off-flavours ou defeitos - drap c · associados ao metabolismo bacteriano diacetilo aroma: notas a...
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“Os aromas dos vinhos – dos fundamentos químicos ao nariz do provador/consumidor”“Os aromas dos vinhos – dos fundamentos químicos ao nariz do provador/consumidor”
Goreti Botelho
PARTE 3 – Defeitos no aroma
Anadia, 14 de novembro de 2016
Off-flavours ou defeitos
Quando é que um Aroma
se transforma num Defeito???
Quando é muito forte
Quando o odor nos lembra algo muito desagradável
Quando não se espera num determinado produto
Quando as característicaspositivas do produto
aumentam após a sua remoção
MetoxipirazinasEtilfenóis
Vinhos oxidadosVinhos com sulfídrico
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Defeitos sensoriais de vinhosDefeitos sensoriais de vinhos
• Defeitos associados à uva
• Defeitos associados às fermentações
• Defeitos associados ao estágio
• Defeitos associados ao envelhecimento em garrafa
Defeitos associados às uvasDefeitos associados às uvas
Dois grandes grupos de possíveis defeitos:
• Defeitos associados à maturação
•Defeitos associados às doenças criptogâmicas
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Defeitos associados às uvasDefeitos associados às uvas
IBMP 3-isobutil-2-metoxipirazina
• Aroma a pimento verde e gosto herbáceo
• Limiar de detecção:2 a 8 ng/L vinhos brancos2 a 16 ng/L vinhos tintos
Defeitos associados à maturação
Defeitos associados às uvasDefeitos associados às uvas
Como gerir a concentração de pirazinas nos vinhos?
• Análise sensorial dos bagos de uva
• Conhecer as parcelas
•Controlar a maceração
Defeitos associados à maturação
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Defeitos associados às uvasDefeitos associados às uvas
1-Hexanol Álcool com 6 carbonos
• Aroma a erva cortada, folhas verdes ou secas
Defeitos associados à maturação
Defeitos associados às uvasDefeitos associados às uvas
Como prevenir a formação de compostos em C 6?
• Vindimar com a maturação adequada
• Evitar ao máximo a dilaceração (etapa-chave: prensagem)
• Conseguir rapidamente um mosto límpido
Defeitos associados à maturação
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Defeitos associados às uvasDefeitos associados às uvas
Como diminuir os gostos/aromas herbáceos?
• A clarificação é o método mais eficaz para eliminar os gostos/aromas herbáceos
• caseína
• PVPP (polivinilpolipilorridona)
• Associação de colas proteicas (gelatina/cola de peixe)
Defeitos associados à maturação
Defeitos associados às uvasDefeitos associados às uvas
Geosmina
2MIB2-Metil-isoborneol
IPMP2-isopropil-3-metoxi-pirazina
Odores com origem nas uvas alteradas
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Defeitos associados às uvasDefeitos associados às uvas
Geosmina
• Gosto/aroma a terra húmida, a beterraba cozida, a húmus
Odores com origem nas uvas alteradas
Defeitos associados às uvasDefeitos associados às uvas
2MIB2-Metil-isoborneol
• Odor a terra
• Limiar de detecção:• Na água 29 ng/L• No vinho 30 ng/L
Odores com origem nas uvas alteradas
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Defeitos associados às uvasDefeitos associados às uvas
IPMP2-Isopropil-3-metoxipirazina
• Odor a terra ou a vegetal
•Limiar de detecção:
Na água 2 ng/L
Odores com origem nas uvas alteradas
Defeitos associados às uvasDefeitos associados às uvas
Quais são os factores que favorecem o aparecimento destas moléculas?
• Chuvas intensas
• Fragilidade da película das uvas
• Ataque pelos fungos Botrytis cinerea
Defeitos associados à maturação
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Defeitos associados às uvasDefeitos associados às uvas
Factores responsáveis pelo desenvolvimento de Penicillium:
• Metereologia favorável: chuva durante a maturação e colheita• Temperaturas: 15 a 25 ºC
• Bagos bem maduros
• Cachos densos
•Fissura das películas (parasitas, fisiológica, climática, mecânica)
Defeitos associados à maturação
Defeitos associados às uvasDefeitos associados às uvas
Como previnir e eliminar a geosmina?
