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EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR ORIENTAÇÕES GERAIS PARA AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS REFORMA CURRICULAR

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EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR

ORIENTAÇÕES GERAIS PARA AVALIAÇÃO

DAS APRENDIZAGENS

REFORMA CURRICULAR

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Ficha Técnica

TíTulo

Orientações Gerais para Avaliação das Aprendizagens

Educação Pré-Escolar

cooRDEnaDoRa

Ana Bela da Cunha Baptista

auToRES

Simão Agostinho

Manuel Afonso

José Kiala Nfuanfuka

Marcolina Graça Viegas

EDiToRa

Editora Moderna, S.A.

PRé-imPRESSão, imPRESSão E acabamEnTo

GestGráfica, S.A.

ano / EDição / TiRagEm / n.º DE ExEmPlaRES

2015 / 1.ª Edição / 1.ª Tiragem / 2.000 Ex.

E-mail: [email protected]

© 2015 EDiToRa moDERnaReservados todos os direitos. É proibida a reprodução desta obra por qualquer meio (fotocópia, offset, fotografia, etc.) sem o consentimento escrito da editora, abrangendo esta proibição o texto, as ilustrações e o arranjo gráfico. A violação destas regras será passível de procedimento judicial, de acordo com o estipulado no código dos direitos de autor.

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ínDicE

Introdução

Conceito de Avaliação

Objectivos da Avaliação

Tipos de Avaliação

Domínios da Avaliação

Técnicas e Formas de Avaliação

Análise dos Resultados das Aprendizagens

Condições de Transição

Bibliografia

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A Educação Pré-Escolar é um subsistema do ensino que ajuda na preparação da criança para a sua entrada na escola e cria as bases para o seu desenvolvimento harmonioso. Investigações apontam para o facto de que uma Educação Pré-escolar de qualidade tem um impacto duradouro no precurso da vida da criança, permitindo que esta obtenha melhores resultados escolares.

A Pedagogia moderna mostra que é nos primeiros anos de idade que a criança tem maior capacidade de aprendizagem e que é nesta fase de vida que se devem realizar acções de desenvolvimento afectivo-social, cognitivo-intelectual e psicomotor, com vista à sua integração na sociedade.

A Educação Pré-Escolar é considerada sob os mesmos critérios que regulamentam o funcionamento da actividade escolar; a mesma deverá promover na criança a auto-estima e a auto-confiança.

inTRoDução

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O r i e n ta ç õ e s G e r a i s pa r a ava l i a ç ã O d a s a p r e n d i z a G e n s6

O processo de ensino-aprendizagem não ficaria completo se em todo o processo de planificação e de realização das tarefas não existisse uma avaliação sistemática e contínua do desempenho do aluno, bem como do professor ou educador. Ela constitui um valioso recurso para perceber os outros, a nós mesmos, a nossa forma de actuar e reformular a nossa acção educativa, contribuindo decisivamente para o desenvolvimento integral da criança .

Avaliar é, portanto, acompanhar o desenvolvimento do acto educativo com um conjunto de actividades contínuas, com vista a apreciar a adequação dos diversos momentos do processo de ensino - aprendizagem e do nível atingido pelos alunos nos diversos objectivos traçados.

concEiTo DE aValiação

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ENSINO PRÉ-ESCOLAR 7

Com a avaliação do rendimento escolar dos alunos, pretende-se alcançar os seguintes objectivos:

• Verificar os níveis de aprendizagem do aluno no início, durante e no final do processo de ensino-aprendizagem;

• Assegurar a todo o momento a adequação do processo do ensino-aprendizagem à realidade do aluno;

• Verificar os progressos e as dificuldades do aluno, e respectivas causas;

• Saber se as actividades educativas estimularam o desenvolvimento de todos alunos e se alargaram os seus interesses, curiosidade, e desejos de aprender.

0bJEcTiVoS Da aValiação

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O r i e n ta ç õ e s G e r a i s pa r a ava l i a ç ã O d a s a p r e n d i z a G e n s8

Existem três tipos de avaliação:

• Avaliação Diagnóstica;

• Avaliação Formativa;

• Avaliação Sumativa.

AVALIAÇÃO DIAGNóSTICA

A partir de cada momento do ensino-aprendizagem importa verificar primeiro os níveis de aprendizagem dos alunos, de modo a tomar estes níveis como referência para a administração de nova aula.

