupos com quatro (4) componentes.

1ª Parte:

Cada equipe receberá um livro ―O Ratinho Rói Rói‖ da autora Lenira Almeida Heck

(Julia Vehuiah).

a) A equipe 1 (um) destacará no livro e registrará no caderno as palavras com

R no início das palavras.

b) A equipe 2 (dois) destacará no livro e registrará no caderno as palavras com

RR.

c) A equipe 3 (três) destacará no livro e registrará no caderno as palavras com

R no meio das palavras.

d) A equipe 4 (quatro) destacará no livro e registrará no caderno as palavras

com R no final.

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2ª Parte:

*Cada equipe receberá uma cartolina e pincéis atômicos. Agora, vocês farão a

seleção das palavras (não há necessidade de repeti-las) e registrarão seu trabalho

para exposição.

Figura 17

Figura 17 EDITORA VIRTUAL. Disponível em: <http://www.editoravirtual.com.br/index.php/o-ratinho-roi-roi.html>. Acesso em: 22 ago.2013

DÉCIMA ETAPA

Estudo do Meio...

1ª Parte: Figura 18

*Nessa etapa faremos um estudo do meio. Sairemos da escola com o objetivo de

fotografarmos: placas e letreiros com variações linguísticas para exposição das

fotos num varal cultural na escola.

2ª Parte:

As placas e letreiros serão reescritos nos cadernos da maneira adequada. Você

poderá utilizar-se do dicionário sempre.

3ª Parte:

Colaremos as fotos impressas numa folha de papel sulfite e logo abaixo a reescrita

dos educandos.

Figura 18 VOZ DE PEDRA. Disponível em: <http://vozdepedra.blogspot.com.br/2013/04/pedra-lavrada-e-sao-vicente-estao-entre.html>. Acesso em: 22 ago. 2013

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REFERÊNCIAS

ORLANDI, Eni Pulcinelli. Análise de Discurso. 7 ed . São Paulo: Pontes, 2007. SILVA, Rosa Virgínia Mattos. Contradições no Ensino do Português. 2. Ed. Sâo Paulo: Contexto, 1997. WIKIPEDIA. Textos Luiz Gonzaga e Mauricio de Sousa. BAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003

CHICO Bento, Óia a Onça. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=f_rkjJbRbY8>. Acesso em: 22 ago.2013.

ASA Branca. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=A5r2_wGk1dI>.

Acesso em: 22 ago.2013.

MEIA hora com Bozena. Disponível em:

<http://www.youtube.com/watch?v=v_xcu6KDtlU>. Acesso em: 22 ago.2013.

SANDY e Junior, Maria Chiquinha. Disponível em:

<http://www.youtube.com/watch?v=1rvUowQ4klI>. Acesso em: 22 ago.2013.

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ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS PARA CADA ETAPA

ANEXOS PARA LEITURA DO PROFESSOR

1ª Etapa:

Esta primeira etapa será expositiva. Neste momento os alunos tomam

conhecimento do projeto através de uma conversa informal, motivando-os à

participação, visto que, são alunos que estão chegando à escola e há muito

que situá-los em relação ao ambiente escolar, número de professores, troca

de aulas a cada 50 (cinquenta) minutos, bem como a sala de apoio à

aprendizagem com a aplicação do projeto. A genética da fala da escrita.

Professores, não esqueçam de consultar os sites indicados como fonte de

pesquisa.

Neste primeiro momento podemos iniciar o diálogo a partir:

1. Apresentação do (a) professor (a).

2. Apresentação dos alunos.

3. Explicar sobre o que é o PDE.

4. Informalmente, falar sobre o projeto: A genética da fala na escrita.

5. Demonstrar como acontecerão as aulas.

6. Dividir a turma em duplas para a atividade no laboratório de informática

(preparar o laboratório antecipadamente) site Dia a Dia Educação

(placas).

7. Na sala de aula, com data show, analisar juntamente com os educandos

algumas placas que mais chamaram a atenção.

O que poderia ser melhorado?

Finalizando esta etapa, caberá ao (a) professor (a):

- Mostrar que quanto melhor se fala, melhor se escreve.

- Esclarecer sobre as diversas formas de discriminação, inclusive da fala.

- Explicar sobre a importância de falar bem em determinados momentos.

- Diferenciar falas: com amigos, com vizinhos numa entrevista de emprego.

- Demonstrar a importância do rascunho nas produções de texto, bem como

a utilização do dicionário.

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- Estabelecer conjuntamente, regras de falar bem durante a aula.

Enfim, professor (a) esclarecer aos educandos que não se trata do que é

―certo‖ ou ―errado‖ somente, e sim sobre adequado e inadequado,

diferentes formas de linguagem.

