edição 03 junho 2014

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Nesta edição, falamos sobre: A Fundação Parque Tecnológico da Paraíba (PaqTcPB), SDN, Incubadores, DevOps, Internet e muito mais.

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maio/2014 | iNFoRmÁTiCaEmREViSTapb 3

EdiToRial

CARLOS EDUARDOEDITOR CHEFEredacao@ informaticaemrevistapb.com.br

Adeus a um grande. Novos caminhos à frente.

FUNDADOR JAÉCIO DE OLIVEIRA CARLOS

INFORMÁTICA EM REVISTACNpJ 10.693.613/0001-05 i.municipal 171.294-2 INFORMÁTICA EM REVISTA PB av. Epitácio pessoa, 3014Empresarial Walcar, sl 105 CEp 58042-006 João pessoa/pbFone: (83) 4062.9898

EDITOR CHEFECARLOS EDUARDO V RêgO ARTIgOS/COLUNAS

ALVINO NÓ[email protected] g LARA [email protected] ROSSONIwww.henriquerossoni.com.brLUIS wILkER [email protected] [email protected]

FOTOSWilkERNET

CAPATENTaCulouS

gERENCIAMENTO DO SITETENTaCulouS iNTEligê[email protected]

DIREçãO COMERCIALJosé márcio Carvalho comercial@ informaticaemrevistapb.com.br

ASSESSORIA JURíDICAdr. Carlos Santos oab/pb [email protected]

IMPRESSãO

ExECUçãO/POTENCIALIzAçãO(83) 3023.4779 [email protected] www.tentaculous.com.br

Em nossa última edição, neste editorial, em uma infeliz coincidência, citáva-mos o poeta alemão Goethe para mos-trar a importância dos grandes par-

ceiros e das pessoas que trabalham conosco, as pessoas que nos fazem melhores e maiores a cada edição, que são as nossas companhias e das quais sempre nos orgulhamos de tê-las por per-to, pois são grandes e qualificados profissionais. Um destes grandes nos deixou. Fatalidade, ou seja lá do que podemos chamar este triste aconteci-mento, só posso afirmar que é algo que nos deixa uma tristeza sem tamanho, mas ao mesmo tempo, instiga-dos a prosseguir e fazer valer a pena, cada mínimo de-talhe de um projeto que tinha seu apoio e confiança. Pois é...tivemos o desprazer de perder um dos nossos. Seu nome já está na história desta publi-cação: Vladimir Van Djick, que fazia a colu-na “Dicas e Curiosidades”. Um caráter acima da média, com personalidade e competências que qualificaram ainda mais a equipe que faz a IN-FORMÁTICA EM REVISTA PARAÍBA acontecer. Nesta edição reservamos aquele que era o seu espaço para homenageá-lo. O mesmo espaço onde ele abordou a história dos computadores (Abril) e teclas de atalho e curiosidades do Windows e Offi-ce (Maio). Curiosamente, ele encerra seu último artigo falando: “posteriormente escreverei mais so-bre esse assunto mais detalhadamente”...Não hou-ve o próximo, pois Deus assim não permitiu, mas fica aqui a nossa homenagem e sentimentos à sua família, que necessita de todo o conforto e apoio necessários para atravessar este difícil momento. Além deste triste momento, traze-mos nesta edição, o que vem a ser o iní-cio de uma parceria grandiosa e agregadora. Entramos no coração da tecnologia paraibana: O Pa-qTcPB, Fundação Parque Tecnológico da Paraíba que, inclusive, já foi premiada internacionalmente por projetos que sempre visam a inovação e o empreendi-mento. Trouxemos aos nossos leitores, uma entrevista com a Ilustríssima Diretora Geral do PaqTcPB, a Sra Francilene Garcia, na qual ela discorre sobre a história, a atuação da Fundação, seus desafios e perspectivas. Mostramos aos nossos amigos leito-res, principalmente os empreendedores e lí-deres decisores do mercado, quão valorosa é a instituição e o quanto a mesma contribui para a TIC da nossa região, seja de forma dire-ta ou indireta. Esse caminho que temos à vista é

promissor, é forte e de uma grandeza sem medida. Não temos apenas o pensamento de fa-lar desta Fundação e sim, divulgar o que lá se faz de melhor, que é o seu suporte à projetos e pro-gramas do setor de Ciência, Tecnologia e Inova-ção, assim como, suas ações que sempre possuem por base, o desenvolvimento de atividades den-tro das normas e objetivos propostos, sendo in-questionável sua reputação ética e profissional. Além destas novidades que fazemos questão que nossos leitores fiquem sabendo, temos mais uma: Chico Legal, assim mesmo, o chamaremos assim ele sempre foi conhecido e foi assim que ele escreveu a sua história. Em 35 anos de profissão, dedicados a apenas uma empresa, a hoje extinta Rádio Planalto AM / DF onde foi repórter esportivo, produtor-exe-cutivo, chefe de jornalismo e locutor-apresentador--animador, Chico Legal, irá fazer a partir de agora, a nossa coluna “MUDANDO DE ASSUNTO”. Nes-te mês, em clima de copa, nada mais justo que seu assunto fosse, de uma forma bem clara e espontâ-nea, a copa do mundo. Crítica ou elogiosa? Politi-camente correto ou mais solto em suas palavras? Leia e forme sua opiniáo. Boa leitura não lhe faltará, você estará bem servido, isso nós podemos garantir. Esta edição é um marco. Além do nosso querido Chico legal, destacamos a parceria que inicia-se agora com o PaqTcPB e que fará com que nossas edições sejam cada vez mais qualifi-cadas, mais fortes, porém, jamais esqueceremos daquele que já fazia parte da nossa família antes mesmo que nossos leitores pudessem conhecê-la. Vladimir van Dijck, que Deus possa con-solar sua família e acima de tudo, ter pre-parado a ti um lugar junto aos grandes. A tristeza é inevitável, mas o orgulho e o prazer de sua parceria é muito maior. Até Julho!

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Chegamos à Fundação, localizada na zona especial de Ciência e Tecnologia, no bair-ro de bodocongó. Fomos recebidos pela pela assessora de Comunicação geneceuda monteiro, que nos encaminhou ao CiTTa (Centro de inovação e Tecnologia Telmo araújo).local agradável e moderno. Então, na sala de reuniões, conversamos com a a Sra. Francilene garcia. Ela é a diretora geral do paqTcpb, Secretária Executiva de Ciência e Tecnologia do estado e presidente da aNpRoTEC, associação Nacio-nal de parques Tecnológicos. Falamos da histó-ria, da atuação da Fundação, de seus desafios e perspectivas, sem deixar de lado o seu valor inestimável, pois a mesma contribui para o avanço científico e tecnológico do Estado, atra-vés de suas unidades de negócios, em colabo-ração com laboratórios das universidades Fe-deral e Estadual da paraíba, empresas de base tecnológica e instituições parceiras. a Funda-ção já recebeu vários prêmios, entre eles, o projeto inovador do ano 2002, com o projeto de incubação de micros e peque-nas Empresas agroindustriais em Comu-nidades Rurais do Semiárido paraibano. participaram desta conversa, leonardo dor-nelas e José marcio Carvalho, ambos da equipe da iNFoRmÁTiCa Em REViSTa pb.

InformáticaemRevistaPB - para iniciarmos, gostaríamos que nos explanasse sobre a história da Fundação. Quantos anos ela tem e qual é o seu cerne, qual o seu conceito basilar?

Francilene garcia - a Fundação parque Tecnoló-gico da paraíba foi criada em 1984, efetivamen-te, portanto em 2014 ela completa três décadas em operação. Ela foi criada a partir de um decre-to federal que foi, à época, publicado pelo então presidente do CNpq, o paraibano lynaldo Caval-canti, que criou outras 5 instituições similares. o objetivo dessa instituição particularmente, é fomentar o empreendedorismo inovador no esta-do e na região a partir da promoção de ambien-tes de inovação e empreendimentos inovadores. Todas essas três décadas de operação leva-ram a fundação a contribuir no estado para a construção de políticas públicas favoráveis ao empreendedorismo inovador, também no apoio através da incubadora tecnológica de Campina grande à empresas nascentes que tem um perfil inovador e que precisam de um apoio durante os primeiros estágios de crescimento para que elas possam ter sucesso, ser bem sucedidas. ao longo dessas três décadas, a incu-

ENTR

EViS

Ta PaqTcPB 30 anos de apoio à pesquisa, inovação e Desenvolvimento tecnológico

badora já apoiou e graduou (que é a expres-são utilizada no âmbito das incubadoras) em torno de 95 empreendimentos. a gente deve chegar a uma centena de empreendimentos até o final do ano, o que será uma celebração importante pra esses trinta anos da instituição. além disso, a fundação vem contribuindo também, com as instituições científicas e tec-nológicas, como as universidades, os institutos de p&d. Em Campina grande por exemplo, para citar, fora do ambiente universitário, nós temos a Embrapa algodão, que faz um desenvolvimento de pesquisa importante para algumas áreas es-pecíficas de interesse aqui no semi-árido. Então, toda essa articulação desse ambiente científico--tecnológico é extremamente favorável para que as empresas, quando ingressam no mundo dos negócios, continuem tendo a oportunidade de sempre olhar, com o apoio dos laboratórios de p&d aqui instalados, a melhor fronteira de avanço nas inovações que eles desenvolvem pra continuarem competitivos no mercado. IERPB - a Fundação foi criada na década de 80, mas qual foi o maior desafio nesse período. Houve o apoio do governo, de empresas e universidades?

Francilene garcia - Todas as instituições que fomentam esses habitats ou ambientes de ino-vação no brasil, geralmente partem de um ar-ranjo institucional local, do qual fazem parte, instituições de três segmentos típicos: governo, academia e produtivo. Então, na constituição da Fundação parque Tecnológico da paraíba foram decisivos o governo do estado e a pre-

feitura municipal de Campina grande, represen-tando aí o lado governamental; a universidade Federal da paraíba, representando o lado aca-dêmico; o banco paraiban, que era um banco que tinha uma articulação estadual importan-te - foi um dos instituidores - e a federação da indústria do estado da paraíba, que represen-tava aí, tão somente, o segmento produtivo. Estas foram as instituições que constitui-ram a primeira formação. de lá para cá, houve-ram mudanças. Com o fechamento do paraiban, o banco do Nordeste passou a fazer parte do conselho da fundação. Com o desmembramen-to da uFpb, a uFCg passou a fazer parte do conselho, no qual a universidade Estadual da paraíba também faz parte. o SEbRaE, apoian-do os micro e pequenos negócios e os arranjos produtivos locais mais fortes aqui no estado. Foi criada uma associação de empresas de base tecnológica que também faz parte. Então, esta é a constituição atual, além dos instituidores (exceto o paraiban, que deixou de existir). Es-sas outras instituições passaram a fazer parte. É importante dizer que essa composição é mandatória para que a Fundação tenha tido a continuidade de operação ao longo desses anos. É necessário que haja, de fato, uma consonân-cia para pactuação local de programas. Existem recursos federais que mantém a instituição e os programas que ela desenvolve com ênfase na promoção do empreendedorismo inovador, mas não são suficientes, então é importante que, localmente, esses parceiros consonantes com os objetivos da instituição, possam contribuir ao longo desses anos. Então, foi fundamental. Em meados dos anos 80, quando a insti-tuição foi criada, para se ter uma ideia, a sede física (onde ela funcionava), foi cedida pela Fede-ração da indústria do estado, que era um prédio aqui na Floriano peixoto que hoje lá é operado pela associação Comercial. a prefeitura foi im-portante com os primeiros ambientes de incuba-dora, que funcionou na Vila Nova da Rainha. Foi a prefeitura que fez essa promoção. Já o governo do estado, a partir de uma outra contribuição da prefeitura, que foi a desapropriação desse terre-no em bodocongó, de cinco hectares, que fazem parte do patrimônio desde então. Foi uma doa-ção da prefeitura municipal com o então prefeito Ronaldo Cunha lima e posteriormente, quando ele tornou-se governador, fez a construção da sede através da Cinep, que é a Companhia de industrialização do Estado. Então, veja que os órgãos públicos foram fundamentais e na par-te de “tocar a instituição”, administrar, operar, articular com o entes nacionais e internacio-nais, foi fundamental a presença das univer-sidades, que colocaram na diretoria executiva

Francilene Garcia - Diretora Geral PaqTcPB

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“Todas as instituições que fomentam esses habitats ou ambientes de inovação no brasil, geralmente partem de um arranjo institucional local, do qual fazem parte, instituições de três segmentos típicos: governo, academia e produtivo.”

da fundação, pessoas preparadas, que tinham articulação devida por diferentes segmentos. portanto, todas essas instituições de algu-ma maneira foram fundamentais, desde a instalação e implantação até os dias atuais. IERPB - E qual o papel e a contribuição dos ór-gãos de incentivo à pesquisa como o CNpq, e Finep?

