orquÍdeas no paisagismo da Área urbana de ipanema
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Revista Eletrônica Novo Enfoque, ano 2014, v. 18, n. 18, p. 54 – 73
ORQUÍDEAS NO PAISAGISMO DA ÁREA URBANA DE IPANEMA – RJ
MELLO, A. C. F. 1
PANTOJA, S. C. S. 2
Resumo
Devido ao grande número de gêneros, as orquídeas possibilitam um leque de opções no
paisagismo urbano. Este trabalho se baseia no paisagismo vertical com orquídeas,
objetivando dados comparativos dos gêneros encontrados desde 2007 a 2013. O estudo
revela a escolha dos gêneros, o número de mudas plantadas e as que resistem até hoje, o
engajamento dos moradores, a sustentabilidade e os fatores abióticos que influenciaram.
Dessa forma, foi possível constatar durante o levantamento a diminuição do número de
orquídeas, além da presença de novas orquídeas provenientes da iniciativa de
moradores, mas que mesmo assim garantiu o sucesso do projeto.
Palavras-chave: Orquídeas – Paisagismo – Sustentabilidade – Levantamento.
Abstract
Because of the large number of genera, orchids enable a range of options in urban
landscaping. This work is based on vertical landscaping with orchids, aiming
comparative data genera found from 2007 to 2013. The study reveals the choice of
genres, the number of seedlings planted and enduring even today, the engagement of
residents, sustainability and environmental factors that influence. Thus, it was
established during the survey to reduce the number of orchids, and the presence of new
orchids from the initiative of residents, but still ensured the success of the project.
Keywords: Orchids – Landscaping – Sustainability – Survey.
Introdução
O paisagismo, como prática socioambiental, reveste-se de caráter cultural e
histórico. Enquanto linguagem, expressa símbolos e valores da sociedade. Na
medida em que adota elementos naturais como matéria-prima, o paisagismo
submete-se também a ditames ecológicos. A combinação dessas
características faz com que diferentes formas de interpretação, apropriação e
recriação da paisagem expressem, em variados graus, relações entre
sociedade e natureza (CESAR & CIDADE, 2003).
1 Estudante de graduação do curso de Ciências Biológicas. Universidade Castelo Branco, Escola da Saúde e Meio Ambiente. Avenida Santa Cruz, 1631, Realengo, 21710-250 Rio de Janeiro, RJ, Brasil. (E-mail: [email protected]) 2 Professor assistente / pesquisador orientador. Universidade Castelo Branco, Escola da Saúde e Meio Ambiente. Avenida Santa Cruz, 1631, Realengo, 21710-250 Rio de Janeiro, RJ, Brasil. (E-mail: [email protected])
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Vivemos em um país com uma flora riquíssima, numa cidade com uma beleza
natural comentada no mundo inteiro e conhecida como Cidade Maravilhosa. E como em
toda cidade que cresce de maneira desordenada, os problemas surgem e criam um
círculo vicioso, no qual o ser humano destrói e acaba sofrendo as consequências de sua
própria ganância e descompromisso com o meio em que vive.
Diante deste quadro, a constatação de que existem projetos, nos quais há
preocupação com o meio ambiente e, portanto, com o bem-estar da população, deve ser
destacada e divulgada.
Assim, encontrar orquídeas nas ruas de Ipanema nos leva a uma reflexão sobre a
natureza, o crescimento urbano e a educação ambiental caminhando juntos. "As
orquídeas têm fascinado os homens por mais de dois mil anos. Foram utilizadas no
passado em poções curativas, afrodisíacos, para decoração e ocuparam grande papel nas
superstições" (LAWLER, 1984).
A Orchidaceae é considerada por muitos autores como a maior família de
angiospermas. Quanto a sua evolução, acreditava-se que as orquídeas teriam surgido na
Terra há aproximadamente 2,5 milhões de anos, juntamente com a evolução do homem,
mas um achado fóssil, datado de 15 a 20 milhões de anos, faz crer que os primeiros
ancestrais das orquídeas tenham surgido na era dos dinossauros. Estas possuem diversas
formas de vida, possibilitando a ocupação de diferentes tipos de ambientes, uma vez que
orquídeas podem ser encontradas em formações vegetais diversas. Esta família possui
um desenvolvimento rápido e numerosas subfamílias.
Este trabalho tem como principais focos o aspecto paisagístico e sua relação com
a mobilização comunitária entorno de uma proposta que visa, não somente embelezar as
ruas do bairro, mas integrar a comunidade na busca da valorização socioambiental como
afirmam Cesar e Cidade (2003):
O paisagismo que expressa valores culturais e subordina-se a condicionantes
ecológicos. Essa combinação revela relações entre sociedade e natureza e
reflete visões de mundo predominantes. Interpretações sobre a realidade
existem desde o início da história humana (CESAR & CIDADE, 2003).
