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Os Conflitos Gerados pela Disputa de Espaços entre Condutores e Pedestres
Pertinentes a Mobilidade Urbana Julho/2016
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 11 Vol. 01/ 2016 julho/2016
Os Conflitos Gerados pela Disputa de Espaços entre
Condutores e Pedestres Pertinentes a Mobilidade Urbana
Aguinaldo Moura da Silva – [email protected]
MBA em Perícia e Auditoria Ambiental
Instituto de Pós-Graduação e Graduação – IPOG
Uberlândia, MG, 01 de agosto de 2015.
Resumo
O presente artigo aborda a importância da mobilidade urbana e os obstáculos que devem ser
superados para se tornar sustentável. Como a relevância dos impactos negativos gerados aos
pedestres, referente a sua dificultosa locomoção provocada pelas péssimas qualidades das
calçadas, acarreta transtornos? A hipótese foi que, o acúmulo de obstáculos existentes nas
calçadas, os impactos ocasionados aos vulneráveis pertinentes a sua mobilidade, a disputa de
espaço entre os diversos tipos de veículos e a mobilidade dos pedestres, a implantação
desordenada dos pavimentos das calçadas e suas consequências para os pedestres. Analisar de
maneira crítica as péssimas condições em que as calçadas de nosso município se encontram.
Promover mudança de comportamento nos proprietários de imóveis e estabelecimentos
comerciais, para humanizar suas calçadas, apresentando sugestões a administração pública
nos casos de acessibilidade, mobilidade e sustentabilidade. O método utilizado foi o estudo de
caso, com pesquisa a campo e bibliográfica. Os resultados encontrados são demonstrados por
meio dos fatos relatados e comprovados com fotos captadas em variados ambientes da área
urbana de nosso município. Sucintamente conclui-se que o uso de tecnologias, o crescimento
urbano, o acirramento da busca por espaço entre veículos e pedestres, é um problema de difícil
solução, mas que necessita ser enfrentado pelo poder público municipal.
Palavras-chave: Pedestres. Mobilidade Urbana. Acessibilidade. Sustentabilidade.
1. Introdução
Há muito, muito tempo atrás, surgiu na face da terra, uma espécie animal denominado
“Australopithecus”, que evoluiu em sucessivas fases de desenvolvimento. De maneira
épica surgiu o Homo sapiens sapiens, com alta capacidade de adaptação, aprimorou
estruturas verdadeiramente maravilhosas, entre as principais destacam-se três: em
primeiro o potencial de ficar ereto, a segunda foi a massa encefálica, com volume maior
que as outras espécies e em terceiro membros anteriores, adequados para pegar
rotacional, com movimentos diferenciados em todas as direções, assim como os
membros inferiores moldados com coordenação motora para longas caminhadas.
São várias as maneiras de deslocamento, a forma que contempla maior velocidade está
caracterizada na segunda estrutura adaptativa, anteriormente relatada quando o homem
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pode se deslocar por longas distância em curtíssimo tempo, ele usa a imaginação,
percorrendo distâncias medidas em metros, quilômetros ou ainda em anos-luz, esse
poder de pensar e sentir, a sensação de se encontrar presente no devido lugar imaginado
é fantástica.
Da mesma forma, quando o homem sentiu necessidade de empreender longos
deslocamentos, porém de uma maneira mais lenta, percorrendo espaços menores,
utilizou a terceira estrutura adaptativa, desse jeito conquistou praticamente todos os
recantos de nosso planeta terra, ilustrado nos dias atuais, na personificação dos
incontáveis andarilhos, que são vistos nas margens das rodovias por todo o território
nacional.
Deste modo, de etapa em etapa evolutiva a espécie humana deixou de ser nômade,
começou a fixar moradia formando aglomerados, povoados, vilas, cidades, até as atuais
metrópoles, de maneira que as exigências foram com o passar do tempo se avolumando
com o crescimento das cidades, também aumentou a população e a concorrência por
espaço, assim como, em relação a forma de deslocamento, uso de tecnologias acirrando
cada vez mais a disputa entre as diversas formas de locomoção e os pedestres.
