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Atletas e torcedores do mundo reúnem-se em Atenas para a 28ª Edição dos Jogos Olímpicos A Universidade em Revista Publicação Bimestral da Universidade da Região de Joinville – Univille Edição II, Ano I – Agosto de 2004 Páginas centrais Redução de Estômago Saiba mais sobre esta técnica e quem pode ou não passar pelo procedimento cirúrgico Pág. 6 Estudos realizados pelo Nuprav orientam sobre benefícios e malefícios de plantas medicinais Pág. 14 Joinville, a Capital Nacional da Dança, tem reconhecimento mundial pela grandiosidade do seu Festival Pág. 18 Saúde Meio Ambiente Saúde Meio Ambiente Turismo Turismo A Universidade em Revista Publicação Bimestral da Universidade da Região de Joinville – Univille Edição II, Ano I – Agosto de 2004 Foto: Comitê Olímpico Brasileiro Olimpíadas 2004 Olimpíadas 2004

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Atletas e torcedoresdo mundo reúnem-se emAtenas para a 28ª Edição

dos Jogos Olímpicos

A Universidade em RevistaPublicação Bimestral da Universidade da Região de Joinville – Univille

Edição II, Ano I – Agosto de 2004

Páginas centrais

Redução de EstômagoSaiba mais sobre esta técnica equem pode ou não passar peloprocedimento cirúrgico Pág. 6

Estudos realizados peloNuprav orientam sobrebenefícios e malefícios deplantas medicinais Pág. 14

Joinville, a Capital Nacional daDança, tem reconhecimentomundial pela grandiosidadedo seu Festival Pág. 18

Saúde Meio AmbienteSaúde Meio Ambiente TurismoTurismo

A Universidade em RevistaPublicação Bimestral da Universidade da Região de Joinville – Univille

Edição II, Ano I – Agosto de 2004

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Olimpíadas 2004Olimpíadas 2004

Editorial

Sonho douradoune nações

mundo une-se para assistir um dosmais lindos espetáculos do planeta, osJogos Olímpicos. Sua beleza não estáapenas na garra, na paixão, nos corpos

esculpidos de cada atleta; a essência dos própriosJogos e sua beleza vão muito além. Apesar de tantatolice feita pelo homem, o esporte, com certeza,unifica nações, pois quando se luta pelos mesmossonhos e mesmos ideais, diferenças de crenças,raciais e sociais são esquecidas em um universo querealmente fascina, o do esporte.As Olimpíadas de Atenas, na Grécia, país de crençase mitos, reúne mais de 10 mil atletas, representando202 países. Do Brasil, são 245, que lá estãorepresentando nosso país e que levaram na bagagemmuita determinação, força de vontade, o desejo deconquistar o sonho dourado e alcançar o lugar maisalto do pódio, juntamente com o orgulho derepresentar nossa pátria.Nesta segunda edição da Revista Universo Univillenão poderíamos deixar de mostrar aos nossos leitoresum pouco mais sobre essa festa do esporte mundial.Mais de um século depois de seu renascimento,muita coisa mudou, foi aprimorada, mas a essênciadas Olimpíadas ainda é a mesma.Desejamos aos nossos atletas, sejam eles do vôlei, dobasquete, da ginástica artística, da natação, doatletismo, enfim, de todas as modalidades, sucesso,perseverança e muita humildade. E para Você,nosso leitor, uma ótima viagem na história damais grandiosa luta de superação do ser humano.

Boa leitura e até a próxima edição.

Cíntia Fanezze Só

Editorial

8 Brasil Os blocos econômicos e as relaçõesinternacionais e suas influências para o país

16 Responsabilidade SocialGinástica Laboral – Atividade oferecida a funcionáriostraz benefícios à vida pessoal e profissional

20 ContrapontoSaiba mais sobre pirataria de produtos e sobresoftware livre ou gratuito

23 UniversidadeInvestir em ensino de qualidade, atividades

de extensão e de pesquisa contribui paraa produção do conhecimento

Nesta edição

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Comentários

Revista Universo Univille - Agosto de 2004

Entre em contato conoscoA notícia é você e para você. A Gerência de Marketing e Relacionamento da Univille está noprédio Administrativo, junto à Reitoria. Estamos aguardando suas sugestões, críticas e elogios.Nosso telefones são (47) 461-9022/461-9053 e nossos e-mails [email protected] ,[email protected]

EDIÇÃO DE LANÇAMENTO

Tive a oportunidade de ler a nova

Revista Universo Univille e gostaria de

parabenizá-los. Gostei muito e acredito que a

mesma ficou de fácil assimilação e interessante.

Espero que vocês continuem e ampliem ainda mais

a qualidade. Esta questão de enviar em nossos

endereços também foi uma idéia muito boa. Como

sugestão, gostaria de ver reportagens sobre os

funcionários da Univille (a vida na comunidade, a

participação voluntária, os hobbies etc.), além de

mais reportagens sobre ex-alunos, a exemplo da

que saiu na edição nº 1. Mais uma vez,

parabéns e um grande abraço.

Joselito Marcio Torrens

Multibrás SA –Joinville

Gostei muito daprimeira edição da RevistaUniverso Univille. Espero que naspróximas edições se fale mais sobreos cursos, em especial de Medicinae Odontologia.Maria Marcia Guilherme de BarrosMãe de um aluno de Medicinada Univille

Salto de Pirapora-SP

Em primeiro plano

gostaria de manifestar o meu

apreço pelo ótimo trabalho

realizado por esta equipe na

elaboração da nova revista “Universo

Univille” augurando pleno êxito e

alcance de seus objetivos na

informação da comunidade

acadêmica.

Prof. Ingo Rusch Alandt

Assessoria Jurídica

Univille

Agradecemospelo envio da RevistaUniverso Univille. Parabénspela qualidade gráfica eeditorial da publicação.

Grande abraçoLígia Najdzion - Chefe Depto.Comunicação e Marketing

Institucional da UnivaliItajaí

Li toda a Revista

Universo Univille e gostei

muito da nova estratégia adotada.

A matéria de Responsabilidade Social

ficou ótima. Se possível, gostaria de

escrever para a revista também. Sobre o

espaço Jovem Empreendedor, avaliem a

possibilidade da minha participação.

Um abração.

Celso Ricardo

A2C - Internet para Negócios

Joinville

Revista Universo Univille – A Universidade em Revista Publicação Bimestral da Universidade da Região deJoinville – Univille – Edição II, Ano I – Agosto de 2004• Reitora: Marileia Gastaldi Machado Lopes • Vice-Reitor: Wilmar Anderle • Pró-Reitor de Ensino: Paulo Ivo Koehntopp

• Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação: Sandra Aparecida Furlan • Pró-Reitora de Extensão e Assuntos Comunitários:Therezinha Maria Novais de Oliveira • Pró-Reitor de Administração: Gilmar Erzinger • Gerente de Marketing e Relacionamento: VictorRafael Laurenciano Aguiar • Editora: Cíntia Fanezze Só (8905 - RS) • Reportagem: Ana Karina Siqueira Dias (1453 - SC) / CíntiaFanezze Só (8905 - RS) / Silvio Simon (8818 - RS) / Sônia Regina de Oliveira Santos (2306 - CONRERP) • Revisão: Reny Hernandes• Design Gráfico / Ilustrações: Juliana Floriano • Colaboradores: Elcio Ribeiro e Karla Pfeiffer Moreira – Escritório de Design / CarolineS. Campos e Renata Beatriz Müller – Estagiárias do Laboratório de Fotografia • Fotografias: Studium Photos / Gerência de Marketing eRelacionamento / Assessoria de Eventos • Impressão: Gráfica Coan • Tiragem: 12 mil exemplares • Periodicidade: Bimestral• Conselho Editorial – Denise Taschek: Gerência de Marketing e Relacionamento / Berenice Rocha Zabbot Garcia: Pró-Reitoria deExtensão e Assuntos Comunitários / Ivanilda Bastos: Comitê de Responsabilidade Social / Genesio Krumheu: Reitoria / FabíolaPossamai: Pró-Reitoria de Ensino / Lucy Campos: Pró-Reitoria de Administração / Reny Hernandes: Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação / Valmir Santhiago: Presidente do DCEUniversidade da Região de Joinville – Univille Campus Universitário, Caixa Postal 246 / Bairro Bom Retiro Cep 89223-251Joinville - Santa Catarina Homepage - www.univille.br

a luta contra a obesidade mórbida,que afeta grande parte da populaçãomundial, médicos, profissionais daárea e, principalmente, pacientes

ganharam um grande aliado, a gastroplastia,popularmente conhecida como cirurgia deredução de estômago. Apesar de seusbenefícios, para realizar a cirurgia algunscritérios são fundamentais. O paciente deve terbem claro que a redução não deve acontecerapenas por questões estéticas, mas sim paragarantir a sua qualidade de vida.A indicação cirúrgica é feita às pessoas comíndice de massa corporal (IMC) superior a 40,ou seja, muitos quilos acima do peso, ou apacientes com IMC 35, mas que já apresentamdoenças associadas a essa obesidade, comohipertensão e diabetes, e que estão sob riscode morte. Segundo os médicos e professores docurso de Medicina da Univille, Dr. RicardoLemos e Dr. Franco Haritsch, não basta apessoa querer passar pela cirurgia, tem quehaver um comprometimento. Na equipe doDr. Ricardo e do Dr. Franco, que operam emtodos os hospitais de Joinville, o paciente,antes da cirurgia, precisa passar por avaliaçãopsicológica e ou psiquiátrica, endocrinológica,acompanhamento nutricional, além dediversos exames médicos, para garantir osucesso do procedimento cirúrgico.Em média, 15 pessoas são submetidas à