• Favorecer os tratamentos preventivos nas parcelas
• Clarificação nos mostos brancos e rosés
• Clarificação específica
Defeitos associados à maturação
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Defeitos associados às uvasDefeitos associados às uvas
O odor a fungos
• 1-octeno-3-ona
•1-octeno-3-ol
•2-octeno-1-ol
Odores com origem nas uvas alteradas
Defeitos associados às uvasDefeitos associados às uvas
Odores a fungos?
• Compostos produzidos por Botrytis cinerea e outros fungos
• Muito difíceis de eliminar (carvão)
Defeitos associados à maturação
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Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Três grandes grupos de possíveis defeitos:
• Os “clássicos”: os principais produtos do metabolismo das leveduras e das bactérias
•As alterações devidas a compostos de enxofre
•Os defeitos associados ao metabolismo bacteriano
Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Ácido acético
• Odor a vinagre, sabor acre
•Limiar de detecção:750 mg/L
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Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Múltiplas origens do ácido acético:
• Presença inevitável associada ao metabolismo das leveduras
•Presença acidental por leveduras, bactérias lácticas e acéticas
•Técnicas de produção de vinho são fundamentais na prevenção
Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Ácido acéticoComo prevenir e tratar?• Evitar o stress das leveduras durante a fermentação
• Controlar as populações de microrganismos contaminantes
• Níveis suficientes de sulfuroso (SO2) nos vinhos
•Tratamento curativo: osmose inversa, resinas de adsorção.
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Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Acetato de etilo
• Aroma a vinagre, cola, verniz das unhas
•Limiar de detecção:160 mg/L
Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Acetato de etiloProdução por leveduras e bactérias acéticas
• Produção durante a FA
• Flora de leveduras autóctones da uva, ex.Schizosaccharomyces spp. e Kloeckera spp.
• Bactérias acéticas durante o envelhecimento e conservação
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Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Acetato de etiloRegras práticas para enfrentar este defeito:
• Atenção à podridão ácida das uvas
• Evitar o desenvolvimento de leveduras indígenas e inocular antes do início da FA
• Controlar o desenvolvimento das bactérias acéticas durante o estágio dos vinhos
Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Ácido acético / Acetato de etiloPrevenção – Conselhos úteis:
• Transporte das uvas da vinha para a adega-Controlo do tempo e da temperatura
• Rigor na higiene das cubas e do equipamento todo de vinificação- Limpezas frequentes durante e a vindima e as vinificações;- Limpeza e desinfecção ao longo do ano.
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Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Ácido acético / Acetato de etiloPrevenção – Conselhos úteis:• Análises sistemáticas da vindima ou do mosto- pH, acidez total, compostos azotados- Correcção da vindima se necessário
• Inoculação com leveduras seleccionadas
• Nível de sulfitação adequado ao estado das uvas•Controlo das temperaturas de vinificação
• Análise e prova durante a fermentação
Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Compostos de enxofre
Sulfureto de hidrogénio
Etanotiol
Metionol3-metiltio-1-propanol•Limiar de detecção:160 mg/L
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Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Os compostos de enxofre “leves”intervêm nos odores de redução
Substâncias Limiar de
detecção µg/L
Descritores Vinho limpo µg/L
Vinho redução µg/L
Ponto ebulição
Sulfureto de carboniloSulfureto de hidrogénioMetanotiolEtanotiolSulfureto de dimetilo (DMS)
Dissulfureto de carbono
0,80,30,15
EtéreoOvo PodreÁgua choca
CebolaMarmelo,
trufa, borracha
Borracha
0,40,30,70
1,4
1,7
0.716,35,110,8
2
2,4
-50-6163535
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Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Sulfureto de hidrogénioH2S
Aroma a ovos podres
Limiar de detecção: 0,8 µg/L
Nos vinhos reduzidos, o seu conteúdo é muito superior ao limiar de detecção
Formação durante a FA e autólise das leveduras
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Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Etanotiol
Aroma a cebola, alho ou a gás natural
Limiar de detecção: 1,1 µg/L
Oxidação em sulfureto de dietilo (limiar de detecção 4,3 µg/L)
Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Metionol3-metiltio-1-propanol
Aroma a couve flor e batatas cruas cortadas
Limiar de detecção: 1200 µg/L
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Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Como evitar problemas devido aos compostos com enxofre?
