oceanografia por satélites

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Oceanografia por Satélites Introdução ao uso de Satélites Oceanográficos Paulo S. Polito, Ph.D. [email protected] Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo http://los.io.usp.br Laboratório de Oceanografia por Satélites Paulo S. Polito (IOUSP) Oceanografia por Satélites 1 / 23

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Page 1: Oceanografia por Satélites

Oceanografia por SatélitesIntrodução ao uso de Satélites Oceanográficos

Paulo S. Polito, Ph.D. [email protected]

Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulohttp://los.io.usp.br

Laboratório de Oceanografia por Satélites

Paulo S. Polito (IOUSP) Oceanografia por Satélites 1 / 23

Page 2: Oceanografia por Satélites

Roteiro

1 Radiação EletromagnéticaCronologiaOndas EletromagnéticasFótons

2 O Espectro EletromagnéticoO Tamanho Relativo das BandasEspiando pela Janela

3 Conceitos EspecíficosUnidades RadiométricasMedidas

Paulo S. Polito (IOUSP) Oceanografia por Satélites 2 / 23

Page 3: Oceanografia por Satélites

Radiação Eletromagnética

Roteiro

1 Radiação EletromagnéticaCronologiaOndas EletromagnéticasFótons

2 O Espectro EletromagnéticoO Tamanho Relativo das BandasEspiando pela Janela

3 Conceitos EspecíficosUnidades RadiométricasMedidas

Paulo S. Polito (IOUSP) Oceanografia por Satélites 3 / 23

Page 4: Oceanografia por Satélites

Radiação Eletromagnética Cronologia

Um Pouco de História

Newton 1704 - Luz é formada por um fluxo de partículas.

Maxwell 1860 - Luz é uma onda eletromagnética.

Einstein 1905 - Luz é composta de fótons, quanta de luz.

Planck & Bohr 1924 - Linhas espectrais são associadas asaltos quânticos dos elétrons.

Em suma, a radiação eletromagnética pode ser descrita tantocomo partículas discretas (fótons) ou como ondas. Esta é aidéia da dualidade partícula–onda.

Paulo S. Polito (IOUSP) Oceanografia por Satélites 4 / 23

Page 5: Oceanografia por Satélites

Radiação Eletromagnética Cronologia

Ondas

Sendo λ o comprimento de onda, c a velocidade da luz e νa frequência, c = λν .Há portanto uma relação inversa entre λ e ν.

Paulo S. Polito (IOUSP) Oceanografia por Satélites 5 / 23

Page 6: Oceanografia por Satélites

Radiação Eletromagnética Ondas Eletromagnéticas

James Clerk Maxwell, 1860

~∇× ~B =µ0

(J + ε0

∂~E∂t

)

~∇× ~E =− ∂~B∂t

~∇ · ~E =ρ

ε0~∇ · ~B =0

~E, ~B campos elétrico (V.m−1) e magnético (N.m−1.A−1);ε0, µ0 permissividade elétrica (F.m−1) e permeabilidade

magnética (N.A−2) do vácuo;ρ, J densidade de carga (C.m−3) e densidade de corrente

(A.m−2).Elas admitem uma solução ondulatória para ~E e ~B.

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Page 7: Oceanografia por Satélites

Radiação Eletromagnética Ondas Eletromagnéticas

Ondas Eletromagnéticas

A onda eletromagnética pode ser visualizada oscilando emdois planos ortogonais, o elétrico e o magnético.

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Page 8: Oceanografia por Satélites

Radiação Eletromagnética Ondas Eletromagnéticas

Polarização: Vetor Campo Elétrico em 2D

Relação defase→polarização:linear, circular eelíptica.

6= polarizações sãousadas nos sensoresorbitais ativos.

O campomagnético não foidesenhado.

Paulo S. Polito (IOUSP) Oceanografia por Satélites 8 / 23

Page 9: Oceanografia por Satélites

Radiação Eletromagnética Ondas Eletromagnéticas

Polarização: Vetor Campo Elétrico em 2D

Relação defase→polarização:linear, circular eelíptica.

6= polarizações sãousadas nos sensoresorbitais ativos.

O campomagnético não foidesenhado.

Paulo S. Polito (IOUSP) Oceanografia por Satélites 8 / 23

Page 10: Oceanografia por Satélites

Radiação Eletromagnética Ondas Eletromagnéticas

Max Planck (1900)

Lei de Planck

Bλ =2hc2

λ5

1

e( hckTλ ) − 1

O brilho Bλ de umcorpo negro éfunção docomprimento deonda λ e datemperatura T :

Quando integrada em todos os comprimentos de onda (oufrequências), e em todos os ângulos, o resultado é a lei deStefan–Boltzmann.

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Page 11: Oceanografia por Satélites

Radiação Eletromagnética Ondas Eletromagnéticas

Jozef Stefan & Ludwig Boltzmann (1879/84

Lei de Stefan–Boltzmann: A radiação total emitida por um

corpo negro ideal é dada por Mλ = σT 4 , onde σ = 5, 7X108

Wm−2K−4 é constante e T é a temperatura absoluta.

