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Setembro de 2013 Oficina 7 Vigilância em Saúde na Atenção Primária à Saúde

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Setembro de 2013

O�cina 7Vigilância em Saúde na Atenção Primária à Saúde

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Secretaria de Estado da Saúde do Paraná

Michele Caputo Neto Secretário de Estado da Saúde

René José Moreira dos SantosDiretor Geral

Márcia HuçulakSuperintendente de Atenção à Saúde

Sezifredo PazSuperintendente de Vigilância em Saúde

Márcia HuçulakMaria Cristina Tanaka Arai

Coordenação do APSUS

Maria Emi ShimazakiConsultora de Conteúdo

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1. OBJETIVOS

1.1 Objetivo Geral

Contribuir para o desenvolvimento de competência do corpo técnico e gerencial da Atenção Primária à Saúde (APS), nos municípios e no Estado, para que cada equipe da APS possa realizar ações de vigilância em saúde para a população sob sua responsabilidade.

1.2 Objetivos Específicos

• Compreender os fundamentos teóricos epráticos da Vigilância em Saúde;• AplicarosfundamentosdaVigilânciaemSaúdena APS em uma condição aguda – dengue, e em uma condição crônica – tuberculose.

2. PRODUTOS

Ao final desta oficina, os participantes deverão desenvolver os seguintes produtos:

• Programaçãolocaldesaúdeparacadaequipede APS para o enfrentamento da dengue;• Programaçãolocaldesaúdeparacadaequipede APS para o enfrentamento da tuberculose.

3. PROGRAMA GERAL

3.1 Duração e Atividades Educacionais

Esta oficina tem uma carga horária de dezesseis horas, a ser realizada em três dias, e conta com atividades educacionais: exposições dialogadas, trabalhos em grupos e atividades em plenário.

3.2 Programação das Atividades

PRIMEIRO DIA HORÁRIO ATIVIDADES TEMAS

13:30 – 14:00 Abertura

14:00 – 15:30 Trabalho em grupos A avaliação dos produtos do período de dispersão

15:30 – 15:45 Intervalo

15:45 – 16:30 Plenária Relato das atividades dos grupos

16:30 – 17:30 Exposição A Vigilância em Saúde

SEGUNDO DIA HORÁRIO ATIVIDADES TEMAS

8:00 – 8:30 Saudação

8:30 – 10:00 Painel A análise da situação de saúde do Paraná

10:00 – 10:15 Intervalo

10:15 – 11:00 Exposição A dengue no Paraná

11:00 – 12:00 Trabalho em grupos A programação local para o enfrentamento da dengue

12:00 – 13:30 Intervalo

13:30 – 14:30 Trabalho em grupos A programação local para o enfrentamento da dengue (continuação)

14:30 – 15:15 Plenária Relato das atividades dos grupos

15:15 – 15:30 Intervalo

15:30 – 16:30 Exposição O enfrentamento da tuberculose no Paraná

16:30 – 17:30 Trabalho em grupos A programação local para o enfrentamento da tuberculose

TERCEIRO DIA HORÁRIO ATIVIDADES TEMAS

8:00 – 9:00 Trabalho em grupo A programação local para o enfrentamento da tuberculose (continuação)

9:00 – 9:30 Plenária Relato das atividades dos grupos

9:30 – 9:45 Intervalo

9:45 – 11:00 Trabalho em grupos As estratégias para o desenvolvimento dos produtos da oficina

11:00 – 12:00 Plenária Relato das atividades dos grupos

12:00 – 12:30 Plenária Avaliação Encerramento

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4. ROTEIRO DAS ATIVIDADES:PRIMEIRO DIA

4.1 Abertura

Objetivos:• Saudarosparticipantes;• Apresentarosobjetivosdaoficina;• Orientar sobre a programação e metodologiada oficina;• Pactuaroscompromissoscomosparticipantes.

4.2 Estudo Dirigido: A Avaliação dos Produtos do Período de Dispersão

Estaatividadetemoobjetivodeavaliarosprodutosdo período de dispersão da oficina – Programação para a APS.

4.2.1 Trabalho em Grupos: Orientação

• Dividir em grupos, preferencialmente pormacrorregiões;• Elegercoordenadorerelatorparacadagrupo;• Avaliarosprodutosdoperíododedispersão;• UtilizaraMatriz1–Pontuaçãodosprodutosdoperíodo de dispersão:

– Coluna 1: Listar os produtos do período de dispersão;– Coluna 2: Inserir em cada uma das colunas o nome dos municípios a serem avaliados. Para avaliação de cada produto, pontuar:

•0=produtonãodesenvolvido;•20=produtodesenvolvidoemnomáximo50% das equipes da APS;•40=produtodesenvolvidoemnomáximo70% das equipes da APS;• 60 = produto desenvolvido em mais de70% das equipes da APS.

• UtilizaraMatriz2–Avaliaçãodosprodutosdoperíodo de dispersão:

– Coluna a: Inserir o nome dos municípios da região;– Coluna b: Inserir na coluna correspondente a pontuação total de cada município, utilizando a seguinte escala:

•Vermelho:totalde0pontos;•Laranja:totalde1a49pontos;•Amarelo:totalde50a85pontos;•Verde:totalde86a110pontos;•Azul:totalde111a120pontos.

• Relatar a atividadedogrupo.Cada relator terácincominutosparaapresentarorelatóriodogrupo.

MATRIZ 1: AVALIAÇÃO DOS PRODUTOS DO PERÍODO DE DISPERSÃORegião

MUNICÍPIOSDAREGIÃO(Coluna2)

PRODUTOS(Coluna1)

1. Estratificação de risco para os portadores das condições crônicas prioritárias – gestantes residentes no território de responsabilidade decada equipe da APS 2. Estratificação de risco para os portadores das condições crônicas prioritárias – crianças menores de 1 ano, residentes no território deresponsabilidade de cada equipe da APS 3. Estratificação de risco para os portadores das condições crônicas prioritárias – hipertensos residentes no território de responsabilidade decada equipe da APS 4. Estratificação de risco para os portadores das condições crônicas prioritárias – diabéticos residentes no território de responsabilidade decada equipe da APS 5. Programação local de saúde para cada equipe de APS 6. Construção da agenda local para cada equipe de APS TOTALDEPONTOS

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4.3 Exposição: A Vigilância em Saúde

Objetivo:Compreender os fundamentos da Vigilância em Saúde.

4.3.1 Texto de Apoio

VIGILÂNCIA EM SAÚDE NA APSTexto elaborado por Cleuse Maria Brandão Barleta, João

Luis Crivellaro e Miriam Marques Woiski

A Vigilância em Saúde constitui-se em um processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise e disseminação de dados sobre eventos relacionados à saúde, visando o planejamento e a implementação de medidasde saúde pública para a proteção da saúde da população, a prevenção e controle de riscos, agravos e doenças, bem como para a promoção da saúde.

O termo vigilância surgiu no contexto da saúde pública no final do século XIX, com o desenvolvimento da microbiologia e de saberes sobre a transmissão de doenças infecciosas, e está historicamente relacionado aos conceitos de saúde e doença vigentes em cada época e lugar, às práticas de atenção aos enfermos e aos mecanismos adotados para impedir a disseminação das doenças. A denominação atual de Vigilância em Saúde reflete a evolução desse conceito pela incorporação de novas práticas, que confluíram para uma abordagem mais abrangente que a tradicional prática de vigilância epidemiológicavigentenoBrasildesdeadécadade 70.

