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Olimpismo Marta Sofia V. O. Francisco, nº18 11ºD Escola Secundária Jorge Peixinho Prof.ª Ana Moura, Educação Física Entregue a 10/11/2017

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Olimpismo

Marta Sofia V. O. Francisco, nº18 11ºD

Escola Secundária Jorge Peixinho

Prof.ª Ana Moura, Educação Física

Entregue a 10/11/2017

Introdução

O tema do seguinte trabalho consiste no Olimpismo. Este será

decomposto em vários subtemas para que todas as suas

componentes possam ser abordadas com clareza.

Será apresentada a definição de olimpismo, e serão também

abordados aspetos como os três valores fundamentais do olimpismo

e os sete símbolos Olímpicos.

Efetuar-se-á uma comparação das principais características dos

jogos olímpicos da antiguidade, em relação aos jogos olímpicos

modernos, e serão também apresentadas e exploradas biografias

correspondentes a dois atletas olímpicos, um deles de nacionalidade

portuguesa.

Por último, serão divulgadas algumas curiosidades olímpicas.

1

Definição de Olimpismo

O Olimpismo moderno, surgido antes dos Jogos Olímpicos, foi

concebido por Pierre de Coubertin, quando este reeditou os Jogos da

Grécia Antiga, em Junho de 1984. Pierre tinha como objetivo disseminar

uma nova filosofia de vida, que ficou definida na Carta Olímpica,

documento criado pelo mesmo, com a finalidade de estabelecer os

princípios e valores essenciais do Movimento Olímpico da Era Moderna.

Assim, o Olimpismo define-se como “uma filosofia de vida que

exalta e combina num conjunto harmonioso: as qualidades do corpo, a

vontade e o espírito. Ao associar o Desporto com a Cultura e a

Educação, o Olimpismo propõe a criação de um estilo de vida

baseado na alegria do esforço, no valor educativo do bom exemplo, e

no respeito pelos princípios éticos universais. O objetivo do Olimpismo é

colocar sempre o desporto a serviço do desenvolvimento harmonioso

do homem, de forma a favorecer o estabelecimento de uma

sociedade pacífica e comprometida com a manutenção da

dignidade humana”.

- (International Olympic Comitee, 2007)

Ou seja, esta filosofia de vida utiliza o desporto como intermediário

para a promoção da paz, da união, participação e cooperação, e do

respeito por regras e adversários, sendo as diferenças culturais, étnicas

e religiosas de grande importância nesta forma de pensar, baseada na

combinação entre desporto, cultura e meio ambiente. É importante

salientar que o Olimpismo não tem apenas como foco os atletas de

elite, mas todas as pessoas, encarando o desporto não somente como

uma atividade, mas como uma influência formativa, que contribui para

o aprimoramento das características individuais, da personalidade e da

vida social.

2

O seu objetivo primordial é, então, contribuir para a construção de

um mundo melhor, sem a existência de discriminação, e assegurar a

prática desportiva como um direito de todos. Isto é, a educação, a

integração cultural, e a busca pela excelência através do desporto,

são ideais a serem alcançados.

Assim, o Olimpismo tem como princípios, por exemplo, a amizade, a

compreensão mútua, a igualdade, a solidariedade e o “fair play” (jogo

limpo), e a ideia é que a prática destes valores ultrapasse as fronteiras

das arenas esportivas e influencie a vida de todos.

É deste ideal que nascem os Jogos Olímpicos.

3

Os três valores fundamentais do Olimpismo

Como já foi referido, o Olimpismo defende vários valores como a

união, participação, e respeito, por exemplo. No entanto, há sete

valores fundamentais, três olímpicos e quatro paralímpicos, que

orientam as ações de todos os envolvidos, não apenas dos atletas que

integram os Jogos como participantes, mas sim todas as pessoas que

vivem segundo esta filosofia de vida. Assim, os três valores fundamentais

do Olimpismo são:

Amizade: este valor baseia-se na procura do entendimento do

próximo, apesar das diferenças existentes entre si, e defende a

prática de atitudes e sentimentos positivos como simpatia,

compaixão, honestidade, confiança, solidariedade e

reciprocidade positiva, que contribuem para a promoção da

convivência harmoniosa entre as pessoas e são essenciais no

desporto.

