oficina 1 - análise de indicadores de vulnerabilidade social

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OFICINA 1 - Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social Em Busca de Metodologias para Métricas Socioterritoriais Vulnerabilidade e Território: Compartilhando Ideias sobre Novos Desafios Conceituais e Metodológicos Flávia da Fonseca Feitosa Tathiane Mayumi Anazawa Antônio Miguel Vieira Monteiro (miguel, flavia, [email protected]) PROJETO MÉTRICAS: Métricas Territoriais de Proteção Social: A Capacidade Protetiva de Famílias Residentes em Territórios Precarizados de Metrópoles INPE, 19 de Março de 201

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PROJETO MÉTRICAS: Métricas Territoriais de Proteção Social: A Capacidade Protetiva de Famílias Residentes em Territórios Precarizados de Metrópoles. OFICINA 1 - Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social Em Busca de Metodologias para Métricas Socioterritoriais. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

OFICINA 1 - Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social Em Busca de Metodologias para Métricas Socioterritoriais

Vulnerabilidade e Território:Compartilhando Ideias sobre Novos Desafios Conceituais e Metodológicos

Flávia da Fonseca FeitosaTathiane Mayumi Anazawa

Antônio Miguel Vieira Monteiro

(miguel, flavia, [email protected])

PROJETO MÉTRICAS: Métricas Territoriais de Proteção Social: A Capacidade Protetiva de Famílias Residentes em Territórios Precarizados de Metrópoles

INPE, 19 de Março de 2012

Page 2: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

O INPE e as Métricas Socioterritoriais

Diário de Viagem

Page 3: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

SP, 1995-1996 – O MAPA 1

Mapa de Exclusão/Inclusão Social de São Paulo. Aldaiza Sposati (Coord.) São Paulo, EDUC, 1996.

Page 4: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

[1] A Fluidez da Inclusão/Exclusão Social, Revista Ciência&Cultura, 2005[2] Cidade em Pedaços , Editora Brasiliense, 2001, 173 p.

Aldaisa Sposati [1,2]

…novas técnicas e metodologias geoespaciais que permitem colocar em perspectiva a realidade sócio-econômico-espacial e seu movimento territorial. Modo de objetivação, com leitura possível na cena pública, a nova cognição permite adentrar o debate político das políticas públicas

Page 5: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Entre o “fio da navalha” da exclusão/inclusão social coloco em debate o papel do território enquanto um possível “fio da meada” que possa dar início a uma nova trama de tecer as políticas públicas brasileiras em direção à justiça social.

Dirce Koga [1]

[1] Medidas de Cidades: Entre Territórios de Vida e Territórios Vividos, Cortez Editora, 2004

Page 6: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

A Oportunidade do Encontro …

Page 7: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Oficinas de Trabalho…(1999-2000)

Page 8: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Mapa da Exclusão / Inclusão da Cidade de São Paulo 2000: Dinâmica Social dos anos 90, Aldaiza Sposati (coordenadora). São Paulo, PUC/SP-POLIS-INPE, 2000. 

Proposta de Trabalho Conjunto…

Page 9: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Projeto FAPESP: 2001 a 2002

Fase II:Estudos Territoriais das Desigualdades Sociais:

Em Busca da Topografia Social das Cidades

Dinâmica Social, Qualidade Ambiental e Espaços Intra-urbanos em São Paulo: Uma Análise Socioespacial

Projeto: 01965-0

Fase I:Revistando a Metodologia do Mapa Inclusão/Exclusão Social

Page 10: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Centro de Estudos das Desigualdades SocioTerritoriais

Fase II: Projeto FAPESP Política Públicas

Page 11: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Piracicaba, Diadema, João Pessoa, Campinas, Guarulhos, Goiânia e São Paulo

Page 12: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

E os MAPAS (e Conceitos) Evoluíram…

Page 13: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Novos Desafios

Conceituais: Vulnerabilidade ?

Metodológicos: Como Medir , O Que Medir??

Operacionais: Como ‘Representar’ ??