• Evitar doses de SO2 excessivas• Gerir bem a defecação• Escolher leveduras seleccionadas
• Nutrição das leveduras de fermentação (adição frequente de azoto durante a FA
• Gerir bem o estágio sobre borras em barricas
Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Desvios de origem pré-fermentativa ou fermentativa
Como eliminar os problemas devido aos compostos com enxofre?
• Eliminar o oxigénio• Adição de taninos• Adição de aparas tostadas• Adição de sulfato de cobre
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Defeitos de origem fermentativaassociados ao metabolismo bacteriano
Defeitos de origem fermentativaassociados ao metabolismo bacteriano
Diacetilo
Aroma: notas a manteiga ou a avelã
Limiar de detecção: na ordem dos mg/L
Defeitos de origem fermentativaassociados ao metabolismo bacteriano
Defeitos de origem fermentativaassociados ao metabolismo bacteriano
Formação do Diacetilo
Bactérias lácticas (efeito estirpe – algumas produzem menos)
Momento da realização da FML: existem menos notas lácteas se FML realizada em simultâneo com a FA)
Efeito estágio sobre borras: diminuição por adsorção pelas paredes de leveduras
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Defeitos associados ao envelhecimento e conservação dos vinhos
Defeitos associados ao envelhecimento e conservação dos vinhos
Defeitos de diversas origens:
Proliferação de Brettanomyces
Subprodução de bactérias lácticas
Defeitos associados aos recipientes
Defeitos associados ao envelhecimento e conservação dos vinhos
Defeitos associados ao envelhecimento e conservação dos vinhos
Os fenóis voláteis e compostos associados
The name Dekkera is often used interchangeably with Brettanomyces. They are actually the same genus (this is the taxonomic group just above ‘species’), with Dekkera being used for the ascospore-forming (sporogenous) form of this yeast, and Brettanomyces used for the non-spore forming type. There are currently five recognized species of Brettanomyces/Dekkera: B. nanus, B. bruxellensis, B. anomalus, B. custersianus and B. naardenensis, with a range of synonyms in common use. Of these, research indicates that B. bruxellensis is the most relevant to wine.
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Defeitos associados ao envelhecimento e conservação dos vinhos
Defeitos associados ao envelhecimento e conservação dos vinhos
Pathway to the formation of 4-ethyl phenol and 4-ethyl guaiacol in wine
Surveys of Australian wines have shown that detectable levels of 4-ethyl phenol is more likely to be seen in darker coloured wines, with Shiraz and Cabernet wines than wines made from either Pinot noir and Grenache. The reason for this is unclear, but may involve the coumarates which are a form of coloured anthocyanins found in red wines.
Defeitos associados ao envelhecimento e conservação dos vinhos
Defeitos associados ao envelhecimento e conservação dos vinhos
Fenóis voláteis
COMPOSTO DESCRITOR
4-etilfenol Couro, cavalariça, suor de cavalo
4-etilguaiacol Cravo-da-índia, cravos
4-etil-catecol Especiarias
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Defeitos associados ao envelhecimento e conservação dos vinhos
Defeitos associados ao envelhecimento e conservação dos vinhos
Os fenóis voláteis e compostos associados
• Elevado interesse do controlo microbiológico
• Elevado interesse preventivo do controlo microbiológico comparativamente ao controlo químico ou de prova sensorial
Defeitos associados ao envelhecimento e conservação dos vinhos
Defeitos associados ao envelhecimento e conservação dos vinhos
Os fenóis voláteis e compostos associados
Estratégias de prevenção:• Acompanhamento microbiológico• Decisão de intervenção em função do nível de Brett (Brettanomyces) geralmente risco a partir de 102 a 103/mL• Gestão do sulfuroso• Gestão da turbidez (clarificar quanto antes)• Segurança microbiológica dos vinhos utilizados para o estágio em barricas de madeira• Eliminação ou tratamento das barricas contaminadas• Evitar contaminações cruzadas
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Defeitos associados ao envelhecimento e conservação dos vinhos
Defeitos associados ao envelhecimento e conservação dos vinhos
Os fenóis voláteis e compostos associados
Pequenos conselhos a seguir:
• Turbidez e SO2: sulfitar depois de uma trasfega, diminui a taxa de combinação de SO2, logo adição de SO2 é mais eficaz;• Atenção ao consumo de SO2 nas barricas novas nos 3 primeiros meses;• Esperar uma semana depois da adição de SO2 para realizar a contagem de Brett. vivas, caso contrário, não crescerão.