Excelência: o esforço individual e colectivo é encorajado porque

leva à excelência. A busca pela mesma demonstra quão bons

podem ser os resultados atingidos e quanto as pessoas podem

investir no seu próprio desenvolvimento. Ou seja, a excelência

tem tudo a ver com dar o melhor de si, tanto no desporto como

na vida, participando e progredindo de acordo com os seus

objetivos.

Respeito: o respeito é o princípio básico da convivência.

Demonstrar respeito é ter um sentimento positivo de

consideração por outra pessoa (de diferente nacionalidade ou

religião, por exemplo), seguir as regras e entender que todos

merecem ser tratados com dignidade. Inclui o fair play (jogo

limpo), a honestidade, saber os seus limites, e tomar conta da sua

própria saúde (não utilizar o método do doping) e do meio

ambiente.

4

Estes valores não são apenas aplicáveis no terreno de jogo, mas

sim na nossa vida quotidiana. Segue-se um esquema que apresenta

os valores olímpicos, relacionados com os valores educacionais que

transmitem e com os valores paralímpicos.

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Jogos Olímpicos da Antiguidade vs. Jogos Olímpicos

da Era Moderna

Os Jogos Olímpicos da Antiguidade caracterizavam-se sobretudo

por serem um evento explicitamente religioso, dedicado à veneração

de Zeus, a mais poderosa divindade grega. O local dos Jogos foi

denominado de Olímpia, em homenagem ao Monte Olimpo, a mais

alta montanha grega e suposto local de habitação dos deuses

venerados.

Inicialmente o evento permitia apenas a adesão de gregos, sendo

que os “povos bárbaros” (não-gregos) não podiam participar. No

entanto, quando os romanos conquistaram a Grécia rejeitaram o título

de bárbaros e exigiram o mesmo status dos anteriores, para que

pudessem competir. Assim, e apesar dos Jogos na época serem sempre

disputados no mesmo lugar, um local remoto e de difícil acesso a pé

em Peloponeso (península grega), os competidores e espectadores

vinham não apenas da Grécia, mas de todo o mundo grego. Isto

constitui uma semelhança com os Jogos Olímpicos da Era Moderna,

sendo que dois dos principais valores defendidos são a universalidade e

a diversidade, existindo também competidores de todos os países do

mundo e sendo a cerimónia transmitida pelo mesmo, fazendo com que

também toda a população mundial possa ser espectadora das

Olimpíadas.

Outra semelhança é que, apesar de terem existido alterações nos

prémios, que antigamente eram coroas de louros e atualmente são

medalhas, os vencedores e participantes continuam a ser premiados

pelo seu esforço e potencial. O espírito olímpico era também já

incentivado/posto à prova na Antiguidade e, ainda que

exageradamente em alguns aspetos, as pessoas eram motivadas a dar

o melhor de si para atingir os seus objetivos, que alteraram ao longo do

tempo, com a evolução da humanidade.

A tocha olímpica é o elo de ligação entre os Jogos da Antiguidade

e os Jogos da Era Moderna, sendo que a cultura grega é ainda

respeitada e homenageada em qualquer cerimónia oficial olímpica

nos dias de hoje.

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Nelson Évora (atleta olímpico português)

Nelson Évora é um atleta português de

origem cabo-verdiana. É especialista em triplo-

salto, embora também pratique salto em

comprimento.

É um atleta de alto nível internacional que,

atualmente, representa o Sporting Clube de

Portugal, e que já representou Portugal em

várias provas internacionais, tendo sido

campeão do mundo do triplo-salto em 2007, e

medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de

Pequim, em 2008.

Nome completo: Nelson Évora

Data de nascimento: 20 de Abril de 1984 (33 anos)

Nacionalidade: cabo-verdiana/portuguesa

Altura: 1,83m Peso: 74kg Naturalidade: Costa do Marfim

Nº de vezes nos jogos: 3 Modalidade: atletismo Prova: triplo salto

Nelson Évora nasceu na Costa do Marfim, mas sendo filho de pai

cabo-verdiano e de mãe costa-marfinense, acabou por adotar a

nacionalidade cabo-verdiana. A família emigrou para Portugal quando

Nelson tinha 5 anos.

Fixaram-se em Odivelas, no andar de cima de João Ganço, antigo

recordista nacional de salto em altura e primeiro português a passar os

2m. David (filho de João) e Nelson tornaram-se melhores amigos. A

certa altura João Ganço sugeriu que Nelson começasse a praticar

atletismo com David, e assim se iniciou a sua carreira desportiva.