Page 14: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Uma conversa em uma cidade do país...(22/02/2011)

PREFEITO: As pessoas da comunidade ajudariam a prefeitura “não fazendo casas ondem não devem”

MORADORA DE ÁREA DE RISCO:

“Mas a gente está aqui porque não tem condição de ter uma moradia digna.”

PREFEITO: “Minha filha, então morra, morra!”

Fonte:Transcrição de Matéria Jornalítica GloboNews postada em YouTube: http://youtu.be/tjGMRb83MPk

Fonte: Blog A Identidade Bentes:,Publicado em 22/2/2011:http://www.idbentes.com.br/?tag=amazonino-mendes

Page 15: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Vulnerabilidade:

Uma palavra…

Diferentes tradições de pesquisa…

Vários recortes disciplinares.

Page 16: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Para uma conceituação interdisciplinar da vulnerabilidadeDaniel Joseph Hogan e Eduardo Marandola Jr.Capítulo 1. Novas Metrópoles Paulistas: População, Vulnerabilidade e Segregação. José Marcos Pinto da Cunha ( Org.), NEPO, 2006

Conciliar e somar, não dividir: esta é nossa expectativa mais ambiciosa no estudo da vulnerabilidade e na busca de caminhos para uma conceituação interdisciplinar e robusta desta marca indelével de nossa sociedade contemporânea.

Page 17: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Um ponto de partida...

CONCEITOS MEDIADORES(boundary concepts)

Palavras que operam como conceitos em diferentes disciplinas e perspectivas. Entidades negociáveis, permitem que distintas partes discutam conceitualmente sobre a multidimensionalidade de questões de interesse comum

Exemplo: VulnerabilidadeLöwy, Ilana. 1992. The Strength of Loose Concepts - Boundary Concepts, Federative Experimental Strategies and Disciplinary

Growth: The Case of Immunology. History of Science, Vol. 30, p.371-396

Mollinga, Peter P.(2010) The Rational Organization of Dissent. Working Paper, ZEF, Bonn.

Page 18: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

VULNERABILIDADEUm Conceito Mediador

Riqueza do ConceitoPluralidade que a diversidade das disciplinas que o adotam tendem a produzir

Significados diferentes, porém relacionados:

POSSIBILITA O DESPERTAR DA CURIOSIDADE SOBRE AS

DIMENSÕES “ALÉM FRONTEIRA”

Page 19: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Nossa Pequena Contribuição

Como ???

Instrumentalizar parte deste Debate

Capacidade Empírica Sistematizada de Observar Dinâmicas Urbanas (Grupos, Familias em seus espaços de vida) e Testar

Hipóteses.

Como ???

Page 20: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Tomar as Cidades comoSistemas Socioecológicos - SSE¹

Traz o Potencial para Análise do Problema com estratégias que possam lidar empiricamente com Dinâmicas Complexas,

onde Componentes Sociais e Biofísicos estão Interligados

[¹] Elinor Ostrom, A General Framework for Analyzing Sustainability of Social-Ecological Systems,

Science 24 July 2009: Vol. 325 no. 5939 pp. 419-422

Page 21: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Porque uma leitura da Dinâmica das Cidades a partir do Arcabouço Conceitual de Ostrom para

Sistemas Socioecológicos – SSE ?

[1] M. Janssen and E..Ostrom, GOVERNING SOCIAL-ECOLOGICAL SYSTEMS Handbook of Computational Economics, Volume 2. Edited by Leigh Tesfatsion and Kenneth L. Judd, 2006

Porque ele permite e aposta em uma possibilidade de exploração empírica (de abordagem metodológica mista)

para estudar as possibilidades (probabilidades) de soluções cooperativas, sem deixar de observar as

assimetrias dos atores envolvidos, para os diversos dilemas sociais que confrontam estes sistemas.

Page 22: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Conceitos mediadores tomam “corpo”Passam a ser explorados de forma cada vez mais ativa.