Gastroplastia,benefícios de uma técnicaCirurgia de redução de estômago pode ser a saída para aobesidade mórbida, mas os médicos alertam que a técnica nãoé um método mágico para emagrecer nem deve ser utilizadoapenas por questões estéticas

Cíntia Fanezze Só

redução de estômago em Joinville por mês.Dessas, 65% são mulheres que, além debuscarem uma vida melhor, querem resgatarsua vaidade e sua feminilidade. Após o atocirúrgico, há uma jornada a ser percorrida,que implica um envolvimento médico/paciente por cerca de dois anos. O pacienteprecisa estar consciente de que as dietas e otratamento recomendados são essenciais paragarantir o sucesso da cirurgia. O pacienteinicia com uma dieta líquida, passa para apastosa e, gradativamente, vai introduzindoalimentos sólidos.Conforme os médicos, mesmo consumindoquase todos os alimentos de uma dieta nor-mal, o paciente, com certeza, nunca maisvoltará a comer a quantidade que ingeria antesda redução. “Geralmente o obeso écompulsivo, come muito além de suasnecessidades diárias. Após a cirurgia adiminuição de alimentos chega a ser de 80%”,

Saúde

Dr. Ricardo e Dr. FrancoDr. Ricardo e Dr. Franco

Revista Universo Univille - Agosto de 2004

Uma nova vida

afirmam. Com a quebra de vínculo entrepaciente e comida, muitos apresentamdepressão, por isso é importante oacompanhamento psicológico. Além disso, aingestão de suplemento alimentar e aaplicação de vitaminas são fundamentais paraque a pessoa operada não desenvolvadesnutrição aguda.

Uma nova vidaO obeso muitas vezes não é bem visto pelasociedade. Os quilos a mais podemcomprometer o rendimento no trabalho,destruir casamentos, fazer com que a pessoa nãose aceite e não seja aceita, tanto pela família,quanto por amigos ou colegas. Para a mulherainda é mais difícil. Vaidosa por natureza,sonhando em ter um corpo escultural, quandovive o dilema dos quilos a mais, principalmentequando essa obesidade é mórbida, confina-se emseu próprio mundo. Esquece o que é ter umavida de prazer, seja ele profissional, pessoal ousexual, e acaba levando uma vida de frustrações,de renúncia, fazendo dacomida sua grandecompanheira.A funcionária daUniville Sônia Regina deMacedo da Cruz, 35anos, é um exemplo: nãose aceitava e acreditava queoutras pessoas também não aaceitavam daquela forma.Em maio do ano passado,por recomendação médica, e

com um IMC de 46, submeteu-se àcirurgia por meio de

videolaparoscopia. Hoje, 49 quilosmais magra, sente-se feliz, dispostae com sua auto-estima renovada.Das etapas difíceis do tratamentorecorda-se do primeiro mês, em

que a dieta se limitava a líquidos,mas o desejo de mastigar eraenorme. Atualmente, Sônia dizdar mais valor à alimentaçãosaudável, graças aoacompanhamento nutricional,além de ter mais disposição

física. Apesar dos poucosquilos que ainda falta

eliminar, ela sabe que precisa seguir otratamento e que não adianta apenasfazer a cirurgia, que é preciso mudar deestilo de vida e de pensamento pararealmente voltar a uma vida normal.Para a funcionária do AmbulatórioMédico da Universidade, a auxiliar deenfermagem Dejalmira Luciano deSouza, o sobrepeso não era motivo detristeza, pelo contrário, sempre buscouviver uma vida normal e com alegria.“Meu marido, sempre me dizia paraque eu não ficasse magra, gostava demulheres gordinhas”, comenta. Depoisdo falecimento dele, há quatro anos, epor questões de saúde - já que erahipertensa, roncava muito eencontrava limitações nas atividadesmais simples do dia-a-dia- foimotivada pelos seus médicos arealizar a cirurgia.Nove meses após a redução,Dejalmira já eliminou 35 quilos.Antes de passar pela cirurgiaela diz ter trabalhado muitobem o lado emocional,para que realmente oresultado obtido após acirurgia e durante otratamento fosse o maispositivo possível. “Eu nãocomia muito, mas comiamal, não dava valor paraos alimentos. Hoje,mudei minha vida, minha cabeça. É umatransformação tanto física quanto psicológica”.Dejalmira toma diariamente as vitaminas, nãodesperdiça a pouca quantidade de alimentos quepode consumir com bobagem e tenta manteruma dieta rica com todos os nutrientesnecessários para garantir sua saúde.

O surgimentoO primeiro relato de cirurgia para obesidademórbida é da década de 50; foi realizada porKremen, médico americano, que diminuiu a áreaintestinal de um paciente. Quanto à cirurgia deredução do estômago há dois ‘papas’: o médicoamericano Fobi, que realizou o primeiroprocedimento em 1986, e o médico italianoCapella, que em 1990 aprimorou a técnica.

O surgimento

Atualmente, a técnica mais utilizada no Brasilleva o nome dos dois - Fobi-Capella (veja noquadro como é feita a cirurgia).No Brasil, a cirurgia foi implantada por volta de1987, por um dos mais respeitados cirurgiõesdessa área, o médico Arthur Garrido Júnior. EmSão Paulo, o Instituto Garrido – Centro MédicoPaulistano Especializado em Cirurgias deRedução de Estômago – é um dos maisimportantes órgãos para a realização doprocedimento e para estudos sobre o assunto.Há três anos, aproximadamente, oprocedimento cirúrgico ganhou dimensões emaior conhecimento por parte da população,tornando-se, de certa forma, depois da cirurgiade implantação do silicone, a cirurgia da moda.Conforme os médicos Ricardo Lemos e FrancoHaristsch, a cirurgia é uma boa alternativa paraas pessoas que lutam para perder peso semsucesso e que apresentam problemas de saúdedecorrentes desse sobrepeso. A obesidade, emnosso país, afeta 70 milhões de pessoas, dasquais cerca de 1 milhão são obesos mórbidos.Em Santa Catarina, o custo de uma cirurgiade redução varia entre 10 e 15 mil reais, masos pacientes podem pedir auxílio ao médicocirurgião, que encaminha o paciente aoSistema Único de Saúde –SUS para o custeioda cirurgia.

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Esôfago

GrampeadorLinha de

corte

Estômago

Linha decorte

Intestinodelgado

Um “grampeador”separa umapequena porçãodo estômago

Depois do corte éconstruído umpequenoreservatóriogástrico comvolume variávelde 15 a 45 ml

Estômagoexcluído

Bolsagástrica

É colocado umanel de silicone

E por último, aárea intestinal éreduzida

Anel desilicone

Alimento

Alçaintestinal

com 1 metro

Alimento

Sucodigestivo

Segmento deabsorçãoreduzida

Anel desilicone

Como é feita a cirurgiaCalcule seu Índice demassa corporalAltura X alturaPeso : o valor da alturaEx: Qual o IMC de uma mulher com altura de1,60m e 110 kg?1,60 X 1,60 =2,56110 : 2,56 = 42,96IMC = 42,96

Confira a tabelaIMC abaixo de 18,5 = baixo pesoIMC de 18,5 a 25 = peso normalIMC 25 a 30 = pré-obesidadeIMC 30 a 35 = obesidade grau 1IMC de 36 a 40= obesidade de grau 2IMC acima de 40 = obesidade grau 3 – mórbida(considerada grave)

Revista Universo Univille - Agosto de 2004

Brasil

Internacionalizaçãoda economiaAmpliar as relações entre países exige muito jogo de cinturae horas de negociação

Silvio Simon

arece mentira, mas aindahoje existem empresários epaíses que encaram ocomércio exterior como um

simples ato de toma lá, dá cá. Isso podeser observado claramente nos episódiosocorridos no mês de julho, quandobarreiras e taxações foram impostas aprodutos brasileiros como eletrodomésticos,carnes brancas e soja. O professor KunibertoSacht, que leciona Relações Econômicas e SociaisInternacionais e Teoria e Prática Cambial, noscursos de Comércio Exterior e Ciências Econômicasda Univille, observa que esse tipo de reação podetornar-se cada vez mais freqüente. “Por isso, éimportante que nesse tipo de divergência se procurenegociar, pois a pior solução é a retaliação”, observa. Ele aponta a abertura da economia, na década de90, como o pontapé inicial para esse novo processode desenvolvimento da indústria brasileira. Segundoele, o Brasil evoluiu na tecnologia, nas instalaçõesfabris, na gestão das pessoas e das empresas, e aconseqüência natural foi o aumento gradativo naparticipação dos produtos manufaturados nasexportações, uma situação que fez com o que oBrasil passasse de mero vendedor de commodities –matérias-primas de extração mineral, vegetal eanimal – a um novo concorrente no mercadointernacional de negócios. “É natural que surjammedidas protecionistas, como no caso daArgentina, para conter a penetração”. Sacht afirmaque justamente por isso é necessário estar muitobem preparado, com pessoas que conheçam as leisinternacionais de comércio, para saber quando cedere quando ter uma posição firme.