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Nelson começou por treinar nas instalações da Escola da Ramada,

participando em algumas provas. Aos 10 anos ingressou no Odivelas

Futebol Clube e obteve um excelente resultado em salto em altura.

Como, apesar da tenra idade, dava nas vistas, foi convidado a

ingressar no Benfica e, devido à melhoria das condições de treino,

começou a revelar o seu talento e aptidões físicas na área dos

saltos.

Em infantil, melhorou o seu recorde pessoal no salto em altura para

1,75m e no salto em comprimento para 5,50m, o que significava que

já não tinha adversários ao seu nível.

Como iniciado, atingiu uma espetacular marca no salto em altura:

1,98m. No salto em comprimento fez 6,46m e, numa primeira

abordagem ao triplo salto, 14,35m.

Aos 15 anos, sofreu uma grave lesão no joelho o que suscitou nele o

medo do salto em altura, mudando-se para os saltos horizontais.

Em juvenil de 1º ano, no salto em comprimento aproximou-se dos

7m, e no triplo salto dos 15m.

Na segunda época de juvenil, Nelson saltou 7,55m em

comprimento, e 16,15m no triplo salto.

Ao completar os 18 anos em 2002, Nelson optou por se naturalizar

português, esclarecendo que era em Portugal que estava a sua

vida, e que se sentia mais português que cabo-verdiano ou

marfinense. Começou então, como júnior, a inscrever o seu nome

nos recordes nacionais portugueses.

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Carreira como atleta profissional (ordem cronológica):

2001 - Representou pela primeira vez Portugal no FOJE (Festival

Olímpico da Juventude Europeia), que teve lugar em Múrcia (Espanha),

trazendo a medalha de ouro na prova de salto em comprimento.

2002 - Participou no Campeonato Mundial de Juniores em Kingston

(Jamaica), ganhando o sexto lugar no triplo salto, ainda que tenha

ficado aquém do seu recorde pessoal, fazendo 15,87m.

2003 - Foi duplo campeão europeu de juniores em Tampere

(Finlândia): no salto em comprimento, com 7,83m, e no triplo salto, com

16,43m.

2004 - Conquistou a medalha de bronze na prova de triplo salto, no

Campeonato da Europa Sub-23, em Erfurt (Alemanha).

Neste ano, sofreu uma lesão grave, que quase impediu a estreia do

atleta nos Jogos Olímpicos que se desenrolaram em Atenas, mas, no

entanto, teve uma recuperação fantástica a tempo de participar.

Ainda que não tenha atingido a marca de acesso à final, a sua

presença foi proveitosa para ganhar experiencia e para vivenciar de

perto as emoções vividas numa competição deste nível.

2005 - Conquistou a medalha de bronze no triplo-salto no

Campeonato da Europa Sub-23 em Erfurt (Alemanha) com 16,89m.

Participou no Campeonato do Mundo em Helsínquia, falhando a

qualificação para a final por poucos centímetros, ao ser o 14.º

classificado nas eliminatórias.

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2006 - Nelson deu definitivamente o pulo para o grande circuito

mundial quando em fevereiro, num dos primeiros meetings

internacionais de Pista Coberta, foi campeão em Moscovo, batendo

o recorde nacional pertencente a Carlos Calado e ficando, durante

algumas semanas, como líder mundial com a marca de 17,19m.

Também em 2006, esteve no Campeonato Europeu de Atletismo ao

Ar Livre em Gotemburgo (Suécia), acabando em quarto lugar no

triplo-salto, com a marca de 17,07 metros. Ficou ainda em sexto

lugar na prova salto em comprimento com a marca de 7,91 metros.

2007 - Nelson participou no Campeonato Europeu de Atletismo em

Pista Coberta em Birmingham (Inglaterra), no triplo salto, no qual

obteve o 5.º lugar. Nessa competição, lesionou-se logo ao primeiro

ensaio, tendo ficado impossibilitado de lutar pelo pódio.

Em agosto, nos Mundiais de Osaka, Nelson Évora entra para a

história, sagrando-se campeão do Mundo de triplo salto com a

marca de 17,74m (segunda melhor marca mundial do ano) e

também recorde nacional.

2007 foi o ano da grande confirmação em sénior de quem já tinha

sido dos melhores juvenis e juniores mundiais.

2008 - No ano de 2008, Nelson Évora apontou desde logo os Jogos

Olímpicos como o seu grande objetivo da época, pelo que encarou

os Mundiais de Pista Coberta em Valência (Espanha) como uma

mera fase, classificando-se em terceiro lugar, longe das marcas

usuais (17,27m).