Ao longo dos últimos anos, a saúde se depara comprofundasmudançasnoperfilepidemiológicoda população, no qual se observa um acentuado declínio das taxas de mortalidade por doenças

infecciosas e parasitárias, e um crescente aumento das mortes por causas externas e pelas doenças crônico-degenerativas, levando à discussão da incorporação das doenças e agravos não transmissíveis ao escopo das atividades habituais da vigilância epidemiológica. A respeito dodeclínio na incidência das doenças transmissíveis, apenas muito recentemente foram desenvolvidas metodologias e técnicas adequadas a serem utilizadas para novos objetos, como a vigilânciadas doenças e agravos não transmissíveis (DANT), para monitorar o comportamento eadotarmedidasdePromoçãodaSaúde.Deformasemelhante, carece de ampliação a capacidade de atuação para novas situações que se colocam sob a forma de surtos, do aparecimento de doenças ou agravos inusitados e outros eventos adversos à saúdedapopulação.Essasituaçãoepidemiológicacomplexa requer o fortalecimento de estratégias de detecção e resposta às emergências de saúde pública, visando prevenir e controlar as situações emergentes.

Outra questão a ser assinalada no âmbito da discussão é que a melhora da qualidade de vida da população com aumento na longevidade põe em curso a instituição de um novo paradigma para a assistência a saúde. Esse paradigma desloca o pensamento referido a um modelo que tem como perspectiva a organização do cuidado na lógicadivisóriaentredoençastransmissíveisedoençasintransmissíveis;paraumalógica–quenãoexcluiessa, mas a incorpora – que opera a partir de um modelo sustentado na dualidade das condições agudas e das condições crônicas.

O modelo de Vigilância à Saúde atual intenta dar respostas aos problemas de saúde da comunidade baseado no seu território pela compreensãodas situações de saúde, por meio da análise processual do cotidiano entre as condições reais e as condições sociais dos grupos populacionais.

MATRIZ 2: AVALIAÇÃO DOS PRODUTOS DE DISPERSÃO PONTUAÇÃO (Coluna b)

VERMELHO LARANJA AMARELO VERDE AZUL 0 pontos 1 a 49 pontos 50 a 85 pontos 86 a 110 pontos 111 a 120 pontos

MUNICÍPIO(Coluna a)

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Por esta razão, é crescente a responsabilização dos municípios na organização dos serviços e nas ações básicas de saúde.

Essa condição traz a necessidade de capacitar e formar as equipes técnicas da atenção primária para as ações de vigilância, visto que elas são integradoras e coordenadas com as demais ações e serviços doSUS, e envolvempráticas eprocessos de trabalho voltados para:

I – a vigilância da situação de saúde da população com a produção de análises que subsidiem o planejamento, o estabelecimento de prioridadese estratégias, o monitoramento e a avaliação das ações de saúde pública;

II – a detecção oportuna e a adoção de medidas adequadas para a resposta às emergências de saúde pública;

III – a vigilância, prevenção e controle das doenças transmissíveis;

IV – a vigilância das doenças crônicas não transmissíveis, dos acidentes e das violências;

V – a vigilância de populações expostas a riscos ambientais em saúde;

VI – a vigilância da saúde do trabalhador;

VII – vigilância sanitária dos riscos decorrentes da produção e do uso de produtos, serviços e tecnologias de interesse a saúde;

VIII – outras ações de vigilância que, de maneira rotineira e sistemática, podem ser desenvolvidas em serviços de saúde pública e privada nos váriosníveisdeatenção,laboratórios,ambientesde estudo e trabalho e na própria comunidade(Portaria 1378/MS de 9/07/2013).

Mais especificamente, podemos considerar a Vigilância Epidemiológica como um conjuntode ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou a prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle dasdoenças ou agravos. Seupropósito

é fornecer orientação técnica permanente para os que têm a responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos. Sua atuação compreende um ciclo completo de funções específicas e articuladas, que devem ser desenvolvidas de modo contínuo, permitindo conhecer, a cada momento, o comportamento epidemiológico da doença ouagravo escolhido como alvo das ações, para que as intervenções pertinentes possam ser desencadeadas com oportunidade e efetividade. Tem como função: coleta e processamento de dados; análise e interpretação dos dados processados; investigação epidemiológica decasos e surtos; recomendação e promoção das medidas de controle adotadas, impacto obtido, formas de prevenção de doenças, entre outras.

Em consequência, a Vigilância da Situação de Saúde realiza ações de monitoramento contínuo do país, estado, região, município ou áreas de abrangência de atenção à saúde, através de estudos e análises dos problemas de saúde, e do comportamento dos principais indicadores de saúde, dando prioridade a questões relevantes paraummelhorplanejamentodesaúde.

As ações de Vigilância em Saúde Ambiental dizem respeito a um conjunto de ações quepropiciam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e de controle dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou a outros agravos à saúde. Essas ações estão estruturadas a partir do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental, e centram-se em fatores não biológicos do meio ambienteque podem promover riscos à saúde humana: água para consumo, ar, solo, desastres naturais, substâncias químicas, acidentes com produtos perigosos, fatores físicos e ambientes de trabalho.

Outra área que se incorpora às ações de Vigilância em Saúde é a Vigilância em Saúde do Trabalhador, entendida como um conjunto deações voltadas à promoção, proteção, recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho e de seus determinantes,

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decorrentes dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos. Entre outras, essas ações abrangem: a assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho; a participação em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho; a informação ao trabalhador, à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames desaúde,deadmissão,periódicosededemissão,respeitados os preceitos da ética profissional.

A Vigilância em Saúde associa-se a Vigilância Sanitária,queéentendidacomoumconjuntodeações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde.

Um aspecto fundamental da vigilância emsaúde é o cuidado integral da saúde das pessoas por meio da Promoção da Saúde, que se refere a um conjunto de intervenções individuais,coletivas e ambientais que atuam sobre os determinantes sociais da saúde. A promoção à saúde é compreendida como estratégia de articulação transversal, que incorpora outros fatores que colocam a saúde da população em risco e evidenciam as diferenças entre necessidades,territórioseculturaspresentesnopaís. A promoção à saúde visa criar mecanismos que reduzam as situações de vulnerabilidade, defendam a equidade e incorporem a participação e o controle social na gestão das políticas públicas.

Por esta razão, a Política Nacional de Promoção da Saúde prevê que a organização da atenção e do cuidado deve envolver ações e serviços que operem sobre os determinantes do adoecer, e que vão além dos muros das unidades de saúde e do próprio sistema de saúde. Essapolíticatemcomoobjetivopromoveraqualidadede vida e reduzir a vulnerabilidade e os riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer,

cultura e acesso a bens e serviços essenciais. Tem como ações específicas: alimentação saudável, prática corporal/atividade física, prevenção e controle do tabagismo, redução da morbimortalidade em decorrência do uso de álcool e outras drogas, redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito, prevenção da violência e estímulo à cultura da paz, além da promoção do desenvolvimento sustentável.

Apesar da potência dessas diretrizes e dos inegáveis avanços na organização da Atenção Básica ocorridos no Brasil na última década com a descentralização das ações de Vigilância em Saúde, sabe-se que ainda persistem vários problemas referentes à gestão e à organização dos serviços de saúde que dificultam a efetiva integração da Atenção Básica e da Vigilância em Saúde, comprometendo sobremaneira a integralidade do cuidado.

Qualificar a atenção à saúde, segundo o princípio da integralidade, requer mudanças na organização dos processos de trabalho e no cotidianodasequipes,jáqueéprecisoincorporaras ações de vigilância à saúde no enfrentamento dos principais problemas de saúde-doença da comunidade,etercomolócusprincipalaAtençãoBásica/Saúde da Família para o desenvolvimento do trabalho.

• Referências e aprofundamento do tema noANEXO I

5. ROTEIRO DAS ATIVIDADES: SEGUNDO DIA

5.1 Saudação

Objetivos:• Saudarosparticipantes;• Pactuaroscompromissoscomosparticipantes.

5.2 Painel: A Análise da Situação de Saúde do Paraná

Objetivo:Compreender a situação da saúde no Paraná a partir da análise dos indicadores de morbidade e mortalidade dos principais agravos, patologias e condições de saúde.

