oficinas de sistemas agroflorestais: território do alto jurua-am

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Prof. José Augusto Rocha STTR Guajará & Maria Francisca Rodrigues do Nascimento, Fundação Friederich Ebert Stiftung – FES/SERE. Oficinas de Sistemas Agroflorestais: Território do Alto Juruá-Am JUSTIFICATIVA A região do Alto rio Juruá, no Estado do Amazonas, é praticamente desconhecida pelas suas potencialidades agrícolas e pecuárias, mas no passado era uma importante fornecedora de produtos extrativistas, como seiva para borracha, samaumas para fabricas de papel e celulose , peixe-boi- da-amazônia para fornecer gordura ao mercado de Manaus etc. Um significativo número de famílias continuam tirando seu sustento da floresta, um exemplo são os ribeirinhos da Reserva Extrativista do Médio Juruá, que fornecem gordura de murmuru para empresas de cosméticos. Enquanto isso nas cidades não é suficiente o abastecimento de verdura, frutas regionais e mantimentos para a merenda escolar regionalizada, tamanha necessidade de aumentar a produção na região. Essa proposta é de aumentar a produção regional, voltada para o auto abastecimento e a comercialização do produtos excedentes, tais como açaí, murmuru, graviola, cupuaçu, mel etc... OBJETIVO GERAL Promover a implantação de sistemas agroflorestais em pequenas comunidades amazônicas visando a promoção da qualidade de vida da população rural regional. OBJETIVO ESPECÍFICOS Reduzir desigualdades sociais com equidade entre os atores do território do Alto Juruá; Promover o auto abastecimento urbano e a segurança alimentar; Agregar valor a produção orgânica regional; Fortalecer a imagem da região frente aos demais Territórios Rurais. INTRODUÇÃO A construção de um Território Rural no interior da Amazônia, espacialmente no vale do rio Juruá é um desafio sem igual. O Ministério do Desenvolvimento Agrário, colocou a proposta para os gestores locais em 2003, como forma de descentralizar os investimentos no setor rural na região. As condições eram de apresentar propostas baseadas na visão de integração e agregação de valores para fomentar a economia com base na Agricultura Família. Devido as condições de isolamento geográfico e da diversidade cultural da região: ribeirinhos, extrativistas, indígenas, pecuaristas, colonos e empresários. Havia a possibilidade de fortalecer a identidade da região através de um ação em conjunto. Daí a idéia de fomentar a Agroecologia como base produtiva no Território através do sistemas Agroflorestais METODOLOGIA Por meio do convenio 035/2005, firmado entre o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras rurais de Guajará e a SDT/MDA e a Caixa Econômica Federal, foi realizadas oficinas de capacitação em produção Agroecológica em 12 comunidades dos 4 municípios do Território Rural. Utilizando as ferramentas da Mochila do Educador Ambiental, demonstramos a dinâmica evolutiva do Sistema Agroflorestal em diferentes ambientes e cooperações. Variando entre aldeias indígenas até comunidades ribeirinhas de várzea, onde a sazonalidade oferece um desafio maior para a produção de alimentos. O foco sempre foi o abastecimento do Território. RESULTADOS Alguns dos resultados após 10 meses de atividades entre os técnicos envolvidos e as comunidades capacitadas. 12 instituições envolvidas, e capacitadas para implantação de SAFs; 9 Gestores Públicos compreendendo e fortalecendo o debate dentro dos órgão governamentais em cada município; Cindo projetos enviados para o MDA, financiar a produção de frutas e hortaliças no Território Rural do Alto Juruá. Diversidade Rural Base Produtiva Urbana Diagnóstico Demandas locais Plano Safra CONCLUSÃO A dinâmica de trabalho é formada pela necessidade de cada município, encaminhada ao colegiado por plano safra ou demanda emergencial. A cada reunião Territorial o Colegiado avalia indica e orienta os projetos para todos os participantes. As demandas surgem das comunidades e nos municípios: Guajará, Envia, Eirunepé e Ipixuna. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA AMAZONAS, Governo do Estado, Programa de Zona Franca Verde. SDS, Manaus-AM, 2005. BRASIL, Agenda 21 Brasileira – Nota técnica do IBAMA para a Amazônia; Brasília-DF, 2000. SDT/MDA. Série Documentos Técnicos N.º 3, Gestão Social de Territórios Rurais, MDA, Brasília- DF, 2005. SDT/MDA. Série Documentos Técnicos N.º 4, Guia para Controle Social de Territórios Rurais, MDA, Brasília-DF, 2005. SDT/MDA. Série Documentos Técnicos N.º 2, Guia para Planejamento de Territórios Rurais, MDA, Brasília-DF, 2005. Série Documentos institucionais n.º 1 para Referencia de Estratégias de Desenvolvimento Territorial Rural no Brasil, MDA, Brasília-DF, 2004. Série Documentos institucionais n.º 2 para Marco Referencia para Apoio no Desenvolvimento Territorial Rural no Brasil, MDA, Brasília-DF, 2005. O governo Federal está priorizando ações dentro dos Territórios Rurais como forma de fortalecer a Agricultura e o alto abastecimento das cidades. A EMBRAPA Agrofloresta com base em Rio Branco no Acre, já disponibiliza instrumentos de gestão para melhoria da produtividade em pequenas propriedades, com base nos SAFs. Documento do Colegiado do Ato Juruá-Amazonas 013/2006 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO - MDA TERRITÓRIO DO ALTO JURUA - AMAZONAS PECUARIA MADEIRA HIDROVIAS E ESTRADAS CIDADE FLORESTA COMUNIDADES ISOLADAS EXTRATIVISMO PESCA ARTESANAL AGROECOLOGIA O governo Estadual através do IDAM, promove a extensão Rural em parceria com produtores da região, incentivando a melhoria dos processos produtivos A UFAC mantém um grupo de pesquisa dentro do Projeto Arboreto no Parque Zoobotânico para apoiar e ajudar nas ações de implantação de SAFs.

