edição 03 da revista da instalação - junho de 2016

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JUNHO 2016 ANO 1 – Nº 03 – REVISTA DA INSTALAÇÃO A N O 1 - N º 03 Gás, hidrossanitária, elétrica, eletromecânica, HVAC, fotovoltaica, incêndio, dados e manutenções EDITORA Carência de mão de obra qualificada Déficit de profissionais especializados leva instaladoras a investirem no treinamento de funcionários para suprir suas necessidades ESPECIAL ELÉTRICA Certificação de eletricistas tem início no Brasil, mas procura ainda é pequena ENTREVISTA CARLOS AURICCHIO Fala sobre a atuação do Deconcic em prol da construção DESTAQUE HIDRÁULICA Falta de cuidado na instalação gera problemas nos sistemas prediais de água

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Gás, hidrossanitária, elétrica, eletromecânica, hvac, fotovoltaica, incêndio, dados e manutençõesEDITORA

Carência de mão de obra qualificadaDéficit de profissionais especializados leva instaladoras a investirem

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certificação de eletricistas tem início no Brasil, mas

procura ainda é pequena

EntrEvistacarlOS aUriccHiO Fala sobre a atuação do Deconcic em prol da construção

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Falta de cuidado na instalação gera problemas nos sistemas

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Revista da instalaçÃO4

Índice| Edição 03 | Junho 2016

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Matéria de CapaFalta de mão de obra é um problema comum a diversos ramos de atividades das instaladoras. Situação pode ser verificada em áreas tradicionais, como elétrica e hidráulica, e também em segmentos mais novos, como o de energia fotovoltaica.

EntrevistaCarlos Eduardo Pedrosa Auricchio, diretor titular do Departamento da Indústria da Construção (Deconcic) da FIESP, fala sobre a atuação da entidade em prol da cadeia da construção.

Destaque hidráulicaDe forma equivocada, usuários e instaladores muitas vezes subestimam os sistemas hidráulicos prediais e não adotam os devidos cuidados para que eles sejam eficientes e seguros.

Especial certificaçãoProcesso de certificação de eletricistas tem início no Brasil, mas procura ainda é baixa.

MercadoA área de energia solar fotovoltaica tem crescido no mundo todo, mas o Brasil, em particular, possui um dos maiores potenciais do planeta.

58 Evento ExpoPredialTecSétima edição do evento agrega novos segmentos de mercado, que englobam várias tecnologias para sistemas e instalações prediais.

Sempre aqui■ 06 Editorial

■ 12 Notas

■ 42 Espaço Sindinstalação

■ 44 Abrinstal

■ 45 Abrasip

■ 46 Seconci

■ 47 HBC

■ 62 Artigo-ClickSoftware

■ 64 Produtos

■ 66 Link / Agenda

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BIM: Além do 3D e da compatibilização de projetos

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Representar um espaço e como algo deve ser fabricado ou cons-truído através de desenhos é uma técnica milenar. Ao longo

do tempo ela foi evoluindo, desde a redu-ção das escalas até chegar na prancheta e, mais recentemente, ao computador, atra-vés de softwares que permitiam projetar modelos 2D e depois, finalmente, em 3D.

Porém, com a evolução da tecnolo-gia, os modelos em 3 dimensões deixa-ram de ser suficientes. Havia a necessi-dade de ter informações integradas aos desenhos, como custos e materiais, por exemplo. O Building Information Mode-ling (BIM), em português, Modelagem da Informação da Construção, é um conceito que veio para resolver estas questões.

Softwares como Revit, Vector Works e Archicad foram desenvolvidos para conso-lidar essas informações em um único mo-delo, permitindo mais do que 3 dimensões, tornando o 4D, 5D e mesmo 6D, uma re-alidade. Cada uma destas outras dimen-sões estão relacionadas a informações como planejamento da execução, custo,

orçamento, etc. Estamos falando de usar o BIM em níveis mais aprofundados, indo além do confronto de interferências e compatibilização de projetos.

Para atingir estas outras di-mensões, o modelo em BIM preci-sa de um maior desenvolvimento e detalhamento. Existe um conceito adotado na área chamado LOD: Level of Development, ou traduzindo, Nível de Desenvolvimento. Originalmente o con-ceito LOD vai de 100 a 500. Modelar em LOD 100 significa estar em BIM em um nível de Estudo Preliminar, onde as soluções técnicas não foram amplamente definidas, detalhadas, testadas e aprovadas. Como exemplo, pense-mos uma parede. Para verificar interferências de um projeto, podemos ter simplesmente a forma geométrica e posicionamento da pare-de definidas. Para poder extrair quantitativos e custos, precisamos modelar as diversas ca-madas da parede, como o tijolo, reboco, tinta, etc. Esta modelagem em camadas já caracte-riza um estágio de LOD mais alto.

Outra característica de BIM é a intero-perabilidade, ou seja, todos os profissio-nais envolvidos no projeto interagem com BIM, direta ou indiretamente. Engenheiros, construtores e fornecedores, dentre outros, podem extrair informações ou tomar deci-sões baseadas nas simulações e análises feitas diretamente no modelo. Além disto, toda alteração de projeto e seus impactos são processados imediatamente. Isto sig-nifica economia de tempo e dinheiro. Com o BIM, a construção é “resolvida” ainda no projeto e não no canteiro de obra.

A adoção do BIM impacta em investi-mentos e mudança cultural nas organizações, e para auxiliar nessa transição surge uma nova profissão, o BIM Manager ou Gerente

de BIM. O ideal é que este profissional te-nha curso superior em Arquitetura ou En-genharia Civil, experiência em construção, gerenciamento de projetos e certo conhe-cimento em TI. Ele terá papel fundamental no gerenciamento do modelo, extração de informações para as mais diversas áreas e repasse destes conhecimentos para os de-mais profissionais da empresa.

O BIM pode contribuir também com a Gestão da Obra, e não somente na fase de projetos. O software Sienge, ERP voltado para a Indústria da Cons-trução, com mais de 2.500 clientes, está trabalhando em uma funcionali-dade que integra ferramentas BIM ao módulo de Orçamento do ERP. Será possível vincular informações e gerar automaticamente planilhas de Orçamento dentro do ERP. O trabalho de levantamento de quantitativos e cadastramento do orçamento, que antes poderia levar semanas, poderá ser feito em minutos!

Concluindo, o recado é simples: o BIM já é uma realidade e veio para ficar. Os profissionais que investirem agora neste mundo, garantirão uma vantagem com-petitiva enorme em curto prazo.

Visite: www.sienge.com.br

Informe Publicitário

ANAURI MARAFONEngenheiro Civil e especialista em Sienge

FERNANDO RAMOSArquiteto, Consultor de Implementação do conceito BIM em escritórios de AEC e instrutor certificado de ferramentas Autodesk®Fo

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Para atingir estas outras di-mensões, o modelo em BIM preci-sa de um maior desenvolvimento e detalhamento. Existe um conceito

LOD: Level of Development, ou traduzindo, Nível

. Originalmente o con-ceito LOD vai de 100 a 500. Modelar em LOD 100 significa estar em BIM em um nível de

de BIM. O ideal é que este profissional te-nha curso superior em Arquitetura ou En-

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expediente

Diretor de Redação | | Diretor

ano 1 • nº 03 • Junho'16

Publicação mensal da HMNews Editora e Eventos, com circulação nacional, dirigida a executivos de empresas ligadas aos setores de instalações de elétrica, gás, hidrossanitária, energia solar e foto-voltaica, HVAC, incêndio, dados, sistemas prediais e de instalações eletromecânicas, e de associações de classe, dirigentes de sindicatos patronais e laborais, órgãos públicos, construtoras, agentes do Siste-ma ‘S’ e profissionais que militam na área de instalações no Brasil.

Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e colaboradores

não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus edito-

res. A Revista da Instalação não se responsabiliza pelo conteúdo dos

anúncios e informes publicitários. Informações ou opiniões contidas

no Espaço SindInstalação são de responsabilidade do Sindicato. Não

publicamos matérias pagas. Todos os direitos são reservados. Proibida

a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita

da HMNews Editora, assinada pelo jornalista responsável. Registrada

no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa.

Fundadores: Marcos OrsolonHilton Moreno

DiretoriaHilton MorenoMarcos Orsolon

Conselho EditorialHilton Moreno, Marcos Orsolon, José Silvio Valdissera, José

Antonio C. Bissesto, Carlos Frederico Hackerott, Marcos Antonio Paschotto, Cristiano da Silva Pereira Benvindo, Luiz Antonio Alvarez, Gabriel Treger, Vítor José Ronchetti, Nelson Gabriel Camargo, Ivan Machado Terni, Ramon Nicolas Olmos, Odil Porto Júnior, Adeilton Bomfim Brandão e José Carlos Carraro.

RedaçãoDiretor de Redação: Marcos Orsolon

Editor: Paulo MartinsFotos: Ricardo Brito e Viviane Venâncio

Jornalista Responsável: Marcos Orsolon (MTB nº 27.231

Departamento ComercialExecutivos de Vendas: Cecília Bari, Willyan

Santiago, Júlia de Cássia Barbosa Prearo e Rosa M. P. Melo

Gestores de EventosPietro Peres e Décio Norberto

Gestora administrativaMaria Suelma

Produção Visual e GráficaEstúdio AMC

ImpressãoGrupo Pigma

Gestor de Mídias DigitaisRicardo Sturk

Contatos GeralRua São Paulo, 1.431 - Sala 02 - Cep: 09541-100

São Caetano do Sul - [email protected]: +55 11 4225-5400

Redaçã[email protected]

Fone: +55 11 4746-1330

[email protected]

F. +55 11 4225-5400

Fechamento Editorial: 22/06/2016Circulação: 28/06/2016

Marcos orsolon

Hilton Moreno

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editorial

E a Revista da Instalação decolou com sucesso, como diz o nosso próprio anún-cio. Lançada no auge da crise econômica e política que insiste em atingir a todos que querem apenas trabalhar de modo sério e responsável, chegamos à terceira publica-ção com muito conteúdo para os profissionais e empresas direta ou indiretamente ligados ao mundo das instalações prediais.

O apoio que temos recebido do Sindinstalação-SP, que tem nossa revista como veículo oficial, além de outras entidades, patrocinadores e leitores nos estimula a fortalecer a publicação cada vez mais.

Nesta edição, preparamos uma matéria de capa que trata da falta de mão de obra no Brasil, que é um problema sério tanto em áreas tradicionais, como elétrica, hidráulica, mecânica e refrigeração, quanto em segmentos mais novos, como o de energia fotovoltaica.

Incluímos ainda uma reportagem sobre o mercado de energia solar fotovoltai-ca, que tem crescido no mundo todo, mas no Brasil, em particular, deve crescer mais ainda, pois possuímos um dos maiores potenciais do planeta. Entretanto, o País pre-cisa resolver uma série de questões que atrapalham o pleno desenvolvimento dessa fonte de energia.

Tratamos também em outra matéria da forma equivocada que usuários e insta-ladores muitas vezes subestimam os sistemas hidráulicos prediais e não adotam os devidos cuidados para que eles sejam eficientes e seguros.

Destaque para o Fórum Predialtec 2016, que tem a coordenação técnica da Re-vista da Instalação, que acontecerá em São Paulo no mês de julho, que é um evento inédito no Brasil. Pela primeira vez, um congresso técnico reúne várias instalações prediais em um único evento, com palestras apresentadas por renomados profissio-nais de elétrica, hidráulica, gás, ar-condicionado, incêndio, aquecimento de água so-lar e energia fotovoltaica.

Na entrevista do mês, o Dr. Carlos Eduardo Pedrosa Auricchio, diretor titular do Departamento da Indústria da Construção (Deconcic) da FIESP, fala sobre a atuação da entidade como catalisadora de ações e ideias que visam o fortalecimento da ca-deia da construção no Brasil. O executivo cita alguns projetos em andamento e al-gumas conquistas do departamento ao longo dos anos.

Boa leitura!

Muito conteúdo na terceira edição

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EntrEvista| Carlos Eduardo Pedrosa Auricchio

Revista da instalaçÃO8

deia produtiva da construção, trabalhan-do para remover entraves e melhorar a competitividade do setor.

Como o Deconcic está estrutura-do hoje?O Deconcic conta, em sua estrutura, com um corpo diretivo composto por diretor titular, diretores titulares adjuntos e di-retores, além da equipe, composta por um gerente e colaboradores das áreas técnica e administrativa. O departamen-to trabalha em sinergia com as demais áreas da Casa, em especial com o Conse-lho Superior da Indústria da Construção (Consic), do Instituto Roberto Simonsen (IRS), e com o Comitê da Cadeia Pro-dutiva da Mineração (Comin), da Fiesp.

Qual a importância do Deconcic para a evolução da indústria da construção no Brasil?Ao longo de sua atuação, o Decon-cic tem apresentado sistematicamente uma agenda propositiva nas áreas de desenvolvimento urbano e infraestru-tura econômica, temas considerados prioritários para o crescimento do setor e da economia brasileira. Dessa forma,

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Um dos pilares da economia nacional, o mercado da construção também tem sofrido com a atual crise econômica vivida pelo Brasil. No entanto, as inicia-tivas para fortalecer este setor não param. Ao con-

trário, elas são contínuas e envolvem uma série de empresas e entidades, incluindo o Sindinstalação.

Nesse contexto, o Departamento da Indústria da Construção (Deconcic) da FIESP tem atuado como catalisador das várias ações e ideias. Como explica nessa entrevista Carlos Eduardo

Em defesa do setor da construção

Pedrosa Auricchio, diretor titular do departamento, o Deconcic busca a implementação de medidas estruturantes para a cadeia produtiva da construção, trabalhando para remover entraves e melhorar a competitividade do setor.

Auricchio também cita alguns projetos em andamento em torno do Deconcic e fala sobre algumas conquistas da entida-de desde que foi criada, em 2007, com destaque para o Cons-truBusiness – Congresso Brasileiro da Construção, que está em sua 11ª edição.

EntrEvista a Marcos orsolon

Faça um apanhado geral sobre o que é o Deconcic, quando foi criado e seus principais objetivos.O Departamento da Indústria da Cons-trução – Deconcic reúne mais de 100 en-tidades representativas de todos os elos da cadeia produtiva, que hoje representa

cerca de 10% do PIB brasileiro e cerca de 14% da força de trabalho ocupada no País. A indústria da construção sem-pre teve atuação expressiva na Fiesp, e se consolidou como departamento em 2007. O Deconcic busca a implementa-ção de medidas estruturantes para a ca-

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o departamento trabalha na elaboração de políticas públicas e ações de fomento para a redução do ciclo de obras, desbu-rocratização do setor, ajustes no setor tributário, qualificação da mão de obra, busca por fontes alternativas de recur-sos para habitação e infraestrutura, entre outros fatores.

Quais foram as principais con-quistas do Deconcic, desde a sua criação?Entre as principais conquistas do Decon-cic, desde o início de sua trajetória como comissão na Fiesp, está a consolidação do ConstruBusiness – Congresso Brasi-leiro da Construção, um dos principais fóruns de discussão de políticas públi-cas para a cadeia produtiva. O evento, realizado desde 1997 e atualmente em sua 11ª edição, conta com a participa-ção ativa de empresários e representan-tes da iniciativa privada, do Poder Públi-co e do meio acadêmico, sendo fonte de referência abrangente para o setor, com diagnósticos, projeções e propos-tas para o aprimoramento do ambien-te de negócios. Atualmente em sua 11ª edição, o ConstruBusiness está pautado no lema “Brasil 2022: planejar, construir, crescer”, apresentando a necessidade de investimentos em obras de desenvolvi-mento urbano e infraestrutura econômi-ca no Brasil até o ano do Bicentenário da Independência. Para que o País possa efetivamente atingir o patamar de inves-timentos em obras, a Fiesp apresentou o Programa “Compete Brasil”, conjun-to de ações voltadas à redução do ciclo de obras e ao crescimento do setor da

construção. Outra conquista importante para a construção paulista, por meio da articulação do Deconcic, foi a criação da Frente Parlamentar da Indústria da Cons-trução – FPIC, da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, presidida pelo Deputado Estadual Itamar Borges, que possui o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva do setor, por meio de ações que melhorem a previsibilidade, a se-gurança jurídica e a atratividade para a construção paulista.

Quais são as principais atividades do Deconcic no momento?Atualmente, o Deconcic coordena grupos de trabalho nas seguintes áreas: ambien-te de negócios no setor imobiliário, BIM – Building Information Modeling (Mo-delagem de Informação da Construção), ciclo de vida de materiais e componen-tes da construção, responsabilidade com o investimento (abordando os fatores que causam atrasos em obras no País) e sistemas construtivos industrializados. Além desses, temos o GT segurança em edificações, coordenado pelo diretor do Deconcic, Valdemir Romero, que conta com a participação do Sindinstalação, representado pelo diretor Luiz Carlos Veloso. Cada um desses grupos busca a implementação de uma agenda de tra-balho com o setor público e a iniciativa privada nesses temas, com base nas di-retrizes do Programa Compete Brasil da Fiesp. Além disso, o Deconcic coordena o portal Observatório da Construção, que reúne diversas informações, como indica-dores, análises e estudos setoriais sobre a cadeia produtiva. O Deconcic também

promove e apoia eventos e missões em-presariais sobre temas de interesse do setor, para promover o conhecimento de novas tecnologias, estruturas produtivas e políticas públicas que possam contri-buir para o desenvolvimento da constru-ção brasileira.

O Deconcic tem algum programa em torno da qualidade das cons-truções no País? O que tem sido feito nesse sentido?A busca pela melhoria na qualidade das construções é algo fundamental e deve ser tratada de forma sistêmica pelo se-tor, buscando uma evolução contínua com a implementação de novas tecno-logias e investimentos em capacitação, esta visão deve passar por todos os elos da cadeia, desde a elaboração dos pro-jetos até a entrega dos empreendimen-tos. Neste sentido, o Deconcic coordena alguns projetos como o incentivo ao uso do BIM (Building Information Modeling), um sistema que integra todos os proje-tos (arquitetura, estrutura, instalações, etc.) em uma plataforma 3D, que além de evitar erros oriundos dos projetos, garante a excelência das informações para todo o ciclo de vida dos projetos, desde a elaboração de orçamentos/lici-tações até sua manutenção. Outro pro-jeto em andamento, visa a capacitação dos profissionais da cadeia da constru-ção, focado no aumento na qualidade dos serviços e na redução de acidentes do trabalho e, em contrapartida, as em-presas que investirem em capacitação e treinamento de seus funcionários rece-berão uma redução na alíquota do FAP

Entrevista com autoridades e profissionais do setor.

EntrEvistainterview with authorities and professionals of the sector.

intErviEwEntrevista con autoridades y profesionales del sector.

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Carlos Eduardo Pedrosa Auricchio, Director of the Department of the Construction Industry (Deconcic) of FIESP, talks about the role of the organization as a catalyst for actions and ideas aimed at strengthening the construction chain in Brazil. The executive mentions some ongoing projects and some achievements of the department over the years.