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Page 12: Oceanografia por Satélites

Radiação Eletromagnética Ondas Eletromagnéticas

Willhelm Wien (1896)

Lei do Deslocamento de Wien

λmax =kT

onde k = 2898 µm.K.λmax é associado àTemperatura .

Num gráfico log–loguma reta une os λmax .

Obtemos λmaxmedindo Bλ comsensores para vários λ.

Tendo λmax podemoscalcular T .

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Page 13: Oceanografia por Satélites

Radiação Eletromagnética Ondas Eletromagnéticas

Emissão da Terra e do Sol

O sol está aaproximadamente5800K.O pico da emissão solaré no espectro visível.A Terra está em média a300K.O pico de emissão daTerra é no infra-vermelho.O Sol emite mais energiaque a Terra para todo λ.

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Page 14: Oceanografia por Satélites

Radiação Eletromagnética Fótons

Einstein (1905) e o Efeito Fotoelétrico

Sendo h=6,626×10−34Js a constante de Planck e ν afreqüência (?!) da onda, a energia do fóton é dada porQ = hν.Em termos de λ e de c podemos dizer que Q = hc

λ .Quanto mais alta a freqüência mais alta a energia do fóton.Quanto menor o comprimento mais alta a energia do fóton.

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Page 15: Oceanografia por Satélites

Radiação Eletromagnética Fótons

Quântica: Emissão e Absorção de Fótons

Absorção: elétron passapara estado mais excitado.Emissão: elétron passa paraestado menos excitado.Saltos quânticos linhas.Identificação remota deemissores.

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Page 16: Oceanografia por Satélites

O Espectro Eletromagnético

Roteiro

1 Radiação EletromagnéticaCronologiaOndas EletromagnéticasFótons

2 O Espectro EletromagnéticoO Tamanho Relativo das BandasEspiando pela Janela

3 Conceitos EspecíficosUnidades RadiométricasMedidas

Paulo S. Polito (IOUSP) Oceanografia por Satélites 15 / 23

Page 17: Oceanografia por Satélites

O Espectro Eletromagnético O Tamanho Relativo das Bandas

Espectro Eletromagnético

Paulo S. Polito (IOUSP) Oceanografia por Satélites 16 / 23

Page 18: Oceanografia por Satélites

O Espectro Eletromagnético O Tamanho Relativo das Bandas

A Influência dos Gases no Espectro

Ultra–violeta causa foto–ionozação;

Luz visível eleva o nível orbital dos elétrons;

Infra–vermelho induz vibração nas moléculas;

Infra–vermelho e radio (microondas) induzem rotação evibração nas moléculas.

Alargamento de banda.

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Page 19: Oceanografia por Satélites

O Espectro Eletromagnético Espiando pela Janela

Janelas Atmosféricas

A combinação dos espectros deabsorção da atmosfera torna aatmosfera opaca a algunscomprimentos de onda e transparente aoutros.Os principais componentes são N2O,CH4, O2, O3, CO2 e H2O.A diferença entre a absorção na bandado visível (do Sol) e do infra-vermelho(da Terra) cria o efeito estufa.

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Page 20: Oceanografia por Satélites

Conceitos Específicos

Roteiro

1 Radiação EletromagnéticaCronologiaOndas EletromagnéticasFótons

2 O Espectro EletromagnéticoO Tamanho Relativo das BandasEspiando pela Janela

3 Conceitos EspecíficosUnidades RadiométricasMedidas

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Page 21: Oceanografia por Satélites

Conceitos Específicos Unidades Radiométricas

Ângulo Sólido

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Page 22: Oceanografia por Satélites

Conceitos Específicos Unidades Radiométricas

Entidades, Símbolos, Unidades e Definições

Energia Capacidade da radiaçãoRadiante Q J realizar trabalhoFluxo Q por unidadeRadiante Φ W de tempo

Φ incidente por unidadeIrradiância E Wm−2 de área do alvo

Φ emitido por unidadeExitância M Wm−2 de área do emissorIntensidade Φ emitido por umaRadiante I WSr−1 pequena fonte numa direçãoRadiância I por unidade de área daou Brilho B, L Wm−2Sr−1 fonte, projetada numa direçãoReflectância ρ - Φ refletido/totalTransmitância τ - Φ transmitido/totalAbsorbância α - Φ absorvido/total

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Page 23: Oceanografia por Satélites

Conceitos Específicos Medidas

Medidas Radiométricas e Geofísicas

A associação de medidas radiométricas a geofísicas éempírica.Temperatura de brilho é a que um corpo negro deveriaestar para atingir o brilho observado numa dadafreqüência.As temperaturas de brilho em vários canais sãocombinadas e correlacionadas a medidas in–situ:Estabelece–se assim uma equação de calibração.Este conceito aplica-se a quase todos os sensores.

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Page 24: Oceanografia por Satélites

Conceitos Específicos Medidas

Muito Obrigado!

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