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Page 1: Oficinas de Sistemas Agroflorestais: Território do Alto Jurua-AM

Prof. José Augusto Rocha STTR Guajará & Maria Francisca Rodrigues do Nascimento, Fundação Friederich Ebert Stiftung – FES/SERE.

Oficinas de Sistemas Agroflorestais: Território do Alto Juruá-Am

JUSTIFICATIVAA região do Alto rio Juruá, no Estado do Amazonas, é praticamente desconhecida pelas suas potencialidades agrícolas e pecuárias, mas no passado era uma importante fornecedora de produtos extrativistas, como seiva para borracha, samaumas para fabricas de papel e celulose , peixe-boi-da-amazônia para fornecer gordura ao mercado de Manaus etc. Um significativo número de famílias continuam tirando seu sustento da floresta, um exemplo são os ribeirinhos da Reserva Extrativista do Médio Juruá, que fornecem gordura de murmuru para empresas de cosméticos. Enquanto isso nas cidades não é suficiente o abastecimento de verdura, frutas regionais e mantimentos para a merenda escolar regionalizada, tamanha necessidade de aumentar a produção na região. Essa proposta é de aumentar a produção regional, voltada para o auto abastecimento e a comercialização do produtos excedentes, tais como açaí, murmuru, graviola, cupuaçu, mel etc...

OBJETIVO GERALPromover a implantação de sistemas agroflorestais em pequenas comunidades amazônicas visando a promoção da qualidade de vida da população rural regional.

OBJETIVO ESPECÍFICOS• Reduzir desigualdades sociais com equidade entre os atores do

território do Alto Juruá;• Promover o auto abastecimento urbano e a segurança alimentar;• Agregar valor a produção orgânica regional;• Fortalecer a imagem da região frente aos demais Territórios Rurais.