Carlos Eduardo Pedrosa Auricchio, Director del Departamento de la Industria de la Construcción (Deconcic) de FIESP, habla sobre el papel de la organización como un catalizador para las acciones e ideas para fortalecer la cadena de la construcción en Brasil. El ejecutivo cita algunos proyectos en marcha y algunos logros del departamento en los últimos años.

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EntrEvista| Carlos Eduardo Pedrosa Auricchio

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(Fator acidentário de prevenção). Estes são apenas dois exemplos dentre várias iniciativas coordenadas pelo Deconcic, no âmbito da qualidade.

A busca pela qualidade nas cons-truções é uma das bandeiras do Deconcic no momento? Por quê?Sim. Como já abordado acima, a quali-dade na construção é algo fundamental e sua evolução é primordial para garan-tir a competitividade da cadeia, seja para redução de custos com retrabalhos, para redução de prazos das etapas construti-vas ou mesmo para implementação de novas tecnologias que agreguem valor e garantam maior sustentabilidade aos empreendimentos.

Uma tendência de mercado é ter-mos construções cada vez mais eficientes, que consomem menos energia e água, por exemplo? O Deconcic desenvolve, ou faz parte, de algum programa em torno des-se tema (eficiência)? Qual?O conceito da construção sustentável está ganhando cada vez mais espaço no cenário nacional e se difere da cons-trução convencional principalmente pelo cuidado com o planejamento e raciona-lidade, priorizando a eficiência e dura-bilidade, para obtenção de um melhor desempenho. Podemos destacar vários exemplos de aplicação neste sentido, como a padronização das construções, sistemas de captação e reuso de água, energia limpa como a solar e eólica, utili-zação de materiais reciclados, dentre ou-tras tantas iniciativas. Para exemplificar o envolvimento do Deconcic neste assun-to, destaca-se a coordenação do grupo de trabalho Avaliação do Ciclo de Vida (ACV), uma ferramenta capaz de quan-tificar os impactos ambientais desde a fabricação dos insumos, sendo essencial para minimização dos danos ao meio ambiente, buscando produtos e proces-sos menos impactantes ou mais susten-táveis. Outro trabalho coordenado pelo

Deconcic é o incentivo à industrialização da construção, onde é possível aplicar um rigoroso controle de qualidade, re-duzindo as perdas e, em consequência, os impactos ambientais da construção, além da geração de resíduos.

A crise econômica vivida pelo Brasil tem atrapalhado bastante o setor da construção. De que maneira o Deconcic tem atuado para ameni-zar os efeitos da crise na indústria da construção?Desde a piora da crise econômica no País, que tem sido sentida principalmente pela construção civil e pela indústria de trans-formação, o Deconcic tem pautado sua agenda de trabalho dentro dos temas e ações considerados prioritários para a retomada do crescimento, tais como a busca por novas fontes de recursos para o investimento em obras, a regularização de pagamentos de obras realizadas e o aumento da participação da iniciativa privada em empreendimentos públicos, por meio de concessões e parcerias pú-blico-privadas.

Até que ponto fazer parte da Fiesp facilita no dia a dia do Deconcic? Quais as principais vantagens da entidade?O Deconcic é um departamento integran-te da estrutura organizacional da Fiesp, que conta com áreas especializadas em diversos setores da indústria, como mi-neração, defesa, agronegócio, petróleo e gás, infraestrutura, entre outras.

Quais as projeções do Deconcic para os próximos três anos da in-dústria da construção no Brasil?Apesar do setor ser um dos que mais sen-te a atual crise econômica, a expectativa é que gradativamente haja a retomada dos investimentos e então a cadeia da construção poderá ser uma das primeiras a se recuperar, seja pela sua capacidade de gerar emprego ou pela necessidade de investimentos em infraestrutura para

diminuir os gargalos para crescimento do País. As medidas na área econômi-ca anunciadas pelo novo governo, com destaque para o limite do crescimento do gasto público, são boas para a retomada do crescimento a longo prazo. Somada a isso, fica a expectativa pelo avanço da MP que criou o Programa de Parcerias de Investimento (PPI), que poderá alavan-car os investimentos em infraestrutura e habitação. Outro ponto importante para retomar o crescimento da indústria da construção é a produtividade. Des-sa forma, o investimento em inovação é essencial. As ações para reversão do quadro deverão ser baseadas no incen-tivo à industrialização das atividades da construção, na redução de ineficiências produtivas, na qualificação profissio-nal, no investimento em novos métodos construtivos e na correção de distorções tributárias existentes para o setor. Medi-das de curto e médio prazo estão sendo aguardadas com apreensão, porém, uma das expectativas para o setor é que acon-teçam ajustes necessários, como um pla-no que garanta condições jurídicas mais seguras e ágeis, assim como condições financeiras adequadas, como a diversifi-cação de linhas de crédito a taxas mais justas, a fim de incentivar a retomada dos investimentos privados.

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EDITORA

O LANÇAMENTO DA REVISTA DA INSTALAÇÃO

FOI UM SUCESSO!!!

A única publicação brasileira dedicada 100% ao mercado de instalação nas áreas de gás, hidrossanitária, elétrica, fotovoltaica, eletromecânica, HVAC, solar, incêndio, dados e manutenção.

Finalmente a área de instalação passa a ter uma revista exclusiva onde os pro� ssionais da área têm acesso a um canal de comunicação e informação próprio do segmento.

CARACTÉRISTICAS:✶ Tiragem: 8.000 exemplares✶ Circulação: Nacional✶ Periodicidade: Mensal✶ Distribuição gratuita

MAIS INFORMAÇÕES:[email protected]

(11) 4225-5400FACEBOOK.COM/REVISTADAINSTALACAO

WWW.REVISTADAINSTALACAO.COM.BR

Realização:

A Revista da Instalação foi escolhida pelo Sindinstalação-SP como seu veículo o� cial de comunicação.

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NOTAS

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Ações e novidades dos players do setor.

Activities and news from main sector players.

Actividades y noticias de los principales actores del sector.

NOTAS

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NOTAS

Energia solar térmica

A Agência Internacional de Energia (IEA) divulgou no dia 01 de junho o relatório anual Solar Heat WorldWide, edição de 2016 (base 2014), que reúne informações de m² de coleto-res solares térmicos instalados por tipo, energia produzida, contribuições ao meio ambiente de emissões evitadas, dentre outros dados do de-sempenho do setor de 61 países.

O Brasil, mais uma vez, foi referência no estudo, ocupando a 3ª posição em capacidade instalada adicionada no ano com novos 1.009 MWth (Megawatts Térmicos), e a 5ª no ranking mundial com 2.712 MWth, dado que considera os coletores solares térmicos em operação nos últimos 25 anos. A contribuição do setor brasi-leiro ao meio ambiente em 2014 foi de 2,5 mi-lhões de toneladas de emissões evitadas de CO

2.Os 61 países incluídos no relatório repre-

sentam 4,5 bilhões de pessoas, cerca de 63% da população mundial. A capacidade instalada nesses países é estimada em 95% do total do mercado de aquecimento solar global.

A América Latina, capitaneada pelo Brasil, mostra ser hoje a região mais constante e dinâ-mica de todas as apuradas. O mercado brasileiro é dominante, mas também os mercados mexica-no e chileno estão sendo responsáveis por nú-meros positivos e um crescimento considerável

nos últimos 6 anos consecutivos. Em 2014, estes mercados juntos somaram crescimento

de 8,1%. “Estes números mostram o po-tencial do nosso mercado e a relevância

da produção brasileira no cenário mundial”, comenta Amaurício

Gomes Lúcio, presidente do Dasol (Departamento Na-cional de Energia Solar Tér-

mica) da Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condi-

cionado, Ventilação e Aquecimento).Dos dez maiores mercados de 2014, o Bra-

sil (+4,5%), a Índia (+7,0%), os Estados Unidos (+0.9%), o México (+18,2%) e a Grécia (+19,1%) apresentaram crescimento. Já a China (–17,6%), a Turquia (–0,8%), a Alemanha (–9,8%), a Austrá-lia (–21,1%) e Israel (–13,4%) sofreram retração.

Centro Sustentável A Fundação Alphaville entregou no dia 16

de junho para o prefeito de Carapicuíba, Sergio Ribeiro, a chave do CES Granja Viana, o primei-ro Centro Sustentável do País. O objetivo é que o espaço de uso coletivo possa ser utilizado por instituições do terceiro setor e pela Prefeitura de Carapicuíba para realização de palestras, eventos e feiras para as comunidades vizinhas e para os alunos das escolas municipais e estaduais, todas voltadas à sustentabilidade. Além disso, o local também deve servir como espaço de coworking.

O CES Granja Viana ficará sob gestão da Prefeitura de Carapicuíba. A Fundação Alpha-ville atuará como apoiadora do espaço, através da capacitação técnica e transferência de co-nhecimento aos profissionais do município que assumirão a administração do local.

O Centro é o primeiro no Brasil a receber a certificação AQUA. O certificado, aplicado no Brasil exclusivamente pela Fundação Vanzolini, garante que o espaço é uma construção sus-tentável. Projetado pelo arquiteto Marcelo Leal, o CES Granja Viana possui diversos elementos sustentáveis, como placas solares, captação e reúso da água pluvial e reciclagem de resíduos.

Outra característica do espaço é a utilização de um biodigestor, que processa o esgoto dos banheiros e transforma em fertilizante para as plantas locais. Além disso, o mobiliário utilizado possui selo de certificação ecológica e caracterís-ticas arquitetônicas para fornecer melhor apro-veitamento de luz solar, circulação de ar, confor-to térmico e acústico. Para a certificação, foram avaliados também itens como a proveniência e composição dos materiais de obra, alguns es-pecíficos para construções sustentáveis, e o pro-cesso de trabalho dos fornecedores contratados.

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NOTAS

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Isolamento acústico

A Torre de TV do Parque Olímpico, no Rio de Janeiro, recebeu durante sua construção cerca de 10 mil m² de manta acústica para equipar os estúdios que serão utilizados durante a trans-missão dos jogos. A tecnologia é da Armacell, empresa especializada em isolamentos acústi-cos e termoacústicos, e deve atenuar qualquer tipo de vibração e ruído entre os estúdios das emissoras ali instaladas.

A estrutura temporária, erguida em light steel frame tem 3 mil m² de área construída pela Green Coast. O projeto foi desenvolvido de acordo com as normas SiAC – Sistema de Avaliação da Con-formidade de Empresas de Serviços e Obras da Construção Civil, Nível “A”, do PBQP-h - Progra-ma Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Habitat, e da ABNT NBR ISO 9001:2008.

O grupo possui em seu portfólio grandes obras como o Maracanã, o Pavilhão Olímpico, IBC Parque Olímpico e estúdios de produção televisiva para a FIFA, e mais de 350 obras por todo Brasil.

Medição inteligente

A Telit anuncia para o mercado o Konect, nova proposta de medição inteligente, com o objetivo de reduzir os gastos com energia, água e gás. A so-lução foi integrada em menos de duas semanas à Plataforma IoT da Telit. O Konect foi desenvolvido pela Kron Medidores, responsável pela automação de 90% dos Shoppings Centers e Edifícios Inteli-gentes (building automation) no Brasil. A solução é composta de hardware e software para gerenciar e monitorar o consumo nos mais diversos segmentos. Com os recursos fornecidos pela Telit, os usuários podem visualizar todas as informações remota-mente, com acesso em tempo real.

O objetivo da solução, além reduzir os gas-tos, é concentrar outras informações como tem-peratura e nível de umidade do ar no ambien-te de trabalho. Organizações poderão ter uma estimativa do que foi consumido antes do final do mês e reduzir custos na conta.

Além disso, o medidor inteligente visa reforçar a conscientização do consumo em diversos seg-mentos de mercado, podendo ser utilizado para estimular o consumo consciente em indústrias, prédios comerciais, condomínios e shopping cen-ters que tenham o interesse em possuir uma visão holística dos negócios. “O Konect apresenta uma nova abordagem para o segmento de medidores de energia elétrica, pois é extremamente versátil, integrando outros dispositivos presentes em siste-mas de automação e incorporando múltiplas fun-ções. A energia, um dos principais insumos indus-triais, requer uma gestão eficiente que consiste na obtenção de melhor desempenho na produção e menor gasto, o que torna a organização mais com-petitiva”, avalia Roberto Bedicks, CEO da Kron.

Uma das funcionalidades do dispositivo é o rateio de custo da energia elétrica. Com medi-ção individualizada do consumo, o empresário pode tomar conhecimento das variáveis de um departamento específico em setores de uma fá-brica, loja, prédio comercial (rateio por andar), condomínio etc.

Novo diretorLíder global em tecnologia, a Samsung apre-

senta ao mercado Manoel Gameiro, que assumiu recentemente a diretoria da divisão de Ar-Condi-cionado, conhecida como System Air-Conditioning - SAC. Com vasta experiência profissional nessa área, o executivo passa a coordenar todas as atividades da marca na América Central e América do Sul.

“Estou muito feliz com esse novo desafio. Juntamente com a equipe, vamos trabalhar da melhor forma para atender às demandas do mercado e manter a Samsung entre os mais notáveis fabricantes de ar-condicionado. Quero exercer minha liderança de forma inspiradora, contribuindo para a equipe e para grandes con-quistas futuras”, afirma Gameiro.

Manoel Gameiro é formado em Engenharia Mecânica pela Faculdade de Engenharia Industrial - FEI (Brasil) e tem mais de 30 anos de experiência em seu currículo. Com escopo regional, o execu-tivo ficará baseado em São Paulo, onde a Sam-sung possui seu escritório-sede na América Latina.

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Campanha institucionalEstá no ar uma campanha da Alsol Energias Renováveis que visa estimular a

produção própria de energia. Por meio da página www.energiafeitaporvoce.com.br, a empresa divulga em pe-

quenos vídeos e banners os benefícios do uso da energia renovável solar ou por meio do biogás, com destaque para as possibilidade de geração de energia em casa, no trabalho ou no campo.

O conteúdo ainda explica que a energia extra gerada é convertida em bônus para o cliente, na conta de luz. Produzida pela agência Yellow Monkey, a campanha também está sendo divulgada na TV Integração.

Cartilha AbilumiA Abilumi (Associação Brasileira dos Fabrican-

tes e/ou Importadores de Produtos de Ilumina-ção) tem recebido inúmeras reclamações sobre empresas do setor de produtos de iluminação que descumprem seus deveres legais, realizando importações e vendas de produtos sem a regular documentação fiscal de suas operações.

Considerando o prejuízo causado por essas práticas ilícitas às empresas do setor que obser-vam suas obrigações legais, a Abilumi desenvol-veu o guia “Prevenção a Práticas Irregulares no Comércio de Produtos de Iluminação” para os lojistas com informações sobre as responsabili-dades do comerciante.

“O objetivo é coibir ações que prejudicam tanto as empresas idôneas (fabricantes, impor-tadores e comerciantes) quanto o consumidor e conscientizar os lojistas que eles também têm suas responsabilidades. O barato pode acabar saindo caro para todos”, afirma o presidente da Abilumi, Georges Blum.

Há empresas, por exemplo, praticando o cri-me de descaminho, realizando subfaturamen-

to em importações e vendas sem nota fiscal ou com “meia nota”. Outra irregularidade comum é o desrespeito às obrigações perante o consu-midor, vendendo produtos com rótulos que não atendem aos requisitos legais, sem informações mínimas sobre a mercadoria e sobre o fornecedor, e, consequentemente, sem garantia.

Além da conscientização, a associação en-caminhará as denúncias às autoridades públicas competentes, para que tomem as medidas cabí-veis para coibir as práticas irregulares.

A iniciativa conta com o apoio institucional da Abilux (Associação Brasileira da Indústria de Iluminação), Abreme (Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elé-tricos), Anamaco (Associação Nacional dos Co-merciantes de Material de Construção), SincoElé-trico (Sindicato do Comércio Varejista de Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos no Estado de São Paulo) e Instituto Brasil Legal.

Para ler a cartilha na íntegra e imprimir o do-cumento, acesse: http://www.abilumi.org.br/abilu-mi/images/pdf/cartilha%20abilumi%5B3%5D.pdf

Movimentação de executivosA Schneider Electric, especialista global em

gestão de energia e automação, anuncia a movi-mentação de executivos na unidade de negócios de TI da companhia. João Carro Aderaldo (foto) é o novo Vice-Presidente de IT Business para a Amé-rica do Sul e Luciano Santos assume a diretoria de IT Business para o Brasil. Essa importante unidade

de negócios é responsável pelo desenvolvimen-to de soluções para energia crítica, oferecendo produtos e serviços para aplicações residenciais, pequenos e médios escritórios, indústrias e infra-estrutura física de data centers (nobreaks, racks e acessórios, ar-condicionado de precisão e sof-twares de gerenciamento). 

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NOTAS

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Comunidades rurais

Comércio eletrônicoSe preparando para o período de maiores

vendas de ar-condicionado no País, que tradicio-nalmente vai de setembro a fevereiro, a Poloar Ar Condicionado, empresa que se posiciona entre as maiores distribuidoras de condicionadores de ar do Brasil, renova sua central de e-commerce.

O objetivo é aumentar em 8% o faturamento acumulado de R$ 32 milhões com vendas online no ano passado. O novo site foi desenvolvido es-pecialmente para que o consumidor tenha uma melhor navegabilidade e experiência de compra

de seus produtos.Hospedado em uma plataforma

V-Tex, o site (http://www.poloar.com.br) agora tem uma interface mais moderna e interativa, tornando a ex-periência do consumidor algo mais agradável e cativante. Por possuir um formato responsivo, é possível realizar compras através do celular

ou tablets, sem perder a qualidade na visualiza-ção do site. Durante a navegação o consumidor encontrará todas as informações da empresa, de suas filiais e dos produtos que ela oferece, sepa-rados adequadamente por filtros que facilitam a visualização de informações técnicas.

“Com esta nova plataforma esperamos ultra-passar os R$ 32 milhões de vendas realizadas pelo canal de e-commerce em 2015, que foi o melhor ano em vendas online de nossa história. Para tan-to, pensamos cuidadosamente em cada detalhe, a fim de oferecermos uma maior gestão de ne-gócio por parte do lojista, permitindo que nossos clientes e parceiros tenham uma interface mais amigável e completa”, afirma Anderson Teixeira, gerente de e-commerce da Poloar Ar-Condicio-nado. “Agora é possível integrar a plataforma de e-commerce junto com o Market Place, gerando novos negócios e atingindo um público que antes não conhecia a Poloar”, finaliza.

A Havells Sylvania, uma das cinco maiores companhias de iluminação do mundo, se orgulha em comunicar uma parceria de extrema impor-tância com a Vaga Lume, organização sem fins lucrativos que promove o acesso ao livro e à leitu-ra a 22 mil crianças da Amazônia Legal brasileira. Ao comprar as lâmpadas LED A60 da Sylvania, o consumidor irá colaborar diretamente com a edu-cação rural em 23 municípios da Amazônia, onde a ONG mantém 150 bibliotecas comunitárias. 

