oguia - edição junho

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Matérias que falarão sobre filmes e livros nacionais/internacionais, eventos, festivais, entrevistas, reviews, lançamentos, entre outros... Com uma liberdade para transitar em assuntos que estejam em alta.

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Uma ideia na cabeça e uma caneta na mão, assim nasceu os Beatles, Truffaut, a poesia e oGuia.Uma ideia de dois amigos estudantes de comunicação social que são apaixonados por tudo que se po-der ler e tudo que se pode ver. Se há alguém contando uma história, pode ter certeza, estaremos lá ! Nessa primeira edição, trouxemos os lançamentos e destaques do mês de maio-junho. Falamos sobre novas obras nacionais e suas importâncias lá fora, entrevistamos um dos maio-res nomes do quadrinho brasileiro e indicamos quais livros e filmes franceses vocês não podem deixar de ler e assisitir. Enfim, sejam bem-vindos à primeira edição da revista oGuia.

Pablo V. LattoEditor Chefe

Editor Chefe:Pablo V. Latto

Editor-Colunista:Pedro Vieira

Revisão de Texto:Paula Isabel

(Parabéns.15/06)

Redatores:Pablo V. LattoPedro VieiraPaula Isabel

Diagramação:Pablo V. Latto

Contato:[email protected]

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Imagem pertecente ao filme.

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Sim, os pedidos foram atendidos! Apesar de a aventura em família dos peixes palhaços (“Procurando Nemo”) ter sido concluída em 2003, o destino da coadjuvante mais adorada de todas, Dory, ficou um tanto quan-to vago. A peixinha fez toda a diferença dando vida ao lado cômico do filme impulsionado por sua perda de memória recente e por seu segundo idioma, o “baleiês” - que até então não sabemos como ela aprendeu.O Diretor e roteirista dessa divertida e emocionante aventura da Pixar, Andrew Stanton (que por sinal possui uma filmografia excepcional), sentiu--se incomodado alguns anos após ter finalizado a aventura da família de Nemo porque, afinal, qual teria sido o destino de Dory? Partindo dessa inquietação, decidiu que era hora de pensar na história dessa personagem que fez crianças e adultos gargalharem nas salas de cinema de todo o mundo. O desafio era concluir a jornada de Dory fazendo com que, num filme próprio, a peixinha pudesse encantar ainda mais o público numa ani-mação recheada de risadas e insights de sua família e amigos. Poucas

personagens têm força suficiente para ir de coadjuvantea protagonista de um filme; Dory apresenta o carisma necessário para tal ousadia. A expectativa em relação à estreia de “Procurando Dory” tem sido alta desde do anúncio do longa. O trailer já nos mostra que a história será divertida e seguirá o estilo de comédia apresentado em “Procurando Nemo”. O filme entra em cartaz no Brasil no dia 30 de Junho; aguardaremos sua estreia com muita ansiedade, afinal, já se passaram treze anos desde que vimos essa peixinha nas telonas pela primeira vez. É uma ótima pedida para as férias escolares; sem dúvidas levarei meu filho pra curtir essa aventura!

Procurando DoryDireção: Andrew Stanton, Angus Mclane Data de lançamento: 17 de Junho 2016 (EUA) – 30 de Junho 2016 (BRA)

Sinopse: Um ano após ajudar Marlin (Albert Brooks) a reencontrar seu filho Nemo (Alexander Gould), Dory (Ellen DeGeneres) tem um insight e lembra de sua amada família. Com saudades, ela decide fazer de tudo para reencontrá-los e na desenfreada busca esbarra com amigos do passado e vai parar nas perigosas mãos de humanos.

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Não precisa ser um grande fã de lutas ou artes marciais para saber quem é José Aldo, um dos maiores lutadores de MMA que o Brasil já revelou. O filme “Mais Forte que o Mundo” é uma cinebiografia dirigida por Afonso Poyart (“2 Coelhos”, “Presságios de um Crime”) sobre o primeiro lutador brasileiro a ser campeão do peso pena no UFC. Contando a história de Aldo (José Loreto), o filme se destaca por seu grande elenco – José Loreto, Cléo Pires, Rômulo Arantes Neto, Milhem Cortaz, Claudia Ohana e até mes-mo o comediante Rafinha Bastos – e pelo estilo próprio que Poyart nos apresenta desde ‘’2 Coelhos’’ .

Trazendo um drama que o protagonista vive com o pai, esperamos um filme que ultrapasse as cordas do ringue e nos apre-sente um lado de superação pessoal (um roteiro à la Rocky Balboa); estamos ansiosos para saber o resultado desse lon-ga. Se for tão interessante quanto a vida do Aldo, teremos um ótimo material em território nacional.

Mais Forte que o MundoDireção: Afonso PoyartData de lançamento : 16 de Junho (BRA) Sinopse: José Aldo (José Loreto) é um forte rapaz de família pobre, marcada pela violência doméstica que deixa o Amazonas e parte para o Rio de Janeiro em busca de uma chance como atleta. Para vencer os oponentes no octógono, porém, ele terá, antes, que acertar suas contas com o passado e su-perar velhos traumas. Cinebiografia do lutador amazonense que se tornou o primeiro campeão peso-pena do UFC.

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''Livrai-nos de todo o mal, amém'' Por muito já pensamos que o termo exorcismo não assutava mais ninguém. Com tantas traduções cinematográficas, achamos que as obras (independente da plataforma) são todas tão ficcionais e até mesmo bizarras, o que certamen-te serve de bom entretenimento, mas estão longe de ser um bom terror que lhe deixa realmente com medo. Mas esse não é o caso de "Exorcismo". O livro é de um jornalista chamado Thomas B Allen, que narra o exorcismo de um menino de 14 anos o qual ganha de sua tia um tabuleiro de Ouija para tentar se comunicar com os mortos.''Mais uma história ficcional de terror"... NÃO. O livro é baseado num exorcismo real que ocorreu no ano de 1949. Para es-crevê-lo, o autor e jornalista contou com a ajuda de um padre jesuíta que traba-lhou juntamente com o padre exorcista Bowdern, e seu livro é considerado, pela igreja católica, um fiel relato de exorcismo. Inclusive o roteiro do filme "O Exorcista" (escrito por Willian Peter Blatty) é inspi-rado no livro de Thomas B. Allen; o roterista viu uma publicação no Wahsington Post e passou 20 anos recolhendo informações para transformá-lo no filme que mudou o conceito de terror no cinema. O livro é indispensável para todo amante de obras de terror, lembrando que o livro é exclusivo da editora Dark Side Books e conta ainda com um lindo tabuleiro de Ouija pra você invocar seu próprio demônio (risos).