Francilene garcia - o CNpq, inclusive faz parte do conselho (esqueci de dizer que um dos insti-tuidores foi o CNpq e o mesmo permanece até os dias atuais). a importância do ministério da Ciência, Tecnologia e inovação, do qual o CNpq é uma das agências, juntamente com a Finep, que é exatamente naquilo que é o ajuste nas políticas públicas, que são vários. Como eu disse, a fun-dação foi criada a partir de um decreto federal do CNpq, nas regiões do país e aqui no nordeste, em Campina grande/pb. Hoje, existem perto de três centenas de incubadoras, em torno de 100 iniciativas de parques Tecnológicos então, de 1984 para cá, esse movimento em prol do em-preendedorismo inovador, que nacionalmente é tocado pela aNpRoTEC (associação Nacional de parques Tecnológicos) e que atualmente eu pre-sido, já teve dois presidentes do estado, inclusi-ve o araújo, que foi o fundador do paqTcpb e foi presidente da aNpRoTEC de 91 a 93 (a paraíba sempre teve presença). Então, as agências são fundamentais para estruturação de políticas públicas, à ofer-ta de instrumentos de fomento. de lá até os dias atuais, já ocorreram vários chamamen-tos públicos, sejam para os ambientes man-tenedores destas Fundações parque Tecno-lógicos, seja para as empresas. É importante dizer que, em 2004, nós vi-vemos um ápice nessa questão de fomento a ambientes de inovação com a criação da lei de inovação, ou seja, fazem 10 anos agora em 2014. a lei de inovação veio para legitimar um conjunto de relacionamentos que o setor produ-tivo tinha com muitas incertezas jurídicas com o ambiente acadêmico, ou seja, antes da lei de inovação, a relação de um pesquisador, doutor de uma universidade e de seu laboratório com uma empresa, era mais difícil. Você não tinha clareza de quais eram as fronteiras de ações ca-pazes e iniciativas a serem desenvolvidas. Com a lei, isso tudo ficou mais equilibrado. outras leis complementares que incentivam vieram. a partir da renúncia fiscal do governo, as empre-sas investiram diretamente no p&d, como é o caso da mp do bem, que veio pouco depois da lei de inovação e outras leis complementares,

até leis que são importantes no sentido de favo-recer que a pequena empresa tenha condições de começar a investir em pesquisa e desenvol-vimento desde o princípio, que é a Subvenção Econômica (de 2005) e quem a toca no brasil é a Finep. antes de 2005, era impossível que o governo, a partir de chamamentos públicos, de editais de chamadas públicas, colocar dinheiro sem volta, sem retorno (não reembolsável, como chamamos) dentro das empresas para elas in-vestirem em p&d. isso tornou-se viável de 2005 para cá e estas fundações que operam parques Tecnológicos em geral, são parceiras estratégi-cas do ministério e da Finep para operação des-ses programas em todas as regiões do brasil. Em 2009, por exemplo, a Fundação parque Tecnológico operou um programa chamado pRimE (primeira Empresa inova-dora) que apoiou um recurso da ordem de R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais) de sub-venção econômica a quase uma centena de empresas daqui. Então, isso é fundamental para que se desenvolva esse processo e as empre-sas possam, de maneira sólida, se implan-tarem, amadurecerem e ganharem mercado. além da Subvenção Econômica, estes am-bientes são fundamentais para dialogarem com bancos e agências de inovação, naquilo que é oferta de crédito, no qual é uma outra linha de financiamento importante para as empresas inovadoras, para que elas possam, além da subvenção econômica, terem entradas nessas agências para obterem crédito, que é impor-tante para complementar os investimentos im-portantes de que ela necessita. E aí, nós temos

que lembrar que o grande problema da empresa pequena são as garantias reais, então a aN-pRoTEC e todos os seus associados, como a própria Fundação parque Tecnológico, contribui bastante para que a gente busque alternativas de melhorar a condição de captação das em-presas pequenas. isso a gente faz todo tempo. a Finep opera um programa chamado inovacred, que é exatamente um crédito para pequena empresa com condições facilitadas. E para fechar a ponta do fomento (que a Fundação também tem ações nessa direção), tem o capital de risco. a cultura do capital de risco no bra-sil é relativamente recente (meado dos anos 90 para cá), e mais a região Sudeste e Sul do país. Então, digamos que na última década e meia, estamos trabalhando aqui na região Nordeste, particularmente na paraíba, para construir, nes-se ecossistema inovador que nós operamos, as condições mais favoráveis para que os investi-dores de risco, que colocam um capital semente inicial, diretamente dentro das empresas, até o grande investidor de fundo de risco, pra que as empresas possam escalonar o seu crescimento. São ações que o ministério contribui de uma maneira bem articulada, até por que a Finep é uma cabeça importante nesse pro-cesso e o CNpq também, na medida que os pesquisadores, doutores e seus alunos de pós--graduação, com as bolsas oriundas do CNpq acabam, a partir da lei de inovação, tendo cada vez mais o acesso às iniciativas do mercado e trabalham muito orientados em seus pro-gramas de pós-graduação a demandas reais do mercado. Então, acabam tendo, cada vez

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mais, com os incentivos desses instrumentos, com o arcabouço legal vigente e uma lingua-gem mais apropriada do setor produtivo com o setor acadêmico, uma relação mais dinâmica, mais eficiente, naquilo que é você transportar o conhecimento dos ambientes acadêmicos para o setor produtivo, na forma de novos pro-dutos, novos processos e assim por diante. IERPB - Com relação à Campina grande, bem sabemos que ela tem uma posição de destaque no Nordeste, mas na sua opinião, quais são os principais benefícios que a fundação trouxe a ainda traz para a cidade e o estado?

Francilene garcia - Veja, quando a Fundação foi criada em 84, qual era o grande desafio dela? desde 84, melhor dizendo, desde os anos 50, particularmente a partir de Campina grande, mas hoje, de uma maneira bem presente no estado, a partir da própria capital e de cidades do interior, você tem um estado fortemente an-tenado com a formação de pessoas de qualida-de. Hoje nós temos, partindo das instituições públicas (uFpb, uFCg, iFpb, uEpb), um com-plexo acadêmico muito forte no estado. Se nós colocarmos aí, as iniciativas privadas, que estão muito bem espalhadas também (Capital, Cam-pina grande e demais cidades), você tem hoje, pelo menos, 28 a 30 cidades no estado, claro, com destaques para o pólo acadêmico de João pessoa e Campina grande, mas você já tem hoje,

em torno de 30 cidades com oferta bastante rica de cursos a nível de graduação e também de pós graduação. Só que, se não criarmos as condi-ções de fixação dessa mão de obra qualificada, a maior parte migra para outras regiões, outros estados do país. Então, um dos grandes desafios do parque Tecnológico da paraíba no tocante a essa mão de obra qualificada que sempre sai do estado, era encontrar mecanismos e ambientes que fossem favoráveis pra maior fixação. a ope-ração de uma incubadora contribui para isso, a instalação de um parque Tecnológico aqui em bodocongó também contribui para a atração de âncoras, que são empresas que já estão bas-tante consolidadas no mercado, sejam elas de capital nacional ou não. Então, aqui em Campina grande você já tem um complexo assegurando que você tenha uma mão de obra qualificada e abundante. Sistematicamente ao longo desses anos, empresas aqui se instalam para contra-tar essa mão de obra relacionam-se com esse ambiente, pois não adianta trazer a empresa e ela não ter relacionamento com o ambiente. isso estimula que as pequenas que nascem, fiquem no entorno desse ambiente, usufruindo tanto da relação com os ambientes acadêmicos, como da relação com as empresas maiores. aqui hoje, te-mos a aCCENTuRE, uma das maiores empresas de Tecnologia da informação do mundo. Temos a SoNY chegando aqui dentro do Citta e come-çando agora a construção do complexo deles. Temos a SamSuNg discutindo a possibilidade

de vir para cá. Tem também uma grande fábrica de equipamentos médico-hospitalares que vai se instalar aqui em bodocongó e vai produzir equipamentos importantes para o sistema SuS e que vai atrair, certamente, para o seu entorno, empresas satélite menores que vão desenvolver produtos complementares. Então já existe, um complexo razoável instalado. Essa é uma das contribuições principais. uma outra contribuição é que, sempre (ao longo dessas 3 décadas em operação) foi importante o papel da Fundação como grande articuladora de tudo isso. Como você tem um conselho diretor bastante eclético e bastante representativo institucionalmente falan-do, quando o conselho diretor da instituição se reúne, você tem todas as instituições ali opinan-do nas linhas programáticas, na avaliação do que é realizado ano a ano. isso é fundamental como ambiente de tomada de decisão, que articula todas as instituições necessárias pra que conti-nuemos avançando. dentro dos números que eu apresentei antes, graduamos quase uma centena de empresas, claro que nem todas estão vivas, mas o percentual de mortalidade é relativamen-te baixo se a gente considerar a mortalidade de outros segmentos que não passam por esse tipo de apoio. a gente tem uma mortalidade abaixo de 20%. o parque Tecnológico torna-se uma vitrine viva nos ambientes como esse em que estamos, para que novos investimentos cheguem à região e à cidade. Campina grande particularmente, é uma cidade que tem 400.000 habitantes e

“Aqui hoje, tem a aCCENTuRE, que é uma das maiores empresas de Tecnologia da informação do mundo, tem a SoNY che-gando aqui dentro do Citta e está começando agora a construção do complexo deles e tem a SamSuNg discutindo a possibili-

dade de vir pra cá...”

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“Nós temos uma parceria com vários parques e incubadoras na Europa, Eua e Canadá, pra onde nós podemos mandar essas empresas fazerem estágios, descobrirem com a consultoria local daqueles ambientes similares ao nosso, parceiros comerciais

importantes. isso funciona muito bem pras empresas que querem ser competitivas no brasil.”

50.000 são alunos de algum curso de graduação. Então, você tem um complexo acadêmico, entre instituições públicas e privadas, em torno de 17 núcleos oferecendo cursos. a pós graduação hoje tem quase 3.000 estudantes só em Campi-na grande, com cursos de excelente nível, como ciência da computação e engenharia elétrica da uFCg. isso é fundamental porque vem se man-tendo ao longo desses anos, e aí se cria, nesse entorno, a condição mais favorável para que as empresas cheguem, se instalem, permaneçam e tragam novos investimentos. Só esse complexo de desenvolvimento da SoNY, vai empregar 120 pessoas e estou falando de graduados, mestres e doutores. Se computarmos a quantidade de pessoas nesse nível que serão empregados da SoNY, gerando produtos pro mercado global, falando de produtos que são pro mercado inter-nacional, isso é fundamental. os números são expressivos. de 2003 para cá, é importante dizer que a Fundação parque Tecnológico, além des-se braço mais orientado às empresas, funciona como fundação de apoio da universidade Federal de Campina grande e também articula a chega-da de investimentos, sobretudo do ministério da Ciência e Tecnologia, das suas agências e do mEC, junto à universidade Estadual da paraíba, e a partir desse ano, também da uFpb. Com isso, a fundação atua como um elo de apoio à capta-ção de recursos e aí entra a lei de informática. Essa lei existe desde o fim dos anos 90 e início dos anos 2000, que permite que as empresas, a partir da renúncia fiscal do governo, invistam em p&d e uma parte disso tem que ser no Nor-deste. a Fundação parque Tecnológico é quem intermedia a chegada desses recursos e signifi-cativo de projetos que contribui pra melhorar a infra estrutura de laboratórios da universidade, para os programas de pós-graduação. Esses contratos firmados com as grandes empresas, alimentam uma parte das bolsas que os progra-mas de pós-graduação locais colocam à dispo-sição de seus alunos, sobretudo no Centro de Engenharia Elétrica e informática da uFCg, no qual possuem dois departamentos (Engenharia Elétrica e Ciência da Computação). E acabamos conseguindo trazer outros investimentos mais diretamente que contribuem de maneira muito favorável pro crescimento das pequenas empre-sas inovadoras da cidade e do estado de uma maneira geral. Só no ano de 2013, nós fechamos projetos da ordem de 48 milhões de reais. isso mostra a quantidade razoável expressiva e atrati-va da capacidade das competências aqui instala-das no entorno desse nosso pólo de bodocongó para fechar projetos sobretudo na área de TiC, mas também na área de petróleo e gás, na saú-de, o CERTbio, que é um laboratório instalado

na uFCg, que tem uma contribuição importante junto à aNViSa para certificação de próteses mamárias (é o único laboratório no brasil que faz isso) aqui na uEpb tem o NuTES (Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde), que através do paqTcpb está construindo e deve inaugurar, nos próximos dias, a sua sede dentro da uEpb e vai fazer a certificação de softwares embarcados e equipamentos medico-hospitalares pra fins de precisão. por aí vai, é de fato um complexo im-portante e além dos números, essa capacidade de articulação é fundamental pra que estas ini-ciativas dêem certo. IERPB - Em relação à graduação que você citou.Como ela se dá?

