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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Page 1: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA …...Educação especial Escola de Implementação do Projeto e sua localização: Escola de Educação Básica Padre Jan Kosk na Modalidade

Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

TURMA – PDE/2013

Título:Uma Parceria “Especial”: Integração entre a Escola de Educação Básica Padre Jan Kosk na Modalidade Educação Especial, empresas e comunidade.

Autor: Maria Fernanda Ferreira

Disciplina/Área (ingresso no PDE):

Educação especial

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Escola de Educação Básica Padre Jan Kosk na Modalidade Educação Especial - Rua José Carvalho de Oliveira, 529.

Município da escola:

Abatiá-PR

Núcleo Regional de Educação:

Jacarezinho

Professor Orientador:

Luiz Renato Martins da Rocha

Instituição de Ensino Superior:

UENP

Relação Interdisciplinar:

Não tem

Resumo: Esta Produção didático pedagógica tem como objetivo despertar algumas considerações sobre o trabalho com projetos, de maneira a dialogar e refletir através de grupos de estudo, buscando assim intervir no cotidiano escolar de forma planejada e corporativa. A intenção é, além de provocar reflexões individuais e coletivas, incentivar os professores a trabalharem com projetos, com ou sem parcerias e desta maneira propõe-se a tematizar,isto é tratá-lo como um tema de reflexão, levantando teorias a seu respeito e sinalizando a necessidade de buscar novos caminhos, e neste caso, foco deste trabalho, as Escolas Especiais. O trabalho com projetos na escola pode ter um procedimento metodológico de ensino mais dinâmico, eficiente e motivador proporcionando aprendizagens em situação real e o trabalho em cooperação. O trabalho com Projetos consiste numa mudança, o que exige

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um repensar das práticas pedagógicas e constitui uma alternativa para transformar o espaço escolar, visando encontrar uma solução para a falta de motivação, fator determinante para a aquisição da aprendizagem, proporcionando aos alunos com necessidades educativas especiais (crianças, jovens, adultos e idosos) posicionar-se (respeitando seu comprometimento) de maneira crítica, construtiva, frente à escola, família e sociedade, utilizando as informações e conhecimentos adquiridos e produzidos através do desenvolvimento dos projetos.

Palavras-chave:

Projetos; professores; parcerias.

Formato do Material Didático: Unidade didática

Público Alvo:

Professores e equipe pedagógica

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1 APRESENTAÇÃO

A Unidade Didática intitulada de Projetos: Uma Parceria “Especial”:

Integração entre a Escola de Educação Básica Padre Jan Kosk na Modalidade

Educação Especial, empresas e comunidade,se constitui em um material

pedagógico a ser trabalhado com professores, e tem como finalidade principal

discutir as possibilidades formativas da realização de projetos,promovendo

discussões sobre a busca por parcerias dentro do ambiente escolar.Nos dias atuais,

o grande desafio das Escolas de Educação Especial é proporcionaraos

alunoscondições para favorecer o desenvolvimento e a integração pessoal, social,

ocupacional e até profissional, a elaboração de projetos, buscando parcerias com

pessoas fora da escola e desenvolvidos por professores que conhecem a realidade

dos alunos. Para tanto, deverão promover ações que busquem contribuir no

desenvolvimento de suas capacidades.

Esta Unidade Didática tem como objetivo despertar algumas considerações

sobre o trabalho com projetos, de maneira dialogada e reflexiva, através de grupos

de estudo, buscando através destes diálogos, intervir no cotidiano escolar de forma

planejada e corporativa.

Neste sentido, a elaboração de projetos não precisa ser diretamente

propositiva, a intenção é, além de provocar reflexões individuais e coletivas, é

incentivar os professores a trabalharem com projetos, com ou sem parcerias e desta

maneira propõe-se a tematizar, sinalizando a necessidade de buscar novos

caminhos, principalmente nas Escolas Especiais.

Entretanto, é preciso sinalizar com alguns princípios didáticos a

elaboraçãode um projeto trabalho na escola:

Para Leite (1996), ao se pensar na elaboração de um Projeto, devemos

considerar alguns pontos principais, que são:

Problematização – instante precursordo Projeto, quando o professor percebe

o que os alunos conhecem ou não sobre o tema. É o inicio para a elaboração

do projeto.

Desenvolvimento – implementaçãodas intervenções delineadas para buscar

respostas às questões citadas na problematização.

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Síntese – Etapa na qual a experiência vivenciada e a produção cultural

sistematizada se juntam, dando significado às aprendizagens construídas,

que serão utilizadas em várias situações.

O trabalho com Projetos consiste numa mudança, o que exige um repensar

das práticas pedagógicas e constitui uma alternativa para transformar o espaço

escolar.