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Jesus Cristo é uma figura que gera debates e controvérsias. Com milhares de interpretações a respeito de sua vida e de sua divindade, em uma coisa to-dos concordamos: Ele mudou a história. Sua vida é relatada de maneira divina pela igreja de um modo incrível. "Yeshuah Absoluto" é a edição de luxo lançada pela editora, Devir a qual reúne a trilogia "Yeshuah – Assim em cima em baixo"; "O círculo interno, o círculo externo" e "Onde tudo está". A graphic novel narra a história da vida de Jesus, de seu nascimento até a sua morte, através de um olhar peculiar, humanista. Caminhando por mais de 500 páginas, o autor conse-gue construir novos pensamentos a cerca de diversos acontecimentos e relacio-namentos no qual Yeshua (Jesus) se envolveu. Toda a história é narrada por uma de suas seguidoras. Um ponto importante tratado na obra é a questão cultural envolvendo mulheres e a sua relevância na sociedade; Laudo trata desse problema com uma crítica que consegue atingir seu objetivo sem sair do time da história. Os traços ricos em detalhes nos levam a ter uma compreensão melhor de todo o contexto cultural onde nasceu Jesus, fazendo-nos refletir através da arte que surpreende pela sua excelente qualidade. Laudo consegue tratar da história mais conhecida do mundo através de um misto de ceticismo e misticismo, sempre focando no lado humano da figura de Cristo; sem perder a essência e a ligação com o Adonai. Através desse olhar, ele consegue criar, independente de religião, uma reflexão sobre o maior personagem histórico que já existiu, Je-sus. Yeshuah!

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Pegue sua toalha, prepare seu guia e não entre em pânico(!), pois nós iremos conversar sobre nosso novo querido poema vogon: a primeira biografia do nosso mestre Douglas Adams, que foi finalmente traduzida numa linda edição pela editora Aleph. O livro nos conta diversos aspectos da vida de Douglas Adams e de seu li-vro mais famoso, o primeiro da sequência de cinco, "O Guia do Mochileiro das Galáxias". A biografia contém passagens, imagens e comentários exclusivos a respeito do "Guia" e curiosidades sobre a vida de Adams mantendo - pasmem - o mesmo humor inteligente e britânico da obra.É um livro indispensável não só pra quem é fã da saga, mas também para quem ama conhecer um pouco mais sobre a vida de grandes autores. Você que é fã, aproveite os meses de Maio e Junho para esvaziar seu bolso de dólares australianos e comprar não só esse livro, mas também a edição exclusiva (e linda) lançada pela editora Arqueiro. Esse segundo semestre é definitivamente a hora de você levantar o polegar e pegar uma carona pelo universo. E, claro, não se esqueça da sua toalha!

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O diretor do filme, Bryan Singer, foi o pioneiro na onda de longas inspirados em quadrinhos. Em 2000, lançou o “X-Men” que, para a época, foi excelente; mas seu melhor retorno foi em “Dias de Um Futuro Esquecido”, de 2014.“X-men: Apocalipse” tinha tudo para ser um ótimo longa. Talvez seja o azar de ser o terceiro... como já dizia a sra. Grey: “o terceiro filme é sempre o pior”. Veja-mos alguns erros que marcaram o filme. Comecemos então por um Apocalipse que é muito calmo; confesso que es-perava mais de um vilão o qual leva o nome de um dos livros mais temidos da Bíblia. Em diversas partes do filme o personagem que deveria ser abominável é ridicularizado por coisas estúpidas. O segundo erro foi a gama de personagens nas cenas de ação; ficou um tanto quanto sem foco e acabou deixando a desejar. Teve também o excesso de CGI, que em muitas horas eram desnecessários, afinal, os melhores filmes dos “X-Men” são cheios de profunda inteligência, sagacidade casual e reservas pro-fundas de emoção - o que nesse Apocalipse percebeu-se em poucas doses. Tivemos pontos positivos sim, o filme não é de todo ruim. Mais uma vez as cenas com Mercúrio (Evan Peters) nos trazem risadas incontroláveis, deixando o filme com um ar cômico. Diferente dos outros, dessa vez Jennifer Lawrence mostrou mais seu rosto do que a faceta azul da personagem Mística; se foi uma jogada de marketing, deu certo. Um filme que não fez jus às expectativas geradas. Bom para assistir com os amigos, mas sem grandes surpresas.

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Um filme que, de início, te faz repensar sobre ter comprado o ingresso para assisti-lo. "O Jogo do Dinheiro" nos mostra um universo ao qual estamos pouco habituados: bastidores de TV. De início, encontramos um jornalista sensaciona-lista, "estrela", que não tem costume de seguir roteiros - o que é comum dentro de qualquer emissora de televisão atualmente. Lee Gates (George Clooney), é um apresentador em decadência que não tem vida fora das telas. Patty (Julia Roberts) é a diretora que, por sinal, está prestes a deixar o programa e aceitar outro emprego por não aguentar mais seu apresentador. Kyle é um motorista de caminhão que, após vender a casa de sua recém-falecida mãe, investe todo o seu dinheiro em um banco que, quarenta e oito horas antes, estava com suas ações em alta, mas que por algum motivo perde 800 milhões. A trama do filme gira em torno do dinheiro que foi perdido, tanto de Kyle (Jack O'Connell), quanto do banco; mostra as diversas faces de um jornalismo, articula opiniões sobre os mecanismos de negócios, e deixa clara a influência exercida pela mídia sobre a população. O filme é bem dinâmico; para um suspense, está em boas condições. O rotei-ro é bem feito, não há deslizes. Julia Roberts, George Clooney e Jack O'Con-nell, mais uma vez, deram um show de atuação; todos muito entregues a seus personagens. É um longa que faz você refletir muito sobre o dinheiro que você não vê e te lembra que, hoje, todo o seu dinheiro nada mais é do que algorit-mos trafegando por milhares de servidores. Uma boa pedida para um Domingo, porém nada que te tire o folego; quem sabe um futuro "Tela Quente"...

