olimpismo coreano vol. xxii • n° 387 • montreal, 15 de...

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8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 10 PM 37 37 376-2652 Cont. na pág 8 Em Santa Cruz: Santo Cristo já mexe... • Reportagem de Anália Narciso, pág. 11 Assurances Gaudreau «A nova agência de seguros portuguesa • Leia entrevista de Norberto Aguiar, pág. 14 Vol. XXII • N° 387 • Montreal, 15 de fevereiro de 2018 ATENDIMENTO Missão de Santa Cruz em Montreal 9 de março (sexta-feira) das 4:00pm às 6:00pm 10 de março (sábado) das 10:00am à 1:00pm Agende a sua reunião através do telefone 416 260 2839 425 University Avenue, suite 100 Toronto, ON, M5G 1T6 | Tel: (001) 416 260 2839 Fax: (001) 416 260 1329 | E-mail:[email protected] Editorial Olimpismo coreano Por Carlos DE JESUS Quem, como eu, vai observan- do dum olhar distraído o desenrolar dos Jogos Olímpicos de inverno de Pyeong- Chang, na Coreia do Sul, não pode deixar de constatar como estes jogos são mais que um terreiro propício para os titânicos afrontamentos desportivos, mas também uma arena espetacular para as grandes ma- nobras da propaganda, da diplomacia e do confronto político. Já em 1936 os jogos de Berlim tinham servido para a habilidosa campanha de propaganda dos nazis. Em 1980, os ameri- canos resolveram boicotar os jogos de Moscovo e levar com eles mais de 50 paí- ses que se recusaram a enviar atletas à capi- tal da então União Soviética. Quatro anos mais tarde foi a vez do bloco soviético boicotar os jogos de verão de Los Ange- les, embora apenas 14 países se tenham alinhado com Moscovo, prenúncio da der- rocada que se avizinhava. Desta feita é a participação dos atletas da Coreia do Norte, lado a lado com os ir- mãos divididos do Sul que dá que falar. Quando o novo presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, tomou sobre si a deci- são de convidar o seu vizinho do Norte, Kim Jong-un, a enviar atletas para partici- parem nas olimpíadas deste ano, provavel- mente não esperava que a sua oferta fosse tão bem acolhida como foi. De tal modo que o Norte não só enviou uma substan- cial delegação de desportistas para integra- rem as equipas do Sul, mas também uma embaixatriz muito particular, na pessoa da irmã do próprio presidente, Kim Yo Jong, que muitos alcunham de “Ivanka FRANÇOIS LEGAULT RECEBIDO NO LUSOPRESSE... “MENOS IMPOSTOS E MAIS SERVIÇOS” Entrevista conduzida por Carlos DE JESUS, leia artigo na página 6 PARA OS ÓSCARES... DOIS LUSODESCENDENTES NOMEADOS T ORONTO, Ontário - A comemorar 30 anos de carreira o lusodescendente Luís Se- queira diz que a nomeação para o Óscar de Melhor Guarda-Roupa do filme ‘A Forma da Água’ realizado por Guillerme del Toro “é o momento mais alto” da sua carreira profissi- onal. “Dá-me um orgulho enorme ao saber que o meu trabalho é reconhecido desta forma, pois trabalho bastante em tudo o que me en- volvo. É fantástico ser nomeado”, afirmou à agência Lusa Luís Sequeira. Filho de emigrantes de Lisboa, o lusodes- cendente reconhece que este “é o ponto alto de 30 anos de carreira” e mostra-se com algu- mas expectativas de receber o galardão. “Inicialmente ingressei no mundo da mo- da. Com o passar do tempo, abri um estabele- cimento comercial com uma coleção de ho- mem e de mulher. Mas era uma vida muito sossegada, e queria ter algo com mais. Como tinha uns amigos que estavam a trabalhar num filme de (David) Cronenberg. Eles aconselha- ram-me a ingressar naquela área”, explicou. A carreira começou “numa posição baixa, de aprendizagem”, como assistente de guarda- roupa de Mean Girls (1994) e Cinderella Man (2005) mas desde o princípio “adorou” e nunca mais pensou em desistir. “Estive a fazer um filme chamado Mama (2013) com Andy Muschietti. A atriz Jessica Chastain em vez de ter uma madeixa ruiva tinha o cabelo preto. Ela desempenhava o papel de uma artista alternativa. Estava a fazer os últi- mos pontos a meio da prova quando abrimos a porta e estava lá o Guilherme del Toro. Ele viu-a com a madeixa, e com aquela roupa, e mostrou-se admirado”, contou. A partir dessa altura, o realizador Guilher- me del Toro requisitou os serviços do luso- Cont. na pág 13

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8042 boul. St-MichelSatellite - Écran géant - Événements sportifs

Ouvert de 6 AM à 10 PM

3737376-2652

Cont. na pág 8

Em Santa Cruz:Santo Cristo já mexe...• Reportagem de Anália Narciso, pág. 11

Assurances Gaudreau«A nova agênciade seguros portuguesa• Leia entrevista de Norberto Aguiar, pág. 14

Vol. XXII • N° 387 • Montreal, 15 de fevereiro de 2018

ATENDIMENTO

Missão de Santa Cruz

em Montreal

9 de março (sexta-feira)

das 4:00pm às 6:00pm

10 de março (sábado)

das 10:00am à 1:00pm

Agende a sua reunião através

do telefone 416 260 2839

425 University Avenue, suite 100

Toronto, ON, M5G 1T6 | Tel: (001) 416 260 2839

Fax: (001) 416 260 1329 | E-mail:[email protected]

Editorial

Olimpismo coreano• Por Carlos DE JESUS

Quem, como eu, vai observan-do dum olhar distraído o desenrolar dosJogos Olímpicos de inverno de Pyeong-Chang, na Coreia do Sul, não pode deixarde constatar como estes jogos são maisque um terreiro propício para os titânicosafrontamentos desportivos, mas tambémuma arena espetacular para as grandes ma-nobras da propaganda, da diplomacia edo confronto político.

Já em 1936 os jogos de Berlim tinhamservido para a habilidosa campanha depropaganda dos nazis. Em 1980, os ameri-canos resolveram boicotar os jogos deMoscovo e levar com eles mais de 50 paí-ses que se recusaram a enviar atletas à capi-tal da então União Soviética. Quatro anosmais tarde foi a vez do bloco soviéticoboicotar os jogos de verão de Los Ange-les, embora apenas 14 países se tenhamalinhado com Moscovo, prenúncio da der-rocada que se avizinhava.

Desta feita é a participação dos atletasda Coreia do Norte, lado a lado com os ir-mãos divididos do Sul que dá que falar.Quando o novo presidente da Coreia doSul, Moon Jae-in, tomou sobre si a deci-são de convidar o seu vizinho do Norte,Kim Jong-un, a enviar atletas para partici-parem nas olimpíadas deste ano, provavel-mente não esperava que a sua oferta fossetão bem acolhida como foi. De tal modoque o Norte não só enviou uma substan-cial delegação de desportistas para integra-rem as equipas do Sul, mas também umaembaixatriz muito particular, na pessoada irmã do próprio presidente, Kim YoJong, que muitos alcunham de “Ivanka

FRANÇOIS LEGAULT RECEBIDO NO LUSOPRESSE...

“MENOS IMPOSTOS E MAIS SERVIÇOS”• Entrevista conduzida por Carlos DE JESUS, leia artigo na página 6

PARA OS ÓSCARES...

DOIS LUSODESCENDENTES NOMEADOSTORONTO, Ontário - A comemorar

30 anos de carreira o lusodescendente Luís Se-queira diz que a nomeação para o Óscar deMelhor Guarda-Roupa do filme ‘A Forma daÁgua’ realizado por Guillerme del Toro “é omomento mais alto” da sua carreira profissi-onal.

“Dá-me um orgulho enorme ao saber queo meu trabalho é reconhecido desta forma,pois trabalho bastante em tudo o que me en-volvo. É fantástico ser nomeado”, afirmou àagência Lusa Luís Sequeira.

Filho de emigrantes de Lisboa, o lusodes-cendente reconhece que este “é o ponto altode 30 anos de carreira” e mostra-se com algu-mas expectativas de receber o galardão.

“Inicialmente ingressei no mundo da mo-da. Com o passar do tempo, abri um estabele-cimento comercial com uma coleção de ho-mem e de mulher. Mas era uma vida muito

sossegada, e queria ter algo com mais. Comotinha uns amigos que estavam a trabalhar numfilme de (David) Cronenberg. Eles aconselha-ram-me a ingressar naquela área”, explicou.