2ª Etapa:

“Luiz ‘Lua’ Gonzaga ‘Gonzagão’ do Nascimento (Exu, 13 de dezembro de

1912 – Recife, 2 de agosto de 1989) foi um compositor popular brasileiro,

conhecido como o Rei do Baião. Foi uma das mais completas, importantes

e inventivas figuras da música popular brasileira. Cantando acompanhado

de sua sanfona, zabumba e triângulo, levou a alegria das festas juninas e

dos forrós pé-de-serra, bem como a pobreza, as tristezas e as injustiças

de sua árida terra, o sertão nordestino, ao resto do país, numa época em

que a maioria desconhecia o baião, o xote e o xaxado.

Admirado por grandes músicos, como Dorival Caymmi, Gilberto Gil, Raul

Seixas, Caetano Veloso, entre outros, o genial instrumentista e

sofisticado inventor de melodia e harmonias, ganhou notoriedade com as

antológicas canções "Baião" (1946), "Asa Branca" (1947), "Siridó" (1948),

"Juazeiro" (1948), "Qui Nem Jiló" (1949) e "Baião de Dois" (1950).”

A partir desta etapa, criar o ―canto da leitura‖ com vários gibis do Chico

Bento, onde ao terminar a atividade o aluno possa dirigir-se até o local,

manusear, escolher e possivelmente ler algumas histórias.

3ª Etapa:

Os alunos poderão lembrar-se da música: Maria Chiquinha – Sandy e

Junior.

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=1rvUowQ4klI

4ª Etapa:

Nesta fase os alunos estarão mais acostumados com as relações entre a

fala e a escrita.

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Solicitar que comentem sobre o personagem Chico Bento de Mauricio de

Sousa.

Desta forma os alunos passam a verificar as diferentes variações

linguísticas, distinguem que na hora de escrever, precisamos seguir

algumas normas.

O (a) professor (a) perceberá que os alunos passarão a se policiar em

determinados momentos, também uns aos outros.

Curiosidade:

Filho de Antônio Mauricio de Sousa e de Petronilha Araújo de Sousa,

Mauricio de Sousa começou a desenhar cartazes e ilustrações para rádios

e jornais de Mogi das Cruzes, onde viveu. Procurou emprego em São

Paulo, como desenhista, mas só conseguiu uma vaga de repórter policial na

Folha da Manhã. Passou cinco anos escrevendo esse tipo de reportagem,

que ilustrava com desenhos bem aceitos pelos leitores.

Mauricio de Sousa começou a desenhar histórias em quadrinhos em 18 de

julho de 1959, quando uma história do Bidu, sua primeira personagem foi

aprovada pelo jornal. As tiras em quadrinhos com o cãozinho Bidu e seu

dono, Franjinha, deram origem ao famoso menino de cabelos espetados

Cebolinha.

Atualmente Bidu, que é o animal de estimação de Franjinha, participa tanto

com seu dono como em historinhas em que é o astro principal, dialogando

com outros cães e até com pedras. Bidu é o símbolo da empresa de

Mauricio, a Mauricio de Sousa Produções. Nas revistas Lostinho-

Perdidinhos nos Quadrinhos e no primeiro número da revista Saiba Mais, no

entanto, é revelado que a primeira criação do Mauricio foi um personagem

super-herói chamado "Capitão Picolé".

Junto dos desenhistas como Messias de Mello, Gedeone Malagola, Ely

Barbosa, Júlio Shimamoto integrou a Associação de Desenhistas de São

Paulo (ADESP), a ADESP tinha como bandeira a nacionalização das

histórias em quadrinhos, Mauricio chegou a ser presidente da associação,

com a instalação da Ditadura Militar, saiu da associação, alegando que

estava ganhando conotação política.

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Em 1963, Mauricio de Sousa cria junto com a jornalista Lenita Miranda de

Figueiredo, Tia Lenita, a Folhinha de S. Paulo. Sua personagem Mônica foi

criada neste ano. Em 1987, passou a ilustrar o recém-criado suplemento

infantil d'O Estado de S. Paulo, o Estadinho, que até hoje publica tiras da

Turma da Mônica.

Mauricio montou uma grande equipe de desenhistas e roteiristas e depois

de algum tempo passou a desenhar somente as histórias de Horácio, o

dinossauro.

Palestrando durante o 1º Congresso de História em Quadrinhos - 1974 em

Avaré, pai de dez filhos (Maurício Spada, Mônica, Magali, Mariângela,

Vanda, Valéria, Marina, Mauricio Takeda, Mauro Takeda e Marcelo Pereira),

além de criar personagens baseados em seus amigos de infância, Mauricio

sempre criou personagens baseados em seus filhos, tais como: Mônica,

Magali, Marina, Maria Cebolinha (inspirada na Mariângela), Nimbus (em

Mauro), Do Contra (em Mauricio Takeda), Vanda, Valéria e Dr. Spada.