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As expectativas em torno da sequência de "Truque de Mestre" (2013) foram altíssimas. O filme que conquistou fãs no mundo todo agora ganha uma continua-ção de tirar o fôlego. Uma das mudanças foi a participação de Daniel Radcliffe - o eterno Harry Potter - e a ausência da atriz Isla Fischer, a Henley, por conta de sua gravidez. O número de Cavaleiros, porém, não diminuiu; Lizzy Caplan entra em cena como Lula, a nova integrante do grupo, indicada por Dylan (Mark Ruffalo). Con-fesso que as minhas expectativas diminuíram muito quando soube que Isla não estaria no segundo filme, porém a atuação de Caplan, apesar de não ser im-pressionável, trouxe certo humor e não atrapalhou na construção do enredo. O longa se inicia com um flashback da infância de Dylan, quando seu pai realiza o truque de mágica que culminaria em sua própria morte. Logo então re-lembramos do primeiro filme (uma boa "ajuda" para quem não o assistiu) com um resumo narrado por Thaddeus Bradley (Morgan Freeman). Inicialmente, mantém a essência do filme anterior: desmascarar uma farsa. O alvo agora é a Octa, uma empresa de telefonia que trabalha de forma um tan-to quanto suspeita. Porém muitas surpresas se escondem por trás dessa missão.A espera de quase três anos foi recompensada com uma produção recheada de revelações e mistérios. O longa é construído como um truque de mágica: brinca de forma inteligente com a atenção do público enquanto prepara núme-ros maiores para surpreendê-lo.

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"Truque de Mestre - O Segundo Ato" é a prova de que nem sempre o se-gundo filme "estraga" o primeiro. Apesar de ter sido impactada por "Truque de Mestre", O Segundo Ato não me decepcionou de forma alguma. A sequência não deixa a desejar em nenhum ponto; a história é bem construída e executada através de efeitos especiais de altíssima qualidade. Mais uma vez os atores deram uma aula de como dar vida a personagens tão característicos e queridos pelo público. Um filme excelente do início ao fim, interessante e encantador. Aproveita-se da vontade do público de entender tudo o que se passa em cada cena para driblar a percepção do mesmo. Ótima pedida para uma tarde com os amigos!

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Não é novidade para ninguém que a possibilidade de um filme baseado em um game dar errado é grande. Tivemos os exemplos (tristes, por sinal) de Stre-et Fighter – A Última Batalha, Super Mario Bros. e mais alguns outros dos quais não falarei para não derramar uma lágrima de luto por terem jogado histórias tão belas na lata do lixo. O fato é que, com o anúncio de World Of Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos, todos acharam que isso mudaria; que esse azar de filmes inspirados em games seria vencido pelo novo longa metra-gem, mas... World Of Warcraft encontra seu primeiro grande desafio ao definir o público que iria considerar para a produção: agradar aos gamers ou introduzir o mundo épico a leigos com uma narrativa mais simples de ser entendida? Parece que os vencedores foram os veteranos. Dirigido pelo gamer assumido Duncan Jones, o filme conta com inúmeros fan--services destinados a quem já conhece a história, dispensando por algumas vezes uma apresentação prévia do mundo épico de WoW; o que é bom por um lado, pois assim há mais tempo para trabalhar com os muitos ganchos que foram abertos e pouco desenvolvidos, porém é um tanto ruim, pois descontextualiza os não acostiumados com o universo abordado no filme.

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O longa tem seus acertos; ele é incrível em termos visuais, faz qualquer apaixonado por CGI* ficar arrepiado durante os 144 minutos do longa, fazendo jus, é claro, a qualquer jogo produzido pela Blizzard, focando no mínimo deta-lhe até a mais perfeita captura de movimento e textura das peles dos persona Mas nem só de computação gráfica vive um blockbuster; o filme peca em desenvolver mal a sua trama e seus personagens. Mostrando uma preocupação com uma possível continuação, o longa abre ganchos em sua história os quais não se resolvem, fazendo com que a trama se perca em alguns momentos e os ápices da história se resumam nas belas batalhas; isso acaba deixando de lado o poder que o roteiro tem. O filme também apresenta personagens marcantes como o mago Khadgar (Ben Schnetzer) e Lothar (Travis Fimmel), mas não os desenvolve como deveria. Assim como o roteiro, os personagens deixaram a desejar. Esperamos por um dia onde veremos os nossos jogos preferidos sendo passados para a tela do cinema com a mesma intensidade e cuidado que nos é passada enquanto batalhamos em guerras épicas e construímos nossos legados.Aguardaremos pelos próximos filmes; quem sabe há uma mistura de fan-service e uma boa desenvoltura e apresentação do enredo?

*CGI = Common Gateway Interface (a famosa "computação gráfica").

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Ah, Netflix... com tantos acertos, quem diria que você erraria como está errando com o Sandler? No último mês de maio, o serviço de streaming Netflix lançou seu segundo filme de um contrato de quatro filmes com o comediante Adam Sandler, intitulado "Zerando a vida". O filme conta a história de dois amigos de infância, Charlie (David Spade) e Max (Adam Sandler), que se reencontram num baile escolar e decidem forjar suas mortes para ficarem livres de suas rotinas diárias e cansativas. Os dois assumem identidades falsas e, por um certo motivo, ambos começam a ser caçados e passam a tentar descobrir quem está atrás deles e por quê. A sinopse nos leva a imaginar um filme bem roteirizado, que transita entre ação e um leve suspense... mas não. O filme tenta mesclar um humor "pastelão" e um nonsense, porém falha em ambos. Com um roteiro fraco, o filme é repleto de diálogos expositivos e a sensa-ção transmitida é de que uma cena é totalmente desconexa da outra, dando uma noção de que há alguns curtas produzidos dentro de um longa. Mr. Sandler atuou como Mr. Sandler atua em qualquer outro filme (com raras exceções, como Click, por exemplo). David Spade teve seus momentos de boa atuação, mas poucos; se resumem a uma cena ou outra, como na cena onde eles decidem entrar em um ménage com o garçom e sua quase vizinha, ou quando discute com o persona-gem de Adam por telefone, antes de descobrir a previsível reviravolta da trama). No restante do filme, o personagem de Spade parece estar um tanto deslocado. Quanto a Paula Patton e Kathryn Hahn, é uma pena ver duas ótimas atrizes se entregando a uma dramaturgia fraca e uma atuação medíocre. A questão final é: será que Netflix e Adam Sandler não conseguirão acertar em nenhum filme? Bom, eles só tem mais duas tentativas, pois as duas anteriores foram um fracasso.