A carreira começou “numa posição baixa,de aprendizagem”, como assistente de guarda-roupa de Mean Girls (1994) e Cinderella Man(2005) mas desde o princípio “adorou” e nuncamais pensou em desistir.

“Estive a fazer um filme chamado Mama(2013) com Andy Muschietti. A atriz JessicaChastain em vez de ter uma madeixa ruiva tinhao cabelo preto. Ela desempenhava o papel deuma artista alternativa. Estava a fazer os últi-mos pontos a meio da prova quando abrimosa porta e estava lá o Guilherme del Toro. Eleviu-a com a madeixa, e com aquela roupa, emostrou-se admirado”, contou.

A partir dessa altura, o realizador Guilher-me del Toro requisitou os serviços do luso-

Cont. na pág 13

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Página 215 de fevereiro de 2018 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

IGREJA BAPTISTA PORTUGUESADomingos às 15H00 – Pregação do Evangelho6297 Ave. Monkland, (NDG) Montreal

http://www.madisonbaptistmontreal.com/portugues.htmlTel. 514 577-5150 – [email protected]

Fazer história da... HistóriaSão Miguel diferente

Quando saí de São Miguel com desti-no ao Canadá, em 2 de março de 1975, São Mi-guel era uma terra de quase plena tranquilidade.Digo quase porque à chegada da Revolução deAbril de 1974, começaram a aparecer algumasescaramuças, vindas de duas fações políticas atéentão praticamente inexistentes. Primeiro avan-çaram os «comunistas», como eram apelidadostodos aqueles que se arvoravam contra a Dita-dura... Depois começaram a aparecer os do con-tra, mais virados para a luta pela independênciadas ilhas e que aqueles chamavam de «fascistas»... Uma luta sem tréguas que teria o seu pico deintensidade em 1976, já eu me «abrigara» emTerras de Corte-Real...

Foi, pois, de Montreal e através dos jornaisda época, que chegavam até nós no mesmo diaque eram editados em Lisboa, que fomos seguin-do as «balbúrdias» políticas açorianas, quase sóde São Miguel, temos de admitir, e que chegarama atingir o seu paroxismo em junho de 1976,quando um grupo de personalidades micaelen-ses foi levado preso para a ilha Terceira.

Quando cheguei a São Miguel, no verão de1979, as coisas políticas já tinham amainado.Os presos já tinham sido libertados e os «comu-nistas», aqueles mais salientes, tinham sido «cor-ridos» para o Continente... Estava assim criadocampo livre para a Frente de Libertação dos A-çores, que mesmo já sem o aparato de 1976, do-minava todas as conversas de café e não só...

Foi neste ambiente que me instalei na La-goa, em casa de meu cunhado Edmundo Narciso.Não se esqueça que estava acompanhado daAnália e das minhas filhinhas Ludmila e Petra.A minha mana Mariana, que tinha trazido atéaos Açores os nossos dois rebentos, tambémficou connosco, embora vivendo em casa daminha família materna.

Posso dizer, por ser verdade, que se a von-tade de regressar a São Miguel era o meu únicoobjetivo antes de aterrar em solo açoriano, coma estada de cinco semanas na ilha, onde era sócomer e passear, o meu destino logo ficou traça-do: chego a Montreal, arrumo os meus trapos edesando para os Açores!

Ainda na ilha, deu para perceber que algumacoisa tinha, ou ia ser mudada. A começar peloDesporto, que dava os primeiros passos em di-reção a novos horizontes, como poder abrir-seàs competições nacionais, coisa impensável atéao momento de deixar o arquipelago... Essa pers-petiva fascinava-me, eu que quase só vivia parao desporto, no caso o futebol.

O Governo de Mota Amaral também davasinais de que o futuro podia ser mais risonhodo que o passado. Uma maior abertura comerciale empresarial também fazia sonhar todos aque-les que tinham espírito empreendedor. Distoera exemplo o meu próprio cunhado, acabadode se aventurar num grande projeto industrialna companhia de outro amigo meu, o CarlosAlberto Teles, que anos mais tarde viria a Mon-treal me visitar. Hoje, por coincidência, vive emEdmonton, em Alberta.

Por todas estas razões, e mais a vontade deregressar que nunca me largou desde o primeirodia em que pus os pés no Canadá, só havia umcaminho: regressar à terra logo que possível.

No próximo número: o regresso prepara-se.

Norberto AguiarL P

FESTEJOS DO LUSOPRESSE E LUSAQ TV

PATROCINADORES, VENCEDORES E COMISSÃO ORGANIZADORA• Por Norberto AGUIAR

Há 21 anos que o LusoPresse existe.Mais recentemente, apareceu a LusaQ TV, quecompletou 4 anos a 11 de dezembro passado.Já o Dia da Mulher, em março próximo, iremoslevar a efeito a nossa 18ª edição.

No decorrer destas duas décadas, já a cami-nho da terceira, temos organizado uma sériede eventos, quase todos de índole cultural, oque não é muito evidente, por não serem pro-moções de massa... Mas temos levado a águaao nosso moínho, com a ajuda de vários patro-cinadores, como aconteceu agora, onde tive-mos uma colaboração a todos os títulos exce-cional.

Como acontece sempre que organizamosum evento qualquer, do LusoPresse, da LusaQTV ou o Dia da Mulher, fazemos sempre umpequeno balanço dos nossos apoios e outrosconsiderandos. Desta vez acontece o mesmo.

PatrocinadoresCom o risco de esquecermos alguns, aqui

ficam registados os seus nomes: Azores Air-lines, Caixa Desjardins Portuguesa, Grupo Fer-reira, Clube Portugal de Montreal, Alfred Dal-laire-Memoria, Restaurante Cantinho, Altapex,Restaurante Bitoque e Complexe Kia. A todoseles, o nosso muito obrigado. Claro que nesteagradecimento entram pessoas como CarlosBotelho, Jacinta Amâncio e Emanuel Linhares,

Carlos e Sandra Ferreira, António Moreira (ma-is a sua direção), Jeannette Rioux, Paulo Teixeirae Francisco Pereira, Leonardo Soares, Hermí-nio Alves e Nuno Vitorino.

Felizmente que estes empresários e respe-tivas empresas, e outros que desta vez ficaramde fora, compreendem que a cultura na comuni-dade é importante para orgulho do nosso grupoétnico.

VencedoresNesta nova série que começou em 2016 e

se renovou em 2017 – mas só entregues em ja-neiro do ano seguinte –, todos os vencedoresdo prémio instituido pelo LusoPresse a quedemos o nome de Corte-Real – o primeiroportuguês a pisar o Canadá –, sempre se apre-sentaram na cerimónia de entregue do galardão.

Recordemos os vencedores destas duasprimeiras edições:

2017Corte-Real – Louvor: Luís Miranda, pre-

sidente da Junta de Freguesia de Anjou, eleitona cidade de Montreal há 28 anos consecutivos.

Corte-Real – Reconhecimento: LéliaNunes, escritora, Cadeira 26 da Academia deLetras do Estado de Santa Catarina (Brasil) ecolaboradora no LusoPresse.

Corte-Real – Reconhecimento: VitóriaFaria, jornalista e revisora de textos no Luso-Presse.

Corte-Real – Reconhecimento: Ludmi-la Aguiar, jornalista no LusoPresse e pivô naLusaQ TV.

2016Corte-Real – Louvor: Meaghan Benfeito,

vencedora de três medalhas olímpicas (Londrese Rio de Janeiro).

Corte-Real – Reconhecimento: Oné-simo Teotónio Almeida, professor (e escritor)na Universidade Brown (Rhode Island) e cola-borador no LusoPresse.

Corte-Real – Reconhecimento: JulesNadeau, jornalista e chefe de redação adjunto

no LusoPresse.Corte-Real – Re-

conhecimento: A-nália Narciso, colabo-radora e administra-dora no LusoPresse.

Comissão Orga-nizadora

Tanto para 2016,como agora, para2017, a Comissão or-ganizadora foi a mes-ma. Ludmila Aguiar,Raul Mesquita, Joa-quim Eusébio, Kare-ne Aguiar, Carlos deJesus, Anália Narcisoe o autor destas li-nhas. A todos um a-gradecimento muitosincero, pois todos seesforçaram por daremo seu melhor.

L P

Tal qual Anália Narciso com o prémio de 2016, também Ludmila Aguiar foi total-mente apanhada de surpresa com o prémio 2017. Foto de David Boulineau.

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Dra. Carla Grilo, d.d.s.