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Até aos Jogos Olímpicos, Nelson foi-se aproximando da forma ideal

e em Pequim realizou um dos seus sonhos de criança: ser Campeão

Olímpico. Numa prova de triplo-salto, debaixo de más condições

atmosféricas, Évora respondeu sempre aos ataques dos seus

adversários, acabando com a competição ao 4º ensaio, saltando

17,67m. Tornou-se assim o 4º atleta português a levar uma medalha

de ouro para Portugal.

2009 - Nelson Évora dispensou participar no Campeonato Europeu

de Pista Coberta para poder preparar-se melhor a época de Verão.

Começou essa parte da época brilhantemente no Brasil, com

17,66m em triplo-salto, marca que o colocou na frente do ranking

mundial deste ano.

Ganhou, a 9 de Julho, durante a Universíada de Verão de

2009 em Belgrado (Sérvia), a medalha de ouro no triplo salto (17,22

metros).

Nos Campeonatos do Mundo de Berlim, Philips Idowu foi mais forte e

Nelson não conseguiu responder como queria, ficando-se pelos

17,55m. Foi a primeira vez que Nelson ganhou uma medalha de

prata em competições internacionais, medalha esta que foi

encarada com muita alegria e fair-play.

2012 - Lesionou-se com gravidade a 18 de janeiro, num evento em

Oeiras, o que o impediu de defender o seu título nos Jogos

Olímpicos de Londres. Desde então, tem sido perseguido por lesões

muito graves que o impedem de regressar à competição.

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2015 - Ganhou a medalha de ouro no Campeonato Europeu de

Atletismo em Pista Coberta de 2015, em Praga (República Checa) na

prova de triplo-salto (17,21m).

Ganhou também a medalha de bronze no Campeonato Mundial

de Atletismo, em Pequim, na prova de triplo-salto com a marca de

17,52m, a sua melhor marca nos últimos seis anos.

2017 - Conquistou a medalha de ouro no Triplo-Salto, nos Europeus

de Pista Coberta, em Belgrado, com 17,20 metros.

Medalha de bronze no Campeonato Mundial de Atletismo de

2017 em Londres, na prova de triplo-salto com a marca de 17,19m,

tornando-se no segundo saltador de triplo-salto mais medalhado em

Campeonatos Mundiais de Atletismo.

Com 33 anos, Nelson Évora já atingiu os títulos mais importantes que

um atleta pode conseguir na sua carreira, mas como o próprio afirma,

“o sonho continua...”.

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Simone Biles (atleta olímpica internacional)

Nome completo: Simone Arianne Biles

Data de nascimento: 14 março 1997 (20

anos)

Nacionalidade: americana

Altura: 1,45m Peso: 47kg

Naturalidade: Columbus, Ohio

Nº de vezes nos jogos: 1

Modalidade: ginástica artística feminina

Provas: trave olímpica, solo, individual

geral, equipa (“Final Five”) e salto

Simone Arianne Biles é uma ginasta profissional dos Estados Unidos,

especialista em ginástica artística, vencedora de catorze medalhas

em campeonatos mundiais, sendo dez delas de ouro. É a ginasta mais

condecorada na história do seu país em mundiais.

A nível pessoal, Simone teve uma infância complicada e encarou

alguns problemas graves durante a mesma. A sua mãe biológica,

Shanon Biles, sofria de alcoolismo e toxicodependência, sendo que

Simone e os seus três irmãos foram resgatados pelos serviços sociais

americanos, uma vez que também o seu pai biológico abandonou a

família. O pai de Shanon (avô de Simone) e a sua esposa, acabaram

por, em 2003, adotar oficialmente a jovem, sendo estes encarados por

ela como seus pais.

O primeiro contacto de Biles com a ginástica ocorreu quando tinha

seis anos, durante uma visita de estudo, demonstrando logo especial

potencial para a modalidade. Assim, foi encorajada pelos professores a

apostar na atividade, que rapidamente se tornou a sua maior paixão.

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Em 2012, com 15 anos, Simone decidiu abandonar o ensino

tradicional para estudar em casa, de modo a poder aumentar a sua

carga horária de treinos de 20 para 32 horas semanais.

Hoje, Simone Biles tem um ganho total combinado de dezanove

medalhas de campeonato olímpico e mundial, sendo a ginasta

americana com o maior número de vitórias.