“Este é o tipo de projeto que nos orgulhamos em apresentar. A Sylvania busca constantemente formas de cooperar com o desenvolvimento do País, não apenas oferecendo soluções para a economia de energia, mas também chamando a atenção para projetos que realmente fazem a diferença e sem dú-vida ajudarão a construir um Brasil melhor para os nossos filhos”, afirma Tiago Pereira de Queiroz, CEO da Havells Sylvania para a América Latina.

A Amazônia Legal brasileira, composta pelos estados Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do estado do Maranhão, é mundialmente conhecida

por seu vasto território e suas riquezas naturais. Mas esta mesma região com tanta abundância em biodi-versidade investe pouco na qualidade da educação.

Hoje, embora a Lei nº 12.244/2010 disponha que as instituições de ensino públicas e privadas de todos os sistemas de ensino do País deverão contar com bibliotecas até 2020, 87% das escolas rurais do Brasil não têm bibliotecas. E para mo-dificar este cenário, a Vaga Lume, com ajuda de seus parceiros, atua há quase 15 anos na região criando bibliotecas comunitárias e apresentando a leitura como forma de transformação das vidas de milhares de crianças e jovens da Amazônia. Além da doação de livros novos de literatura, a Vaga Lume forma mediadores de leitura, incentiva a gestão comunitária da biblioteca e a valorização da cultura local. 

“A Vaga Lume está muito feliz com a parceria com a Sylvania! Estamos otimistas, pois acredi-tamos que os consumidores saberão reconhecer o valor dessa iniciativa conjunta”, destaca Syl-via Guimarães, fundadora e atual presidente da Vaga Lume.

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GT Postos de Serviços“A nossa missão é lutar pela indústria nacional.

É dessa maneira que vamos liderar a mudança de cultura no segmento de postos de serviços e abas-tecimento”. Com essas palavras, José Fernandes assumiu a coordenação do Grupo de Trabalho de Máquinas e Equipamentos para Postos de Serviços e Soluções de Abastecimento (GT-MEPS), no dia 15 de junho, na sede da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos).

Para Fernandes, o objetivo do Grupo é inovar com tecnologia, sistemas e soluções sustentáveis que visem o crescimento do mercado. “A Abimaq vai nos ajudar a profissionalizar esse segmento de maneira ética, correta e técnica com o intuito de defender os interesses do setor”.

Cesar Prata, vice-presidente da Abimaq, ressal-tou a importância da criação do GT-MEPS. “A forma-ção do Grupo é significativa não apenas aos mem-bros que acompanham, mas para entidade, pois aumentará a representatividade da Associação”.

Além de José Fernandes, a diretoria do GT- MEPS será composta pelos vice-coordenado-res Lincoln Cesar Dalfre Lourenço, Sérgio Cintra Cordeiro, Hector Trabucco, Carlos Alberto Zeppini, Eduardo Gonçalves. 

Na foto, aparecem Itamar Borges, deputado estadual; Luiz Fernando Chaves, do Instituto Am-biental Ong; Cesar Guimarães, do Sindicom; Celso Guilherme, da Fecombustíveis; Sérgio Andreta, da Fiesp e Genaro Maresca, do Sincopetro. 

Prêmio de InovaçãoA Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) realizou no começo de junho a cerimônia do “Prêmio Comgás

de Inovação”, evento criado para incentivar estudantes e o público em geral a desenvolver ideias inovado-ras para aplicação no setor de gás natural. Os vencedores nas duas categorias - Estudantes (maior ou igual a 14 anos e até Ensino Médio) e Não Estudantes (Público em Geral) - receberam, por cada ideia, R$ 12 mil.

“O Prêmio tem o intuito de oferecer oportunidades para a sociedade e trazer novas ideias para a Companhia na aplicação do gás natural em diversas vertentes de atuação. Acreditamos muito na força da inovação”, comentou Nelson Gomes, diretor-presidente e de Relações com Investidores da Comgás.

Na categoria “Público em Geral”, a ideia vencedora é da dupla Iran Marianno, 48, e Sandra Cor-deiro, 40, de São Bernardo do Campo. Ambos desenvolveram o conceito do “APP para Rede Externa e Ramais”. O aplicativo visa permitir que pessoas autorizadas (funcionários, terceiros e concessionárias) utilizem, no trabalho de campo, um sistema de localização da rede Comgás com informações precisas como profundidade da tubulação, pressão da rede, entre outros.

Foto: Divulgação

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Matéria de Capa| Mão de Obra

Problema estruturalFo

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The manpower shortage is a common problem to many types of activities in Brazil. This situation can be observed both in traditional sectors, such as electrical, hydraulic, mechanical and cooling and in newer segments, such as photovoltaic energy. A possible solution to this problem involves some investment in qualification of workers.

En Brasil, la falta de mano de obra es un problema común a muchas actividades. Esta situación se puede encontrar tanto en áreas tradicionales como la eléctrica, hidráulica, mecánica y refrigeración, como en los segmentos más nuevos, como la energía fotovoltaica. Una de las posibles soluciones a este problema podría ser a través de inversiones en la calificación de los trabajadores.

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Problema estruturalPaís apresenta déficit de profissionais especializados

em diversos segmentos da instalação, obrigando

empresas a investir no treinamento dos funcionários

para suprir suas necessidades.

reportageM: paulo Martins

Independentemente da crise econômica que assola o Brasil no momento, o país mantém boas perspectivas de crescimento futuro, inclusive com chances de se tornar referência global em determinadas áreas, como energias renováveis, eficiência

energética e construções sustentáveis. Entretanto, esse processo esbarra em um fato recorrente, que costuma atrapalhar o desenvol-vimento de vários mercados: a falta de mão de obra especializada.

O déficit envolve praticamente todas as funções, incluindo o qua-dro administrativo, gerencial e operacional, e o problema é bastan-te evidente em segmentos menos amadurecidos, como o de energia solar fotovoltaica e o de automação residencial e predial, entre ou-tros. Entretanto, mesmo áreas mais consolidadas, como o setor de soldagem, a elétrica e o mercado de drywall registram carência de profissionais que estejam a par das recentes técnicas e inovações tecnológicas.

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Matéria de Capa| Mão de Obra

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Como consequência desse qua-dro, aumentam as chances dos servi-ços apresentarem falhas de execução, gerando retrabalho, desperdício de materiais, aumento de custos e atra-so nos cronogramas das instaladoras. E, mais importante, existe o risco de comprometimento da segurança, tan-to de quem executa o trabalho sem o devido conhecimento, quanto de quem utilizará as instalações.

Com um contingente superior a 900 mil trabalhadores, o Brasil é hoje um dos maiores empregadores do mundo na área de energias reno-váveis. Entretanto, no segmento de energia fotovoltaica o número de pro-fissionais atuantes ainda é pequeno - em torno de 4 mil -, o que contrasta com o forte ritmo de desenvolvimento dessa atividade. “A energia solar foto-voltaica constitui uma área nova, que ainda não possui mão de obra quali-ficada suficiente para atender o cres-cimento do mercado”, destaca Paulo Frugis, gerente de Treinamento da em-presa Neosolar Energia.

A carência de funcionários é regis-trada em toda a cadeia fotovoltaica, mas principalmente no campo opera-cional e de instalação. “Temos notado uma defasagem grande em relação à função de instalador fotovoltaico, mo-tivo pelo qual iniciamos os investimen-tos e ações para melhorar a formação nessa área. Também há defasagem de projetistas de sistemas fotovoltaicos para minigeração”, completa Carlos Evangelista, presidente da Associa-ção Brasileira de Geração Distribuí-da (ABGD).

A falta de mão de obra especiali-zada no segmento pode resultar em instalações mal executadas, compro-metendo desta forma a qualidade dos projetos e dos equipamentos e gerando riscos de acidentes durante a execução e operação do sistema e também para o cliente. “Um sistema solar é projetado para vida útil acima

de 30 anos. Porém, se mal executado, já terá problemas nos primeiros meses de funcionamento. Não esquecendo que um eventual retrabalho gera cus-tos adicionais não previstos”, observa Paulo Frugis.

Evangelista alerta ainda para o ris-co de destruição da imagem positiva que a energia solar vem construindo. “Se começarem a surgir problemas por erros de projeto ou na instalação, ou até mesmo devido à utilização de equipamentos de baixa qualidade, a

percepção do mercado irá se alterar negativamente, acontecendo o mes-mo que ocorreu no início do mercado solar térmico no Brasil. Uma parcela achará que os sistemas fotovoltaicos ‘não funcionam’, que são improvisa-dos ou fadados a dar problemas. Isso não é verdade e não podemos deixar essa falsa percepção tomar o merca-do”, defende o presidente da ABGD.

O engenheiro eletricista Eduardo Daniel, diretor da MDJ, empresa es-pecializada em assessoria empresarial e engenharia consultiva, chama aten-ção ainda para o novo cenário que se criou com o advento da Geração Dis-tribuída de energia no Brasil. Afinal, através desse sistema passa a haver uma interação no campo técnico, en-

Segurançaprofissionais da área elétrica são responsáveis pela segurança de usuários leigos no assunto, o que exige grande compromisso na execução dos trabalhos.

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a energia fotovoltaica é uma área nova, que ainda não possui mão de obra qualificada suficiente para atender o crescimento do mercado.paulo Frugis neOSOLar energIa

fornecimento de energia e os usuários se limitavam a pagar a conta. Como se sabe, um dos preceitos da GD é que o consumidor pode produzir a eletricida-de para seu consumo próprio a partir de painéis fotovoltaicos instalados em sua residência ou empresa. Existe tam-bém a possibilidade desse consumidor fornecer o excedente para a rede de distribuição, e é nesse ponto que re-side o perigo. “Agora temos uma rua de duas mãos, pois envolve o fato de o consumidor poder transferir energia para dentro do sistema da distribuido-ra”, alerta Eduardo.

Obviamente, toda a estrutura ne-cessária para fazer a geração e a trans-missão dessa energia de modo segu-ro precisará ser planejada, projetada e construída por especialistas devida-mente preparados, até porque existem diferenças entre as instalações elétricas convencional e fotovoltaica.

Com larga experiência nas áreas de normalização e certificação de pro-dutos e de instalações elétricas, Edu-ardo Daniel diz que ainda se depara com problemas sérios no mercado, por conta da falta de qualificação de deter-minados profissionais. “A preocupação com mão de obra é constante. Na área de instalação predial, tanto residencial quanto comercial - sem considerar a indústria, que é um mercado diferen-te -, a mão de obra continua muito ruim”, critica.

O diretor da MDJ observa que as construtoras normalmente acompa-nham a qualidade das obras e enfren-tam muitos casos em que é necessário refazer o trabalho, gerando altos custos. “Segundo as empresas, o problema mais

frequente envolve as instalações hidráu-licas. Porém, os maiores custos são da área elétrica”, comenta.

A qualidade da mão de obra das empresas instaladoras é uma questão que influencia também o setor de re-frigeração, aquecimento e tratamento de ar. De acordo com Carlos Eduardo M. Trombini, presidente do Sindratar-SP, sindicato que representa essa indústria em São Paulo, para que um sistema de climatização funcione dentro dos parâ-metros projetados, independentemente de tamanho e uso (do residencial ao industrial), é necessário o envolvimen-to de engenheiros e técnicos qualifica-dos desde o projeto até a construção, e também no treinamento do usuário final, quando este fica responsável pela operação.

Falta de profissionais

especializados no mercado

pode acarretar problemas como

retrabalho, desperdício de

material, atrasos na execução

dos serviços e comprometimento da segurança das

instalações.

tre concessionárias e consumidores, que antes não acontecia. Até então, as empresas prestavam o serviço de

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segundo as empresas, o problema mais frequente envolve as instalações hidráulicas. porém, os maiores custos são da área elétrica.eduardo daniel MDJ

O executivo destaca que cada vez mais os pequenos sistemas são con-trolados por dispositivos eletrônicos, visando alcançar a eficiência energética estabelecida para o equipamento e os parâmetros de conforto projetados. En-tretanto, prossegue Trombini, se houver dimensionamento inadequado da ca-

pacidade, ou a instalação não seguir requisitos técnicos estabelecidos em normas técnicas, o sistema irá operar consumindo mais energia e provocando desconforto para o usuário. “Nos sis-temas comerciais e industriais, a qua-lificação do instalador é ainda mais exigida. Instalações hidráulicas, elé-tricas e de automação são de maior complexidade, e onde erros cometidos causam custos de operação inadmissí-veis e queda da qualidade dos serviços prestados”, comenta.

Trombini diz ainda que a falta de qualificação acarreta prejuízo de ima-gem para o setor como um todo e aos agentes participantes do mesmo. O

executivo observa que na maioria dos casos as empresas de instalação tam-bém são responsáveis por cuidar da imagem das marcas de equipamentos e periféricos que utilizam em seus ser-viços, e, sendo assim, a eventual má qualidade de uma instalação pode afe-tar a forma como o mercado vê esses produtos e a própria empresa. “Não podemos esquecer que boa parte dos clientes que contratam diretamente as empresas instaladoras, e indiretamen-te os equipamentos e periféricos, não são conhecedoras de sistemas de cli-matização, refrigeração, ventilação e aquecimento, e ao menor deslize na qualidade dos serviços prestados isto causará muitos ruídos no setor”, ana-lisa o presidente do Sindratar-SP.

QuaLIfIcaçãOinstalador fotovoltaico precisa ter conhecimento específico na área

e também sobre as normas de instalações elétricas e de trabalho

em altura.

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Outra área que se mantém perma-nentemente atenta à qualidade da mão de obra dos trabalhadores é a que en-volve as empresas que fazem instala-ções eletromecânicas. O segmento en-volve os serviços de elétrica, hidráulica e mecânica e no Estado de São Paulo é representado pelo Grupo Setorial de Instalações Eletromecânicas (GSEL) do Sindinstalação (Sindicato da Indústria de Instalação - SP).

Segundo o engenheiro Mário Men-des Júnior, presidente do GSEL, há casos em que determinados serviços acabam reprovados nas inspeções regulares fei-tas na obra para efeito de controle da qualidade. Normalmente essas vistorias são realizadas pelo contratante ou pela própria instaladora. Caso seja consta-tado um problema decorrente de falha da mão de obra, é necessário refazer o trabalho, o que pode gerar prejuízos para a empresa executante, por conta do uso extra de materiais e de horas de trabalho.

A carência de mão de obra no seg-mento de instalações eletromecânicas é mais evidente longe dos grandes centros urbanos. Quando uma instaladora de São Paulo, por exemplo, precisa realizar determinados serviços pelo interior do

País, é comum que ela tenha que des-locar especialistas de sua matriz para o site, devido à escassez dessa mão de obra na região onde o trabalho será exe-cutado. Desta forma, a empresa acaba tendo que arcar com custos extras para garantir moradia, transporte e alimen-tação a seus profissionais, o que não aconteceria, se houvesse disponibilida-de local de mão de obra.

Outro inconveniente decorrente das falhas na formação dos profissionais é a baixa produtividade. No Brasil, a quan-tidade de horas empregadas para fazer um trabalho (quantificada pelo índice denominado homem-hora) chega a ser 20% maior do que em países mais de-senvolvidos.

Antes de citar os profissionais que estão em falta na área de instalações

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Instalações eletromecânicas

eM aLtao soldador é uma das profissões mais valorizadas do mercado, mas especialistas precisam estar atentos à evolução tecnológica desse segmento.

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O frequente registro de problemas na execução dos serviços especializados pode fazer com que um setor inteiro ou uma determinada tecnologia caia em descrédito junto à população.

eletromecânicas, convém explicar que a mão de obra nas instaladoras divide-se em duas categorias: área de engenharia e os trabalhadores de campo.

Uma figura da qual as empresas têm grande dependência é o profissional res-ponsável por entender o processo com-pleto e gerenciar o trabalho como um todo (normalmente um engenheiro). Com capacidade para liderar equipes, eles são o que se pode chamar de “mosca bran-ca”, por serem raros. Não há formação acadêmica que dê a ele esse conheci-

mento, que é fruto de anos de experi-ência prática.

Ainda que a empresa disponha de uma excelente equipe de campo, o resul-tado final pode acabar comprometido, se não contar com esse ‘cabeça’ para gerenciar o serviço. “Quem determina a qualidade do trabalho é o engenhei-ro gestor e seus supervisores. Eles é que dão a cara da empresa para a obra”, co-menta Antonio Celso Padovani, respon-sável pelo departamento de Engenharia da GTEL (Grupo Técnico de Eletromecâ-

nica S.A.), empresa de São Paulo que há mais de 40 anos presta os serviços de montagem, instalação e manutenção.

A área de soldagem é um dos seg-mentos onde a mão de obra especiali-zada é mais escassa e valorizada. Essa é uma profissão que requer grande habilidade manual, precisão, prática e até conhecimento de materiais como o metal. Em determinados tipos de insta-lações, como indústrias alimentícias e de medicamentos, por exemplo, não se admite que haja rugosidades nas soldas das tubulações, portanto, o trabalho tem que ser perfeito.

Outro profissional estratégico para as instaladoras, e difícil de se encontrar, ou mesmo de formar internamente, é o orçamentista especializado na área. Vale lembrar que um orçamento errado pode gerar grandes prejuízos para uma empresa, pois os projetos nessa área normalmente envolvem valores altos.

A elaboração de um orçamento é um trabalho bastante meticuloso e que precisa considerar variáveis como o

atuaLIzaçãOavanços tecnológicos da área de refrigeração e aquecimento exigem que as empresas instaladoras mantenham equipes com maior conhecimento.

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na maioria das vezes, as empresas de instalações eletromecânicas

dependem única e exclusivamente de mão de obra formada

internamente.MÁrio Mendes JÚnior

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custo dos materiais e também da mão de obra (homem-hora). O cálculo do custo do homem-hora, por sua vez, é um pouco mais complicado, pois con-sidera elementos como salários e en-cargos dos funcionários, gastos com estadia, transporte e alimentação das equipes, etc.

O orçamentista de instalação preci-sa também dominar determinados co-nhecimentos técnicos usuais da área, ainda que básicos. É preciso cuidado, por exemplo, para não fazer confusão com as grandezas e escalas usadas para quantificar determinados materiais em um projeto. “Em um projeto são utiliza-das diversas unidades para quantificar um mesmo tipo de material, tais como metro, barra ou quilograma, usadas para

Quando não há tempo hábil para moldar o trabalhador conforme o padrão da empresa, pode-se tentar ‘recrutar’ um funcionário já ‘pronto’ que esteja atuan-do no mercado. Entretanto, até para isso existem regras. “Tem cliente que especifi-ca em contrato que não se pode contra-tar funcionário de outra companhia que esteja atuando no mesmo site durante certo período, para evitar que haja dispu-tas por funcionários entre as empresas”, conta Padovani.