Escritório1095, rue Legendre est, Montréal (Québec)Tél.: (514) 385-Dent - Fax: (514) 385-4020

Clínica Dentária Christophe-Colomb

Dentista

FICHE TÉCHNIQUE

LusoPresseLe journal de la Lusophonie

SIÈGE SOCIAL6475, rue Salois - AuteuilLaval, H7H 1G7 - Québec, CanadaTéls.: (450) 628-0125 (450) 622-0134 (514) 835-7199Courriel: [email protected] Web: www.lusopresse.com

Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Anália NARCISOContabilidade: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusCf. de Redação: Norberto AguiarAdjunto/Redação: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:

• Carlos de Jesus• Norberto Aguiar• Onésimo Teotónio Almeida• Daniel Bastos• Osvaldo Cabral• Anália Narciso

Revisora de textos: Vitória Faria

Societé canadienne des postes-Envois depublica-tions canadiennes-Numéro deconvention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.Port de retour garanti.

LusaQ TVProdutor Executivo:• Norberto AGUIARContatos: 514.835-7199

450.628-0125Programação:• Segunda-feira: 21h00• Sábado: 11h00; domingo: 17h00(Ver informações: páginas 3 e 5) Foto LusoPresse

O JORNALISMO DA PÓS-MODERNIDADE• Por Osvaldo CABRAL

O jornalis-mo de hoje, a que al-guns investigadores esociólogos chamamda ‘pós-modernida-de’, enfrenta muitosdesafios e um deles éo problema da rapi-dez da informação,num circuito cada vezmais digitalizado e em rede mundovisão.

E, logo aqui, aparece o primeiro proble-ma: é que velocidade da circulação não se com-padece com a fiabilidade da informação. O so-ciólogo Gerard Leclerc já se interrogava, no fi-nal dos anos 90, “se será a velocidade da infor-mação (transmissão hoje em dia instantânea àescala planetária) compatível com a necessi-dade dos jornalistas de verificarem a fiabilidade,a credibilidade das mensagens”.

É uma questão que atravessa as últimasdécadas, com muita discussão e muitas dúvidas,sobretudo neste momento presente, em queos públicos, sobretudo mais jovens, recorremcada vez mais às redes sociais para se infor-marem.

Só o Facebook, a rede mais utilizada, jávai com 2,7 mil milhões de utilizadores e, emPortugal, possui mais de 6 milhões de utiliza-dores, 51% dos quais são mulheres.

Toda a gente, no mundo de hoje, querchegar rapidamente ao acontecimento, utili-zando as mais variadas plataformas, sem ligarmuito à fidelidade da informação, o que consti-tui outro problema. Mais de 40% dos portu-gueses usam apenas o telemóvel para acederao Facebook, quando apenas 9% usam em ex-clusivo o computador e 48% recorre aos doismeios para aceder a esta rede social.

Nos Açores, basta entrar num estabeleci-mento de ensino e já não se vê os jovens aconsultar livros, mas o telemóvel ou o tablet.

E é aqui nas novas gerações que é precisomuito trabalho de convencimento sobre o queleem nas redes sociais, apesar de circular rápido,não significa que seja fiável.

Este dilema entre a rapidez da circulaçãodo acontecimento e a fiabilidade ou qualidadeda mesma, também já tinha resposta nos anos90, na teoria de Mathieu, segundo a qual “abo-lir o tempo é o mesmo que abolir a informa-ção. É voltar à comunicação imediata das fon-tes e arriscar estar sujeito à manipulação daopinião, da propaganda semi-secreta, da de-sinformação ou da má informação, na medidaem que o jornalista não sabe tudo no própriomomento. Tendo a sua atividade necessidadede um distanciamento, só tem sentido... porqueesta instaura uma mediação entre as fontes, osacontecimentos ou situações e o público. Orecuo e a elevação em relação ao acontecimen-to, a reflexão em vez do reflexo são indispensá-veis à informação significativa e à qualidadeque os públicos esperam”.

O culto da velocidade e a “ditadura do di-reto” a que assistimos presentemente, comoalguém observou, tira ao acontecimento o seucaráter histórico, como é, por exemplo, o usovulgarizado das plataformas móveis, nomeada-mente o telemóvel, em que o repórter-especta-dor torna-se no mensageiro da globalização

sem qualquer enquadramento do contexto,partilhando apenas a emoção do momento.

Vários exemplos desta distorção surgem,continuamente, nos dias de hoje, incluindonos grupos de discussão dos Açores, sem que,por vezes, o público se aperceba, dada a quanti-dade e banalidade de informação produzidaem todo o tipo de plataformas.

Contextualizar a informação, recorrer àHistória para explicar determinadas culturas eacontecimentos, refletir com serenidade e tem-po sobre o que se transmite, tudo isso é funda-mental para o alcance de uma verdade maisbem descrita.

A própria ‘objetiva’ de um telemóvel é‘subjetiva’, porque captou apenas aquele mo-mento e aquele quadradinho, sem retratar oque está a rodear o restante ambiente e semmais nenhuma contextualização do mo-mento.

É por isso que a objetividade, no jornalis-mo, é sempre condicionada, mas ficará muitomais enfraquecida se resultar apenas na instan-taneidade e na preocupação em reproduzir oacontecimento sem a devida contextualizaçãoe distância crítica.

Leclerc, na sua “Sociedade de Comunica-ção”, já sublinhava que a instantaneidade correo risco de desencorajar a busca de sentido.

Na mesma lógica observa o historiador einvestigador da imprensa Pierre Nora, quandodiz que, “considerado globalmente, o sistemacorre o risco de fabricar o inteligível”.

É este fator reflexivo que dá credibilidadeao jornalista. Bordieu chamou-lhe uma “rendade credibilidade” ou “capital cultural”, para apli-car a autoridade e dever cívico do exercício fielà profissão dos media.

É por isso que o bom jornalismo, no fu-turo, será uma espécie de elite na esfera vulgarda circulação comunicacional, porque nessaesfera mundial de comunicação, recheada deruído e muita informação manipulada, comoa moda das “fake news” ou “factos alternati-vos”, serão cada vez mais precisos os mediado-res, o jornalismo de qualidade.

A legitimidade profissional do jornalistajoga-se na esfera pública e é ela que atribui aoprofissional a credibilidade e notoriedade a queele se submete.

Manter esta relação de confiança não é fá-cil, sobretudo quando o jornalista quebra estecontrato com o público em nome de outrosinteresses que não o da seriedade profissional.

Pede-se, por isso, que o jornalista seja cadavez mais o arauto da cidadania de causas, nummundo onde a torrente de discursos populistase de injustiças egoistas campeiam em toda aesfera comunicacional.

Como observou ainda Leclerc, a web ins-taurou uma “democracia discursiva” à escalamundial, mas também instalou uma “anarquiadiscursiva”.

Basta frequentar as redes sociais paraconstatar como muitos utilizadores desvalori-zam “os discursos institucionais, os enuncia-dos dos poderes, as mensagens dos represen-tantes oficiais dos valores estabelecidos, dascrenças tradicionais, e valoriza comparativa-mente as opiniões individuais, mesmo as maisinsignificantes, as mais desviantes, as mais he-terodoxas, as mais ‘loucas’”.

Numa sociedade tão pequena como a dosAçores, como nos posicionarmos face a estesfenómenos?

É uma questão que dava para um longodebate público, sobretudo agora em que osjornais açorianos precisam de um forte apoio,desinteressado, para se manterem mais atuantese cada vez mais escrutinadores das injustiçasda sociedade.

Infelizmente não é o que tem acontecido,com o exemplo dos cortes nos apoios do ‘Pro-media’ (programa regional de apoio à comuni-cação social privada), agravando o posiciona-mento da imprensa regional face a todos estesnovos desafios que vão surgindo no mundocada vez mais planetário.

Como alguém já observou, ao contráriodas sociedades fechadas, reprimidas e manipula-das, uma sociedade de comunicação é uma soci-edade da transparência, afinal a essência da ver-dadeira democracia.

Apesar dos contratempos, há jornais ejornalistas que continuam sem vergar, na mes-ma linha das causas de outrora, contra todosos tipos de abusos do poder e em defesa dajustiça para as populações que não têm voz ouque receiam insurgir-se contra a corrente dospoderosos.

É este o nosso propósito.

L P

LUSOPRESSE E LUSAQ TV...RESCALDO DO(S) ANIVERSÁRIO(S)

REDAÇÃO – Esta nota tem a suarazão de ser. Mais que não seja pelo factode ter de por os pontos nos ii em dois outrês casos.

Comecemos pelo princípio.Nos textos relativos às reportagens so-

bre os aniversários do LusoPresse e LusaQTV, consubtanciadas no colóquio sobre o«Levantamento dos Média Portugueses noQuebeque – de 1958 - 2018» todos leram,erradamente, que em vez de se escrever «60anos de...», em quase todos os textos apare-ceu «... há 80 anos...».