Operacionalizações começam a ser geradas:

OBJETOS MEDIADORESFacilitam a apreensão do conceito e respondem à demanda por

elementos que subsidiem processos de tomada de decisão, mesmo em condições de incerteza e conhecimento incompleto

Indicadores e Cartografias da Vulnerabilidade

(conjunto de representações gráficas)

Page 23: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Mas Qual o Problema com Índices e Indicadores, principalmente os

Indicadores Síntese ??

Page 24: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Índices e Indicadores

Page 25: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Vera Telles [1]

[1] Medindo coisas, produzindo fatos, construindo realidades sociais. Seminário Internacional sobre Indicadores Sociais para Inclusão Social ,15 e 16 de maio de 2003, PUC-SP . Mesa: Indicadores sociais entre a objetividade e a subjetividade (16/05/2003)

Essa longa referência a Desrosière¹ tem o sentido aqui de chamar a atenção para a complexidade que pode estar envolvida na produção de indicadores. Complexidade que diz respeito à construção dos fatos sociais, construção que tem uma dimensão cognitiva/descritiva, normativa/prescritiva e também política na medida em que circunscreve arenas, participação e representação, o jogo dos atores e a pauta de suas disputas.

Mas isso significa dizer que, a rigor, os indicadores não medem a realidade, algo que estaria lá pronto para ser descrito: participam da construção social da realidade.

¹DESROSIÈRE, Alain. La politique des grands nombre. Histoire de la raison statistique. Paris : La Découverte, 2000 (2a edicao).

Page 26: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Territórios e Lugares nas Cidades

Relações SocioEspaciais através de Indicadores Espaciais Locais Relacionais

Medidas de Diferentes, de Desiguais e de (Des)conectados¹

¹ GARCÍA CANCLINI, NESTOR. Diferentes, desiguales y desconectados. Mapas de la interculturalidad. Editorial Gedisa, Barcelona, 2004.

Page 27: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Linhas teóricas da vulnerabilidade - Adger, 2006

Parte de uma análise das diferentes linhas teóricas da vulnerabilidade

Nossa experiência...

Page 28: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

(Adger, 2006)

Analisando as diferentes linhas teóricas da vulnerabilidade

Page 29: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

“A incapacidade de uma pessoa ou de um domicílio para aproveitar-se das oportunidades, disponíveis em distintos âmbitos sócio-econômicos, para

melhorar sua situação de bem-estar ou impedir sua deterioração” (Kaztman, 2007)

Estado Mercado Sociedade

ATIVOS/CAPITAIS

Estrutura de Oportunidades e Ativos (Kaztman)

Ativos/Capitais = recursos AcessibilidadeEstratégias de uso

Condições de Vulnerabilidade

Analisando as diferentes linhas teóricas da vulnerabilidade

Page 30: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

(Adger, 2006)

Analisando as diferentes linhas teóricas da vulnerabilidade

Page 31: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

indivíduos, famílias ou grupos sociais

Desconsiderando as dinâmicas dos sistemas

biofísicos

Influências qualitativas

territórios (regiões e ecossistemas)

Abordagens integradas recente

Influências quantitativas

Em busca de uma conciliação...

Modos de vida sustentáveis e vulnerabilidade à pobreza

Vulnerabilidade de sistemas socioecológicos

Page 32: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

A vulnerabilidade pode ser contextualizada como uma

propriedade do SSE Vulnerabilidade Socioecológica;

Operacionalização IVSEConjunto de indicadores e

representações gráficas que capturem a dinâmica dos subsistemas social e

ecológico de modo relacional e multidimensional;

Extensão da caracterização dos perfis de ativos , para acomodar

dimensões relativas aos territórios.

ANAZAWA, T. M.; FEITOSA, F. F.; MONTEIRO, A. M. V. Indicadores Territoriais de Vulnerabilidade Socioecológica: Uma Proposta Conceitual e Metodológica e sua Aplicação para São Sebastião, Litoral Norte Paulista. In: MARANDOLA JR., E. e OJIMA, R. (Eds.). Mudanças Climáticas e as Cidades: População, Urbanização e Adaptação. (No prelo) Publicação prevista para setembro, 2012.

Nossa experiência...