Portanto, o objetivo geral deste material é incentivar o trabalho com Projetos

nas escolas especiais e encontrar soluções para a falta de motivação de professores

e alunos com necessidades educativas especiais (crianças, jovens, adultos e idosos)

podendo com esse trabalho posicionar-se (respeitando seu comprometimento) de

maneira crítica, construtiva, através do desenvolvimento dos projetos.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 PORQUE TRABALHAR COM PROJETOS NA ESCOLA

O trabalho com projetos na escola pode terum procedimento metodológico

de ensino mais dinâmico, eficiente e motivador proporcionando aprendizagens em

situação real, e o trabalho em cooperação. Assim o aluno poderá:

Ao participar de um projeto, o aluno está envolvido em uma experiência educativa em que o processo de construção de conhecimento está integrado às práticas vividas. Esse aluno deixa de ser, nessa perspectiva, apenas um aprendiz do conteúdo de uma área de conhecimento qualquer. É um ser humano que está desenvolvendo uma atividade complexa e que nesse processo está se apropriando, ao mesmo tempo, de um determinado objeto do conhecimento cultural e ser formando como sujeito cultural. (LEITE, 1996, p. 28).

Ao se pensar no desenvolvimento de um projeto temos que analisar um

problema, para assim obtermos um ponto de partida, pois é a partir das questões

levantadas nesta etapa, que o projeto pode ser organizado, visto que são as

hipóteses que direcionaram a intervenção pedagógica.

Em se tratando de projetos é preciso que consideremos o apoio externo, ou

seja, a visita de pessoas convidadas à escola, entre outras ações, pode ser o

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momento em que se criam recursos para buscar respostas às questões elencadas

na problematização. Os projetos em parcerias não se inserem apenas numa

maneira diferenciada de atividades e sim numa mudança de conduta dos

educadores, um reconsiderar da prática pedagógica.

Abrantes (1995) menciona algumas características do trabalho com projetos:

Um projeto é uma atividade intencional [... ] a responsabilidade e a autonomia dos alunos são essenciais [...] Em geral, fazem-no em equipe, motivo pelo qual a cooperação está também quase sempre associada ao trabalho. A autenticidade é uma característica fundamental de um projeto [... ] Não se trata de mera reprodução de conteúdos prontos. Além disso, o problema não é independente do contexto sociocultural e os alunos procuram construir respostas pessoais e originais. Nessa perspectiva, nenhum projeto é copiado, todos têm sua identidade, cada um é único.[...]objetivo central do projeto constitui um problema ou uma fonte geradora de problemas, que exige uma atividade para sua resolução.[...]percorre várias fases,escolha do objetivo central, formulação dos problemas,planejamento, execução, avaliação, e divulgação dos trabalhos, busca estabelecer conexões entre vários pontos de vista[...] – Os caminhos do aprendizado não são únicos, há várias formas de se chegar a um conhecimento e o projeto é uma proposta que garante esta flexibilidade e diversidade de atividades.(ABRANTES, 1995, p. 62).

Projetos escolares com parcerias é um caminho para transformar o espaço

escolar em um espaço aberto à construção de aprendizagens. Ao participarem de

um projeto, os alunos e professores estarão envolvidos em uma experiência

educativa, integrado às práticas vividas, isto dependendo do teor do projeto. Para

Sacristán (1999), a escola tem sido um espaço aberto para a pesquisa,desta forma é

possível visualizar uma rede social com pontos de encontro que formam o todo, mas

que guardam uma singularidade e independência em relação ao objetivo maior, e o

sentido desta rede se dá na esfera da inter-relação ou nos processos de interação

estabelecidos entre professores e funcionários, entre estes e os alunos, e a

comunidade local que, de forma direta ou indiretamente, faz parte da escola. A

combinação entre ajudas sociais e coletivas se faz necessária, quando as

associações de moradores; sindicatos; associação comercial, ordens religiosas;,

onde está localizada a escola, possam possibilitar o conhecimento dos interesses e

necessidades de toda comunidade, fato que poderá propiciar modificações tanto no

projeto pedagógico da escola quanto na concepção de educação e no planejamento

educacional, bem como do todo curricular da escola.

De acordo com os pressupostos de Pérez (2001), o professor constrói seu

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conhecimento profissional refletindo na prática, sendo este legitimado no processo

de construção e reconstrução da prática educativa, realizada de forma reflexiva e

democrática. Assim, ainda de acordo com Pérez (2001, p. 191), “[...] deste enfoque

de reflexão em e sobre a ação, de investigação-ação, o conhecimento, ao incluir e

ao gerar uma forma pessoal de entender a situação prática, transforma a prática”.