Para o Pré-Escolar, é importante verificar as características sócio-linguísticas e culturais, os conhecimentos e as capacidades que cada aluno traz consigo.

AVALIAÇÃO fORmATIVA

É uma avaliação contínua e sistemática, fazendo-se ao longo do processo de ensino-aprendizagem, que permite identificar problemas ou desfasamentos, tanto do aluno como do professor/educador e deve permitir a auto-avaliação deste, de forma a que se introduzam reajustes e se adoptem novas metodologias de apoio, sempre que necessárias.

A avaliação formativa não se destina à classificar o aluno, por isso os dados colhidos por ela nunca são expressos numericamente.

O professor/educador é livre em fazer as suas anotações da forma que achar mais funcional e deverá registá-las em fichas adequadas.

TiPoS DE aValiação

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ENSINO PRÉ-ESCOLAR 9

AVALIAÇÃO SUmATIVA

Serve para controlar e medir o que o aluno aprendeu até um dado momento. Mas para a Educação Pré-Escolar, este tipo de avaliação não tem muita importância. Pois o melhor meio para orientar, acompanhar e avaliar a criança é a observação, porque permite:

• Descobrir os interesses e necessidades de cada criança;

• Compreender o comportamento da criança;

• Constatar a evolução das aquisições feitas pela criança;

• Ajustar a actuação pedagógica em função das necessidades da vivência da criança.

Alguns exemplos do que podemos observar e registar:

• Relação da criança com os outros;

• Autonomia;

• Motricidade;

• Linguagem e desenvolvimento intelectual;

• Saúde geral e outros.

As crianças com deficiências auditivas, visuais, perturbações da fala, da linguagem, incapacidade mental ligeira, incapacidades físicas e outras, deverão ser encaminhadas para centros hospitalares para o atendimento desses casos e\ou encaminhadas para centros escolares de crianças com necessidades especiais, se existirem no local.

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O r i e n ta ç õ e s G e r a i s pa r a ava l i a ç ã O d a s a p r e n d i z a G e n s10

O processo de ensino-aprendizagem em qualquer área, desenvolve-se em três partes: a planificação, a execução e a avaliação; mas, no decurso do seu desenvolvimento, interpenetram-se e cada uma delas pode influir nos domínios afectivo-social, cognitivo- intelectual e psicomotor, modificando-os. Na avaliação do rendimento das crianças consideram-se os seguintes domínios:

O DOmíNIO AfECTIVO-SOCIAL

Compreende o desenvolvimento das aptidões sociais, dos valores morais e cívicos, das emoções, dos sentimentos, da auto - segurança e auto-confiança.

A criança aprende, através das atitudes e práticas dos pais, dos professores educadores e da comunidade, a manifestar os seus sentimentos, controlar as suas emoções e gradualmente integra-se na sociedade. Para isso, precisa de ser respeitada na sua individualidade e na sua sensibilidade. Os primeiros anos da infância são fundamentais para um desenvolvimento afectivo e social equilibrados.

O DOmíNIO COGNITIVO-INTELECTUAL

É o desenvolvimento dos processos do raciocínio e do pensamento. Compreende o conhecimento, o reconhecimento, os conceitos de desenvolvimento, a organização e a associação de ideias, a memória, a resolução de problemas, a classificação, o relacionamento das relações de causa e efeito, as regras de desenvolvimento, as generalizações e a influência na linguagem.

A criança só adquirirá aptidões cognitivas através de um ambiente enriquecido da aprendizagem das suas aptidões e de conteúdos que ponham a tónica no aspecto cognitivo.

DomínioS Da aValiação

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ENSINO PRÉ-ESCOLAR 11

O DOmíNIO PSICOmOTOR

O desenvolvimento físico consiste no desenvolvimento das partes principais do corpo, nomeadamente a cabeça, os ombros, os braços, o abdómen, as pernas e os pés da criança. Tendo em conta que o desenvolvimento motor está altamente influenciado pela maturação biológica, são necessários exercícios e práticas para promover o pleno desenvolvimento do potencial da criança.