Francilene garcia - Em 1987, a incubadora co-meçou a funcionar de forma efetiva. Todo ano, a incubadora lança chamadas para atrair novas empresas nascentes. Esse processo seletivo dura em torno de seis meses e vai desde a divul-gação em ambientes apropriados às empresas que tem alguma tecnologia sendo desenvolvida, num ambiente acadêmico. Essas empresas nor-malmente começam com um conjunto de pes-soas informalmente agregadas a partir de uma ideia inovadora, ainda sem a formalização de uma pessoa jurídica. Quando esse chamamen-to da iTCg acontece, que é a incubadora, essas empresas, esses potenciais empreendedores recebem um conjunto de capacitações, desde como modelar o negócio, como abrir uma em-presa, que tipo de sociedade abrir, se aquelas pessoas de fato tem um perfil empreendedor, o que eles devem apostar em termos de forma-ção, fora a formação técnica propriamente dita, até que eles submetem o seu plano de negócio, passam por uma banca de avaliação e os que são escolhidos entram para incubadora. Contra-tualizam isso com o paqTcpb e durante 3 anos, são acompanhados pela equipe da Fundação, por consultores externos que contratamos, são auxiliados a captar recursos para os seus proje-tos, a ter contatos com setores da universidade importante para eles e são auxiliados a chegar no mercado e por aí vai, de maneira que, ao fim detrês anos, se tudo caminhou corretamente, nós graduamos aquela empresa e ela vai pro mercado seguir com seus próprios pés. durante os três anos iniciais ela tem duas alternativas: pode ficar fisicamente dentro da Fundação, o que é importante pra favorecer o intercâmbio entre eles mesmos (entre as empresas nascentes) ou podem ter um processo que a gente chama de “vinculação virtual”, onde ela está em seu ambiente (temos empresas que estão fora da cidade de Campina grande, que estão em João

pessoa, no interior do estado) e isso favorece a uma dinâmica importante no processo de cresci-mento dessa empresa. Quando elas se graduam, elas optam por passar a ter um vínculo de as-sociadas à Fundação. Esse vínculo de associada assegura que a continuemos mantendo contato com a empresa, continue ajudando-a a captar recursos. atualmente a incubadora toca um pro-grama de internacionalização de empresas, que funcionam da seguinte maneira: nós fazemos parte de uma rede que tem onze outras institui-ções no país (no total são doze) que são capi-taneadas pela aNpRoTEC e que operam um pro-grama de soft landing. o que é isso? Nós temos uma parceria com vários parques e incubadoras na Europa, Eua e Canadá, para onde nós pode-mos mandar essas empresas fazerem estágios, descobrirem com a consultoria local daqueles ambientes similares ao nosso, parceiros co-merciais importantes e isso funciona muito pras empresas que querem ser competitivas no bra-sil. partir de uma concepção mais global de seu negócio e também para aquelas empresas que querem ir pro mercado externo. Então, a incuba-dora Tecnológica de Campina grande é um dos braços desse programa de Soft landing. isso é fundamental pras empresas que querem sair fora das fronteiras dos mercados mais locais. ERPB - Qual a capacidade que o paqTcpb tem de tocar esses projetos incubados simultaneamen-te? Existe algum limite?Francilene garcia - o nosso limite normal-mente é o limite físico. Na incubadora que fica lá na sede que a gente conversamos inicialmen-te, nós temos a condição de ter, simultânea-mente, até 40 empreendimentos. atualmente a gente tem 23 empreendimentos, nem todos físicos, alguns são virtuais. Então a questão de limite é mais físico, mas como trabalha-mos com um processo de aconselhamento, no qual a empresa não precisa estar lá dentro, digamos que não há um limite muito grande. Toda a agenda de capacitação que fazemos pra parceiros como SEbRaE e outros, acontece ao longo desse tempo, e temos um olhar crítico, que é tentar diagnosticar para onde a empresa está indo. É importante que a empresa que comece o processo de incubação chegue à graduação. algumas empresas não tem condições ou de-sistem antes do tempo e isso é acompanhado. Historicamente, a desistência das empresas que contratualizam a incubação é muito baixa, abai-xo de 5%, até porque a peneira que se faz no processo seletivo é razoalmente grande, e uma das principais causas da queda não é nem o pro-grama em si, que ele (o empreendedor) colocou inicialmente em termos de negócio. Em alguns

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casos é a quebra da sociedade, onde os sócios entre si, entram em conflito. a outra razão pode ser eventualmente, a incapacidade da empresa de dar continuidade ao desenvolvimento do pro-duto, e isso inviabiliza a continuidade do proces-so. mas a desistência é em torno de 5% mesmo. É muito baixo e, inclusive, essa é uma média na-cional e a incubadora vem se profissionalizando ao longo dos anos, onde atualmente estamos implantando uma plataforma de gestão, criada pela aNpRoTEC chamada CERNE, o que vai dar inclusive, uma capacidade maior de atuar em es-cala, dentro desse espírito de ter menos limites possíveis. ao longo desses anos, os programas de incubação vêm mudando e o que no início dos anos 90 era importante para uma empresa nas-cente, que era o ambiente físico, hoje não é uma coisa crítica. o crítico hoje é essa tutoria, onde fazemos esse aconselhamento. Não há necessi-dade mais de uma ambiência física. o que você deve ter é uma linha de ações, um portfólio de serviços e iniciativas da incubadora, que acom-panhem sistematicamente esse empreendimen-to ao longo do tempo. isso é o mais importante ERPB - Existe um movimento da criação de um parque Tecnológico em João pessoa. Tem até um evento já marcado pro dia 27, 28 através do fórum municipal de discussão desse parque Tec-nológico. Qual o seu ponto de vista em relação a essa iniciativa?

Francilene garcia - No brasil inteiro, enquanto que, em meados dos anos 80 até a década de 90, o que se acelerou mais aqui foi o desen-volvimento das incubadoras. No início dos anos 2000, foram os parques tecnológicos. digamos que parque Tecnológico está na moda (essa é a expressão que a gente usa). Eu, como presidente da aNpRoTEC, a associação maior nesse senti-do, que dialoga com o governo Federal e com bancos como o bNdES, que é outro instrumento importante, tenho uma clareza sobre isso. o fato do tema estar em moda, não quer dizer que toda e qualquer cidade tenha condições de criar um parque tecnológico. Normalmente, entre a ideia de se criar um parque tecnológico e o início da operação, tem um tempo. Nos estudos que a gente fizemos (o mais recente é de 2013), com o ministério da Ciência e Tecnologia, declaramos três tipos de parques: um é mais preponderante à capacidade científica e tecnológica, onde a base científica e acadêmica é mais forte, a segunda natureza de parque é aquela em que a parte em-presarial é mais forte, onde ele nasce mais mo-vido por interesses empresariais e um terceiro tipo é o que chamamos de parque mais conso-lidado, onde as duas bases são fortes e se rela-

cionam. isso é o que chamamos de uma “taxo-nomia”, digamos assim, de conceito de parques. o parque tem estágios: quando está em proje-to, que é quando aquelas instituições líderes localmente têm um desenho e um estudo de viabilidade, buscando as ações necessárias para implantar. Entre a fase de projeto e a fase de im-plantação para chegar à fase de operação, leva as vezes, mais de década (isso é histórico no brasil). o paqTcpb por exemplo, mesmo tendo sido criado em 84 com essa ênfase, só nos anos 2000, mais particularmente em 2003, quando fomos para a sede própria, é que começamos a ter a cara de um parque em início de operação, e mais especificamente, com a criação deste centro, que mais uma vez foi importante a atu-ação do governo do estado e a prefeitura como entes públicos importantes para viabilizar essa área, é que começamos a ter mais visibilidade enquanto parque. Foi uma iniciativa que teve seu princípio em 1984. Então, do ponto de vista ma-cro, obviamente que, o timing das instituições, a convergência dos atores políticos e das políticas públicas é que vai ser decisivo para dizer quan-to menos ou mais tempo isso vai levar. No caso de João pessoa, a minha opinião é que tem sim, ambiência para criar um parque Tecnológico, a uFpb tem um complexo acadêmico importante. Tem um conjunto de empresas na cidade que também reforçarão esse ambiente. o próprio governo do estado, a partir da minha secretaria, tem buscado dialogar com esses atores para que possamos contribuir. mas é necessário que haja um convergência entre esses que podem contri-buir e o foco que o parque terá. Temos exemplos no brasil que não deco-laram e talvez não decolem por que são muito setoriais, atiram para muitos lados. Hoje, temos uma concepção no âmbito do cenário histórico do país que, é necessário que os parques se identifiquem com determinados setores onde eles são mais fortes, olhando para a taxonomia que eu citei há pouco, eu acho que João pessoa tem como desenvolver, tão somente, a partir do momento que essa convergência se estabele-cer. IERPB - Em termos de partipação internacional, empresas incubadas e incentivo a p&d, quais são as prioridades da Fundação para os próxi-mos anos?

Francilene garcia - Temos a implantação do CiTTa, que é um projeto estratégico da Funda-ção. Esse complexo tem 2,3 ha de área e a sede onde estamos é o que já está operando. Nós captamos recursos na Finep para os três primei-ros anos de operação. isso está seguro. Temos

35 declarações de empresas com interesse de vir para cá. a capacidade aqui é de termos em torno de 50 empreendimentos instalados entre os maiores (como eu já citei, o da Sony). Então a prioridade é consolidar e viabilizar essa estrutura aqui do CiTTa, que vai ser a principal vitrine do pólo tecnológico de bodocongó e também da pa-raíba, consideramos que saiu à frente e que está mais próximo de se concretizar. uma outra ação importante, é o programa de internacionalização de empresas, a partir do Soft landing via incu-badora tecnológica de Campina grande. Temos parceria em portugal, com o instituto pedro Nu-nes, que fica em Coimbra, que é uma das incuba-doras mais fortes da Europa e é premiada. É uma porta de entrada e tem a questão da facilidade da língua. Temos parcerias também na Espanha, na França e na inglaterra. acredito que isso vá ser importante para os próximos 3 anos. um outro programa importante é viabilizar-mos estruturas nos laboratórios de p&d dessas universidades que apoiamos. mais profissio-nais de atração de recursos, por isso estamos solicitando o credenciamento de alguns labo-ratórios junto à EmbRapii, que é uma empre-sa que o governo Federal criou para promover inovação no setor industrial. Nós estamos nos credenciando pra atrair esses investimentos e atuar mais diretamente com o mercado,. di-retamente na identificação de diagnósticos e demandas na oferta mais focada a essas de-mandas. Nesse ponto, inclusive, o CiTTa terá um papel importante. digamos que essas são as principais iniciativas para os próximos anos. IERPB - Sabemos que a posição dos diretores são de puro desafio, exigindo maleabilidade, di-namismo e vocação para os projetos de inova-ção e empreendedorismo. Quais são atualmente as suas maiores dificuldades e quais os casos de sucesso da vossa gestão?

Francilene garcia - Temos talvez, três principais desafios desde que a Fundação foi criada, e con-tinua nessa gestão atual da qual faço parte desde 2007. Temos que ter uma clareza muito grande de que cada ator envolvido nesse ecossistema de inovação, saiba exatamente qual é o seu pa-pel. a academia tem um papel preponderante, de formar uma mão de obra qualificada, oferecer uma infra-estrutura importante, mas ela preci-sa sentir-se segura para fazer os processos de transferência de tecnologia. o governo (muni-cipal, estadual, federal) é sempre uma alavanca de apoio, naquilo que são recursos iniciais para a infra-estrutura decolar, mas não é a única fonte. Então temos que buscar esses recursos e saber buscar em outras fontes, criar modelos de ges-

“a minha opinião é que João pessoa tem sim, ambiência pra criar um parque Tecnológico, a uFpb tem um complexo acadêmico importante, tem um conjunto de empresas na cidade que também reforçarão esse ambiente.”