As escolas especiais do Paraná estão passando por constantes modificações

para prover condições adequadas de atendimento às pessoas com necessidades

educacionais especiais NEE, e o desenvolvimento de projetos para a formação

continuada de professores pode agir com eficiência nas mais variadas situações,

adaptando as aulas, avaliando o plano de trabalho docente e elaboração de

propostas de intervenção diversificadas que atendam às necessidades educacionais

especiais.

Segundo Libâneo (2004), para que o aluno com necessidades educacionais

especiais possa se desenvolver positivamente dentro de suas limitações, a escola

precisa apresentar um currículo adaptado e que leve em conta as diversidades de

sua realidade educativa e ainda ressalta que:

O currículo é o conjunto dos vários tipos de aprendizagens, aquelas exigidas pelos processos de escolarização, mas também aqueles valores comportamento, atitudes que se adquirem nas vivencias cotidianas na comunidade, na interação entre professores, alunos, funcionários, nos jogos e no recreio e outras atividades concretas que acontecem na escola que denominamos ora currículo real, ora currículo oculto. (LIBÂNEO, 2004, p. 173-174).

2.2 UM BREVE RELATO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL –

DO IMPÉRIO Á CONTEMPORANEIDADE:

No século XIX, houve a organização de serviços para atendimento às

pessoas cegas, surdas, deficientes mentais e deficientes físicos, além de iniciativas

oficiais e particulares (MAZZOTA, 2005). Assim, surgem as chamadas escolas

especiais ainda na época de Dom Pedro. Foi fundado o Imperial Instituto de Meninos

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Cegos, em 12 de outubro de 1854 no Rio de Janeiro, tornando-se, assim, a primeira

escola de cegos do Brasil.

De acordo com Mazzotta:

A fundação do Imperial Instituto deveu-se, em grande parte, a um cego brasileiro, Jose Álvares de Azevedo, que estudara no Instituto dos Jovens Cegos de Paris, fundado por Valentin Haüy no século XVIII. Por ter obtido muito sucesso na educação de Adélia Sigaud, filha do Dr. José F. Xavier Sigaud, médico da família imperial, José Álvares de Azevedo despertou a atenção e o interesse do Ministro do Império, Conselheiro Couto Ferraz. Sob a influência de Couto Ferraz, D. Pedro II criou tal Instituto, que foi inaugurado no dia 17 de setembro de 1854, cinco dias após sua criação. Para dirigi-lo foi nomeado o Dr. Xavier Sigaud, cujo busto em mármores se encontra no salão nobre daquela casa de ensino (MAZZOTTA, 2005, p. 28).

Mazzotta (2005) menciona que a denominação do instituto foi alterada em

1890 pelo Decreto n.º 408 para: Instituto Nacional dos Cegos, e em 1891 pelo

Decreto n.º 1320 para: Instituto Benjamin Constant (IBC), em homenagem ao seu

ilustre ex-professor de matemática e ex-diretor, Benjamin Constant Botelho de

Magalhães. Em Setembro de 1857, é fundado por D. Pedro II, o Imperial Instituto de

Surdos Mudos. E, em 1957, cem anos depois, foi denominado de Instituto Nacional

de Educação de Surdos (INES).

A partir do surgimento das primeiras instituições foram realizadas

discussões através de congressos para tratar da temática educação especial, tendo

em vista o currículo e a formação de professores surdos e cegos, além dos recursos

financeiros destinados aos mesmos, contribuindo para diversas ações voltadas ao

atendimento pedagógico ou médico-pedagógico. E, segundo Jannuzzi (2006),

profissionais como médicos, psicólogos e professores começam a se organizar em

associações para discutirem formas de conscientizar as suas atuações na área.

Em 1932 foi criada a Sociedade Pestalozzi de Minas Gerais por Helena

Antipoff em Belo Horizonte, associação civil que centralizou as ações direcionadas

aos “excepcionais”, a criança tinha a possibilidade de concluir o ensino primário e de

iniciar algum ofício que lhe permitisse exercer atividade remunerada ao deixar a

instituição, mas não eram todos que passavam pela instituição que conseguiam

concluir o ensino primário ou se profissionalizar, algumas permaneciam no

estabelecimento até alcançarem uma idade avançada, sem que se conseguisse um

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“ajustamento social para uma existência menos dependente da família e do Estado”

(ANTIPOFF, 1992, p.274).

Consequentemente, outras classes especiais começam a surgir com

objetivos educacionais. Mazzota (2005) relata que a Santa Casa de Misericórdia

concedia o ensino hospitalar e o Lar Escola São Francisco, com a preocupação de

acompanhar a reabilitação de deficientes físicos e que, em 1950, surgiu no Brasil a

AACD - Associação de Assistência à criança defeituosa, instituição particular

especializada que mantem convênio com o estado e a prefeitura de São Paulo, para

atender aos alunos da rede estadual e municipal de ensino.