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Um filme de terror? É uma boa opção. Um filme de terror independente? Gran-des chances de dar certo. Um filme de terror independente e nacional? Perfeito! Assim é o filme "O Diário de um Exorcista – Zero", dirigido por Renato Siqueira. O longa conta a história da vida do padre Lucas Vidal (Renato Siqueira), que quando criança passou por uma perda familiar e agora dedica sua vida à função de padre. Já adulto, ele se torna um padre exorcista e inicia os seus exorcismos ao lado de seu mentor - e também sacerdote - padre Thomas Biaggio (Fábio Tomasini). O longa nacional tem um ótimo roteiro, com uma história bem desenvolvida que te prende até o último minuto; o que é um ponto bastante positivo, já que estamos tratando de um tema saturado no cinema internacional, porém ainda não explorado no cinema brasileiro. O filme deixa a desejar pela atuação de seus coad-juvantes que, por algumas vezes, parecem um tanto desajeitados. Por estarmos falando de um filme independente e nacional, podemos destacar uma variável importante: o cinema independente enfrenta grandes dificuldades, en-tre elas está a falta de investidores e o pequeno interesse em financiamento ou leis de incentivo. Por esse motivo, qualquer cineasta que se aventure a fazer um longa que não chame essa atenção de investidores merece respeito e admiração. Sabemos a importância de explorar o mercado de terror cinematográfico nacional, pois além de incentivar o audiovisual em sua pluralidade de gêneros (e não só comédias com atores globais), incentiva também um despertar do público para um novo prisma do cinema nacional. Apesar dos obstáculos, "O Diário de um Exorcista – Zero" cumpre seu papel em adicionar mais uma boa obra para a lista do terror nacional.

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Entrevistamos Laudo Ferreira Jr. que nos contou um pouco so-bre a criação da sua HQ ‘’Yeshuah’’ que ganhou recentemente uma edição de luxo pela editora Devir.

Laudo o nome inicial da história seria ‘’Ele’’, o que levou a mudar o nome ?Lá pelo início do ano de dois mil, quando comecei a trabalhar nos desenhos da hq, existia essa intenção muito forte de batizar com um pronome pessoal, algo simples e direto. Sintetizando sobre o que se tratava. Porém, com o avançar de uns dois, três anos, enquanto ainda trabalhava nos desenhos do primeiro volume, ‘‘Assim em cima assim embaixo’’, já com uma estrutura de pensamento sobre o que estava fazendo, bem avançada da concepção original, mais madura, comecei a questionar sobre o título, pois passei a achar que título trazia uma carga muito religioso, muito cristã (embora o as-sunto fosse Jesus) e claro, não era minha intenção. Com a posterior ideia de trabalhar os nomes dos personagens, localidades e alguns termos em hebraico, na tentativa de aproximar a leitura e percepção da história, mais próxima do “original”, digamos assim, achei interessante colocar o título de “Yeshuah”, que é “salvação” em he-braico, já que Jesus é “Yeshu”. Mesmo ainda trazendo essa questão da salvação no título, e pode trazer outra conotação religiosa, é importante entender justamente que a palavra trazida por Jesus, levada aos seus na sua época é de uma mudança de estado de consciência, de uma nova percepção de vida, d’uma forma que com isso se consiga uma salvação de si mesmo. Isso, filosoficamente falando até, acreditando ou não em Jesus, se realmente existiu ou não, é carregado de uma forte carga humana, que ultrapassa a própria religião.

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O que levou você a escrever sobre a pessoa de Jesus ?A questão espiritual, mística, o questionamento sobre vários pon-tos que envolvem profundamente o ser humano em sua história, tanto como grupo, como pessoal, sempre moveu meu trabalho. Há coisas produzidas no passado, como “O duelo”, uma graphic novel independente que lancei em início dos anos noventa, que tratava sobre esse assunto, sobre dualidades, sobre opções do ser humano, se é que é preciso tê-las, lógico que numa visão, num entendimento e principalmente numa forma de expressar de um jovem artista com seus vinte e poucos anos. Mas o vigor e a verdade na intenção foram e ainda é importante. Esse questiona-mento foi vindo com o passar dos anos, temperado em algumas outras obras que produzi, direta ou indiretamente, como o caso da minissérie “Depois da meia-noite” lançada em dois mil e sete, po-rém produzida em noventa e sete. Quando chegou então no final dos anos noventa, a intenção de fazer uma história sobre a vida

de Jesus era muito forte. Queria narrar de uma maneira linear e não em blocos, como são os pró-prios evangelhos canônicos. Lá atrás, enquanto ainda estava no campo das ideias e das intenções, já tinha ciência do imenso trabalho que iria dar, em todos os sentidos. O tanto de páginas que seria desenhada. Havia também alguns pontos que queria trabalhar nessa história, e foi trabalhado, que é questão de como é visto Jesus no campo das artes.

Como foi o processo de pesquisa para os temas abordados na obra ?Li muita coisa. Entre matérias em revistas, livros, teses, somam por

volta de uns duzentos itens, fora conversas com alguns teólogos e pesquisadores que deram um pouco de seu tempo para “papear” comigo sobre Jesus. Não tive um direcionamento acadêmico, digamos assim, direcionando o caminho ao qual eu devesse seguir, simplesmente fui indo. Comecei lendo alguns livros bem fraquinhos, católicos, que foram feitos para um público leitor religioso mesmo, aos poucos fui me inteirando de grandes obras de pesquisa e autores, como o historiador judeu Geza Vermes, por exemplo. Fui permitindo uma expansão de pesquisa, naturalmente, onde cai então para campos mais distantes, num primeiro momento, e que posteriormente você acaba percebendo que não é tão distante assim, lendo obras de Helena Blavatsky, Anne Besant, da Teosofia, Samuel Aun Weor, do Gnosticismo, li muita coisa da religião Muçulmana, que tem Jesus em um altíssimo panteão, o contrário que o ocidente, no geral, desinformado, pensa mestres da filosofia hindu, como Osho, muita coisa. Houve os textos apócrifos, que deram uma visão muito forte na composição da história de Jesus. Experiências com o xamanismo, que numa primeira leitura, possa parecer bem distante da figura de Jesus, foi fundamental para entender o campo do sagrado, do divino, fora das religiões, algo muito forte e um pouco difícil de explicar na forma racional. Nesse campo, procurei inserir a história da hq e principalmente das experiências de seus personagens. Há muita coisa pesquisada também, que serviu para a questão imagética, e que às vezes passa despercebida do leitor, mas isso não importa. A pesquisa foi fundamental para se gerar uma obra autoral. Serviu como base, como pedra fundamental para alicerçar ideias próprias. Foi um processo interessantíssimo.