No entender de Micheletto (2011:09), “Para uma adequação satisfatória das calçadas
nas cidades é necessário que sejam fiscalizadas por órgão competente e exigida sua
manutenção. Uma calçada em bom estado evita acidentes de trajeto como as quedas
[...]”.
Segundo consta em indicadores da ANTP, quanto a locomoção e principalmente em
relação a grande parte da movimentação da população a pé, que abrange uma
porcentagem significativa de 44% a nível nacional, sendo que, nessa parcela estão
inseridos desde crianças, jovens, adultos, idosos, até a importante variedade de
portadores de necessidades especiais em suas diversas formas.
Naturalmente o ato de caminhar é uma das primeiras conquistas do homem, que o
explora desde a primeira infância, ainda sem poder mensurar a importância dessa
atividade até o último dia de sua existência, quando a avalia plenamente.
Para Alves (2010:11), “Assim, como se faz necessário uma política urbana que
apresente um conjunto de princípios e diretrizes, que oriente as ações sobre a
mobilidade urbana, visando a eficiência, segurança e sustentabilidade nos
deslocamentos”.
Em vista do exposto, estabelece-se objetivo principal do presente artigo demonstrar uma
série de problemas e reflexões elucidando a desarmonia atual existente entre as
diferentes estruturas e as variadas características dos equipamentos urbanos, veículos e
formas físicas das pessoas em relação a mobilidade urbana sustentável, segura, com
acessibilidade e qualidade.
Sendo nesse sentido, que se justifica a relevância da elaboração desta pesquisa, que
busca mostrar o quanto torna-se importante para a harmonia urbana o processo
humanizado de mobilidade, não por si só, mas principalmente em função das mudanças
comportamentais que atualmente o ser humano apresenta.
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2. Desenvolvimento
Entre todas as espécies de animais que surgiram no planeta Terra, o Homo sapiens
sapiens, é a única que desenvolveu e vem continuamente utilizando como processo
hereditário os procedimentos de comunicação por sinais, assim como, outras
características próprias suas com capacidade de registrar o seu evidente nível de
conhecimento e evolução, usufruindo como uma das formas de demonstração da
diversidade cultural entre os povos. De maneira que passou a manipular naturalmente o
ato de caminhar como uma de suas maiores conquistas, entre tantas características
evolutivas, e isso só foi possível acontecer em virtude de adaptações ocorridas em sua
espinha dorsal, membros superiores, mãos, membros inferiores e ossatura dos pés.
No olhar de Micheletto:
Todas as alterações fisiológicas que chegam com o envelhecimento,
contribuem para que pedestres idosos inseridos no trânsito urbano, mal
organizado e repleto de barreiras arquitetônicas, correspondam ao grupo mais
vulnerável, entre os que exigem maior atenção. (MICHELETTO, 2011:02).
Desde os primórdios até a atualidade, o uso do ato de deslocamento a pé, tem se tornado
uma grande e radical aventura para a espécie humana, o que lhe permitiu a ocupação e
exploração de grande parte do nosso planeta terra.
Desta forma, esta aventura radical com o passar do tempo, paulatinamente vem sofrendo
arranjos e adaptações, cada vez mais exigentes e complexas. Sendo que, quanto mais
tecnologia vem sendo utilizada para atender suas necessidades básicas de sobrevivência,
mais obstáculos e dificuldades são colocados a prova para serem superados.
Ainda sem poder mensurar plenamente a importância desse processo adaptativo, esse
ser vivente o explora desde a primeira infância até o último dia de sua existência. Talvez
não o utiliza ao longo de todo esse tempo de vivência adequadamente, porém essa
forma de caminhar, quanto aos resultados por ele obtidos em toda a sua abrangência, lhe
é crucial para o enfrentamento das adversidades.
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Figura 1 – Falta de pavimentação calçada Rua 26, Bairro Setor Norte
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2015)
Informa Campos (2006:03) “Na medida em que as cidades veem crescendo, cresce a
necessidade de mobilidade, e torna-se necessário definir ações que possam, pelo menos,
manter a qualidade de vida de seus habitantes [...]”.