E a Alca?Segundo o professor, as conversasenvolvendo a Alca serão muito maisdifíceis. Ele acha prioritário que se penseem um projeto de desenvolvimento paratoda a América e não somente para algunsintegrantes. Isso porque a diversidade detamanho das economias é grande, bastaobservar os pequenos países da AméricaCentral. Na Alca, as negociações maiscomplicadas vão envolver o setor de

serviços, como as operações bancárias ede telecomunicações.Considera, ainda, que o maisimportante para o Brasil é ampliar abase de mercados com acordosbilaterais de comércio, abrindonovas fronteiras.

A relação com a ArgentinaHoje, 50% do consumo argentino

de eletrodomésticos são produtosbrasileiros. Isso afeta diretamente a

indústria da região de Joinville. Um dadointeressante é que em 10 anos, este é oprimeiro em que o saldo da balançacomercial com a Argentina é positivo parao Brasil.

O crescimento da economiada Argentina está diretamenteinterligado ao do Brasil,devido à complementaridadedos dois mercados. O grandeproblema é a defasagem entrea indústria brasileira e aargentina, nos estágios deinstalações e tecnologia. Osnossos vizinhos devemgradativamente resolver oproblema financeiro, paraequipar o parque industrial eter condições de disputa.O professor Sacht consideraque também o Mercosul temgrande importância para asrelações comerciais doBrasilno âmbito

continental,especialmente nas

negociações bloco a bloco.Por exemplo, para fechar umacordo favorável com a UniãoEuropéia é fundamental terum Mercosul coeso, pois issopropiciará uma aberturamaior dos países europeus àsmanufaturas produzidas pelospaíses integrantes doMercosul. É o caso dadiminuição dos subsídiosinternos para produtos depaíses em desenvolvimento,entre eles o açúcar.

A internacionalização da indústria catarinenseNão só em Joinville, mas em muitas outras regiões de SantaCatarina e do Brasil está ocorrendo ainternacionalização da indústria. No norte temosbons exemplos, como a Weg, em Jaraguá do Sul, asindústrias moveleiras, em São Bento do Sul, e as demetal-mecânica, de Joinville. De tudo que a“Manchester Catarinense” produz, 28% tem como destino omercado externo.Para Maria Tereza Bustamante, gestora corporativa deComércio Exterior e Relações Externas da Embraco, oBrasil vem de forma bastante tímida procurandonovos nichos de mercado. “O Mercosul foi ummarco importante no processo de integração,mas que precisa se fortalecer e,

principalmente, respeitar asregras do acordo”, observa.Segundo MariaTereza, atualmenteexiste umamultiplicidade deacordos, alguns mais avançados que outros, como éo caso da Alca – Área de Livre Comércio dasAméricas, e do que ocorre na União Européia e nospaíses da Ásia.“O caso das geladeiras foi interessante, pois pelaprimeira vez tivemos uma massa crítica paraidentificar falhas e o que pode ser feito com relaçãoà política externa”, destaca. Ela considera que aindústria argentina precisa de uma política industriale não de uma ação de retaliação, como a que ocorreu

com os produtos brasileiros. “No final, acabacomprometendo o todo, gerando uma situação de

confronto e soluções de curto prazo. A América do Sulnecessita crescer e para isso precisa de investimentos, que

só virão para cá se tivermos regras claras, respeito aoscontratos e uma verdadeira proposta de integração”.

Para mais informaçõesacesse, leia, procure:www.cinsc.com.brwww.apexbrasil.com.brRevistas: Exame, Carta Capital, Isto É DinheiroJornais: Gazeta Mercantil e Valor EconômicoTV: telejornais, noticiários especializados, Globo News,Band News, Blomberg, CNN

Revista Universo Univille - Agosto de 2004

O planeta de olhoem AtenasO mundo assiste a uma das mais importantes festas doesporte mundial. Muito mais do que a competição quemove os Jogos Olímpicos, essa bela festa dá um exemplode integração, igualdade e respeitoCíntia Fanezze Só

Capa

atleta é movido pela garra, paixãoe determinação; a junção de todoesse empenho pode ser vista namais importante festa do esporte

mundial, os Jogos Olímpicos. Apesar dosmomentos difíceis que o mundo vive, comguerras, crises políticas e econômicas, oplaneta volta-se para Atenas, na Grécia, paraassistir à mais importante festa do esportemundial. Mesmo nas disputas pelo lugar nopódio, pelas medalhas, é como se víssemos oplaneta de mãos dadas.Para os professores do curso de EducaçãoFísica da Univille, Eriberto Fleischmann eAntonio José da Rosa, as olimpíadas têm opoder de congregar as nações. E é o quemostra o número de participantes. No total,

serão 10 mil atletas, representando 202países. Para promover ainda mais essaintegração, todos os atletas ficarão alojados emuma estrutura montada especialmente paraeles, a tradicional Vila Olímpica. Esse é umcostume de todos os Jogos e faz parte doespírito do próprio evento, o da aproximação,independentemente da nacionalidade, decrenças ou costumes. A rivalidade dá lugar àamizade e ao respeito. Serão 16 dias de showesportivo, que será transmitido ao mundopara um público estimado de 4 bilhõesde telespectadores.Nesses 108 anos, as Olimpíadas ganharamcrescente credibilidade e respeito, sendoconsiderada a mais importante competiçãoesportiva do mundo. Para os professoresEriberto e Antonio José da Rosa é aoportunidade que a elite do esporte tem deobter o reconhecimento do esforçodespendido, além de ser exemplo para osfuturos atletas.

O SurgimentoA história dos Jogos Olímpicos modernos temcomo principal personagem o pedagogo eesportista francês Barão Pierre de Coubertin.Em um congresso de educação e pedagogia,realizado em 23 de julho de 1894,Coubertin defendeu a criação de um órgão

O Surgimento

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O Brasil nos Jogos OlímpicosNosso país participou da primeira Olimpíadaem 1920, com 29 atletas que, por amor aoesporte, suportaram uma viagem de quase 30dias em um navio com destino a Antuérpia,na Bélgica. Mesmo timidamente, o Brasilparticipou em cinco modalidades: tiro, remo,natação, saltos ornamentais e pólo aquático.De Antuérpia a Atlanta, em 1996, o Brasilparticipou de 16 Jogos Olímpicos. Só esteveausente em Amsterdã, nos jogos de 1928.Para Atenas o país levará a maior delegação detodas as Olimpíadas: 245 atletas, sendo 123homens e 122 mulheres. Atletas do estado deSanta Catarina nessa delegação serão 62. É orecorde de participação de nosso Estado. Nosúltimos Jogos Olímpicos, em Sidney, o Brasilparticipou com 205 competidores. Somando-se aos esportistas a participação de técnicos,auxiliares, preparadores, médicos e pessoaladministrativo, nossa delegação perfaz umtotal de 403 pessoas.

(fonte: Comitê Olímpico Brasileiro – www.cob.org.br ewww.atenas2004.com.br)

internacional que unificasse as diferentesdisciplinas esportivas e que promovesse arealização, a cada quatro anos, de umacompetição internacional entre atletasamadores, ampliando para o mundo o que jáhavia ocorrido na história do Estado grego.Isso porque, disposto a reformar o sistemaeducacional da França, Pierre de Coubertinviu no esporte, sobretudo nos ideais olímpicosgregos, uma fonte de inspiração para oaperfeiçoamento do ser humano.Nesse congresso já foi formado o ComitêOlímpico Internacional (COI) e ficoudecidido que os primeiros Jogos Olímpicos daEra Moderna seriam celebrados em Atenasdois anos depois, em 1896. Pierre deCoubertin foi o primeiro presidente doComitê Olímpico Internacional; sua gestãoaconteceu de 1896 a 1925. Ele faleceu em 2de setembro de 1937, em Genebra, na Suíça.Em seu testamento solicitou que seu corpofosse enterrado na Suíça, mas que seu coraçãofosse levado ao santuário de Olímpia, naGrécia, onde permanece depositado em umobelisco de mármore até hoje.

O Brasil nos Jogos Olímpicos

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Iatista Torben Graelcarrega a bandeirado Brasil na aberturaoficial dos Jogos

Atenas revive suas tradições sediando osJogos Olímpicos

Revista Universo Univille - Agosto de 2004

O Símbolo OlímpicoO símbolo olímpico, criado em 1913 peloBarão Pierre de Coubertin, representa oscincos continentes interligados. Cada cortem sua representação: azul, Europa;amarelo, Ásia; preto, África; verde, Oceania;vermelho, América.

