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02-09-2018 | Dinheiro Vivo Os bons alunos querem emigrar Os melhores alunos são contactados pelas grandes empresas ainda na faculdade. FOTO: IGOR MARTINS/GI O que querem fazer os melhores alunos de Gestão e Economia após o ensino superior? O que pensam do mercado de trabalho nacional? Texto: Maria João Alexandre Muitos dos finalistas de Gestão e Economia com quem o Dinheiro Vivo falou querem sair do país após terminar o curso superior ou o mestrado. Apesar de alguns ad- mitirem querer ir, mas voltar após alguns anos de experiência ou es- tudos no estrangeiro, a maior par- te dos alunos com melhores mé- dias ou que se tenham destacado no seu ano não esperam muito do mercado de trabalho nacional. "Para nós estudantes é como se caminhássemos rumo à incerteza. Fomos sendo informados das ad- versidades, dos cursos que não têm saída e dos empregos que vão aca- bar", diz, realista, Laura Quelhas, finalista de Gestão da faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. A jovem de 21 anos da Guarda não concorda com quem escolhe o curso apenas pelas "saí- das profissionais", ignorando o que gosta de fazer. "Sempre defendi que só tínhamos de ser bons no que escolhíamos fazer e gostar ver- dadeiramente disso." O mestrado e o estágio são obri- gações e não opções. Pelo menos é assim para alguns. É o caso de Da- niel dos Santos, finalista de Econo- mia na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEUP), que se prepara para entrar no mes- trado em Economia na mesma universidade e conciliar com um estágio no segundo ano. Também ele está aberto a sair do país: "Um dos meus objetivos é trabalhar no Banco Central Europeu." Já foi contactado por empresas de audi- toria, consultoria e fundações, não tivesse terminado com média de 18 valores. Também com 18 valores termi- naram Leonor Santos, finalista de Gestão, e Daniel Marques, de Eco- nomia, ambos da Universidade do Porto. Leonor, de Cantanhede, vai fazer o mestrado em Finanças e é dos poucos estudantes contacta- dos que não temem a emigração, mas espera encontrar trabalho na sua área em Portugal. Acredita que se for proativa e empenhada con- segue atingir os seus objetivos. "Existem empresas de grande qua- lidade estabelecidas em Portugal, com as quais gostaria de trabalhar e sentir-me-ia realizada." Já Daniel, de Santo Tirso, vai fa- zer o mestrado em Economia e de- pois não coloca de lado a possibili- dade de ir trabalhar no estrangeiro. "Já pensei em alguns países, como os EUA e o Reino Unido, devido à importância dos seus centros fi- nanceiros; ou na Alemanha, pela aposta forte que faz na indústria. Luís Santos Licenciado em Gestão peta Nova SBE "Para já não penso sair do país. Depois do mestrado juntar-me- -ei à The Boston Consulting Group (BCG)." A entrada na consultora internacional come- çou com um estágio de verão em Lisboa. No início deste ano letivo começou o mestrado em Finanças na Nova SBE, ao mes- mo tempo que dava aulas, como assistente, nos cursos de licen- ciatura. Depois dos estudos completos, os seus planos são começar a trabalhar no escritó- rio de Lisboa da BCG, o que "me permite ter uma exposição in- ternacional, enquanto estou no nosso fantástico país". O aluno de 22 anos defende que "os empregos mais procurados pelos melhores alunos de Ges- tão, como consultoria e banca de investimento, têm uma ofer- ta escassa em Portugal", e refor- ça: "Banca de investimento é praticamente inexistente." Como procura trabalho? "Diri- jo-me de forma seletiva e dire- cionada às empresas com as quais quero trabalhar; e candi- datando-me no seguimento das habituais intermediações feitas pela Nova SBE. As principais empresas contactam os melho- res alunos para eventos e recru- tamento. Aqueles a quem o es- tágio corre bem recebem uma proposta para full-time. Foi o que aconteceu comigo." João Franco Finalista de Gestão da Nova SBE No último semestre da licencia- tura João Franco pensou parar um ano, entre a licenciatura e o mestrado, para trabalhar no es- trangeiro. Mas "com a possibili- dade de vir a ser monitor ou tea- ching assistant, decidi continuar a estudar na Nova SBE na área de Finanças. Foi a decisão mais acer- tada, pois terei a oportunidade de cumprir o sonho de ensinar e de, ao mesmo tempo, explorar novas áreas de conhecimento, sempre com a praia como companheira." Contudo, não exclui a hipótese de ter uma experiência no es- trangeiro. "Trabalhar na Alema- nha é uma experiência que gos- taria de ter." Apesar de reconhe- cer que em Portugal o cenário não é tão negativo como há dez anos, não considera haver boas condições de trabalho para recen- tes licenciados ou mestres. É es- sencial, na sua opinião, o traba- lho que os alunos fazem pelo mundo fora. "Pode ser que as empresas estabelecidas em Por- tugal consigam finalmente reco- nhecer o grande talento que o aluno português possui, quer seja de Gestão ou de outra área."Na