Ora, tratou-se de um lapso que, nestecaso, não se pode atribuir aos nossos articu-listas. Porque o erro nasceu na própria Re-dação que, algumas vezes, acaba por «metero nariz» nos textos a publicar.

Boulineau e não Bolineau...David Boulineau passou a ser um dos

nossos fotógrafos de há dois anos a estaparte. Por que é o seu hobby preferido e daíter condições natas para o fazer, David Bou-lineau ainda apresenta outra vertente parafazer parte da nossa equipa: David é genrodo nosso Editor e chefe de Redação Nor-berto Aguiar.

Tudo para dizer que no serviço de re-portagem que o David desenvolveu, o seunome também saiu truncado ao aparecercomo nome de família Bolineau quandodevia ser Boulineau. Um «u» que faz toda adiferença.

Aos nossos colaboradores JoaquimEusébio e David Boulineau, assim comoaos nossos leitores, as nossas sinceras des-culpas.

A Redação

L P

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Feliz Natala todos!

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FRANÇOIS LEGAULT RECEBIDO NO LUSOPRESSE...

“MENOS IMPOSTOS E MAIS SERVIÇOS”• Entrevista conduzida por Carlos DE JESUS

Montréal en LumièreLusos com participação reduzida

• Por Norberto AGUIAR

O festival gastronómico e cultural Montréal en Lumière,que este ano entra no seu 19.° ano de atividade, começa já no dia 22 defevereiro, para terminar no dia 4 de março. E que saibamos, a ediçãodeste ano não tem a particularidade de ser dedicada a um país, região oucidade. Ao invés, parece-nos que o Norte do Quebeque tem este anoum lugarzinho de destaque, com a vinda até Montreal de alguns dosseus elementos. Depois, há chefs que veem do México, França, Itália,assim, um pouco avulso...

O 19.° Festival Montréal en Lumière conta, igualmente, comparticipação portuguesa, mas muito reduzida, limitada aos restaurantesda chef Helena Loureiro, os conhecidos Portus 360 e Helena.

A este propósito, convém lembrar que em tempos idos, a participa-ção portuguesa neste festival era das mais representativas, com muitosrestaurantes presentes, isto já sem falar na participação de artistas portu-gueses como, por exemplo, Ana Moura.

Não temos, neste momento, a resposta certa para a ausência dosnossos restaurantes no festival deste ano; e de anos anteriores, pois amenoridade de presenças não é de agora. Ela já vem de há anos a estaparte... Por maiores custos ou pior qualidade da organização? Talvezambas as coisas...

Quanto à parte artística e cultural, a nossa presença, que emboratendo aqui e ali contado com um ou outro artista, como vimos acima,ela é nula em 2018... E sabem porquê? Por que na comunidade só sepensa para o interior do umbigo, com manifestações rafeiras, quandose devia tentar meter os nossos melhores artistas comunitários em ma-nifestações artísticas do calibre deste festival... Enquanto não ganharmosinfluências nestes meios, não passamos de um grupo étnico menor.

Longe vai o ano de 2010, quando Portugal fez figura de país con-vidado. Foram dias de grande azáfama na comunidade, isto por via deestarmos nessa altura na mó de cima, muito por culpa da vinda de 20chefs nacionais e outros tantos enólogos, a que se juntaram alguns ar-tistas. Aqui, sim, Portugal, e por via disso, a nossa comunidade foi agrande vedeta do Festival Montréal en Lumière do inverno de 2010.Um ano para nunca mais esquecer!

Mas muito do trabalho que então precedentemente foi feito, deve-mo-lo ao Carlos Ferreira, que mexeu todos os cordelinhos para que,primeiro, Portugal fosse convidado pela organização, e, segundo, paraque os cabeças dirigentes portugueses aceitassem convite tão importantee, por isso mesmo vantajoso na medida do prestígio que, sabia-se, viriaa alcançar... Daí para cá tem sido sempre em declínio a nossa participaçãono Montréal en Lumière...

Voltando a 2018 e à nossa participação, referiremos que o Restau-rante Helena recebe no dia 28 de fevereiro a artista Florence K; enquantoo Portus 360 acolhe nos dias 26 e 27 de fevereiro o professor JocelynMyre, acompanhado de oito estudantes autóctones vindos do Nortedo Quebeque.

Meia participação portuguesa está a cargo dos restaurantes Tapeoe Mason, por um dos seus sócios ser um minhoto ferrenho.

Neste 19.° Festival Montréal en Lumière, outra constatação fla-grante é a também quase nula participação brasileira, restringida à colabo-ração do chef Richard Rego, do Restaurante État-Major. Ora, comosabemos, em praticamente todos os anos o Brasil sempre marca umasignificativa presença, na maior parte das vezes através dos seus artistas...

Uma palavra ainda para o Chez Victoire, do chef Alexandre Gos-selin, que nos dias 26 e 27 de fevereiro recebe o conceituado chef mexi-cano Marco António Estrada Gallardo. Este restaurante faz parte dogrupo de interesses de Edward Zaki, marido da nossa jornalista LudmilaAguiar. L P

Na sua ronda pelos Média étnicos,estivemos à conversa com o líder da CoalitionAvenir Québec, Senhor François Legault, querespondeu às nossas perguntas.

LusoPresse – O seu partido está de ventoem popa nas sondagens de opinião quanto àspróximas eleições provinciais. Será que estamosa entrevistar o futuro primeiro-ministro doQuebeque?

François Legault – Em relação às son-dagens temos que ser prudentes. Até outubromuita coisa pode mudar.

Somos ainda um jovem partido. A CAQfoi criada há apenas seis anos, mas queremosser um marco histórico na vida do Quebeque.Nos últimos 50 anos, todas as eleições anda-ram sempre à volta de um único assunto – aindependência do Quebeque. Quem era inde-pendentista votava pelo Parti Québécois,quem não era votava pelo Parti Libéral.

Desta vez vai ser diferente. A CAQ temuma posição muito clara. O nosso mandato éde governar no interior [da Constituição] doCanadá. Jamais faremos um referendo sobre aindependência. Este é, aliás, o artigo primeiroda constituição do nosso partido. Quer istodizer que quem é contra a autonomia do Que-beque vai ter outra alternativa.

LP – Quer dizer que vamos ter umaseleições normais, isto é, sem termos que falareternamente de constituição?

FL – Pela primeira vez, durante a próximacampanha eleitoral vamos poder falar de eco-nomia, de educação, de saúde e não apenas deum único tema, o da independência.

LP – No vosso programa falam de cortarnos impostos, mas, segundo as sondagens, osquebequenses preferem pagar mais impostospara terem mais serviços. Como explica a posi-ção do seu partido?

FL – Para já, devo dizer que podemos teros dois. Não temos que escolher entre umaopção e a outra. Podemos ter menos impostose mais serviços.

LP – Não será isso querer ficar com amanteiga e com o dinheiro para a comprar?

FL – De modo nenhum. Os quebequen-ses são os contribuintes que mais impostospagam em todo o Canadá.

LP – Mas também somos os que dispõemde mais serviços públicos…

FL – Sim, mas de uma forma pouco eficaz.Repare no sistema de saúde. Há uma reorga-nização a fazer que não tem custos alguns.Vou-lhe dar um exemplo com os médicos defamília. Não é normal que quando se tem umpequeno problema nos vejamos obrigados air à urgência de um hospital. Isto devia estarao cuidado do seu médico de família. Isto nãocustaria nada ao Estado, mas para isso temosque mudar a organização dos serviços médi-cos. Deste modo poderíamos dar melhoresserviços e utilizar as margens de manobra parareduzir os impostos e as taxas escolares. Porexemplo, nós propomos, aqui, em Montreal,de reduzir as taxas escolares de 70%. Queremos,deste modo, aliviar o fardo tributário das fa-mílias que tem sido agravado nos últimos anos[pelas taxas das comissões escolares].

LP – No seu programa a CAQ propunha-se a abolir as comissõesescolares. Mas, segundo as últimas notícias, o seu partido vai mantê-las.

FL – Não, não é bem assim. O problema com as comissões es-colares é que os eleitores não se interessam pelas eleições dos comis-sários. Apenas três por cento dos votantes se apresentam às urnas.Nós vamos abolir as comissões escolares e vamos substitui-las porcentros de serviço que vão estar ao serviço das escolas, e não o contrário.Quem melhor conhece as necessidades da escola são as equipas que látrabalham, professores e diretores. São eles que devem tomar as decisõespara o bem dos alunos. Os novos centros de serviços escolares vão-seocupar apenas de serviços comuns, como o transporte escolar.