Atenas comemora com alegria o fato de podersediar a 28ª edição das Olimpíadas, mostrandosua inteira ligação com os Jogos e revivendo oespírito esportivo que marca a capital grega,especialmente. Após 108 anos de sua primeiraparticipação, o país, com certeza, está bemestruturado e preparado para abrigar osmilhares de atletas e turistas que chegam nestemês para tomar parte no evento. Atenas queriater sediado os Jogos em 1996, pois pretendiacomemorar os 100 anos do evento na cidadeonde oficialmente foram lançados os primeirosJogos Olímpicos da Era Moderna. A infra-estrutura disponível naquele ano, entretanto,não agradou o Comitê Olímpico Internacional.Para 2004, a disputa não foi tão fácil; a cidadeconcorreu com mais dez: Buenos Aires(Argentina), Cidade do Cabo (África do Sul),Estocolmo (Suécia), Istambul (Turquia), Lille(França), Rio de Janeiro (Brasil), Roma (Itália),San Juan (Porto Rico), Sevilha (Espanha) e SãoPetersburgo (Rússia). Na escolha final, queaconteceu em setembro de 1997, Atenassuperou Roma por 66 votos a 41.Os investimentos, calculados em mais de 4bilhões de euros, foram aplicados na construçãode novos estádios e ginásios, além da criação detoda a infra-estrutura necessária para acomodaratletas, espectadores, torcedores e a imprensa domundo todo. Atenas ganhou também uma VilaOlímpica, novos hotéis e melhorias nos sistemasde transporte e segurança. Desses investimentoso mais importante é o novo aeroportointernacional, considerado o mais moderno daEuropa. As disputas dos mais diversos esportesacontecerão em 38 sedes, entre estádios,ginásios, pistas, piscinas e traçados, mas o localprincipal será o estádio Olímpico da cidade,onde ocorrerão as provas de atletismo, a final dotorneio masculino de futebol e as cerimônias deabertura e encerramento.

O Símbolo Olímpico

Atenas revive suas tradições sediando osJogos Olímpicos

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Daiane dos Santos,maior promessa demedalha de ouropara o Brasil

As Olimpíadas pelo MundoAtenas – 1896Paris – 1900St. Louis – 1901Londres – 1908Estocolmo – 1912Antuérpia – 1920Paris – 1924Amsterdã – 1928Los Angeles – 1932Berlim – 1936Londres- 1948Helsinki – 1952Melbourne – 1956Roma – 1960Tóquio – 1964México – 1968Munique – 1972Montreal – 1976Moscou – 1980Los Angeles – 1984Seul – 1988Barcelona – 1992Atlanta – 1996Sidney - 2000

Modalidades que integram oprograma dos Jogos Olímpicosde Atenas 2004AtletismoBeisebolBasqueteBoxeCanoagem (slalom)Canoagem (velocidade)Ciclismo (estrada)Ciclismo (mountain bike)Ciclismo (pista)EsgrimaFutebolGinástica (artística)Ginástica (rítmica desportiva)Ginástica (trampolim acrobático)HandebolHipismo (adestramento)Hipismo (concurso completo de equitação)Hipismo (saltos)Hóquei na GramaJudôLevantamento de PesoLutas (livre e greco-romana)NataçãoNatação SincronizadaPentatlo ModernoPólo AquáticoRemoSaltos OrnamentaisTae-kwon-doTênisTênis de MesaTiroTiro com ArcoTriatloVelaVôleiVôlei de Praia

Revista Universo Univille - Agosto de 2004

m busca de qualidade e estilo devida mais saudáveis, a populaçãoestá cada vez mais atenta aalternativas para levar uma vida

natural. Nos dias de hoje, além dessa buscapodemos perceber que, devido às dificuldadesfinanceiras frente ao alto preço dosmedicamentos, a comunidade está semostrando mais interessada em usar plantasmedicinais para fins preventivos outerapêuticos. Dados da Organização Mundialde Saúde (OMS) mostram que cerca de 80%da população mundial faz uso de algum tipode erva para alívio de sintomas dolorosos oudesagradáveis.A própria história nos mostra que, desde osprimórdios, a humanidade vem utilizandoplantas como remédio, em busca da cura deseus males. No entanto, por falta deinformação, algumas pessoas não tiram omelhor proveito dessas plantas, desconhecendotodos os seus benefícios e também seupotencial de toxicidade.Segundo o professor e pesquisador LucianoSoares, coordenador do Núcleo de Pesquisa deProdutos Naturais “Prof. Ricardo AlessandroVieira” – Nuprav, embora a indústriafarmacêutica brasileira esteja entre as 10maiores do mercado mundial (representandocerca de 3%), e o mercado farmacêuticonacional esteja entre os cinco maiores nomundo (com as vendas atingindo cerca de 9,6bilhões de dólares/ano), existe ainda umagrande parcela da população sem acesso amedicamentos e a serviços de assistênciafarmacêutica.Preocupados com essa situação, pesquisadores,professores e acadêmicos da Univille realizam,

Meio Ambiente

Plantas quecuram? Informe-se antes

desde 2000, estudos nos hábitosde uso das plantas medicinais nacidade de Joinville e no estadode Santa Catarina. São Franciscodo Sul (Vila da Glória), Joinville(Jardim Paraíso, Centro ePirabeiraba), Ibirama, BalneárioCamboriú, Taquaras, entre outras, já forambeneficiadas com o levantamento das plantasmedicinais utilizadas pela população.

As mais popularesCertas plantas possuem diferentes nomespopulares, dependendo de cada região. Alémdisso, um mesmo nome popular vale,conforme a região, para diferentes plantas.Muitos erros são verificados na identificaçãodas espécies por causa disso. Nesse sentido oNuprav, apoiado pelo Departamento deFarmácia da Univille, trabalha visandopromover o uso racional das plantasmedicinais.Por meio dos estudos coordenados pelosprofessores Cynthia Hering Rinnert e LucianoSoares, detectou-se que as plantas medicinaismais utilizadas e cultivadas nas residênciaspesquisadas são: boldo, capim-limão, erva-cidreira, “penicilina”, espinheira-santa,alecrim, sálvia, camomila, entre outras.Também se identificou que a população utilizamais essas plantas para tratamento deproblemas no sistema digestivo, sistemarespiratório e sistema nervoso central.O professor Luciano alerta que algunscuidados devem ser tomados, tendo em vistaevitar o uso inadequado das plantas, o quepode causar efeitos colaterais no organismo,por isso a importância de informações seguras

Ana Karina Siqueira Dias

Plantas quecuram? Informe -se antes

As mais populares

de que a planta utilizada é realmentea verdadeira. Segundo informou,

qualquer espécie usada emexcesso e de forma prolongadapode acarretar problemas àsaúde. “Temos quedesmistificar o conceito de queos medicamentos de origemnatural são isentos de efeitos

colaterais. Todos podemapresentar efeitos indesejáveis, com

grau variável de toxicidade”, ressalta.Deve-se tomar cuidado para não atrasar odiagnóstico de doenças graves; às vezes o melhora fazer é procurar um médico em vez de tratar-se apenas com chás de ervas. Também éimportante não deixar de cumprir umtratamento recomendado pelo médico, pois oestado do paciente pode se agravar. O professorLuciano indica o site www.fitoterapia.net paraquem se interessa por tratamentos à base deplantas medicinais.Caso você queira saber um pouco mais sobre asplantas medicinais que possui no seu quintal,retire algumas folhas, coloque num saco plásticoe leve no mesmo dia ao herbário localizado noCampus Univille. Os pesquisadores do Nupravirão analisá-las, identificá-las e ensinar comoutilizá-las. O professor Luciano pode sercontatado pelo telefone (47) 461-9091.

FIQUE ATENTO!• As plantas medicinais podem apresentar

algumas vezes efeitos indesejados, se não forem

utilizadas na forma e quantidade orientadas

• Os chás devem ser feitos e consumidos no

mesmo dia. Não devem ser guardados de um dia

para outro

• Não substitua medicamentos por remédios de

plantas sem o conhecimento do seu médico

• Nunca utilize mistura de plantas sem

orientação de um profissional de saúde que

tenha conhecimento de plantas medicinais

• Em caso de piora de sintomas ou efeitos

colaterais, procure pelo serviço de saúde mais

próximo

• Não utilize plantas cultivadas em locais

inadequados, como próximos a fossas ou

depósitos de lixo

• Tome cuidado para não confundir o nome das

plantas utilizadas. A mesma planta pode ter

diferentes denominações.

e apresenta alguns efeitos. O verdadeiro é o

boldo-do-chile, cujas folhas são quebradiças.

Efeitos adversos: não conhecidos.

Contra-indicação: Gravidez, pessoas com doenças

hepáticas, cálculo biliar, problemas crônicos

freqüentes.

CAMOMILA – Matricaria recutita – Usada como

digestivo, sedativo, para eliminação de gases,

combater cólicas e estimular o apetite.