Nesse sentido, a medida que as áreas urbanas crescem e a sua população aumenta, a
proporção de exigências adaptativas também se avolumam e da mesma maneira cresce a
concorrência pela ocupação dos espaços necessários para a sua mobilidade. Muitas
vezes são arquitetadas vias de trânsito em área urbana que são construídas sem a devida
atenção, voltada para atender as exigências da cidade, tanto na ligação das áreas do
centro, como na interligação entre os próprios bairros e entre centro e os bairros. Tais
vias podem ser caracterizadas e se classificarem como: 1 - Vias de Trânsito Rápido –
Para acessos especiais com trânsito livre, sem dar acesso direto aos lotes marginais, sem
interseções em nível e sem travessia para pedestres; 2 – Vias Arteriais – possui
interseções de nível, controlada por semáforos, com acessibilidade as vias secundárias,
as locais e aos lotes marginais, possibilitando, assim o trânsito entre as regiões urbanas;
3 – Vias Coletoras – Para coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade de entrar
ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das áreas
da cidade; 4 – Vias Locais – Caracteriza-se por interseções em nível, não possuindo
semáforos, destinada ao acesso local, áreas restritas e as vias rurais.
Convêm elucidar que, a pessoa que depende diuturnamente do caminhar como processo
de movimentação, encontra variadas situações críticas em relação as péssimas
condições em que os locais destinados para o seu trânsito oferecem. Conforme
levantamentos da ANTP, a modalidade de deslocamento a pé usada pelas pessoas
engloba uma parcela significativa da população, que nacionalmente atinge um nível de
44%. Tais indicadores demonstram a importância de se adotar medidas que influenciem
nesse tipo de transporte, se atitudes fossem implementadas com objetivo de promover
melhorias nas vias para pedestres. Nesse caso o nosso município não foge à regra como
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se evidencia abaixo.
Figura 2 – Pavimentação danificada e com mato de calçada Rua 18, Centro
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2015)
De acordo com Vieira:
Os pedestres formam um grupo ao qual pertencem ou fazem parte de uma
forma mais ou menos intensa, todos os demais usuários do sistema, fato que já
deveria situá-lo como figura central no planejamento. Além disso, são os
elementos mais vulneráveis e, simultaneamente, os mais expostos aos riscos
dos conflitos do trânsito. (VIEIRA, 2013:34).
Ao andar por essas vias, diferentes tipos de pessoas transitam como pedestres, todos
buscando um patamar elevado de atratividade, conforto, segurança e acessibilidade,
considerando a variabilidade dos diferentes portes físicos em relação a estatura, peso,
espaço ocupado, agilidade, necessidades, urgências e dificuldades que cada um possui,
quando faz uso dos diversos tipos de pavimentações. Assim como pelo uso e ocupação
com o mobiliário urbano instalado, ou mesmo pela falta de atenção para com os
portadores de necessidades especiais que sofre a pressão exigida pela pavimentação dos
calçamentos.
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Figura 3 – Permanente conflito pelo espaço, entre pedestres e condutores de veículos, Avenida 09, Centro
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2015)
Ainda ressalta Vieira (2013:40), “A variação do risco relativo entre os usuários
vulneráveis, se mostrou um indicador “robusto” da qualidade da mobilidade urbana”.
De certa forma os pedestres considerados como vulneráveis, não só necessitam de
especial atenção, mas acima de tudo carecem de calçadas adequadamente estruturadas,
com pavimentação apropriada para atender aos seus pontos de vulnerabilidade. Para os
pedestres com insuficiência visual, como auxílio em sua locomoção em área urbana, os
pisos táteis são exigidos por lei, esses pisos são direcionados quando as faixas de alto
relevo são contínuas ou sequenciais, podem ser ainda como piso alerta, quando no final
dos pisos direcionados, a sequência de faixas de alto relevo sofre interrupção e as faixas
de alto relevo se apresentam obstruindo ou modificando a sua sequência. Da mesma
maneira para os portadores de necessidades especiais quanto à dificuldade motora dos
seus membros inferiores, a pavimentação ou não das calçadas com piso escorregadio,
com declividade acentuada, com degraus, com obstrução de níveis, com buracos e
materiais se desagregando ou em ambos os casos com veículos estacionados sobre as
calçadas. Nessas circunstâncias, no que se refere a acessibilidade e sustentabilidade os
espaços urbanos atualmente estão muito aquém do necessário para atender à crescente
demanda de mobilidade vulnerável. Para dar consistência na aplicabilidade das ações
sustentáveis, a administração pública municipal deve reavaliar e remodelar várias vias
para circulação de seus pedestres.