Como todo projeto de paisagismo, requer observação, estudo, enfim um
planejamento. A escolha das espécies que se adaptam melhor ao clima. "O trabalho do
paisagista vai além do bom gosto e do bom senso e requer muita técnica e criatividade"
(FINI, 2011, p.4). Trata-se de um projeto de paisagismo e não apenas de jardinagem.
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O paisagismo, como tal, é considerado arte ou técnica de fazer um projeto,
planejar, gerir e preservar determinado local. Já a jardinagem nada mais é que a prática
de criar e manter um jardim. "Para mim, o conceito mais importante do paisagismo é a
integração do homem com a natureza, para que essa relação resulte em melhor
qualidade de vida e equilíbrio do meio ambiente" (NAKATA, 2011, p.4, p.5).
As orquídeas compõem uma das maiores famílias de plantas existentes com
imensa variedade de espécies e cores. A escolha para melhor adaptação ao ambiente e o
período de floração de cada uma das espécies para fazer a combinação, mantendo o
ambiente sempre florido, requer cuidados. "Recentemente, o paisagismo evoluiu ao
adotar princípios da ecologia e a compreensão ambiental. Ainda em construção, o
paisagismo ambiental expressa muito das contradições da sociedade atual" (CESAR &
CIDADE, 2003).
A primeira questão a ser investigada é sob quais circunstâncias que surgiu a ideia
do projeto de orquídeas no Quadrilátero do Charme de Ipanema. Com este fim, foi
realizado contato via e-mail com a Associação Comercial atuante em parte do bairro de
Ipanema. A partir deste, foi possível verificar que o Quadrilátero do Charme de
Ipanema fica entre as ruas Anibal de Mendonça e Joana Angélica e Av. Vieira Souto e
Epitácio Pessoa. Estas 21 quadras de Ipanema contam com 70 empresas associadas de
segmentos de moda, joalheria, gastronomia, decoração, beleza e hotelaria.
A ideia de criar um projeto de orquídeas no Quadrilátero do Charme de Ipanema
deu ao lugar beleza e um tom primaveril, transmitindo alegria e sofisticação às ruas. A
preservação em todo território nacional não é uma tarefa fácil devido à devastação das
matas e ao comércio ilegal que ameaçam a diversidade destas belíssimas plantas tão
delicadas; daí a importância de um trabalho socioeducativo valorizando estas delicadas
plantas tanto para a ciência como para o ecossistema, despertando uma consciência
ecológica nos habitantes. Desta forma, o plantio de orquídeas nas áreas urbanas é fruto
de estudos, dedicação e conscientização das questões ambientais, transformando as ruas
antes vistas apenas pela sua arquitetura, agora também são apreciadas pela exuberância
das plantas e pela sensação de bem-estar das pessoas que por lá transitam.
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Objetivos
Geral
Analisar a escolha de orquídeas no paisagismo urbano de Ipanema, destacando a
valoração das mesmas, tanto do ponto de vista estético quanto na preocupação em
transformar os espaços dos meios urbanos em lugares de convivência agradável,
realizando um estudo dos gêneros utilizados na ornamentação.
Específico
Explicar a proposta da associação comercial, destacando as etapas, a
conscientização, a conservação e a valorização do projeto paisagístico;
Analisar o envolvimento da população nas questões ambientais;
Caracterizar a escolha destas plantas, sua importância estética e ambiental nos
centros urbanos;
Realizar levantamento dos gêneros utilizados na ornamentação urbana e suas
contribuições para o meio ambiente;
Aplicar planilha para levantamento do número de orquídeas presentes nas ruas de
Ipanema, de modo a fazer uma comparação estatística entre a quantidade de mudas
implantadas no início do projeto e a quantidade existente nos dias de hoje;
Verificar quais medidas socioeducativas foram aplicadas visando ao sucesso do
projeto.
Material e métodos
O material utilizado e os procedimentos realizados no desenvolvimento da pesquisa
foram: computador portátil tipo notebook, marca Itautec, modelo infowaynote w7645
com sistema operacional Windows Vista Home Basic e os programas computacionais
Microsoft Office Word 2007, Excel 2007, PowerPoint 2007, Windows Explorer 2007,
Outlook 2007. O presente trabalho foi realizado através de comparação com bibliografia
específica por meio de artigos, sites de revistas científicas e livros sobre orquídeas,
paisagismo e questionários. Foi feito também uso de materiais para a pesquisa de
campo, como mapa das ruas de Ipanema, caneta esferográfica, papel A4, prancheta,
lupa. As orquídeas foram fotografadas no local com auxílio de uma câmera fotográfica e
identificadas de acordo com as características morfológicas predominantes das flores e
folhas de cada um dos gêneros que são alvo desse trabalho.
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A coleta de dados ocorreu através da contagem das orquídeas implantadas pelo
projeto nas ruas de Ipanema, fazendo um comparativo entre o número de mudas do
início do projeto e a quantidade encontrada nos dias de hoje. Além disso, foi aplicado
um questionário a respeito do projeto tanto a moradores de Ipanema quanto a
integrantes da associação comercial do bairro.