Efeitos adversos: alergias

Contra-indicação: pessoas alérgicas às plantas da

mesma família, como por exemplo, arnica e losna.

ERVA-DOCE – Pimpinella anisum – serve como

estimulante das funções digestivas, para eliminar

gases, combater cólicas, analgesia, curar tosse,

resfriado e bronquite.

Efeitos adversos: reações alérgicas na pele, trato

respiratório e trato gastrintestinal.

Contra-indicação: não deve ser utilizado em

pessoas que apresentem alergia, grávidas,

crianças menores de 6 anos e pessoas que

apresentem sintomas como gastrite e doenças

neurológicas.

Fonte: C. M. O. Simões. Farmacognosia: da planta aomedicamento

Propriedade das PlantasHORTELÃ – Mentha x piperita – Utilizada em caso

de má digestão, náuseas e sensação de inchaço,

causada por acúmulo de gases no aparelho

digestivo. Também para descongestão nasal e

para alívio do mal-estar respiratório do início da

gripe.

Efeitos adversos: em uma dose muito elevada

pode prejudicar a respiração, provocar insônia e

alteração cardíaca.

Contra-indicação: crianças pequenas,

principalmente bebês, não devem ingerir em

excesso.

BOLDO – Peumus boldus – Para tratamento dos

males do fígado e de problemas da digestão como

azia e gastrite. Só é preciso tomar muito cuidado

pois existem dois tipos de “boldo”. O encontrado

no Brasil (com a folha peluda) não é o verdadeiro,

Em Joinville, você encontra as ervas e mais informaçõesno Empórium – Produtos Naturais, localizado na Rua doPríncipe nº 777. O telefone para contato é 422-6017.

FIQUE ATENTO!• As plantas medicinais podem apresentar

algumas vezes efeitos indesejados, se não forem

utilizadas na forma e quantidade orientadas

• Os chás devem ser feitos e consumidos no

mesmo dia. Não devem ser guardados de um dia

para outro

• Não substitua medicamentos por remédios de

plantas sem o conhecimento do seu médico

• Nunca utilize mistura de plantas sem

orientação de um profissional de saúde que

tenha conhecimento de plantas medicinais

• Em caso de piora de sintomas ou efeitos

colaterais, procure pelo serviço de saúde mais

próximo

• Não utilize plantas cultivadas em locais

inadequados, como próximos a fossas ou

depósitos de lixo

• Tome cuidado para não confundir o nome das

plantas utilizadas. A mesma planta pode ter

diferentes denominações.

Revista Universo Univille - Agosto de 2004

Responsabilidade Social

ivemos em uma época de rápidasmudanças, que exigem, sobretudo dasempresas, atributos essenciais à suasobrevivência tais como busca constante

de qualidade, velocidade, criatividade, flexibilidade,confiabilidade, custos baixos e produtividade. Como aumento da competitividade, o que ocorre é umamudança de mentalidade dentro das organizações.Em oposição à era industrial, na qual os produtostinham lugar de destaque, as empresas começam aperceber que seu maior patrimônio é o ser humanoe que o talento pessoal, a criatividade e o bem-estardos trabalhadores são os fatores que determinam aqualidade dos produtos e serviços prestados.Diante desse cenário, uma das questões que vemrecebendo atenção diferenciada é a melhoria daqualidade de vida do colaborador. Valorizá-lo passoua ser exigência para um negócio ganhar vantagenscompetitivas no mercado atual. A responsabilidadesocial das empresas está sendo vista como umgrande e importante fator influenciador relacionadoa esse assunto. Uma das práticas de responsabilidadesocial para público interno que vem se destacando éa ginástica laboral, cuja implementação requer uminvestimento baixo, quando comparado aosresultados e benefícios alcançados.

A ginástica laboral (GL) é uma atividade físicaorientada e praticada durante o expediente e nopróprio local de trabalho, que aplica exercíciosadequados de alongamento e compensação dasestruturas musculares envolvidas nas tarefasoperacionais diárias, com o intuito de prevenirdoenças ocupacionais e propiciar benefícios pessoaisno trabalho. Pode assumir característicaspreparatórias (aquecimento), compensatórias erelaxantes, de acordo com o período do turno detrabalho em que é empregada. As sessões, que duramem média 15 minutos, têm como principaisobjetivos a prevenção aos DORT (DistúrbiosOsteomusculares Relacionados ao Trabalho), da LER(Lesão por Esforços Repetitivos) e a diminuição doestresse.A GL contribui ainda para a redução de acidentes edas faltas ao trabalho pois, a partir da quebra darotina, desperta o trabalhador, prepara a musculaturapara as ações habituais do dia-a-dia, ativa acirculação sangüínea e contribui para a retomada daatenção e concentração às atividades. A prática deexercícios físicos também favorece uma maiorintegração, melhorando as relações entre as pessoas,e entre estas e a empresa. As atividades contínuas daginástica laboral ajudam a minimizar a tensão e

aumentam a disposição para otrabalho, garantindomaior produtividade.

Na Univille, oprograma deginástica laboral estáem andamento pormeio de dois

projetos.O projeto de pesquisado acadêmico GustavoCostenaro Brandalise,

A Univille investe em benefícios para o público internoaliando qualidade de vida e melhor rendimento no trabalho

Denise Taschek

Corpo em movimento, Corpo em movimento,

do 4º ano de Educação Física, questiona se aginástica laboral pode ou não prevenir ou melhorarestados depressivos, sociais ou fisiológicosdecorrentes do trabalho e da vida moderna. Ele seutiliza da comparação de participantes do programade GL com pessoas sem esses recursos. O estudanterealiza a ginástica laboral diretamente com oscolaboradores da biblioteca universitária e estáorganizando um grupo de pessoas para fazercaminhadas.Já o projeto da acadêmica Juliana Scheuer, do 3º anode Educação Física, está sendo aplicado nos demaissetores da Universidade. Cada setor realiza 2 sessõespor semana, intercalando atividades aeróbicas, dealongamento e de relaxamento.Em uma pesquisa realizada pela acadêmica com 150colaboradores da Universidade, os resultadosdemonstram que 85% dos entrevistados sentemalívio nas dores corporais com a prática da GL, 84%puderam perceber melhora no relacionamento comcolegas de trabalho, 94% sentem-se mais dispostospara desenvolver atividades no trabalho após assessões de ginástica e 96% afirmam que já sentirammelhoras no seu bem-estar. Além do resultadopositivo, os colaboradores manifestam interesse emtornar a prática da ginástica laboral diária, poisobservam um adicional de ânimo nos dias em queela acontece, e enfatizam: “o programa nãodeve parar”.

Integrante do Comitê de Responsabilidade Social e funcionária da Gerência de Marketing e RelacionamentoColaboração de textos: Gustavo Costenaro Brandalise e Juliana Scheuer.

Alguns benefícios daGinástica Laboral• Elimina e previne os problemas causados

por esforços repetitivos

• Aumenta a autopercepção, o autocontrole,

a auto-estima e a motivação

• Previne acidentes de trabalho, minimizando

a utilização de serviços médicos

• Diminui consideravelmente a falta ao

trabalho (absenteísmo)

• Estimula a criatividade e a liderança

• Previne e elimina as causas do estresse

• Promove a cooperação e a comunicação

entre colaboradores e lideranças, facilitando

as relações humanas

• Incentiva a prática da atividade física fora

do trabalho

• Controla a ansiedade e a tensão muscular

• Previne a fadiga muscular e as doenças

causadas por traumas cumulativos

• Estimula o ânimo e a disposição para o

trabalho e, conseqüentemente, aumenta a

produtividade individual e do grupo

• Melhora a qualidade de vida do praticante

de uma forma geral

saúde e produtividadesaúde e produtividade

Revista Universo Univille - Agosto de 2004

Turismo e Lazer

maior cidade do estado de SantaCatarina, de nome francês esotaque alemão, além de ser oterceiro pólo industrial da Região

Sul, revela-se no contexto artístico e cultural doBrasil, promovendo eventos para conservar astradições e os valores culturais deixados pelosseus fundadores.O vasto patrimônio cultural e o rico ambientenatural possibilitam à cidade um crescentedesenvolvimento turístico, oferecendo aosturistas que nos visitam, seja a passeio, anegócios ou para participar em eventos, umaampla estrutura. Uma mostra dessa relaçãoharmônica entre arte, cultura e turismo é oFestival de Dança de Joinville, que em sua 22ªedição repete o brilhantismo de cores, formas,luzes, sons e beleza.