Page 33: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

ÍNDICE DE VULNERABILIDADE

SOCIOECOLÓGICA - IVSE

Releitura

Maxwell e Smith (1992)

Moser (1998)

Kaztman et al. (1999)

Capital Produtivo

Capital Não Produtivo

Capital HumanoRenda

Capacidade de Reivindicação

Capital Humano

Ativos produtivos

Relações do lugar

Capital Social

Capital Humano

Capital Social

Capital Físico

Capital Humano

Capital Financeiro

Capital Físico-Natural

Capital Social

33

Page 34: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

A disponibilidade de recursos de alta liquidez, como salários, bem como bens materiais de

menor liquidez (imóveis, etc.)

34

CAPITAL FINANCEIRO

Page 35: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

O capital humano representa as habilidades, conhecimentos, capacidade de

trabalho e boa saúde.

35

CAPITAL HUMANO

Page 36: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Habilidades desenvolvidas para garantia de benefícios através de associações em redes de

relações sociais ou outras estruturas sociais

CAPITAL SOCIAL

36

Page 37: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Compreende os estoques de recursos relativos à “natureza da cidade”, aqui entendida como uma produção histórica na qual a distinção entre objetos naturais e objetos fabricados torna-se impossível (SANTOS, 2002). Trata-se de recursos comuns e

indivisíveis, vinculados à localização residencial, que são relevantes para a manutenção da segurança e bem-estar das

famílias.

Exemplos: condições locais de acesso, serviços e infraestrutura, qualidade do ar, características geotécnicas do terreno, ou mesmo a distância de elementos que possam representar alguma ameaça (indústrias de alta periculosidade, rios e córregos, barragens, áreas contaminadas, etc.).

CAPITAL FÍSICO-NATURAL

Page 38: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

LITORAL NORTE PAULISTA Turismo

Segunda residênciaMigração

Localização geográficaPorto São Sebastião

Novos empreendimentos

PILOTO: Litoral Norte de São Paulo

Page 39: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social
Page 40: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Landsat (TM)R(5)G(4)B(3)

2000

Imagem classificada

Pós-processamentoÁreas ocupadas

inclusivas

Page 41: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Dados de Sensoriamento Remoto

Dados Populacionais

Dados Cartográficos

Page 42: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

CAPITAL FINANCEIRO

Indicador Justificativa Cálculo

Renda do Chefe de Família

O rendimento dos chefes de família indica a capacidade de cobertura do orçamento doméstico, bem como a capacidade de aquisição de bens e serviços (SPOSATI, 1996).

Indicador estratificado, representado pela porcentagem de chefes de família: (1) sem rendimento; (2) com até 2 salários mínimos (SM); (3) com mais de 2 a 5 SM; (4) com mais de 5 a 10 SM; (5) com mais de 10 a SM; (6) com mais de 20 SM.

Domicílios próprios

A presença de domicílios próprios indica maior estabilidade, ou seja, a posse de bens duráveis (CUNHA et al.,2004).

Porcentagem de domicílios próprios

Page 43: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

CAPITAL HUMANO

Indicador Justificativa Cálculo

Educação do chefe de família

O grau de escolaridade do chefe de família indica as oportunidades de inclusão e acesso ao mundo do trabalho. Quanto maior o grau de escolaridade do chefe de família, maiores são as habilidades e o conhecimento adquiridos. A educação também contribui para as possibilidades de elevação dos salários em função das perspectivas da oferta e demanda do mercado de trabalho. (SPOSATI, 1996).

Indicador estratificado, representado pela porcentagem dos chefes de família: (1) sem instrução ou com menos de 1 ano de estudo (AE); (2) com 1 a 3 AE; (3) com 4 a 7 AE; (4) com 8 a 10 AE; (5) com 11 a 14 AE e; (6) com 15 ou mais AE.

Alfabetização dos filhos

Indivíduos que freqüentam a escola, a partir da infância, passam a adquirir a sociabilidade no âmbito escolar, a noção de crescimento individual e coletivo e a valorização do conhecimento formal (escolar), atributos necessários para a formação de cidadãos capazes de atuar social, econômica e politicamente. Filhos alfabetizados indicam sua capacitação individual para sua inserção no mercado de trabalho, para o seu desenvolvimento pessoal e profissional, para a continuidade de aquisição de conhecimentos (IBGE, 2010b).

