oralidade e escrita - um continuum oficina de texto – 1/2012 professora dn. sabine mendes...

28
Oralidade e escrita Oralidade e escrita - um continuum - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes [email protected]

Upload: internet

Post on 17-Apr-2015

109 views

Category:

Documents


3 download

TRANSCRIPT

Page 1: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com

Oralidade e escritaOralidade e escrita- um continuum- um continuum

Oficina de texto – 1/2012Professora Dn. Sabine Mendes

[email protected]

Page 2: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com
Page 3: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com
Page 4: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com
Page 5: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com
Page 6: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com

“TOMATE VIROU PURÊ” (um indivíduo de apelido “Tomate” é morto

com quatro tiros) – NP, 19/07/91, p.6. “QUEIJO SUÍÇO” (um indivíduo é morto com trinta perfurações

de bala) – NP, 22/07/91, p.6. “FRETE PRO CÉU” (morte de um caminhoneiro) – NP, 22/07/91,

p.6. “CAIU DE MADURO” (um homem caiu de uma árvore e morreu) –

NP, 25/07/91, p.6. “PEDREIRO DEMOLIDO A TIROS” – NP,

06/07/91, p.6.

Page 7: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com
Page 8: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com
Page 9: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com
Page 10: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com
Page 11: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com

Sentidos implícitos e Sentidos implícitos e explícitosexplícitos

Em uma casa as 0:00 da noite um rato começa aatacar o queijo,de repente o dono da casa acordou ecomeçou a tentar matar o rato mas não conseguil. Na noite seguinte o rato voltou, mas ele tinha deixadoVárias ratueiras o rato já sabia disso, por isso ele fezoutra casa para ele do outro lado da parede. De novoele acordou o dono da casa e na noite seguinte elecolocou dos dois lados as ratueiras.Ele já sabia e fez outra casa no canto da parede e odono acordou de novo e na noite seguinte ele comprouum gato...

Page 12: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com

Textos orais e escritosTextos orais e escritos

Em uma casa as 0:00 da noite um rato começa aatacar o queijo,de repente o dono da casa acordou ecomeçou a tentar matar o rato mas não conseguil. Na noite seguinte o rato voltou, mas ele tinha deixadoVárias ratueiras o rato já sabia disso, por isso ele fezoutra casa para ele do outro lado da parede. De novoele acordou o dono da casa e na noite seguinte elecolocou dos dois lados as ratueiras.Ele já sabia e fez outra casa no canto da parede e odono acordou de novo e na noite seguinte ele comprouum gato...

Page 13: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com

Textos orais e escritosTextos orais e escritos

A bola furada – Teodoro Bava Moreira, 2° série, Colégio Madre Alix

Era uma vez um menino muito solitário,quieriaalguém para brincar de bola com outros amigospara brincar. Até que um dia ele encontrou dois amigos parabrincar então ele ofereceu a bola para oFrancisco e para o Ricardo então eles ficaramjogando folei com a bola jogaram, jogaram,jogaram e até que uma hora a bola história eos 3 amigos ficaram tristes.

Page 14: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com

Textos orais e escritosTextos orais e escritos

Do livro “Um cantinho só para mim” de Ruth Rocha.

E Pedro estava outra vez naquele lugarbonito e pensou numa cachoeira. E pensouque aquele era um lugar muito bom e queele queria ficar lá para sempre. Mas aí ele selembrou da sua mãe e deu uma saudade...Mas ele continuou a pensar...E era tão bompensar...”

Page 15: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com

Textos orais e escritosTextos orais e escritos

Lígia Bortolo Elias, 4° série, Escola Ativa.Férias em Cajuru!!!Em uma cidade chamada Cajuru perto deRiberão Preto eu tenho uma família a tia domeu pai mora lá, éla tem 6 filhos. 3 Delestem filhos da minha idade que brincamcomigo e com a minha irma a mais novachama Ana Maria.

Page 16: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com

Oralidade Oralidade versusversus Escrita (Koch) Escrita (Koch)

Fala Escrita

Contextualizada Descontextualizada

Implícita Explícita

Redundante Condensada

Não planejada Planejada

Modus pragmático Modus sintático

Fragmentada Não fragmentada

Incompleta Completa

Pouco elaborada Elaborada

Pouca densidade informacional Densidade informacional

Frases curtas, simples ou coordenadas

Frases complexas, subordinação abundante

Menor emprego de vozes passivas Maior emprego de vozes passivas

Poucas nominalizações Abundância de nominalizações

Menor densidade lexical Maior densidade lexical

Page 17: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com

Não-verbalNão-verbal

Page 18: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com
Page 19: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com

HipertextoHipertexto

Page 20: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com

Leitura e senso críticoLeitura e senso crítico

Munido de peneira, embaixador do Brasil tapao Sol (blog do Josias de Souza, Folha)

Há coisa de 15 dias, o jornal britânico TheGuardian publicou uma reportagem sobre ascondições de trabalho dos cortadores de cana noBrasil. Ao lado de uma notícia sobre a visita deBush a esta terra de palmeiras e sabiás, publicouse outra contando que o etanol brasileiro éproduzido por uma indústria que explora a mãode-obra de um exército de 200 mil migrantes. “Os escravos do etanol”, no dizer do jornal.