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Figura 4 – Pavimentação de calçada com níveis, degraus e escorregadio, Avenida 13, Centro
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2015)
Como elucida Costa (2008:25) “É necessário que a mobilidade humana seja um fator
determinante para o crescimento sustentável das cidades, lembrando ainda, que todas as
pessoas que compõem uma sociedade, em algum momento, são pedestres”.
Nesse interim, mais se avolumam as exigências a medida em que os perímetros das
cidades se expandem. Seja com o aumento da população, que na mesma proporção
aumenta a concorrência por espaços, não só nas calçadas entre pedestres, como também
na maneira com que se deslocam todos os tipos de veículos, englobando as suas mais
variadas formas e modelos, desde bicicletas, motos, carros, ônibus, caminhões, veículos
de tração animal e humanas, com patins e skates. Claramente percebe-se que um
exercício complicado cotidianamente para a população, são as dificuldades enfrentadas
para atravessar uma rua ou avenida, mesmo em lugares onde existe faixas ou travessias
elevadas para pedestres. Pois o condutor em diversas ocasiões pode faltar com o
respeito, sendo que o pedestre por sua vez, quando também atravessa a rua ou avenida
fora da faixa ou travessia elevada, aumentando a probabilidade de provocar
complicações no trânsito e ocorrência de acidentes.
No entender de Micheletto (2011:09), “Para uma adequação satisfatória das calçadas
nas cidades é necessário que sejam fiscalizadas por órgão competente e exigida sua
manutenção. Uma calçada em bom estado evita acidentes de trajeto como as quedas
[...]”.
Nesse direcionamento de entendimento, no que se refere as condições de pavimentação
dos calçamentos, assim como os materiais que constituem os vários tipos de
pavimentação e as estruturas com as quais os mesmos são dispostos sobre o solo. De
certa forma as calçadas refletem em parte a personalidade dos proprietários dos imóveis
e a maneira tanto de conservação, quanto os seus modelos arquitetônicos demonstram o
grau de conformidade, preocupação e obediência a legislação que é o embasamento
legal para a execução dos procedimentos e prestação dos serviços fiscais. Quanto a isso,
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as normas determinam parâmetros e critérios técnicos para a construção e conservação
das calçadas.
Convém frisar ainda que a conservação dos tipos de pavimentação das quais são
construídos os calçamentos, deve retratar uma perfeita sintonia entre os proprietários
dos imóveis e a administração pública municipal, esta sintonia transcendem a
obrigatoriedade de cumprir a legislação, pois acima de tudo deve preservar a qualidade
de vida, a segurança e o bem estar da população em geral e principalmente dos
pedestres. Como gestora dos interesses da coletividade, a autoridade administrativa
municipal obriga-se a preservar os direitos dos vulneráveis, promovendo a melhoria nas
condições da pavimentação, sinalização mais eficiente e educativa, assim como, os
ajustes nos cruzamentos nas vias de rolagem.
Figura 5 – Pavimentação irregular de calçada com buracos, Rua 26, Centro
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2015)
Para Campos:
O crescimento da população urbana, tem como consequência um aumento da
necessidade por mobilidade e para satisfazer esta demanda não será possível
somente crescer em infraestrutura, haverá necessidade de implantar estratégias
que reduzam a demanda de viagens, principalmente por transporte individual e
implantar, sistemas de transporte coletivo, [...]. (CAMPOS, 2006:06).