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O Projeto para o novo CITTA

tão importantes. o primeiro desafio nosso foi a governança, ou seja, qual é o melhor modelo de gestão para que essa governança aconteça com a participação em sinergia de todos os atores presentes? Então, passamos por vários momentos, e digamos que encontramos um modelo que hoje funciona, opera, é sustentável e que tem de cada ator, a contribuiçã que ele pode dar, inclusive o setor produtivo. Então, o grande desafio sempre foi a governança, a forma de gerencia e articular essas ações. o segundo grande desafio é favorecer e melhorar a cultura empreendedora do estado, na região. a maior parte dos alunos de gradua-ção, se você chegar na sala de aula e perguntar: Quantos aqui, quando se formarem, vão abrir seu próprio negócio? ainda há muito aquela coi-sa de: “eu vou fazer um concurso público, por que é mais estável, é mais garantido”. poucos são aqueles que olham pra possibilidade de criar seu próprio negócio. Então, um grande desafio desde o início até os dias atuais é você fomentar a cultura empreendedora na região e no esta-do. É mostrar às cabeças criativas e pensantes que aquela formação associada a uma questão gerencial e de mercado, são fundamentais e é um ingrediente perfeito em um ambiente como o nosso, para criar um empreendimento de su-cesso. Então, fora a governança, o outro gran-de desafio é melhorar a capacidade da cultura empreendedora no estado. aí entra o capital de risco, entra a questão da rede de anjos, entra todo um conjunto de coisas além da percepção da criação dos empreendimentos.

o terceiro grande desafio, é ter um por-tfólio de serviços atrativos. Não adianta você ter uma central de projetos que ajudam as empresas a captarem recursos, se você não conseguir ser oportuno, ter o timing correto. Então esse desafio é você ter, na infra-estru-tura, os serviços corretos para os parceiros, para os clientes e para o mercado. Esses são os três principais desafios, que estão de lá de 84 e que foram mudando de cara, de forma, mas que continuam até os dias atuais, e que também se enquadram nessa ges-tão que eu tenho estado à frente. Quanto à mensagem aos empreendedores da região em relação à fundação, eu penso que o brasil e o mundo vivem um momento, sobretudo, como a gente chama, uma nova onda, que é a era do conhecimento. onde o desenvolvimento sustentável é a ênfase de todos os países e todos os dirigentes e de todos os cidadãos, como cada um de nós. E temos que olhar sempre no sentido de que, quanto mais você procurar usar a sua mente e a sua formação para ser criativo em seu ambiente, melhor. isso é uma iniciativa empreen-dedora, isso é um perfil empreendedor. Eu acho que a paraíba foi pioneira ao longo dos anos, em tudo o que fez. desde a oferta do ensino de qua-lidade até a criação de ambientes como a Fun-dação parque Tecnológico. Ela tem que saber aproveitar. Então a mensagem que eu deixo é: o jovem que está em formação, numa graduação, numa pós-graduação ou mesmo aqueles que estão no mercado, busquem alternativas empre-endedoras em ter seu próprio negócio. identifi-quem o ambiente em que você vive, nas áreas

que você convive, seja profissional ou apenas um hobby, lazer ou identifique oportunidades de investir. a fontes de investimentos hoje são mui-to ricas e desde que você seja criativo e tenha o apoio desses ambientes, você pode ser, quem sabe, uma das grandes fortunas do país. Temos que acreditar nisso e ser perseverantes.

Agradecemos a excelente recptividade da Sra. Francilene garcia que, mediante sua agen-da de compromissos, nos cedeu parte do seu tempo para que pudéssemos entrevistá-la e abrilhantar ainda mais a nossa edição.

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Sem dúvida alguma, uma das gran-des mudanças na computação cujo proporcionou um alto grau de con-trole e flexibilidade, foi a virtuali-

zação. Acompanhamos, desde o surgimen-to da tecnologia, a adesão em massa por várias empresas e, principalmente os data--centers, buscando otimizar seus recursos e aproveitando melhor o hardware. Do mesmo modo que a virtualização causou algum receio ou confusão inicial, bem como a virtualização do armazenda-mento de dados, a SDN - Software-Defined Network ou Rede Definida por Software, está causando as mesmas preocupações.

Estas vão desde onde encaixar este novo modelo aos já utilizados em uma empresa a até questões de segurança. De fato, hoje, ninguém tem dúvidas de quando deve ou não utilizar a virtua-lização de servidores ou armazenagem e, consequentemente, com a SDN será assim no futuro, ao passo que ela amadurece. Mas é importante entender a tecnologia e seu conceito completamente, bem como o seu favorecimento ao negócio buscando avaliá-la com muito cuidado, caso opte por adotá-la imediatamente. A possibilidade de podermos defi-nir de forma rápida e eficiente toda uma

infraestrutura lógica de redes, ao in-vés de programar cada recursos de har-dware conectado fisicamente, faz com que a SDN seja a grande solução para os problemas dos executivos de TI que buscam por agilidade nas mudanças exigidas pelo negócio, bem como dimi-nuição do uso de recursos físicos. A SDN é uma nova forma de se projetar, aplicar e manter redes, só que trazendo todas as vantagens que a vir-tualização de infraestrutura de servido-res nos dá, através de toda a abstração e controle centralizado. É possível que uma empresa utilize-a parcialmente ou com-

SDN Um novo paradigma?

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pletamente, dependendo de como seja os requisitos do seu negócio. De qualquer forma, para fazer uso da arquitetura SDN, é necessário que, primei-ramente, a tecnologia seja completamente entendida, observada quanto as suas re-ais vantagens e desvantagens e verificada quanto a sua aderência ao negócio. É comum encontrarmos profissionais líderes de TI, sobretudo quando tem total decisão sobre a área e os processos envol-vidos, aplicarem todo tipo de novidade, mas existem fatores que precisam ser le-vados em consideração quando se almeja por uma nova tecnologia, e no caso da SDN, esta é uma exigência ainda maior, por exemplo: - Adotar a SDN trará maiores desafios à segurança ou melhorará o que já está em andamento e consolidado? - Os recursos tecnológicos utilizados

para aplicar a SDN de fabricantes di-versos são intercambiáveis? - É possível aplicar parcialmente a tecnologia e sem entraves técnicos? - Existe corpo profissional adequa-do para projetar, implantar e gerir com qualidade este novo modelo de pensar? Existem vários fatores a serem consi-derados e, embora a SDN seja uma gran-de promessa e traga reais vantagens aos negócios, ela ainda está em sua fase ini-cial. Em sua infância! Não existe ainda um padrão de mercado que convirjam os fabricantes, possibilitando aos com-pradores de TI trocar ou incorporar re-cursos encontrados em um fornecedor específico, aos já existentes. Além disso, as tecnologias envolvidas no controle e or-questração ainda vão evoluir. A verdade é que a maioria do que

temos disponível hoje em termos de SDN ainda exige muita adaptação, por falta de completude de funcionalida-des. É de fundamental importância que os líderes provejam maneiras de se validar pilotos, testes e todas as ava-liações possíveis antes de se adotar o recurso, afim de evitar conflitos com so-luções e arquiteturas em uso. Lembrem-se! Toda nova tecnologia traz novas ameaças e uma forma de mini-mizar os riscos de um projeto ir por água abaixo, é dominar o conceito e os recursos tecnológicos por trás da solução, comple-tamente!

“a SdN é uma nova forma de se projetar, aplicar e manter redes, só que trazendo todas as vantagens que a virtualização de infraestrutura de servidores nos dá, através de toda

a abstração e controle centralizado”

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ColuNa

ALVINO NÓBREgACoNSulToR dE pRoJEToS/pRoCESSoS Em [email protected]

Ao longo de mais de trinta anos dedicados ao trabalho de TI, muitas vezes de forma extenuante, não consigo afirmar que me arrependi e que não tive prazer naquilo que

produzi. Eu realmente amava o que fazia e ter que in-terromper minha carreira, porque o corpo já não con-seguia produzir o que o cérebro comandava, foi um dos períodos mais críticos e difíceis da minha vida. Mas, é necessário seguir em frente e se não conseguia mais produzir, passei a ser um leitor, ainda mais voraz, sobre as inovações tecnológicas que povoam nosso universo. Trabalhar com tecnologia é sobretudo convi-ver com gente que é a mola propulsora das inovações tecnológicas que nos abastecem diariamente. É im-possível dissociar a tecnologia do ser humano que a produz. Nesse sentido, fui um privilegiado, pois du-rante toda minha vida laboral tive a grata satisfação de conviver, trabalhar e aprender com muitos líderes de qualidade inegável que foram, e sempre serão, su-cesso em qualquer lugar. Por outro lado, infelizmen-te, vi muitos talentos se perderem por falta da visão no seu próprio futuro ao deixarem para trás prin-cípios básicos que os levariam ao sucesso, entre eles: 1. FAZER O QUE GOSTA COM ALEGRIA Imagine que você escolheu a área de tecnologia porque “provavelmente” ela dá dinheiro mas seu grande so-nho e a sua habilidade, por exemplo, é a música. Nun-ca consegui ver ninguém tendo sucesso profissional e plenamente feliz e realizado fazendo o que não gosta. Se ao acordar pela manhã você lamentar porque tem ir trabalhar, está na hora de mudar. Você nunca será o talento que o mercado de tecnologia precisa e estará jogando fora a grande oportunidade de ser um músico diferenciado e totalmente realizado. A alegria de sair

Gestão de Pessoal de TI O profissional de TI e seus sonhos

para trabalhar é fundamental na vida profissional. 2. CONFIANÇA E BOM HUMOR Confiança é a capacidade de entrar em um ambien-Confiança é a capacidade de entrar em um ambiente de trabalho, se sentir totalmente confortável para produ-zir com esmero e qualidade qualquer trabalho/ativida-de que te delegarem. É ter a ousadia para propor novas formas e novos rumos que farão a diferença na empre-sa que “apostou” em você. Ao contrário do que muitas pessoas acreditam a confiança não é algo que vem do berço, mas é um dos muitos valores que aprendemos na nossa vida. Para ser confiante você tem que se expor a situações de risco, cometer eventuais erros, assumir esses erros e aprender com eles. Ao perceber que er-rou, não se abater, antes pelo contrário, você tem que dar a volta por cima, abrir um sorriso, garantir a você mesmo que aprendeu e seguir em busca da excelên-cia. O seu sucesso será demonstrado pela forma como você construiu o alicerce da sua própria confiança e é ela que determinará o tamanho da sua competência. 3. DEMONSTRAR SEU PODER DE PERSUASÃO É muito importante você dispor de argumentos reche-ados de vantagens e verdades. Se você é parte de uma equipe, faz parte da sua atividade contribuir para a to-mada de decisões. Portanto, nunca crie expectativas ao seu Líder que você não possa cumprir e, se você for o Líder, só assuma tarefas e crie expectativas que estão devidamente planejadas e acordadas com sua equipe de trabalho. Aprenda a prometer aos seus Gestores e Clientes apenas aquilo que você pode entregar. Den-tro do possível, e para fazer diferente, ouse, planeje e trabalhe com sua equipe para entregar mais do que foi prometido antes do prazo final estabelecido. O

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impacto dessa ação junto ao Cliente estabe-lece a relação de confiança pela competên-cia demonstrada ao entregar o “algo mais”. 4. HABILIDADE DE ABORDAGEM (NETWORKING) Não fique parado esperando que a coisas aconteçam ou que elas cheguem prontas até você. Seja participativo e se mostre ao mercado. Forme sua rede de contatos e assimile as informações sobre sua área de atuação. Frequente eventos da sua área de atuação, participe de happy hour com sua equipe, execute e incentive trabalhos voluntários. Aproveite os momentos de descontração, conheça profundamen-

te sua equipe e conheça seus sonhos e suas ideias. Quando um Líder conhece as potencialidades da sua equipe, ele está construindo o alicerce para o sucesso da sua empresa. Para isso, seja ponderado, exponha uma energia cativante e passe confiança aos seus liderados. Lembre-se que sua equipe é a base do seu sucesso. 5. ESTABELEÇA OS OBJETIVOS DA SUA EQUIPE É primordial que sua equipe saiba para onde está indo. Delegue as tarefas, des-centralize e deixe sua equipe trabalhar. Ao seu critério, estabeleça pontos de controle para acompanhar os objetivos estabeleci-

“Trabalhar com tecnologia é sobretudo conviver com gente que é a mola propulsora das inovações tecnológicas que nos abastecem diariamente. É impossível dissociar a tecnologia do ser humano que a produz.”

dos. Esses pontos de controle tem um po-der avassalador pois se mostra como um dos momentos mais criativos no dia a dia de uma organização. Você vai perceber que cada vez que você parar para ouvir as pessoas no ponto de controle, vai conse-guir captar muito mais conteúdo do que disparando as suas próprias idéias. Se o Líder estiver afinado com sua Equipe, ela se torna muito mais criativa. Não importa o trabalho que foi delegado a vocês, façam o melhor em qualquer situação e, cada vez que uma meta for cumprida e um obje-tivo realizado, comemore com sua equi-pe. Isto os fará se sentirem valorizados. E aí? Você que já descobriu qual é o seu verdadeiro talento, se prepare bem e agar-re as oportunidades que se apresentarem com coragem, fé e ousadia, exercitando os princípios da honestidade, da ética e da sinceridade com você e com os outros. Nunca tente ser igual a ninguém e seja apenas você mesmo, pois cada um de nós constrói a sua própria história e “o futuro pertence àqueles que acreditam na bele-za de seus sonhos” (Elleanor Roosevelt)

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Bola com chipCopa do mundo a prova de erros

Copa de 2010 na África do Sul - Alemanha x Inglaterra. A câmera viu, o juiz não e o inglês Lampard não pôde comemorar este gol.