De acordo com a Federação Nacional das APAES (2008), no dia 11 de

dezembro de 1954, foi fundada na cidade do Rio de Janeiro, a primeira

Associaçãode Pais e Amigos dos Excepcionais, teve iniciativa Beatrice Bemis,

membro do corpo diplomático norte–americano e mãe de uma pessoa com

Síndrome de Down, também participaram um grupo de pais, técnicos e profissionais

com o objetivo deatender aos problemas relacionados à deficiência mental.

Para uma melhor articulação das ideias, houve a necessidade de criar um

organismo nacional: A Federação das APAES, fundada no dia 10 de novembro de

1962, funcionandoa anos na cidade de São Paulo, sendo transferida para Brasília

após a aquisição da sede própria. Caracteriza-se por ser uma sociedade civil,

filantrópica, de caráter cultural, assistencial e educacional com duração

indeterminada, congregando como filiadas as APAES e outras entidades.O símbolo

é uma flor ladeada por duas mãos em perfil, desniveladas, uma em posição de

amparo e a outra de proteção. No Estado do Paraná, a primeira APAE foi fundada

em Curitiba no ano de 1962 (ALMEIDA, 2004).

Em 1961 foi proclamada a lei de Diretrizes e Bases de Educação Nacional

(LDBN), a qual garante o direito da criança com deficiência à Educação,

preferencialmente na escola regular - os excepcionais, assim mencionados. As

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (PARANÁ, 2006) destacama

democratização da escola aos menos favorecidos , mobilizaram-se pais e

educadores nos movimentos sociais de 1960 e 1970, o que resultou nas primeiras

associações de pais e pessoas com necessidades educacionais especiais.

No ano de 1971 foi estabelecida a Lei nº 5692/71 que determina "tratamento

especial" para crianças com deficiência. Foi criado o Centro Nacional de Educação

Especial (CENESP) em 1973, que tem a perspectiva de integrar os alunos que

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acompanham o ritmo de estudos, os demais estudantes se ingressariam na

Educação Especial, conforme ressalta Jannuzzi (2006). No ano de 1988 a

Constituição estabelece a igualdade no acesso à escola. O Estado deve dar

atendimento especializado, de preferência na rede regular o Estatuto da Criança e

do Adolescente (ECA) de 1990 estabelece aos pais ou responsáveis a

obrigatoriedade da matrícula dos filhos em rede pública.

A Nova LDBN Nº 9394/96, de 1996 atribui às redes de ensino o dever de

assegurar currículo, métodos, recursos e organização para atender às necessidades

dos educandos, em seus artigos 58,59 e 60.

Para Sassaki (2005), a Lei de Diretrizes e Bases, ao usar a expressão

“preferencialmente na rede regular de ensino” condicionada pela outra expressão

“no que for possível”:

Deixa implícita a existência de um sistema paralelo destinado exclusivamente aos alunos que não tivessem capacidade acadêmica para frequentar as escolas comuns em razão de suas deficiências físicas, intelectuais, sensoriais ou múltiplas (SASSAKI, 2005, p. 20).

Em 2001 a Resolução CNE/CEB n.º 2 divulga a criminalização da recusa em

matricular crianças com deficiência, com isso aumentou o número dessas crianças

no ensino regular.

O Parecer CNE/CEB n.º17/2001 reafirma: a Educação Especial como

modalidade da educação escolar inserida nos diferentes níveis, etapas e

modalidades da educação básica e superior, buscando “aproximação sucessiva dos

pressupostos e da prática pedagógica social da educação inclusiva” (BRASIL, 2001),

A Lei nº 10436/02 de 2002, reconhece a língua brasileira de sinais como

meio de comunicação e expressão. Em relação ao Braile em Classe, houve a

Portaria nº2278/02 que aprova normas para uso, o ensino, a produção e difusão do

braile em todas as modalidades de Educação. Os surdos tiveram mais uma

importante vitória em 2005, foi a aprovação do decreto Nº 5.626, que dentre outras

providências insere a disciplina de Libras como:

[...] obrigatória nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos cursos de Fonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas, do sistema federal de ensino e

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dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (BRASIL, 2005).

Em 2008 foi lançada a Política Nacional de Educação Especial na

Perspectiva da Educação Inclusiva, a qual conceitua a educação especial e define

como público os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e

altas habilidades/superdotação, orientando os sistemas de ensino para promover

respostas às necessidades educacionais (BRASIL, 2008).

O decreto nº 7.611/11, de 17 de novembro de 2011, Dispõe entre outras, o

atendimento educacional especializado que deverá prover condições de acesso,

participação e aprendizagem no ensino regular e garantindo serviços de apoio

especializados de acordo com as necessidades individuais dos alunos. Ao Poder

Público caberá estimular o acesso ao atendimento educacional especializado de

forma complementar ou suplementar ao ensino regular, assegurando a dupla

matrícula. (BRASIL, 2011).