''pois sim, só amor liberta''

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E o processo de escolha do traço? Ele aconteceu num período em que buscava um traço mais expressivo, que pudesse conduzi-lo de forma livre, pois vinha de um desenho mais anatômico, mais realista e muito preso à referências e isso para mim, estava incomodando, me segurando. Antes de “Yeshuah”, fiz um outro trabalho chamado “Subversivos: companheiro Germano”, que foi minha ruptura com o traço fotográfico, em “Yeshuah”, foi a consolidação desta busca.

Por que optou por uma abordagem mais humana da vida de Jesus ? Pelo simples fato que assim deveria ser. Penso que Jesus, mesmo tendo seu caráter divino, existiu aqui como um homem, com suas necessidades básicas iguais à de todo mundo. Então, a questão es-piritual, deveria acontecer de outra forma. Veja, a hq trata Jesus e sua história de uma forma mais humana, mas ela não nega o elemento espiritual, a experiência mística, pelo contrário, ela acontece em momentos chaves da história, mas de um maneira, acredito eu, em que o leitor não se vê ligado a uma experiência religiosa católica. Isso é um ponto muito importante a se entender para quem for ler a obra. Porém, em muitos outros momentos, Jesus falha em sua percepção, ele está numa forma humana. Admite seus erros, chora, tem raiva, se arrepende, tem medo da dor e da morte, é também o sagrado vivendo sua experiência humana. Há também a intenção de tirar Jesus do altar, da postura suave, divina, distante, e traze-lo para junto do ser humano, como sua própria história conta. Brinco dizendo que o leitor pode muito bem imaginar o meu Jesus defecando e não há nada de errado nisso.Esse pensamento foi muito importante para aproximar vários tipos de leitores de “Yeshuah”, inclusive os ateus.

E por qual motivo focar na pessoa de Maria Madalena, entre tantos outros, para narrar essa história ? Se você for analisar, irá perceber que na história canônica e apócrifa de Jesus, a figura feminina é muito poderosa. Ela compreende quem é Jesus. Ela enfrenta sua época em nome da verdade que ela julga ser, num período em que as mulheres eram comparadas a uma mobília da casa. Você tem muitas mulheres fortes: Maria, mãe, que enfrentou uma gravidez, fora do casamento, digamos assim, e de uma união extremamente sagrada, que era o matrimônio naquela época, com um homem muito mais velho que ela. Há a Cláudia Prócula, esposa de Pilatos, que aparece no último livro, “Onde tudo está”, que mostra a transformação, a transição de um estado para outro, ela vê o véu se abrir à sua frente. Mulher de um importante líder romano, dominador daquela região da Palestina, alicerçada em sua vida regada de esposa de um nobre, para alguém que é jogada dentro de outra realidade, que descobre que sua alma está ligada àquele campo que está se manifestando. Outras persona-gens menores, como as irmãs de Lázaro, a adúltera e chegamos então em Maria Madalena, que é, a figura central de Yeshuah, juntamente com seu protagonista. Por mais que vivamos épocas em que as mulheres ainda lutem por seu espaço, desde sempre renegado, inferiorizadas, é fundamental que o homem interiorize a mulher e o elemento feminino em sua vida, para que a existência seja única e não uma escala de valores. A figura da mulher sempre foi de absoluta importância para a história da humanidade, em várias possibilidades, em vários níveis. Há a experiência geradora, que por si é única na existência humana e só por isso a torna não superior ao homem, mas num plano diferente de visão da existência, que é preciso ser compreendido e “venerado” pelo homem. O sagrado femi-nino tanto falado. A essência que só por ser, compreende dentro si aquilo que é humano e sagrado, o gerar é isso. Tudo isso que falo, está representado na figura da Maria Madalena em “Yeshuah”.

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Qual foi a aceitação do público de ouvir uma história já conhecida por todos, de uma maneira tão diferente ?

No geral, foi bem aceita. Inicialmente, na ocasião do lançamento do primeiro livro, “Assim em cima assim embaixo”, houve reação de algumas pessoas via internet, me chamando de oportunista, que querer se promover “à custa de Jesus”, houve uma mulher que me enviou um e-mail falando que eu estava ofendendo a figura da “santíssima virgem Maria”, enfim, poucos casos. No geral a recepção foi ótima.

E a reação de religiosos ? Como disse, foi bem. Alguns conhecidos que são evangélicos gostaram bastante. A própria namo-rada do Omar Viñole na época, arte-finalista da obra, que também era evangélica gostou e, como

a intenção não era esse tipo comum de provocação, foi muito satisfatório, mas claro, houve muitos ca-tólicos e evangélicos que torceram enormemente o nariz.Quais prêmios você ganhou por essa obra ? No ano de 2015, ganhei um prêmio Ângelo Agostini, dado pela Associação de Cartunistas e Caricaturistas de São Paulo, como Melhor Lançamento de 2014, ganhei também o Prêmio HQ Mix, de Melhor Desenhista de 2014, pelo “Onde tudo está”, terceiro e último álbum da trilogia.Conte um pouco sobre seus projetos futuros .

No segundo semestre agora, lanço “Cadernos de Viagem”, também pela Devir. Roteiro e desenhos meus e cores do Omar Viñole. Este trabalho segue um caminho diferente do que foi feito em ‘‘Yeshuah’’, embora, de certa maneira, ele seja um pouco resultado do trabalho de busca que fiz para produzir a trilogia. Ele trata de um drama pessoal, uma história íntima, mas que é comum a todos, principalmente a todos os homens, que é o relacionamento pai – filho, as obrigações impos-tas dentro de uma sociedade, os problemas que

permeiam a vida de um homem, quando lá atrás algo não se acertou nesse relacionamento. Particularmente estou muito ansioso para ver a reação dos leitores, das pessoas, pois da mesma forma que ‘‘Yeshuah’’ foi feito carregado de muita verdade, este “Cadernos de Viagem” segue o mesmo princípio.

LAUDO FERREIRAwww.estudiobandadesenhada.com.br

http://bandamamao.blogspot.com

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Valeu a pena esperar?