Defeitos associados ao envelhecimentoDefeitos associados ao envelhecimento
TCA : 2,4,6-tricloroanisol
TeCA: 2,3,4,6-Tetracloroanisol
Moléculas responsáveis pelo gosto e aroma a mofoLimiares de detecção:TCA: 5 ng/LTeCA: 20 ng/L
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Defeitos associados ao envelhecimentoDefeitos associados ao envelhecimento
TCA : 2,4,6-tricloroanisolTeCA: 2,3,4,6-Tetracloroanisol
Diversas origens possíveis:
TCA: contaminações através das rolhas de cortiça
TeCA: contaminação através do ambiente, produtos de limpeza/desinfecção (clorados)
Defeitos associados ao envelhecimentoDefeitos associados ao envelhecimento
TCA : 2,4,6-tricloroanisolTeCA: 2,3,4,6-Tetracloroanisol
Como evitá-los?
Cuidado com os produtos de tratamento das adegas;
Controlo dos lotes de rolhas;
Utilizar rolhas naturais de cortiça com garantias d o fabricante.
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Defeitos associados ao envelhecimentoDefeitos associados ao envelhecimento
2-Amino-acetofenona(ATA)
Responsável pelo envelhecimento atípico de vinhos brancos secos
Odor a pano molhado, verniz para móveis, naftalina
Limiar de detecção: 0,7 a 1 µg/L
Defeitos associados ao envelhecimentoDefeitos associados ao envelhecimentoAmino-acetofenona (ATA)•Mecanismos bioquímicos incompletamente conhecidos
Maturação fisiológica deficitária
Stress hídrico
Raios UVEnrelvamento
Ácido indolacéticoStress
nutritivo
Vindima precoce
Rendimento excessivo 2-aminoacetofenona
O2
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Defeitos associados ao envelhecimentoDefeitos associados ao envelhecimento
2-Amino-acetofenonaComo prevenir a ATA?
• Meios vitícolas: limitar o stress hídrico
• Meios enológicos: limitar os fenómenos de oxidação: ácido ascórbico
Pequena influência da estirpe e nutrição das leveduras
Defeitos associados ao envelhecimentoDefeitos associados ao envelhecimento
TDN Trimetil-dihidroxinaftaleno
Aparece durante o envelhecimento em garrafa
•Aroma: odor a Querosene
•Limiar de detecção: 20 µg/L
•Característico em vinhos velhos de Riesling
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Percepção de off-odours em vinho
0
3
1
2
4
5
7
6
100 1000 10000Concentração (µg/L)
Inte
nsid
ade
odor
ante
Sem
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cção
Per
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Áre
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impa
cto
Ani
mal
Cav
alo
Suo
r
Fen
ólic
o
Cou
ro
Problema
4-Etilfenol
Influence of Serving Temperature and Wine Type on Perception of Ethyl Acetate and 4-ethyl Phenol in Wine
AbstractThis research explored the effect of temperature on the perception of two chemical compounds (ethyl acetate, 4-ethyl phenol) in four base wines (Gewurztraminer, Chardonnay, white blend, red blend). The perceived aroma intensity was evaluated at three serving temperatures (5°C, 10°C, 22°C) with wines which were spiked with 200 ppm ethyl acetate and 1000 ppm 4-ethyl phenol, using a panel of eight judges. Special attention was paid to the insulation of the wine glasses to maintain the temperature of the wine samples. The panel was required to wear wool scarves and gloves to eliminate cognitive and physical clues. The relationships between temperature and perceived intensity for fruit, ethyl acetate and 4-ethyl phenol were between 0.951 and 0.991, with all base wines. The perception of ethyl acetate was most noticeable in the neutral wines (white, red blends) and least noticeable in the highly aromatic Gewurztraminer and Chardonnay wines at 20°C. In contrast, 4-ethyl phenol was least noticeable at 20°C in the wines with greater phenolic constituents, Chardonnay and the red blend. The chemical 4-ethyl phenol appeared to suppress the perception of fruit in all base wines at all temperatures.
Journal of Wine Research 20(1):45-52 · March 2009