Polêmicas chegando ao fim. Copa de 2010, na África do Sul: Alemanha vs. Inglater-ra. Ainda no primeiro tempo, 1x1. Lam-pard chuta de fora da área, a bola bate no

travessão e entra, para posterior defesa de Neu-er. O árbitro, porém, invalidou o lance. Neste jogo, a Inglaterra foi eliminada. Curiosamente, um lance parecido ocorreu na fi-nal da Copa do Mundo de 1966, entre Inglaterra e Ale-manha. Na ocasião, o atacante inglês Geoff Hurst chu-tou, a bola bateu no travessão defendido pelo alemão Hans Tilkowski e pingou no chão, supostamente em cima da linha. O bandeirinha soviético Tofik Bakhra-mov validou o polêmico gol, que dava vantagem para os britânicos por 3 x 2, já na prorrogação (Hurst fez mais um e a partida terminou 4 x 2). Então, a partir de agora, chega de discussões nos bares, nas praças, nas escolas e no trabalho. Che-ga de xingar o juiz se ele não validar aquela bola que passou da linha do gol, mas que só ele não viu. De acordo com a FIFA, as bolas com chips e traves com sensores já estarão presentes em todas as cidades bra-sileiras que serão sedes da Copa do Mundo de 2014. No que se refere à Copa do Mundo, a FIFA assumi-rá os custos e deixará os sistemas nos estádios do Brasil depois. Ou seja, já terão as tecnologias instala-das. Os custos na atualidade oscilam entre US$ 150 mil e US$ 250 mil por sistema instalado.

Apesar de já adotar a tecnologia, colocar um chip na bola é uma atitude bastante criticada por vá-rios fanáticos mais conservadores do futebol, que afirmam que a possibilidade de erro do juiz faz parte do esporte. Uma medida similar, já bastante comum na Europa, é a presença de dois auxiliares de arbitra-gem, um atrás de cada gol, para avaliar lances que ocorram próximos da linha de fundo. Neste caso, não terá espaço para erros, o sistema utilizado funciona de forma fácil de entender: um con-junto de sensores colocados nas traves identificam se a bola, equipada com chips e transmissores, ultrapas-sou totalmente a linha de gol, sinalizando ao árbitro através de um receptor em forma de relógio de pulso. O tempo de resposta é muito curto e a decisão sairá na hora. Não haverá sequer tempo suficiente para se discutir o lance. Para os fanáticos de plantão, a graça do esporte está perto do fim.

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adEVersão brazuca

Conferência anual do Google ganha versãooficial para desenvolvedores no Brasil

A conferência Google I/O para desenvol-vedores promete trazer diversas novi-dades para o Android, Google Glass e outros. Ela acontece no final do mês em

San Francisco (EUA) e será transmitida por strea-ming, mas nada melhor do que estar lá. Para quem não puder ir, o Google vai organizar um evento I/O Extended no Brasil pela primeira vez. O evento acontece na sede do Google em São Paulo, nos dias 25 e 26 de junho, de forma simultânea à conferência nos EUA: as palestras serão transmiti-das via YouTube, e os desenvolvedores terão atividades adicionais no local. É uma chance de conhecer o escri-tório do Google em São Paulo, fazer contato com ou-tros desenvolvedores e ter palestras locais com Kenzo Porto, especialista em Maps; e Anderson Casimiro da Jetbrains, que cria ferramentas para devs. Eventos I/O Extended já aconteceram antes no Brasil: tivemos pelo menos dois em 2012, e dez no ano passado. No entanto, esta é a primeira vez que o Google organiza esse evento por aqui; os outros foram iniciati-vas não-oficiais dos próprios desenvolvedores. Cada vez mais, o Google está de olho nos desen-volvedores brasileiros. Ano passado, houve em São Paulo, a primeira conferência Next Level Apps com Neto Marin, responsável pelo relacionamento do Goo-

gle com os desenvolvedores nacionais e em novembro, aconteceu o Developer Bus, primeiro reality show do Google para desenvolvedores da América Latina, também com a participação de Neto Marin. Por isso, se você é desenvolvedor, vale segui-lo no Google+. O Google I/O é a conferência anual da empre-sa para desenvolvedores, e lá ela anuncia inúmeras novidades – às vezes até uma nova versão do An-droid. Ela acontece nos dias 25 e 26 de junho em San Francisco (EUA), e claro que terá livestream. Sundar Pichai, vice-presidente que cuida do Android e Chrome, diz que “mais detalhes vi-rão no mês que vem”. Mas é fácil prever ao menos uma coisa que terá destaque no evento: o Google Glass. Ano passado, ele recebeu pouco destaque, o que não deve se repetir: afinal, o Google se prepa-ra para lançá-lo aos consumidores ainda este ano. O Jelly Bean 4.1 e o Honeycomb fo-ram apresentados na I/O, então talvez sur-ja uma nova versão do Android no evento. O mês de junho costuma ser agitado no mundo da tecnologia, com a feira Computex – onde a Intel lança seus novos processadores – e a WWDC da Ap-ple. O Google deixará tudo ainda mais agitado.

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aRTigo

ANgELO gUSTAVO LARAgESToR REgioNal dE Ti N/NE kRoToN [email protected]

ConstrutivismoTecnológico

O maior questionamento sobre incremen-tarmos materiais didáticos através de novas tecnologias da informação e co-municação, é sobre qual a sua princi-

pal contribuição no processo ensino aprendizagem. Mas primeiro devemos entender as principais ca-racterísticas sobre as abordagens da aprendizagem. “A abordagem tradicional enfoca o pro-fessor e o conteúdo, trata o aluno como uma “lousa branca” e este é o receptor passi-vo de conhecimento através da memorização.” “A abordagem construtivista enfoca o aluno e sua construção de significados sobre seus conhecimentos prévios, ênfase sobre o controle do aluno sobre sua aprendizagem, onde habilidades e conhecimentos são desenvolvidos no contexto onde serão utilizados.” Sabendo isso, temos como principal abordagem teórica mais utilizada no meio tecnológico, o cons-trutivismo, utilizando materiais didáticos através de ambientes multimídia de aprendizagem incentiva-mos os alunos ainda mais no processo ensino apren-dizagem. Marcando assim a diferença em relação ao processo tradicional de ensino no qual o aluno in-terage com o conteúdo visando apenas à avaliação.

E através da abordagem construtivista em meios tecnológicos, desenvolvemos uma busca profunda à sua aprendizagem com a consciência da necessi-dade do que se consiste aprender, sendo essa a etapa fundamental no processo; o aprender como apren-der e como construir e refinar novos significados ou até mesmo o pensar sobre o próprio pensamento. A metacognição pode, assim, ser associada à resolução de problemas, quando, além de refle-tir sobre a solução, o indivíduo reflete sobre suas próprias abordagens ao problema. Essa reflexão pode gerar estratégias alternativas mais produtivas. Já o papel do professor, na abordagem construti-vista é aproximar-se de uma concepção de profissional que seja o facilitador na construção de significados por parte dos alunos nas suas interpretações cotidianas e os meios didáticos tecnológicos entram no processo intermediando assim o conhecimento, aluno e profes-sor.

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Pode ser que não te agrade. Talvez por pensar que, por esse preço, não seja algo bom ou interessante de se usar. Mas é isso mesmo que você

acabou de ler: Mozilla lançará smartphones por US$ 25 em países em desenvolvimento. A Fundação Mozilla está investindo em planos que podem atrair diversas pes-soas ao redor de todo o mundo. De acordo com o que foi divulgado pela própria companhia através do seu site oficial, nesta última terça-feira (10), a Mo-zilla pretende vender smartphones que ro-dem o seu sistema operacional por apenas US$ 25, algo em torno de R$ 55 (sem os de-vidos impostos). Em um primeiro momen-to, as empresa vai investir em mercados em

desenvolvimento, como a Índia. Com tudo isso, espera-se que o Fi-refox OS aumente de maneira expressi-va a sua base de adeptos — pode ser até mesmo que o Brasil seja um dos primei-ros locais agraciados com esses apare-lhos. No segundo estágio dos planos da Mozilla, esses aparelhos devem chegar em mercados desenvolvidos, mas com o objetivo de estimular o desenvolvimen-to de produtos em HTML 5 para o siste-ma operacional em questão. Por conta de tudo isso, a ZTE e a Alcatel, empresas parceiras da Mozilla, já se comprometeram a aumentar a pro-dução de modelos de smartphones que possam utilizar o Firefox OS. Por con-

US$ 25Mozilla lançará smartphones em países emergentes

ta do preço que vai ser cobrado por esses aparelhos, fica claro que eles são de entra-da e focam pessoas que querem começar a utilizar celulares inteligentes. No final do seu comunicado, a em-presa afirmou: “A Mozilla é dedicada a colocar o poder da web na mão do povo, libertando os consumidores do Firefox OS, desenvolvedores, provedores mobile e fabricantes das restrições de plataformas prioritárias” — palavras do Dr. Li Gong, chefe de operações da companhia.

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PaqTcPB Sinônimo de avanço tecnológico

e promoção do empreendedorismo inovador

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Da Redação inovação e apoio ao mercado priorizando formar empreendedores e suportando negócios produtivos e diferenciados, com qualidade e eficiência Em dezembro de 1984, o ilustríssimo em-preendedor paraibano, Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque, então presidente do CNPq, teve em sua alçada de responsabilidades o desafio de lançar o que outrora fora uma das primeiras po-líticas públicas voltadas ao apoio dos parques tecnológicos e incubadoras. Dentre as cidades selecionadas naquela época, estava a bela Cam-pina Grande, hoje, sede da Fundação PaqTcPB. É indiscutível e inquestionável a importância imediata que o PaqTcPB trouxe para a Paraíba. Sua criação representou a realização dos sonhos de muitos empreendedores e, não por acaso, pro-jetos de grande relevância foram e são lançados com o apoio desta instituição. É claro que tudo isso foi possível, graças a participação de par-ceiros e apoiadores importantes como o próprio CNPq, SEBRAE, BNB, FIEP, AEBT, UFCG, UEPB, UFPB, Governo do Estado e a Prefeitura Mu-nicipal de Campina Grande.

Nunca se ouviu tanto falar em empreende-dorismo e inovação como nos últimos anos re-centes. A melhora na educação, a estabilização da moeda, o aumento das oportunidades profissio-nais e empresariais além de outros fatores, con-tribuíram e contribuem para o surgimento de novos produtos, serviços e negócios inovadores. Existem, porém, instituições que fazem pelo empreendedorismo e inovação, o mais fabuloso tra-balho proporcionando todo o apoio necessário ao crescimento do mercado com qualidade e robustez. Estas instituições não se intimidaram com situações difíceis do passado e desde cedo, trabalharam duro para promover resultados muito positivos à socieda-de. Estamos falando dos Parques Tecnológicos! A Paraíba pode se orgulhar, E MUITO, por fa-zer parte da elite dos que proporcionam inovação, representada pela Fundação Parque Tecnológico, situada em Campina Grande. O PaqTcPB estará completando em dezembro deste ano, 30 anos de ousadia e estimulação do progresso, buscando sem-pre, através de pesquisa e desenvolvimento, prover

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Gerir toda a pluralidade de conhe-cimento, pesquisa e desenvolvimento, necessidades e interesses mercadológicos bem como os anseios públicos e privados, faz da Fundação PaqTcPB o mais impor-tante “elo de ligação” entre a produção científica, voltadas e alinhadas ao merca-do para o crescimento e evolução da socie-dade.