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5.3 Exposição: O Enfrentamento da Dengue no Paraná

Objetivo:Possibilitar aos participantes a compreensão da situação da dengue e das estratégias para o enfrentamento da doença no Paraná.

5.3.1 Texto de Apoio:

O ENFRENTAMENTO DA DENGUE NO PARANÁTexto elaborado por Ana Paula, Elizabeth Mitiko, Enéas

Cordeiro, Fernanda Sayuri e Lilimar Regina

A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Doença febril aguda,podendo ser grave dependendo da forma como se apresente: infecção inaparente, dengue clássico (DC), dengue com complicações (DCC), febrehemorrágica da dengue (FHD) ou síndrome dochoquedadengue(SCD).

Descrição da doença: Enquanto a maioria dos pacientes se recupera após evolução clínicaleve e autolimitada, um percentual menor apresenta a forma grave da doença, caracterizada principalmente por extravasamento de plasma com ou sem hemorragia. Atualmente, é a mais importante arbovirose que afeta o ser humano, considerada um sério problema de saúde pública no mundo. Ocorre e dissemina-se especialmente nos países tropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti, principal mosquito vetor.

Agente etiológico: É um vírus RNA. Arbovírus do gênero Flavivírus, pertencente à família Flaviviridae. São conhecidos quatro sorotipos: DENV 1, DENV 2, DENV 3 e DENV 4.

Reservatório: A fonteda infecçãoereservatóriovertebrado é o ser humano. Foi descrito, na Ásia e na África, um ciclo selvagem envolvendo macacos.

Vetores: São mosquitos do gênero Aedes. A espécie Ae. aegypti é a mais importante na transmissão da doença e também pode ser transmissora da febre amarela urbana.

Vigilância Epidemiológica O objetivo da vigilância epidemiológica dadengue é contribuir para reduzir o número de casos e a possibilidade de ocorrência de epidemias, sendo de fundamental importância na recomendação/adoção das medidas de controle oportunas. Nesse caso, oportunidade é entendida como detecção precoce da circulação viral e adoção de ações de bloqueio adequadas para interromper a transmissão.

As atividades de vigilância devem ser desenvolvidas de forma concomitante e integrada às demais ações do programa:

• Investigar óbitos suspeitos ou confirmadosde dengue. A investigação adequada dos óbitossuspeitos ou confirmados de dengue pela vigilância epidemiológica municipal subsidia areorganização da rede assistencial;• Implementar fluxo e sistema de informaçãorápido para notificação de casos suspeitos;• InstrumentalizarasVigilânciasEpidemiológi-cas municipais e regionais no acompanhamento das informações do SINAN;• Implantaroacompanhamentodosresultadosdos exames realizados pelos Laboratórios deReferência para dengue;• Produzirboletinsinformativossobreadoençasemanalmente em períodos epidêmicos e mensalmente quando não epidêmico;• Implementar, de forma adequada, a coletade material para isolamento viral em no máximo 10% dos casos notificados;

Assistência ao Paciente e Integração com Atenção BásicaEste componente tem como objetivo garantira assistência adequada aos pacientes e, consequentemente, reduzir a letalidade das formas graves da doença. Compreende as ações de organização do serviço, a melhoria na qualidade da assistência e a elaboração de planos de contingência nos municípios para fazer frente ao risco da ocorrência de epidemias de Febre Hemorrágica da Dengue (FHD). Objetiva aindaconsolidar a inserção do Programa de Agentes Comunitários de Saúde e da Estratégia de Saúde da Família nas ações de prevenção e controle da dengue visando, principalmente, promover mudanças de hábitos da comunidade que

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contribuam para manter o ambiente doméstico livre do Aedes aegypti.

Além dessa ação educativa, a participação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) consolida o sistema de vigilância que, por meio da notificação imediata da ocorrência de casos, possibilita as equipes de saúde da família a realizar o diagnóstico oportuno e o tratamento adequado

das formas graves e hemorrágicas, resultando na redução da letalidade.

Número de casos de dengue notificados, febre hemorrágica da dengue (FHD), dengue comcomplicação (DCC), óbitos e incidência por 100mil habitantes por Regional de Saúde, Paraná – 2012/2013* (SE 31/2013 a 30/2013).

1ª RS – Paranaguá 265.362 0 9 9 41 0 0 0 -

2ª RS – Metropolitana 3.218.580 0 191 191 1.026 0 1 0 -

3ªRS–PontaGrossa 575.560 1 10 11 47 0 0 0 0,17

4ª RS – Irati 161.037 0 1 1 16 0 0 0 -

5ªRS–Guarapuava 441.281 0 12 12 95 0 0 0 -

6ªRS–UniãodaVitória 165.317 0 1 1 90 0 0 -

7ª RS – Pato Branco 249.755 0 11 11 74 0 0 0 -

8ª RS – Francisco Beltrão 337.750 767 41 808 2.239 0 3 0 227,09

9ª RS – Foz do Iguaçu 388.780 3.184 102 3.286 6.978 41 60 2 818,97

10ª RS – Cascavel 507.194 745 163 908 2.726 0 2 0 146,89

11ª RS – Campo Mourão 334.254 10.020 183 10.203 18.980 19 11 13 2.997,72

12ªRS–Umuarama 265.131 2.726 24 2.750 6.377 0 28 1 1.028,17

13ª RS – Cianorte 142.455 3.103 183 3.286 5.168 2 0 2 2.178,23

14ª RS – Paranavaí 260.630 15.349 1.128 16.477 19.931 4 7 1 5.889,19

15ª RS – Maringá 733.459 8.902 108 9.010 16.766 2 10 2 1.213,70

16ª RS – Apucarana 346.950 207 77 284 1.526 0 0 0 59,66

17ª RS – Londrina 871.233 3.361 162 3.523 20.511 13 17 1 385,78

18ªRS–CornélioProcópio 225.968 663 26 689 1.788 0 5 0 293,40

19ª RS – Jacarezinho 277.999 82 20 102 501 0 0 0 29,50

20ª RS – Toledo 358.677 2.583 120 2.703 5.117 1 3 1 720,15

21ª RS – Telêmaco Borba 172.918 0 9 9 93 0 0 0 -

22ª RS – Ivaiporã 139.311 361 81 442 765 0 0 0 259,13

TOTAL PARANÁ 10.439.601 52.054 2.662 54.716 110.774 82 147 23 498,62

FONTE:SaladeSituaçãodaDengue/SVS/SESA.NOTA:DadospopulacionaisresultadosdoCENSO2010–IBGE.

Casos Autóc Import Total Regional de Saúde População Fhd Dcc Óbitos IncidênciaNotifi-

cados

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Vigilância Entomológica e Controle do Vetor Estecomponentetemcomoobjetivoprincipalo monitoramento dos índices de infestação por Aedes aegypti para subsidiar a execução das ações apropriadas de eliminação dos criadouros de mosquitos e, consequentemente, de combate ao vetor buscando a manutenção de índices de infestação inferiores a 1%. O Paraná possui atualmente 270 municípios infestados.

Ações propostas:•RealizarnomínimotrêsLevantamentosRápidode índice de Infestação por Aedes aegypti – LIRAa

ao ano e 24 visitas aos Pontos Estratégicos – PE (ferro velho, borracharias, etc) ao ano;• Realizar pelo menos quatro ciclos de visitasdomiciliares em 80% dos domicílios em cada ciclo;• Realizar estudo entomológico nos municípiosconsiderados não infestados pelo Aedes para reclassificação, se for o caso;•Desenvolverestratégiasparareduçãodoíndicedependênciasocasionadasporimóveisfechadosou recusa do morador à entrada do ACE.