LP – Como disse de entrada, as próximas eleições já não serão sobo tema da independência do Quebeque. Mas, considerando o seu pro-grama político e o do Partido Liberal – défice zero, equilíbrio orça-mental, redução do aparelho de estado – podemos dizer que ambos sãopartidos do centro direita.

FL – Eu não gosto de etiquetas. Como vimos nas eleições fran-cesas, as etiquetas “esquerda” e “direita” já não se aplicam nos dias dehoje. Eu sou uma pessoa pragmática. Analiso caso a caso. Vou-lhe dardois exemplos. Eu sou para que se invista na educação. Isto é geralmenteconsiderado como uma política de esquerda. Por outro lado, sou pelaredução de impostos o que é considerado como uma política de direita.Prefiro analisar dossiê por dossiê. Criar uma política social à esquerda euma optimização, mais à direita, da gestão e da economia.

LP – Mas quando o Sr. François Legault fala em reduzir osimpostos, implicitamente quer dizer que vai reduzir o aparelho do es-tado.

FL – Não necessariamente. Não vou cortar nenhum serviço.Atualmente há demasiada burocracia. Temos 550 mil funcionários,dos quais 200 mil trabalham na burocracia. Não vou cortar nos 350 milque prestam serviços, mas sim na burocracia, porque tudo é muito bu-rocrático, tudo leva muito tempo a resolver. Aliás comprometo-me aguardar todos os serviços tanto na saúde, como na educação ou outros.

L P

«Com um governo da CAC não há referendo nenhum», promes-sa de François Legault, candidato a primeiro-ministro. FotoLusoPresse.

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Trump da Coreia do Norte” pela influênciaconfirmada que esta tem junto do irmão.

Aqui, estamos perante um exercício de al-

to coturno da diplomacia da Coreia do Norte, opaís que a América de Donald Trump queria ver ra-diada do mapa, ou pelo menos condenada a ser umapária no concerto das nações. Como sublinhou oPresidente do Comité Olímpico Internacional, Tho-mas Bach, no seu discurso de abertura, esta iniciativa

é de louvar por corresponder ao espíri-to do olimpismo, promovendo a paze a harmonia entre as nações.

Geralmente é o país anfitriãoquem recolhe os maiores proveitos,em termos de propaganda, do investi-mento feito nestes jogos colossais.Mas desta vez, parece ser o irmão doNorte quem se vai sair com a coroa delouros. Estamos, definitivamente, di-ante duma vitória diplomática de KimJong-un, o “Rocket Man” como lhechama sarcasticamente o presidentedos Estados Unidos.

Esta vitória do Norte é tanto ma-is evidente quando se sabe que umaboa parte da população da Coreia doSul, especialmente a juventude, não es-tá muito interessada na reunificaçãodos dois países e não vê com bons o-lhos os atletas do norte fazerem baixaro nível das equipas do sul.

Nesta arena de combate de galos, éDonald Trump e a sua administração quesai vencida. No jantar de abertura, onde seapresentaram os principais líderes mun-diais, incluindo o primeiro-ministro japo-nês, inimigo histórico da Coreia, nem MikePence, o vice-presidente de Donald Trumpesteve presente. De um modo claro, o restodo mundo, e a Ásia em particular, fez ummanguito à América de hoje. L P

Em Arcos de Valdevez...1115 agregados beneficiaram em 2017 do IMI Familiar

A Câmara Municipal está atenta às dificuldades dos arcuenses e no que to-ca ao IMI familiar aprovou a redução total da taxa de IMI para famílias com de-pendentes a cargo; sendo que esta redução da taxa do IMI familiar abrange cerca de1.115 famílias arcuenses e a estimativa da correspondente despesa fiscal, ou seja ovalor a devolver aos contribuintes arcuenses, foi, no ano transato de cerca de •34.310,00, sendo que com um dependente a cargo a dedução é fixa em 20•; comdois em 40• e com 3 ou mais em 70•.

A Câmara Municipal pretende apoiar as famílias através da redução das taxas apagar, melhorando assim o seu orçamento familiar. L P

Junto à santinha, em Água de Pau...

Vai haver melhoramento rodoviário O Diretor Regional das Obras

Públicas, Tecnologia e Comunicações,Frederico Furtado, esteve reunido com apresidente de Câmara Municipal de Lagoa,Cristina Calisto, para avaliar a intervençãoa nível rodoviário que será efetuada juntoà “Santinha” em Água de Pau.

Esta obra garantirá mais segurançaa quem circula naquela zona e particular-mente a quem pretende descer a Rua doForal Novo. Por outro lado, tambémse analisou aspetos relacionados com acirculação de autocarros, de acesso à es-cola Básica e Integrada de Água de Pau

e às unidades hoteleiras, bem como a necessidade dese colocar a Rua do Foral Novo com dois sentidosde trânsito. O estacionamento foi, similarmente,um outro aspeto avaliado no local. A direção regionalvai refazer o projeto para contemplar todas essasquestões mas ficou acordado que as obras vão iniciar-se ainda este ano.

A líder do executivo camarário da Lagoa,Cristina Calisto, aproveitou ainda a presençado Diretor Regional, Frederico Furtado, parao levar a outros locais que carecem de interven-ções por parte do Governo Regional, semprenuma ótica de melhoramento da circulação au-tomóvel e segurança no concelho a par dobem estar das populações. L P

O Festival do bacalhau, símbolo de identidade Portuguesa

A pesca do bacalhau esteve

presente praticamente em toda a história Ocidental. Para Portugal, esta é uma história intimamente

ligada aos Grandes Descobrimen-tos e ao ressurgimento desta pesca

com símbolo de identidade nacional, no século XX.

D. Henrique, o Navegador, desen-volveu técnicas de navegação que levaram os portugueses a atravessar oceanos. O British

Museum conserva ainda hoje um mapa português, datado de 1424, onde é possível ver como `a procu-ra da Rota da India, fez com que os portugueses chegassem `a Terra

Nova e `a Nova Escócia, e descobrissem assim, um outro

tesouro, a Pesca do Bacalhau.

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Página 1015 de fevereiro de 2018 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

De estórias e memórias faialenses• Por Onésimo TEOTÓNIO ALMEIDA Graças à intervenção do meu amigo José Duarte Silveira, um

faialense há décadas no Porto Rico, onde ainda hoje, após a aposentação,continua residindo, agora como Cônsul Honorário de Portugal, recebia amável oferta de Crónicas e Outras Estórias, de Mário Frayão.

Gosto deveras de estórias e admito um fraquinho especial pelasaçorianas. Conhecia umas quantas do livro em causa, porque as ouvirada boca desse exímio contador que é o próprio José Duarte Silveira.Uma delas, particularmente saborosa, doutro faialense, o clássico Flo-rêncio Terra, tinha eu já incluído no meu reportório – atribuindo-a, cla-ro, ao seu dono, como sempre gosto de fazer.

O livrinho lê-se com muito gosto. Em conversa de verão com Jo-sé Duarte, dissera-lhe que faziam falta estórias do Faial pois, na minhacoleção açoriana, é a ilha que, em proporção, as tem menos. Até pareciaque os faialenses não se divertiam e só eram conhecidos porse comportarem habitualmente de modo muito urbano. Graças, porém,às que, depois desse meu comentário, José Duarte me tem contado emsucessivos encontros nossos na Horta, apercebi-me de que estavaequivocado e, por isso mesmo, o tenho incentivado a escrever quantasconhece. Acresce agora este livro de Mário Frayão com as suas narra-tivas airosas, sucintas, incisivas e eivadas de frescura. Sabe contar. Mesmoquando não se trata propriamente de estórias, essas características emer-gem igualmente nas suas crónicas.

• • • Ajudando a mudar a minha prévia impressão de ausência de típicas

estórias oriundas do Faial, surge agora mais um livro doutro filho dessailha, desta feita alguém há muito emigrado nos EUA, onde fez carreirana área da Educação, graças ao seu treino universitário em Psicologia eSaúde Mental. Com o título Boias da Memória, Manuel Leal, bem co-nhecido dos leitores do Portuguese Times, onde tem colaborado desdeos anos 70, oferece-nos prosa fluente e escorreita em 300 páginas decontos faialenses. Quase todos se situam na Horta, o que nem por issoos torna verdadeiramente urbanos visto as suas personagens seremsobretudo da população ligada ao mar ou, uma boa percentagem pelomenos, ser gente das Angústias, alheia aos pergaminhos da elite local.O livro, contudo, está longe de se cingir a um espaço e tempo únicos.As narrativas abrem frequentemente quer ao passado quer ao resto dosAçores e várias delas chegam à América do Norte, acompanhando otrajeto das personagens sobre quem o autor se debruça. Digamos quese trata de um livro de estórias entremeadas de história. Por vezes, apropósito de um barco ou de um nome, este autor divaga pelo passadodo Faial, do Pico, das restantes ilhas açorianas e também do continente,servindo-se sempre da memória (que nunca é de fiar em absoluto).Não se trata de uma escrita académica e, por isso, permite-se-lhe umaleveza e liberdade que a aproxima mais do estilo ficcional do que da his-tória. Aliás, essa parece ser intenção clara do autor, que abriu a torneirada memória e deixou soltar, livre e quase ininterruptamente, a correnteda consciência. As interrupções acontecem só quando decide mudar decapítulo.