Voltamos ao País das Maravilhas - ou nem tão maravilhoso assim. A espera pelo longa da Disney "Alice Através do Espelho" gerou grande expectativa nos fãs de Tim Burton e do público em geral. Desta vez, Burton optou por não continuar no projeto como diretor, sendo então, nessa função, substituído por James Bobin, responsável pela direção dos dois últimos Muppets. Em 2010, "Alice no País das Maravilhas" teve arrecadação de US$1 bilhão no mundo todo, sendo um sucesso de bilheterias; no entanto, na época, não agradou aos críticos, que questionaram o roteiro muito complexo e o excesso de efeitos especiais. O roteiro ainda permanece um pouco confuso, porém não tanto quanto no filme anterior. Essa adaptação usou um pouco da leitura de Carroll* e está mais voltada aos personagens que tiveram maior destaque na primeira viagem de Alice. O filme se inicia com uma referência ao empoderamento feminista, quando Alice Kingsleigh aparece seguindo os passos de seu pai e mostrando sua força como capi-tã na embarcação Maravilha - algo surreal para a época em que a história se passa, por ser uma mulher. Após voltar para sua terra natal (Londres), recebe um golpe que causa nela o medo de não poder mais fazer o que deixava seu pai orgulhoso. "Um capitão de mar não é tarefa para uma senhora", zomba um aristocrata.

Imagem pertecente ao filme.

Usada para divulgação.

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No decorrer da trama, situações fazem com que ela retorne ao País das Maravilhas porém, dessa vez, através de um espelho gigante. Chegando nes-se mundo, a história passa a voltar-se à missão de Alice em ajudar seu me-lhor amigo, o Chapeleiro Maluco (Johnny Depp), que está terrivelmente doente por conta do desaparecimento de sua família. Alice então volta no tempo para resolver o enigma da família de chapeleiros e salvar seu amigo. Com a saída de Tim da direção, a história - que não teve um primeiro filme tão brilhante - parece ter conseguido ficar ainda mais apagada nessa segunda adaptação. Bobin manteve a paleta saturada e o "Underland" de Tim, mas pouco conseguiu aproveitar isso. Infelizmente o produto final ficou longe de cumprir o que se esperava; desta vez a maravilha ficou apenas no nome.

*Lewis Carroll - pseudônimo do criador do conto original "Alice no País das Maravilhas".

Imagem pertecente ao filme. Usada para divulgação.

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Filme: Para o mês dos namorados, nada como um filme que traga a essência apaixonante de um livro que apresenta uma história de superação, luta e amor sincero e verdadeiro. O Best-Seller de Jojo Mayes “Como eu era antes de você” ganha sua versão para as telonas na direção de Thea Sharrock. O filme promete ser intenso; a persistência da protagonista em fazer o melhor para o seu paciente desperta o amor do mesmo. Ela consegue, com seu jeito meigo, sincero e até mesmo "estabanado", despertar os melhores sentimentos em Will (Sam Claflin), que fica tetraplégico após sofrer um acidente. Grandes são as expectativas em torno do filme; boa parte delas vem do público feminino, mas não duvido que o longa faça até o homem mais "durão" se emocionar. Um filme que prega o amor, a forma de viver com as ditas dificuldades e a quebra de bar-reiras impostas pela vida. Estamos ansiosos para viver em cores a linda história de amor de Louisa (Emilia Clarke) e Will (Sam Claflin) para, como eles, mudar nossa maneira de ver o amor e a vida. “Como eu era antes de você” tem sua estreia prevista para 16 de Junho. Com toda a certeza é uma ótima pedida para assistir acompanhado do seu amor, ou até mesmo levar aquela pessoa que você não sabe como se aproximar... fica a dica!

Imagem pertecente ao filme.

Usada para divulgação.

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O tempo faz com que o casal de amigos Will e Lou comecem a quebrar o grande "iceberg" que existe entre eles. Conforme a amizade dos dois cresce, Will mostra para Lou todo o potencial que ela tem; em contrapartida, ela co-meça a ajudá-lo a mudar e querer sair de casa, incentivando-o a passear, ir a festas, etc. É lindo ver (ou ler) toda a determinação que Lou passa a ter para fazê-lo mudar de ideia. Todos os deta-lhes mostram a magia dessa relação de troca e reciprocidade; é realmente apaixonante a interação que um tem com o outro. Dois dos acontecimentos mais mar-cantes desse livro são o corte de cabe-lo de Will, e quando Lou faz a barba dele. São coisas comuns e que podem parecer banais, mas fazem tanta dife-rença na vida das personagens que fazem você enxergar nos pequenos detalhes, a grandeza de um gesto. Lou torna-se tão importante para Will, que ele começa a sair somente para agra-dá-la. Diferente de todos os livros que con-tam uma história de superação ou de doenças que acabam caindo sobre os protagonistas, esse livro não faz você derramar milhares de lágrimas; ele mostra que uma doença não é o fim do mundo e pode ensinar muitas lições inclusive para aqueles que estão ao seu redor. Quem diria que esse livro teria o potencial de um romance sólido e capaz de emocionar mais através da alegria do que das lágrimas? O final é de inundar os olhos, mas o respeito que um criou com outro nesse pequeno tempo em que ficaram juntos faz com que o público se inclua na história e, com isso, parte dos sentimentos se converte em alegria. Jojo Moyes, com sua escrita envolvente, faz seu leitor querer que a história não tenha fim. É realmente fascinante o modo como a autora cria os detalhes de um romance com tanta simplicida-de e amor. É um ótimo livro, que não tem somente uma boa história, mas também uma boa escrita. É de se admirar o modo como toda a história foi relatada; como ela introduziu outros narradores no meio do livro sem confundir a cabeça do leitor. Foram esses pequenos detalhes que fizeram com que eu me apaixonasse por esse livro. Quem ama ler sabe a importância de conhecer a cabeça de cada personagem, e a obra cumpriu bem esse papel; a sensação é maravilhosa! A mensagem que esse livro nos traz é sobre a importância de aprender a viver os momentos e não deixar que a rotina ou as circunstâncias atrapalhem; ter em mente que precisamos olhar todos

os dias com olhos completamente diferentes. Que não precisemos de um Will, para nos lembrar disso sempre.

Imagem pertecente ao livro.

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Critica por: Bianca Alves

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O Planeta dos Macacos

Autor: Pierre Boulle O Conde de Monte Cristo

Autor: Alexandre Dumas

A Ponte do Rio Kwai

Autor: Pierre Boulle

O Pequeno PríncipeAutor: Antoine de Saint-Exupéry

Um piloto cai com seu avião no deserto do Saara e encontra um pequeno príncipe que o leva a uma jornada filosófica e po-ética através de planetas que encerram a solidão humana.

Imagem pertecente ao livro.