Além do treinamento promovido pelas próprias empresas, seria inte-ressante para o País a criação de mais programas de capacitação profissio-nal, de forma a atender à demanda

do mercado. Essa, aliás, tem sido uma das preocupações do Sindinstalação, que vem se empenhando no comba-te à falta de capacitação profissional. “Estamos atuando contra esse pro-

Diante da carência de mão de obra especializada e qualificada no Brasil, é grande o número de empresas que se veem obrigadas a investir na qualifica-ção de seus funcionários, preparando-os não só no aspecto técnico, mas também para atendimento às legislações de se-gurança e meio ambiente. “Na maioria das vezes, as empresas de instalações eletromecânicas dependem única e ex-clusivamente de mão de obra formada internamente”, confirma Mário Mendes, presidente do GSEL.

A GTEL, por exemplo, procura apro-veitar o vasto conhecimento adquirido ao longo de sua atuação no mercado para transmitir a filosofia da compa-nhia aos novos contratados. “Dispomos de pessoal antigo na empresa, que já conhece nossa maneira de trabalhar. Quando ganhamos uma obra, procura-mos inserir as novas pessoas junto aos mais experientes para que elas captem isso e adquiram nossa cultura”, conta Antonio Padovani.

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dimensionar uma tubulação. O orçamen-tista tem que ser cuidadoso ao fazer o levantamento para não trocar as unida-des e causar eventuais prejuízos”, expli-

ca Mário Mendes, que, além de presidir o Grupo Setorial de Instalações Eletro-mecânicas do Sindinstalação, atua como responsável comercial da empresa GTEL.

Investir no treinamento de pessoas vira rotina para muitas empresas

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procuramos inserir os novos contratados da empresa junto aos mais experientes para que eles captem nossa maneira de trabalhar.antonio Celso padoVani gteL

blema promovendo cursos em diver-sas áreas, por meio do GSEL”, informa Mário Mendes.

O Grupo Setorial de Instalações Eletromecânicas tem procurado orga-nizar cursos para formar justamente os profissionais considerados estratégicos para o segmento, como orçamentista de instalações e especialista administrati-vo de obras. Para o mês de julho, por exemplo, está marcado um workshop no Sindinstalação sobre sistemas de proteção contra incêndio - mais especi-ficamente sobre sprinklers -, promovido em parceria com a Associação Brasileira de Sprinklers.

Um detalhe curioso comprova a difi-culdade de se encontrar especialistas em determinados setores: nos cursos para preparação de orçamentista e adminis-trativo de obras, não havia professores no mercado para aplicar os programas. Desta forma, as próprias companhias do setor tiveram que ceder seus especialis-tas para administração das aulas, cuja

grade curricular também foi desenvolvi-da por essas empresas.

Para o presidente do Sindratar-SP, Carlos Eduardo M. Trombini, a solução para as empresas de instalação me-lhorarem a qualidade da mão de obra é investir no treinamento de seus pro-fissionais. “Os avanços tecnológicos têm demandado que os instaladores tenham equipes com maior conheci-mento”, justifica.

O executivo diz que ainda é habi-tual que os profissionais que atuam no segmento aprendam na prática, em vez de passarem por qualificação formal, mas observa que essa situação vem mudando rapidamente. “A era digital está se encarregando desta mudan-ça. O acesso à internet tem proporcio-nado transferência de conhecimento imediato através de cursos à distância e acesso a muitas informações dispo-níveis em sites, vídeos, blogs e páginas web de fabricantes e entidades de en-sino”, aponta. 

O dirigente destaca ainda que enti-dades como o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) disponibi-lizam bons cursos voltados para a área, que conta ainda com os programas de

graduação e pós-graduação oferecidos pelas faculdades de engenharia. “Além disso, as empresas fabricantes de equi-pamentos, ferramentas e periféricos transferem muita informação sobre como aplicar, instalar e operar suas so-luções. Elas oferecem muito da experi-ência que acontece com seus produtos em campo. O número de publicações especializadas também é grande para atender ao público. Eventos presenciais têm ocorrido com muito mais frequên-cia, o que permite ao profissional estar em contato direto com outros especia-listas, pesquisadores e divulgadores de novas tecnologias”, complementa.

De acordo com Trombini, a área de refrigeração, aquecimento e tratamen-to de ar necessita de profissionais com formação técnica e universitária. As principais habilidades requeridas são: conhecimento das leis da física volta-das para a termodinâmica; mecânica dos fluidos; eletrotécnica, eletrônica e resistência dos materiais. “Somam-se a estes conhecimentos o acompanha-mento de temas da modernidade, como sustentabilidade e meio ambiente, seus efeitos e consequências”, revela o pre-sidente do Sindratar-SP.

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Em franco crescimento, e com boas perspectivas para o futuro, o setor de energia solar fotovoltaica consti-tui hoje um enorme campo de tra-balho. Mas não basta ter vontade, é necessário apresentar determinados conhecimentos para conquistar uma vaga na área.

De acordo com Carlos Evangelista, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída, é recomendável que um instalador fotovoltaico tenha, no mínimo, cursos de NR10 (Seguran-ça em Instalações e Serviços em Ele-tricidade) e NR35 (Trabalho em Altu-ra), além de formação na área elétrica (engenharia, técnico eletricista, etc).

Além disso, também são bem-vin-dos conhecimentos de eletrônica de potência e de instalações de baixa e média tensão e/ou curso específico do setor fotovoltaico com uma carga ho-rária de pelo menos 40 horas.

“Claro que isso é uma definição genérica e aberta, pois há inúmeras competências que permitem ao pro-fissional atuar nesse setor. No entan-to, é fundamental a experiência teó-rica e prática com sistemas solares fotovoltaicos devido às suas particu-laridades e especificidades”, finaliza o dirigente.

Na opinião do gerente de Trei-namento da Neosolar, Paulo Fru-gis, com a demanda cada vez maior por qualificação na área fotovoltaica, as próprias insti-tuições de ensino brasileiras tendem a criar cursos mais segmentados para aten-der os interessados em ingressar no setor. “Atu-almente existem alguns cursos de formação em engenharia de

energia e outros mais específicos de renováveis, onde a área fotovoltaica já faz parte da grade curricular. Exis-tem também MBAs em energias reno-váveis e programas de mestrado volta-dos para o segmento solar”, enumera.

A Neosolar oferece cursos na área desde 2012, período no qual formou cerca de 700 alunos. No início deste ano inaugurou seu Centro de Treina-mento próprio e atualmente oferece quatro cursos diferentes. De acordo com Paulo Frugis, o conteúdo dos cursos é definido com base em vários parâmetros, como a experiência e vi-vência de mercado da empresa; suges-tões citadas pelos alunos e tendências e necessidades do mercado. “Os cur-sos teóricos dão uma noção geral do segmento e capacitam o aluno a atuar

na área como indicador de negócios, prospectar mercado em sua região e dimensionar sistemas de microgera-ção distribuída ou isolados. Os cursos de instalação capacitam o aluno com relação à instalação dos equipamen-tos e estruturas dos sistemas fotovol-taicos, porém, ele precisa ter capaci-tação em eletricidade, NR10 e NR35, que deve ser adquirida em instituições de ensino técnico”, explica o porta-voz da Neosolar.

Uma notícia excelente para esse mercado é que a Associação Brasileira de Geração Distribuída criou a certifi-cação do instalador de sistemas foto-voltaicos. De acordo com Carlos Evan-gelista, o profissional que se inscrever passará por uma entrevista, precisará comprovar que possui cursos de NR10 e NR35 e treinamento e/ou experiência no setor fotovoltaico e fará uma prova (prática e teórica) aplicada por institui-ção reconhecida do mercado. No caso de São Paulo, esse trabalho caberá ao IEE (Instituto de Energia e Ambiente) da USP (Universidade de São Paulo). “Se o profissional tirar nota igual ou acima de sete nessa prova, receberá a Certificação do Instalador Fotovoltai-

co”, garante. Ainda segundo Evangelista,

em uma segunda fase, já em estudo, e com o apoio da TÜV

Rheinland (organismo de certifi-cação), a associação promoverá a certificação das instalações. Fu-turamente será criada a certifica-ção de empresas. “Também há estudos para certificar profis-sionais que atuam com siste-mas de Geração Distribuída envolvendo outras fontes

de energia, como biomas-sa e biogás”, adianta.

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Segmento de energia fotovoltaica mira certificação de profissionais

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Destaque| Instalações Hidráulicas

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RepoRtagem: maRcos oRsolon

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Instalações hidráulicas devem ser bem-feitas

para evitar dor de cabeça

Users and installers often underestimate the building plumbing systems and do not take the proper care in order to make them efficient and safe. This lack of attention results, in a few months, in many problems that can be serious, such as leakages and breakages of pipes.

Equivocadamente, los usuarios e instaladores a menudo subestiman los sistemas hidráulicos de las edificaciones y no adoptan el cuidado apropiado de manera que sean eficientes y seguros. El resultado de la falta de atención es la aparición, en unos pocos meses, de problemas que pueden ser graves, tales como fugas y rotura de la tubería.

De forma equivocada, usuários e

instaladores muitas vezes subestimam

os sistemas hidráulicos prediais e

não adotam os devidos cuidados para

que eles sejam eficientes e seguros.

Resultado: em poucos meses os

problemas começam a aparecer.

Imagine a situação: depois de economizar durante anos, a família finalmente realiza o sonho de comprar seu imóvel. Ao pegar as chaves, renova a pintura, ins-tala os equipamentos de iluminação, aplica um lindo

piso de madeira na sala e nos quartos e compra móveis novos. Muda e, depois de um mês, surge um inesperado

vazamento de água na parede entre o banheiro e a sala. Lá se foram a nova pintura e parte do piso de madeira.

Essa cena, fictícia, tem muito de verdade. E, com algumas variações, é mais comum do que se imagina. E revela como é importante prestar atenção nas instalações hidráulicas, que po-dem gerar estragos consideráveis em um imóvel.

Mas como se encontram, hoje, as instalações hidráulicas prediais no Brasil?

A resposta a essa pergunta pode ser dividida em duas par-tes. A primeira envolve as empresas instaladoras que, em linhas gerais, têm melhorado o nível dos serviços prestados nos últi-mos anos. Esse pessoal ainda apresenta alguns problemas, mas boa parte das empresas estão mais preocupadas com a quali-dade das obras do que no passado. O problema maior envolve

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Destaque| Instalações Hidráulicas

as instalações executadas por profissio-nais autônomos, que, infelizmente, nem sempre têm a devida qualificação para o trabalho. Isso quando não ocorre do próprio pedreiro ‘faz tudo’ botar a mão na massa, fato comum em construções residenciais autogeridas.

“Nas instalações prediais residen-ciais, erroneamente, as instalações hi-dráulicas são vistas como instalações simples, e na grande maioria não se re-alizam nem os projetos hidráulicos. Fato este que ocasiona, como consequência, várias patologias nas instalações”, ob-serva Toshio Kiwara, coordenador de Engenharia de Aplicação da Tubos Ti-gre, que completa: “Cerca de 80% dos problemas em uma obra predial são decorrentes de problemas na instala-ção hidráulica”.

Entre os erros mais comuns durante a instalação, Kiwara cita as montagens

de tubulações tensionadas por desali-nhamento; excesso de aperto em ros-cas em tubos e conexões de PVC; juntas soldáveis malfeitas que não apresentam estanqueidade; execução de caixas de esgoto sem vedação hermética; execu-ção de juntas e desvios em tubulações de PVC com o uso do fogo; apoio e an-coragem deficientes que causam a vi-bração e deformação das tubulações; e instalações sem projeto hidráulico e sem acompanhamento de um engenheiro.

O problema é que esses equívocos na instalação podem gerar transtornos grandes, tanto para os imóveis, quanto para os próprios usuários. Como expli-ca Fabiana Castro, gerente de Produto e Inovação da Mexichem Brasil, geralmen-te o principal impacto é financeiro, com

a perda de tempo e de bens do usuário – sem contar o investimento necessário para reparar a parte hidráulica. Mas há riscos também para as pessoas.

“O ideal é que não haja problemas deste tipo em nenhuma obra, já que eles

cerca de 80% dos problemas em uma obra predial são decorrentes de

patologias na instalação hidráulica.toshio KiwaRa

Tubos TIgRe

equívocoum erro comum no mercado é ver a instalação hidráulica como algo simples, que qualquer um faz.

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Destaque| Instalações Hidráulicas

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colocam vidas em risco (tanto dos pro-fissionais, quanto das pessoas que irão usar a estrutura depois de pronta). As falhas geram vazamentos, infiltrações e, em uma situação mais grave, até mesmo o desabamento da estrutura, além das perdas financeiras. Em algumas situa-ções, a residência fica meses sem per-ceber um vazamento, o que só agrava o cenário”, alerta a especialista.

Toshio Kiwara, da Tigre, cita ainda que a instalação hidráulica malfeita pode comprometer o pleno desempenho da edificação. Além disso, “os vazamen-tos causam danos no ambiente e podem até comprometer a estabilidade da cons-trução; obstrução parcial de tubulações por resíduos deixados durante a instala-ção; ruptura iminente de conexões com alagações de alto grau nos ambientes; alto grau de ruídos nos ambientes adja-centes às tubulações e o não funciona-mento adequado do sistema”.

processos necessários”, comenta Fabia-na Castro, da Mexichem.

Obviamente, não basta ter em mãos um bom projeto. É preciso executá-lo corretamente. Nesse sentido, Toshio Kiwara afirma que é preciso ter obedi-ência ao traçado do projeto, preservando as condições de nível e prumo das tu-bulações, execução de juntas roscáveis, mecânicas e soldáveis de acordo com as recomendações dos fabricantes para a garantia da estanqueidade. “E também observar as condições de ancoragem e apoio recomendadas em norma ou em catálogo técnico do fabricante”.

Para auxiliar nesse trabalho, a NBR 5626 - Instalação predial de água fria é a

norma que estabelece os critérios e con-dições para projeto, execução e manu-tenção das instalações hidráulicas. Mas nem todos seguem suas especificações. “As empresas instaladoras buscam o seu cumprimento, porém, em termos de pro-fissionais avulsos, não há conhecimento suficiente sobre a norma para pô-la em prática”, adverte Kiwara.

Uma recomendação importante para assegurar que a instalação foi bem-feita e está funcionando adequadamente é a rea-lização do teste de estanqueidade, que ga-rantirá se a instalação está apta a ser apro-vada ou se há anomalias que necessitem de ações corretivas para que a instalação esteja em condições de desempenho pleno.

ATençãouma instalação hidráulica malfeita

pode comprometer o pleno desempenho da edificação.

Aspectos a serem considerados na execução de uma instalação hidráulica

Para evitar problemas com a insta-lação hidráulica, alguns passos devem ser dados, a começar pela elaboração de um bom projeto. “Esse é um bom começo. Além disso, a obra, desde seu planejamento, deve ser feita por profis-sionais. Depois, a escolha do material deve levar em conta não apenas o cum-primento do que foi definido durante a concepção do projeto, mas o tempo de vida útil dos materiais necessários, já que transportarão grandes volumes de água e de forma constante. Por fim, outro aspecto essencial é o respeito às orientações de segurança no trabalho e ao tempo de execução da obra em si, sem pular etapas ou deixar incompletos

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Um dos fatores que explica os erros cometidos nas instalações hidráulicas diz respeito às deficiências na formação de mão de obra. Isso quando o dito pro-fissional tem algum tipo de formação, já que muitos ‘aprendem’ o trabalho na própria obra, geralmente com uma pessoa que também não tem o devido conhecimento técnico e normativo.

“A mão de obra normalmente está aquém do desejável, com pouca qualifica-ção e poucos investimentos em capacita-ção, em especial dos instaladores hidráu-licos”, comenta Toshio Kiwara, da Tigre.

Diante desse quadro, as próprias empresas têm investido, já há algum tempo, em ações de treinamento e cons-cientização dos profissionais e clientes que necessitam de seus serviços. “É mui-to importante a conscientização não só dos profissionais, mas também do con-tratante em exigir materiais de qualida-de e não permitir adaptações em sua obra”, afirma Fabiana Castro, citando o SENAI como boa opção para os profis-sionais buscarem qualificação: “Os pro-fissionais que atuam com instalações na construção civil têm a oportunidade de

capacitação por intermédio de centros especializados, como o SENAI, onde so-mos parceiros há anos. Os módulos dos cursos trazem, em aulas práticas e teó-ricas, todas as etapas de planejamento e instalação desses sistemas”.

Fabiana destaca ainda que a Aman-co, uma das marcas da Mexichem, pos-sui profissionais qualificados para trei-nar e orientar seus clientes, além da par-ceria com o SENAI voltada à capacitação profissional de instaladores hidráulicos e elétricos. “O resultado dessas ações é a melhor qualidade do serviço execu-tado nas obras. Além dos profissionais formados, a Amanco assegura ao merca-do seu compromisso com a qualidade e o fomento à formação de mão de obra, um dos principais gargalos operacionais do País. Desde 2006, quando começou a parceria com o SENAI, 70 mil profissio-nais foram formados”, ressalta.

A Tigre também mantém uma atuação forte em torno de treinamentos e capacita-ção profissional na área hidráulica. A em-presa disponibiliza em todos os estados do Brasil cursos e palestras para profissionais instaladores autônomos e de empresas instaladoras, que capacitam os referidos profissionais para que executem instala-ções de qualidade superior, aplicando so-luções técnicas inovadoras que resolvem problemas diversos, típicos de instalações executadas com qualidade inferior.

“Os resultados obtidos através des-sas ações incluem a execução de insta-lações com melhor qualidade, com a aplicação de soluções técnicas que pos-sibilitam que a edificação tenha o seu uso com desempenho pleno, como reco-menda a NBR 15575, conhecida como Norma de Desempenho”, afirma Toshio.

O especialista também observa que a Tigre possui um programa de relacio-namento chamado Mundo Tigre, que

a busca por instalações que ajudem a reduzir o consumo de água é uma tendência crescente no mercado brasileiro.Fabiana castRo MexIcheM bRAsIl

cApAcITAçãoum dos fatores que explica os erros

cometidos nas instalações diz respeito às deficiências na formação

da mão de obra.

A importância da capacitação profissional

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Destaque| Instalações Hidráulicas

promove diversas ações com o objetivo de ajudar no desenvolvimento de pro-fissionais e estudantes na área da cons-trução civil e vendas. “Os cursos são gratuitos e direcionados com o perfil e a

A Tigre oferece também uma série de cursos presenciais por todo o País. Nes-sa programação destacamos os cursos para mulheres, síndicos e o curso de 100 horas”.

necessidade dos participantes. Abordam temas como: Água Fria, Água Quente, Esgoto e Drenagem Pluvial, sendo que cada um tem módulos de ensino es-pecíficos, conforme sua complexidade.

É preciso manter as instalações em ordemPara quem pensa que a instalação

bem-feita seja suficiente, vale lembrar que ela também precisa ser utilizada adequadamente e, principalmente, bem conservada. E aí entra o trabalho de manutenção, que, via de regra, ocorre apenas quando a instalação apresenta algum tipo de problema.