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Page 1: Os bons alunos FOTO: IGOR MARTINS/GI querem emigrar · to estou mais interessada em consultoria e, felizmente, há boas oportunidades em Portugal nesta área. Já fui contactada por

02-09-2018 | Dinheiro Vivo

Os bons alunos querem emigrar

Os melhores alunos são contactados pelas grandes empresas ainda na faculdade. FOTO: IGOR MARTINS/GI

O que querem fazer os melhores alunos de Gestão e Economia após o ensino superior? O que pensam do mercado de trabalho nacional? Texto: Maria João Alexandre

Muitos dos finalistas de Gestão e Economia com quem o Dinheiro Vivo falou querem sair do país após terminar o curso superior ou o mestrado. Apesar de alguns ad-mitirem querer ir, mas voltar após alguns anos de experiência ou es-tudos no estrangeiro, a maior par-te dos alunos com melhores mé-dias ou que se tenham destacado no seu ano não esperam muito do mercado de trabalho nacional.

"Para nós estudantes é como se caminhássemos rumo à incerteza. Fomos sendo informados das ad-versidades, dos cursos que não têm saída e dos empregos que vão aca-bar", diz, realista, Laura Quelhas, finalista de Gestão da faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. A jovem de 21 anos da Guarda não concorda com quem escolhe o curso apenas pelas "saí-das profissionais", ignorando o que gosta de fazer. "Sempre defendi que só tínhamos de ser bons no que escolhíamos fazer e gostar ver-dadeiramente disso."

O mestrado e o estágio são obri-gações e não opções. Pelo menos é assim para alguns. É o caso de Da-niel dos Santos, finalista de Econo-mia na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEUP), que se prepara para entrar no mes-

trado em Economia na mesma universidade e conciliar com um estágio no segundo ano. Também ele está aberto a sair do país: "Um dos meus objetivos é trabalhar no Banco Central Europeu." Já foi contactado por empresas de audi-toria, consultoria e fundações, não tivesse terminado com média de 18 valores.

Também com 18 valores termi-naram Leonor Santos, finalista de Gestão, e Daniel Marques, de Eco-nomia, ambos da Universidade do Porto. Leonor, de Cantanhede, vai fazer o mestrado em Finanças e é dos poucos estudantes contacta-dos que não temem a emigração, mas espera encontrar trabalho na sua área em Portugal. Acredita que se for proativa e empenhada con-segue atingir os seus objetivos. "Existem empresas de grande qua-lidade estabelecidas em Portugal, com as quais gostaria de trabalhar e sentir-me-ia realizada."

Já Daniel, de Santo Tirso, vai fa-zer o mestrado em Economia e de-pois não coloca de lado a possibili-dade de ir trabalhar no estrangeiro. "Já pensei em alguns países, como os EUA e o Reino Unido, devido à importância dos seus centros fi-nanceiros; ou na Alemanha, pela aposta forte que faz na indústria.

Luís Santos Licenciado em Gestão peta Nova SBE

"Para já não penso sair do país. Depois do mestrado juntar-me--ei à The Boston Consulting Group (BCG)." A entrada na consultora internacional come-çou com um estágio de verão em Lisboa. No início deste ano letivo começou o mestrado em Finanças na Nova SBE, ao mes-mo tempo que dava aulas, como assistente, nos cursos de licen-ciatura. Depois dos estudos completos, os seus planos são começar a trabalhar no escritó-rio de Lisboa da BCG, o que "me permite ter uma exposição in-ternacional, enquanto estou no nosso fantástico país".

O aluno de 22 anos defende que "os empregos mais procurados pelos melhores alunos de Ges-tão, como consultoria e banca de investimento, têm uma ofer-ta escassa em Portugal", e refor-ça: "Banca de investimento é praticamente inexistente." Como procura trabalho? "Diri-jo-me de forma seletiva e dire-cionada às empresas com as quais quero trabalhar; e candi-datando-me no seguimento das habituais intermediações feitas pela Nova SBE. As principais empresas contactam os melho-res alunos para eventos e recru-tamento. Aqueles a quem o es-tágio corre bem recebem uma proposta para full-time. Foi o que aconteceu comigo."