Os quadrinhos de Mauricio de Sousa têm fama internacional, tendo sido

adaptados para o cinema, para a televisão e para os vídeo games, além de

terem sido licenciados para comércio em uma série de produtos com a

marca das personagens. Há inclusive o parque temático da Turma da

Mônica, o Parque da Mônica, localizado em São Paulo. Já existiu também o

Parque da Mônica de Curitiba, aberto em 1998 e fechado em 2000 e o do

Rio de Janeiro, fechado no início de 2005.

De 1970 — quando foi lançada a revista Mônica, com tiragem de 200 mil

exemplares — a 1986, as revistas de Mauricio foram publicadas na Editora

Abril, porém a partir de janeiro de 1987 foram publicadas pela Editora

Globo, em conjunto com os estúdios Mauricio de Sousa. Após vinte anos de

Editora Globo, todos os títulos da Turma da Mônica passaram, a partir de

janeiro de 2007, para a multinacional Panini, que detinha, na data, os

direitos das publicações dos super-heróis da Marvel e DC Comics.

Mauricio de Sousa e Lula apresentando Tikara, personagem criado pelo

primeiro dos dois, como presente ao imperador Akihito.

Alguns de seus filhos que viraram personagens passaram a trabalhar com

Mauricio:

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Mônica: Responsável pela divisão comercial de alimentos e produtos

licenciados.

Magali: Colabora como roteirista.

Marina: Ajuda na criação de novas histórias.

Em 2007 Mauricio de Sousa foi homenageado pela escola de samba

Unidos do Peruche com o enredo "Com Mauricio de Sousa a Unidos do

Peruche abre alas, abre livros, abre mentes e faz sonhar".

Academia Paulista de Letras: No dia 13 de maio de 2011, Mauricio tomou

posse na Academia Paulista de Letras, ocupando a cadeira 24, que

anteriormente era ocupada pelo poeta Geraldo de Camargo Vidigal,

tornando-se assim o primeiro quadrinista a ser empossado por esta

Academia.

5ª Etapa:

A atividade será iniciada com algumas cenas do programa Toma Lá Dá Cá

da Rede Globo, especificamente cenas com a personagem Bozena.

Construção de uma televisão.

Caixa papelão.

Tinta guache.

Pincéis.

Tesoura grande.

6ª Etapa:

Aqui o (a) professor (a) deverá trazer:

- Um avô ou avó de mais ou menos 75 anos de idade.

- Pais de mais ou menos 45 anos.

- Filho (a) de mais ou menos 15 anos.

- Professor (a) você precisará ter esta ―carta na manga‖. Ter contatado com

as pessoas para o diálogo.

7ª Etapa:

Os alunos já trabalharam com o diálogo.

Agora é a vez deles. Montar o conjunto de perguntas que irão fazer. A

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apresentação será em sala de aula pelas duplas ou trios. Providenciar

forma de filmar as entrevistas.

8ª Etapa:

É fundamental que percebam a diferença da pronúncia nas palavras.

Também o ―r‖ final, que na nossa região, praticamente desaparece.

9ª Etapa:

O (a) professor (a) deverá providenciar o livro de literatura infantil ―O

Ratinho Rói-Rói‖, que encontrará no domínio público.

10ª Etapa:

Caberá ao (a) professor (a) verificar a melhor maneira de levar estes

educandos a procurarem estas placas e letreiros.

Há bairros que contemplam locais com possíveis escritas, outros, talvez,

precisarão de meio de transporte.

Também, o (a) professor (a) poderá ter uma pré-seleção de alguns lugares.

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CRONOGRAMA

O projeto será desenvolvido em 32 aulas, durante o primeiro semestre,

observando o tempo disponível para o seu desenvolvimento e aplicabilidade.

Serão necessários os seguintes recursos: TV pen drive, máquina fotográfica,

Xerox, filmadora (celular), quadro negro, laboratório de informática, data show,

gibis, DVD, revistas, dicionários, CD.

AVALIAÇÃO

No decorrer da aplicação da UNIDADE DIDÁTICA, surgirão várias

oportunidades de avaliar o educando, de perceber seus avanços e dificuldades

neste processo, no qual estará expondo-se oralmente e por escrito.

A sua autoconfiança, comprometimento, responsabilidade serão fatores que

mostrarão seu crescimento. Desta forma, poderá se auto avaliar refletindo sobre

seu aprendizado que ainda deve ser aperfeiçoado.