Biles obteve três títulos mundiais no individual geral

(2013, 2014 e 2015), três títulos mundiais no solo (2013, 2014 e 2015), a

medalha de ouro na trave de equilíbrio em 2014 e 2015, e foi membro

da equipa americana vencedora em 2014 e 2015. Tornou-se a primeira

ginasta a ganhar três Campeonatos Mundiais consecutivos no

individual geral, tendo sido ainda a primeira afro-americana a obter um

título nessa prova.

A nível nacional possui também três títulos no all-around (2013, 2014

e 2015).

Com a sua vitória olímpica no Rio de Janeiro (2016), Biles tornou-se a

sexta mulher a ganhar um título individual em todos os Campeonatos

Mundiais e nos Jogos Olímpicos. Com quatro medalhas de ouro

olímpicas, Biles estabeleceu um recorde americano para a maioria das

medalhistas de ouro em ginástica feminina, num único jogo.

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Carreira como atleta profissional (ordem cronológica):

Júnior:

2011- Biles começou a sua carreira a 1 de julho de 2011, no

American Classic, em Houston. Ganhou o terceiro lugar em all-around,

primeiro lugar em vault e na barra de equilíbrio, quarto lugar em solo, e

foi a oitava classificada nas paralelas assimétricas. Mais tarde no

mesmo mês, competiu no U.S. Classic em Chicago.

2012 - O primeiro encontro de 2012 foi novamente o American

Classic, em Huntsville (Texas), onde conquistou o primeiro lugar em all-

around e em vault, empatou em segundo lugar no solo, foi terceira

classificada na barra de equilíbrio, e quarta nas barras assimétricas.

A colocação de Simone no American Classic assegurou-lhe o lugar

como concorrente no Campeonato Nacional de Ginástica dos EUA,

2012 e, mais tarde, competiu novamente no U.S. Classic em Chicago,

sagrando-se vencedora nas provas all-around e vault.

Em Junho, fez a sua segunda aparição no Campeonato Nacional

de Ginástica dos EUA, desta vez em St. Louis, Missouri. Ela terminou em

terceiro lugar em all-around, primeiro em vault, e sexto em barras

irregulares, barra de equilíbrio e solo. Após esta apresentação, Simone

foi nomeada para a Equipa Nacional Júnior dos Estados Unidos.

Sénior:

2013 - A estreia internacional de Biles foi em março, na Copa

Americana de 2013. Liderou por duas rondas, mas terminou em

segundo lugar, depois de uma queda na barra.

Competiu em Jesolo (Itália), onde ganhou em all-around, vault,

barra de equilíbrio, e solo, além de contribuir para a medalha de ouro

da equipa dos Estados Unidos.

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Participou também nos Campeonatos Nacionais de Ginástica EUA,

em agosto, onde foi coroada a campeã nacional em all-around e,

após o Campeonato Nacional de Ginástica, foi selecionada para a

Seleção Nacional Sénior, e foi convidada para o campo de

qualificação para o Campeonato Mundial de Ginástica Artística de

2013, onde foi nomeada para a equipa do Campeonato do Mundo. Em

Outubro, competiu no mesmo, que teve lugar em Antuérpia, na

Bélgica. Simone tornou-se a sétima mulher americana e a primeira afro-

americana a conquistar o título mundial, conquistando o primeiro lugar

em all-around e em solo.

2014 - Biles perdeu o início da temporada devido a uma lesão

agravada no ombro. Retornou para o U.S. Classic em Chicago, onde

ganhou em all-around por uma ampla vantagem.

No Campeonato Nacional de Ginástica dos EUA de 2014, voltou a

sagrar-se campeã nacional ao final de dois dias de competição,

terminando mais de quatro pontos à frente da medalhista de prata.

Foi novamente selecionada para competir no Campeonato

Mundial de Ginástica Artística 2014 em Nanning (China). Qualificou-se

para as finais individuais e contribuiu para a conquista do primeiro lugar

da equipa nacional americana. Nas provas individuais finais ganhou o

seu segundo título consecutivo em all-around. Biles tornou-se a segunda

mulher americana a repetir-se como campeã mundial.

2015 - Biles foi selecionada novamente para representar os

Estados Unidos no Campeonato Mundial de Ginástica Artística

2015, em Glasgow, na Escócia, como seria expectável. Mais uma vez

classificou-se em primeiro lugar para as finais de all-around, vault, do

barra de equilíbrio e solo.