Figura 1: Mapa de Ipanema.
Fonte: Site de Mapas – Rio de Janeiro, 2013.
Resultados
Orchidaceae é a maior família, em número de espécies, entre as
monocotiledôneas, possuindo distribuição cosmopolita e pantropical, sendo mais
numerosa e diversificada nos neotrópicos. As orquídeas apresentam estruturas
morfológicas e anatômicas das mais especializadas do reino vegetal, além de
constituírem um dos mais belos grupos de plantas e um dos maiores êxitos da evolução
vegetal. Elas apresentam variações quanto ao local onde se desenvolvem na natureza,
podendo ser epífitas, terrestres, rupículas ou litofíticas e saprófitas. A sua identificação é
um trabalho difícil e complicado devido à existência de muitos gêneros complexos.
"Estima-se que na natureza existam aproximadamente 25 mil espécies. Os cientistas
classificam como uma espécie quando ela se reproduz e gera descendentes férteis. Mas
números precisos não combinam com orquídeas. O que dificulta tudo é que orquídeas
podem ser pequenas ou grandes, roxas ou azuladas, terrestres ou epífitas, inclusive de
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gêneros diferentes" (ARAUJO, 2013, p.3). A flor das orquídeas diferencia-se da flor das
outras plantas através do labelo, que é uma pétala central diferente e maior do que as
laterais, com uma forma, cor e desenhos característicos e, além disso, a presença da
coluna ou ginostêmio, uma espécie de coluna arqueada, onde se encontram agrupados
os órgãos reprodutores – masculino e feminino – da planta. A orquídea pode ser
considerada uma flor completa devido à presença de cálice, corola, androceu e gineceu.
A sua flor típica é trímera, já que possui três sépalas, uma dorsal e duas laterais, e três
pétalas, sendo duas de formato igual e uma terceira completamente modificada, tanto no
tamanho quanto na forma e na sua estrutura, chamada de labelo, já citada anteriormente.
É do labelo que sai o perfume destinado à atração dos polinizadores, servindo de
plataforma para pouso. Ele também é utilizado pelos taxonomistas para a possível
identificação da orquídea.
Figura 2: Estruturas florais.
Fonte: CULTIVO DE ORQUÍDEAS 2011.1 (desenho).
Quanto ao crescimento, as orquídeas podem ser classificadas em simpodiais, que
são plantas que crescem na horizontal, ou seja, o novo broto se desenvolve na frente do
bulbo adulto formando o rizoma e um novo pseudobulbo, em um crescimento contínuo,
e também monopodiais que são aquelas de crescimento vertical e estão dispostas
simetricamente no caule da planta.
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Figura 3: Crescimento simpodial e monopodial.
Fonte: BLANCO, C. Paixão por orquídeas. 2012.1 (desenho color).
A maioria dessas orquídeas se forma na base das folhas do pseudobulbo, de onde
sairá a haste floral, uma estrutura especializada, como uma folha, chamada bainha, cuja
função é proteger as gemas e as partes novas da planta. Uma das características da
Cattleya Lindl. (1821) é a formação de uma estrutura denominada espata, também
conhecida como bráctea, que tem a função de proteger o botão floral.
Figura 4: Órgãos vegetativo e reprodutivo.
.
Fonte: CULTIVO DE ORQUÍDEAS. 2011.1 (desenho).
No caso das epífitas, os troncos onde são fixadas devem ser de madeira resistente
e de preferência com casca firme e rugosa; dessa forma, as plantas dificilmente sofrerão
por umidade excessiva. Apesar de viverem grudadas em tronco de árvores, essas plantas
não são parasitas, pois elas vegetam sobre árvores, usando-as somente como suporte.
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A primeira flor de Oncidium Sw. (1800) foi catalogada por Olof Swartz em 1800.
"A origem do nome é grega – onkídium – e pode ter dois significados: o formato de seta
das flores ou uma protuberância que apresentam no labelo" (RAPOSO, 2009). Apesar
da discordância entre a maior parte dos etimólogos, a segunda hipótese é a mais aceita,
visto que em algumas espécies não é possível observar a seta. O gênero Oncidium Sw.
(1800) é caracterizado pela presença de pseudobulbos uni ou bifoliados, com um internó
que sustenta uma dística bainha em forma de folha. A inflorescência é produzida nas
axilas dessa bainha ou na base do pseudobulbo. Uma característica marcante desse
gênero é a floração abundante onde cada inflorescência pode trazer uma ou mais de cem
flores, que na maior parte são amarelas, mas também é possível encontrar tons de
vermelho, branco e marrom. O tempo de floração dura em média 30 dias. Assim como a
maioria das orquídeas, elas precisam de muito vento, já que são suscetíveis a ácaros,
pulgões e cochonilhas. O clima ao qual ocorre uma melhor adaptação da Oncidium Sw.
