os 4 estilos de pompéia

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Introdução Pompéia, cidade localizada na região da Campânia, próxima a bacia de Nápolis, no Sul da Península Itálica, é considerada hoje um dos mais importantes sítios arqueológicos da Antiguidade romana. Destruída durante a erupção do vulcão Vesúvio no ano de 79 d.C., Pompéia foi coberta por uma mistura de lava, pedras e cinzas, mantendo-a preservada no tempo. As escavações arqueológicas dos mais variados períodos permitem obter-se acesso às paredes da cidade, e com elas suas pinturas murais decorativas. A partir do estudo desse acervo remanescente, que é na verdade apenas uma fração mínima da pintura produzida em todo o território romano, se pôde formar um panorama bastante sugestivo da rica e diversificada vida artística da Roma. Estilos da pintura romana As pinturas romanas, geralmente, variavam de acordo com o contexto, dependiam do cômodo em que eram expostas, da luminosidade, do efeito que queria se proporcionar assim a pintura era uma arte complexa exigia um preparo e planejamento. No ano de 1882, Augusto Mau, famoso historiador de arte e arqueólogo alemão estabeleceu uma tipologia de pinturas, classificou os diferentes temas presentes em Pompéia em quatro estilos. Essa divisão dos quatro estilos proposta por ele continua sendo empregada até os dias de hoje. Os quatro estilos de Pompéia O Primeiro Estilo, também referido como incrustação - nome derivado de crustae, placas pétreas de revestimento - esteve em evidência do século II a.C. até o ano 80 d.C. É O estilo

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Page 1: Os 4 estilos de Pompéia

Introdução

Pompéia, cidade localizada na região da Campânia, próxima a bacia de Nápolis, no Sul da

Península Itálica, é considerada hoje um dos mais importantes sítios arqueológicos da Antiguidade

romana. Destruída durante a erupção do vulcão Vesúvio no ano de 79 d.C., Pompéia foi coberta por

uma mistura de lava, pedras e cinzas, mantendo-a preservada no tempo.

As escavações arqueológicas dos mais variados períodos permitem obter-se acesso às paredes

da cidade, e com elas suas pinturas murais decorativas. A partir do estudo desse acervo remanescente,

que é na verdade apenas uma fração mínima da pintura produzida em todo o território romano, se pôde

formar um panorama bastante sugestivo da rica e diversificada vida artística da Roma.

Estilos da pintura romana

As pinturas romanas, geralmente, variavam de acordo com o contexto, dependiam do cômodo

em que eram expostas, da luminosidade, do efeito que queria se proporcionar assim a pintura era uma

arte complexa exigia um preparo e planejamento. No ano de 1882, Augusto Mau, famoso historiador

de arte e arqueólogo alemão estabeleceu uma tipologia de pinturas, classificou os diferentes temas

presentes em Pompéia em quatro estilos. Essa divisão dos quatro estilos proposta por ele continua

sendo empregada até os dias de hoje.

Os quatro estilos de Pompéia

O Primeiro Estilo, também referido como incrustação - nome derivado de crustae, placas

pétreas de revestimento - esteve em evidência do século II a.C. até o ano 80 d.C. É O estilo

pompeano mais simples, sendo uma imitação de mármore de revestimento, em que a

decoração pintada assemelha a lajes de mármore colorido. É o único que possui

elementos puramente helenísticos, e foi inspirado pela decoração de mármore real das

paredes do palácio Helenístico Grego.

O Segundo Estilo, chamado arquitetônico, floresceu com relativa rapidez a partir do Primeiro

em torno de 80 a.C.. Uma criação romana original, nesse estilo aparece características novas,

como representações figurativas de paisagens urbanas e jardins. As paredes eram pintadas

para sugerir que os limites da sala tinham aumentado. .A decoração não se limita a tentar

imitar os padrões de mármore, mas faz bom uso da perspectiva para criar dois ou mais

níveis de profundidade.

Page 2: Os 4 estilos de Pompéia

O Terceiro Estilo, ou ornamental, representa a continuidade do Segundo numa versão mais

livre e ornamentada, mais leve e menos pomposa. Abandona a utilização do espaço e

características arquitetónicas como objeto da composição com o resultado de que a

decoração sobre tudo perde profundidade. Paisagens são reduzidas a miniaturas

inseridas em um fundo de cor única. O terceiro estilo é também conhecido como

pseudo egípcio por causa da presença de elementos tipicamente egípcios: flores de

lótus, estrelas pequenas, rosetas, filetes coloridos, jardins com juncos e aves elegantes.

As decorações de parede sobre temas de grande escala inspirados por jardins com

árvores, fontes, piscinas, colunas pequenas e pássaros em vôo também pertencem a esse

período.

O Quarto Estilo apareceu por volta do ano 45 d.C. recuperando elementos de estilos

anteriores e elaborando sobre eles novas configurações. Algumas de suas características

genéricas mais evidentes são uma inclinação para composições mais assimétricas, uma

tendência para o uso de cores mais quentes e vivas, e um maior requinte, variedade e liberdade

nas ornamentações que muitas vezes é excessiva. Pinturas de figuras tornam-se menores ou

desaparecem completamente. Temas formais são escolhidos, muitas vezes inspirados por

temas filosóficos ou exóticos, embora ainda houvesse pinturas da vida cotidiana ou

representações de eventos importantes. Desde o terremoto de 62 d.C. até a destruição da

cidade em 79 d.C., as casas em Pompéia foram decoradas com pinturas do quarto estilo.

Page 3: Os 4 estilos de Pompéia

Retrato Romano: a especificidade do retrato comum

A escultura romana foi trabalhada através de retratos e estátuas. Mais realista que idealista, a

estatuária romana teve seu maior êxito nos retratos, normalmente em forma de busto. Por serem

realistas e práticos as suas esculturas eram uma representação fiel das pessoas e não a de um ideal de

beleza humana, como fizeram os gregos. Retratavam os imperadores e os homens da sociedade.

Reproduziam exatamente o modelo, acentuando até os “defeitos”, as “deformidades” e as

características fisionómicas dos olhos, das sobrancelhas, da boca, barba e cabelo, bem como marcas do

tempo e do sofrimento humanos. Deste modo a escultura romana conseguiu atingir o seu propósito:

eternizar a memória dos homens através de imagens reais que evidenciavam o carácter, a honra, a

glória e a psicologia do retratado, com um carácter quase fotográfico;

As esculturas eram feitas com mármore, bronze, barro, pedra, madeira, metal e outras matérias.

Page 4: Os 4 estilos de Pompéia

Anexos

Primeiro Estilo: Casa di Sallustio

Segundo Estilo: Villa di Poppea

Page 5: Os 4 estilos de Pompéia

Terceiro Estilo: Casa di M.Lucrezio

Quarto Estilo: Casa dei Vettii

Page 6: Os 4 estilos de Pompéia

Busto de Caracalla

Busto de menino romano

Page 7: Os 4 estilos de Pompéia

Busto de homem romano