“Como as instalações normalmente estão embutidas e não são visualizadas, não é hábito a manutenção preventiva, embora haja casos pontuais em que ela seja praticada. No entanto, percebe-se que a grande maioria só toma ações de manutenção quando já ocorreu alguma patologia que compromete o funciona-mento dos dispositivos hidráulicos ou

causam danos aos ambientes”, afirma Toshio, que cita que as instalações de-vem ser vistoriadas com inspeção visual das tubulações quanto à integridade das paredes, juntas e deformações (caso de tubulações expostas).

Fabiana Castro também lamenta a ocorrência rara de manutenções pre-ventivas. “Infelizmente, manutenções preventivas ainda são pouco realizadas e os usuários costumam fazer manuten-ções corretivas apenas quando necessá-rio”. E completa: “Defendemos que, por mais simples que pareça um problema, o ideal é ter sempre um profissional para executar qualquer intervenção na obra e realizá-la o mais rápido possível, pois

a área de reparo pode aumentar com o tempo, danificando outras partes da instalação”.

Ela observa ainda que em imóveis mais complexos é necessário definir um padrão de manutenção preventiva para evitar prejuízos, já que a manutenção corretiva sempre é mais cara do que a preventiva. Em imóveis menores tam-bém é possível realizar algumas ações, como a limpeza dos reservatórios, eli-minação de possíveis golpes na rede, etc. “E sempre fique atento ao funcio-namento dos equipamentos. Vazamen-tos, barulhos e movimentação das ins-talações são sinais de que há algo mais sério acontecendo”, alerta.

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Erros comuns nas instalações

hidráulicas➧ Montagens de tubulações

tensionadas por desalinhamento

➧ Excesso de aperto em roscas em tubos e conexões de PVC

➧ Juntas soldáveis malfeitas que não apresentam estanqueidade

➧ Execução de caixas de esgoto sem vedação hermética

➧ Execução de juntas e desvios em tubulações de PVC com o uso do fogo

➧ Apoio e ancoragem deficientes que causam a vibração e deformação das tubulações

➧ Instalações sem projeto hidráulico e sem acompanhamento de um Engenheiro

Page 35: Edição 03 da Revista da Instalação - junho de 2016

Uma tendência clara nesse seg-mento é a aplicação, cada vez maior, de instalações hidráulicas que favorecem a redução do consumo de água. Com a recente crise hídrica que atingiu vários estados brasileiros, esse movimento ganhou força, com nítido aumento no consumo de produtos economizado-res, como torneiras e vasos sanitários.

“A busca por instalações que aju-dem a reduzir o consumo de água é uma tendência crescente no mercado. O Brasil tem evoluído nesse caminho consideravelmente. A Mexichem Brasil, por exemplo, apoia o projeto Hydros, uma iniciativa global que visa a cons-cientização sobre o uso racional da água. Como parte das ações, a Amanco, uma das marcas co-merciais do Grupo, apoiou, nos últimos três anos, o piloto de paramotor Lu Marini, que so-brevoa os principais rios bra-sileiros para avaliar a situação dos recursos hídricos e educar a população local sobre a im-portância da preservação do meio ambiente. Sua mais recente aven-tura, realizada neste ano, abrangeu o Rio Paranapanema, em São Paulo”, comenta Fabiana.

Toshio Kiwara observa, no entan-to, que ainda há bastante espaço para evoluir nesse campo da eficiência. Em sua opinião, os avanços ainda ocorrem em ritmo relativamente lento no País, embora reconheça que a preocupação com o consumo de água tem, de fato, aumentado. “Isso está mais concentra-do em projetos de grandes edificações de uso comercial e institucional, não sendo ainda observado esse objetivo em obras de menor porte e moradias

em geral. No entanto, há uma varieda-de de produtos disponíveis no mercado brasileiro que possibilitam reduzir for-temente o consumo de água”, afirma.

Quanto aos custos de uma instala-ção hidráulica mais eficiente, se pensar-mos apenas no curto prazo eles real-mente são mais altos, por envolverem itens mais sofisticados e que requerem cuidado com mais detalhes que uma instalação comum. Porém, em médio e longo prazos torna-se um investimento mais compensador, já que proporciona a economia de água e consequentes custos menores ao usuário.

“Além disso, a tecnologia produtiva avançou significativamente nos últi-

mos anos e prolongou a vida útil dos produtos, fazendo com que sejam necessárias menos ma-nutenções nas obras ou troca de materiais. É difícil falar em quanto tempo uma instalação mais eficiente se paga, pois as instalações podem conceber

diferentes projetos que levam a um maior ou menor investimento.

Em geral, os maiores investimentos trazem maiores economias e é preciso balancear esta conta e ajustá-la a cada necessidade”, explica Fabiana.

Busca por eficiência avança nesse mercado

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EspEcial| Certificação de eletricistas

CompetênCia

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The Personnel Certification system has been evolving gradually in Brazil. In the Construction sector, electricians can finally apply for such recognition. The demand is still small. In the State of São Paulo, the largest of the country, only nine professionals have been certified by Senai (National Service of Industrial Learning) so far. Certification for this occupation is voluntary.

El sistema de certificación de competencias laborales ha desarrollado gradualmente en Brasil. En el área de Construcción, finalmente los electricistas pueden ahora solicitar el dicho reconocimiento. La demanda es aún pequeña. En el Estado de São Paulo, el más grande del país, sólo nueve profesionales han sido certificados por el Senai (Servicio Nacional de Aprendizaje Industrial) hasta ahora. Certificación para esta ocupación es voluntaria.

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Processo de certificação

de eletricistas tem

início no Brasil, mas

procura por parte dos

profissionais ainda é

pequena.

REpoRtagEm: paulo maRtins

profissionalC

ertificação é um mecanismo adotado pelos mais diversos setores da economia para atestar, com base em normas técnicas, a qualidade de pro-dutos, serviços, processos e sistemas de gestão.

Nos últimos anos, tem crescido o debate sobre a impor-tância da certificação também de pessoal, a fim de avaliar as habilidades e os conhecimentos dos profissionais que atuam no mercado. Na área da Construção Civil, esse re-conhecimento já pode ser buscado pelos eletricistas, mas a procura ainda é pequena.

A certificação nada mais é do que um processo de avaliação destinado a fazer o reconhecimento formal das competências que uma pessoa possui, independentemen-te da forma como essa bagagem foi adquirida. Trata-se de uma declaração - dada por uma entidade reconhecida - de que uma pessoa possui a qualificação necessária para exercer uma profissão em um ramo de atividade.

Tradicional formador de mão de obra espe-cializada para a indústria, o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial)

reconhecida

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EspEcial| Certificação de eletricistas

está habilitado a promover também a certificação do chamado eletricista ins-talador predial de baixa tensão. O reco-nhecimento é feito por meio do Sistema Senai de Certificação de Pessoas (SSCP), que atua como um Organismo de Certi-ficação de Pessoas (OPC 0011), em con-formidade com a norma ABNT NBR ISO/IEC 17024:2013.

O processo de certificação está aber-to a qualquer profissional da área que queira atestar suas competências pro-fissionais, independentemente de já ter feito ou não curso na área. Para buscar o reconhecimento o candidato precisa se inscrever, entregar todos os documen-tos exigidos e pagar a taxa da prova. No momento, este valor é de R$ 300,00. Na sequência será feito o agendamento da prova para avaliação do candidato.

A avaliação consiste em um exame prático que verifica o desempenho pro-fissional do candidato em situação de trabalho. Quando o candidato realiza a prova, que dura 8 horas, é medido cri-teriosamente tanto o seu desempenho técnico quanto de organização, plane-jamento e segurança no trabalho. As-sim é possível saber se ele tem as com-petências de um eletricista de acordo com o Perfil Profissional Nacional. “A

única impossibilidade que temos de medir é o seu caráter. Ele prova que sabe fazer, mas vai depender de que-rer fazer bem-feito, como nos mostrou que sabe”, observa Vania Aparecida Caneschi, coordenadora de Atividades Técnicas da Escola Senai ‘Orlando La-viero Ferraiuolo’. A unidade, que fica no bairro do Tatuapé, em São Paulo (SP), é um dos Centros de Exames para Certi-ficação (CEC) de eletricistas mantidos pelo Senai.

Sendo aprovado no exame, o can-didato receberá um certificado e cartei-rinha. O reconhecimento é válido por

cinco anos, desde que trinta meses após receber o certificado, o candidato apre-sente comprovante de atuação na área. “Após os cinco anos, o profissional deve fazer novamente a prova, como garan-tia de que continua sabendo realizar o processo e que está acompanhando a evolução da profissão”, informa Vania. Será possível comprovar se a carteirinha do profissional é válida ou não através de consulta ao site do Sistema Senai de Certificação de Pessoas.

Além de constituir uma vantagem competitiva importante para o próprio eletricista, a certificação de pessoas pro-porciona uma série de benefícios tam-bém aos demais atores da sociedade, incluindo as empresas contratantes e os usuários finais das instalações elétricas. Para começar, a certificação atesta que o trabalhador teve interesse de se manter atualizado com relação às técnicas de trabalho e ao uso de materiais, máqui-nas, equipamentos, instrumentos e fer-ramentas. “O sistema agrega um dife-rencial para o profissional no mercado de trabalho, auxiliando na manutenção da sua empregabilidade”, comenta a porta-voz do Senai.

Para as empresas e prestadoras de serviços, o trabalho de um eletricista cer-tificado pode ajudar a reduzir os custos operacionais de tempo de atendimento aos clientes internos e externos e raciona-lizar o trabalho, diminuindo assim o des-perdício de materiais e a geração de re-síduos. Outros benefícios possíveis são a

Vantagensa certificação de eletricistas beneficia a sociedade como

um todo, incluindo as empresas contratantes e os usuários finais

das instalações elétricas.

Perfil Profissional Nacional do Eletricista instalador predial de baixa tensão

Competência geral: executar, manter e reparar instalações elétricas pre-diais de baixa tensão, de acordo com projetos e em conformidade com normas técnicas, regulamentadoras, ambientais e de segurança vigentes, selecionan-do, manuseando, instalando e operando equipamentos, componentes e ins-trumentos, com uso de ferramentas apropriadas à execução das atividades.

Fonte: Guia do Candidato da Construção Civil - Senai

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EspEcial| Certificação de eletricistas

redução de retrabalho - que muitas vezes decorre de imperícia técnica - e diminui-ção dos riscos de acidentes do trabalho.

As próprias indústrias também ten-dem a ser beneficiadas com a medida. Afinal, não são poucos os casos em que os materiais elétricos são utilizados in-

corretamente, gerando repercussão ne-gativa que acaba se voltando contra a marca. “A certificação do eletricista favorece que os produtos sejam utili-zados de acordo com o estabelecido pelos fabricantes e pelas normas técni-cas”, diz Vania.

que toda instalação, manutenção e re-paração de instalações elétricas sejam feitas apenas por instaladores por ela autorizados.

De acordo com o tipo de licença que é solicitada ao referido órgão fe-deral, é exigida do profissional a forma-ção de engenheiro ou técnico ou que se tenha algum título na especialida-de de eletricidade. Mesmo quem não teve acesso aos estudos acadêmicos ainda pode requisitar sua licença, se comprovar que tem grande experiên-cia nessa atividade.

Se o instalador não desempenhar corretamente sua função, a única forma do usuário ou da própria SEC fiscalizar o trabalho depende de que ele esteja re-gistrado e autorizado; do contrário, não se pode fazer valer nenhuma garantia legal e, dificilmente, civil ou penal, em caso de acidente. Como resultado do sistema implantado, o Chile conta com milhares de instaladores elétricos devi-damente autorizados.

a certificação do eletricista favorece que os produtos sejam

utilizados de acordo com o estabelecido pelos fabricantes e

pelas normas técnicas.Vania apaREcida canEschi

senai

Patamares distintosAté por ser um processo relativa-

mente novo, a certificação de eletri-cistas ainda tem sido pouco procurada no Brasil. Curiosamente, esse cenário contrasta com o grande interesse das pessoas que querem se qualificar para atuar na área.

Somente no Senai do Tatuapé, na ca-pital paulista, são qualificados em torno de 800 eletricistas todo ano. Conforme conta Vania, a procura por esse tipo de formação segue em níveis elevados: “Na nossa unidade, os cursos de eletricista têm suas vagas preenchidas no mesmo dia em que abrimos as inscrições, e sem-pre resta uma lista de interessados com cerca de 60 pessoas”.

Já o interesse dos eletricistas em buscar a certificação tem sido muito

pequeno. Até o momento, em todo o Estado de São Paulo existem apenas nove profissionais certificados pelo Se-nai. Pelo que se sabe, nenhum segmen-to do mercado estaria estabelecendo a certificação como condição para a con-tratação de eletricistas - até porque ela é voluntária. Mas Vania não descarta que isso venha a acontecer no futuro. “É possível, sim, desde que se come-ce um trabalho de ‘formiguinha’ ou de uma política que queira elevar o nível do setor”, opina.

Enquanto isso, no Chile, já há al-gum tempo existem mecanismos para controlar a qualidade do trabalho dos eletricistas. Naquele país, existe uma recomendação da Superintendência de Electricidad y Combustibles (SEC) para

Centros de Exames para Certificação (CEC) de eletricistas › CEC SENAI Pernambuco Recife (PE)

› Centro de Educação e Tecnologia Alexandre Figueira RodriguesMaracanaú (CE)

› Centro de Educação Profissional e Tecnológica - CEPTSão Luis (MA)

› Centro de Tecnologia da Madeira e do MobiliárioRio Branco (AC)

› Escola SENAI Orlando Laviero FerraiuoloSão Paulo (SP)

› SENAI/Núcleo de Exames para CertificaçãoBelo Horizonte (MG)

› SENAI TaguatingaTaguatinga (DF)

Fonte: Senai

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Revista da instalaçÃO42

Nossa representação está formatada.

Empresas instaladoras, queremos sua

contínua participação na entidade!

Eleições em 12 de julho no Sindinstalação

Notícias e informações sobre o mercado de instalações e as ações do Sindinstalação e seus parceiros.

Espaço sindinstalação

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ção

Por força de nossos Estatutos, a cada três anos acontece uma nova eleição no Sindinstalação, quando são eleitos o Presiden-

te da entidade, os Diretores Vice-Pre-sidentes, Membros do Conselho Fiscal Efetivos e Suplentes e também são em-possados os Delegados Representantes junto à FIESP.

Para fazer parte e mesmo candida-tar-se à Chapa, os concorrentes deverão ser proprietários de empresas instala-doras que participem como associadas da entidade há pelo menos dois anos consecutivos. Todos cargos eletivos são de engajamento voluntário e não per-cebem qualquer remuneração por seus trabalhos em favor do Sindinstalação e de toda a cadeia de empresas instala-doras durante todo o período eletivo.

Todo um operacional legal é execu-tado, desde a publicação em jornal de grande circulação para elaboração de chapas candidatas, sua efetiva candida-tura (chapa na íntegra ao lado), assim como a convocação de representantes das empresas associadas ao Sindicato para proferirem seu voto, confirmando o apoio aos membros eleitos.

JoSé ANtoNio BiSSEStoDiretor-Executivo

Neste ano, a eleição se dará na sede do Sindinstalação em 12 de julho, das 9:30 às 17:30h, lembrando que somente representantes de empresas instalado-ras associadas à Entidade têm direito a voto, onde os diretores eleitos contri-buirão para a Entidade por três anos, de 31/08/2016 a 30/08/2019.

O trabalho voluntariado dos direto-res eleitos se traduzem em participação ativa da Entidade, ou seja, em benefí-cio de todo um segmento de empresas, estes diretores estarão sempre presen-tes nas reuniões de pautas de ações e

projetos do Sindinstalação, nos eventos realizados pela Entidade e os externos (comuns à atividade de instalação), e participando de toda uma representa-tividade que não só foca atingir os in-teresses econômicos e de negócios das instaladoras, mas visam também contri-buir e colaborar com os meios políticos e órgãos competentes destinados a suprir as necessidades do dia a dia do setor de instalações deste Estado e País.

Notadamente, via Eleição da Enti-dade, quero destacar a importância dos Membros Eleitos para a representação

ELEIÇÕES SINDINSTALAÇÃO 2016/2019 FORMULÁRIO DE REGISTRO DE CHAPA

DiREtoR PRESiDENtE

José Silvio ValdisseraHidrelplan Engenharia e Comércio Ltda.

DiREtoR ViCE-PRESiDENtE DE

RELAÇÕES iNStitUCioNAiS

Carlos Frederico HackerottVitalux Eficiência Energética Ltda.

DiREtoRES ViCE-PRESiDENtES

SEtoRiAiS

1°. Setor: Sistemas de Aquecimento Luiz Antonio Alvarez Sena Ecal Equipamentos e Instalações Ltda.

2°. Setor: Instalações Prediais Elétricas Marcos Antonio Paschotto Superinstal Engenharia Ltda.

3°. Setor: Instalações Prediais Hidráulicas e Gás Luiz Carlos Veloso Sanhidrel Cimax Engenharia Ltda.

4°. Setor: Instalações Industriais Marco Alberto da Silva Engemon Comércio e Serviços Técnicos

5°. Setor: Instalações Prediais de Sistemas Complementares Victor José Ronchetti Ronchetti Instalações Hidráulica e Elétrica Ltda.

Page 43: Edição 03 da Revista da Instalação - junho de 2016

Revista da instalaçÃO 43

Eleições em 12 de julho no Sindinstalação

News and information on the installation market and activities from Sindinstalação and partners.

Espaço sindinstalaçãoNoticias e informaciones sobre el mercado de instalaciones y las acciones de Sindinstalação y sus organizaciones asociadas.

Espaço sindinstalação

CONSELHO FISCALMEMBROS EFETIVOS

PRESiDENtE Do CoNSELho FiSCAL: NELSoN GABRiEL CAmARGoCamargo Engenharia Ltda.

iVAN mAChADo tERNiTerni Engenharia Ltda.

RAmoN NiCoLAS oLmoSFR Instalações e Construções Ltda.

SUPLENTESFERNANDo BELotto FERREiRAHersa Engenharia e Serviços Ltda.

oDiL PoRto JUNioRCitel Montagens Elétricas Ltda.

SURAhiA mARiA JACoB ChAGURiCaltherm Sistemas de Aquecimento Ltda - EPP

de toda uma atividade industrial, mas enfatizar mais uma vez que o Sindicato Patronal Sindinstalação precisa e depen-de de toda a coletividade das empresas, tanto associadas como filiadas, para le-var avante, com mais êxito e força, as ações e projetos voltados ao benefício comum das mesmas empresas.

O fruto dos investimentos transfor-mados em projetos, logicamente advin-dos das contribuições patronais finan-ceiras exercidas pelas empresas, vem diretamente beneficiar todo segmento de instalações. Acreditamos que os tra-balhos exercidos por nossa Diretoria e Gestão serão melhores agregados se contarem com a participação mais ati-va dos representantes das empresas de toda nossa base estadual.