A realização de um sonho derepercussão internacionalNascido do sonho do professor da EscolaMunicipal de Balé da Casa da Cultura deJoinville, Carlos Tafur, de realizar um evento quereunisse grupos de dança regionais para trocarexperiências e também divulgar as atividadesdos grupos, o festival se tornou referência nogênero. Em 1983, a idéia do professor foiencampada por Albertina Tuma, na época

diretora deeventos daCasa daCultura, eencontrou

No mês de julho, Joinville se transforma no palcooficial da arte, da cultura e do entretenimento

Joinville, cidade que dança,cidade que encanta

apoio no então diretor daFundação Cultural de Joinville,Miraci Deretti. Desse modo seiniciaram as primeiras atividadesque consagrariam oFestival como aprincipalmanifestação dedança da AméricaLatina.Ao longo de 22 anos,

mais de 1 milhão de pessoas tiveram aoportunidade de assistir a grandiososespetáculos. O evento tem demonstrado, anoapós ano, a sua capacidade evolutiva nosquesitos de organização e de qualidade técnica.Esse crescimento é percebido pelo número deempregos que o evento gera - 150 empregosdiretos e 500 indiretos - e só foi possível graçasao empenho, à força e à determinação depessoas que escreveram a história desse festival,e ao apoio da iniciativa privada.O historiador e professor da Univille AfonsoImhof afirma haver duas Joinvilles, umaanterior ao festival e outra posterior, com umadimensão grandiosa. Ele acredita que o evento,atualmente, esteja repercutindo muito maisfora da cidade de Joinville e que é precisoprofissionalizar cada vez mais as entidadesculturais do município, para estarempreparadas para atender à demanda de turistas.

Sônia Regina de Oliveira Santos

Fotos: A

lceu Bett

Cronologia do Festival1983: Nasce o primeiro Festival de Dança

A primeira edição reúne, na Sociedade Harmonia

Lyra, o surpreendente número de 400 bailarinos,

vindos de outros estados do país. Cinco noites

encantam uma platéia de 5 mil pessoas, apesar da

terrível enchente que marca o Estado.

1984: É preciso aumentar

O espaço da Sociedade Harmonia Lyra fica pequeno

para os mil bailarinos e a maioria das apresentações

é transferida para o Ginásio Ivan Rodrigues. A noite

de abertura é implantada nessa edição.

1985: Notoriedade nacional

O festival conquista o reconhecimento nacional e

consagra a cidade como a Capital Nacional da

Dança. Sobem ao palco 2 mil bailarinos, para um

público de 45 mil pessoas.

1986: O festival cresce

O número de bailarinos e grupos aumenta, reunindo

cerca de 6 mil bailarinos de 169 escolas. Palcos ao

ar livre são montados em praças públicas.

1987: O evento ganha expressão internacional

O festival passa a contar com a presença de uma

companhia ou de um bailarino internacional.

1988: Seis anos de sucesso

A edição de número

seis envolve 4 mil

bailarinos, que se

apresentam para 60 mil pessoas em dez dias de

espetáculos.

1989: As apresentações se difundem

As apresentações vão às indústrias, retomando o

projeto Palco nas Empresas. O evento ganha espaço

na tela da Rede Globo de Televisão.

1990: O espetáculo balança, mas não cai

O festival sofre os abalos da economia do país e o

número de participantes cai para 2 mil bailarinos. Os

recursos são escassos, mas o show não deixa de

acontecer.

1991: O prestígio aumenta

As competições são centralizadas no Ginásio Ivan

Rodrigues. Além de chamadas ao vivo para a Rede

Globo, a caravana da novela Ana Raio e Zé Trovão,

da Rede Manchete, prestigia o evento.

1992: Dez anos de Festival

O evento traz novamente à cidade cerca de 4 mil

bailarinos do Brasil e da Argentina. Uma

programação especial, com os grupos destaques em

edições anteriores, é apresentada em

comemoração.

1993: Homenagem às personalidades

Tributo a Rudolf Nureyev, Jorge Donn e Carlos

Trincheiras, importantes perdas do mundo da

dança. Sobem ao palco, pela primeira vez,

concorrentes da modalidade dança de rua.

1994: O show é verde e amarelo

Ano do tetracampeonato da Seleção Brasileira de

Futebol. O festival é invadido pela mesma alegria.

Neste ano, passa por Joinville a equipe do programa

Globo Repórter.

1995: Os ânimos se alteram nos bastidores

Depois de algumas tempestades políticas e

econômicas, o evento ganha nova configuração em

sua organização.

1996: A cidade recebe visitas ilustres

Pela primeira vez o Ministro da Cultura, Francisco

Weffort, visita o evento. Integrantes do Balé Bolshoi,

de Moscou, são atração.

1997: O maior festival de dança do mundo

O festival assume o título de maior do mundo,

recebendo 6 mil bailarinos.

1998: O festival ganha nova morada

O espetáculo é realizado no Centreventos Cau

Hansen e recebe um público de 80 mil pessoas. A

Feira da Sapatilha é incorporada ao evento.

1999: Agora com Bolshoi

O Instituto Festival de Dança passa a administrar o

evento. Joinville é presenteada com uma extensão

da Escola de Balé do Teatro Bolshoi. Seu

funcionamento inicia em março de 2000.

2000: O festival ganha espetáculos infantis

O festival infantil Meia Ponta incrementa o evento,

com o objetivo de dar oportunidade às novas

gerações de bailarinos. Aproximadamente 70 mil

pessoas movimentam a cidade.

2001: Público e artistas cada vez mais próximos

O festival ganha a Mostra de Dança

Contemporânea, evento não-competitivo que visa

aproximar os artistas do público.

2002, 2003, 2004: Bailarinos e comunidade têm

ampla programação

Os cerca de 4.500

bailarinos se dividem

entre as noites de

exibição e as diversas atividades

paralelas, alcançando um público de

50 mil pessoas.

Revista Universo Univille - Agosto de 2004

editoria Contraponto aborda nestaedição dois temas fundamentais para ofuturo do Brasil. São questões queatingem de forma direta a geração de

empregos e a disseminação da tecnologia dainformação. Estamos falando da pirataria deprodutos e do software livre ou gratuito. Abordamos temas Augusto Campos, que é coordenador deinformática do Tribunal Regional Eleitoral deSanta Catarina e um dos maiores especialistasbrasileiros em software livre, e Emerson Kapaz,presidente do Instituto Brasileiro de ÉticaConcorrencial – ETCO, que conhecedetalhadamente a questão que envolve a pirataria.A todos, uma boa leitura.

1)Como estão as discussões sobre software livre noBrasil e no mundo? Augusto Campos - Governos como o da França, daAlemanha, da Espanha e do Brasil - que já roda osoftware livre em computadores de estatais e ministérios- pronunciam-se fortemente a favor. Com a adoção porparte de empresas com grande influência sobre omercado de informática mundial, como a IBM, a HP, aOracle e a Novell, o trabalho de convencimento domercado e da mídia ficou mais fácil.

2) Quem não é da área de tecnologia deinformação também irá colaborar paradesenvolver o sistema operacional? AC - Acredito que não. O diferencialaí é outro e reside no fato de o códigoestar disponível para aquela minoria quetem a capacidade e o interesse de fazer

alterações, corrigir eventuais falhas eagregar novas funcionalidades.

3) O usuário doméstico está interagindonas discussões?

AC - Nas reuniões nacionais de queparticipei, geralmente a convite do

Instituto Nacional de Tecnologiada Informação, notei a presença

Contraponto

Ações para umBrasil melhorSilvio Simon

muito maior de representantes de entidadesgovernamentais, de universidades, institutos depesquisa e empresas de maior porte. Quando aAssembléia Legislativa de Santa Catarina promove seuseventos, os representantes das empresas locais, dasuniversidades e os interessados da própria comunidadecostumam estar presentes em grande número.

4) Muitos usuários criam barreiras com relação ao uso.A tendência é que esses obstáculos sejam superados?AC - Esta é uma questão mais psicológica do que detecnologia da informação. As pessoas tendem a resistira mudanças. Entretanto, pode haver questões técnicasenvolvidas. Se, por um lado, não é necessário mais doque um pequeno treinamento ou palestra para resolvero problema dos usuários que acham difícil o sistemalivre, do outro, um usuário que precise de algumrecurso avançado de seu programa anterior, que nãoseja disponibilizado na alternativa, terá de optar entrenão migrar e sobreviver sem o recurso.

5) Em termos de economia, o que isso irá representarpara o Brasil?AC - Entram na balança os custos de transição e asdiferenças que serão sentidas pelas empresas atuantesno mercado das soluções de software fechado, quepodem ser substituídas por equivalentes de custo maisbaixo. Também é preciso avaliar a redução dasdespesas de empresas que são obrigadas a consumirsoftwares caros de origem internacional, a conseqüêncianos custos no processo produtivo e o crescimento deprestadoras de serviços relacionados ao software livre.