(1800) é o da América Tropical, temperaturas entre 27° C e 30° C durante o dia e entre
13° C e 15° C à noite. A faixa entre 35° C e 45° C também é tolerável, contanto que a
umidade e a ventilação, especialmente nas raízes, sejam aumentadas, o que explica a
perfeita adaptação ao clima do Rio de Janeiro, sendo mais específico, às árvores de
Ipanema, onde a umidade e a ventilação estão aumentadas devido à proximidade com o
mar.
A Cattleya labiata Lindl. (1821) chegou à Europa por meio de caçadores de
orquídeas em 1818, sendo cuidada por dois anos até florescer pelo inglês e doutor em
botânica John Lindley, considerado hoje como o pai da orquidofilia. Suas flores são
compostas por pétalas e sépalas de cores brancas até tons de roxo, possuindo a parte
interna do labelo manchada. O labelo das orquídeas só passou a ser chamado assim
depois da descoberta da Cattleya labiata Lindl.(1821). "Antes da labiata ser descoberta,
o labelo das orquídeas era chamado apenas de pétala modificada" (BOHNKE, 2013,
p.18). Suas flores ocorrem no outono, o que ajudou a tornar essas orquídeas as mais
utilizadas em hibridação, duram duas semanas ou mais e geralmente se encontram
reunidas no alto de uma haste de até 14 cm de comprimento. Costumam apresentar três
a cinco flores por haste. "As flores da Cattleya labiata Lindl. (1821) são grandes,
medem entre 12 cm e 18 cm, e exalam um perfume muito agradável principalmente pela
manhã. Para se ter uma ideia da fragrância da florada, ela é comparada à do famoso
perfume Chanel n.º 5" (BASTOS, 2013, p.17).
62
Originária do continente asiático, a Phalaenopsis amabilis (L.)Blume foi descrita
em 1825 pelo botânico holandês C. L. Blume. Phalaena (mariposa) enquanto opsis
(aparência de) se referindo à forma chamada por muitos de borboleta. Ela possui ótima
durabilidade e uma floração prolongada, permanecendo a flor aberta por até três meses,
possui folhagem suculenta e crescimento monopodial. Essa orquídea aprecia clima
quente, meia-sombra e alta umidade do ar, adaptando-se bem, portanto, ao clima do Rio
de Janeiro.
Quanto ao projeto, no início se tratava de uma Associação de Amigos da rua
Garcia d'Ávila, criada pelo joalheiro Antônio Bernardo, depois foi batizado em 2006
como Quadrilátero do Charme, abrangendo as ruas Vieira Souto, Joana Angélica, Maria
Quitéria, Garcia d'Ávila, Anibal de Mendonça e Epitácio Pessoa, no total de 22
quarteirões onde se concentram hotéis, restaurantes, lojas de grife, livrarias, galerias de
arte, cabeleireiros, joalherias, comércio chique do bairro e cursos de idiomas. É
considerado oficialmente pela Prefeitura do Rio de Janeiro como um dos 20 polos do
Rio que hoje é composto por cerca de 70 empresas.
O momento mais crítico antes do projeto ser implantado foi em 2007, quando
ocorria roubos e assassinatos até mesmo em Ipanema; sendo assim imagem da região
precisava mudar. Visto isso, os moradores foram convidados a plantar orquídeas, se
envolvendo então no projeto paisagístico, cuja ajuda deles acabou se tornando
fundamental, e as orquídeas acabaram por cair no gosto da população.
No início do projeto, eram 350 troncos, que receberam 6 mudas de orquídeas
cada, sendo duas de cada espécie. Foram amarradas 2.100 orquídeas na primavera de
2007 em um domingo, 23 de setembro. Foram utilizadas bolsas de juta e potes cortados
pela metade a fim de fixar as orquídeas nos troncos. Segundo registro da Associação
Comercial responsável pela implementação do projeto, mais da metade desapareceu, já
que vários quarteirões foram praticamente "depenados".
A maioria das orquídeas plantadas na orla não resistiu, provavelmente devido à
maresia e à falta de ações socioeducativas mais intensivas, visto que placas com
informações não foram mais encontradas. Atualmente, foi possível observar um
reestabelecimento do quantitativo de Orquídeas no Quadrilátero do Charme,
verificando-se um movimento ascendente de expansão dos espaços ocupados por este
tipo de paisagismo proveniente da adesão dos moradores. Tal informação pode ser
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comprovada segundo estatísticas obtidas em pesquisa de campo relatada nos gráficos
abaixo:
Figura 5: Descreve os dados coletados na rua Joana Angélica.
Figura 6: Descreve os dados coletados na Rua Maria Quitéria.
Figura 7: Descreve os dados coletados na rua Garcia d’ Ávila.