INTRODUÇÃOA construção de um Território Rural no interior da Amazônia, espacialmente no vale do rio Juruá é um desafio sem igual. O Ministério do Desenvolvimento Agrário, colocou a proposta para os gestores locais em 2003, como forma de descentralizar os investimentos no setor rural na região. As condições eram de apresentar propostas baseadas na visão de integração e agregação de valores para fomentar a economia com base na Agricultura Família. Devido as condições de isolamento geográfico e da diversidade cultural da região: ribeirinhos, extrativistas, indígenas, pecuaristas, colonos e empresários. Havia a possibilidade de fortalecer a identidade da região através de um ação em conjunto. Daí a idéia de fomentar a Agroecologia como base produtiva no Território através do sistemas Agroflorestais

METODOLOGIAPor meio do convenio 035/2005, firmado entre o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras rurais de Guajará e a SDT/MDA e a Caixa Econômica Federal, foi realizadas oficinas de capacitação em produção Agroecológica em 12 comunidades dos 4 municípios do Território Rural. Utilizando as ferramentas da Mochila do Educador Ambiental, demonstramos a dinâmica evolutiva do Sistema Agroflorestal em diferentes ambientes e cooperações. Variando entre aldeias indígenas até comunidades ribeirinhas de várzea, onde a sazonalidade oferece um desafio maior para a produção de alimentos. O foco sempre foi o abastecimento do Território.

RESULTADOS Alguns dos resultados após 10 meses de atividades entre os técnicos envolvidos e as comunidades capacitadas. 12 instituições envolvidas, e capacitadas para implantação de SAFs; 9 Gestores Públicos compreendendo e fortalecendo o debate dentro dos órgão

governamentais em cada município; Cindo projetos enviados para o MDA, financiar a produção de frutas e hortaliças

no Território Rural do Alto Juruá.

Diversidade Rural

Base Produtiva

Urbana

Diagnóstico

Demandas locais

Plano Safra

CONCLUSÃOA dinâmica de trabalho é formada pela necessidade de cada município, encaminhada ao colegiado por plano safra ou demanda emergencial. A cada reunião Territorial o Colegiado avalia indica e orienta os projetos para todos os participantes. As demandas surgem das comunidades e nos municípios: Guajará, Envia, Eirunepé e Ipixuna.

REFERENCIA BIBLIOGRÁFICAAMAZONAS, Governo do Estado, Programa de Zona Franca Verde. SDS, Manaus-AM, 2005. BRASIL, Agenda 21 Brasileira – Nota técnica do IBAMA para a Amazônia; Brasília-DF, 2000.SDT/MDA. Série Documentos Técnicos N.º 3, Gestão Social de Territórios Rurais, MDA, Brasília-

DF, 2005.SDT/MDA. Série Documentos Técnicos N.º 4, Guia para Controle Social de Territórios Rurais,

MDA, Brasília-DF, 2005.SDT/MDA. Série Documentos Técnicos N.º 2, Guia para Planejamento de Territórios Rurais,

MDA, Brasília-DF, 2005.Série Documentos institucionais n.º 1 para Referencia de Estratégias de Desenvolvimento

Territorial Rural no Brasil, MDA, Brasília-DF, 2004.Série Documentos institucionais n.º 2 para Marco Referencia para Apoio no Desenvolvimento

Territorial Rural no Brasil, MDA, Brasília-DF, 2005.

O governo Federal está priorizando ações dentro dos Territórios Rurais como forma de fortalecer a Agricultura e o alto abastecimento das cidades.

A EMBRAPA Agrofloresta com base em Rio Branco no Acre, já disponibiliza instrumentos de gestão para melhoria da produtividade em pequenas propriedades, com base nos SAFs.

Documento do Colegiado do Ato Juruá-Amazonas 013/2006

MINISTÉRIO DODESENVOLVIMENTOAGRÁRIO - MDA

TERRITÓRIO DO ALTO JURUA - AMAZONAS

PECUARIA

MADEIRA

HIDROVIAS E ESTRADAS

CIDADE

FLORESTA

COMUNIDADES ISOLADAS

EXTRATIVISMOPESCA

ARTESANALAGROECOLOGIA

O governo Estadual através do IDAM, promove a extensão Rural em parceria com produtores da região, incentivando a melhoria dos processos produtivos

A UFAC mantém um grupo de pesquisa dentro do Projeto Arboreto no Parque Zoobotânicopara apoiar e ajudar nas ações de implantação de SAFs.