Page 21: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com

Leitura e senso críticoLeitura e senso crítico

Em visita a uma cidade de nome sugestivo,Palmares Paulista (SP), o Guardian viu a seguintepaisagem: “De um lado,densas plantações verdesde cana-de-açúcar que se estendem até onde osolhos podem ver; de outro, casebres tortos detijolo aparente amontoados, abrigando centenasde trabalhadores empobrecidos que arriscam suasvidas e seus membros para prover cana-de-açúcarpara as usinas locais.”

Page 22: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com

Leitura e senso críticoLeitura e senso crítico

Incomodado com a leitura, José MauricioBustani, embaixador do Brasil em Londres,enviou carta ao Guardian. Queixou-se dareportagem. Disse que os cortadores decana “são livres para ir e vir”. Reconheceuque trabalhou mais do que deveriam eganham menos do que mereciam. Massustentou que, sob Lula, o governo sairáem socorro deles.

Page 23: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com

Leitura e senso críticoLeitura e senso crítico

De resto, Bustani anotou em sua carta que asusinas de cana do Brasil “mantêm mais de 600escolas, 200 creches e 300 postos de saúde.” Ébom saber que um embaixador do Brasil estáempenhado em defender o seu país. Não raro,faz-se o oposto. Recomenda-se, porém, aBustani que se concentre nas causas em quehá um mínimo de glória. Sob pena de ver recairsobre si a máxima de Sir Henry Wotton: “Umembaixador é um homem virtuoso incumbido dementir no estrangeiro pelo bem do seu país.”

Page 24: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com

Leitura e senso críticoLeitura e senso crítico

[David][Cuiabá/MT/Brasil] Pois é... quem sabe o nobre repórter britânico gostaria de ver uma máquina cortando cana e essas centenas de pessoas à beira da estrada mendingando. Quanto ao trabalho escravo, existe, sim, porém o governo Lula vem reprimindo severamente. Só no ano passado, fiscais do trabalho "libertaram" cerca de 2.000 cortadores de cana em condições degradantes, multando os usineiros, obrigando pagamento de direitos trabalhistas e abrindo processos contra as destilarias. O governo está atuante nesta área, sim. O governo está abrindo concurso para contratação de mais fiscais do trabalho para ampliar o seu raio de ação. Agora, abuso contra os direitos humanos cometeram os ingleses na Índia. Os plantadores de algodão indianos trabalhavam em regime de semi-escravidão para abastecer a indústria inglesa, e ainda eram impedidos de consumir o sal que extraíam das minas de seu país (Índia). Macaco olhe seu rabo! 

Page 25: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com

Leitura e senso críticoLeitura e senso crítico

[Helder Generoso] [Melbourne - Australia] Ninguém disse que a culpa pela situação dos trabalhadores na colheita de cana é do Lula. Mas é ridículo o embaixador Bustani defender o indefensável. Essa gente ganha 2 reais por tonelada de cana cortada, como pode ser possível uma coisa dessas?Sugiro que o senhor Bustani troque por alguns dias o conforto da embaixada brasileira em Londres e vá ao interior de São Paulo para saber como vivem os seus compatriotas.

Page 26: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com

Leitura e senso críticoLeitura e senso crítico

SIMPLÍCIO SIMPLÓRIO] [João Pessoa - PARAÍBA] 18.03.07 - 20:10 Seria interessante saber do jornalista dono do blog se a responsabilidade pela situação dos trabalhadores no corte da cana é das usinas ou do governo. Penso que o nosso embaixador em Londres tentou maquiar a situação, mas a mídia deveria apontar não o seu suposto erro, mas um vergonhoso quadro de exploração medieval, onde empresários que ganham bilhões são incapazes de oferecer à mão de obra que os ajuda a faturar montanhas de reais condições mínimas de trabalho e um salário compatível com a rudeza do trabalho que executa. No caso em questão, a abordagem deveria mostrar o fastigio dos modernos senhores de usinas,que usam tecnologia de ponta para fabricar açúcar e álcool, e a miséria dos trabalhadores que laburam nos seus campos senhoriais,para mostrar que a modernidade, que deveria libertar o homem de condições primitivas de trabalho, ainda o mantém semi-escravo em pleno século XXI. 

Page 27: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com

Leitura e senso críticoLeitura e senso crítico

[Paulo Tadeu] [brasileiro estupefato] [Cotia - SP - Brasil] O jornal inglês tem razão em parte nas denúncias que faz. Ninguém atenta, porém, para um fato que vem se agravando a cada dia: os encargos sociais, que praticamente dobram o custo da mão de obra. Resultado: o trabalhador ganha pouco, a empresa pagam muito e esta diferença entre o pagar e o receber vai para um péssimo administrador, chamado governo. O INSS abocanha 20% e, fora bancar a própria máquina, inchada e deficiente, sustenta os que já se aposentaram, mas não consegue reaver o que foi desviado pelas jorginas da vida. O FGTS também some de vez em quando (que o diga o Collor). PIS, COFINS, Finsocial, 13º etc. são outras coisas que oneram, não as empresas, mas os trabalhadores. Tudo é repassado para eles, razão pela qual, ganham pouco e para o jornal, são como escravos. É O CUSTO BRASIL.

Page 28: Oralidade e escrita - um continuum Oficina de texto – 1/2012 Professora Dn. Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com

Leitura e senso críticoLeitura e senso crítico

SUSTENTAÇÃO REFUTAÇÃO NEGOCIAÇÃO