Porcentagem de filhos alfabetizados com mais de cinco anos

Razão de dependência

É uma forma de quantificar a população potencialmente ativa e, portanto, a necessidade de geração de trabalho e renda que permita a essa população suprir a parcela inativa. Valores elevados indicam que a população em idade produtiva deve sustentar uma grande proporção de dependentes, o que significa consideráveis encargos assistenciais para a sociedade (RIPSA, 2008).

Razão entre: "População 0 a 14 anos"+"População 60 ou mais" pelo total de "População de 15 a 59 anos"

Page 44: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

CAPITAL SOCIAL

Indicador Justificativa Cálculo

Chefe de família mulher sem instrução

Indica uma estrutura familiar complexa, uma vez que as mulheres ocupam-se de atividades domésticas não remuneradas indispensáveis para reprodução da força de trabalho. Essa situação leva a falta de tempo para investir em sua formação educacional e profissional, que reflete na questão intergeracional, onde seus filhos teriam piores resultados no desempenho escolar, limitando suas possibilidades de sair da pobreza ao se tornarem adultos (CARLOTO, 2005; HIRATA, 2002).

Percentual de domicílios chefiados por mulheres sem instrução

Índice de Isolamento da

Pobreza

O isolamento de famílias de baixa renda costuma estar associado à concentração de uma série de desvantagens, situação esta que tende a configurar relações de vizinhança mais fracas, diminuição do capital social das famílias e, consequentemente de capacidade de resposta frente a uma perturbação (FEITOSA et al., 2007).

Grau de concentração de famílias com renda de até 4 salários mínimos.

Page 45: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

CAPITAL FÍSICO-NATURAL

Indicador Justificativa Cálculo

Cobertura de rede de

abastecimento de água

O acesso à água tratada é fundamental para a melhoria das condições de saúde e higiene. Constitui-se como caracterização básica da qualidade de vida da população, possibilitando o acompanhamento das políticas públicas de saneamentos básico e ambiental (IBGE, 2010b).

Percentual de domicílios particulares permanentes servidos por rede geral de abastecimento de água

Cobertura de esgotamento

sanitário

O acesso ao esgotamento sanitário constitui-se tanto para a caracterização básica da qualidade de vida da população residente em um território quanto para o acompanhamento das políticas públicas de saneamentos básico e ambiental. Caso a cobertura deste serviço seja baixa, a proliferação de doenças transmissíveis decorrentes de contaminação ambiental será favorecida (IBGE, 2010b).

Percentual de domicílios particulares permanentes que dispõem de escoadouro de dejetos através de ligação do domicílio à rede coletora

Cobertura de coleta de lixo

O acesso à coleta de lixo domiciliar constitui-se num indicador adequado de infraestrutura e suas informações são importantes por constituir um indicador que pode ser associado tanto à saúde da população quanto à proteção do ambiente, pois resíduos não coletados ou dispostos em locais inadequados favorecem a proliferação de vetores de doenças e podem contaminar o solo e os corpos d’água (IBGE, 2010b).

Percentual dos domicílios particulares permanentes atendidos por serviço regular de coleta de lixo domiciliar

Page 46: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

CAPITAL FÍSICO-NATURAL

Indicador Justificativa Cálculo

Declividade A declividade é definida como o ângulo de inclinação (zenital) da superfície do terreno em relação à horizontal. Possui estreita associação com processos de transporte gravitacional (escoamento, erosão, deslizamento) (VALERIANO, 2008).

Indicador simples com a declividade expressa em porcentagem

Forma do terreno

Indiretamente, a geração de movimento de massas pode ser condicionada pela forma do terreno, que exerce um papel relacionado com processos de migração e acúmulo de matéria (principalmente água) na superfície. A indicação da forma do terreno é fornecida através da combinação das classes de curvaturas horizontais (convergente, planar ou divergente) e verticais (côncavo, retilíneo ou convexo) (VALERIANO, 2008).