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Piaf: Um Hino ao Amor

Diretor : Olivier Dahan

Azul é a Cor MaisQuente

Diretor : Abdellatif Kechiche

Os Intocáveis

Diretor:Olivier Nakache / Éric Toledano

O Fabuloso Destino de Amélie PoulainDiretor: Jean-Pierre Jeunet

Após deixar a vida de subúrbio que leva-va com a família, a inocente Amélie (Au-drey Tautou) muda-se para o bairro pa-risiense de Montmartre, onde começa a trabalhar como garçonete. Certo dia en-contra uma caixa escondida no banheiro de sua casa e, pensando que pertencesse ao antigo morador, decide procurá-lo .

Imagem pertecente ao filme.

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O Festival Internacional do Filme foi criado por iniciativa de Jean Zay, ministro da Instrução Pública e das Be-las Artes, que desejava implantar em França um evento cultural internacio-nal capaz de rivalizar com a Mostra de Veneza.

Primeiramente previsto em 1939 sob a presidência de Louis Lumière, só mais de um ano após o fim da guer-ra, a 20 de Setembro de 1946, foi aberta a primeira edição do Festival em Cannes. Ocorre todos os anos em Setembro, excepto em 1948 e 1950, antes de se desenrolar no mês de Maio a partir de 1952.

Embora as primeiras edições do Festival façam dele um evento mun-dano durante o qual quase todos os filmes levam um prémio, a chegada de estrelas de todo o mundo aos seus degraus e a sua media-tização incessante forjam-lhe rapidamente uma fama internacional e lendária.

Entregue pela primeira vez em 1955 ao filme Marty de Delbert Mann, a Palme d'or sucede o Grand Prix, até aí entregue ao melhor filme em Competição

Na edição de 2016, o juri foi pre-sidido por George Miller, diretor da saga "Mad Max", e integrado por Arnaud Desplechin, Valeria Golino, Vanessa Paradis, Mads Mikkelsen, Kirsten Dunst, László Nemes, Katayoon Shahabi e Donald Sutherland.

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COMPETIÇÃOPalma de Ouro: I, Daniel Blake, de Ken LoachGrand Prix: “Juste La Fin du Monde”, de Xavier DolanPrêmio do júri: “American Honey”, de Andrea ArnoldAtor: Shahab Hosseini, “The Salesman”Atriz: Jaclyn Jose, “Ma’ Rosa”Direção (empate): “Graduation” de Cristian Mungiu e “Personal Shopper” de Oliver AssayasRoteiro: “The Salesman”, de Asghar Farhadi

MOSTRA UN CERTAIN REGARDPrêmio principal: The Happiest Day in the Life of Olli Mäki, de Juho KuosmanenPrêmio do Júri: Harmo-nium, de Koji FukadaMelhor Diretor: Matt Ross, de Captain FantaticMelhor roteiro: Delphine Coulin and Muriel Coulin, de The StopoverPrêmio Especial: The Red Turtle, de Michael Dudok de Wit

CINÉFONDATIONPrimeiro prêmio: Anna, de Or SinaiSegundo lugar: In the Hills, de Hamid AhmadiTerceiro lugar: The Noise of Licking, de Nadja Andrasev e The Guily, de Mi-chael Labarca

CURTASPalma de Ouro: Timecode, de Juanjo GiménezMenção Especial: A Garota que Dan-çou com o Diabo, João Paulo Miranda Maria

CANNES SOUNDTRACK AWARD (melhor trilha sonora): The Neon Demon

PALMA DE OURO HONORÁRIA: Jean-Pierre LeáudFIPRESCI (prêmio da crítica): Toni Erdmann, de Maren AdePRÊMIO DO JURI ECUMÊNICO: “Juste la Fin du Monde”, de Xavier Dolan.

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2016 é o ano do cinema brasileiro, com '' O Menino e o Mundo '' concorrendo ao Oscar e ''Que Horas Ela Volta'' sendo reconhecido internacionalmente, demos um passo a mais, o cinema brasileiro chegou em Cannes... e Cannes aplaudiu de pé ! Na 69 edição do festival tivemos duas obras representando o audiovisual nacional: '' Cinema Novo '' o documentário de Eryk Rocha que ganhou o L'Oeil D'Or e fala sobre a evolução do cinema brasileiro; e ''Aquarius'' do diretor Kleber Medonça Filho que esteve concorrendo ao principal prêmio do festival, a Palme d'Or. Tivemos ainda uma menção honrosa ao curta '' A Moça que Dançou com o Diabo '' de João Paulo M. Maria.

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'' Em 2012 nasceu o Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, um even-to que em sua essência já possuía objetivos muito claros: levar ao público um recorte do cinema independente mundial, deba-ter sobre as tendências estéticas históricas e contemporâneas, levantar discussões acerca de temas sociais, culturais e políticos urgentes.

É sabido que o início de um novo projeto é sempre cheio de incertezas, da ideia à prá-tica são muitas surpresas, muitos obstáculos a superar e é necessária muita disposição a se adaptar à realidade. Com este projeto não foi diferente! Primeiramente o objetivo era o de apresentar esta nova proposta a todos, que receberam o evento de peito e mente aberta. Posteriormente, já com o acolhimento do público, o evento se permitiu dar um salto maior em busca do desconhe-cido, o que deixou o festival ainda mais ins-tigante. Em sua terceira edição, como uma semente que foi cuidadosamente cultivada, o festival finalmente brotou e começou a se enraizar no imaginário daqueles que o fazem acontecer, os realizadores, o público, a crítica, a equipe, os profissionais de toda a cadeia cinematográfica, os patrocinadores e apoiadores.

A quarta edição foi a da leveza; com o terreno já bastante firme, era chegada a hora de se soltar e pairar na atmosfera po-sitiva que foi criada. Agora o momento é o de celebração, são cinco anos bem sucedi-dos de resistência, comprometimento, risco e aprendizado!

Ao longo dessa jornada, foram mais de 300 filmes exibidos, mais de 40 atividades dividas entre mesas de debate, palestras, estudos de caso e painéis, 12 oficinas e um inestimável intercâmbio de ideias entre um público que passou das 60 mil pessoas. O cinema independente de mais de 50 paí-ses foi visto e discutido, o cinema brasileiro foi especialmente destacado e apreciado. Filmes marginais, filmes de borda, filmes de baixo apelo comercial, que, contudo, estão altamente comprometidos com pesquisa de linguagem, comprometidos em lançar luz sob assuntos escanteados e tratar de assuntos cotidianos sob pontos de vistas singulares.''