Assim a Educação Especial vai caminhando, com a conquista de vários e

importantes documentos que marcaram as constantes lutas em prol daqueles por

ela atendidos. Várias são as resoluções, normas, leis e decretos que norteiam seu

funcionamento, seu público cada vez mais vai conquistando espaços em meio a

uma sociedade até então excludente.

2.3 UM BREVE HISTÓRICO DA APAE DE ABATIÁ:

No dia 27 de Agosto de 1996, foi realizada a primeira reunião de

conscientização da população para a necessidade da criação de uma APAE em

nosso município. Finalmente no dia 19 de Setembro de 1.996, realizou-se a segunda

reunião para a Fundação da APAE de Abatiá, tendo então, como sua Presidente, a

Senhora Floripes Maria Simoni Valentini. No dia 22 de outubro de 1996, reuniram-se

todos os membros para a escolha do nome da Escola a qual a Entidade é

mantenedora, ficando decidido por unanimidade a denominação de Escola de

Educação Especial “Recanto dos Anjos”. Tendo início suas atividades no dia 17 de

fevereiro de 1997, em um prédio cedido pela Prefeitura Municipal de Abatiá, sendo a

primeira Diretora Érica Hosoume, começando a funcionar com 28 alunos.

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Atualmente, a Escola tem 116 alunos matriculados, possui sede própria e faz parte

do quadro de escolas de educação básica no Estado do Paraná. Tem como atual

presidente o Senhor Wagner Batista Castilho e diretora, a Senhora Maria Eloiza

Cruz Ferri.

Atendendo a nova política educacional no Estado do Paraná, a qual a partir

de 2012, reconheceu e normatizou o funcionamento das Escolas de Educação

Básica na Modalidade Educação Especial adotando, para tanto, a nomenclatura de

Escola de Educação Básica Padre Jan Kosk na Modalidade Educação Especial,

possibilitando, com esse advento, a uniformidade e padronização dos programas

educacionais que oferece.

No dia a dia a Escola de Educação Básica na Modalidade de Educação

Especial enfrenta algumas dificuldades no desenvolvimento das atividades

propostas para os alunos, como também nos cuidados pessoais com os alunos

queque apresentam necessidades em adquirir maior autonomia na execução de

tarefas simples. Sabemos que essas habilidades contribuirão para melhora de sua

qualidade de vida. Baseamo-nos no currículo funcional que é uma proposta de

ensino que visa à melhoria da qualidade de vida diária, trata-se do ensino projetado

para oferecer oportunidades para os alunos aprenderem habilidades que são

importantes para torná-los mais independentes em diversas áreas, importantes para

sua vida na escola, em casa e na comunidade. Por isso a intervenção com os

professores, pois, nesse processo de mediação está baseada a fidedignidade das

mudanças. Através de estudos e pesquisas procurou-se compreender a importância

dos projetos no processo ensino-aprendizagem, dando um enfoque na busca e

incentivo por parcerias dentro do ambiente escolar.

3 METODOLOGIA DE TRABALHO

A intencionalidade desse trabalho é proporcionar ações educativas

diferenciadas, indicando ações e estratégias aos professores, no caso, o

desenvolvimento de projetos, que permitam novas metodologias, adaptando-as

conforme as necessidades dos alunos, visando a evolução do comportamento e

atitudes adequadas para o convívio social e também uma maior autonomia nas

atividades de vida prática. A pesquisa participativa sobre a elaboração de projetos

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envolve vínculos entre os educadores e os alunos e a comunidade, estabelecendo

um elo de conhecimento da realidade, permitindo um desenvolvimento qualitativo.

O trabalho com projetos e a metodologia utilizada, levará os alunos a

vivenciarem novas experiências na escola e, consequentemente, na vida diária com

a comunidade. Fazendo-nos reconhecer que não há um único método ideal para

todos os educandos. Será repassado para os professores da Escola de Educação

Básica Padre Jan Kosk na Modalidade Especial – Educação Infantil, Ensino

Fundamental e Educação de Jovens e Adultos. Abatiá-Paraná - NRE Jacarezinho,

buscando uma aproximação adequada com as pessoas selecionadas para o estudo.