A nossa diretoria eleita tem alguns de seus membros representando o Sin-dinstalação efetivamente no ambiente da FIESP voltados no próprio ambiente da construção civil. Dentre os Departa-mentos em destaque: o Deconcic, Con-cic, Deinfra e até na própria Diretoria Eleita da Federação. Além da Direto-ria Executiva da Entidade, participando nas Plenárias da Federação e nas diver-sas ações desta, que visam promover a indústria paulista no cenário econômi-co do País.

Desejamos uma boa leitura desta edição e firmamos que o Sindinstalação está diariamente interessado e apto a ouvir sua sugestão, basta ligar para o te-lefone (11) 3266-5600 ou enviar e-mail para [email protected].

DELEGADOS REPRESENTANTES

DO SINDICATO JUNTO À FIESP

EFETIVOS1º DELEGADo: JoSé SiLVio VALDiSSERAHidrelplan Engenharia e Comércio Ltda.

2ª DELEGADo: CARLoS FREDERiCo hACkERott

Vitalux Eficiência Energética Ltda.

SUPLENTES

1º DELEGADo: LUiz CARLoS VELoSoSanhidrel Cimax Engenharia Ltda.

2ª DELEGADo: LUiz ANtoNio ALVAREzSena Ecal Equipamentos e Instalações Ltda.

Convite aos associadosSob iniciativa do GSEL – Grupo

Setorial de Instalações Eletromecâ-nicas e da ABSpk – Associação Bra-sileira de Sprinklers, com apoio e divulgação do Sindinstalação, con-vidamos as empresas associadas a se inscreverem, gratuitamente, no workshop “Sistemas de Proteção de Incêndio por Sprinklers”.

O evento dá continuidade ao ci-clo de treinamentos em “Produtos e Tecnologias”, beneficiando dire-tamente as instaladoras, agregan-do conhecimento aos gestores das empresas, além de ampliar a visão da oportunidade de uma nova ati-vidade e negócios.

Contamos com a sua partici-pação.

Informações:Workshop “Sistemas de Proteção de Incêndio por Sprinklers”

Data: 20/07/2016

Local: Av. Paulista, 1.313 – auditó-rio 10º andar – Prédio Fiesp

Objetivo: Promover a atualização de conhecimento em sistemas de proteção por sprinklers

Público-alvo: Gestores de empre-sas instaladoras (orçamentistas, compradores, engenheiros de obras, analistas de projetos e projetistas

Inscrições: Até 15/07 através do te-lefone (11) 3266-5600 ou [email protected]

Page 44: Edição 03 da Revista da Instalação - junho de 2016

ESPAço SINDINSTALAção

Revista da instalaçÃO44

| Abrinstal

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Alberto Fossa representa o Brasil em comitê internacional

de gestão de energia

o Brasil tem agora assento em uma das organizações mais reconhecidas e respeitadas do mundo no tema normalização

e padronização, relativas às questões de gestão e economia de energia. No final de maio passado, o Conselho de Gerencia-mento Técnico (TMB - Technical Manager Board) da ISO (International Organization

for Standardization) aprovou oficialmente o nome de Alberto Fossa, diretor-executivo da Abrinstal (Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência das Instala-ções), para vice-chair do TC301.

Esse comitê técnico trata da gestão e economia de energia. Fossa irá coor-denar, junto com um representante da China, Geng Wang, os trabalhos relati-

vos ao tema gestão e economia de ener-gia. O TC301 é liderado pelo americano Roland Risser. A nomeação de Fossa é para o período de 2016 a 2019.

Em meados de junho, foi realizada em Stocolmo, na Suécia, a primeira reunião plenária da TC301 e Fossa vai nos contar um pouco sobre o encontro que reuniu especialistas no tema de todo o mundo.

›› Quais os principais trabalhos e ações previstas para o TC301?O TC301 é a junção do TC242 - que foi o comitê técnico responsável pela cria-ção da ISO 50001, que trata da gestão de energia - e do TC257, que estava de-senvolvendo normas vinculadas ao tema de economia de energia. Os temas tra-tados por esses dois comitês estavam muito próximos, por este motivo o TMB decidiu juntar os dois TCs em um único,

com o objetivo de otimizar trabalhos e focar o desenvolvimento das normas in-ternacionais.

›› Qual é a importância dessa nome-ação para o avanço do tema gestão e economia de energia no País?A posição de vice-chair nesse comitê in-ternacional garante ao País uma posição estratégica dentro do novo TC. Os dois co-ordenadores, Brasil e China, irão liderar a análise de temas e priorização do desen-volvimento das novas normas. Além disso, fazemos parte do novo grupo criado para o desenvolvimento do plano de negócios, que tem o objetivo de racionalizar as ati-vidades, em função dos recursos dispo-níveis nos diversos países, e estabelecer uma agenda consistente para as neces-sidades globais vinculadas aos temas de gestão e economia de energia.

›› Como foi a primeira reunião plená-ria do TC301, em Stocolmo?Foi formalmente criado o TC, com apro-vação unânime dos representantes dos diversos países presentes. Também foi aprovada a estrutura de trabalho, con-templando a priorização e otimização

de participação dos especialistas interna-cionais nos diversos temas de interesse a serem desenvolvidos. Foi um movimento político, para que se possa ter condições de avançar num plano de trabalho con-creto. Foram realizadas diversas reuni-ões, mas a mais importante foi a do an-tigo WG1/TC242 que tratou da revisão da ISO 50001.

›› Os trabalhos desse comitê preve-em aplicação direta no mercado, por exemplo, para a indústria? Sim. O desenvolvimento das normas des-se TC tem aplicação direta tanto para a indústria como para as demais organiza-ções interessadas em gerenciar a energia utilizada em seus processos, bem como contribuir com ações para combater os efeitos das mudanças climáticas. Uma sé-rie grande de normas têm sido sugerida, com o objetivo de iniciar uma discussão sobre a economia de energia em diversas escalas, além de uma organização, avan-çando para setores, comunidades, cida-des e países. Trata-se de uma discussão profunda sobre o futuro da sociedade e sua relação com o consumo de energia e produção de bem-estar.

Alberto Fossa (segundo da esquerda para a direita) em Stocolmo, com demais integrantes de comitês técnicos da ISo.

Page 45: Edição 03 da Revista da Instalação - junho de 2016

A QUALIFIO atua há mais de 20 anos para zelar pela

segurança dos consumidores de fios e cabos elétricos.

A moni to ra ,ident i f ica e not i f ica asautoridades competentes, ascertificadoras e os fabricantesque operam de maneirairregular (em desacordo comas exigências das normas eregulamentos pertinentes).

QUALIFIO Fios e cabos elétricos destinados à construção civildevem ser certificados compulsoriamente (obrigatório), ouseja, tem seu processo regulamentado pelo INMETRO. Osprodutos certificados devem apresentar na embalagem ediretamente no produto o símbolo de identificação doSistema Brasileiro de Certificação, que deve seracompanhado do nome ou logo do Organismo deCertificação de Produtos credenciado pelo INMETRO.

N Ã O S E A R R I S Q U E :FIOS E CABOS ELÉTRICOSSÓ COM CERTIFICAÇÃO

W W W. Q U A L I F I O . O R G . B R

CUIDADO, AS APARÊNCIASENGANAM

Page 46: Edição 03 da Revista da Instalação - junho de 2016

ESPAço SINDINSTALAção

Revista da instalaçÃO46

| Seconci

Prêmio destacará melhores práticas em SST, essencial para a produtividade da construção

Quando se fala em qualidade e produtividade na in-dústria da construção, a primeira associação que se faz é com a implementação de inovações visando a melhoria contínua dos processos construtivos e de

gestão dos canteiros de obras e das construtoras.Mas igualmente importante é cuidar preventivamente da

Saúde e Segurança do Trabalho (SST), pela simples e boa ra-zão de que não fazê-lo deixará os trabalhadores vulneráveis a doenças ocupacionais e acidentes, e a empresa suscetível ao insucesso.

Uma gestão eficaz dos procedimentos relativos à SST pelas construtoras não se limita ao cumprimento das exigências das Normas Regulamentadores do Ministério do Trabalho, por si só bastante detalhadas e que exigem profissionais bem qualifica-dos para implementá-las a contento nas empresas.

A gestão desses procedimentos precisa ir além e implemen-tar uma série de boas práticas nos canteiros de obras. Para seu sucesso, elas devem buscar permanentemente o engajamento de todos os níveis hierárquicos da empresa, desde os ajudan-tes nas obras até a alta direção.

Outra condição indispensável é que essas prá-ticas estejam sintonizadas com as necessidades do momento. Exemplos recentes são as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti e as orienta-ções sobre a utilização do celular nos canteiros.

Com o objetivo de reconhecer e divulgar as me-lhores práticas em SST das construtoras paulistas, o Seconci-SP (Serviço Social da Construção), em parceria com o SindusCon-SP (Sindicato da Cons-trução) e com o apoio do Sindinstalação (Sindicato da Indústria da Instalação), abriu as inscrições para a quarta edição do Prêmio Seconci-SP de Saúde e Segurança do Trabalho.

Poderão concorrer obras de edificações residen-ciais, comerciais, industriais, esportivas, portuá-rias, aeroportuárias, educacionais e hospita-lares, bem como obras de arte, tais como pontes e viadutos, em três categorias:

✖ Controle de Perigos e Riscos no Can-teiro, premiando as melhores ações

adotadas em favor da segurança dos trabalhadores;✖ Controle da Saúde no Canteiro, reconhecendo as prá-

ticas exemplares de manutenção da saúde coletiva dos trabalhadores;

✖ Gerenciamento Ambiental do Entorno da Obra, des-tacando as ações meritórias que minimizem os trans-tornos à vizinhança e diminuam o impacto ambiental.

Também serão premiados o(a) Trabalhador(a) Modelo e a Personalidade do Ano. A Comissão Julgadora será composta por profissionais de notório saber em SST da Poli-USP, Enge-nharia do Mackenzie, Santa Casa-SP, Ciências Médicas-Uni-camp, IPT, Senai-SP e Sesi-SP.

Nesta edição, o prêmio terá uma novidade para incentivar a participação de empresas de todos os portes. O Estado de São Paulo foi dividido em sete regiões. Assim, os cases inscritos concorrerão somente com projetos de sua região. Isso permiti-rá às empresas competirem em maior igualdade de condições.

As três edições anteriores mostraram que a participação no Prêmio Seconci-SP funciona como altamente mobilizado-

ra das equipes de cada empresa. Além disso, a premiação terá ampla divulgação, para que toda a construção e a opinião pública conheçam os bons exemplos e práticas

na prevenção de acidentes e de doenças ocupacionais em nossos canteiros.

As inscrições estão abertas e devem ser feitas até 22 de julho pelo site www.premioseconci-sp.com.br. Inscreva as obras de sua empresa, pois, neste tempo de crise, a Saúde e a Segurança do Trabalho são in-dispensáveis para a sobrevivência, o fortalecimento e a elevação da produtividade das nossas empresas.

SéRGio PoRtoPresidente do Seconci-SP e representante do

SindusCon-SP junto à Fiesp

JoSé RomEU FERRAz NEtoPresidente do SindusCon-SP e vice-

presidente da CBIC e da Fiabci

hARUo iShikAwAVice-presidente do Seconci-SP e do

SindusCon-SP e líder de SST da CBIC

Page 47: Edição 03 da Revista da Instalação - junho de 2016

Revista da instalaçÃO 47

| HBC Advogados

“Pejotização” será alvo da Receita Federal em 2016

*HBC Advogados é o escritório contratado pelo Sindinstalação para assessoria jurídica ao setor de instalações. Para mais informações acesse www.hbclaw.com.br

Desde o advento da Consolida-ção das Leis do Trabalho (CLT), os modelos de produção pas-saram por grandes transfor-

mações. Hoje, é comum que profissio-nais altamente especializados e com liberdade de atuação, reúnam-se para constituir estruturas empresariais des-tinadas à prestação de serviços de alta complexidade intelectual.

Uma das principais características dessa sistemática de agremiação em tor-no de uma só pessoa jurídica é a flexibili-dade do modelo tradicional de trabalho e dos termos contratuais, com mais autono-mia e dinamicidade na execução das ati-vidades e liberdade de auto-organização.

A Receita Federal, por sua vez, tem produzido diversas autuações em rela-ção a essa “pejotização” das relações

de trabalho, encarando-a como fraude à legislação trabalhista por entender que o único propósito seria a redução dos encargos trabalhistas.

Com isso, a Receita tenta constituir vínculos empregatícios com base em pre-sunções genéricas e tendenciosas. Nos relatórios fiscais que acompanham as autuações vê-se a tendência de reduzir o ônus da prova à seleção, por amostra-gem, de fragmentos analisados fora do contexto, negligenciando técnicas desejá-veis de fiscalização, como a chamada cir-cularização, em que o auditor fiscal busca obter provas junto a terceiros.

Deve-se ter em vista, contudo, que não se trata apenas de possíveis fraudes, em um movimento deliberado de “fuga” do direito do trabalho, mas de profundas transformações na área trabalhista, não

absorvidas pela CLT. O Conselho Admi-nistrativo de Recursos Fiscais (Carf), con-tudo, tem se posicionado no sentido de que a Receita Federal não pode ignorar o elemento indispensável para suas au-tuações: a comprovação de que a contra-tação é fraudulenta, tendo como intuito apenas esconder a relação de emprego existente. Foi nesse sentido que se orien-tou o acórdão nº 2401004.063, de janei-ro de 2016, proferido por aquele órgão administrativo.

Muito embora seja absolutamente importante a proteção contra o abuso à legislação trabalhista, espera-se do Fisco uma abordagem mais em conformidade às evoluções das relações de trabalho, evitando-se ao máximo as espoliações da discussão desses temas perante os tribunais administrativos ou judiciais.

Oportunidade de Regularização de Ativos no ExteriorCom prazo de adesão até 31/10/2016,

o Regime Especial de Regularização Cam-bial e Tributária (RERCT) vem sendo am-plamente discutido no âmbito jurídico, principalmente em razão dos obstáculos impostos pela Receita Federal quando da regulamentação da Lei nº 13.254/16.

O RERCT permite a regularização de bens e ativos existentes em 31/12/2014 ou em data anterior, por pessoas físicas e jurídicas, residentes ou domiciliadas no Brasil, mesmo que não mais residentes na data de apresentação da declara-ção, que não tenham sido condenadas em nenhum grau em ação penal pelos crimes listados no § 1º do art. 5º da Lei nº 13.254/16.

Em que pesem os diversos pontos controvertidos da regulamentação da lei, é importante destacar que se trata de uma boa oportunidade de regularização de patrimônio mantido no exterior por pessoas físicas e/ou jurídicas, cabendo ao contribuinte uma análise quanto à viabilidade de adesão e benefícios do RERCT, principalmente no que se refere à anistia penal relacionada aos crimes de lavagem de dinheiro, evasão de di-visas, sonegação fiscal e falsificação e uso de documento público.

Caso não se faça a adesão ao RERCT, o contribuinte que tiver patrimônio no ex-terior não declarado ao Fisco Brasileiro, certamente ficará sujeito a grandes riscos

fiscais e criminais, em razão da transpa-rência fiscal que vem sendo imposta por diversos países e adotada pelo Brasil.

Sendo assim, aqueles que estiverem nesta situação de risco podem recorrer ao RERCT para, mediante recolhimento de imposto e multa que totalizam 30% sobre o montante dos bens e ativos, evi-tando assim possíveis sanções adminis-trativas e penais.

Para aderir ao RERCT, o contribuinte deverá apresentar a Declaração de Re-gularização Cambial e Tributária (Der-cat), feita por meio eletrônico – através do sítio online da Receita Federal – e efetuar o pagamento integral do impos-to e multa correspondentes.

Page 48: Edição 03 da Revista da Instalação - junho de 2016

BELO HORIZONTE (MG) CAMPINAS (SP) BRASÍLIA (DF) RIO DE JANEIRO (RJ)

AGORA É A VEZ DE RECEBER O FÓRUM QUE FALA DIRETO COM OS PROFISSIONAIS DOS DIFERENTES RAMOS DE ATUAÇÃO EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS.

PATROCINADORES:

APROVADO

pelo público

e pelos patrocinadores

Mais de 3.800 pro� ssionais já passaram pelas 13 etapas do Fórum

INFORMAÇÕES SOBRE PATROCÍNIO [email protected] (11) 4225-5400

INSCRIÇÕES GRATUITAS

PARA O FÓRUM

WWW.FORUMPOTENCIA.COM.BR

WWW.FORUMPOTENCIA.COM.BR | FACEBOOK.COM/REVISTAPOTENCIA | LINKEDIN.COM/COMPANY/REVISTAPOTENCIA

LOCALCentro de Eventos do CearáAv. Washington Soares, 999

Edson QueirozFortaleza (CE)

PRÓXIMAS Etapas 2016

REALIZAÇÃO:

Data

16/08 08H-18H

15/09 18/10 22/11

Etapas Realizadas

PORTO ALEGRE (RS) SÃO PAULO (SP) RECIFE (PE)

MÍDIAS OFICIAIS:

COORDENAÇÃO PROFESSOR HILTON MORENO

FORTALEZA

Page 49: Edição 03 da Revista da Instalação - junho de 2016

BELO HORIZONTE (MG) CAMPINAS (SP) BRASÍLIA (DF) RIO DE JANEIRO (RJ)

AGORA É A VEZ DE RECEBER O FÓRUM QUE FALA DIRETO COM OS PROFISSIONAIS DOS DIFERENTES RAMOS DE ATUAÇÃO EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS.

PATROCINADORES:

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LOCALCentro de Eventos do CearáAv. Washington Soares, 999

Edson QueirozFortaleza (CE)

PRÓXIMAS Etapas 2016

REALIZAÇÃO:

Data

16/08 08H-18H

15/09 18/10 22/11

Etapas Realizadas

PORTO ALEGRE (RS) SÃO PAULO (SP) RECIFE (PE)

MÍDIAS OFICIAIS:

COORDENAÇÃO PROFESSOR HILTON MORENO

FORTALEZA

Page 50: Edição 03 da Revista da Instalação - junho de 2016

Revista da instalaçÃO50

Mercado| Geração Distribuída

reportageM: paulo Martins

Revolução em cursoMais do que uma promissora atividade econômica,

mercado fotovoltaico propõe a criação de um novo

modelo de sociedade a partir da democratização

da geração e da distribuição de energia a partir de

fontes renováveis.

The photovoltaic solar energy market has been growing in the world, but Brazil, in particular, has one of the largest potentials of the planet. However, the country needs to address a number of issues that hinder the full development of this energy source. Among the aspects that need further development, the most important are regulatory issues and incentive policy.

El mercado de la energía solar fotovoltaica ha crecido en el mundo, pero Brasil, en particular, tiene uno de los mayores potenciales del planeta. Sin embargo, el país necesita resolver una serie de cuestiones que dificultan el pleno desarrollo de esta fuente de energía. Entre los aspectos que necesitan de un mayor desarrollo están la cuestión regulatoria y la política de incentivos.

Page 51: Edição 03 da Revista da Instalação - junho de 2016

Revista da instalaçÃO 51

perfil de importantes setores do mercado, baseado em entrevistas com executivos, profissionais e usuários.