DENGUEClassificação dos Municípios Segundo Incidência e Alerta Climático, Paraná 2012/2013*(Se 31/2012 a 30*/2013)

Legenda Incidência

Sem caso

< 100 Casos/100.000 hab

100 a 300 Casos/100.000 hab

> 300 Casos/100.000 hab

Alerta Climático

Alto Risco

Médio Risco

Baixo Risco

Sem Risco

Municípios não analisados

ÍNDICE DE INFESTAÇÃO PREDIAL – MUNICÍPIOS INFESTADOS PARANÁJANEIRO 2013 INFESTADOS %

IIP=0,00% 11 4,1

IIP 0,01% a 0,99% 12 4,5

IIP1,00%a3,99% 64 24,0 MÉDIORISCO 64

IIP 4,00% e + (22,31%) 77 28,8 ALTO RISCO 77

Não informado 103 38,6

Total 267 100,0

BAIXO RISCO 23

Nº DE MUNICÍPIOSÍNDICE DE INFESTAÇÃO PREDIAL CLASSIFICAÇÃO DE RISCO (IIP)

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Ações de Informação em Saúde, Educação e Mobilização Social O principal objetivo desse componente éfomentar o desenvolvimento de ações educativas para a mudança de comportamento e a adoção de práticas para a manutenção do ambiente domiciliar preservado da infestação por Aedes aegypti, observadas a sazonalidade da doença e as realidades locais quanto aos principais criadouros.

Gestão Partindo do princípio de que o controle da dengue não se restringe apenas a capacidade de atuação do setor saúde e de que as medidas de controle não devem ocorrer somente em momentos críticos e episódicos, o comprometimento dos gestoresé fundamental para envolver a participação de outras instituições e organizações parceiras, incluindo a sociedade, visando:

• Manter as equipes de campo estruturadas,capacitadas e na proporção de 1 ACE para cada 1000imóveis;• Promoverarealizaçãodecoletadeamostraspara dosagem de Acetilcolinesterase de 100% dos agentes de endemias expostos aos inseticidas organofosforados;• Desencadear ações efetivas de controle deuma epidemia ao organizar os recursos de que se dispõem;• Fomentaraconstituiçãodoscomitêsmunicipaiscom a representação dos vários segmentos da sociedade local. 5.4 Estudo de Caso: A Programação Local para o Enfrentamento da Dengue

Objetivo:Possibilitar aos participantes a compreensão dos fundamentos para a programação local de saúde pelo o enfrentamento da dengue.

5.4.1 Atividade em Grupo: Orientação

•Retornaraosgrupos,elegerumcoordenadoreum relator;•Lerotextodeapoio–Oenfrentamentodadengueno Paraná;•Leroestudodecaso:Adenguenomunicípio“A”;•Elaboraraprogramação localparaomunicípio

“A”,utilizandoaplanilhadeprogramaçãoparaoenfrentamento da dengue;•Relataraatividadeemplenário.Cadarelatorteráno máximo cinco minutos para a apresentação.

5.4.2 Estudo de Caso: A Dengue no Município “A”

Fevereiro, 2° ano da gestão municipal. O município “A”, de atividade principalmenteagrária, possui 7 mil habitantes na área rural e 9 mil habitantes na área urbana. É conhecido também pelo grande número de caminhoneiros que ali residem. Está localizado na região central doEstadodoParaná,próximoaoutromunicípiodemaior porte que há quatro meses está enfrentando quadro epidêmico de dengue.

O município “A” apresentou epidemia dedengue há dois anos, com isolamento do sorotipo DEN1.

“A”temapresentadonotificaçõesdecasosdedengue há dez semanas com número progressivo de casos confirmados por critério laboratorial (sorológico – LACEN) e Teste Rápido fornecidopela Regional de Saúde. Há duas semanas, passou a registrar notificações de casos novos com incidência maior que 300 por 100 mil habitantes.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) refere que houve demora na detecção dos primeiros casos pela semelhança da dengue com outras doenças exantemáticas e pela recusa na coleta de examesorológicodosprimeiroscasossuspeitos(após6°diadoiníciodafebre).Referetambémquea incidência atual apontada não é verdadeira (seria menor) por haverem pacientes apresentando quadro febril e dor no corpo, acompanhado de diarréia e vômitos, sendo notificados como dengue.

Uma equipe técnica da Secretaria Estadualda Saúde (SESA), acompanhada de técnicos do município, levantou os seguintes dados:• Aáreaurbanadomunicípio,ondeseconcentraa residência da quase totalidade dos casos notificados,possui4.200imóveis;

• OmunicípioinformounoúltimoLevantamentoRápidodo Índicede InfestaçãodoAedesaegypti

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(LIRAa), há quatro meses, valor de 1,5%. O levantamento do LIRAa apontado por técnicos do estado foi de 9%;• A SMS refere que os principais criadourosestão localizados nas oficinas mecânicas e borracharias que atendem caminhoneiros, porém devem haver outros criadouros não identificados até o momento;• Hánomáximoummês,omunicípiopossuíadoisagentes de controles de endemias para atender a área urbana, que não trabalhavam integrados com as equipes de Estratégia da Saúde da Família (ESF), e há duas semanas contratou mais um agente de forma emergencial;• Nas últimas três semanas, ocorreram trêsóbitos suspeitos de dengue, sendo um óbitomaterno, um idoso com co-morbidades e um provávelchoquepordengue.Estesóbitostiveramgrande repercussão no município com cobranças à gestão municipal e estadual quanto a conclusão dos casos;• Há um Pronto Atendimento Municipal(PAM) com dois médicos, uma enfermeira e três auxiliares de enfermagem de plantão no período diurno e um médico e duas auxiliares de enfermagem no período noturno. O PAM possui quatro leitos de observação, e os casos graves são encaminhadosparaoutromunicípiopróximo,viaComplexo Regulador;

• Este PAM tem absorvido a grande maioriados atendimentos dos casos de dengue, com grande período de espera para atendimento pelos usuários, o que tem gerado descontentamento da população local;

• O município possui também duas UnidadesBásicas de Saúde (UBS) na área urbana e umana área rural em uma região próxima a umassentamento, cada unidade com uma equipe completa de ESF, com atendimentos pré-agendados relacionados aos diversos programas de saúde desenvolvidos;• Nãoháhospitaisprivadosnomunicípio;• Hádoisconsultóriosparticularesnomunicípioque atuam com médico generalista;• Há um laboratório de análises clínicasconveniado ao município;• Oatualgestordasaúdedomunicípioassumiuhá onze meses e refere ter encontrado várias dificuldades no período de transição com a gestão anterior, mas que está acessível para solucionar os problemas relacionados ao controle da dengue, porém refere estar no limite em relação ao orçamento para contratação de pessoal no município, estando suspensos os pagamentos de horas extras aos servidores;• Não foi possível contato como prefeito até omomento.

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5.4.3 Planilha de Programação para o Enfrentamento da Dengue

1. Relacionadas ao controle de vetorAção Responsável Prazo

2. Relacionadas à organização de serviços e qualidade na assistênciaAção Responsável Prazo

3.RelacionadasàVigilânciaEpidemiológicaAção Responsável Prazo

4.RelacionadasàGestãoeComunicaçãoAção Responsável Prazo

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5.5 Exposição: O Enfrentamento da Tuberculose no Paraná

Objetivo:Possibilitar aos participantes a compreensão da situação da tuberculose e das estratégias para o enfrentamento no Paraná.

5.5.1 Texto de Apoio

A ANÁLISE DA SITUAÇÃO DA TUBERCULOSE NO PARANÁTextoelaboradoporBetinaMendezAlcântaraGabardoe

Maria Francisca Tereza Caldeira-Scherner

A incidência da tuberculose no Estado está em torno de 20/100.000 hab. (Gráfico 1) compercentual de cura e abandono de todas as formas,respectivamente,77%e7,3%.Destetotal,evoluíram para óbito por tuberculose 3,9% doscasos, o que representa uma taxa de mortalidade de 1/100.000 hab.