Iniciaremos a apresentação da proposta do projeto, com comunicação

verbal e trocas positivas sobre as práticas educativas, onde cada dia de trabalho

seja refletido e avaliado. Então daremos início a uma discussão sobre temas de

projetos que vão ao encontro com a realidade da escola e dos alunos, suas

necessidades e as possibilidades da oferta do contra turno, já que enfrentamos,

muitas vezes falta de professores, por isso a necessidade de parcerias com

empresas que disponibilizem estagiários e ou voluntários. Seguindo os comentários

realizados por Moreira (2002), a abordagem é qualitativa, seu objetivo é ensinar as

estratégias desenvolvidas pelo professor com base nas experiências cotidianas para

aplicação do projeto, refletir sobre a importância do desenvolvimento cognitivo do

educando especial. Almejando, mediante atividades educativas, recreativas,

esportivas ou artísticas, desenvolver uma melhor socialização e autoestima dos

alunos,proporcionando com o desenvolvimento de projetos, atividades que podem

ser: esportivas, recreação, lazer, artesanato, oficinas de leitura, canto/coral e

música, dança/teatro, jardinagem, culinária, ludicidade no apoio pedagógico,

informática básica entre outros, dentro das necessidades educativas da escola.

Com os estudos e nas discussões entre equipe pedagógica e

professoresiremos proporcionar uma visão geral dos problemas da escola

consequentemente essas discussões nos levam a história da educação especial,

das políticas públicas educacionais e algumas contribuições ao professor, no sentido

de como trabalhar com esse alunado. Ao mesmo tempo existe a importância de

ressaltar que não é suficiente apenas esse acolhimento, mas que o aluno com

necessidades educacionais especiais – NEE tenha condições efetivas de

aprendizagem e desenvolvimento de suas potencialidades dentro de suas

limitações, atendidas por meio de projetos que viabilizem tal aprendizado.

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O estudo será abordado em forma de discussões e investigação-intervenção

a qual, após levantamento das dificuldades observadas pelos professores e equipe

pedagógica da Escola de Educação Básica Padre Jan Kosk na Modalidade Especial,

serão realizados estudos e pesquisas possibilitando a autorreflexão necessária para

elaboração de projetos. Poderão separar-se em grupos para debates e discussões

dos materiais e assuntos pertinentes e, ao final do curso, deverão apresentar um

projeto que poderá ser desenvolvido pela escola, no decorrer do ano letivo.

Visando um maior envolvimento dos professores será organizado um grupo

de estudos em contra turno com previsão e realização de seis a oito encontros,

sendo que algumas atividades e textos para leitura serão enviados por e-mail para

estudos e realização em casa.

3.1 ORIENTAÇÕES AOS PROFESSORES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS:

ABERTURA:

Apresentação da Unidade Didática com o tema: PROJETOS.

Previamente, serão convidados para a palestra de abertura, a comunidade

escolar e a comunidade externa, estreitando assim, arelação da escola com

toda a comunidade.

Palestrante: representante da Companhia Agrícola Usina Jacarezinho –

Grupo Maringá, Júlio César Casado de Lima, que gentilmente aceitou o

convite (ANEXO A) para relatar sobre a experiência de parceria com a Escola

de Educação Básica Padre Jan Kosk na Modalidade Educação Especial-

Abatiá PR, e o projeto em andamento Viveiro de Mudas: Sementes do

Amanhã.

1ª ETAPA

Reflexão e diálogo sobre o trabalho com projetos na escola. Apresentação da

Unidade Didática para os educadores.

Neste encontro, estabeleceremos um cronograma para facilitar o

entendimento do grupo e permitir que as ações ocorram de forma organizada.

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Será solicitadoque registrem as discussões de cada etapa, pois o produto

destas discussões vai formando ideias para o projeto e isso facilitará sua

elaboração.

É importante que o professor compreenda que os alunos, especialmente os com

necessidades educacionais especiais aprendem em situações funcionais, quando vê

sentido na atividade que realiza, proporcionando-lhes então o estabelecimento de

um sentido pessoal com o que está aprendendo.Projetos são elaborados para

transformar uma ideia em realidade, portanto, é definir uma proposta de

trabalho e traçar linhas de ação em relação ao que desejamos alcançar.

2ª ETAPA

Diálogo sobre projetos e a proposta pedagógica da escola e texto para leitura.

Discussões:

O que os alunos e a escola priorizam?

Que projetos podemos desenvolver em uma Escola de Educação Especial?

Reflexão: “Ao elaborar um projeto, devemos considerar a proposta

pedagógica da escola e na fase de elaboração e execução, o projeto deve

levar a escola a refletir sobre sua proposta pedagógica e buscar formas de

aperfeiçoá-la”.

Será enviado anteriormente a esta etapa para cada participante por e-mail o

texto para leitura/discussão do artigo: Pedagogia de projetos: fundamentos e

implicações, de Maria ElisabetteBrisola Brito Prado no site do MEC:

http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/1sf.pdf

O texto traz a discussão sobre como interpretar a conexão entre os diferentes

cenários em que se trabalha com projetos na escola, mantendo a

conformidade conceitual entre estes de modo que sejam refeitas novas

formas de ensinar e aprender que agregam distintas mídias e conteúdos

curriculares dentro de um foco construcionista.