Mercadoprofile of key market sectors, based on interviews with executives, professionals and users.

Marketperfil de los sectores clave del mercado, basado en entrevistas con ejecutivos, profesionales y usuarios.

Mercado

No Brasil, o mercado de energia solar fotovoltaica cres-ce a taxas que podem chegar a 300% ao ano. O nú-mero expressivo se deve à pequena base de partida, mas indica o potencial gigantesco do setor. Existem

hoje cerca de 3 mil instalações de energia fotovoltaica conec-tadas à rede das concessionárias, mas a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima que até 2024 o número de conexões será de 1,2 milhão.

Estamos diante de uma fonte de energia inesgotável, gra-tuita e limpa, e a queda substancial dos custos ao longo do tempo ajuda a alimentar as boas perspectivas, mas o País ain-da carece de um planejamento consistente e sustentável para

se tornar um player que transmita maior confiabilidade aos investidores. Entre os desafios a serem venci-dos, destaca-se a necessidade de promover avan-ços no campo regulatório, consolidar uma cadeia produtiva e formar mão de obra especializada.

Pelo menos dois fatores foram fundamentais para a arrancada do setor nos últimos anos: a ins-tituição do sistema de geração distribuída, no qual o consumidor pode implantar micro e minis pon-tos de geração em sua própria casa, fornecendo o

Foto: Fotolia

Page 52: Edição 03 da Revista da Instalação - junho de 2016

Revista da instalaçÃO52

Mercado| Geração Distribuída

excedente para a rede de distribuição, e a realização de leilões para contratação de grandes volumes de energia produ-zida pelas usinas.

Carlos Evangelista, presidente da Associação Brasileira de Geração Dis-tribuída (ABGD), comemora o fato do Brasil aparecer na lista da EPIA (Asso-ciação de Indústrias Fotovoltaicas Euro-peias) entre os seis melhores países do mundo para se investir em energia solar fotovoltaica. O executivo atribui à Ane-el a informação de que somente a área residencial reúne 30 mi-lhões de potenciais clientes com capacidade para instalar sistemas solares na modalidade de Geração Distribuída. “Existe um mercado fantástico, enorme, para acontecer nos próximos anos”, vislumbra.

Carlos Café, diretor do Studio Equi-nócio - empresa com mais de 15 anos de experiência no mercado de energia solar térmica e fotovoltaica -, destaca que o Brasil ‘entrou’ na área com ao menos uma década de atraso, mas con-corda que o potencial e a importância da geração distribuída a partir das tec-nologias solares é imenso. “A potência das usinas solares fotovoltaicas conec-

tadas à rede é de 24 MW. Segundo es-tudo do Greenpeace, temos potencial para alcançar cerca de 29,6 mil MW em potência instalada até 2030 se mantido o cenário atual, o que representaria mais de 6 milhões de instalações solares no Brasil”, menciona.

Um dos motivos do grande cresci-mento das instalações solares é a queda vertiginosa dos custos envolvidos nessa tecnologia, em contraposição ao aumen-to das tarifas de energia proveniente de outras fontes. De acordo com Evangelis-

ta, a recuperação do investimento em energia fotovoltaica tem ocorrido em

prazos cada vez mais curtos. “Há alguns estudos que preveem o retorno do inves-

timento em menos de cinco anos, depen-dendo da região do País. A média fica em torno de sete anos”, informa.

O executivo destaca que existem no mercado algumas linhas de finan-ciamento disponíveis para aplicar nessa área, mas com juros altos, a ponto de inviabilizar um retorno do investimento em menos de dez anos. Outras linhas mais acessíveis, prossegue ele, possuem restrições na área geográfica de atua-ção, ou seja, são válidas somente para regiões específicas. “O ideal seria uma linha de financiamento em que as condi-ções de garantia, carência e juros fossem acessíveis a todos os interessados e que as parcelas mensais fossem menores do que o custo da energia economiza-da pelo usuário final”, diz Evangelista.

Para o presidente da ABGD, um planejamento consistente e sustentá-vel para estimular o crescimento do se-tor tem que contemplar quatro áreas: 1-Conhecimento técnico, englobando pesquisa, desenvolvimento e investi-mento em inovação; 2-Regulamenta-ção, implementando e atualizando toda a parte regulatória que influencie a GD no Brasil, retirando os empecilhos e dubiedades ainda existentes; 3-Aspec-tos financeiros, criando condições para que seja possível financiar sistemas de

Foto: Fotolia

Foto

: Fot

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Page 53: Edição 03 da Revista da Instalação - junho de 2016

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Page 54: Edição 03 da Revista da Instalação - junho de 2016

Mercado| Geração Distribuída

Revista da instalaçÃO54

GD, com parcelas de financiamento equivalentes ou menores que a eco-nomia financeira alcançada pela redução da fatura de energia e 4-Planejamento e incenti-vo consistente da demanda, pensando a médio e longo prazo. “Somente com uma previsibilidade mínima da demanda é que será possí-vel investir e assumir os riscos, o que é inerente a toda atividade empresarial”, finaliza o executivo.

Para Carlos Café, este é um momen-to histórico que pode ser visto como uma revolução, pois reúne a conver-gência de uma nova forma de operar e compartilhar informações com uma nova forma de gerar e distribuir ener-

gia. Isso tudo, prossegue ele, associado à necessidade de descarbonização da energia face às mudanças climáticas em curso. “Diante disto, nosso governo deve estar atento à formatação de um plano que primeiro reconheça que hoje planejamos, produzimos, gerimos e con-sumimos energia de forma insustentável

e irresponsável. O foco desse planeja-mento deve trazer o consumidor que agora se torna um agente ativo da produção e compartilhamento da própria energia, que vamos cha-mar de prosumidor (produtor e consumidor), e uni-lo de for-ma democrática à nova rede de

distribuição de energia, as smart grids, para as quais serão necessários novos modelos econômicos e parâmetros de qualidade, confiabilidade e desempe-nho. O modelo de planejamento deve funcionar como a nova economia distri-buída e compartilhada. Portanto, velhos modelos de planejamento, baseados em centralização e monopólios, devem ser abandonados”, analisa.

OpOrtuNidadeo crescimento do setor solar

fotovoltaico abriu um leque de oportunidades para o mercado em geral, permitindo o surgimento de

novos negócios e profissões.

Novas profissões requerem preparo técnicoO crescimento do setor solar fotovol-

taico abriu um leque de oportunidades para o mercado em geral, permitindo in-clusive o surgimento de novos negócios e profissões. Naturalmente, a tendência é que muitos aventureiros apareçam para tentar a sorte no setor.

Mas, para Evangelista, deverão se manter no ramo, proporcionando pro-dutos e serviços seguros e de qualidade, aquelas empresas que possuírem experi-

ência em instalações elétricas de baixa e média tensão, investirem em treinamen-to e capacitação e seguirem à risca as normas de segurança.

Segundo o dirigente, o desenvolvimen-to do setor solar propiciou o surgimento de funções como projetistas fotovoltaicos e instaladores desses sistemas. “Mas há de se atentar para uma gama muito maior de especialidades, inclusive de profissio-nais que trabalham com outras fontes de

energia em Geração Distribuída, como biomassa e eólica”, exemplifica.

Carlos Café observa que uma instala-ção solar é multidisciplinar e exige conhe-cimento em vários ramos de atividades, o

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planejamento consistente e sustentável para o setor tem que contemplar aspectos como conhecimento técnico, regulamentação, financiamento e incentivo da demanda.carlos eVangelista aBGd

que torna a área ainda mais interessante e intensa geradora de empregos. “É ne-cessário que qualquer um que vá trabalhar com o segmento faça cursos de energia solar que ofereçam embasamento con-ceitual sólido sobre o tema. Instalar um painel sobre uma cobertura ou telhado exige conhecimentos dos movimentos do Sol e estudos de sombreamentos”, explica.

Os painéis solares devem ser insta-lados e fixados por meio de estruturas metálicas que não sofram com corro-são e resistam a grandes velocidades de vento. Vale lembrar que tudo isto adiciona carga ao telhado, portanto, é preciso ter conhecimento também da área civil. E mais: os profissionais sola-res precisam trabalhar em altura, logo, devem saber se proteger, fazendo bom uso dos equipamentos de proteção in-dividual e coletiva.

Com o passar do tempo, também deverão surgir oportunidades para espe-cialistas que promoverão as intervenções necessárias para manter as adequadas condições de funcionamento do parque produtor de energia solar fotovoltaica. “Apesar dessa ser uma tecnologia de bai-xíssima manutenção, quando comparada às demais, a operação da usina solar deve ser acompanhada pelos profissionais que a instalaram ou por empresas que o fa-çam, pois estamos falando de uma tec-nologia que tem de produzir energia por no mínimo vinte anos”, complementa o diretor do Studio Equinócio.

Conforme destaca Carlos Café, ape-sar da energia solar ser tema de proje-tos e pesquisas há mais de 30 anos no Brasil, a geração distribuída fotovoltaica nasceu como mercado somente a partir

de 2012, ou seja, trata-se de uma área extremamente jovem. Consequente-mente, existe uma carência grande de profissionais em todos os segmentos, e somente agora a disciplina começa a fa-zer parte do currículo de cursos técnicos e universitários.

O executivo avisa aos interessados em atuar nessa área que é preciso mui-ta seriedade e organização. “Qualquer pessoa ou empresa que queira instalar um sistema de energia solar fotovoltai-ca em sua casa deve entender que o que está sendo instalado ali é uma usi-na solar. O termo ‘usina’ exige grande responsabilidade em várias etapas do processo. Antes de tudo é obrigatório para qualquer instalação solar que seja desenvolvido um projeto de engenharia devidamente registrado junto aos CREAS (Conselhos Regionais de Engenharia) e aprovado pelas companhias de energia. Após esta etapa, vamos à parte que tal-vez represente o maior desafio do mer-cado de energia solar, que é a qualidade da instalação e da mão de obra”, relata Carlos Café.

O diretor do Studio Equinócio rela-ta que a falta de qualificação dos pro-fissionais pode ocasionar danos como incêndios, problemas na rede elétrica e choques. “Estes desafios podem ser vencidos com qualificação profissional, em conjunto com o programa de certi-

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Revista da instalaçÃO56

Mercado| Geração Distribuída

ficação. Ambos são necessários para a crescente credibilidade e profissiona-lismo que este mercado exige. Não há espaço para improvisos nem para o ‘jei-tinho brasileiro’. O programa de certifi-cação de instaladores que eu coordeno dentro da ABGD vai começar por um

item muito importante, que é a segu-rança”, completa.

Segundo Carlos Evangelista, o sis-tema de certificação do instalador fo-tovoltaico criado pela ABGD era uma necessidade do setor: “Existem várias empresas iniciando no mercado, algu-

mas oriundas de outras áreas, outras do nada. Até pela situação econômica do País, foram ingressando no mercado. Então, é natural que muita gente quali-ficada em nível não suficiente para tra-balhar com instalação fotovoltaica, ou até desqualificada para isso, entre nesse mercado e faça instalações, comprome-tendo a segurança e a qualidade. Pen-sando nisso, ABGD lançou a certificação do principal ator fotovoltaico para ga-rantir que ele tenha as condições míni-mas de fazer uma instalação com segu-rança e qualidade”.

Com o amadurecimento do segmen-to, o próprio sistema educacional voltado para essa área tende a passar por uma transformação. “Estamos preparados para oferecer mais cursos de acordo com a evolução do mercado”, diz Carlos Café. Ele se refere ao Studio Equinócio, que atua na capacitação de profissionais há mais de 10 anos por meio da Academia Solar. Nesse tempo, mais de 800 alunos participaram da rodada número um de capacitação em conceitos de projetos de energia solar fotovoltaica. Neste ano a Academia Solar passou a ofertar cur-sos práticos de formação do instalador e a modalidade in company para conces-sionárias de energia elétrica e empresas que desejam investir no setor.

São Paulo sediou em maio a 5ª edição da EnerSolar + Brasil / Feira Inter-nacional de Tecnologias para Energia Solar e simultaneamente o Ecoenergy / Congresso de Tecnologias Limpas e Renováveis para a Geração de Energia. Os eventos receberam cerca de 12 mil visitantes.

Thomas Steward, gerente da EnerSolar + Brasil, destacou que a feira mos-trou ao mercado o que há de mais recente em soluções tecnológicas. “O Brasil possui grande potencial no setor de energias renováveis. Além da excelente incidência solar, temos ventos contínuos para a geração de energia eólica em diversos estados, e estas oportunidades devem ser aproveitadas. É neste sen-tido que atua a feira, trazendo inovação, conhecimento e o mais importante de tudo, soluções para que estas oportunidades possam se concretizar”, comentou.

Na ocasião, a empresa SolarFX fez o lançamento oficial do Selo “QuiloWatt do Bem”. O objetivo é criar um banco de doação entre empresas participantes, onde, a cada 100 kWp vendido em produtos ou serviços, haverá a doação de 1 kWp em equipamento. A empresa doadora poderá utilizar o Selo “Quilo-Watt do Bem” em seu site. Qualquer empresa pode doar.

Empresas com atividade regular poderão ser membro do conselho. Já o Selo de Parceiro é destinado apenas a empresas do setor fotovoltaico e estas podem contribuir com a prestação de serviços especializados.

preçOsum dos motivos do grande

crescimento das instalações solares é a queda vertiginosa dos custos envolvidos nessa

tecnologia.

Você precisa se ligar nessa ideia. O Programa Eletricista Consciente é uma rede de relacionamento desenvolvida para profissionais do setor elétrico.

A cada experiência compartilhada, o eletricista aprimora seus conhecimentos e troca informações constantemente com outros colegas de profissão.

Além disso, os visitantes podem participar de palestras online e responder enquetes onde os pontos são acumulados e valem prêmios.

Acesse www.eletricistaconsciente.com.br PARTICIPE!

Programa Eletricista Consciente.

Iniciativas:

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Você precisa se ligar nessa ideia. O Programa Eletricista Consciente é uma rede de relacionamento desenvolvida para profissionais do setor elétrico.

A cada experiência compartilhada, o eletricista aprimora seus conhecimentos e troca informações constantemente com outros colegas de profissão.

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EvEnto| Expopredialtec 2016

Revista da instalaçÃO58

Renovada, sétima edição do evento passa a agregar novos segmentos de mercado,

envolvendo várias tecnologias para sistemas e instalações prediais. Um dos destaques

será a primeira edição do Fórum PredialTec, organizado pelo Grupo HMNews.

REpoRtagEm: maRcos oRsolon

ExpoPredialTec 2016 chega com novo perfil

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vulg

ação

A ExpoPredialTec chega à sétima edição totalmente re-modelada. A feira, que até 2015 estava voltada para o mercado de automação predial, ampliou o escopo e, a partir desse ano, passa a atuar no setor de tec-

nologias para sistemas e instalações prediais.Com essa significativa mudança, o evento, com data marcada

para os dias 12, 13 e 14 de julho, no Pavilhão de Exposições do Anhembi (SP), vai abranger as mais novas tendências em auto-

mação, sistemas elétricos, energia solar, incêndio, gás, seguran-ça eletrônica, áudio e vídeo, iluminação e redes, entre outros.

Segundo Edilberto Almeida, diretor da Cardoso Almeida Eventos, que é a empresa organizadora da ExpoPredialTec, nessa edição serão apresentadas as últimas novidades do mercado. Além disso, o evento vai oferecer ao público visi-tante e expositores a oportunidade de realização de novos negócios e parcerias.

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Revista da instalaçÃO 59

Predialtec Forum 2016, which is going to be held in São Paulo in July, is an unprecedented event in Brazil. For the first time, a technical congress brings together different building installations in a single event, with lectures presented by renowned professionals from electrical, hydraulic (plumbing), gas, air conditioning, fire, solar water heating and photovoltaic energy.

El Foro Predialtec 2016, que se realizará en Sao Paulo en julio, es un evento sin precedentes en Brasil. Por primera vez, un congreso técnico reúne a diversas instalaciones de una edificación en un solo evento, con conferencias presentadas por reconocidos profesionales de eléctrica, hidráulica, gas, aire acondicionado, fuego, agua caliente por energía solar y energía fotovoltaica.

“O propósito do evento é promover a integração entre os profissionais e empresas ligados às novas áreas abordadas, o que permitirá elevar o nível de serviço, qualidade, segu-rança e eficiência das edificações. Com isso, os profissionais, construtoras, empreendedores e incorporadoras poderão re-duzir custos e melhorar sua produtividade, competitividade e imagem no mercado”.

O público da ExpoPredialTec, aliás, é um destaque à par-te. “É um público qualificado e setorizado, reunindo espe-cialistas, empreendedores e investidores que buscam estra-tégias para o crescimento de seus negócios no mercado”, destaca Edilberto.

Simultaneamente à Feira, acontecem três fóruns técnicos, que contarão com palestras de profissionais renomados do setor. São eles: IV Fórum Aureside de Tecnologias de Infor-

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Revista da instalaçÃO60

EvEnto| Expopredialtec 2016

mação, o Fórum PredialTec e o Fórum Direcional Condomínios. 

“O Fórum PredialTec 2016 é um evento inédito e inovador na área de instalações e sistemas prediais. Com a coordenação técnica da Revista da Instalação, trata-se de um congresso técnico que reúne várias áreas das ins-talações prediais em um único even-to, com palestras apresentadas por renomados profissionais de elétrica, hidráulica, gás, ar-condicionado, in-cêndio, aquecimento de água solar e energia fotovoltaica”, comenta Hil-

12/07/2016➧ 08h00 - 08h30: Credenciamento➧ 08h30 - 09h00: Cerimônia de

Abertura: Silvio Valdissera - Presidente do Sindinstalação-SP

Instalação Solar Térmica

➧ 09h00 - 10h00: A importância das técnicas de instalação de sistema de

aquecimento solarLeonardo Chamone Cardoso (Solis)

➧ 10h00 - 10h30: Capacitação profissional

do instalador solar térmicoVania Aparecida Caneschi

Oliveira (SENAI)➧ 10h30 - 11h00: Intervalo

➧ 11h00 - 11h30: Qualinstal SolarDanielle Johann Guilherme (Abrinstal)

➧ 11h30 - 12h00: A revisão da norma NBR 15569

Rodrigo Cunha Trindade (Agência Energia)➧ 12h00 - 12h30:

Sistemas de aquecimento solar para edificações de grande porte

Rafel Campos (Bosch/Abrava-DASOL)

12/07/2016 Instalação Fotovoltaica➧ 14h00 - 15h00: Mercado, regulamentação brasileira, geração compartilhada e consumo

remoto e oportunidade de negócios em microgeração distribuída fotovoltaica

Mediador: Carlos Café (Studio Equinócio)

Debatedores:Carlos Evangelista (ABGD

Associação Bras. de Geração Distribuída)Marina Meyer Falcão

(Décio Freire Advogados Associados)Marco Aurélio (ANEEL)

➧ 15h00 - 15h30: Novo projeto de norma NBR em elaboração sobre instalações elétricas prediais

fotovoltaicas - Marcelo Almeida (IEE USP)➧ 15h30 - 16h00: Intervalo

➧ 16h00 - 16h30: Programa Brasileiro de Certificação de instaladores e instalações prediais fotovoltaicas - Carlos Café (Studio Equinócio)

➧ 16h30 - 17h00: Aspectos polêmicos da conexão de instalações prediais

fotovoltaicas com os padrões de entrada das distribuidoras de energia elétricaMarcelo Rodrigues (Passo Padrão)

➧ 17h00 - 17h30: Instalações fotovoltaicas prediais - problemas, desafios, experiência

internacional TÜV na Alemanha e outros paísesDaniel Vilhena (TÜV)

13/07/2016 Instalação de HVACR➧ 09h00 - 10h00: Norma técnica NBR 16401 - Instalações de ar-condicionado

- Sistemas centrais e unitáriosOswaldo Bueno (Oswaldo Bueno

Engenharia)➧ 10h00 -10h30: Fundamentos

e execução de projetos de ar-condicionado para os setores

residencial, comercial e industrialClaudio Kazuo Misumi

(Planenrac Engenharia Térmica)➧ 10h30 11h00: Instalações de

sistemas de ar-condicionadoAfonso Carlos de Carvalho

(Sistherm Sistemas Térmicos)➧ 11h00 - 11h30: Intervalo

➧ 11h30 - 12h00: Manutenção de sistemas de ar-condicionado

Régis Servilha (Masstin Engenharia)➧ 12h00 - 12h30: Operação de

sistemas de ar-condicionadoMarcio Bert (WH Engenharia)

➧ 12h30 - 13h00: PMOC Plano de Manutenção,

Operação e Controle de sistemas de ar-condicionado

Arnaldo Parra (Pósitron Engenharia)

ton Moreno, diretor do Grupo HM-News e responsável pela organização do Fórum.