João Franco Finalista de Gestão da Nova SBE

No último semestre da licencia-tura João Franco pensou parar um ano, entre a licenciatura e o mestrado, para trabalhar no es-trangeiro. Mas "com a possibili-dade de vir a ser monitor ou tea-ching assistant, decidi continuar a estudar na Nova SBE na área de Finanças. Foi a decisão mais acer-

tada, pois terei a oportunidade de cumprir o sonho de ensinar e de, ao mesmo tempo, explorar novas áreas de conhecimento, sempre com a praia como companheira." Contudo, não exclui a hipótese de ter uma experiência no es-trangeiro. "Trabalhar na Alema-nha é uma experiência que gos-taria de ter." Apesar de reconhe-cer que em Portugal o cenário não é tão negativo como há dez anos, não considera haver boas condições de trabalho para recen-tes licenciados ou mestres. É es-sencial, na sua opinião, o traba-lho que os alunos fazem pelo mundo fora. "Pode ser que as empresas estabelecidas em Por-tugal consigam finalmente reco-nhecer o grande talento que o aluno português possui, quer seja de Gestão ou de outra área."Na

Page 2: Os bons alunos FOTO: IGOR MARTINS/GI querem emigrar · to estou mais interessada em consultoria e, felizmente, há boas oportunidades em Portugal nesta área. Já fui contactada por

pesquisa de trabalho, entrou em contacto com diversas entidades através do Business Forum da Nova SBE, mas também através de "palestras de empresas que querem dar a conhecer-se à Nova SBE." O resultado: "Iniciei o processo de recrutamento numa das empresas de consultoria de maior renome em Portugal, onde acabei por estagiar neste verão de 2018."

Joana da Sitva Finalista de Gestão da Católica Lisbon School

"O próximo passo é continuar a estudar: vou iniciar o mestrado em Finanças em setembro. "Sen-do muito jovem e com falta de experiência, um mestrado vai ser uma mais-valia." Tem planos

para sair do país? "Vai depender das oportunidades e também do meu contexto pessoal. Há cida-des como Londres, onde sempre tive muita vontade de viver du-rante uns anos. Mas a longo pra-zo pretendo regressar a Portugal e enraizar-me aqui. Portugal ofe-rece uma qualidade de vida de excelência e é aqui que está a mi-nha família. "Em Portugal exis-tem oportunidades para aqueles que são bons naquilo que fazem e que estão dispostos a trabalhar. Certas áreas como a banca de in-vestimento estão muito pouco desenvolvidas, o que obriga a sair do país para construir uma carrei-ra mais dinâmica. Neste momen-to estou mais interessada em consultoria e, felizmente, há boas oportunidades em Portugal nesta área. Já fui contactada por algumas empresas que me convi-daram para cocktails e outros eventos para iniciar um processo de recrutamento." A aproxima-ção das entidades empregadoras foi sempre feita por e-mail - um contacto estabelecido pela Cató-lica. De que forma procura novas oportunidades? "Quando procu-rei um estágio de verão usei a plataforma da Católica-Lisbon e o Linkedln."

Inês Couto Finalista de Economia do ISEG

Vai iniciar o mestrado em Econo-metria Aplicada e Previsão no ISEG no próximo ano letivo por-que acredita que esse é o melhor caminho para conseguir o futuro profissional que ambiciona. "O ensino e a investigação." Mas, para ter esse emprego ideal, quer ganhar experiência profissional em consultoria, área em que já fez estágios. "Gostava de sair do país para fazer o doutoramento, mas esse é um objetivo a médio prazo e ainda pouco definido. Ao

nível do mercado de trabalho, sair do país não é uma prioridade, no entanto, se houver uma opor-tunidade que o justifique não fe-cho a porta." Considera que o mercado de trabalho em Portugal é extremamente competitivo, e que essa é uma ideia incutida desde cedo. "Quando termina-mos o nosso percurso académico percebemos que essa é mesmo uma realidade. No entanto, o mesmo mercado, que nos obriga a lutar para chegar onde quere-mos, oferece-nos ótimas oportu-nidades que temos de saber apro-veitar. Eu acredito que o merca-do sabe valorizar as competên-cias que temos, e que isso se re-flete nas oportunidades de traba-lho que surgem."

Diana Salpico Finalista de Gestão do ISEG

Neste momento está à procura de um estágio para, como conta ao Dinheiro Vivo, "pôr em práti-ca os conhecimentos que adqui-ri ao longo do curso". Apesar de querer continuar a estudar no futuro, decidiu adiar essa deci-são para o próximo ano. "Pare-ce-me mais acertado ter algu-mas experiências antes de me especializar numa certa área. Tenciono sair do país por breves meses, preferencialmente para um país na Europa." A ideia é desafiar-se a si própria, aprender a viver e trabalhar com pessoas de culturas diferentes, alargan-do a sua visão do mundo. Sobre o mercado de trabalho nacional, está otimista: "Existe muita pro-cura de recém-licenciados nas áreas de negócios para progra-mas de estágios remunerados. Estou confiante em que vou en-contrar um trabalho de que gos-te e remunerado em Portugal." De que forma procura trabalho? "Pesquiso principalmente nos sites das empresas com vagas

disponíveis que me interessam e contacto as entidades empre-gadoras diretamente - o que já aconteceu algumas vezes. Nor-malmente envio um e-mail ou uma mensagem no Linkedln para saber mais sobre a posição e sobre a empresa."