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3ª ETAPA

Busca por parcerias: (empresas, voluntários da comunidade, estagiários).

Iniciaremos esta etapa com a leitura dos seguintes argumentos que podemos

levar em consideração na busca por parcerias:

Um projeto é bem elaborado quando tem os objetivos bem definidose claros,

portanto quando buscarmos parcerias o projeto ou um esboço deve ter bem

definido seus objetivos e metas. Mostrar aos avaliadores/futuros parceiros, de

que parcerias colaborativas nas escolas em sintonia com as prerrogativas do

projeto político-pedagógico, realmente têm condições de terem os objetivos

alcançados.

Mostrar que com a colaboração em projetos na Escola possibilitamos aos futuros

parceiros desenvolverem a prática de sua responsabilidade social, participando

da formação do educando, por meio do estabelecimento de parcerias com a

escola pública.

Fortalecer a participação demonstrando parcerias já existentes de empresas e

voluntários em projetos que complementam a ação pedagógica da escola. Esta

aproximação empresa/escola favorece o compromisso social cada vez mais.

Lembrando que a presença da comunidade na escola é muito bem-vinda, mas

não substitui o papel do Estado, e nem as atribuições dos funcionários da própria

escola. Contar com pessoas e empresas da comunidade exige que a parceria

seja vinculada à proposta pedagógica da escola, a participação dos voluntários

precisará de objetivos e estratégias para resolver as necessidades do projeto, os

voluntários precisarão ser bem acolhidos, deverão ter conhecimento do que

esperam deles, conquistar o apoio e o interesse.

Valorizar, estimulando, divulgando ações de voluntários são atitudes que

promovem o comprometimento.

A escola pode fazer a emissão de certificados que atestem a participação dos

voluntários o nome do projeto o tipo de atividade realizada, e outras informações.

Após a leitura, cada participante deverá apontar os argumentos mais

relevantes e citar outros que considera e julga essencial.

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4ª ETAPA

Existem diversas maneiras de se iniciar um projeto:Então veremos possíveis

percursos de um Projeto:

É preciso ter em mente que nem sempre os Projetos terão a mesma estrutura, pois depende do tipo de problema que está sendo proposto, das experiências prévias do grupo e das possibilidades concretas da escola. (BARBOSA; HORN, 2008, p.55)

Dividir os professores em dois ou mais grupos para explicação e

esclarecimentos de dúvidas sobre o desenvolvimento de um projeto com a

temática de cada grupo já escolhida, as metas a serem atingidas com o

desenvolvimento do projeto, os procedimentos a serem utilizados, os recursos

materiais necessários e obras que fundamentam a proposta.

Sugestão da estrutura para elaboração de Projetos de acordo com o

Programa de Desenvolvimento Educacional:

TEMA / TÍTULO

JUSTIFICATIVA

OBJETIVOS GERAIS

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

CRONOGRAMA DAS AÇÕES

REFERÊNCIAS

Os elementos apresentados e exemplificados serão norteadores iniciais

para a elaboração do projeto, mas podem sofrer modificações de acordo com as

necessidades da Escola. Modelo para elaboração de projetos (ANEXO B).

5ª ETAPA

Elaboração do projeto.

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Após o aprofundamento e ampliação sobre a estrutura do projeto, os

participantes já trazem um esboço pronto do que foi esclarecido na 4ª etapa,

levando também em consideração as leituras e experiências,

6ª ETAPA

Encerramento:

Os grupos deverão escolher um representante para:

Apresentação dos projetos elaborados e dos critérios para implementação na

Escola.

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REFERÊNCIAS

ABRANTES, P. Trabalho de projeto e aprendizagem da Matemática in: Avaliação e Educação Matemática. RJ: MEM/USU – GEPEM, 1995.

ALMEIDA, M. A. Formação do professor para a educação especial: história, legislação e competências. Revista Educação Especial, n. 24, 2004.

ANTIPOFF, H. (1992). Sociedade Pestalozzi de Minas Gerais: 1932 – 1962 – Notas por Helena Antipoff In: CDPH (Org.), Coletânea de Obras Escritas de Helena Antipoff – Educação do Excepcional, Vol. 3, Belo Horizonte, Imprensa Oficial de Minas. Publicado inicialmente em 1963. BARBOSA, M. Carmen S. e HORN, M. da Graça S. Projetos na Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed, 2008.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, Brasil, 1988.

______ Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Nacionais para a educação especial na educação básica. Brasília: MEC; SEESP, 2001. 20 p.

______ Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Nacionais para a educação especial na educação básica. Brasília: MEC; SEESP, 2001. 79 p.

______ Decreto n. 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 23 dez. 2005.

______ Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC; 2008.

______ Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, 2011. FEDERAÇÃO NACIONAL DAS APAES. Um pouco da História do Movimento das APAES. 2008; Brasília/DF – Brasil.