Dados Coletados Rua Joana Angélica
Phalaenopsis amabilis: 114
Cattleya labiata: 26
Oncidium micropogum: 36
Árvores com orquídeas: 48
Árvores sem orquídeas: 41
Total de mudas: 176
Total de árvores: 89
Outras orquídeas: 0
Dados Coletados Rua Maria Quitéria
Phalaenopsis amabilis: 60 Cattleya labiata: 15 Oncidium micropogum: 14 Árvores com orquídeas: 33 Árvores sem orquídeas: 29 Total de mudas: 89 + 7* = 96 Total de árvores: 62
Outras orquídeas: 6* (Dendrobium) + 1*
(Oncidium equitante)= 7*
Dados Coletados Rua Garcia d’Ávila
Phalaenopsis amabilis: 98
Cattleya labiata: 29
Oncidium micropogum: 35
Árvores com orquídeas: 48
Árvores sem orquídeas: 34
Total de mudas: 162 + 40* = 202
Total de árvores: 82
Outras orquídeas: 40* (Dendrobium)
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Figura 8: Descreve os dados coletados na rua Anibal de Mendonça.
Figura 9: Descreve os dados coletados na Av.Vieira Souto.
Figura 10: Descreve os dados coletados na Av. Epitácio Pessoa.
Dados Coletados Rua Anibal de
Mendonça
Phalaenopsis amabilis: 121
Cattleya labiata: 59
Oncidium micropogum: 59
Árvores com orquídeas: 49
Árvores sem orquídeas: 30
Total de mudas: 239 + 2* = 241
Total de árvores: 79
Outras orquídeas: 2* (Dendrobium)
Dados Coletados Av. Vieira Souto
Phalaenopsis amabilis: 43
Cattleya labiata: 28
Oncidium micropogum: 2
Árvores com orquídeas: 26
Árvores sem orquídeas: ≅ 109
Total de mudas: 73 + 4* = 77
Total de árvores: ≅ 135
Outras orquídeas: 4* (Dendrobium)
Dados Coletados Av. Epitácio Pessoa
Phalaenopsis amabilis: 111
Cattleya labiata: 20
Oncidium micropogum: 46
Árvores com orquídeas: 25
Árvores sem orquídeas: ≅ 218
Total de mudas: 177 + 19* = 196
Total de árvores: ≅ 243
Outras orquídeas: 19* (Dendrobium)
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Tabela 1: Tabela comparativa de orquídeas por ruas do Quadrilátero do Charme de Ipanema.
QUADRO COMPARATIVO DE ORQUÍDEAS POR RUAS DO QUADRILÁTERO DO CHARME
Rua Joana Angélica
Rua Maria Quitéria
Rua Garcia de Ávila Rua Anibal de
Mendonça Av. Vieira
Souto Av. Epitácio
Pessoa Resul-tado
Phalaenopsis amabilis:
114 60 98 121 43 111 547
Cattleya labiata: 26 15 29 59 28 20 177
Oncidium micropogum:
36 14 35 59 2 46 192
Árvores com orquídeas:
48 33 48 49 26 25 229
Árvores sem orquídeas:
41 29 34 30 ≅ 109 ≅ 218 ≅ 461
Total de mudas: 176 89 + 7* = 96 162 + 40* = 202 239 + 2* = 241 73 + 4* = 77 177 + 19* = 196 988
Total de árvores: 89 62 82 79 ≅ 135 ≅ 243 ≅ 690
Outras orquídeas: 0 6* (Dendrobium) + 1* (Oncidium equitante)= 7*
40* (Dendrobium) 2* (Dendrobium) 4*
(Dendrobium) 19*
(Dendrobium) 72
Legenda: (*) Número correspondente a outros gêneros de orquídeas encontrados. / (≅) Faz referência a
um dado aproximado.
Tabela 2: Tabela comparativa por anos de 2007 e 2013.
Planilha comparativa anos de 2007 e 2013
Dados de 2007 Resultado Geral 2013
Phalaenopsis amabilis: 700 547
Cattleya labiata: 700 177
Oncidium micropogum: 700 192
Árvores com orquídeas: 350 229
Árvores sem orquídeas: não possuíam esse dado ≅ 461
Total de mudas: 2100 988
Total de árvores: não possuíam esse dado ≅ 690
Outras orquídeas: não foram incluídas no projeto 72
Legenda: (≅) Faz referência a um dado aproximado.
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Figura 11: Dados relacionados ao ano de 2007.
Figura 12: Dados obtidos no ano de 2013.
Discussão
As árvores existentes nas ruas que abrangem o Quadrilátero do Charme de
Ipanema estão sendo bem valorizadas através do paisagismo vertical com o uso de
orquídeas bem adaptadas aos fatores abióticos da região.
A maioria das orquídeas é tropical e, apesar de muitas serem de elevações
pequenas, a grande maioria cresce em maiores altitudes. A teoria mais aceita para o
surgimento e evolução das orquídeas apresenta a abelha como personagem central e
''dispersora de sementes''. No ano 2000, na República Dominicana, foi encontrado um
fóssil de abelha que indica que as orquídeas teriam coexistido com os dinossauros.