Indicador simples, apresentando nove classes de formas do terreno: (1) convergente-côncava; (2) convergente-retilínea; (3) convergente-convexa; (4) planar-côncava; (5) planar-retilínea; (6) planar-convexa; (7) divergente-côncava; (8) divergente-retilínea; (9) divergente-convexa.

Proximidade a rios

A proximidade à rede drenagem indica uma potencial exposição de um grupo populacional residente ao perigo de uma enchente e assim aos riscos de alagamento dos imóveis, interrupção de transportes e serviços e de doenças de veiculação hídrica pelo contato direto com a água que pode estar contaminada (ALVES et al., 2009; SOUZA, 2004).

Indicador simples, construído a partir de buffers de proximidade à rede de drenagem: (1) até 30m; (2) até 60m; (3) até 90m; (4) até 120m; (5) até 150m; (6) mais de 150m de proximidade.

Proximidade ao mar

A proximidade ao mar indica uma potencial exposição de um grupo populacional residente ao gradual aumento do nível médio do mar em um contexto de mudanças climáticas, com evidentes consequências para o equilíbrio das zonas costeiras, assim como para a manutenção dos seus ecossistemas (NEVES; MUEHE, 2008).

Indicador simples, construído a partir de buffers de proximidade ao mar: (1) até 100m; (2) até 200m; (3) até 300m; (4) de até 400m; (5) de até 500m; (6) mais de 500m.

Risco tecnológico

Configura-se risco tecnológico associado ao terminal petrolífero TEBAR, incluindo seu parque de tanques de armazenamento de petróleo e derivados na área central de São Sebastião. A presença de domicílios, edificações em territórios localizados próximos ao TEBAR indica exposição a explosões, emissões, vazamentos e contaminação das águas e solos (SANTOS, 2011a).

Indicador simples, representado por um buffer de proximidade: (1) 0 a 200m; (2) 200 a 400m; (3) 400 a 600m; (4) 600 a 800m; (5) 800 a 1000m; (6) mais de 1000m

Page 47: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Escalas de Análise

Escala de Ocorrência dos Processos

Escala de Captação de Dados

Escala de Atuação sobre os

Determinantes

Slides: Christovam Barcellos,CICT/Fiocruz

Page 48: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Unidades Espaciais de Análise

Page 49: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Requisitos para adoção de unidades espaciais de análise

Presença nos sistemas de informação

Significado popular-organização político-administrativa

Homogeneidade interna - heterogeneidade externa

Coerência com a escala de análise

Page 50: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Tipos de unidades espaciais

Físico-territoriaisBacias hidrográficaEcossistema

Técnicas Micro região geográfica (IBGE)Área de influência de cidades (IBGE)“Região homogênea” (diversos)

PopularesBairroFavela

Page 51: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Tipos de unidades espaciais

Político-administrativasEstado MunicípioDistrito

OperacionaisDomicílio (Residência)Setor Censitário (IBGE)Distrito de água e esgoto (Ag. Saneamento)CEP (Correios)Distrito sanitário (SMS)Área de adscrição (ambulatório)

Família ???

Page 52: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Espaço Celular

Seu objetivo é integrar informações provenientes de diferentes fontes, em geometrias distintas agregando-os em uma mesma base espaço-

temporal.

UNIDADE ESPACIAL DE ANÁLISE

Page 53: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social
Page 54: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Atributos das células

Espaço Celular

Page 55: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social
Page 56: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Cômputo do IVSE

Page 57: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Painel dos Capitais

Page 58: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

0

1

Menor acesso

Maioracesso

São Sebastião

Caraguatatuba

IVSE - 2000

1º olhar: Superfícies de Vulnerabilidade

2º olhar: Perfis de Ativos

Capital Social

Capital Financeiro

Capital Humano

Capital Físico-

Natural

Capital Social

Capital Financeiro

Capital Humano

Capital Físico-

Natural

Análises

Page 59: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

CS

CF

CH

CS

CF

CH

Imag

em d

e sa

télit

e G

eoEy

e (0

1/10

/200

9)