Para o uso da população as cidades são fundadas, sendo prioritariamente preparadas
para o seu deslocamento caminhando. Para tanto, deve existir calçadas com qualidade
para atender as necessidades em geral que engloba: a criança, a juventude, os adultos, os
idosos, assim como os portadores de necessidades especiais.
Conforme Micheletto (2011:01) “A população idosa deseja realizar suas atividades com
independência e participa ativamente de eventos sociais, culturais e familiares,
necessitando de autonomia e segurança, para garantir mobilidade e qualidade de vida”.
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No sentido de atender a demanda gerada por essa movimentação independente
promovida pelos idosos, os calçamentos devem ser adequadamente nivelados, com
rampas de acesso, sem obstruções como: buracos, degraus, pisos escorregadios,
canteiros, gradil, suportes, espécies vegetais e outros desníveis.
O assunto não abrange somente o trânsito de veículos, ou seja, ônibus, carros,
caminhões, bicicletas, motos, veículos de tração animal, isso ocorre, sobretudo devido
ao fato que, todos são em determinado momento fundamentalmente pedestres. Vale
dizer que esse fato ressalta a visão de diversos especialistas como indicador de
desenvolvimento humano, as condições de conservação das calçadas sinalizam e demais
equipamentos de mobilidade urbana são mais valorizados até mesmo que o IDH da
região.
Figura 6 – Pavimentação e uso adequado de calçada e a mobilidade de vulneráveis, Avenida 17, Centro
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2015)
Conforme afirma Vieira:
O homem, nas suas formas mais naturais de deslocamento, se encontra em uma
posição bastante desfavorável em relação aos demais usuários e, portanto, deve
ocupar o centro das atenções na construção de um espaço sustentável. [...]
calçadas adequadas aos pedestres, com cruzamentos seguros e priorizados [...].
(VIEIRA, 2013:34).
A Constituição Federal determina que é direito fundamental do cidadão a locomoção
com liberdade. Nesse contexto, labuta por meios que facilitem a sua sobrevivência,
assim milhares de pessoas em busca de trabalho são atraídas na procura de melhores
condições de vida e trabalho, prerrogativa imposta pela expansão das cidades. As
cidades que são administradas adequadamente podem ser atrativas, seguras e agradáveis
para se viver, porém se ocorrer o contrário como acontece atualmente na maioria das
cidades brasileiras, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte, que apresentam
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caóticos e desordenados crescimento, atritos e concorrentes pontos de disputa por
espaço entre condutores e pedestres, assim como uso inadequado dos calçamentos, a
tendência é esse caos cada vez mais aumentar, com consequentes transtornos.
Figura 7 – Estacionamento de veículo sobre calçada, Rua Natal, Bairro Maria Vilela
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2015)
Afirma Campos (2006:05), “[...] desta forma aumenta-se a mobilidade da população
facilitando o seu deslocamento para o desenvolvimento de suas atividades”.
A importância para a mobilidade dos pedestres nos espaços públicos possui
intimamente uma relação de responsabilidade entre as partes envolvidas em todo o
processo de gestão voltada para promover melhorias, não só nas condições de
pavimentação das calçadas, principalmente quanto ao planejamento e execução dessa
gestão.
Ainda, segundo Vieira:
A sustentabilidade é o principal atributo de um sistema com o qual se pretende
garantir a mobilidade. Logo, deve ser limpo, eficiente, seguro e planejamento
de forma a atender a demanda ao longo do tempo, contribuindo para adensar a
área urbanizada, diminuindo as distâncias em os polos de geração de viagens.
(VIEIRA, 2013:36).
Nesse diapasão, a sustentabilidade em um sistema de transporte é aquela que comporta
uma complexa sequência de processos disponibilizada a coletividade para atender a
todas as suas exigências de movimentação. Esse sistema deve conciliar um
relacionamento equilibrado, estabelecendo garantias eficientes, envolvendo as
condições sociais, econômicas e ambientais, na livre rotina cotidiana de ir e vir das
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pessoas. Em algumas circunstancias os pedestres são obrigados a caminhar um longo
trajeto até conseguir atravessar uma via com segurança, de maneira que os veículos são
priorizados em detrimento aos pedestres.