Junto do animal, foi encontrado um polinário – pólen aglutinado –, que é a maneira
como as orquídeas até hoje dispersam seu pólen. Ambos estão preservados em âmbar e
datam do Mioceno (20-15 milhões de anos). A abelha pertence à extinta espécie
Proplebeia dominicana (WILLE & CHANDLER, 1964). Através do polinário, a
espécie de orquídea foi descrita como Meliorchis caribea L., pertencente a um subgrupo
que apresenta ainda representantes vivos na flora atual.
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Em termos históricos, o filósofo chinês Confúcio destacava as propriedades do
perfume destas plantas, ao qual atribuía o caráter Lán, que significa amor, beleza,
delicadeza, elegância e pureza. Sobre isso, Chen e Luo (2008) afirmam:
A China tem longa história na apreciação destas flores. Orquídeas são citadas
pela literatura antiga e retratadas pela arte chinesa desde o décimo século
antes de Cristo, pinturas do começo de dinastia Song, entre 960 e 1127
chegaram até os nossos dias (CHEN & LUO, 2008).
Na Europa existem registros de Theophrastus de Lesbos. "Em seu trabalho
Historia Plantarum, volume 9, descreve uma planta com dois pequenos tubérculos
subterrâneos aos quais chama orchis, que corresponde à palavra testículos"
(THEOPHRASTUS, 1988).
Na América, entre as sociedades indígenas a presença das orquídeas é identificada
através de informações dadas pelos espanhóis. Por exemplo, "antes dos espanhóis
conquistarem o México a fruta de Tlilxochitl, uma espécie de Vanilla sp. Lindl. (1835),
era a mais estimada dentre as especiarias astecas" (OSSENBACH, 2005, p.183). O
estudo a respeito da flora da América do Sul comunicava que ela era utilizada como
perfume, especiaria e como uma poção para se ter boa saúde. Os maias também a
usavam. "Os astecas utilizavam também algumas espécies de orquídeas para fabricação
de cola" (HERNÁNDEZ, 1959).
Uma curiosidade histórica também ajudou a aumentar o prestígio das orquídeas,
pois nenhum botânico conseguia semear as plantas até o século 19, o que tornava único
cada exemplar extraído da natureza. "Na época as orquídeas só podiam ser
multiplicadas por divisão de touceira. Por isso ter uma orquídea em casa era difícil e
caro, um verdadeiro símbolo de status. Quanto mais orquídeas se tinha e quanto mais
bonitas elas fossem, mais prestígio a pessoa exercia" (BOHNKE, 2013, p.7, p.8).
O aperfeiçoamento do microscópio e a fundação da Royal Horticultural Society,
em 1804, estimularam muitos estabelecimentos comerciais europeus a patrocinar
expedições botânicas por países tropicais com o propósito de coletar plantas ainda
desconhecidas, de preferência orquídeas, pois valiam mais. "A rivalidade entre essas
firmas era tanta que, após recolherem da natureza quantas orquídeas pudessem levar, os
desbravadores destruíam os exemplares restantes para preservar a raridade da espécie"
(BOHNKE, 2013, p.8). Logo após o desembarque das plantas na Europa, era realizado
o leilão das plantas roubadas, entusiasmando nobres e aristocratas, mas como não
sabiam cuidar muito bem das plantas, a grande maioria morria em pouco tempo por
68
culpa também dos caçadores de orquídeas que, a fim de despistar a concorrência,
acabavam por mentir a respeito do local da coleta, dando assim pistas incorretas sobre a
maneira de manter as espécies.
As orquídeas só se tornaram populares na Europa no final do século 19 e início do
século 20, quando os botânicos descobriram como semeá-las e obtiveram sucesso em
técnicas de hibridação. Com isso as publicações sobre o assunto se tornaram mais
frequentes, dando início a exposição em eventos. Foi publicado no Japão, em 1728, o
primeiro livro sobre orquídeas: Igansai-ranpin. Depois da publicação de Species
Plantarum (LINNAEI, 1753), os registros sobre orquídeas começaram a ficar cada vez
mais frequentes.
Em 1735, o botânico sueco Carl Von Liné (LINNAEUS) deu origem à primeira
classificação coerente das plantas, que seria o nome genérico seguido do nome
específico, e as linhas de desenvolvimento dos seres vivos, além das leis da evolução.
No seu trabalho chamado Genera Plantarum, ele usou a palavra "Orchidaceae", que
seria uma derivação de "Orkhis", denominando assim toda a família das orquídeas. Suas
obras acabaram por abrir caminho para os estudos de Darwin, sendo que em 1763 fui
publicado um novo tratado com centenas de espécies diferentes onde as classificou
todas como Epidendrum sp. L..