Com essa vitória, Biles tornou-se a primeira mulher a conquistar três

títulos consecutivos em todos os campeonatos da World Gymnastics

Championships, sendo nomeada atleta olímpica feminina do ano.

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2016 (Olimpíadas no Rio de Janeiro) - Biles entrou na temporada de

2016 como sénior no quarto ano e campeã nacional reinante.

A 10 de julho, foi nomeada para a equipa dos Jogos Olímpicos de

Verão de 2016, no Rio de Janeiro.

Conquistando quatro medalhas de ouro olímpicas, Simone

estabeleceu um recorde americano para a maioria das medalhistas de

ouro em ginástica feminina, num único jogo, e igualou vários outros

recordes com as medalhas que conquistou no Rio de Janeiro.

Biles tornou-se a sexta ginasta feminina a ganhar um título individual

em todos os Campeonatos Mundiais e nos Jogos Olímpicos, e

juntamente com a sua colega de equipa, Gabby Douglas, formam as

únicas ginastas femininas americanas a conquistar o ouro total e o ouro

da equipa nos mesmos jogos olímpicos.

Como a primeira ginasta feminina americana a receber a

honra, Biles foi escolhida pela equipa dos EUA para ser portadora da

bandeira nas cerimónias de encerramento. Fez, assim, história

nas Olimpíadas Rio 2016, subindo ao pódio cinco vezes, com quatro

medalhas de ouro (equipa, salto, solo e individual geral) e uma de

bronze (trave olímpica).

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“Final Five”

Curiosidades Olímpicas

A imagem dos anéis olímpicos entrelaçados vista pela primeira

vez foi desenhada à mão por Pierre de Coubertin, e estava no topo de

uma carta escrita por ele.

O primeiro atleta negro a ganhar uma maratona, correu

descalço. Foi o corredor etíope Abebe Bikila, na Olimpíada de

1960.

A Olimpíada de 1900 contou com um atleta desconhecido até

hoje e que foi provavelmente o mais jovem da história: a equipa

de remo holandesa estava sem um membro e por isso chamou

um rapaz francês local para substituí-lo. Até hoje, ninguém sabe a

identidade do garoto, que deveria ter por volta de 10 anos.

A luta mais longa da história dos Jogos Olímpicos durou mais de

11 horas. Foi na semifinal de luta greco-romana em 1912, entre o

russo Martin Klein e o finlandês Alfred Asikainen.

Londres (Inglaterra), é a única cidade do mundo a ter

sediado três Olimpíadas (1908, 1948 e 2012).

A Europa é o continente que mais sediou Olimpíadas, com 16

edições, mais do que o número de todos os outros continentes

juntos.

O sueco Oscar Swahn foi o competidor mais velho a conquistar

uma medalha olímpica: aos 72 anos e 280 dias, ele foi medalhista

de prata na Olimpíada da Antuérpia, em 1920, na disputa de Tiro

Duplo ao Veado.

Os Estados Unidos conquistaram mais medalhas do que qualquer

outro país (2.298 até hoje).

Nas cerimónias de encerramento dos Jogos Olímpicos, três

bandeiras são hasteadas. As bandeiras da Grécia, para honrar o

berço de nascimento dos Jogos, do atual país-sede e do próximo

país que abrigará a Olimpíada.

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Análise Crítica

Considero que o tema desenvolvido neste trabalho foi bastante

interessante, e que tem utilidade, talvez não no dia-a-dia mas a longo

prazo. Depois de ter assistido a uma palestra organizada pelo Comité

Olímpico de Portugal, que me foi disponibilizada através da escola, o

meu interesse pelo tema despertou. Na minha opinião foi, por isto, um

bom momento para investigar sobre o assunto e adquirir algum

conhecimento mais aprofundado e pormenorizado sobre o mesmo.

Gostei de realizar este trabalho porque enquanto o fazia aprendi

novos conceitos, os significados reais de alguns elementos que me

eram familiares, e ainda adquiri informações sobre diferentes temas

que se interligavam com o principal.

Não tive nenhuma particular dificuldade na realização do mesmo,

encontrando informação suficiente e fundamentada para o

concretizar sem problemas de maior.

Sinto que me fez valorizar mais o desporto e os valores que podem

ser adquiridos através da sua prática, despertou a minha curiosidade e

motivou-me sem dúvida a assistir à Olimpíada de 2020, e às que a

sucederem.

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