Para Campos:
A mobilidade sustentabilidade no contexto socioeconômico da área urbana
pode ser vista através de ações sobre o uso e ocupação do solo e sobre a gestão
dos transportes, visando proporcionar acesso aos bens e serviços de uma forma
eficiente para todos os habitantes [...]. (CAMPOS, 2006:04).
Convêm salientar que, a mobilidade urbana sustentável contextualiza uma somatória de
políticas de deslocamentos e circulação de mercadorias e pessoas, que visa oferecer
extenso e democrático acesso ao espaço urbano por meio da priorização dos meios de
movimentação coletiva e não motorizados, de forma socialmente inclusiva, efetiva e
ecologicamente sustentável. Faz-se necessário frisar que, a política nacional de
mobilidade urbana, estabelecida pela Lei nº. 12.587/2012, deve ser um instrumento de
política de desenvolvimento urbano, também referendado na Constituição Federal de
1988, no Inciso XX, Art. 21 e Art. 182, que elucida quanto ao papel de executor do
Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo
ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar
de seus habitantes. De maneira que as variadas formas de transportes, associadas a
mobilidade dos pedestres e melhor qualidade de acesso é fator, preponderam para uma
mobilidade com sustentabilidade na área urbana. Porém, no citado marco legal não
existe qualquer menção ao acesso, garantia aos pedestres, seja qual for. Nesse interim, a
administração municipal deve estimular não só o cumprimento da legislação quanto
promover a necessária adequação dos prédios de domínio públicos e particulares para
atender a demanda crescente com visão focada na futura população de idosos decorrente
do prolongamento existencial longevo.
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Figura 8 – Calçadas estruturadas e com pavimentação adequada, Rua 20, Avenida 9, Centro
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2015)
Acrescenta Campos:
Conforme se pode observar pesquisas recentes tem abordado a questão da
sustentabilidade. Na medida em que as cidades veem crescendo, cresce a
necessidade de mobilidade e torna-se necessário definir ações que possam, pelo
menos, manter a qualidade de vida de seus habitantes, quando estas se
encontram com um bom nível. (CAMPOS, 2006:03).
A manutenção da qualidade de vida dos munícipes está entrelaçada com boa gestão dos
variados tipos de locomoção dos quais o homem lança mão, porém para que a
mobilidade urbana alcance um padrão eficaz de sustentabilidade. A administração
pública deve exercer seu gerenciamento com responsabilidade, fazendo o planejamento
de todas as ações com visão no futuro crescimento do espaço das cidades, com as
propostas de promover melhorias na estrutura de suas vias para circulação de todas as
maneiras de transportes, ostensivamente realizar monitoramento das adequações,
construções e uso das calçadas como remodelando a largura e espécie de pavimentação
que as constituem.
Para Alves (2010:11), “Assim, como se faz necessário uma política urbana que
apresente um conjunto de princípios e diretrizes, que oriente as ações sobre a
mobilidade urbana, visando a eficiência, segurança e sustentabilidade nos
deslocamentos”.
Na busca por soluções para a mobilidade urbana dos pedestres, este caminho deve
passar pela humanização dos espaços, com medidas efetivas corrigindo a problemática
dos estacionamentos sobre as calçadas, desobstrução de verdadeiras barreiras existentes
nos calçamentos, atendimento a legislação por parte dos proprietários de imóveis.
Na visão de Alves:
A acessibilidade urbana é condicionada pela interação entre o uso do solo e o
transporte e se constitui com um importante indicador de exclusão social. Entre
outros, da mobilidade da habitação, da educação e da renda. Nesse sentido, a
acessibilidade, ao ser parte integrante e fundamental da dinâmica e do
funcionamento das cidades, passa a ser um elemento que contribui para a
qualidade de vida urbana, na medida em que facilita o acesso da população aos
serviços e equipamentos urbanos, além de viabilizar sua aproximação com as
atividades econômicas. (ALVES, 2010:07).