Verificação remota Verificação em campoPerfil de ativos

Foto: Tathiane Anazawa

Foto: Tathiane Anazawa

Verificação remota Verificação em campo

Imag

em d

e sa

télit

e G

eoEy

e (0

1/10

/200

9)

Perfil de ativos 1991 2000

CS 0,87 0,88

CH 0,74 0,74

CF 0,68 0,76

CFN 0,66 0,5

IVSE 0,71 0,69

1991 2000

CS 0,91 0,89

CH 0,58 0,64

CF 0,59 0,46

CFN 0,28 0,1

IVSE 0,52 0,41

A

B

A

B

Painel de observações

IVSEsintético

Espaço celular

CFN

CFN

Page 60: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

CS

CF

CH

CS

CF

CH

Verificação remota Verificação em campo

Verificação remota Verificação em campo

Perfil de ativos

Perfil de ativos

Imag

em d

e sa

télit

e G

eoEy

e (0

1/10

/200

9)Foto: Tathiane Anazawa

Foto: Tathiane Anazawa

A

B

1991 2000

CS 0,7 0,71

CH 0,34 0,48

CF 0,72 0,77

CFN 0,65 0,75

IVSE 0,6 0,55

1991 2000

CS 0,7 0,72

CH 0,34 0,48

CF 0,72 0,77

CFN 0,47 0,55

IVSE 0,54 0,48

A

B Painel de observações

IVSEsintético

Espaço celular

CFN

CFN

Imag

em d

e sa

télit

e G

eoEy

e (0

1/10

/200

9)

Page 61: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Nossa abordagem procura construir uma representação multifacetada da vulnerabilidade a partir de uma

caracterização estendida dos perfis de ativos das famílias (MOSER, 1998;

KAZTMAN, 2000), que incorpora uma dimensão territorial explícita e uma

dimensão relacional.

Page 62: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Acreditamos que a abordagem conceitual e metodológica

apresentada tem sua relevância na promoção do debate necessário

para uma compreensão mais integrada das dinâmicas de

vulnerabilidade, compreendendo seus diferenciais e suas trajetórias

nos territórios das cidades.

Page 63: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Esperamos com esta linha de trabalho ampliar nossa capacidade de superar as limitações apresentadas pelo uso único de mapas sínteses e medidas

integradoras, proporcionando novas perspectivas de leituras, embora mais

complexas, aos estudos de vulnerabilidade de base empírica.

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Muito Obrigado !!!

Page 65: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

CÂMARA, G. ; MONTEIRO, Antônio Miguel V.; RAMOS, F. ; SPOSATI, Aldaiza ; KOGA, D. Mapping Social Exclusion/Inclusion in Developing Countries: Social Dynamics of São Paulo in the 90's. In: Michael Goodchild; Dan Janelle. (Org.). Spatially Integrated Social Science: Examples in Best Practice. 1 ed. New York: Oxford University Press, 2004, v. 1, p. 223-237. 

CÂMARA, G. ; MONTEIRO, Antônio Miguel V.; SPOSATI, Aldaiza ; RAMOS, F. ; KOGA, D.; AGUIAR Ana Paula D. Territórios Digitais: As Novas fronteiras do Brasil. Parcerias Estartégicas, n.20 (pt. 2), Jun 2005 , p. 709-726. 

Page 66: OFICINA 1 -  Análise de Indicadores de Vulnerabilidade Social

Políticas públicas, pobreza urbana e segregação residencialHaroldo da Gama Torres, Eduardo César Marques e Renata Mirandola Bichir.Capítulo 8. Novas Metrópoles Paulistas: População, Vulnerabilidade e Segregação. José Marcos Pinto da Cunha ( Org.), NEPO, 2006

No que diz respeito à dimensão espacial, não buscamos apenas descrever a presença de diferenciais socioeconômicos no espaço (entre grupos, atividades etc.), mas defender a existência de uma dimensão verdadeiramente espacial nas condições de vida.