Diogo Bárbara Finalista de Economia da ISCTE Business School

Terminada agora a licenciatura irei prosseguir para o mestrado dentro da Economia. "Ter ape-nas uma licenciatura deixa-nos algumas lacunas, quer a nível de aprendizagens, teóricas, prá-ticas e aprofundadas, quer a ní-vel de maturidade. Mais tempo a estudar dá-nos uma visão mais regeneradora, simplicista e prática para solucionar proble-mas." Pensa sair do país? "No meu íntimo aceitaria uma pro-posta para trabalhar numa gran-de organização internacional, como na Comissão Europeia ou na Organização Internacional do Trabalho. No entanto, por convicção e por gosto, gostava de retribuir ao meu país aquilo que investiu em mim. Faço par-te de uma geração muito bem preparada e considero que te-nho o dever moral de contribuir para o desenvolvimento de Por-tugal. Creio que o mercado de trabalho está a mudar, tanto a nível global como em Portugal. Cada vez mais se olha para a pessoa em si, o seu trajeto, a sua capacidade de resolução em sis-temas complexos. Quem pro-cura sempre alcança e os recru-tadores estão cada vez mais ati-vos em ter consigo colaborado-res adequados à exigência de certos desafios. Isto embora o mercado de trabalho continue com grandes problemas de ab-sorção de jovens, salários justos e a tradicional bicefalia entre Lisboa e o Porto."

Finalista de Economia da Universidade de Coimbra

Durante a licenciatura investiu em várias atividades associativas e extracurriculares: foi embaixa-dor do empreendedorismo da universidade, secretário-geral de urna associação entre Portugal e a China e dirigente associativo na Associação Académica de Coimbra. "Estas oportunidades de evolução pessoal surgem como um complemento no meu currículo." Na Babson College, em Boston fez uma pós-gradua-ção em Empreendedorismo e Negociação, um prémio que re-cebeu da Universidade de Coim-bra por ter sido eleito empreen-dedor do ano. "O mercado de trabalho em Portugal não está preparado para a inserção dos jo-vens licenciados. É um mercado de PME onde o mais importante são os resultados a curto prazo e onde "a organização nem sem-pre é a melhor". Gostava de tra-balhar nos EUA pelo dinamismo e exigência do seu povo. Diz que é um país onde "incentivam os jovens a desenvolver os seus próprios negócios e a alcançarem os seus sonhos", defende quem sempre ambicionou construir os seus próprios negócios. "Nunca contactei as empresas com o in-tuito de me candidatar aos seus cargos", destaca. Contou-nos sa-tisfeito que, enquanto coordena-dor das Saídas Profissionais da Universidade de Coimbra, orga-nizou uma feira de emprego onde estava a Microsoft e que conseguiu um estágio nesse ano para uma aluna de Economia. "O percurso curricular ao longo da minha licenciatura permitiu-me criar uma boa rede de contactos no mercado de trabalho, que-brando barreiras que normal-mente existem entre o estudan-te e o empregador."

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dinheirovivo.pt 1 domingo, 2 de setembro de 2018 N.' 368 I Este caderno faz parte integrante

do Jornal de Noticias e.' w do ano 131

inheiro vivo

ENTREVISTA — P. 04-05 NEGÓCIOS — R 15 DESTAQUE — P. 06-07

Energia Norte assegura 44%

da produção nacional. Maioria vem das barragens

NEGÓCIOS Região ganha importância no contexto nacional da produção e do' consumo de energia. Já quase metade da oferta renovável é assegurada pelo norte do país. P.14

RUI O

LIV

EIFI

A/G

OL

SAL

IMA

GE

NS

Ferroyi. Um terço los a diesel ide arar

Exportações da metalurgia a caminho de novo recorde

INTERNACIONALIZAÇÃO Primeiro semestre foi positivo também para os setores de agroindústria, vinhos, cortiça, têxteis e madeiras.

NEGÓCIOS — R ii

Bancos confiam que vão escapar a condenação por cartel

CONCORRÊNCIA Maiores bancos acreditam que a acusação de cartel vai ser arquivada. Alguns nem sequer fizeram provisão para a coima da AdC.

ALQUEVA "Água vai acompanhar preços altos da energia"

PROJETOS Mesmo com as contas no vermelho, a EDIA, liderada por José Pedro Salema, avança com mais área de regadio e uma central solar.

O que querem os melhores universitários de Economia? Emigrar

Referências Multibanco' para a Sua: Empresa.

rft. o m.