"Em 1818 chegaram os primeiros exemplares de Cattleya labiata Lindl. (1821)
provenientes do Brasil, causando grande sensação e reforçando ainda mais o interesse
pelas espécies tropicais destas plantas" (WILLIANS & KRAMER, 1980).
Em 1830, um botânico e taxonomista chamado John Lindley realizou a primeira
classificação das orquídeas. Seus trabalhos sobre orquídeas lhe renderam fama como "O
gênero e espécies das plantas orquidáceas". Ele deixou um livro inacabado, mas que
mesmo assim é considerado um clássico da botânica, sendo ele Folia Orchidacea. Em
1862, Darwin publicou The Various Contrivances by Which Orchids are fertilized by
Insects. Essa foi a primeira contribuição vital para a compreensão e estudo das
estratégias utilizadas na disseminação das espécies. Já em 1887, Lewis Castle publicou
o livro Orquídeas: sua estrutura, história e cultura.
No Brasil, que foi amplamente explorado pelas expedições botânicas europeias,
foi apenas no final do século 20 que as orquídeas começaram a ficar populares, nos anos
de 1990, após a estabilização da moeda."O Brasil é um dos países mais ricos em
orquídeas, comparável somente com a Colômbia e Equador. Estudos recentes registram
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cerca de duas mil e trezentas espécies para o território brasileiro. Existem no Brasil mais
de 2.500 espécies catalogadas" (GOMES, 2012, p.12).
O volume III de Flora Brasiliensis, publicado em 1906, foi a primeira grande
obra dedicada exclusivamente às orquídeas brasileiras, incluindo a descrição de plantas
e apresentação de desenhos por Von Martius. Barbosa Rodrigues, além de ter sido um
importante botânico e diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, deixou um legado
com muitas obras científicas, além das aquarelas e desenhos mostrando seu senso
artístico. Muitos estudiosos brasileiros e estrangeiros também deram sua contribuição
para o conhecimento das espécies brasileiras.
Encontrar orquídeas nas ruas da Zona Sul, além de tornar o ambiente agradável,
contribui para uma reflexão sobre a qualidade de vida, que é tão desejada pela
população. Natureza e crescimento urbano caminhando juntos. A mistura das espécies
possibilita a floração e um toque primaveril aos lugares em que houve aprovação do
projeto. Além da grande variedade de cores, o que também possibilita uma enorme
quantidade de combinações.
Foi possível encontrar algumas semelhanças na metodologia aplicada na
implementação do projeto Quadrilátero do Charme com o trabalho de levantamento
Florístico da Praça Coronel Moura em Botucatu, SP, realizado por Fabio Fernandes
Roxo; Luiz Roberto Hernandes Bicudo e Renato Eugênio da Silva Diniz (2009), já que
verificou-se a preocupação com o ambiente, com a flora e o interesse pela
conscientização das novas gerações, além do levantamento florístico.
O projeto do Quadrilátero do Charme, além de valorizar o plantio de orquídeas,
também oportunizou um levantamento das espécies que mais se adaptam ao meio
ambiente e à sua devida divulgação, promovendo uma conscientização ambiental.
O paisagismo vertical, modelo adotado pelo projeto, também leva em conta a
sustentabilidade, conforme artigo publicado por redação intitulado O paisagismo
sustentável aliado ao desenvolvimento urbano (2013), que une baixo custo de
manutenção, valorização estética, conscientização, adaptação à realidade do
crescimento populacional, que leva a um número maior de prédios, num movimento de
promoção da integração do meio e do homem com a natureza. Tal afirmativa é
ratificada no Projeto realizado em Botucatu, SP, onde o espaço da praça foi bem
aproveitado devido à arquitetura da cidade, e verifica-se também os mesmos moldes de
estudo e levantamento da flora e modificação da paisagem.
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O plantio de orquídeas nas árvores, dentro do Projeto do Quadrilátero do Charme,
foi decidido pela associação em 2006 como forma de embelezar o local; sem perceber
que estavam lançando uma moda que veio a se espalhar pelo bairro e outros lugares. Em
relação a isto, Bastos, 2013, p. 7, afirma que as orquídeas são as plantas mais
colecionadas do planeta. Muitos fatores contribuíram para que elas despertassem tanta
paixão. O primeiro, e mais visível, é a beleza de suas flores, encontradas nos mais
variados tamanhos, formatos e cores. O segundo é interessante: a família das orquídeas
é a única com espécies nativas dos cinco continentes, ou seja, é possível encontrar as
plantas em florestas úmidas e secas, cerrados, regiões litorâneas e até locais de altitudes
extremas, como os 4.600 m da Cordilheira dos Andes, na América do Sul.