Hilton observa ainda que um dos objetivos da ExpoPredialTec é anteci-

par tendências e discutir o avanço das novas tecnologias e que, nesse senti-do, o Fórum será uma excelente vitri-ne, onde os participantes terão acesso a novidades tanto em termos de solu-

FÓRUM PREDIALTEC 2016 | GRADE DE PALESTRAS

Setores da ExpoPredialtec 2016➧ Áudio e Vídeo➧ Automação Predial➧ Climatização➧ Elétrica➧ Elevadores➧ Energia Eólica

➧ Energia Solar➧ Fotovoltaica➧ Gás➧ Hidrossanitária➧ HVAC➧ Iluminação

➧ Incêndio➧ Internet das Coisas➧ Montagens

Eletromecânicas➧ Redes ➧ Segurança Eletrônica

Page 61: Edição 03 da Revista da Instalação - junho de 2016

Revista da instalaçÃO 61

13/07/2016Instalação de

Incêndio➧ 14h00 - 15h00: Visão

geral dos Sistemas de Sprinklers e Estatísticas;

Capacitação/Qualificação Profissional

José Carlos Paiva (ABSpk - Associação Brasileira de

Sprinklers)➧ 15h00 - 16h00: Nova

Legislação do Estado de São Paulo; Evolução do Sprinkler, Pirataria/

Falsificações, Certificação de Produtos

Kazuo Watanabe (SKOP)➧ 16h00 - 16h30:

Intervalo➧ 16h30 - 17h30:

Problemas em Projetos e Instalações de Sistemas de

SprinklersFelipe Melo

(Diretor ICS ENG)

14/07/2016Instalação

Elétrica➧ 09h00 - 10h00: Revisão

da norma NBR 5419 - Proteção contra descargas

atmosféricasHélio Sueta (IEE USP)

➧ 10h00 - 10h30: Projetos de lei sobre segurança em

edificações existentesValdemir Romero (FIESP -

DECONCIC)➧ 10h30 - 11h00: Intervalo

➧ 11h00 - 11h30: A tendência crescente das plataformas integradas

nos sistemas de segurança eletrônica - Renato Prado

(consultor)➧ 11h30 -12h00: Qualinstal Elétrica

André Ramos de Andrade (TECNISA)

➧ 12h00 - 12h30: A futura norma NBR sobre eficiência energética das instalações

elétricas e situação da revisão da NBR 5410

Hilton Moreno (consultor da Cobrecom)

14/07/2016Instalação

Hidrossanitária e Gás

➧ 14h00 -15h00: A revisão da norma NBR de água fria e água

quente - Sergio Frederico Gnipper (Secretário da CE da ABNT)➧ 15h00 - 15h30: Eficiência e

qualidade dos sistemas hidráulicos prediais

Orestes Gonçalves (Tesis; Escola Politécnica da USP)

➧ 15h30-16h00: Qualinstal Água e Qualinstal Gás

Léo Fábio de Barros (Hidrelplan) e Renata Mendes Pelicer (Abrinstal)

➧ 16h00 - 16h30: Intervalo➧ 16h30 - 17h00: Inspeções de

redes de gás em edificaçõesCarlos Bratfisch (Bratfisch)➧ 17h00 - 17h30: Boas práticas de instalações de

tubulações e aparelhos a gásClever Approbato Bueno

de Souza (Comgas)➧ 17h30 - 18h00: Boas práticas de instalação de aquecedores de

passagem e fogões - requisitos de adequações de ambientes

Clever Approbato Bueno de Souza (Comgas)

Perfil do público da ExpoPredialtec 2016

Profissionais da indústria, de empresas de serviços públicos e de administra-ções municipais, estaduais e federal, administradores prediais, arquitetos, cons-trutoras, consultores, decoradores, designers de interiores, distribuidoras de ener-gia elétrica, engenheiros, integradores, instaladores, projetistas, profissionais de manutenção, lojistas de materiais elétricos, prestadores de serviços, tecnólogos, técnicos em geral, professores e estudantes em fase de conclusão de seus cursos.

ções, como de aspectos normativos e de boas práticas profissionais. O cre-denciamento para o Fórum é gratuito

e pode ser realizado pela internet, atra-vés do site http://revistadainstalacao.com.br/forum.html

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artigo| Mobilidade Corporativa

Revista da instalaçÃO62

O futuro do

gerenciamento dos

trabalhadores em campo

Tecnologia Móvel

Organizations that take advantage of mobile technology will be successful, because mobile applications support smarter decisions and serve as a trusted advisor to business.

Las organizaciones que saben aprovecharse de la tecnología móvil tendrán éxito, ya que las aplicaciones móviles ayudan a la toma de decisiones más inteligentes, además de servir como un asesor de confianza para el negocio.

A tecnologia móvel invadiu nossas vidas e a utilização de dispositivos móveis tornou-se uma realidade no mercado corporativo, ocupando um lugar de destaque no ambiente de trabalho. Desta maneira, as organizações que souberem tirar proveito desta tecnologia serão bem-sucedidas, uma vez

que os aplicativos mobile auxiliam de forma mais inteligente a tomada de decisão, além de servir como um conselheiro de confiança para os negócios.

Mediante a proliferação da tecnologia para consumidores de dispositivos móveis, os usuários corporativos passaram a esperar cada vez mais funcionalidades da mo-bilidade corporativa. Os aplicativos evoluíram tanto que hoje já é possível eliminar completamente o uso de papel no campo. As telas podem ser personalizadas para acomodar quaisquer funções de relatórios desejadas, desde mudanças de medidores, até pedidos de serviços, passando por inspeções e manutenções agendadas, de modo que todos os dados para os relatórios são capturados eletronicamente no campo e a entrada de dados redundantes é eliminada. Esses recursos também fornecem atua-lizações instantâneas para os gerentes de serviços, que passam a ter visibilidade em tempo real de sua equipe de trabalho em campo.

A crescente tendência da incorporação de dispositivos móveis no ambiente de trabalho – seja em celulares, tablets ou até mesmo smartwatches, está atrelada a uma enorme quantidade de dados que são reunidos e armazenados, de forma mui-tas vezes considerada invasiva. A mobilidade possibilitou o acesso a informações de onde os funcionários estão e o que estão fazendo durante todo o dia.

O armazenamento de dados aprimora as decisões gerenciais

Ter acesso a tanta informação – mesmo que de forma um pouco invasiva – pode auxiliar em melhores decisões de negócios. Com a tecnologia móvel, é possível ajus-tar os cronogramas, localizar os funcionários menos produtivos para reduzir despesas. Isso aumenta a visibilidade de todos, mas não é tão ruim quanto parece.

Mais visibilidade significa que, quando o cliente precisa transmitir informações preliminares ao técnico, pode contatá- lo diretamente ao invés de perder tempo e re-cursos ligando para o serviço de atendimento. Essa velha prática de contatar o serviço de atendimento é dispendiosa no que diz respeito às ligações telefônicas e normal-mente resulta em um fraco atendimento devido à má comunicação.

Um exemplo prático desse novo modelo de atendimento ao cliente seria o de uma clínica veterinária que utiliza serviço de vans para tratar de diferentes animais. O cliente liga para o veterinário, através do celular ou até mesmo por um smartwatch, pois seu cachorro comeu algo que não devia. Depois de um rápido diagnóstico, se o médico constatar que é melhor não deslocar o animal, pode optar pelo envio de um veículo da clínica para a casa do cliente. Com o acesso à informação de onde está o veículo mais perto, é possível enviá-lo diretamente para a casa do cliente,

Page 63: Edição 03 da Revista da Instalação - junho de 2016

AlexsAndrO lAbbAte gerente Sênior

de Marketing da ClickSoftware para as

américas.

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ção

Revista da instalaçÃO 63

artigos exclusivos escritos por reconhecidos especialistas do mercado.

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Exclusive articles written by recognized market experts.

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artículos exclusivos escritos por reconocidos expertos del mercado.

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ao invés dele ter que entrar em contato com o serviço de atendimento e agendar uma consulta, economizando tempo. Esse procedimento é viabilizado por meio do GPS do celular ou smartwatch do funcionário, ou simplesmente de um aplicativo de rastreamento.

Utilização de dados  além do simples

gerenciamento de prazosA informação reunida no banco de dados pode ser ainda mais útil em outras

situações. Se uma empresa conhece os hábitos de seus funcionários, é possível ge-renciar atividades como férias, licença médica e folgas remuneradas. Se um funcio-nário possui dias de folga remunerada por mês ou ano, o acesso direto a esse tipo de informação pode ser benéfico no momento do planejamento das férias. Além dis-so, garante que os empregados não requisitem folgas indevidas. Se a organização for adepta à mobilidade, é possível dar liberdade para que os funcionários enviem pedidos de férias e de licença médica via smartphone, agilizando o pedido o mais cedo possível – seja no trabalho, em casa ou em qualquer outro lugar. Uma plata-forma móvel na qual todos os funcionários podem ter acesso ao cronograma geral, semelhante ao Google Docs ou o Dropbox, pode, potencialmente, permitir que os funcionários expressem a preferência ao escolher horas extras ou mudança de turno.

A tecnologia móvel e, particularmente, os smartphones, realmente chegaram para ficar, especialmente no setor de serviços. De acordo com recente pesquisa realizada pela Revista Field Technologies, 49% das empresas utilizam os dispositivos móveis como forma primária de comunicação em campo, e 75% consideram a adoção des-te tipo de tecnologia.

Os softwares de gerenciamento móvel de serviços em campo contêm funcionali-dades que otimizam a eficiência, a satisfação do cliente e a transparência em campo. Os recursos de agendamento planejado permitem aos técnicos atualizar sua agenda conforme as circunstâncias, aumentando ou diminuindo a duração de cada trabalho. Alertas e notificações inseridas pelo técnico permitem que o programa atualize esse cronograma. Os clientes se beneficiam por serem capazes de contatar os técnicos diretamente e acompanhar a atualização de sua agenda em tempo real. Já o em-pregador beneficia-se por cortar custos desnecessários e aumentar a satisfação do cliente, que normalmente resulta de uma boa publicidade boca a boca.

Existem muitas opções de melhorias para esse sistema móvel, incluindo novos recursos de agendamento para os funcionários, acesso à informação sobre os dias de férias, folga remunerada e disponibilidade de mudança de horas extras. Com 38% dos funcionários apontando que o uso dos dispositivos móveis tem contribu-ído para o crescimento da eficiência no trabalho, e essa estimativa cresce a cada ano, não é de se admirar que isso esteja se tornando o futuro da gestão dos tra-balhadores em campo.

Page 64: Edição 03 da Revista da Instalação - junho de 2016

produtos

Revista da instalaçÃO64

❱❱ AdAptAdor 2p+tA B-LUX apresenta seu novo adaptador 2 Polos + Terra Universal. Os adaptadores 2P+T são fabricados em 10 A e atendem à norma NBR 14136. Os produtos possuem garantia exclusiva de 6 anos e estão disponíveis nas cores branco, cinza e preto, com acabamento fosco.

❱❱ MúltiplAs AplicAçõesA bomba padronizada in-line para uso geral KSB Megaline atende ampla gama de aplicações, como sistemas de ar condicionado, circuitos de refrigeração, abastecimento de água, construção civil, instalações prediais, entre outros. Bastante versátil, a Megaline é flexível na instalação devido ao projeto in-line e traz conceito otimizado de componentes com alta confiabilidade e tecnologia incorporada. É projetada para pressão de operação de até 16 bar.

❱❱ linhA residenciAlA Altronic tem diversos lançamentos para a linha elétrica residencial. Entre as novidades estão os disjuntores residuais (DRs) Bipolares e Tetrapolares com correntes nominais com funcionamento de 25, 40, 63, 80, e 100 A e com tensão nominal de 230 V para 2 polos e 400 V para 4 polos. Outra novidade é a linha de Minidisjuntores com correntes nominais de 2 a 125 A e com curva de disparo C. Os Minidisjuntores possuem certificação do Inmetro e atendem à norma ABNT NBR 60898-0. Podem ser aplicados em instalações prediais, comerciais, residenciais e, em alguns casos, industriais. Ambos os produtos são instalados em quadros de distribuição elétrica, que também é um lançamento da marca.

Page 65: Edição 03 da Revista da Instalação - junho de 2016

Revista da instalaçÃO 65

divulgação de novos produtos e soluções.

produtos

promotion of new products and solutions.

products

promoción de nuevos productos y soluciones.

productos

❱❱ MisturAdor MonocoMAndoA Codda Metais apresenta Valkyrie, um misturador monocomando de cozinha, nas versões níquel escovado e cromado. Com design próprio, Valkyrie garante praticidade e funcionalidade na hora de lavar a louça e alimentos, pois possui mangueira retrátil, duplo jato em spray ou contínuo, com acionamento por pressão ao toque. A obra imortal “A Cavalgada das Valquírias”, de autoria de Richard Wagner, inspirou o design da torneira Valkyrie. O misturador monocomando Valkyrie foi criado para alto desempenho e local de destaque em cozinhas lindas e de alta performance.

❱❱ solução de coMunicAçãoA Intelbras apresenta o modelo TS 5150, telefone sem fio que tem como principal diferencial a entrada para duas linhas, solução que permite que o aparelho seja usado com duas linhas telefônicas diferentes ou que uma das linhas seja usada como interfone residencial. Com tecnologia DECT 6.0 e identificação de chamadas, o produto poderá ser uma importante ferramenta para profissionais que trabalham em sistema de home office. Graças à sua proposta, que permite independência das linhas, o consumidor pode ter uma linha exclusiva para seus negócios profissionais, enquanto a outra pode ficar reservada para uso pessoal. Outro diferencial do TS 5150 é a mobilidade, pois o aparelho possibilitará atender o interfone de qualquer lugar da residência. Uma das entradas do equipamento pode ser utilizada pela linha do interfone residencial (função disponível para condomínios que dispõem de central condominial). Este recurso pode ajudar pessoas com dificuldade de locomoção ou com criança em casa.

❱❱ VálVulA de expAnsãoA Danfoss lança a válvula de expansão eletrônica ETS Colibri®, projetada para injeção precisa de líquido no

evaporador para aplicação em ar-condicionado, bomba de calor e refrigeração comercial. As válvulas Colibri® são aprovadas

para operação sem óleo, como, por exemplo, nos sistemas com os compressores Danfoss Turbocor. Graças ao seu design

único, as válvulas Colibri® também podem ser usadas como válvulas de modulação em aplicações como transporte e supermercados. Seu esquema de controle mais simples

permite maior rapidez no desenvolvimento do seu algoritmo e o tempo de reação mais rápido no start-up leva a uma baixa

probabilidade de funcionamento do compressor em vácuo.

Page 66: Edição 03 da Revista da Instalação - junho de 2016

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Revista da instalaçÃO66

EmprEsa anunciantE tElEfonE E-mailpág. sitE

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Informações: www.predialtec.com

Expo Elevador 2016Data/Local: 13 e 14/07 – São Paulo (SP)

Informações: www.expoelevador.com.br

automação residencial – como criar e consolidar seu negócioData/Local: 15 e 16/07 – São Paulo (SP)

Informações: (11) 5588-4589 e [email protected]

curso de refrigeração aplicadaData/Local: 18 a 22/07 – Osasco (SP)

Informações: [email protected]

Workshop sistemas de proteção de incêndio por sprinklersData/Local: 20/07 – São Paulo (SP)

Informações: (11) 3266-5600 e [email protected]

EVENTOS

Casa do Coração - ACTC 41 (11) 3088-2286 www.actc.org.br [email protected]

CIMAX ENGENHARIA 7 (11) 3933-2000 www.cimaxengenharia.com.br [email protected]

ELETRICISTA CONSCIENTE 57 - www.eletricistaconsciente.com.br -

ETTORE 53 (11) 5571-5152 www.ettorehd.com.br [email protected]

FÓRUM POTÊNCIA 48 e 49 (11) 4225-5400 www.forumpotencia.com.br [email protected]

GESCON 5 (11) 99201-1287 http://www.portalgescon.com.br/ [email protected]

Haenke Tubos Flexíveis Ltda. 35 (11) 4092-7722 www.haenke.com.br [email protected]

HMNEWS 2 e 3 (11) 4225-5400 www.revistapotencia.com.br [email protected]

IFC COBRECOM 68 (11) 2118-3200 www.cobrecom.com.br [email protected]

KNAUF dO BRASIL 31 (21) 2195-1172 www.knauf.com.br [email protected]

NAMBEI INd CONdUTORES ELÉTRICOS 23 (11) 5056-8900 www.nambei.com.br [email protected]

NEXANS BRASIL S.A. 67 (11) 3084-1600 / 3048-0800 www.nexans.com.br [email protected]

PREdIALTEC 39 (22) 2648 9751 www.predialtec.com [email protected]

QUALIFIO 45 - www.qualifio.org.br -

QT dUTOTEC 17 (51) 2117-6600 www.dutotec.com.br [email protected]

REVISTA dA INSTALAÇÃO 11 (11) 4225-5400 www.revistadainstalacao.com.br [email protected]

Tecnowatt Iluminação 61 (31) 3359-8248 www.tecnowatt.com.br    [email protected]

ZEUS dO BRASIL 13 (47) 3231-1111 www.zeusdobrasil.com.br [email protected]

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