A mortalidade por tuberculose no Paraná, quando comparada a outras doenças infecciosas e parasitárias, ocupou o 6º lugar em 2012, tendo a sua frente a mortalidade por HIV, septicemia, doença de Chagas, doença infecciosa intestinal e hepatitesvirais(Gráfico2). Quando analisada isoladamente, a mortalidade por tuberculose (Gráfico 3) está diminuindoano a ano. O declínio pode ser explicado pela melhor atenção ao doente, pelo uso de regimes medicamentosos adequados e por uma melhora nas condições de vida da população. Em 2011, o número de óbitos aumentou em relação a 2010de 110 para 126, respectivamente (coeficiente de mortalidade 1,2/100mil hab). Esse dado preocupante pode significar diagnóstico tardio.Em 2012, o indicador foi trabalhado durante todo o ano alertando as equipes para o diagnósticoprecoce junto às unidades de atenção primáriae a importância do Tratamento DiretamenteObservado(TDO).

504540353025201510

50

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

Todas as formas Pulmonar com baciloscopia +

Coe

ficie

nte

por

100

mil

hab

Gráfico 1 . Tendência da incidência de tuberculose de todas as formas. Paraná, 1981 a 2012*.

Gráfico 2.%deóbitospordoençasinfecciosaseparasitárias.Paraná,2010a2012*.

Fonte:SESA/SVS/CEPI/DVDT/PECT/SINANem25/07/2013|*Dadospreliminares

Fonte:SESA/SVS/CEPI/DVIEP/SIMem29/07/2013.

HIVS epticemia Doença de Chagas Doenças infecciosas intestinais Hepatite Viral Tuberculose Outras

29

21,7

11,99,4

7,3 6

14,7

30,2

23,7

8,8 9,76,6 7,1

13,8

29,6 28,7

8,7 9,5 8,15,8

9,5

%

2010 2011 2012*

35

30

25

20

15

10

5

0

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A meta da OMS é atingir, no ano de 2015, a metade da taxa encontrada em 1990 (1,8/100 mil hab.). No Paraná, o número de óbitos, emborapreliminares, diminuiu para 109, resultando uma queda do coeficiente de mortalidade para 1,0/100 mil hab. em 2012. Portanto, a taxa que buscamos atingir (menor que 0,9/100 mil hab.) em dois anos é possível.

Segundo Styblo, “para que um Programa deControle da Tuberculose reduza efetivamente o problema,produzindoumimpactoepidemiológico,é necessário que 70 % dos casos pulmonares bacilíferos sejam diagnosticados e que 85%sejamcuradospelaquimioterapia;casocontrário

mantém-se a endemia”. Portanto, o Paraná háanos mantém a endemia encontrando menos de 30 % dos casos esperados, apresentando o menor registro em 2012. A baixa detecção dos casos aliadaàaltaletalidadeapontaodiagnósticotardioda doença, evidenciado também pela baixa taxa de investigação de sintomáticos respiratórios (SR),conforme ilustrado no Quadro 1.

A coinfecção tuberculose/HIV no Paraná é elevadaevemaumentado todososanos (Gráfico4), associada a elevada morbimortalidade, demonstrando a importância do tratamento da infecção latente da TB, prevenindo o adoecimento. Caso isto ocorra, é imperioso o tratamento precoce.

SR % SR Meta Casos novos % de casos novosAno População Meta SR 1% examinados examinados casos novos encontrados encontrados

2006 10.387.408 103.874 23.689 22,8 8.075 2.357 29,2

2007 10.511.933 105.119 24.221 23,0 8.172 2.563 31,4

2008 10.590.169 105.902 27.087 25,6 8.233 2.550 31,0

2009 10.686.228 106.862 24.984 23,4 8.308 2.399 28,9

2010 10.444.526 104.445 23.590 22,6 8.119 2.370 29,2

2011 10.512.349 105.123 27.986 26,6 8.172 2.314 28,3

2012* 10.577.755 105.778 24.994 23,6 8.223 2.188 26,6

Fonte:Lacen–PRem23.03.2013eSINANem24.01.2012.|População2006a2012:IBGE|*Dadospreliminares.

Quadro 1

Gráfico 3 . Tendência da mortalidade de tuberculose de todas as formas. Paraná, 1981 a 2012*.

Gráfico 4 . Tendência da coinfecção HIV e Tuberculose . Paraná, 2007 a 2012*.

Fonte:SESA/SVS/DEVE/DVIEP/SIMem09/01/2013|*Dadospreliminares.

Fonte:SESA/SVS/CEPI/DVDT/PECT/SINANem25/07/2013|*Dadospreliminares.

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

1,8

Coe

ficie

nte

de m

orta

lidad

e/10

0 m

il ha

b

0,9

Meta PR OMS 2015 = 0,94

3,5

3

2,5

2

1,5

1

0,5

0

2007 2008 2009 2010 2011 2012*

%

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

2007 2008 2009 2010 2011 2012*67,3 69,4 77,5 81,2 83,9 83,799 99,3 99 99,1 99,3 97,717,1 17,4 15,3 16,6 14 16,2

Exames HIV solicitadosExames HIV realizadosCoinfecção TB/HIV

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5.5.2 Estudo de Caso: A Programação Local para a Atenção aos Cidadãos com Tuberculose

Objetivo:Possibilitar aos participantes a compreensão dos fundamentos para a programação local de saúde para a atenção aos cidadãos com tuberculose.

5.5.2.1 Atividade Em Grupo: Orientação

• Retornaraosgrupos,elegerumcoordenadoreum relator;• Lerotextodeapoio–Aatençãoàtuberculoseno Paraná – e a planilha de programação para a atenção aos cidadãos com tuberculose no Paraná;• Leroestudodecaso:ATuberculosenaUnidadede APS Santa Terezinha;• ElaboraraprogramaçãolocalparaaequipedesaúdedaUnidadedeAPSSantaTerezinha;• Responderasseguintesquestões:

– Quantas horas por profissional e para a equipe da APS serão consumidas para atender os cidadãos com tuberculose?– Qual quantitativo de profissionais da APS será necessário para atender os cidadãos com tuberculose?

• Relatar a atividadeemplenária.Cada relatorterá no máximo cinco minutos para a apresentação.

5.5.2.2 Texto de Apoio

A ATENÇÃO À TUBERCULOSE NO PARANÁ

A tuberculose é uma doença infecciosa de transmissão aérea, curável e previnível com medicamentos acessíveis e disponíveis gratuitamente em todas as unidades de saúde.

O Programa Estadual de Controle da Tuberculose (PECT) tem buscado cumprir as diretrizes do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT), implementando e fortalecendoaestratégiaDOTS(DirectlyObservedTreatment Short Course – tratamento diretamente observado de curta duração) da Organização Mundial da Saúde, implantada no Brasil em 19981, pautada por cinco pilares considerados essenciais para o controle da doença: 1.

compromisso político; 2. detecção de casos por baciloscopia; 3. esquemas de tratamento padronizados e tratamento diretamente observado (TDO); 4. suprimento regular eininterrupto dos medicamentos padronizados; 5. sistema de registro e notificação de casos. Além disso, privilegia a descentralização das medidas de controle para a Atenção Primária, ampliando o acesso da população em geral e de populações mais vulneráveis ou sob risco acrescido de contrair a tuberculose, como as populações em situação de rua, pessoas privadas de liberdade, indígenas, dependentes químicos2.

O controle da tuberculose é baseado na busca de casos, no diagnóstico precoce e emseu tratamento até a cura. Há três métodos para estimarmos o número de casos a serem detectados: incremento esperado de casos, número de consultantes de primeira vez, númerodesintomáticosrespiratóriosestimados(Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil -2011), sendo este último o utilizado em nosso Estado. Esta estimativa define 1% da população como sintomática respiratóriae que aproximadamente 4% destes casos são as formas pulmonares bacilíferas.