As condições de desigualdades para a acessibilidade em que o meio urbano pode
provocar, estão intimamente interagindo com as características dos terrenos que se
refletem no tratamento físico realizado nas vias e suplementarmente nos passeios, são
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acrescidos com a continuada qualidade dos serviços municipais disponibilizados e
prestados à população, retratando o relacionamento de respeito mútuo entre veículos,
ciclistas, pedestres normais e portadores de atenção especiais no controle do uso
sistêmico das vias e calçadas. A garantia de movimentação urbana focada na melhoria
da acessibilidade abrangente aos bens e serviços, oportuniza condições ambientais
satisfatórias e seguras compatíveis a uma sadia qualidade de vida.
Figura 9 – Rampas para acessibilidade para as calçadas, Rua 20, com Avenida 11, Centro
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2015)
Segundo Costa:
As medidas legais foram adotadas para serem interligadas no processo de
planejamento ou reestruturação de vias públicas urbanas, bem como para
promover o igual direito de locomoção do pedestre com relação aos veículos
automotores. (COSTA, 2008:19).
Nesse permeio mais se avolumam as exigências à medida que o perímetro das cidades
se expande, seja com o aumento da população que na mesma proporção aumenta a
concorrência por espaços não só nas calçadas entre pedestres, como também na maneira
com que se deslocam todos os tipos de veículos, englobando as suas mais variadas
formas e modelos, desde bicicletas, motos, carros, ônibus, caminhões, veículos de
tração animal e humanas com patins e skates. Claramente percebe-se que um exercício
complicado cotidianamente para a população são as dificuldades enfrentadas para
atravessar uma rua ou avenida, mesmo em lugares onde existem faixas ou travessias
elevadas para pedestres. Pois o condutor em diversas ocasiões pode faltar com o
respeito, sendo que o pedestre por sua vez, quando também atravessa a rua ou avenida
fora da faixa ou travessia elevada, aumentando a probabilidade de provocar
complicações no trânsito.
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Figura 10 – Implantação de travessias elevadas, como estrutura de sustentabilidade, Rua 20, Centro
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2015)
No entender de Campos:
[...] adequação de calçadas e implantação de vias para ciclistas e faixas de
travessias para pedestres. Uma outra parte está relacionada com a gestão do
transporte público, envolvendo operadora e o poder público em que se
destacam: a oferta de um transporte com qualidade de serviço e com tarifa de
acordo com este serviço, a integração física e tarifária e, principalmente, em
grandes centros, garantir a segurança do usuário do transporte público,
(CAMPOS, 2006:06).
A interação entre a sustentabilidade e mobilidade assegura dinamismo e efetividade da
utilidade dos serviços urbanos torna-se um sucesso com melhor trânsito de mercadorias
e pessoas que valorizam as políticas relacionadas as cidades. A valorização do espaço
público se reflete no desenvolvimento sustentável de sua população, elevando a
qualidade de vida de todos os munícipes. Vale lembrar que entre as demandas de
adequações nas vias e calçadas pode existir desde a sinalização inadequada ou sua total
ausência, até calçadas mal cuidadas, impróprias ou indevidamente utilizadas por
proprietários de estabelecimentos que se servem do espaço para expor mercadorias,
manequins, toldos, assim como o uso e ocupação desses ambientes urbanos pelos
vendedores ambulantes de toda variedade de produtos. Sem mencionar também os
motoristas que estacionam sobre as calçadas, os postes mal balizados, suportes e placas
que se tornam elementos de obstrução, que em determinada circunstância obrigam o
pedestre a utilizar as vias de rolagem sem nenhuma segurança para sua locomoção.
Para Costa:
Os processos de reprodução das atividades urbanas se deram, a princípio, com
a cidade mercantil, com a industrialização acontecendo em vários lugares, com
a formação da cidade do capital e outros processos, como a reprodução da
Os Conflitos Gerados pela Disputa de Espaços entre Condutores e Pedestres
Pertinentes a Mobilidade Urbana Julho/2016
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 11 Vol. 01/ 2016 julho/2016
capacidade de força de trabalho, acompanhado de demandas por produtos
diferenciados, alterando as estruturas da produção e do consumo fazendo com
que os espaços se tornem mais perigosos e comprometedores dos caminhos até
então realizados pelo modo a pé. (COSTA, 2008:11).