Manuel Leal fala de figuras castiças suas contemporâneas nas déca-das de 50 e 60, e está no seu melhor quando se assume, tacitamente ounão, como testemunha. O Medeirinhos, por exemplo, só poderia serassim descrito por alguém que o conheceu ao vivo. A tia Maria Gata, oAntónio Carcereiro, o Viriato da Boina, o Barata, o Picadilho dos sa-patos, ou o “malcriado” – por quem o leitor acaba sentindo pena, por-que a crueldade no tratamento das pessoas também existia – são todosclaramente fruto de conhecimento direto por parte do narrador. Ma-nuel Leal estava igualmente familiarizado com as elites da urbe, a quemdedica uma crónica, contudo preferiu olhar mais de perto para o outrolado da população (lembre-se, a propósito, o comovente comentárioduma garota ao ver manteiga em casa de uma amiga: Vocês são ricos. Agente é pobre. Minha mãe não pode comprar manteiga).

Há estórias de barcos e de tempestades onde até entra o Mestre Si-mão, que agora é nome do ferry há semanas encalhado na Madalena.Isto e muito mais sobre uma cidadezinha que “depois da SegundaGrande Guerra passou à situação de burgo pacato”.

Para completar a trilogia, só falta agora que o José Silveira Duarteque, segundo consta, está a escrever as suas estórias faialenses ad usumprivatum dos netos, termine a tarefa e decida juntar-se a estes seus doispatrícios, o Mário Frayão e o Manuel Leal, contribuindo para mostrarcomo a Horta não é afinal tão pacata como urbanamente aparenta.

L P

POBRETES, MAS ALEGRETES• Por Osvaldo CABRAL

Quando um indicador estatístico sobre qualqueratividade nos Açores é positivo, somos prontamente bom-bardeados pelos comunicados do batalhão de assessoresdo governo, discursos de hossanas no parlamento e decla-rações de euforia dos governantes.

Quando os indicadores são um desastre, temos silên-cio absoluto ou então nasce o discurso da imaginação, queé ir buscar uma realidade que mais ninguém vê.

Acontece, todos os anos, com os chamados rankingsescolares.

Desde 2010 que os Açores aparecem sempre na caudados rankings, sem que nenhuma escola consiga entrar nas100 melhores do país.

Continuamos a fazer esta caminhada sempre no fundoda tabela, mas os nossos governantes continuam a vernisto... um sucesso!

Em 2016, o Secretário Regional da Educação, Avelino

Meneses, atreveu-se mesmo a achar que era motivo de “jú-bilo” o nosso colossal afundanço escolar, só porque duasescolas estavam entre aquelas que mais subiram na tabelanacional.

A semana passada, conhecido mais um desastre, Ave-lino Meneses foi mais contido.

Desta vez diz que houve “ligeiras melhorias”...Isto é, quando deixamos de estar enterrados na lama

até ao nariz e passamos para o pescoço, temos uma ligeiramelhoria, mas continuamos atolados.

Há sempre quem desvalorize estes resultados e são ospróprios governantes que vêm dizer que não gostam dosrankings, aparentemente porque não têm em linha de contaos dados socioeconómicos de cada escola.

Isto é o mesmo que encontrar as origens socioeconó-micas dos jogadores das equipas de futebol para determinarse os seus resultados são certos ou não.

Seja como for, conceda-se que esta condição pareceser determinante, a julgar pelas declarações do Diretor da

Cont. na pág 14

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NO RESTAURANTE SOLMAR

EM SANTA CRUZ...FESTAS DO SENHOR SANTO CRISTO JÁ MEXEM...

• Por Anália NARCISO

Sábado passado, sob a batuta de Rober-to Carvalho, começaram, se assim se pode di-zer, as Festas em Honra do Senhor Santo Cris-to de Montreal.

E começaram com uma grande mani-festação popular, levada a efeito na cave daIgreja Santa Cruz, onde estavam para cima de400 pessoas, todas irmanadas num mesmo ob-jetivo: angariar fundos para vir em ajuda àsFestas de maio próximo.

O evento contou com um jantar musica-do. Primeiro pelo DJ Moreira e, depois, pelapresença do cantor Jorge Guerreiro, que veiode Portugal para participar no encontro laico.

Com a presença do cônsul geral de Portu-gal, José Guedes de Sousa, e Luís Miranda,presidente da Junta de Freguesia de Anjou co-mo convidados, o serão festivo começou coma benção do pão pelo padre Phong, atual res-ponsável pela Missão Santa Cruz, em substi-tuição de José Maria Cardoso, que deixou Mon-treal para ir viver em Portugal.

Depois falaram José Guedes de Sousa, quedemonstrou satisfação por ver na mesma salaportugueses das três regiões que formam opaís, está bem de ver, Açores, Madeira e Conti-nente, e o candidato a deputado liberal federalpela circunscrição lavalense de Marc-AurèleFortin, Camille Nassar.

Com a sala bem engalanada, pela enormepresença do público, como já dissemos, mastambém pelo embelezamento da mesma, frutodo trabalho de pessoas com muito bom gosto,Roberto Carvalho haveria de contar por queestavam todos ali. Concretamente para presta-rem apoio às festas que se realizarão em maioe que são as tradicionais Festas em Honra doSenhor Santo Cristo. Falou igualmente de al-guns dos apoios empresariais, tão fundamen-tais para o sucesso das festas, quando se sabeque cada vez há menos comerciantes em condi-ções de darem o seu apoio.

«Este serão de angariação de fundos nãoresolve tudo, é certo, mas sempre ajuda, aomesmo tempo que trazemos as pessoas paraum ambiente festivo; um ambiente que possajá por as pessoas a pensar no que vem aí: asmaiores festas religiosas da comunidade, queprecisam ser preservadas!»

De seguida, Roberto Carvalho, que com adireção, a que preside, da Associação da TerraQuebeQuente, está à frente da Comissão das

Festas em Honra do Senhor San-to Cristo de Montreal há doisanos a esta parte, passou a darconta do programa das festas demaio próximo, mesmo se este ain-da precisa de acertar alguns porme-nores.

Foi assim que avançou comas vindas do Starlight, de DavidGarcia (vem de Portugal), Filar-mónicas e Rancho Folclóricos.De entre o que falta acertar, estáneste caso o «Padre Orador», quedeve vir da... Ribeira Quente, terranatal do próprio Roberto Carva-lho.

De permeio ficaram algumascríticas do presidente da Comis-são dirigidas a alguns incautos, cu-jos nomes não foram descritos,mas que Roberto Carvalho pareceter bem identificados, quando dis-se que «... As Festas do SenhorSanto Cristo são e fazem parte daMissão Santa Cruz. Já a sua orga-nização, porque nos pediram, éda responsabilidade da Associa-ção QuebeQuente.»

Mais claro do que isto? A per-gunta agora é nossa...

Depois de um repasto ser-vido de forma que consideramosrápida, o baile não mais parou,ora animado pelo DJ Moreira, orapelo popular Jorge Guerreiro, umcantor com cartaz em Montreal,isto a julgar pelos «gritos e assal-tos» à sua pessoa no momentode atuar, assim como durante todaa sua atuação...

Das canções que apresentou,destacamos algumas, como «Vou-te tirar o baton», «Ninguém páraessa Mulher» e «Dança comigo».

Roberto Carvalho, o homem que desde o ano pas-sado lidera a Comissão que organiza as Festasdo Senhor Santo Cristo. Foto LusoPresse.L P

Jorge Guerreiro, o cantor que veio dePortugal, em plena atuação. Foto Lu-soPresse.

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CENTRODE ESTUDOS

O Centro de Estu-dos dos Povos e Culturasde Expressão Portuguesaacaba de dar à estampa “ACondição de Ilhéu”, coma colaboração de Onési-mo Teotónio de Almeida(nosso colaborador delonga data), de RobertoCarneiro e Artur Teodorode Matos, com ilustraçãode Luís Abreu o qual temtido o cuidado de divulgareste trabalho por toda aparte, como faz prova otexto que publicamos aolado, assim como o acu-sado de receção enviado aSua Santidade o PapaFrancisco.