É fácil, para a sociedade, entender a importância de fundações como o Pa-qTcPB, observando o seu envolvimen-to com entidades de produção científica e o apoio ao surgimento e lançamento de empresas nascentes para o mercado. Você sabia que uma empresa inovadora pode nascer dentro do processo de in-cubação da Fundação e sair totalmente preparada para os desafios que o mer-cado exigirá do novo empreendedor? O ambiente da Fundação PaqTcPB proporciona ao empreendedor uma ligação direta aos conceitos e meios que permitem fomentar negócios inovadores, o qual con-ta com total suporte para que o empreendi-mento seja muito bem arquitetado, fazen-do uso dos laboratórios de P&D. Dentro da Fundação, o futuro empre-endedor terá a oportunidade de interagir com pesquisadores ligados a instituições de ensino superior, ter apoio institucional, acesso a fontes diferenciadas de financia-mento além de total consultoria na gestão

do futuro negócio. O resultado de tudo isso, é a contribuição basilar e eficaz do PaqTcPB para o lançamento de produtos e serviços inovadores ao mercado.

A ITCG - Incubadora Tecnológica de Campina Grande, que é parte da Funda-ção PaqTcPB, já apoiou dezenas de empre-sas e o processo de prospecção e seleção de novos incubados não para. Atualmente, a Fundação tem 6 empresas nascentes sendo apoiadas nas áreas de hardware e software, sensoriamento e geoprocessamento, inte-ligência artificial e geolocalização. Mesmo com a maior parte dos pro-jetos apoiados sendo liderados pelos seto-res de TICs, o PaqTcPB também contribui para a geração de produtos inovadores nas áreas de construção civil, tecnologia de alimentos, tecnologia farmacêutica, bio-mecânica, comunicação e engenharia am-biental.

Hoje, Campina Grande é conhecida como um farol da Ciência, Tecnologia e Inovação. Muito deste reconhecimento se dá por conta da participação efetiva da Fundação PaqTcPB, uma vez que todo o trabalho de apoio dado às empresas nas-centes, possibilitam que, ao serem lança-das ao mercado, tornem-se referências em suas áreas de atuação. Podemos ver o resultado direto em dois grandes ícones, a INFOCON, voltada para a informática, e a APEL, em eletrônica.

Se de um lado temos políticas públi-cas que apoiam o surgimento de novas empresas, a crescente melhora na educa-ção superior, entidades de apoio finan-ceiro para projetos e o crescente interesse de profissionais por empreender e inovar, por outro é necessário existir a essência que fará todas estas possibilidades se in-terconectarem em benefício do mercado, de maneira a existir com qualidade e so-lidez após seu lançamento. Este é o papel que o PaqTcPB faz de melhor, acolhendo projetos inovadores, cuidando da sua fo-mentação e contribuindo para o seu nas-cimento com o máximo de qualidade. O resultado de tudo isso é: SUCESSO! Relevância! Esta é a palavra mais ali-nhada à Fundação, quando se tenta enten-der a sua importância para o mercado. Seu papel tem peso estratégico para o nordeste e, claro, para a Paraíba, acima de tudo. Sua atuação não é fácil e extremamente comple-xa, mas o resultado é de valor inestimável. Vamos celebrar, E MUITO, a trigési-mo aniversário da Fundação Parque Tec-nológico da Paraíba. Um orgulho e exem-plo a ser seguido por todos que, de fato, tem como preocupação, o crescimento e desenvolvimento regional e nacional.

A Informática em Revista PB para-beniza a todos que fizeram e fazem parte desta honrosa instituição. Vida longa à Fundação Parque Tecnológico da Paraíba!

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Um termo que, certamente, você já ouviu falar. Na verdade, está se tornando mais comum do que possamos imaginar. Mas, o

que de fato, faz uma incubadora? Em termos gerais, uma incubado-ra ajuda novos negócios a serem lança-dos para o mercado com qualidade e po-tencial para uma longa vida e, qualquer profissional com um bom projeto, pode

submeter suas ideia que, sendo viável, po-derá receber o apoio necessário para a via-bilidade do mesmo. Mas não é fácil! Existem várias instituições que atuam como incubadoras de projetos inovadores, dentre eles, o Cietec - Centro de Inova-ção, Empreendedorismo e Tecnologia de São Paulo que é hoje, uma das maiores in-cubadoras da América. A instituição tem capacidade para apoiar (incubar) até 140

empresas em suas estruturas. Aqui na Paraíba, não ficamos para trás. Temos a renomada e respeitadíssima Fun-dação Parque Tecnológico da Paraíba (Pac-TcPB), que conta com a unidade ITCG - In-cubadora Tecnológica de Campina Grande, onde mais de 77 empresas já foram apoiadas pelo processo de incubação, e seu direciona-mento é voltado a ajudar empreendimentos inovadores nascentes, com ênfase na gera-

IncubadoraComo funciona e quais os benefícios?Em

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ção e consolidação dos mesmos, bem como na sua capacitação e inserção no mercado. O mercado brasileiro está se tornando cada vez mais viável para o empreendedoris-mo e as incubadoras tem o papel mais im-portante neste processo, pois, o apoio dado vai além do espaço físico, equipamentos e estruturas, mas adentra no futuro negócio de maneira que ele tenha robustez para de-colar e trazer resultados para o mercado. São muitas as atividades que norteiam o trabalho de uma incubadora durante o apoio a um projeto, dentre elas, o de prover todo o aconselhamento técnico, a gestão do modelo de negócio, a captação de recursos financeiros, humanos e de equipamentos, a contribuição para maximizar o sucesso do negócio bem como o acompanhamento do desempenho e a maturação do mesmo, para que consiga chegar ao mercado de forma competitiva e com qualidade.

Com toda esta “retaguarda” de acon-selhamento e direcionamento, ainda assim, não existe 100% de garantia de sucesso. É preciso não apenas uma ideia ou projeto inovador, mas principalmente, ter espírito empreendedor. Não por acaso, as incubado-ras se preocupam em ajudar o futuro empre-endedor a planejar e definir um modelo de negócio sustentável, além de trabalhar a sua formação como empresário. Certamente, os maiores benefícios pro-vidos pelas incubadoras é proporcionar aos empreendedores a maior e melhor oportuni-dade de sucesso possível para o seu negócio, quando este for lançado ao mercado, além de garantir, com isso, uma sobrevida muito maior, uma vez que características basilares que todo bom empreendedor deve conhecer e aprender foram trabalhadas e maturadas. Se você tem espírito empreendedor, tem uma ótima ideia de negócio, está dispos-

to a trabalhar duro para alcançar êxito, tem predisposição para a liderança, motivação, e almeja lançar no mercado um novo produto e/ou serviço, então és um bom candidato à tornar-se mais um projeto apoiado por incu-badoras e ter as maiores chances de sucesso possíveis.

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O tempo para inserir de uma vez a ope-ração no processo de desenvolvimen-to chegou! O conceito DevOps vem pra ficar e já tem provado, através

da sua aplicação em corporações, quão eficiente pode ser. Todo profissional de tecnolo-gia, sobretudo os envolvidos no processo de de-senvolvimento, sabe das dificuldades de se conse-guir abstrair o desejo e a necessidade do cliente, para produzir conteúdo que possa ser aplicado na produção de aplicativos e sistemas. O processo de desenvolvimento de softwa-re sempre caminhou a passos largos na busca por entrega eficiente, mais rápida e com quali-dade. Para isso, foram adotados padrões, cria-das as melhores práticas, certificação de pro-cessos, metodologias ágeis e por aí vai. Os problemas pertinentes ao desenvolvimento que norteiam o resultado final como atrasos, falhas,

DevOps O conceito que insere a operação no processo

de desenvolvimento

LUIS wILkERdiREToR dE opERaçõ[email protected]

falta de funcionalidades, não entendimento correto das necessidades, falha no levantamento de requisi-tos e principalmente, não concordância com a ope-ração da empresa, todos eles são levados em conside-ração no ciclo de desenvolvimento de software, mas existe uma lacuna que dificilmente é preenchida. Não tenham dúvidas. Projetos onde o pro-cesso de desenvolvimento inseriu a operação da empresa em seu ciclo, estreitando as relações, identificando requisitos pontuais e trazendo seus líderes para a bancada de decisão final do siste-ma, estes sim, tiveram os melhores resultados. DevOps é basicamente isso! Um conceito de de-senvolvimento de softwares onde o operacional está intimamente ligado e inserido no processo. O COO - Chief Operations Officer assim como outros repre-sentantes do setor de operações, devem compor a mesa de decisão e discussão atuando diretamente no ciclo de desenvolvimento de uma solução. O resulta-

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do disso? Você pode alcançar um tempo de entrega 30 vezes menor que o tradicional e até 50% menos falhas, segundo pesquisas. Qualquer responsável por TI que analise os resultados obtidos por corpo-rações através da utilização do conceito DevOps, vai querer trazer para sua re-alidade também. O fato mais relevan-te para esta afirmação é simples. Não adotar, significa perder a oportunida-de de se manter competitivo, uma vez que o mercado pressiona cada vez mais as empresas por entrega de melhores produtos e serviços. Vivemos momentos onde as janelas de oportunidades para se lançar solu-ções para o mercado está cada vez me-nor. Contar com um processo altamen-te eficiente, colaborativo e alinhado ao

negócio que traga resultados em tempo hábil, é uma vantagem competitiva. Por isso, embora o DevOps provoque uma mudança das práticas tradicionais de desenvolvimento de softwares, ele traz benefícios, sobretudo na colaboração efe-tiva entre desenvolvimento e operações. A evolução da gestão do ciclo de vida das aplicações (ADLM, em inglês) chama--se DevOps. Não aplicá-lo é sinal de des-conhecimento do conceito e concluir que apenas utilizar metodologias tradicionais robustas ou ágeis, resolverá o problema, quando sabemos que não pois, aponta para apenas em um lado da equação. Empresas onde existe incentivo à colaboração tem as maiores chances de implantar, com muito sucesso, o DevOps. Mas como o conceito é novo e envolve dois

setores importantes e críticos, as dificul-dades mais comuns para a não adoção são: - A importância do conceito não é entendida fora da TI; - Não existe uma estrutura de ge-renciamento comum entre de-senvolvimento e operações; - Falta de tempo (interes-se) para implantar o conceito; - Não ter apoio (executivo) para a implantação; Para você, líder de TI, executivo, ge-rente ou empresário que lê agora este arti-go, saiba que o DevOps chamou a atenção quando foi descoberto que as gigantes da internet o adotam como prática. Esta-mos falando de Google, Facebook, Twit-ter, Amazon e segue a lista. Só para exemplificar, a Amazon al-tera seus sistemas uma vez a cada 11,6 segundos e menos de 0,001% de entregas provocaram pane no sistema. Se o pro-cesso de desenvolvimento de software não estiver ligado ao de operações, rom-pendo barreiras de comunicação e estrei-tando a relação a ponto de uma interação quase imediata, estes números jamais seriam alcançados, mesmo com todas as metodologias existentes para o pro-cesso de desenvolvimento de softwares. DevOps é a prova mais concreta de que o negócio está sempre em primeiro lu-gar!