Pela acção, a criança assimila e pensa. Ela possui e utiliza o seu próprio corpo e é através deste e pela sua acção que a criança desenvolve a sua estrutura corporal, intelectual, afectiva e social.

As actividades motoras são a fonte de todo o conhecimento: o conhecimento de si próprio, o conhecimento do mundo, dos objectos e o conhecimento do mundo dos outros. Por isso, toda a sua acção pedagógica deve ser desenvolvida, partindo das necessidades da criança (jogar, imitar, falar, explorar, observar, experimentar, etc.) respeitando a sua evolução física e psíquica.

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O r i e n ta ç õ e s G e r a i s pa r a ava l i a ç ã O d a s a p r e n d i z a G e n s12

Para que a avaliação possa desempenhar as suas funções, há necessidade de utilizar as seguintes técnicas e formas: observação, dramatização, visitas de observação, trabalho em grupo, fichas, jogos, desenhos, pintura, picotagem, construção, dança, canto, modelagem, aplicação, e tantas outras.

A principal dificuldade para avaliar deve-se sobretudo ao número de crianças existentes em cada sala. Não é possível observá-las todas no mesmo espaço de tempo. Por isso o educador ou professor deverá desde o início do ano:

• Organizar e planificar possibilidades de observação;

• Registar o que as crianças fazem no recreio e nas actividades de

• pequenos grupos ou grupos restritos;

• Analisar os registos das aprendizagens;

• Fazer regularmente o ponto da situação para saber se tem registos de todas as crianças;

• Ser prudente na transmissão das informações recolhidas;

• Criar e organizar pastas dos trabalhos das crianças.

TécnicaS E FoRmaS DE aValiação

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ENSINO PRÉ-ESCOLAR 13

Para a análise dos resultados expressos nas fichas de avaliação individual das crianças dos 3, 4 e 5 anos em anexo, devemos ter em conta a diferenciação necessária de acordo com os níveis etários e de desenvolvimento das crianças, tendo presente as seguintes questões para a reflexão conjunta:

• No início do ano lectivo anterior, quantas crianças estavam aquém, ou além, do nível esperado do desenvolvimento próprio da sua idade?

• Ao longo do ano lectivo, quantas crianças, com desenvolvimento deficitário progrediram para níveis satisfatórios, considerando a sua idade?

• Quantas crianças com 5 anos, ou mais, terminaram o ano lectivo efectivamente preparadas para iniciar a escolaridade formal, tendo em conta os seguintes aspectos:

- domínio da linguagem oral;

- domínio de noções matemáticas;

- domínio do espaço e do material;

- relacionamento com os outros, individualmente e em grupo;

- capacidade de iniciativa e autoconfiança;

O importante é que, o educador/professor tenha um melhor e maior conhecimento da criança (interesses e necessidades); tome as decisões acertadas e adequadas para cada criança; modifique os procedimentos metodológicos (estratégias) quando necessário; continue o processo de observação objectiva que favoreça a evolução integral da criança.

anÁliSE DoS RESulTaDoSDaS aPREnDiZagEnS

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O r i e n ta ç õ e s G e r a i s pa r a ava l i a ç ã O d a s a p r e n d i z a G e n s14

A educação Pré-Escolar visa apenas oferecer um meio mais socializado e enriquecido para a preparação da criança para a escolaridade obrigatória. Por isso não pode haver reprovação.

A criança da classe de iniciação no final do ano lectivo transita automaticamente para a 1ª classe.

conDiçÕES DE TRanSição

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ENSINO PRÉ-ESCOLAR 15

• FORMOSINHO, J., A Batalha da Educação Pré-Escolar (flolheto), APEI, Lisboa.

• ME - Portugal, Avaliação Integrada das Escolas - Roteiro: Educação Pré- Escolar, Minerva do Comércio, Lisboa, 2000.

• ME - Portugal, Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, Editorial do Ministério da Educação, Lisboa, 1997.

• MEC, Projecto de Lei de Bases do Sistema da Educação, Angola.

• MEC, Estratégia Integrada para a Melhoria do Sistema de Educação 2002-2015, Angola.

• MEC, Guia do Professor - Classe de Iniciação, Edições ASA, Portugal, 1983.

• MINARS, Manual de Currículo de Educação e Cuidados na Primeira Infância, Namibe Gráficos, Angola, 1992.

bibliogRaFia

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