L P

NA PONTA DA LÍNGUA

– Histórias, Memórias e Inovação na Emigração• Por Daniel BASTOS

Nos últimos anos a emigração portuguesa tem captado o interesse dos investigadoressociais e da comunidade académica, como demonstra a realização de diversas iniciativas e projetosde investigação, que não são alheias ao peso estruturante que o fenómeno migratório ocupa emPortugal.

Um dos projetos de pesquisa mais recentes sobre a emigração portuguesa está a ser dina-mizado no âmbito da atividade científica do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Co-imbra (CES-UC). Intitulado “Na Ponta da Língua: Histórias, Memórias e Inovação na Emi-gração”, este projeto pioneiro tem como objetivo geral aplicar uma metodologia inovadora deensino e preservação da língua e cultura portuguesas através da recolha e análise de histórias daemigração portuguesa.

Trata-se de uma metodologia participativa através da qual a socialização – oral, escrita e en-cenada –, das histórias da emigração portuguesa narradas na primeira pessoa como experiênciasbiográficas passam a servir um propósito didático e cívico.

O trabalho de investigação tem incidido sobre três destinos da emigração lusa, designa-damente Newark (EUA), Paris (França) e São Paulo (Brasil). Territórios onde a equipa femininamultidisciplinar, composta pelas investigadoras Elsa Lechner (CES), Clara Keating (CES),Graça Capinha (CES), Deolinda Adão (UC Berkeley), Graça dos Santos (Université Paris Nan-terre), Karen Worcman (Museu da Pessoa) e Kimberly DaCosta Holton (Rutgers-Newark Uni-versity), tem desenvolvido trabalhos dedicados às histórias de emigração portuguesa.

Articulando pessoas e instituições culturais e académicas, este projeto convida assim a umnovo olhar sobre as histórias de emigração portuguesa, que segundo o grupo de cientistas so-ciais, constitui um património invisível da língua e cultura portuguesas, amplamente presentenas narrativas e histórias de vida dos emigrantes.

Financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, uma relevante fundação portuguesa coma missão filantrópica de fomentar o conhecimento e melhorar a qualidade de vida através das ar-tes, ciência e educação, este projeto singular evidencia igualmente as enormes potencialidades epeculiaridades de trabalho do mundo académico no seio da diáspora portuguesa, um enorme efecundo universo socio-histórico que tem necessariamente que ser estudado nas suas diversasdimensões e vertentes. L P

Página 1215 de fevereiro de 2018 LLLLL u su su su su s oooooPPPPPr e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Emigrar ou não? A questãoque se coloca aos jovens médicos do Norte

• Por Daniel BASTOS

A cons-tância do fenóme-no da emigraçãoqualificada portu-guesa ao longo dosúltimos anos temcolocado a Portu-gal cenários e desa-fios (des)estruturantes do ponto de vistasocioeconómico.

Dentro desse quadro socioprofissional,um dos grupos onde tem sido notória aapetência pelo estrangeiro é o dos profissio-nais de saúde portugueses. Segundo dadosdas Ordens da Saúde, no final do ano de2015 havia 13 mil enfermeiros, 5 mil médicos,2 mil farmacêuticos e mil dentistas emigra-dos no estrangeiro, mormente no ReinoUnido, na França, na Holanda, na Bélgica ena Suíça.

As motivações da saída destes profissi-onais de saúde são transversais e continuama marcar a agenda nacional. Ainda no termodo ano passado foi divulgado um estudointitulado A carreira médica e os fatores de-terminantes da saída do SNS, baseado eminquéritos a três grupos distintos de profis-sionais inscritos na Secção Regional do Nor-te da Ordem dos Médicos, que aponta que

metade dos médicos a fazer a formação naespecialidade admite a possibilidade de emi-grar no final do internato.

O estudo, conduzido pela investigadoraMarianela Ferreira, do Instituto de Saúde Pú-blica da Universidade do Porto (ISPUP), emcolaboração com o bastonário da Ordemdos Médicos, revela que a maioria dos jovensmédicos do Norte estão genericamente insa-tisfeitos com as longas jornadas de trabalho,a falta de oportunidades de progressão e aescassa remuneração que usufruem.

Estando previsto a breve trecho o alar-gamento deste primeiro grande trabalho so-bre a carreira médica realizado em Portugal,a outras regiões do país (Centro e Sul), cujasconclusões provavelmente não serão muitodiferentes destas, o estudo conduzido pelainvestigadora Marianela Ferreira mostra a ur-gência do país encontrar soluções para nãocontinuar a perder o valioso capital humanoque constituem as jovens gerações qualifica-das portuguesas.

Nenhum país, e Portugal não é exceção,antes pelo contrário, consegue projetar oseu futuro com confiança e crescimento sus-tentado se não tiver capacidade de fixar osseus jovens qualificados, como é o caso pa-radigmático dos profissionais de saúde queasseguram diariamente a prestação de cuida-dos de saúde à população.

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canadiano por diversas situações.“Desde essa altura que sempre gostou do

meu trabalho. Depois pediu-me para trabalharcom ele no The Strain, uma série de três anos.Ele foi o realizador do primeiro episódio enoutras partes mais de fantasia”, disse.

Foi precisamente em 2016 que o realizadoro convidou para trabalhar num “filme dos anos60”: ‘A Sombra da Água’.

“Foi um sonho tornado realidade, porqueenquanto estava a trabalhar nas séries, ele rea-lizou o Pacific Rim (2013) e Crimson Peak(2015). Queria trabalhar com ele num filme, econcretizou-se”, declarou.

O lusodescendente também foi nomeadopara o melhor guarda-roupa dos prémios BAF-TA, e ainda para o ‘Costume Designers GuildAwards’ de melhor guarda-roupa, em ‘A Formada Água’.

“Em termos de futuro gostava de parti-cipar num filme história sobre a cidade de Lis-

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boa, algo que me inspira bastante”, concluiu.Também o editor de som de Toronto, o

luso-canadiano Nelson Ferreira está nomeadopara o Óscar de Melhor Montagem de Sompor ‘A Forma da Água’.

A 90.ª edição dos Óscares realiza-se a 04de março, em Los Angeles, no Estados Uni-dos.

Poema da exactidãoQue a chuva seja chuva, e o vento, ventoQue a noite seja noite, e o dia, diaQue a dor seja só dor, e o tormentoNão se apresente em forma de poesia!

Que tudo seja tal e qual o que éSem embuste, sem alarde ou fantasiaQue até a morte, mesmo a morte até,Seja só morte, jamais seja agonia!

Que a vida seja vida, enquanto vidaE o passado, passado, e não presenteQue cada coisa seja definidaCom um sentido para todo o sempre!

Joaquim Carreira Tapadinhas- Montijo- Montijo- Montijo- Montijo- Montijo

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Gaudreau Assurances...«A nova companhia portuguesa de seguros»

• Entrevista de Norberto AGUIAR

Vincent Gaudreau dirige uma equipa de 33 pessoas, entre elas duas portuguesas.Foto LusoPresse.

Através dos anos, na comunidadeportuguesa, houve várias companhias de se-guros portuguesas, ou, pelo menos, com vári-os compatriotas nossos como agentes de segu-ros com pleno poder de decisão. Estamos alembrar-nos da Seguros Pereira, Gonçalves Se-guros, Seguros Rebelo e muitas outras, assimcomo a Seguros Silva, que viria nos últimosanos a dar azo a uma junção com a SegurosLangelier... Estas, por sua vez, compraram osinteresses da Seguros Pereira para dar na Se-guros Silva, Langelier & Pereira.

Instituido, este aglomerado de três compa-nhias funcionou durante vários anos e comrelativo êxito. Mas, como em tudo na vida, háum tempo para tudo. E foi assim que chegou ahora do grande mentor da Seguros Silva, Lan-gelier & Pereira nos últimos anos, Senhor Nor-mand Langelier, partir para a sua merecida re-forma. Logo, o caminho encontrado foi vendero caderno de clientes ao melhor comprador. Eesse comprador apareceu através da GuadreauAssurances, uma das maiores seguradoras doseu ramo, 40.ª entre as 500 existentes no Que-beque, para sermos mais precisos.

O trespasse aconteceu já em 2017, depois

de intensas negociações entre Normand Lan-gelier e Vincent Guadreau, vice-presidente daGaudreau Assurances. Já com o negócio fe-chado, Vincent Gaudreau visitou a maior parteda clientela portuguesa da Seguros Silva, Lange-lier & Pereira, isto como forma de tomar opulso aos seus novos clientes. Neste caso tor-nou-se decisivo o papel de Anabela Marques,a funcionária que transitou da antiga para anova companhia.