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InternetDados, estatísticas e projeções

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Segundo o Ibope Media, somos 105 milhões de internautas tupini-quins (10/2013), sendo o Brasil o 5º país mais conectado. De acor-

do com a Fecomércio-RJ/Ipsos, o percen-tual de brasileiros conectados à internet aumentou de 27% para 48%, entre 2007 e 2011. O principal local de acesso é a lan house (31%), seguido da própria casa (27%) e da casa de parente de amigos, com 25%. O Brasil é o 5º país com o maior nú-mero de conexões à Internet. 57,2 milhões de usuários acessam regularmente a Internet. 38% das pesso-as acessam à web diariamente; 10% de quatro a seis vezes por semana; 21% de duas a três vezes por semana; 18% uma vez por semana. Assim, 87% dos inter-nautas brasileiros entram na internet pelo menos uma vez por semana. Segundo Alexandre Sanches Ma-galhães, gerente de análise do Ibope/NetRatings, o ritmo de crescimento da internet brasileira é intenso. A entrada

da classe C para o clube dos internau-tas deve continuar a manter esse mesmo compasso forte de aumento no núme-ro de usuários residenciais. E quanto ao tempo de navegação? Bom, desde que essa métrica foi criada, o Brasil sempre obteve excelentes mar-cas, estando constantemente na liderança mundial. Em julho de 2009, o tempo foi de 48 horas e 26 minutos, considerando ape-nas a navegação em sites. O tempo sobe para 71h30m se considerar o uso de aplica-tivos on-line (naquele ano tinha o MSN, e os ainda utilizados Emule, Torrent, Skype etc). A última marca aferida foi de 69 ho-ras por pessoa em julho de 2011. Já em comércio eletrônico, só em 2008 foram gastos R$ 8,2 bilhões em com-pras on-line. Em 2009, mesmo com a crise, foram gastos R$ 10,6 bilhões. 2010 fechou com R$ 14,8 bilhões, atingindo 1/3 de todas as vendas de varejo feitas no Brasil e o úl-timo dado é de 2012, quando foram gastos 22,5 bilhões. Ainda assim, apenas 20% dos

internautas brasileiros fazem compras na internet. Aqueles que ainda não compram, não o fazem por não considerar a opera-ção segura (69%) ou porque não confiam na qualidade do produto (26%). Quanto à publicidade on-line, pode-mos concluir que a internet tornou-se o terceiro veículo de maior alcance no Bra-sil, atrás apenas de rádio e TV. 87% dos internautas utilizam a rede para pesquisar produtos e serviços. Antes de comprar, 90% dos consumidores ouvem sugestões de pessoas conhecidas, enquanto 70% confiam em opiniões expressas online. São 60 milhões de computadores em uso, segundo a FGV, devendo chegar a 100 milhões em 2012. 95% das empresas bra-sileiras possuem computador. A difusão da Internet está diretamente associada ao crescimento do número de computadores, que têm suas vendas impulsionadas pelos seguintes fatores: aumento do poder aqui-sitivo, crescimento do emprego formal e do acesso ao crédito, avanço da tecnolo-

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gia, baixa do dólar e isenção de PIS e Cofins sobre a venda de computadores e seus componentes. Mas e o acesso à internet? E os serviços de ban-da larga? Em 2008, o Brasil atingiu a meta de 10 mi-lhões de conexões um ano e meio antes do previsto. Em 2013, 27 milhões de usuários já tinham banda larga. A cada 2 segundos, 3 novas conexões são ati-vadas. Quanto ao volume de dados, o incremento foi de 56 vezes de 2002 até 2007. E a projeção é de um aumento de 8 vezes até 2012. O número de conexões móveis cresceu de 233 mil (em 2007) para 7,2 milhões em 2013. A projeção é de 9,3 milhões em 2014, su-perando os 15 milhões depois dos Jogos Olímpicos. Sistemas gratuitos de banda larga sem fio (Wi-Fi) funcionam nas orlas de Copacaba-na, Leme, Ipanema e Leblon, nos Morros San-ta Marta e Cidade de Deus e em Duque de Ca-xias, todos no Rio de Janeiro para o turista ver. 13% dos internautas brasileiros tem uma veloci-dade de banda larga de 128 a 512 Kbps; 45% tem 512 Kbps a 2 Mbps; 27% usa 2 Mbps a 8 Mbps. Se compa-rarmos com os números de outubro de 2011, perce-beremos a migração dos usuários para velocidades superiores. No 3º trimestre de 2013, a velocidade mé-dia da conexão atingiu 2,7 Mbps. Quanto aos navegadores e a sua qualidade, é importante destacar que, para os desenvolvedores nacionais, a rápida ascensão do Google Chrome em detrimento do Microsoft Internet Explorer (gráfico ao lado) é impressionante. Hoje, o Chrome está pre-sente em 65% dos computadores. O IE, que antes ti-nha 75% do mercado, hoje tem apenas 15%. Quanto à resolução de tela, a antes do-minante 1024×768 caiu de 57% para 17%. Hoje, nota-se que as resoluções estão cada vez mais pulverizadas, tornando-se o design

adaptável cada vez mais importante. Mesmo com esses dados, a desigualdade social, infelizmente, também tem vez no mundo digital: entre os 10% mais pobres, apenas 0,6% tem aces-so à Internet; entre os 10% mais ricos esse núme-ro é de 56,3%. Somente 13,3% dos negros usam a Internet, mais de duas vezes menos que os de raça branca (28,3%). Os índices de acesso à Internet das Regiões Sul (25,6%) e Sudeste (26,6%) constrastam com os das Regiões Norte (12%) e Nordeste (11,9%). Já no mundo, O número de usuários de com-putador vai dobrar e a cada dia, 500 mil pessoas en-tram pela primeira vez na Internet e são publicados 200 milhões de tuítes; a cada minuto são disponibili-zadas 48 horas de vídeo no YouTube e cada segundo um novo blog é criado. 70% das pessoas consideram a Internet indispensável. Em 1982 havia 315 sites na Internet. Hoje existem mais de 170 milhões. A impressão que temos, é que, seguindo nesse caminho, as estatísticas serão cada vez mais empol-gantes com relação ao acesso ao conteúdo e à infor-mação.

Dados: Creative Commons de Atribuição

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Algumas pessoas acreditam e provi-dência, outras acreditam em coin-cidência. Há quem não acredite em nada disso e simplesmente deixa-se

levar pelos caminhos que o destino lhe disponi-biliza. E então, caminha por ele pelo simples pra-zer de caminhar e viver...somente viver. Algumas pessoas acreditam em Deus, outras se-quer pensam na possibilidade de haver um ser maior e que rege tudo e todos neste universo. Algumas pessoas são felizes, por assim dizer, feli-zes, sim...felizes. Felizes no melhor sentido da palavra. Felizes na essência, no simples sorriso e na simples ma-neira de agradar a todos que estão ao seu redor. Outras tem o dom de esconder de si a tristeza dos momentos mais dolorosos que se possa imaginar. Algumas pessoas podem simplesmen-te fazer passar a dor do outro com um sorriso, outras porém, não conseguem sequer encon-trar paz na alegria dos que as cercam. As pessoas são assim mesmo, são únicas, são singulares em suas atitudes e maneiras de agir e pensar. São errantes e extremamente frá-geis, são fortes e acertam em cada passo dado. Pois é isso caros amigos, as pessoas existem e de alguma forma, você já deve ter ouvido falar de algumas dessas personalidades na sua vida. Tal-vez até tenha conhecido alguém que pense dessa forma ou que concorde com uma mínima palavra do que está sendo dito nesse momento. As pesso-as surpreendem, fazem acontecer, provocam senti-mentos e causam dor em suas partidas. É isso, esse nosso parceiro que, segundo sua mãe, era apaixonado por Rock e Informática, era único e ao mesmo tempo, parecido com alguém...parecido com alguém de caráter firme, de conhecimento profundo no que falava e de compromisso no que tratava. Talvez você não o conheça, mas que fique mar-cado agora, nesta edição, um único pensamento: Se foi, mas deixou um legado, deixou exemplo, deixou história e deixou pessoas que o amavam e que até hoje sofrema a dor de sua partida. Fatalidades existem, infelizmente precisamos aprender a conviver com elas, mas sabemos reconhe-cer um caráter quando ele escreve a primeira palavra, quando a sua boca e solta a sua primeira expressão. Esse é e sempre será o nosso parceiro Vladimir van Dijck, que encerrou sua última coluna falan-do assim: “posteriormente escreverei mais sobre esse assunto mais detalhadamente”.... Não pôde continuar, não pôde seguir, pois

Deus assim não permitiu, mas em sua última pa-lavra, mostrou quem era, mostrou ser a pessoa que olha pra frente, que enxerga o futuro, que faz pla-nos e traça metas. Que faz acontecer o que, agora é apenas um pensamento ou uma ideia. Esse era o nosso grande parceiro Vladimir. Fica aqui a marca de sua breve história, de seu grande exemplo e de sua admirável capacidade de mostrar que uma parceria se faz com atitudes, com nobres gestos e com relacionamento saudável. Ele era assim. Vladimir, que Deus o rece-ba em um lugar honrado, pois aqui, quem te co-nheceu, te honrou e sempre te honrará e que, os familiares que aqui ficaram e que te amaram, saibam que, enquanto viveu, você deu o seu me-lhor e fez com que todos ao seu redor pudessem sentir-se a vontade com sua presença. A INFORMÁTICA EM REVISTA PARAÍBA presta essa singela homenagem ao nosso parceiro Vladi-mir e deixa aqui, o reconhecimento a quem nos fez companhia antes mesmo que nossos leitores vissem a nossa marca.

VLADIMIR VAN DIJCk gERENTE Ti Cia [email protected]

HOMENAGEM

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ROBERTO CARDOSOJoRNaliSTa CiENTÍFiCo [email protected] das estratégias temáticas do mo-

mento é segurança de dados e infor-mações na internet. O conteúdo de um banco de dados pode ter muito

valor (e tem), para quem cria, organiza e admi-nistra. Como também pode ter valor para quem acessa intencionalmente ou indevidamente. Segurança de informações e banco de dados, da empresa e da carteira de clientes.Um cliente não pode confiar seus dados e in-formações pessoais a uma empresa sem se-gurança nos acessos de seu banco de dados. Algoritmos e tecnologia procuram cada vez mais tornar bancos de dados mais seguros, con-tra falhas em sistemas, invasões e vazamentos de dados contidos. Mas as informações de cunho do conhecimento geral devem ser socializadas, divulgadas para produzir novos conhecimentos. Tecnologia da informação, tarefas informa-tizadas, Tecnologia & Inovação. Poder e conhe-cimento sempre andaram juntos. Segurança de uma informação, de conteúdos, o conhecimento contido em sites a serem acessados, com conte-údos duvidosos. Também estão na lista da segu-rança de dados e informações a serem acessados. Textos ou trabalhos intelectuais. A produção intelectual, um assunto sempre em voga na acade-mia do conhecimento científico. Um círculo inte-lectual e cientifico onde se divulga ideias e desco-bertas em revistas cientificas com formas e padrões (layout) diferenciados dos textos mais comuns e mais acessíveis, como jornais e revistas. Hoje mui-tas revistas, da categoria cientifica, são virtuais e de-vem preservar as fontes de informação e conteúdos. Fora da academia pouco tem se falado so-bre autoria intelectual do conhecimento produ-

zido. Um texto de um hebdomadário também contém um saber, um conhecimento, uma pro-dução científica, e é reconhecido pela academia do conhecimento através da plataforma Lattes. Local virtual onde a academia cientifica constrói seus currículos com informações e produções. Empresas têm seus nomes e produtos re-gistrados, produtos com uma marca registrada®, ou uma marca comercial™. Da mesma forma há direitos autorais de uma produção intelectual, um texto produzido, um conhecimento exibi-do. O autor tem e detém seus direitos autorais, o Copyright©, devendo ser citado em outras pro-duções. A bibliografia em trabalhos tem a fun-ção de homenagear e registrar a fonte de uma determinada citação ou produção intelectual. Textos incertos, textos de origem e con-teúdos duvidosos, com fontes inseguras. De-pois de ultrapassadas janelas, portas e portais, vem a duvida quanto ao conteúdo de um tex-to. Duvidas de um saber, da origem de um co-nhecimento produzido por alguém. Quem não sabe o que procura, não identifica o que acha. Procurando evitar falhas e gafes no conhe-cimento produzido, a academia do conhecimento criou os sistemas de artigos e textos indexados, em revistas especializadas. Informações são cru-zadas ao citar e informar ideias e autores. Auto-rias e coautorias. Autores respaldados por forma-ções e instituições, por produção e conhecimento. Produzir um texto é transmitir um saber, produzir um conhecimento. E produzir um texto requer: tempo e investimento, trabalho e infor-mação. Time and information, tax and indemnity. Tiempo y ilusión, taller y intención. Testa e iberna-zione.

Ti ti ti

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HENRIqUE ROSSONIConsultor - Headhunter - palestrantewww.henriquerossoni.com.brVocê tem e pratica networking?