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Nos anos 70, cerca de 73 mil pessoas foram deslocadas de uma região do norte da Bahia para dar lugar à construção da Hidrelétrica de Sobradinho, durante o regime militar. Quatro cidades e dezenas de vilarejos foram completamente submersos e forçaram uma das maiores migrações compulsó-rias desde a Segunda Guerra Mundial. Em 2015, quatro atores revisitam as suas próprias histórias através de encenações.

Direção: Cláudio Marques, Marília HughesElenco: Mila Suzarte, Gilmar Araújo, Igor SantosNacionalidade: Brasil

A comunidade é um retrato bem-humorado, delicado, mas também árduo e comovente de toda uma geração. O filme se transforma em uma suave, ainda que conflituosa, declaração de amor para uma geração de idealistas e sonhadores que há muito acordaram para a realidade.

Direção: Thomas VinterbergElenco: Ulrich Thomsen, Trine Dyrholm, Fares Fares Nacionalidade: Dinarmaca

Numa sociedade conservadora e religiosa, uma garota vive sua rotina tentando encontrar o seu paraíso na terra.

Direção: João Paulo Miranda MariaElenco: Aline RodriguesNacionalidade: Brasil

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''Filme premiado em Cannes, longa pro-tagonizado por vencedor de Oscar e produ-ção com os atores mais admirados da França. Esses são alguns dos pontos altos da edição 2016 do Festival Varilux de Cinema Francês. Neste ano, o festival ganhará uma semana a mais de exibição em relação à edição anterior – ficará em cartaz de 8 a 22 de junho em 50 cidades brasileiras. Ao todo, a programação contará com 15 filmes inéditos e um grande clássico do cinema francês. O premiado ator francês Omar Sy, que ficou conhecido e admirado mundialmente por sua atuação em “Intocáveis”, poderá ser visto novamente, agora em Chocolate, inter-pretando o primeiro artista circense negro na França da Belle Époque, no filme de Roschdy Zem, que virá ao país para apresentar o lon-ga. O festival exibirá também o filme, seleção oficial do Festival de Cannes 2015, Meu Rei, de Maïwenn, drama com as estrelas Vincent Cassel e Emmanuelle Bercot, premiada com a Palma de Ouro de melhor atriz. E o ator ven-cedor do Oscar Jean Dujardin volta às telo-nas em Um Amor à Altura, comédia romântica de Laurent Tirard. Na produção, Dujardin aju-dará a personagem de Virginie Efira a encon-trar seu telefone celular perdido e essa história tomará um rumo inesperado.

Dentro do diversificado leque de produ-ções francesas, estão ainda na programação a premiada animação Abril e o Mundo Extra-ordinário, de Franck Ekinci e Christian Des-mares, vencedor do prêmio Cristal no Festi-val de Annecy; O Novato, do jovem diretor e roteirista Rudi Rosenberg, que com humor e ironia foca no universo adolescente baseado em suas próprias vivências; A Corte, comédia dramática de Christian Vincent, sobre um juiz durão que acaba amolecendo ao se deparar durante um julgamento com uma jurada por quem tinha sido apaixonado anos antes e o drama Um Belo Verão, de Catherine Corsini, que aborda as questões em torno da liberda-de sexual e feminismo na Paris da década de 70. Como já é esperado pelo público, o festival exibirá ainda um grande clássico francês. O escolhido deste ano é o filme Um Homem e uma Mulher, de Claude Lelouch, em homenagem ao seu 50º aniversario de lançamento. O romance com Anouk Aimée e Jean Trintignant foi o vencedor da Palma de Ouro em 1966 e também do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e roteiro original no ano seguinte.''

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Em 1941, a França, ainda em um estado atrasado de desen-volvimento, presa ao século dezenove, é governada por Na-poleão V. Durante um período de 70 anos, uma coisa peculiar vem acontecendo: cientistas franceses desaparecem misterio-samente sem que ninguém saiba por qual motivo. As coisas mudam quando os pais de Avril (Marion Cotillard), dois cien-tistas, somem e a filha decide ir à procura dos dois.

Direção: Franck Ekinci, Christian DesmaresElenco: Marion Cotillard, Philippe Katerine, Jean RochefortNacionalidade: Fraça

Durante o fim da Segunda Guerra Mundial, na Polônia, a enfermeira francesa Mathilde (Lou de Laâge) descobre que as freiras moradoras de um convento vizinho foram estupradas por soldados invasores. Muitas delas estão grávidas. Apesar da ordem de prestar socorro apenas aos franceses, Mathilde começa a tratar secretamente de todas as freiras e madres. Ela deve enfrentar os julgamentos das próprias pacientes, que se sentem culpadas por terem violado o voto de castidade, e se recusam a ter o corpo tocado por quem quer que seja, mesmo uma enfermeira.Direção: Anne FontaineElenco: Lou de Laâge, Vincent Macaigne, Agata BuzekNacionalidade: França

O jovem negro Rafael Padilha (Omar Sy) nasceu em Cuba em 1868 e foi vendido quando ainda era criança. Anos depois ele consegue fugir e é encontrado nas docas por um palha-ço que o coloca nas suas apresentações. Em seguida, Padilha passa a ser conhecido como Chocolat, tornando-se o primeiro artista circense negro na França, um grande sucesso no final do século XIX.

Direção: Roschdy ZemElenco: Omar Sy, James Thiérrée, Thibault de MontalembertNacionalidade: França

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FLIR - FEIRA DO LIVRO DE RESENDE''A FLIR, Feira do Livro de Resende, tem como proposta principal trazer à população de Resende e da região Sul Fluminense mais acessibilidade ao Livro, à Leitura e à Literatu-ra. Caracterizada por diver-sos espaços, proporcionando uma infraestrutura e logística

totalmente gratuitas a todos os visitantes do evento, a FLIR terá sua segunda edição nos dias 09, 10, 11 e 12 de junho, no Parque de exposições de Resende. O objetivo principal do evento é popularizar o livro através da democratização do acesso, fomentando a leitura, a arte e a cultura além de apoiar o mercado econô-mico do setor. Para tanto, a feira promoverá dezenas de atividades gratuitas para públicos de todas as faixas etárias por meio da programação cultural, que conta com escritores, ilustradores, contadores de histórias, entre outros convidados. Portanto, o projeto vem como um estímulo maior, pelos livros estarem mais acessíveis e bem divulgados e por ser incorporado em um espaço público trazendo uma forma abrangente para um efeito multiplicador no espaço promocional da leitura.''

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