ofÍcio oab/am-gp nº 132/2021 gtgd
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OFÍCIO OAB/AM-GP Nº 132/2021 – GTGD
Manaus, 11 de agosto de 2021.
A Sua Senhoria o Senhor
Waldemar Gonçalves Ortunho Júnior
Diretor-Presidente da Autoridade Nacional de Proteção de Dados - ANPD
Brasília - DF
Assunto: A LGPD e a relação da ANPD com a OAB e advocacia brasileira
Sr. Diretor-Presidente,
Primeiramente ratificamos e enaltecemos todo o trabalho desenvolvido de
forma voluntariosa pelos diretores e conselheiros da ANPD, e nesta oportunidade
trouxemos alguns questionamentos, reflexões e proposições:
1. Considerando a envergadura histórica da Ordem dos Advogados do Brasil
– OAB;
2. Considerando que a profissão da advocacia, é uma profissão fundamental
e constitucional, nos termos do art. 133 da CF;
3. Considerando que o STF já decidiu em diversos Acórdãos, dentre eles a
ADIn 3.026/DF, que a OAB faz parte do aparelhamento estatal, mas ao mesmo tempo não
se comunica com ele, a OAB fiscaliza o poder público, e possui ainda prerrogativa de
fiscalizar as bancas jurídicas de advogados em relação ao cumprimento das Leis – Acordão
MS 35.117 - STF; e já tendo decido o STF que a OAB não está sujeita a controle da
Administração, nem a qualquer das suas partes está vinculada. Não há ordem de relação ou
dependência entre a OAB e qualquer órgão público." (ADIn 3.026/DF);
4. Considerando que cabe ao advogado julgar quais documentos são
considerados fundamentais, sensíveis, na relação cliente advogado e não a ANPD;
5. Considerando que é cabível a OAB instituir uma normativa própria sobre
a privacidade e proteção de dados, com garantias de segurança à relação sensível com o
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cliente e a advocacia;
6. Considerando o suposto conflito do artigo 44 do Estatuto da Advocacia e
a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Lei nº. 8906/1994, com o Poder Público quando
o Estado obsta, dificulta e viola o exercício da advocacia na possível ocorrência de pedidos
que podem vir de clientes para que documentos possam ser eliminados da base de dados das
bancas jurídicas, sendo que ninguém melhor do que o Advogado para determinar quais
dados devem ser deletados da sua base e não o cliente unilateralmente. Art. 44 da Lei
8906/1994, in verbis:
Art. 44. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), serviço público, dotada de
personalidade jurídica e forma federativa, tem por finalidade:
I - defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os
direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida
administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições
jurídicas;
II - promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina
dos advogados em toda a República Federativa do Brasil.
§ 1º A OAB não mantém com órgãos da Administração Pública qualquer vínculo
funcional ou hierárquico.
§ 2º O uso da sigla OAB é privativo da Ordem dos Advogados do Brasil.
7. Considerando que a ANPD ainda não criou uma cartilha e/ou firmou
convênio técnico científico, sobre e com a OAB direcionado à advocacia brasileira;
8. Considerando que o STF já decidiu que Ordem é uma categoria ímpar no
elenco das personalidades jurídicas do direito brasileiro, e possui uma posição diferenciada
dentro do Sistema Constitucional (CF - art. 133), além de, em razão de sua autonomia e
função. Assim, a Ordem dos Advogados do Brasil permanece absolutamente desatrelada do
Poder Público e cabe a ela "fiscalizar" com toda autonomia, com toda independência, o
Poder Público, tal como faz a imprensa" disse o Supremo (MS 36.376/DF);
9. Considerando que nas questões relacionadas a proteção de dados deverá
a OAB possuir regulamentos próprios para si, escritórios de Advocacia e Advogadas e
Advogados submetendo, em suas atividades administrativas e sua relação fiscalizadora com
a sociedade;
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10. Considerando que é importante registrar que a fiscalização por
resultados não poderá usar como parâmetro as normas de Direito público, a exemplo das
Leis nºs 8.666/1993 e 14.133/2021 ( Leis de Licitação e Contratos Administrativos), pois
significaria uma burla à sua aproximação com o modelo das entidades paraestatais, regidas