6) E quem mais ganha?AC - Deixando de lado todas as questões econômicas,políticas e ideológicas, acredito que quem mais ganhasão as pessoas que não podiam dispor de um softwareque atendesse suas necessidades (ou pagavam muitocaro por ele) e que agora podem obtê-lo. Isso porquedesenvolvedores de todo mundo estão unidos nacriação dessa alternativa em que a funcionalidade,a segurança e a robustez são os objetivosmais importantes.

software livre

1) Se de um lado temos as indústrias, que fazemgrandes investimentos na formação de umamarca, de outro temos uma população com baixopoder aquisitivo. Como podemos resolver essaequação e oferecer produtos bons, legais e defácil acesso?Emerson Kapaz - Não é uma solução fácil. OETCO – Instituto Brasileiro de ÉticaConcorrencial – tem estudado essa questão comprofundidade, e podemos dizer que serãonecessárias mudanças em vários níveis. Emprimeiro lugar o Governo e a sociedade precisam

priorizar essa questão. Em segundo, seránecessário um estudo setorial cuidadoso, pois assoluções de um setor não servirão para todos.Em terceiro, temos que passar por um novo ciclode mudanças estruturais, como reformas nalegislação trabalhista, aprofundamento dasmudanças tributárias com simplificação,equalização de alíquotas e redução de carga, porexemplo. E em quarto lugar, é urgente umacoordenação dessas ações entre a sociedadeorganizada e o Governo, criando-se talvez umConselho entre os agentes econômicos.

2) São muitas as reportagens que abordam o tema pirataria.Recentemente tivemos uma, em rede nacional, envolvendo diretamenteos grandes times de futebol do Brasil. Temos exemplos de produtos deseleções européias que são vendidos a um custo médio de R$ 70,00 emlojas de departamento. Este é um exemplo a ser seguido pelos clubes?EK – Acredito que os clubes brasileiros devem buscar outrassoluções, mais adequadas à realidade e às condições socioeconômicasdo torcedor. Tenho certeza de que esse não é um exemplo a serseguido.

3) Assim como em outras situações, se pune somente quem vende.Não está na hora de o Brasil ter penalidades para quem compraprodutos piratas? O desenvolvimento de atividades voluntárias emcomunidades carentes, por exemplo.EK – Não é tão simples assim punir o consumidor. Na verdade elepassa a ter essa opção de compra quando a venda não é reprimidapelos poderes constituídos, e em especial o consumidor já tem tidoum decréscimo de sua renda nos últimos anos. Essa é uma mudançaque se faz ao longo do tempo, com o desenvolvimento de uma maiorconsciência do que significa comprar esse tipo de mercadoria e daligação com o crime organizado e a violência que esteato pode significar.

4) Em termos reais, quais são as perdas daeconomia brasileira com a indústria da pirataria?EK – O Brasil deve perder algo como R$ 35 bilhõescom os produtos que são vendidos através da rede depirataria. São impostos que deixam de serrecolhidos e empregos que não são gerados.

5) E quais seriam as soluções?EK – As soluções passam pelos pontoslistados acima, somados a eles uma maiorênfase no controle de fronteiras. Umaatenção especial deve ser dada à divisacom o Paraguai. É um local ondedeveríamos coordenar um projetoalternativo de desenvolvimento para aregião, visando incluir os desempregados domercado ilegal.

Revista Universo Univille - Agosto de 2004

O que é o software livre ?Segundo o site www.gnu.org, software livre se

refere à liberdade de os usuários executarem,

copiarem, distribuírem, estudarem, modificarem

e aperfeiçoarem o software. Destacam-se

quatro tipos de liberdade:

• De executar o programa, para qualquer

propósito;

• De estudar como o programa funciona e

adaptá-lo para as suas necessidades. Acessar o

código-fonte é um pré-requisito;

• De redistribuir cópias; (Fonte: www.gnu.org)

Estude e dê a sua contribuiçãoEstude e dê a sua contribuiçãoAs discussões envolvendo o software livre são importantespara que ocorra a democratização do acesso à tecnologia

É o que vem fazendo um grande número de pessoasque querem ter liberdade para poder desenvolver egerenciar. São organizações, empresas e cientistasque desejam o software livre. Eles querem nãosomente a gratuidade, mas poder utilizar econtribuir para o desenvolvimento do produto.Tudo respeitando o direito do autor. “Os nomes daspessoas que derem sua contribuição vão aparecendo

• De aperfeiçoar o programa e liberar os seus

aperfeiçoamentos, de modo que toda a

comunidade se beneficie. Acessar o código-fonte

é um pré-requisito.

Se um software é livre isso não significa que ele

não possa ser comercial. Um programa livre deve

estar disponível para uso, desenvolvimento e

distribuição comercial. O desenvolvimento

comercial de software livre não é incomum; tais

softwares livres comerciais são muito importantes.

A utilização na UnivilleComo Universidade, a Univille vem

progressivamente implementando o uso de

sistemas operacionais que se enquadram no

padrão software livre. Estão em uso o Oppen-

office, editor de texto colocado no novo laboratório

de informática na Biblioteca Universitária, e o Linux,

Atenção às licençasQuem deseja usufruir os benefícios do software

livre deve estar atento. As iniciativas que

envolvem o tema são orientadas por licenças.

Segundo o professor Lineu, uma licença é o jeito

de o autor permitir o uso de sua criação (soft-

ware, no caso), pelos outros, de maneiras

aceitáveis para ele.

Entre as licenças mais encontradas podemos

Faça um linkwww.softwarelivre.org.br

www.gnu.org

www.openoffice.org.br

à medida que é inserido um novo recurso noprograma”, explica o gerente de Tecnologia daInformação da Univille, professor Lineu FernandoDel Ciampo. Para auxiliar no aprimoramento dosoftware é preciso ter bons conhecimentos deinformática para acessar o código-fonte doprograma, realizar uma alteração ou incluir umnovo recurso.

sistema operacional que roda nos laboratórios de

informática e em alguns setores da administração.

“Certamente isso vai gerar uma economia

para a universidade e maior

facilidade na hora de atualização”,

destaca o professor Lineu.

incluir a Licença Pública Geral

(GNU – GPL), que é a licença livre

mais comum em uso no mundo,

a Artistic License e a BSD Style

License. “Cabe ao autor incluir

uma licença que declare de que

maneiras o software pode ser

usado”, observa o professor.

www.softwarelivre.gov.br

www.softwarelivre.gov.br/SwLivre

www.softwarelivresc.org.br

m tempos de crise, desemprego emudanças, o jovem tem maisdificuldade em decidir o que fazerpara se tornar um profissional

indispensável no futuro. Há muitasoportunidades de ensino e pouca informaçãosobre a qualidade.

Então, como acertar na escolha?É preciso buscar compreender a realdiferença entre faculdade isolada euniversidade para depois decidir onde e o

Portas abertas para omercado de trabalhoDiante da escassez de emprego e da grande concorrência nomercado, é cada vez mais necessário buscar o diferencial na suaárea de trabalho

Ana Karina Siqueira Dias

que estudar. A oferta de ensino superior noBrasil vem crescendo de forma explosiva.Por esse motivo, o jovem deve saber buscara melhor opção para ter um diferencialdentro desse cenário de altacompetitividade.O ensino superior brasileiro é compostopor segmentos com características distintase peculiares. Essas são identificadas pelaoportunidade que alguns desses segmentospodem oferecer e outros não. A faculdadeisolada é um segmento apenas educacional.Ela não tem o dever de realizar pesquisanem extensão, somente ensinar e formarcidadãos aptos para atuarem no mercado detrabalho. Já as universidades precisamdesenvolver pesquisa e extensão, prestar

serviços à sociedade, aperfeiçoando equalificando o ensino em sala

de aula.

Universidade

Finalidades do Ensino SuperiorAperfeiçoando e disponibi l izando a

continuidade do ensino e do crescimento

intelectual, as universidades também

oferecem, além da graduação, cursos de

pós-graduação, programas de mestrado ou

de doutorado em funcionamento regular e

reconhecidos pela Coordenação de

Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Supe-

rior - CAPES. Tudo isso para formar

profissionais preparados a contribuir para o

desenvolvimento socioeconômico, elevando

a qualidade de vida da população do país.

A LDB ressalta as finalidades do ensino

super ior:

I - estimular a criação cultural e o

desenvolvimento do espírito científ ico e do

pensamento ref lex ivo;

I I - formar diplomados nas diferentes

áreas de conhecimento, aptos para a

inserção em setores profissionais;

III - incentivar o trabalho de pesquisa e

investigação científ ica, visando o

desenvolvimento da ciência e da tecnologia

e a criação e difusão da cultura,

desenvolvendo o entendimento do homem e

do meio em que vive;

IV - promover a divulgação de

conhecimentos culturais, científ icos e

técnicos que constituem patrimônio da

humanidade e comunicar o saber através do

ensino, de publicações ou de outras formas

de comunicação;

V - suscitar o desejo permanente de

aperfeiçoamento cultural e profissional e

possibi l i tar a correspondente concretização,

integrando os conhecimentos que vão sendo

adquir idos numa estrutura intelectual

sistematizadora do conhecimento de cada

geração;

VI - estimular o conhecimento dos

problemas do mundo presente, em particu-

lar os nacionais e regionais, prestar serviços

especial izados à comunidade e estabelecer

com esta uma relação de reciprocidade;

VII - promover a extensão, aberta à

participação da população, visando à

difusão das conquistas e benefícios

resultantes da criação cultural e da pesquisa

científ ica e tecnológica geradas na

inst i tu ição.