Networking significa a capacida-de de estabelecer uma rede de con-tatos ou uma conexão com algo

ou com alguém. É uma atitude de procura de contatos com a possibilidade de alavancar a sua carreira. Nesses contatos deve existir um sentido de reciprocidade, o benefício deve ser mútuo. Networking é um dos principais ca-nais para exercitar o seu marketing pessoal. Quantas pessoas conhecem você? Quantas têm conhecimento das habili-dades e competências que você possui? O “mercado” sabe que você existe e quais são seus principais objetivos de carreira? Para criar networking, deve selecionar e organizar todos os seus contatos: amigos; familiares; profissionais de diversas áreas; contatos pessoais e profissionais; empresas e entidades, enfim, nenhum contato deve ser menosprezado ou ignorado, o que hoje não apresenta nenhuma possibilidade de negó-cio, amanhã poderá se tornar fundamental. O maior desafio não é criar networking, mas sim, manter os contatos “vivos” atra-vés do tempo. Para tanto, estabeleça uma agenda de compromissos, baseada em ativar constantemente os seus contatos, que pode ser através de várias formas: telefonando, en-viando e-mail, através de redes de relacio-namento, visitas, encontros em eventos etc. O importante é que você use o antigo ditado: “quem não é visto não é lembrado.” Princípio de networking: “Tudo o que você der ao universo, retornará para você.” História de networking: “Você está a apenas

7 pessoas de distância de qualquer outra pessoa.” Conhecendo o princípio fica mais claro entender e ajustar a sua postura para exercitar um bom networking, agindo com ética, res-ponsabilidade e discrição, em todos os conta-tos, seja para sua autopromoção quanto para receber indicações de outros profissionais. Relativamente a história, significa que você poderá ter acesso a qualquer pessoa, pro-fissional ou a quem ocupe altos cargos, bas-tando para isso, usar a sua expertise para iniciar os contatos com as 7 pessoas que, uma a uma irão propiciar a sua caminhada. Não use seu networking apenas para criar oportunidades de maximizar a sua carreira, lembre-se que para cons-truir uma sólida rede de contatos há ne-cessidade de comprometimento recíproco. Portanto, não tenha vergonha de conversar com ninguém, nenhum profissional deve ter re-ceio de compartilhar a sua atividade e conheci-mentos, e, da mesma forma, receber novas infor-mações de outros profissionais de diversas áreas. Através de novos contatos abrimos as possibilidades de sugestões, oportu-nidades e até críticas construtivas para o aperfeiçoamento das nossas atividades. Não espere a necessidade de um novo em-prego ou de conquistar um novo cliente, para criar e exercitar seu networking, não pense em networking apenas quando precisar de ajuda. A hora de criar networking é agora, neste momen-to que está tudo bem em sua carreira, quando precisar ele já estará pronto para ser utilizado. Pense nisso. Abraços e sucesso!

Gestão de Carreira Pessoal e Corporativa

Networking Avançado

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MAIS UM ALIADO CONTRA O ROUBO

Avast Mobile Security disponibiliza fun-ção adicional chamado Anti-Theft que tem, como uma das funções em caso de roubo e se o cartão SIM diferente (não autorizado) for inserido, do telefone pode ser bloqueado, ativar a sirene e enviar--lhe uma notificação (em um disposi-tivo remoto) do novo número e de sua geo- localização. Se essa moda pega... CARGA SAUDÁVEL

Uma notícia que começou a circular pela internet deve alegrar os entusiastas do iPhone. De acordo com os registros de patentes dos Estados Unidos, a Apple está estudando uma maneira de trabalhar com telas flexíveis que contam também com painéis voltados para a captação de ener-gia solar. Ao que parece, os painéis solares vão ser fixados entre os sensores de toque na tela, sem atrapalhar a utilização do iPhone. Com isso, seria possível carregar a bateria do smartphone apenas ao expô-lo à luz solar. Aguardar para ver.

ANTES TARDE DO QUE NUNCA

Uma câmera digital perdida por dois anos em um naufrágio na costa oeste de Van-couver Island, no Canadá, foi encontrada

CuRTaS

FIQUE LIGADO! Novidades do universo tecnológico

no fundo do mar por dois estudantes de ciências marinhas. Mesmo estando total-mente danificado, o dispositivo continha um cartão de memória em perfeito estado, repleto de fotos do dono. Parece estória de pescador!

TECLAS QUE FLUTUAM

Um teclado da companhia Darfon usa a tecnologia de levitação magnética, tam-bém conhecida como maglev, para eli-minar a borracha existente entre cada tecla. O resultado são botões que flutuam e voltam à posição de origem automatica-mente após serem pressionados. O maglev é a mesma tecnologia usada nos famosos trens-bala japoneses. Ela funciona atra-vés de imãs com a mesma polaridade, que faz com que a tecla seja repelida e volte à posição normal após ser pressionada.

GOOGLE MAPS NA COPA

O MIT (Massachusetts Institute of Te-chnology) desenvolveu um par de tênis inteligentes que pode guiar pedestres até a um determinado destino sendo orienta-dos por um sinal de GPS, que vem de um smartphone por conexão Bluetooth.

DOODLE CRIATIVO

Uma nova-iorquina de 11 anos receberá US$ 30 mil do Google por ter vencido um concurso de criatividade da companhia. Audrey Zhang desenhou um purificador de água com o logo do Google, criando um intrincado e criativo doodle. Todo ano a gigante de buscas promove o Doodle 4 Google, que desafia crianças a dar ideias que tornariam o mundo um lugar melhor. Na edição deste ano houve mais de 100 mil inscrições. O valor recebido por Au-drey servirá para custear seus estudos, o Google ainda premiou sua escola com US$ 50 mil e, como a ideia da garota tinha a ver com água, uma ONG que trata do tema em escolas em Bangladesh receberá outros US$ 20 mil.

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(Foto: Reprodução/PetaPixel)

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Gigantes da Internet preparados para a copa do mundo

Twitter, Facebook, Google, Ins-tagram. Todos estáo prevendo um grande compartilhamento de conteúdo dos internautas e

dos usuários em geral. Cada um deles pre-parou ferramentas específicas para facili-tar a vida do “internauta torcedor”. A primeira novidade do Twitter está no próprio cadastro de novos usuá-rios: depois de se inscrever e escolher um nome de usuário, o internauta pode sele-cionar a equipe para quel está torcendo nesta Copa do Mundo. Em seguida, po-derá selecionar, entre uma série de per-fis e cabeçalhos, fotos que representam o seu país. Se quiser, pode ainda fazer upload das próprias imagens. O Twitter utiliza-se também de um recurso que não é totalmente novo. São as “hashflags”, que foram usadas pela primeira vez na Copa de 2010. Esta op-ção faz com que seja mais fácil apoiar a seleção na rede social simplesmente in-serindo um “#” seguido do código de três letras do país (BRA, FRA, GER, entre outros). Além de exibir as bandeiras, o Twitter vai registrar os tuítes que conte-nham hashflags e inaugurar a “Copa dos Tuítes”, em que os usuários vão poder vo-tar nos seus países. Os fãs de futebol vão se manter atualizados sobre as seleções

durante o torneio por meio das timeli-nes #WorldCup e #WorldCup2014. Elas incluem tuítes de jogadores, treinadores, equipes e pessoas seguidas pelos usuários. Timelines de cada partida vão mostrar tu-ítes sobre jogos em tempo real, exibindo estatísticas como faltas e gols. Já a rede social de Mark Zuckerberg, trará o Trending World Cup. O Facebook essa nova área exclusiva para o Mundial, que reúne posts e atualizações sobre o campeonato feito por páginas e pessoas, além dos resultados e destaques dos últi-mos jogos. E o mais interessante: a fun-cionalidade está disponível também em português. O Trending World Cup con-ta com um mapa interativo que mostra a popularidade dos principais jogadores em cada parte do mundo. Assim, são contados os “fãs” dos atletas que participam da Copa.

O recurso inclui os resultados dos jogos, os últimos gols e os destaques das partidas. No canto superior direito, os usuários poderão visualizar quais se-rão os próximos jogos, com bandeiri-nhas dos países. O feed é atualizado em tempo real com todos os posts contendo a hashtag #Copa2014, #Brazil, #World-Cup2014 e muitas outras relacionadas à Copa e links com as notícias sobre o evento. As atualizações das páginas das seleções e jogadores completam o recur-so e os usuários poderão compartilhar o jogo que estarão assistindo. Em 2010, na África do Sul, o Ins-tagram sequer existia, mas hoje, ele re-presenta uma oportunidade única de acompanhar cada detalhe dos bastidores do evento, a partir da perspectiva dos melhores jogadores do mundo, torce-dores, brasileiros e turistas. Já o Google vai dar uma forcinha aos torcedores que ainda não organizaram as datas das partidas que desejam acompa-nhar. A ferramenta disponibilizada para esse fim é o Google Calendar, que vai mos-trar os horários dos jogos e atualizar au-tomaticamente os resultados e times que passam para as fases seguintes da compe-tição.

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SOPA de letras OLTP Sopa

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você sabe o que é?

Nos dias atuais, quanto mais infor-mação você tiver a sua disposição, maiores as chances de lograr êxito em qualquer tomada de decisão.

Certamente, muitas e muitas empresas tem da-dos de sobra e, transformá-lo em informação já é um grande desafio, em tempo real, mais ain-da. É aí onde entra os sistemas OLTP. OLTP (Online Transaction Processing) significa, de uma forma resumida, uma ca-tegoria de sistemas aplicativos que faci-lita a recuperação de dados em sistemas transacionais e analisam em tempo real, informações para apoiar decisões.

Vários setores da indústria utilizam a tecnologia, incluindo bancos, companhias aéreas, correios, cadeia de supermecados e fa-bricantes. Talvez, um dos mais conhecidos sistemas OLTP é o CICS (Customer Infor-mation Control System) da IBM. Os sistemas OLTP são software de grande importância para apoiarem a decisão de exe-cutivos e administradores baseados em infor-mações extraídas dos seus sistemas legados. Ou seja, se você precisa recuperar dados de vários sistemas, reuní-los e tratá-los como informação para tomada de decisão, certamente vai preci-sar de soluções baseadas em OLTP.

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Mudando de assunto

Se você perguntar, hoje, à uma criança brasileira qual é o seu sonho, todos sabem a resposta. Ser jogador de futebol é o de-

sejo de 9 entre 10 meninos no nosso país. Por que não dizer de 10 entre 10?! Quando se fala em melhoria em se-tores como Educação, Segurança e Saúde, ainda assim, o encanto maior é a bola de futebol. Correr atrás dela, do dinheiro, da fama. Muita gente busca seu espaço na medicina, na advocacia, na computação, mas ser craque, viajar mundo afora, ficar rico de uma hora para outra, no próxi-mo contrato, isso então, nem se discute. Por que sonhar em salvar vidas, dar segurança à população, transmi-tir conhecimentos, se sou o rei das em-baixadas, se sei dar um “lençol” como ninguém! É muito mais fácil, mais pra-zeroso, mais interessante bater minha bolinha, até porque, no final do mês minha grana é muito superior à de um professor, de um advogado. Enfim, sou um especialista dentro das quatro linhas. Os hospitais não dão conta de re-ceber pacientes. Os médicos não ga-nham o salário que merecem, mas o Brasil ganhou uma nova leva de está-dios de primeiro mundo. Por quê? Ora, porque somos sede do Mundial-2014. E o mundial do dia-a-dia fica para de-pois da Copa. Sem esperança de que vá melhorar alguma coisa, infelizmente!

A COPA É NOSSA?

Por Chico Legal

Para acolher os irmãos de todas as partes do planeta, a segurança será redo-brada, triplicada, e o maior país da Amé-rica do Sul não pode falhar nesse quesito de fundamental importância dentro e fora dos estádios, diga-se de passagem.Torçamos para que tudo corra bem. É claro que não é apenas a questão da segurança que pode causar alguma preocupação a quem quer que seja. An-tes de qualquer coisa, o torcedor preci-sa dar o exemplo. E nós sabemos muito bem que, no nosso querido Brasil, nem tudo corre sempre às mil maravilhas. Fico a imaginar, por exemplo, se a nos-sa seleção perdesse a partida de estreia qual seria a reação da galera. Qual? Ideal é aceitar os resultados, normal e civilizadamente…na esfera policial, orienta-se o cidadão a não reagir se for assaltado. É o correto. Mas, no futebol, é diferente: se perder, siga avante, rea-ja, busque os pontos necessários para não ser eliminado da competição. Esse reagir faz parte da disputa, é no bom sentido. Se não for possível, paciência! Trata-se de uma questão de educação. Ou não? Quem se habilita a valori-zar a quem passou pelo maternal, fundamental, médio e superior? O professor, mal pago, ainda assim procura alternativas para jamais desistir de seu ofício. Desdobra-se, como profis-

sionais de outras categorias, trabalhando dois a três turnos, diariamente. A dura verdade é que, quem joga futebol está mais preocupado é em dar o “drible da vaca”, “meter a bola entre as canetas” do adver-sário, dar um sem-pulo, fazer um gol de bike, ops, de bicicleta. Não é isso mesmo? É possível que a torcida brasileira esteja contando como certa a conquista do hexa. Possível e aceitável, principal-mente pelo fato de a competição ser dis-putada em casa. Mas isso não é tudo. O favoritismo nem sempre é de bom-tom. Normalmente, o atleta diz que cada jogo é uma guerra. Mas nes-se caso, não basta o exército das ar-quibancadas. É preciso suar e der-rotar um a um esses oponentes. No futebol, o Brasil é pen-ta: 1958 - 1962 - 1970 - 1994 - 2002. Será 2014 o ano do hexa? Foi jornalista e radialista, em Bra-sília, durante 35 anos. É potiguar de Santa Cruz/RN e mora em João Pessoa/PB. Aposentado, lê um livro após outro, sente-se pessoense de coração e torce pelo Fluminense, do Rio de Janeiro/RJ.

Sobre o autor

ColuNa

Anonym

ous Brasil

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