por normas próprias norteadas pelos supracitados preceitos. A OAB tem natureza jurídica
sui generis conforme decidiu reiteradas vezes o Supremo Tribunal Federal. (ADI 3.026);
11. Considerando que a OAB participa institucionalmente da tomada de
uma série de decisões por ordem constitucional, disse o jurista, José Afonso da Silva, aponta
as "características peculiares diferenciam muito [a OAB] das demais entidades de
fiscalização profissional";
12. Considerando que os demais conselhos profissionais são definidos, nos
respectivos estatutos legais, como autarquias, enquanto o Estatuto da Advocacia não
qualifica a OAB como tal. O Estatuto da Advocacia diz que ela é serviço público, dotada de
personalidade jurídica e forma federativa. Isso porque a OAB não se volta tão somente às
finalidades corporativas, mas possui, ao revés, finalidade institucional." O Ministro Luiz
Edson Fachin, corrobora este entendimento e acrescenta que a OAB não se volta tão
somente às finalidades corporativas, mas possui, ao revés, finalidade institucional. (ADI n.º
3026);
13. O Tribunal Federal de Recursos nos autos do Recurso de Mandado de
Segurança n.º 797 trouxe em sua fundamentação os fundamentos da Natureza jurídica da
OAB. A OAB não é uma entidade da Administração Indireta da União. A Ordem é um
serviço público independente, categoria ímpar no elenco das personalidades jurídicas
existentes no direito brasileiro” (.MS n.º 36.376);
14. Não se trata de uma autarquia, pessoa jurídica de Direito público ou
privado. Tanto é que seus atos societários não são Registrados na Junta Comercial;
15. Considerando que os precedentes do TRF5, STJ e STF exigem que a sua
gestão seja isenta da ingerência do Poder Público” pois a natureza sui generis das suas
finalidades institucionais, logo não poderia a ANPD fiscalizar a OAB;
16. Considerando que a OAB não está sujeita a fiscalização das suas contas
por parte do Tribunal de Contas da União – TCU, logo não poderia a ANPD fiscalizar a
OAB ;
17. Considerando o disposto no artigo “A OAB e os escritórios de
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Advocacia não estão sujeitos a Lei de proteção de dados”, publicado no portal Migalhas,
de autoria do Advogado especialista no assunto Coriolano Aurélio de Almeida Camargo
Santos, no link: https://www.migalhas.com.br/coluna/direito-digital/339627/a-oab-e-os-
escritorios-de-advocacia , cópia em anexo;
18. Como a ANPD pretende fiscalizar a OAB se ela não mantém com órgãos
da Administração Pública qualquer vínculo funcional ou hierárquico? Seria o mesmo que
dizer que o MP venha a determinar que a OAB guarde seus dados conforme as suas
diretrizes. Ninguém melhor do que a OAB para dispor de uma Política Nacional e Regional
de proteção de dados;
19. Considerando que o Estatuto da Advocacia dispõe que cabe a OAB com
exclusividade o controle e fiscalização da atividade profissional;
20. Considerando a excludente da aplicação da LGPD a OAB que diz
respeito ao fato de a Ordem exercer o poder de polícia administrativa da advocacia é
exclusivo, indisponível e indelegável. Nenhuma outra autoridade pode exercê-lo, inclusive
a judiciária. O limite da independência da OAB é a legislação constitucional e
infraconstitucional1;
21. Ressalta-se ainda que a OAB possui também fins educacionais, de
pesquisa, e disponibiliza esses serviços através da ESA- Escola da Advocacia, inclusive
com cursos de pós-graduação, caracterizando outro desafio na relação com a LGPD e
ANPD;
22. Considerando que a OAB não é nem autarquia nem entidade
genuinamente privada, mas serviço público independente, categoria sui generis, submetida
ao direito público, na realização das atividades estatais que lhe foram delegadas, e ao direito
privado, no desenvolvimento de suas atividades administrativas e de suas finalidades
institucionais e de defesa da profissão. Considerada a natureza de serviço público não
estatal, mas serviço público de âmbito federal, os processos judiciais em que a OAB seja
interessada sujeitam-se à competência da justiça federal (STF, HC 71.314-9), salvo no caso
de cobrança das anuidades (STJ, EREsp 462.273);
1 LÔBO, Paulo. Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB. 12. ed. São Paulo:
Saraiva Educação, 2019, (edição eletrônica), parte II – fins e organização da OAB.