A compra da Seguros Silva, Langelier &Pereira pela nossa seguradora tem muito a vercom o facto de querermos aumentar o nossovolume de negócios. Já somos um dos 40 ma-iores gabinetes quebequenses de seguros, numcenário de 500. E queremos crescer mais ainda.Por isso fomos buscar uma clientela boa, mui-to fiel, como é a portuguesa», começou pornos dizer Vincent Gaudreau, no seu escritóriodo décimo andar da rua Crémazie, em plenobairro St-Michel.

E depois de mais uma pergunta nossa: –Vamos continuar a dar o melhor serviço aosnossos clientes portugueses. Para isso conta-mos com a Anabela Marques, que conhecemuito bem a nossa nova clientela e ainda fo-mos buscar a Teresa Sousa de forma a darmosum apoio contínuo e eficaz. De resto, daremoso mesmo apoio que damos a todos os nossosclientes, que proveem de várias comunidades.Não é por acaso que juntos temos funcioná-rios que dominam 7/8 idiomas. A nossa preo-cupação está em que o cliente se sinta bem,apoiado, sendo acolhido na sua própria língua.Certamente que ele se sente muito mais con-fiante. Sabemos disso e procedemos em conse-quência.

Chegados aqui, viemos a saber que elepróprio (Vincent Gaudreau) é casado com umaguatemalteca, cujos filhos falam o espanhol.Daí que esteja em pleno conhecimento decausa...

A Gaudreau Assurance está apetrechadacom processos tecnológicos modernos eavançados. E presta serviços de ordem comer-cial, industrial e financeira. É uma companhiacompetitiva, segura, independente e diversifi-cada, com propostas muito favoráveis.

Agressiva, no bom sentido da palavra,claro, a Gaudreau Assurance já pensa estendero seu leque de clientes à comunidade grega. Se-rá, como nos disse Vincent Gaudreau, a próxi-

ma etapa no contínuo progressodesta companhia, que nasceu em1999, fundada pelo pai, que continuacomo acionista principal, sendo porisso uma empresa de índole familiar.

Entretanto, a partir de 2016, aGaudreau Assurance passou a ocu-par novas e modernas instalações,situadas no 3737 da Crémazie est,bureau 1001, como o jornalista doLusoPresse pôde constatar. Instala-ções, sem dúvidas, do que há de maismoderno e funcional.

A terminar, acrescentaremosque uma visita à Gaudreau Assuran-ce se faz de maneira prática, pois temestacionamento privado por debai-xo da Metropolitaine, na secção 33,isto se for no seu próprio carro. Seutilizar o transporte público, é tomaro autocarro 460, que o levará ao 3737da Crémazie est, esquina com a 17.ªAvenida.

Já agora, o número de telefonea discar é o (514) 374-9944.

Vincent Gaudreau conta com Teresa Sousa e Ana-bela Marques para continuar a oferecer o mesmoserviço que a Seguros Silva, Langelier & Pereiraprestava à comunidade portuguesa. Foto Luso-Presse.L P

Escola de Nordeste, a braços com uma popula-ção escolar em que 80% dos alunos são carenci-ados.

Então temos aqui outro problema, o dapobreza quase extrema, que os nossos gover-nantes também não gostam de admitir, porquevivemos no paraíso do Dr. Sérgio Ávila.

Não haja hipocrisia! Os dados são os me-lhores indicadores disponíveis para avaliar asituação relativa do sucesso do ensino (leia-sea sua capacidade de ensinar para um determina-do padrão).

Como nos podemos contentar com “li-geiras melhorias” há mais de uma década?

Como é que se pode falar em sucesso esco-lar, quando vemos outras regiões a avançar enós sempre na cauda?

Em setembro de 2016 o Presidente doGoverno, Vasco Cordeiro, anunciava na inau-guração da nova Escola Gaspar Frutuoso (18milhões de euros), na Ribeira Grande, que “aestratégia de promoção do sucesso escolar co-meça a apresentar resultados encorajadores naregião”.

Passados quase dois anos e entrando noterceiro do famoso ProSucesso, somos nova-mente confrontados com estes indicadores de-sastrosos do ranking escolar nacional.

É isto o sucesso?Quanto tempo mais é preciso para se per-

ceber que isto está tudo a falhar?Daí a pobreza que nos fustiga!Começa com a incapacidade dos gover-

nantes em debelar problemas de fundo comoé o da aprendizagem e da criação de capacidadescompetitivas na nossa população.

O ProSucesso está a falir em grande, comoestão as empresas públicas, num padrão quesó não dá desgraça porque continuamos a ban-quetearmo-nos em generosas transferências daUnião Europeia e do Orçamento de Estado,com outros programas nacionais que, discre-tamente, vão alimentando programas de ren-dimentos mínimos garantidos.

Na avaliação geral do 9º ano, de entre 1049 escolas, a melhor dos Açores, por sinalum colégio privado, está na posição 167, sendoque a segunda melhor está na posição 325.

As duas piores estão mesmo no fundo da

tabela com as posições 1 045 (a quatro posiçõesdo último lugar) e 1 031.

Vinte e uma das 25 escolas estão para alémda posição 600!

Na avaliação geral do 12.º ano as coisasnão estão nada melhores.

Das 593 escolas, 19 estão para além domeio da tabela e só 3 têm uma posição abaixodos 300.

Se no geral a situação não é boa, tambémnão o é nas disciplinas fulcrais de Português ede Matemática.

Em ambos os casos, só três a quatro es-colas é que conseguem estar acima do meio databela, sendo que existe uma concentração ele-vadíssima no fundo da tabela.

É caso para perguntar para que serviramas centenas de milhões de euros investidos emedifícios sumptuosos e outros tantos milhõesna contratação de professores e mais uns mi-lhões em programas como o ProSucesso, semvestígios visíveis.

Em vez de estarmos preocupados e a re-flectir sobre as causas do descalabro, aplaudi-mos a “ligeira melhoria” e o discurso habitualdos “acidentes de percurso”.

Tipicamente da nossa terra: pobretes, masalegretes.

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PARA A FEDERAÇÃO AMERICANA DE FUTEBOLELEITO PRESIDENTE COM NOME PORTUGUÊS

• Por Norberto AGUIAR

Chama-se Carlos Cordeiro e acabade ser eleito presidente da Federação Americanade Futebol para os próximos quatro anos, emsubstituição de Sunil Gulati, que esteve no car-go desde 2006.

Carlos Cordeiro, que nasceu em Goa, anti-ga possessão portuguesa na Índia, foi eleitosábado passado como presidente da entidademáxima de futebol nos Estados Unidos, emAssembleia Geral levada a efeito em Miami,Estado da Florida.

Num ato eleitoral deveras concorrido, Car-los Cordeiro teve de passar por três rondas sequis aceder ao posto de presidente, visto ter ti-do oposição assaz importante. Daí que só àterceira tentativa Carlos Cordeiro tenha obtidomaioria absoluta, com 68,6% de votos, longedos 10,6% da sua principal opositora, a advo-gada Kathy Carter. Kathy Carter que, nas duasprimeiras rondas chegou a assustar (36,3%contra 34,6% e 41,8% contra 33,3%, semprea favor do agora presidente) o ex-vice-presiden-te do organismo que dirige os destinos do fute-bol na terra do Tio Sam...

De referir que também concorreram a esteato eleitoral os antigos futebolistas internacio-nais Eric Wynalda, Kyle Martino, Paul Caligiuri,e a jogadora internacionalíssima campeã doMundo e Olímpica várias vezes, Hope Solo(bela e famosa guarda-redes!).

Formado pela famosa Universidade Ha-

vard de Bóston e durante anos executivo daGoldman Sachs, Carlos Cordeiro tem uma difí-cil tarefa pela frente, que é, para já e sobretudo,recuperar o prestígio do futebol dos EstadosUnidos numa altura em que a sua Seleção nãoparticipará no Mundial da Rússia, no próximoverão, o que não acontecia desde 1986...

Por isso, ou devido a isso, a sua primeiragrande decisão é escolher o novo selecionadornacional, que comandará nos próximos qua-tro anos, ciclo do Mundial de Futebol, a Sele-ção americana e que, curiosamente, é a campeãda sua confederação, a CONCACAF...

Uma segunda medida, mas não menosimportante, será de reformar o sistema de todoo futebol juvenil do país, que apesar de estar àsportas de conquistar grandes títulos internaci-onais, lhe falta um outro tipo de consistência.

O ex-vice-presidente (desde 2016), agorapresidente da Federação de Futebol dos Esta-dos Unidos prometeu trabalhar com todospara bem do futebol americano, inclusive comos seus adversários deste ato eleitoral.

Foto de Sascha Steinbach / Getty Images.

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