Uma vez definida a meta de sintomáticosrespiratórios (tossidorhá três oumais semanas)a ser investigada (duas baciloscopias para BAAR), é possível dividi-la ao longo do ano, pactuando-se estratégias com cada serviço para identificar o SR e detectar precocemente o caso de tuberculose pulmonar bacilífero. A busca ativa e passiva dos casosdeveserrealizadanasUnidadesdeSaúde,serviços de emergência públicos e privados, na comunidade, nas instituições de longa permanência (asilos, hospitais psiquiátricos, penitenciárias, albergues, casas de apoio), entre outros.

A forma pulmonar bacilífera é a mais frequente e responsável pela transmissão da doença através da fala, tosse e espirro, portanto a que mantéma cadeia epidemiológica. A tuberculosepode comprometer outros órgãos (formasextrapulmonares), com destaque para a forma meningoencefálica, cuja vacinação para BCG

1 http://scielo.iec.pa.gov.br/pdf/bps/v7n1/v7n1a02.pdf Impacto da reforma do setor saúde sobre os serviços de tuberculose no Brasil, Antonio Ruffino Neto.2 http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/visualizar_texto.cfm?idtxt=31101, Programa Nacional de Controle daTuberculose (PNCT).

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reduz sua incidência em menores de cinco anos. É fundamental, portanto, que a equipe da USpriorize esta atividade e mantenha alta cobertura vacinalparaBCG.

O diagnóstico das formas pulmonaresbacilíferaséatribuiçãodaAPS.Portanto,énaUSque se deve solicitar baciloscopia, cultura para BAAR (com Teste de Sensibilidade, tipificação do bacilo) no escarro e Rx tórax para confirmaçãoda doença. As demais formas (pulmonares sem confirmação bacteriológica, extra-pulmonares,tuberculose resistente) devem ser encaminhadas para serviços de referência secundária/terciária para uma avaliação mais acurada, mas com estesexamesjásolicitados.TambémcabeàUSainvestigaçãodecomorbidades(HIV/AIDS,diabetes,dependência química) e os encaminhamentos pertinentes.

EntreasatribuiçõesdaUS,destaca-setambéma investigação dos contatos e o tratamento da infecção latente, conforme protocolo estabelecido.

A estratégia do TDO começou no Paraná,em 1998. A cobertura avançou lentamente, priorizando pacientes portadores da forma transmissível e pacientes com risco de abandono. Em 2010, com a implantação do Protocolo de EnfermagemparaoTDOnaAtençãoBásica,elefoi estendido a todos os pacientes, independente da forma, pois com o vínculo criado no contato diário com o paciente, a equipe de saúde reduz o abandono, facilita o acompanhamento através das baciloscopias de controle, diagnostica precocemente efeitos adversos e diminui a probabilidade do aparecimento de resistência adquirida, além de outros benefícios. Há indícios de que o TDO também influencia na diminuiçãodosóbitos,oquejátemsidoclaramentepercebidono município de Paranaguá, 7,5 % em 2010 para 2 %em2011nosóbitosportuberculosee5,3%em2010para3,4%em2011paraóbitosporoutrascausas.

O esquema de tratamento disponível para a APS é o esquema básico (RHZE). O manejo doseventos adversos menores é responsabilidade daUS,encaminhandoosdemaiorcomplexidadepara a referência (Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil -2011).

A equipe deverá estar atenta para a adoção demedidasdebiossegurançaqueprotejamseusprofissionaiseosusuáriosdaUS,comoobjetivode evitar a transmissão da tuberculose dentro da US. Medidas simples como o agendamentodo paciente bacilífero para o final do turno de funcionamento da US, o reposicionamento demesas, o uso de ventiladores que direcionem o ar das salas de atendimento para ambiente externo, o uso de máscaras comuns nos tossidores, entre outras.

Referências Bibliográficas- Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil (2011)- Controle da Tuberculose uma proposta de Integração Ensino-Serviço (2012).

5.5.2.3 Estudo de Caso: A Tuberculose na Unidade de Atenção Primária à Saúde Santa Teresinha

A Unidade de APS Santa Terezinha situa-segeograficamente na periferia do município de São Lucas, no bairro Coqueiral, distando-se do centro da cidade aproximadamente dez quilômetros. Possui uma equipe de saúde da família (contando com um médico, um enfermeiro, dois técnicos de enfermagem e sete ACS), uma equipe de saúde bucal (com um cirurgião dentista e um auxiliar de saúde bucal), e com os seguintes servidores de apoio administrativo: um auxiliar de serviços gerais, uma recepcionista e um vigia. A unidade funciona das 7h às 18h, ininterruptamente, e todos osprofissionais têm jornadade trabalhode40hsemanais. O conselho local é atuante, reúne-se mensalmente, e avalia o desempenho da equipe. A Unidade foi construída recentemente comrecursos do Ministério da Saúde. Segundo dados do cadastro familiar e do Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB), vive nesse territóriouma população de três mil habitantes, num total de mil domicílios. Após levantamento local, aequipe de saúde identificou que no território orelevo é plano com poucas ruas pavimentadas, desprovido de rede pluvial e tem consequentes alagamentos. O bairro é servido por duas linhas de ônibus, uma ligando bairro a bairro, e a outra ligando bairro ao centro. A maioria dos domicílios é de alvenaria e tem acesso a energia elétrica. 80% têm água tratada, apenas 50% têm rede de esgoto sanitário e a coleta de lixo ocorre duas

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vezes por semana. Há uma escola pública de primeiro grau e um campinho, onde as crianças costumamjogarbola.Háumadelegaciadepolíciacom capacidade para 40 detentos, no momento com 95; uma casa para idosos com 30 vagas; uma casa de apoio para pessoas vivendo com HIV/aids com 20 vagas sustentadas por uma igrejaevangélica. Segundo dados do cadastro familiar e do SIAB, 51% da população é feminina e 49% é masculina. A população dessa área é constituída

por 3% de crianças menores de um ano, 7% de crianças de um a quatro anos, 12% na faixa etária de cinco a nove anos, 8% de dez a 14 anos, 11% de 15 a 19 anos, 52% de 20 a 59 anos e 7% de maiores de 60 anos (vide quadro 2). Aproximadamente 250 famílias vivem com uma renda per capita inferior a R$ 70,00, 150 chefes de família são analfabetos, 30% das famílias apresentam risco social, econômico e cultural, 10% da população têm plano de saúde.

Faixa etária População total Total SUS dependente Masculino Feminino

< 1 ano 90 81 40 41

1 a 4 anos 210 189 92 97

5 a 9 anos 360 324 165 159

10 a 14 anos 240 216 106 110

15 a 19 anos 330 297 145 152

20 a 59 anos 1.560 1.404 688 716

> 60 anos 210 189 93 96

Total 3.000 2.700 1.329 1.371

Quadro 2 . DistribuiçãodaPopulaçãoporFaixaEtáriaeSexo

5.5.2.4 A Planilha de Programação para a Atenção aos Cidadãos com Tuberculose no Paraná

Estimativa de casos de tuberculose Fórmula/ Parâmetro Meta anual

1. Estimativa de casos novos a partir de SR examinados

Sintomáticosrespiratórios(SR) Px0,01

Casos novos com baciloscopia positiva (BK+) SR x 0,04

Casos novos (CN) em ≥ de 15 anos pulmonar com BK+ (N1) (CN)BK+ x 0,96

CN em ≥ de 15 anos pulmonar (N2) N1 ÷ 0,65

CN em ≥ de 15 anos (N3) N2 ÷ 0,8

CN em ≥ de 15 anos pulmonar BK sem confirmação (N4) N2 x 0,35

CN em ≥ de 15 anos extrapulmonar (N5) N3 x 0,2

Total de CN (N) N3 ÷ 0,95

CN em ≤ de 15 anos (N6) N x 0,05

CN em ≤ de 15 anos pulmonar (N7) N6 x 0,85

CN em ≤ de 15 anos pulmonar com BK+ (N8) N7 x 0,2

CN em ≤ de 15 anos pulmonar BK sem confirmação (N9) N7 x 0,8

CN em ≤ de 15 anos extrapulmonar (N10) N6 x 0,15

2. Reingressantes (R) por recidiva e após-abandono N x 0,1

Total de casos 1 + 2

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20

1.Determinaronúmerodesintomáticosrespiratórios–SRaseremexaminados.Tomarapopulaçãogeral– P da área adscrita ao serviço, distrito ou município, para o ano da programação e multiplicar por 0,01, considerando que o número de SR estimado é igual a 1% da população:Px0,01=SR