Portanto, para ser uma Universidadesegundo a Lei de Diretrizes e Bases daEducação Nacional - LDB, a instituiçãodeve ser pluridisciplinar, caracterizando-sepela indissociabilidade das atividades deensino, pesquisa e extensão, e deve ter,obrigatoriamente, em seu quadro docente,um terço do total de professores comtitulação de mestre e doutor e um terço dototal de professores em regime de trabalhointegral. As universidades têm autonomiapara criar, organizar e extinguir cursos eprogramas de educação superior.Já as faculdades ou instituições não-universitárias atuam somente na áreaespecífica de conhecimento ou de formaçãoprofissional.A criação de novos cursos superiores nessessegmentos depende da autorização do PoderExecutivo, conforme o Decreto nº 3.860/01, art. 13.Ser uma Universidade é uma granderesponsabilidade. Ela reside na importânciaque a instituição dá à qualificação daeducação para a formação profissional deseus acadêmicos.

Revista Universo Univille - Agosto de 2004

10 anos de pesquisaA pesquisa na Univille cresceu e essecrescimento gera mudanças na forma de vere fazer a Universidade. A Instituição estásendo reconhecida por suas atividades deensino e também de pesquisa. A produçãocientífica articulada com o ensino e aextensão projeta a Universidade emoutro cenário, o do desenvolvimentoe da inovação.Segundo a Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Sandra Aparecida Furlan, apreocupação da Univille com odesenvolvimento científico e tecnológicoteve início no final dos anos 70, muitoantes de a Instituição tornar-seUniversidade. Mas foi a partir de 1994,com a criação do Fundo de Apoio àPesquisa – FAP da Univille, que a pesquisacientífica teve seu crescimento acentuado.Esse fundo destina, hoje, 4,5% da receitalíquida da Universidade para odesenvolvimento científico, tecnológico e a

inovação, buscando sempre aliar asdiretrizes nacionais às demandas da nossaregião, de modo a promover uma melhorqualidade de vida às comunidades que aUniville procura servir.Torna-se claro que a qualidade do ensinotem estreita relação com o montante deinvestimentos destinados à pesquisa e com aqualidade de seus resultados. A Política deDesenvolvimento Científico é viabilizadapor meio do FAP, que tem permitido odesenvolvimento gradual da pesquisa e aconsolidação do Programa Institucional deApoio ao Estudante na Área da Pesquisa,que inclui o Programa de Bolsas deIniciação Científica.Entre 1994 e 2003, o número de projetosde pesquisa passou de 2 para 40 e o númerode projetos de iniciação científica, quepermitem a participação de estudantes degraduação no desenvolvimento de pesquisas,passou de zero para 138. Hoje, já são 60projetos de pesquisa em andamento naUniville, dos quais 15 contam com apoiofinanceiro externo, do governo federal, dogoverno estadual, de fundos internacionaisou de empresas. Esses projetos estãodistribuídos entre os 46 grupos de

pesquisas existentes na instituição, nasdiferentes áreas do conhecimento.Para atender a esse crescimento, aUniville tem investido maciçamente emqualificação docente e conta hoje com54% do seu quadro docente com atitulação de mestre ou doutor.

O Projeto Pedagógico da Univille colocaa pesquisa como um de seus princípiosfundamentais. A pesquisa, de umaforma geral, é entendida comoprocedimento racional e sistemático,voltado à produção de conhecimento,com o objetivo de manter um processoconstante de reflexão crítica,contribuindo para a melhoria daqualidade do ensino e propondoalternativas para a realidade existente,gerando mudanças não apenas nocampo do pensamento, mas também noda prática cotidiana.Segundo a Chefe da Área de Pesquisa,professora Denise Abatti Kasper Silva, apesquisa estimula um forte interessenos alunos trabalhando a criatividade.“A possibilidade de os acadêmicosparticiparem de projetos e realizarempesquisa científica enquanto estão nauniversidade faz com que eles dêem umsalto na própria formação pessoal”, diz.

Bolsas do CNPqTambém como resultado dos dez anos deinvestimentos em pesquisa realizados pelaUniville, este ano, o Conselho Nacional deDesenvolvimento Científico e Tecnológico(CNPq), órgão vinculado ao Ministério daCiência e Tecnologia (MCT) para o apoio àpesquisa brasileira, aprovou 10 bolsas deiniciação científica para a Univille.A professora Sandra A. Furlan enfatiza que aUniville, após vários anos pleiteando recursospara fomento à iniciação científica nauniversidade, conquistou sua primeira cota debolsas de iniciação científica fornecida por esseórgão. A partir de agosto, a Univille contará commais 10 bolsas, agora do CNPq, além das 82bolsas oferecidas pelo Fundo de Apoio àPesquisa (FAP) da instituição e das 49 bolsasconcedidas pelo governo do Estado.Contribuindo diretamente para a formação depesquisadores (mestres e doutores, especialistasem várias áreas de conhecimento), o CNPq é,desde sua criação até hoje, uma das maiores emais sólidas estruturas públicas de apoio àCiência, Tecnologia e Inovação (CT&I) dospaíses em desenvolvimento.

Revista Universo Univille - Agosto de 2004

Pensar é transgredirPensar é transgredirPensar é transgredirPensar é transgredirPensar é transgredir, Lya Luft, Editora Record, 192págs, R$ 24,90A gaúcha Lya Luft reúne neste livroromances, ensaios, poemas e textosbreves que envolvem tramas edramas existenciais, o sentido e ovalor da vida, o banal e omisterioso. A sentença quelançamos sobre nós mesmos, emnossas escolhas ou silêncios. Anarrativa representa uma mulherque relata sua problemática. Lyaescreve para o leitor que chama deseu amigo imaginário, que podeser homem, mulher, velho ou jovem e aquem convida a transgredir a monotonia, a mesmice, aacomodação e a futilidade, refletindo sobre várias questões quepodem ocorrer a qualquer um de nós.

RespeitoRespeitoRespeitoRespeitoRespeito, Richard Sennett, Editora Record, 336 págs,R$ 39,90

Baseado em lembranças e experiências próprias,o autor enfoca a relação entre respeito edesigualdade, os fatores que tornam o respeitomútuo algo tão difícil de ser alcançado, mesmonão custando nada. Sennett destaca que trataros outros com respeito não acontecesimplesmente, mesmo com boa vontade, énecessário encontrar as palavras e os gestos quefazem com que ele seja sentido e convincente.O livro enfoca, ainda, nossa necessidade deresponsabilidade social diante dos abismos dadesigualdade, a dependência adulta, em que oindivíduo encara sempre o desafio de

conquistar sua auto-estima e o respeito de seus pares, eexamina as formas degradantes de compaixão: tanto aburocracia impessoal dos serviços sociais quanto ovoluntariado evasivo.

TTTTTensões, trabalhos e sociabilidades: histórias deensões, trabalhos e sociabilidades: histórias deensões, trabalhos e sociabilidades: histórias deensões, trabalhos e sociabilidades: histórias deensões, trabalhos e sociabilidades: histórias demulheres em Joinville no século XIXmulheres em Joinville no século XIXmulheres em Joinville no século XIXmulheres em Joinville no século XIXmulheres em Joinville no século XIX, Janine Gomesda Silva, 225 págs, R$ 20,00História, memória, esquecimento, disputa, lembrançamarcam esta narrativa histórica que evidencia a presença dasmulheres em Joinville e sua atuação no século XIX. A autorabusca realçar experiências da história da cidade que, nodecorrer da leitura, aparecemna forma de lembranças.Histórias de mulheres quetrabalharam muito e queestiveram presentes nos maisdiversos espaços, tanto nopúblico como no privado.O contexto é a vivência, otrabalho, o divertimento, apoesia, a sociabilidadefeminina na sua relaçãocom a formação da cidade.

A busca constante por desafios tem marcadoa vida do jovem empreendedor Celso RicardoSalazar Valentim, professor e ex-aluno daUniville. Celso Ricardo ingressou muito cedono mercado de trabalho, com o objetivo deacumular experiência e conhecimento pararealizar um sonho de infância, o de serempresário. Aos 18 anos iniciou seu primeiroempreendimento e passou a enfrentar osdesafios do empreendedorismo.Economista e mestrando em Administração,Celso Ricardo tem intensas atividades eprocura otimizar o conhecimento unindo aprática do mercado com a vida acadêmica.Em 1999, direcionou suas atividades para omercado digital, utilizando a Internet comouma ferramenta para fomentar negócios.Desse empreendimento, fundou, juntamentecom Anderson de Andrade, a A2C – Internetpara Negócios, empresa especializada emanálise, planejamento e desenvolvimento deestratégias de e-business e marketing digital,projetos e sistemas baseados em ambientesWeb, direcionados ao mercado corporativo.Na A2C, Celso Ricardo responde pela área dePlanejamento e Operações. “Nosso desafiodiário é compreender as necessidades docliente e utilizar a Internet para viabilizarresultados consistentes”, afirma oProfessor Celso.“Devemos estar aptos a entender o processodestrutivo proporcionado pela inovação etransformá-lo em oportunidades. Recomendoduas coisas para alcançar nossos objetivos:disciplina e atitude. Sucesso a todos!”

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