Se por um lado fatos minimamente contemplados antigamente nos projetos públicos
como os itens: sinalização com placas, faixas, semáforos, calçadas adequadas ao trânsito
de pedestres comuns, por outro lado, nem de longe se cogitava as estruturas de
acessibilidade como: rampas, semáforos inteligentes com indicativos de tempo ou
sonoros, piso tátil, veículos de transporte coletivo com rampas e espaços exclusivos
para cadeirantes voltadas para atender as exigências dos portadores de necessidades
especiais. De modo que na procura apropriada e igualitária do espaçamento urbano para
circulação, cabe ao Poder Público promover o ordenamento das extensões existentes
entre as atividades urbanas, amenizando as desigualdades e os confrontos que ocorrem
entre as variadas formas de deslocamento humano.
A pessoa que depende diuturnamente do processo de caminhar para sua mobilidade,
encontra variadas formas de críticas em relação as calçadas, seja quanto as péssimas
condições de pavimentação, uso e ocupação do mobiliário urbano instalado ou pela falta
de atenção para com os portadores de necessidades especiais. Nessa linha de raciocínio,
a calçada deve propiciar um trânsito democrático e justo, apresentando condições
favoráveis a movimentação sem restrições a todos os usuários, levando-se em conta que
já serve na prestação de serviços livre locomoção e acessos com entradas e saídas,
instalando iluminação pública adequada, também com mobiliário urbano organizado,
não contendo buracos, deformidades na pavimentação, inclinação acentuada, degraus se
necessário com corrimão, assim como dispor de pisos táteis, travessias elevadas, faixas
de pedestres, placas indicativas e educativas.
Figura 11 – Implantação de piso tátil em calçada, como estrutura de acessibilidade, Rua 22, Centro
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2015)
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3. Conclusão
Como remate é importante frisar que, o acesso a ambientes adequados para a
mobilidade urbana dos pedestres, para eles, vai além da simples atitude de se locomover
a pé, que a existência ou não de pavimentação nas calçadas, bem como o tipo de
material de construção utilizado, pode influenciar de maneira definitiva na saúde e
aumentar a probabilidade de risco a sua integridade física. Dessa forma a administração
pública municipal deve preferencialmente manter o seu planejamento urbano efetivo,
oferecendo condições, ferramentas e instrumentos a sua equipe de profissionais
envolvida com o processo necessita evoluir, entre os quais figuram os fiscais de obras e
posturas. Para realizar uma prestação de serviços de qualidade para a comunidade,
principalmente aos pedestres, levando-se em conta essa evolução quanto a qualidade
dos pavimentos, o uso de tecnologias, técnicas de comunicação e informação,
conscientização, adequações e adaptações de vias de rolagens e calçadas, considerando
ações sustentáveis, acessibilidade e segurança no trânsito em geral.
Em última análise se conclui que, a complexidade observada desde o levantamento das
informações até a presente elaboração é extremamente preocupante. Nesse sentido, a
carência de aplicação de ações planejadas para adequar satisfatoriamente tanto os tipos
de pavimentação, dimensionamento e estruturação dos equipamentos instalados nas
calçadas, quanto a adaptação das vias de rolagens nos cruzamentos, nas faixas e
travessias elevadas de pedestres, a instalação de semáforos inteligentes, são atitudes de
difícil e morosa implementação mesmo com o passar sucessório das administrações, as
atitudes aparentemente são incipientes pelos gestores municipais. De maneira que uma
mobilidade urbana para pedestres, cativante, atrativa, acessível e sustentável é quase
uma utopia.
Referências
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risco enfrentado pelos usuários vulneráveis. Rio Grande do Sul: Dunas, 2013.
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mobilidade no Brasil, São Carlos, 2010. Disponível em <http://www.ambiente-
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CAMPOS, Vânia Barcellos Gouvea. Uma visão da mobilidade urbana sustentável –
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abr. 2015.
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