JANNUZZI, G. A educação do deficiente no Brasil: dos primórdios ao século XXI. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2006.

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LEITE, A. Lúcia Helena. Pedagogia de projetos: intervenção no presente.Revista Presença Pedagógica. V.2, nº 8, mar./abr, 1996. LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da escola: teoria e prática. 5ª ed. Goiânia. Alternativa, 2004.

MAZZOTTA, M. J. S. Educação especial no Brasil: história e políticas públicas. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2005.

MOREIRA, Daniel Augusto. O método fenomenológico na pesquisa. São Paulo: Pioneira Thomson, 2002.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos. Curitiba, 2006.

PÉREZ GOMEZ, A.I. A cultura escolar na sociedade neoliberal. Porto Alegre: Artmed, 2001.

SACRISTÁN, J. G. Poderes instáveis em educação. Porto Alegre: Artmed, 1999.

SASSAKI, R. K. Inclusão: O paradigma do século 21. Inclusão - Revista da Educação Especial, n.1, p.19 - 23, out. 2005. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/revistainclusao1.pdf> Acesso em: 13 jun. 2013.

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ANEXO A – CONVITE

Convite:

Abatiá, 14 de novembro de 2013.

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Abatiá mantenedora da Escola

de Educação Básica Padre Jan Kosk na Modalidade Educação Especial e a

professora Maria Fernanda Ferreira, convida o Senhor Júlio César Casado de

Lima,representante da Companhia Agrícola Usina Jacarezinho – Grupo Maringá,

para palestrar na abertura da fase de implementação pedagógica PDE 2013 o

projeto com o tema: Uma Parceria “Especial”: Integração entre a Escola de

Educação Básica Padre Jan Kosk na Modalidade Educação Especial, empresas e

comunidade,para relatar sobre a experiência de parceria com a Escolae o projeto

em andamento Viveiro de Mudas: “Sementes do Amanhã”.

Desde já, agradecemos a gentileza da sua atenção, ressaltando que a sua presença

é de grande importância para nós.

___________________________ Maria Fernanda Ferreira

Favor reportar sua confirmação através de ofício.

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ANEXO B – MODELO

Estrutura para elaboração de Projetos:

Os elementos apresentados e exemplificados abaixo serão norteadores

iniciais para a elaboração do projeto, mas podem sofrer modificações de acordo

com as necessidades da Escola.

Tema: a primeira providência da equipe é definir um tema para o projeto e

deve estar articulado com a realidade da escola.

Título: deve ser claro, conciso e explicativo.

Justificativa: consiste na apresentação clara e objetiva, das razões que

justificam o desenvolvimento do projeto. Por que é importante desenvolver

este projeto na escola? A equipe deve refletir sobre o motivo que faz valer a

pena realizar esse projeto.

Objetivos gerais: Definir o que a escola e professores pretendem alcançar

com o desenvolvimento do tema proposto para elaboração do projeto.O que o

projeto deve mudar na escola com diferentes métodos de ensino,

modalidades de aprendizagem e envolvimento dos alunos, com pessoas da

comunidade e empresas?Que impacto o projeto terá sobre ambiente externo

à escola?

Objetivos específicos: são objetivos mais precisos e detalhados do projeto,

devem manter coerência com os objetivos gerais podem ser considerados

como soluções a ser buscadas para alguns problemas da escola.

Fundamentação teórica / revisão bibliográfica: ao definir o tema, se quiser

se basear em projeto já existente o professor deve proceder à revisão

bibliográfica relacionada ao assunto, deve procurar literatura relevante a fim

de compreender a situação atual e conhecer o que já foi produzido

anteriormente as citações utilizadas devem ser apresentadas de acordo com

a normalização oficial (ABNT). É oportuno pesquisar metodologias que foram

empregadas em projetos semelhantes para verificar sua aplicabilidade.

Estratégias de ação: diz respeito às ações a ser implementadas na escola,

especificando a abrangência do projeto na escola, os sujeitos envolvidos, o

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local, o tipo de parceria se houver, e demais informações pertinentes ao

desenvolvimento do Projeto.

Importante: vai contribuir para modificar os hábitos de trabalho e as formas

de aprendizagem na escola? Como será redimensionado o tempo e o espaço da

escola, de modo que atividades envolvendo professores, alunos e parceiros

(voluntários) possam ser desenvolvidos integralmente no ambiente escolar?

Observação: considerando o currículo obrigatório e não contar com salas criadas

especialmente para facilitar o trabalho colaborativo em projetos que ultrapassem o

horário escolar.

Cronograma das ações: deve estar definido o tempo necessário para

execução projeto.

Referências: As referências devem atender a (ABNT) que permitirá a

consulta às fontes de informação e autores estudados na elaboração do

Projeto.