2. O número de casos novos com BK+ é igual a 4% dos SR:SRx0,04=BK+

3. O número de casos novos BK+ entre ≥15 anos, corresponde a 96% do total de casos BK+:BK+x0,96=BK+≥15 anos

4.Denominando-seonúmerodecasosnovosBK+em≥15 anos de N1, proceder, a partir desse número, à distribuiçãoregressivadoscasosporsituaçãobacteriológica,formaclínicaegrupoetário,deacordocoma árvore de distribuição. Obtém-se, assim, o total de casos novos para o ano da programação – N.

5.Paradeterminaronúmerodereingressantes–Rnosistemaporrecidivaeapósabandono,noanodaprogramação, calcula-se 10% dos casos novos esperados – N:Nx0,10=R

Árvore de distribuição dos casos esperados por grupo etário, forma clínica e situação bacteriológica

Programação da procura de casos de tuberculose a partir dos sintomáticos respiratórios:

CN = N3 ÷ 0,95

N2 = N1 ÷ 0,65

N1 = CNBK÷ x 0,96

N7 = N6 x 0,85

N8 = N7 x 0,2N6 = N x 0,05

N5 = N3 x 0,2

N4 = N2 x 0,35

N3 = N2 ÷ 0,8

N10 = N6 x 0,15

N9 = N7 x 0,8

Total de casos novos

15 ou +

< 15 anos

Pulmonar

BK

Pulmonar

BK+

Extrapulmonar

BK sem confirmação

Extrapulmonar

BK sem confirmação

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REDE DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS Planejamento da Atenção ao Paciente com Tuberculose

PLANILHA DE PROGRAMAÇÃO - Atenção Primária à Saúde

REDE DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS - TBDimensionamento da População Alvo

PLANILHA DE PROGRAMAÇÃO - Atenção Primária à Saúde

PREENCHIMENTO: Data: Responsável:Programaçãopara:(marcarcom“x”)Equipe APS Município Região Macrorregião IDENTIFICAÇÃO (registrar o nome): Equipe:Município:Região: Macrorregião:

Base de dados para dimensionamento População total: Estimativa da População Alvo - Controle da TB

SintomáticosRespiratórios(SR) 1.0% dapopulação Casos novos ≥ 15 anos (N3) N2/0,8

Casos novos com baciloscopia positiva (CNBK+) 4.0% SR Casos novos ≥ 15 anos pulmonar BK sem confirmação (N4) 35.0% N2 Casos novos ≥ 15 anos pulmonar com BK + (N1) 96.0% CNBK+Casos novos ≥ 15 anos extrapulmonar (N5) 20.0% N3

Casos novos ≥ 15 anos pulmonar (N2) N1/0,65 Total de casos novos (N) N3/0,95

CN ≤ 15 anos (N6) 5.0% N

CN ≤ 15 anos pulmonar (N7) 85.0% N6CN em ≤ 15 anos extrapulmonar (N10) 15.0% N6

CN ≤ 15 anos com BK + (N8) 20.0% N7Reingressantesporrecidivaeapósabandono(R) 10.0% N

CN ≤ 15 anos pulmonar BK sem confirmação (N9) 80.0% N7Total de casos (T) N + R

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22

Des

criç

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ica

(N1+

N8)

Age

ndar

ate

ndim

ento

no

Serv

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uspe

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berc

ulos

e se

m c

onfir

maç

ão

bact

erio

lógi

ca,T

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R,o

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rcul

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ulos

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e ac

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nham

ento

par

a to

dos

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com

tube

rcul

ose

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lizar

cons

ulta

méd

ica

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con

tato

s da

s pe

ssoa

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m tu

berc

ulos

e

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âmet

ros

100%

dos

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tific

ados

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100%

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100%

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ados

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100%

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ulos

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ulta

méd

ica

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aval

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o cl

ínic

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tam

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ient

açõe

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100

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100

100

100

100

100

100

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zo

1 an

o

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o

1 an

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1 an

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1 an

o

1 an

o

1 an

o

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enor

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1 an

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ient

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, N5,

N6,

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5%

T)

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ient

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rcul

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Pac

ient

e co

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tube

rcul

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Pac

ient

e co

m

tube

rcul

ose

Pac

ient

e co

m

tube

rcul

ose

Con

tato

s pa

cien

tes

com

tube

rcul

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ros

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cido

s vi

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Enf

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AC

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/ M

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o/ E

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ico

Enfe

rmei

ro

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ento

do

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com

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ercu

lose

Oficina 7 - Vigilância em Saúde na Atenção Primária à SaúdeOficina 7 - Vigilância em Saúde na Atenção Primária à Saúde

23

Des

criç

ão

Rea

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con

sult

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e ac

ompa

nham

ento

par

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dos

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e es

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onal

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s de

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ção

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100

100

100

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1 an

o

1 an

o

1 an

o

1 an

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em

in

stitu

içõe

s co

m

popu

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o co

m

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adoe

cim

ento

Pac

ient

e co

m

tube

rcul

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s

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ico

Méd

ico

e En

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eiro

Equi

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Aco

mpa

nham

ento

do

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rio

com

Tub

ercu

lose

Oficina 7 - Vigilância em Saúde na Atenção Primária à SaúdeOficina 7 - Vigilância em Saúde na Atenção Primária à Saúde

24

Duração da Atividade emMinutos Horas

30 0.5

30 0.5

15 0.3

15 0.3

15 0.3

15 0.3

45 0.8

Profissionais

Enfermeiro

Médico

Profissionais

Enfermeiro

Médico

40

40

Carga Horária Necessária(para o total de atividades - % em horas) Ano Mês Semana

Carga Horária Semanal CH %HorasUtilizadasConsulta CHConsulta

Carga horária restante para outras atividades programadas e demanda espontânea

Carga Horária Necessária (para as atividades programadas - Ano)

Análise do Atendimento Semanal

Primeira consulta médica TB

Primeira consulta médica contatos

Consulta médica subsequente TB

Consulta médica subsequente contatos

Consulta do enfermeiro

Consulta do enfermeiro - contatos

Atividade educativa - equipe

Consolidado das Atividades Programadas - Ano

Oficina 7 - Vigilância em Saúde na Atenção Primária à SaúdeOficina 7 - Vigilância em Saúde na Atenção Primária à Saúde

25

Des

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ão

Rea

lizar

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stic

oda

TB

Rea

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TB

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berc

ulos

e re

aliz

am e

xam

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itado

s pe

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SF, s

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:-

Bac

ilosc

opia

par

a B

AA

R: 6

-

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tura

par

a B

AA

R:1

-

Glic

emia

de

jeju

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1(1

ªat

endi

men

toa

pós

diag

nóst

ico)

-H

IV:0

1(1

ªat

endi

men

toa

pós

diag

nóst

ico)

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pac

ient

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do:

- B

acilo

scop

ia p

ara

BA

AR

: 2

- C

ultu

ra p

ara

BA

AR

, tes

te d

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nsib

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ão

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acilo

:1

- H

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1

-

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va tu

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N6,

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enc

amin

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s pa

ra

serv

iços

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refe

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gist

a , C

línic

o C

apac

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ou

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% 100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