Foram plantadas 2.100 mudas de orquídeas em 350 árvores da região de três
espécies diferentes, sendo duas da Mata Atlântica, que são Oncidium micropogon Rchb.
f. (1854) e Cattleya labiata Lindl. (1821), e uma estrangeira, asiática, mas que se
adaptou bem ao clima, a Phalaenopsis amabilis Lindl. (1838). Ambas florescem em
épocas diferentes. Foram utilizadas aproximadamente 700 mudas de cada espécie,
distribuídas de forma que cada uma das 350 árvores recebeu seis plantas, duas de cada
espécie.
Inicialmente, o projeto alcançou uma divulgação positiva, fazendo com que,
posteriormente, os próprios moradores e comerciantes da região passassem a colocar
mais orquídeas nas árvores. Dessa forma, houve continuidade nesta iniciativa tão bonita
de plantar orquídeas nas árvores.
Ao longo do processo de implementação do projeto Quadrilátero do Charme,
baixas foram verificadas através do roubo e da morte de muitas plantas, entretanto
muitas sobreviveram e permanecem embelezando a região.
Com Cerca de 600 espécies distribuídas pelas Américas Central e Tropical, o
gênero Oncidium já foi considerado um dos maiores da família das
orquidáceas. Entretanto, há algum tempo, estudiosos têm elevado algumas
espécies à situação de gênero, diminuindo, consideravelmente, a família
(LUCCHESI, 2006, p.19).
Refletindo acerca das inúmeras espécies de orquídeas de diversos ecossistemas, é
possível afirmar que estas nos dão oportunidade de criar várias combinações. A
Phalaenopsis amabilis Lindl. (1838) é um ótimo exemplo de adaptação ao clima do Rio
de Janeiro e de gênero, cujos seus híbridos, grandes responsáveis pela abundância de
cores, formas e tamanhos das flores, são amplamente utilizados em cruzamentos
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encontrados nos mercados ou em coleções, sendo considerada uma das orquídeas mais
populares como afirma Bastos (2013, p.14). "A Cattleya labiata Lindl. (1821) é nativa
do Nordeste brasileiro e foi considerada pelos franceses a orquídea mais bonita da
Natureza. Melhor, seu cultivo é muito fácil".
O paisagismo vertical é o que melhor atende as necessidades de uma cidade
grande onde cada espaço é disputado pela população. Reis, Algayer e Taglietti (2013)
explicam isso:
Aqui no Brasil, já na década de 70, o renomado paisagista Roberto Burle
Marx desenvolveu projetos paisagísticos incluindo jardins verticais e paredes
verdes (em pouca escala). Os mais conhecidos foram desenvolvidos para a
Xerox do Brasil e para o Parque Central, em Caracas na Venezuela. Usando
bromélias, orquídeas e outras epífitas, Burle Marx construía lindas esculturas
e paisagens verticais. Projetos fundamentais na constituição e consolidação
da arquitetura moderna no Brasil (REIS; ALGAYER; TAGLIETTI, 2013).
Outro profissional bastante conhecido mundialmente no trabalho com paisagismo
vertical é o botânico francês Patrick Blanc, que iniciou seus trabalhos a partir da
observação da flora na natureza constatando a maneira como a vegetação desenvolve-se
em encostas rochosas, despenhadeiros e no alto das árvores.
Seja em uma cidade grande, onde cada área é disputada, ou em uma cidade do
interior com mais espaço, a preocupação com o paisagismo leva à reflexão de que há
sempre uma maneira de integrar o paisagismo ao ambiente, de maneira a aumentar a
qualidade de vida, com uma manutenção de baixo custo, além de promover
conscientização e educação ambiental. O uso de orquídeas no paisagismo vertical
valoriza a flora sem que para isto se modifique a arquitetura das cidades. Por meio do
projeto, verificou-se que crescimento urbano e paisagismo vertical podem coexistir
promovendo um equilíbrio ambiental nas cidades.
Conclusão
É fundamental que se invista cada vez mais em medidas socioeducativas,
permitindo também que a população se aproprie de novos conhecimentos científicos.
Esse investimento deve ter como uma de suas premissas interferir no cotidiano
rompendo os inúmeros preconceitos existentes, como o pensamento de que flores são
apreciadas apenas por mulheres. Somente através de rupturas nessa "muralha" de
preconceitos será possível construir uma sociedade comprometida com um futuro
melhor para todos, principalmente nas questões ambientais.
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Tendo em vista os fatos mencionados ao longo desse trabalho, se faz
importante uma tomada de consciência no que diz respeito ao caminho a ser percorrido
para garantir que o verde faça parte de nossas vidas, hoje e nas gerações futuras. Para
que a população se sinta confiante e integrada ao projeto, é importante que sejam
despertados, cúmplices entre si. Para tal se faz necessário que sejam implementadas
novas ações de medidas socioeducativas e de incentivo à população, chamando-a para
auxiliar na preservação dessas orquídeas e para o plantio de novas mudas.
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orquídeas apresentam as mais belas flores da natureza. Conheça sua história e saiba por
que elas são consideradas símbolos de status. Orquídeas da Natureza. São Paulo, SP.
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