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23. Considerando que quando o Poder Executivo intentou vincular a OAB,
na década de 1970, ao Ministério do Trabalho, e o Tribunal de Contas da União pretendeu
controlar os recursos financeiros da entidade, houve a manifestação quase uníssona dos
juristas brasileiros ressaltando as peculiaridades da OAB e sua independência. Idêntica
orientação adotaram os tribunais superiores e a Consultoria-Geral da República (parecer do
Consultor- Geral Rafael Mayer, PR-3974/74-011/C/75, aprovado pelo Presidente da
República, DOU, 14-2-1978). Em 19 de novembro de 2003, o plenário do Tribunal de
Contas da União decidiu que a OAB não se submete ao regime das autarquias públicas,
mantendo, assim, sua imunidade à fiscalização do tribunal, uma vez que desde 1952 o TFR
decidiu que a entidade não precisava prestar contas ao TCU. Senhores Conselheiros, contas,
verificação de despesas, são dados. Informações sobre pagamentos de anuidade são dados
capazes de identificar ou torná-la passível de identificação. Dados que o TCU não pode ter
acesso pelas razões já expostas;
24. Considerando que a OAB não realiza a atividade de tratamento tenha
por objetivo a oferta ou o fornecimento de bens ou serviços, no sentido comercial, mas
somente acadêmicos através da ESA dos Departamentos de Cultura e Eventos, cujos dados
coletados são para fins Acadêmicos;
25. Considerando que a OAB-AM instituiu o Grupo de Trabalho de
Governança Digital, cópia da Portaria publicada em anexo, que dentre as suas atribuições
está o diálogo dos itens acima citados com a ANPD, a adequação da LGPD, e
implementação do compliance digital. Assim como a nomeação do encarregado da OAB-
AM o advogado Aldo Soares Evangelista;
Por fim, considerando a indelével imagem desta instituição sagrada que
sempre se pautou pela obediência às normas, pois defende a ordem jurídica e daí exsurge a
legitimidade para propor um diálogo técnico para se estabelecermos o alcance da relação
com a ANPD, requeremos:
a) O recebimento do presente requerimento/consulta, com documento em
anexo, e que seja dado o seu devido procedimento, com a finalidade de reconhecer a não
subordinação da OAB á ANPD;
b) Que a ANPD crie em conjunto com a OAB, um manual de instruções e
procedimentos técnicos para estabelecer da relação entre a ANPD e OAB;
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c) Que a ANPD crie um grupo de trabalho para debater este tema.
Assim colocamo-nos á disposição para diálogo com a ANPD, com a
finalidade de darmos encaminhamento a todo o conteúdo da presente demanda que é de
relevante e urgente interesse da advocacia brasileira e da OAB.
Aguardamos retorno, com brevidade. Estamos à disposição através do email:
[email protected] e WhatsApp (97) 981193790 – Aldo Evangelista (advogado
nomeado como encarregado da OAB-AM, nos termos do art. 41 da Lei nº. 13.709/2018 -
LGPD).
Respeitosamente,
GRACE ANNY BENAYON ZAMPERLINI Presidente em exercício da OAB/AM
ALDO SOARES EVANGELISTA
Advogado em Direito Digital na Amazônia
Presidente da Comissão de Direito Digital Startups e Inovação da OAB-AM
Encarregado da OAB-AM nos termos da LGPD
Membro do Grupo de Trabalho de Governança Digital da OAB-AM
KAREM LÚCIA CORRÊA DA SILVA
Advogada Conselheira Estadual da OAB-AM
Vice- presidente da Comissão de Direito Digital, Startups e Inovação da OAB-AM
Membro do Grupo de Trabalho de Governança Digital da OAB-AM
CORIOLANO AURÉLIO DE ALMEIDA CAMARGO SANTOS
Advogado em direito digital
Membro de honra do Grupo de Trabalho de Governança Digital da OAB-AM
Membro de honra da Comissão de Direito Digital, Startups e Inovação da OAB-AM
CORIOLANO AURELIO DE ALMEIDA CAMARGO SANTOS:10695512870
Assinado de forma digital por CORIOLANO AURELIO DE ALMEIDA CAMARGO SANTOS:10695512870 Dados: 2021.08.09 19:14:28 -03'00'
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FABÍOLA DE FREITAS REBELO
Advogado em educação digital
Presidente da Subcomissão de Educação Digital da OAB-AM
Membro do Grupo de Trabalho de Governança Digital da OAB-AM
Membro da Comissão de Direito Digital, Startups e Inovação da OAB-AM
DIANA QUEIROZ SOUSA
Advogada em direito digital
Membro do Grupo de Trabalho de Governança Digital da OAB-AM
Membro da Comissão de Direito Digital, Startups e Inovação da OAB-AM
DIANA DE QUEIROZ SOUSA:01603747230
Assinado de forma digital por DIANA DE QUEIROZ SOUSA:01603747230 Dados: 2021.08.09 22:56:39 -04'00'
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