100

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zo

1 an

o

1 an

o

1 an

o

1 an

o

1 an

o

1 an

o

1 an

o

1 an

o

1 an

o

1 an

o

1 an

o

1 an

o

1 an

o

1 an

o

1 an

o

1 an

o

1 an

o

Usu

ário

s

SR e

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paci

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s tu

berc

ulos

e

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pac

ient

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CN

≥ 1

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pulm

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BK

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4)

CN

≥ 1

5 an

os

extr

apul

mon

ar (N

5)

CN≤1

5 an

os (N

6)

Rei

ngre

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5% d

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asos

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Bac

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BA

AR

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ulín

ica

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tóra

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Bac

ilosc

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BA

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Cul

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BA

AR

Glic

emia

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jeju

m

HIV

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ilosc

opia

BA

AR

Cul

tura

BA

AR

HIV

Pro

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berc

ulín

ica

Con

sulta

esp

ecia

lizad

a

Con

sulta

esp

ecia

lizad

a

Con

sulta

esp

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lizad

a

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sulta

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RO

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DA

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pons

ável

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ento

do

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rio

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Tub

ercu

lose

Oficina 7 - Vigilância em Saúde na Atenção Primária à SaúdeOficina 7 - Vigilância em Saúde na Atenção Primária à Saúde

26

2. PLANILHA DE PROGRAMAÇÃO PARA A ATENÇÃO AOS CIDADÃOS COM TUBERCULOSE NO PARANÁ UNIDADE DE APS SANTA TERESINHA

ANÁLISE DO ATENDIMENTO SEMANAL Carga Horária Restante para Outras Atividades Carga Horária Programadas e Profissionais Capacidade Operacional Programada Demanda Espontânea

N.º de Carga horária Atividades % CH % Carga horária disponível profissionais disponível total programadas (horas/semana/profissional) (contratados) (horas/semana) (horas/semana)

Médico 40 1

Enfermeiro 40 1

Técnico de enfermagem 40 2

ACS 40 7

Quadro 3.CasosdetuberculosenomunicípioesuaUS

Município US

Localdodiagnóstico

Total de pacientes tratados

TotaldepacientesemTDO

Total de pacientes curados

Total de pacientes com TB que realizaram teste HIV

Total de contatos investigados

Oficina 7 - Vigilância em Saúde na Atenção Primária à SaúdeOficina 7 - Vigilância em Saúde na Atenção Primária à Saúde

27

Iden

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Uni

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OG

RA

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Saúd

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alN

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reço

Idad

eSex

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ata

dore

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ado

Dat

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iden

tifi

caçã

odo

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átic

ore

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1ªam

ostr

aD

ata

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sult

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ostr

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carr

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ANEXOS

Oficina 7 - Vigilância em Saúde na Atenção Primária à SaúdeOficina 7 - Vigilância em Saúde na Atenção Primária à Saúde

28

ANEXOS

Oficina 7 - Vigilância em Saúde na Atenção Primária à SaúdeOficina 7 - Vigilância em Saúde na Atenção Primária à Saúde

29

ANEXOS

Oficina 7 - Vigilância em Saúde na Atenção Primária à SaúdeOficina 7 - Vigilância em Saúde na Atenção Primária à Saúde

30

Nom

e

Sexo

Ende

reço

Uni

dade

de

Saúd

e

Fone

Res

iden

cial

Obs

erva

ções

:A

ssin

atur

a do

Res

pons

ável

:

Mês

Fase de ataque Fase de manutenção

Dia

s

Lege

nda

do c

ompa

reci

men

to:

Dos

e su

perv

isio

nada

= S

Aut

o-A

dmin

istr

ado

= A

Falt

ou a

Tom

ada

= F

12

34

56

78

910

1112

1314

1516

1718

1920

2122

2324

2526

2728

2930

31

Fone

Com

erci

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otiv

o da

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oD

ata

de N

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to

___

_/__

__/_

___

Iníc

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Núm

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o

Idad

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( ) E

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acilo

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ênci

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Bas

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) 1º

mês

( ) 4

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ês

( ) 2

º m

ês(

) 5º

mês

( ) 3

º m

ês(

) 6º

mês

ANEXOS

Oficina 7 - Vigilância em Saúde na Atenção Primária à SaúdeOficina 7 - Vigilância em Saúde na Atenção Primária à Saúde

31

ANEXOS

Oficina 7 - Vigilância em Saúde na Atenção Primária à SaúdeOficina 7 - Vigilância em Saúde na Atenção Primária à Saúde

32

6. ROTEIRO DAS ATIVIDADES: TERCEIRO DIA

6.1 Continuação do Estudo de Caso Anterior

6.2 Plenária: Relato das Atividades dos Grupos

Objetivo: Apresentarorelatóriodasatividadesdesenvolvidaspelos grupos na atividade anterior.

6.3 Estudo Dirigido: As Estratégias para o Desenvolvimento dos Produtos pelas Equipes da APS

Objetivo:Possibilitar aos participantes o desenvolvimento de estratégias para a realização dos produtos da oficina pelas equipes da APS.

6.3.1 Atividade em Grupo: Orientação

• Retornaraosgrupos,elegerumcoordenadoreum relator;

• Desenvolverestratégiasparaarealizaçãodosprodutos da oficina pelas equipes da APS:

-Dengue:Roteiroparaoenfrentamentodadengue no nível local discutido, preenchido, analisado e efetivado pelas equipes da APS (videpróximapágina);

- Tuberculose: Ferramentas – árvore de distribuição dos casos esperados (por grupo etário, forma clínica e situação bacteriológica), planilha de programaçãopara atenção à tuberculose, discutidas, preenchidas, analisadas e efetivadas pelas equipes da APS.

• Relatar a atividadeemplenária.Cada relatorterá no máximo cinco minutos para a apresentação.

6.4 A Programação para o Período de Dispersão

• O trabalho de dispersão tem como objetivogeral aplicar os conteúdos apresentados nesta Oficina.

• Comoobjetivosespecíficos:

1. Organizar e executar a replicação desta Oficina;

2. Programar com as equipes os produtos da Oficina.

Produtos do Trabalho de Dispersão

A) Roteiro para o enfrentamento da dengue no nível local

• DeveráserrealizadopelaequipedasUnidadesda APS: equipes de saúde da família e/ou equipes da atenção básica;

• Utilizar o roteiro padronizado neste guia deestudo;

B) Programação local para a atenção aos cidadãos com tuberculose

• DeveráserrealizadapelaequipedasUnidadesda APS: equipes de saúde da família e/ou equipes da atenção básica;

• Utilizarasferramentas:árvorededistribuição,planilha de programação e quadro: casos de tuberculosenomunicípioesuaUS,estabelecidasneste guia de estudo.

Prazo

• Osprodutosdeverãoserdesenvolvidosno período de: / /

Próxima Oficina•Tema:

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ROTEIRO PARA O ENFRENTAMENTO DA DENGUE NO NÍVEL LOCAL

Profissional Atividades Realiza Não realiza

Agente de endemias Levantamento de índice quadrimestral

Pesquisa larvária PE quinzenal

Bloqueio mecânico, químico e busca ativa de suspeitos

Integração na equipe local de saúde

Agente comunitário de saúde Visitas domiciliares, incluindo ações preventivas da dengue. Busca ativa de suspeitos

Enfermeiro Classificação de risco e notificação. Prova do laço. Acompanhamento dos casos suspeitos

Auxiliar/técnico de enfermagem Auxiliar a equipe de saúde

Médico Estratificação de risco e notificação dos casos suspeitos Manejoclínico

1.Aequipeestásensívelaodiagnósticodosprimeiroscasosdedengue,oportunizandoobloqueioemtempo oportuno?

2. A equipe tem condições para organização do serviço no enfrentamento de uma epidemia de dengue?

3. O que fazer?ANEXOS

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ANOTAÇÕES

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