o vila mariana viii

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GINÁSIO DO IBIRAPUERA O Gillette Federer Tour traz pela primeira vez ao Brasil os principais nomes do tênis mundial, de 06 a 09 de Dezembro WWW.OVILAMARIANA.COM.BR SÃO PAULO, DEZEMBRO DE 2012 EDIÇÃO N 0 8 ANO 1 FRANCISCO RIO MICELI FUNDADOR 1937 75 anos TEATRO: Zé Celso, vôo anticapitalista pág. 06 DIREITO TRABALHISTA: 13 0 sálario pág. 12 TECNOLOGIA: Smart TV Ganhando o mercado pág. 10 AURA SOMA: E o kit dos Chakras pág. 13 ECONOMIA: Agora a pergunta que nos interessa. O que o Brasil quer ser quando crescer ? pág. 14 MÚSICA: Gilberto Gil que completou 70 anos em 2012 pág.04 CINEMATECA: Stefan Zweig vai ao cinema 05 a 09 de Dezembro pág.19 ARTES VISUAIS: Serão 11 categorias artísticas em destaque na Mostra pág.16 AV.PAULISTA: Completa 121 anos no dia 08 Dezembro pág. 08 CASA DAS ROSAS: Rave cultural comemora aniversário da Casas das Rosas pág. 05 JAZZ: “ A música a mais pura linguagem da alma. É a verdadeira expressão dos nossos sentimentos” (A.D. Plácido) pág. 07 CONJUNTO DESPORTIVO CONSTÂNCIO VAZ GUIMARÃES: Foi palco de inúmeros eventos esportivos, culturais e de lazer de âmbito municipal, estadual, nacional e internacional pág. 15

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O Vila Mariana - Edição 8

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Page 1: O Vila Mariana VIII

ginásio do ibirapueraO Gillette Federer

Tour traz pela

primeira vez ao Brasil

os principais nomes

do tênis mundial,

de 06 a 09 de

Dezembro

www.ovilamariana.com.br São Paulo, Dezembro De 2012 eDição n0 8 ano 1

Francisco rio miceliFundador 1937

7 5 anos

teatro: Zé Celso, vôo anticapitalista pág. 06 direito trabalhista: 130 sálario pág. 12

tecnologia: Smart TV Ganhando o mercado pág. 10 aura soma: E o kit dos Chakras pág. 13

economia:Agora a pergunta que nos interessa. O que o Brasil quer ser quando crescer ? pág. 14

música: Gilberto Gil que completou 70 anos em 2012pág.04

cinemateca: Stefan Zweig vai ao cinema 05 a 09

de Dezembro pág.19

artes visuais: Serão 11 categorias

artísticas em destaque na Mostra

pág.16

av.paulista: Completa 121 anos no dia 08 Dezembropág. 08

casa das rosas: Rave cultural

comemora aniversário

da Casas das Rosas

pág. 05

jazz: “ A música a mais pura linguagem da alma. É a verdadeira expressão dos nossos sentimentos”(A.D. Plácido) pág. 07

conjunto desportivo constâncio vaz guimarães: Foi palco de inúmeros eventos esportivos, culturais e de lazer de âmbito municipal, estadual, nacional e internacional pág. 15

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O Vila Mariana - DezeMbrO De 2012

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EditorHeber Micelli Jr.

Departamento comercialHeber Micelli Jr.

Editor caderno motorRubens Heredia

RevisãoBruno Alves

Representante ComercialUSA-MiamiDaniel Sossa

Direção de arteJosé Américo de Lima

ColaboradoresAntonio Santos, Aristides Campos Jan-

nini, Beatriz Vale, Bruno Alves, Cristiane Craveiro, Emanuel von Lauenstein

Massarani, Isis Utsch, João Soares, Luis Carlos Facuri,

Maria Fernanda de Biaggi, Maria da Paz Soares,

Marília Martins, Marilia Sant’ AnaMonica Paoletti, Nadia Saad, Nancy

Alves, Nelson Coletti, Rubens Heredia, Vicente Miceli

Impressão OESP GráficaTiragem: 8.000 exemplares

Telefone(11) 99829-7229

4999-5543e-mail

[email protected]ção mensal

As opiniões e os conteúdos emitidos nas matérias assinadas são de respon-

sabilidade do autor, assim como o conteúdo dos anúncios é de respon-

sabilidade dos anunciantes.

editorial

errata

CAROS lEiTORES,

Dezembro chegou , e com ele muitas festas e encontros que se multiplicam, felizmente,com amigos e familiares. É o mês onde encontramos todos os motivos para procurar aquela pessoa que a tempo não procuramos e para também encontrar momen-tos livres numa agenda que durante o ano inteiro pareceu infindável de compromissos.

Deixo aqui um pensamento: Por que não promovemos esses encontros mais vezes durante os demais meses do ano ao invés de deixarmos apenas para o mês de Dezem-bro a oportunidade de rever pessoas que nos fazem tão bem? Que tal mudarmos nosso comportamento no próximo ano e dedicarmos mais de nosso tempo ao cultivo de nossas amizades? Por que não florescer novos contatos?

E, falando em florescer, vai aqui nosso parabéns muito especial ao Espaço Haroldo de Campos, de Poesia e literatura que completa 8 anos no dia 09/12 (também conheci-do como Casa das Rosas), um de nossos importantes parceiros culturais.

Temos outra importante aniversáriante em Dezembro, cuja data é pouco conhecida, mas que está sempre presente aos grandes eventos da cidade... nossa Avenida Paulista, que comemora 121 anos dia 08/12.

Mês de peso em comemorações! Também neste mês chegamos à nossa 8a. Edição. Como sempre gostaria de agradecer

a todos os nossos leitores, Anunciantes e Colaboradores que puderam fazer do Jornal” O Vila Mariana” no ano de 2012 um sonho se tornar realidade. Vale aqui uma citação de São Paulo, que diz: “A Fé sem Obra, não existe”.

Boas Festas a todos! Muita Paz, Saúde e Harmonia em seus lares!!!

Heber Micelli Jr.Diretor

Em longas 2h 31min, o argentino Guido Pella, de apenas 22 anos, conquistou o título da segunda edição do ATP - no Ginásio do ibi-rapuera, em São Paulo. Numa partida disputadíssima, que arrancou aplausos da torcida, Pella derrotou o romeno Adrian Ungur por 2 sets a 1, parciais de 6/3 6/7(4-7) 7/6 (7-4), e se juntou ao alemão Cedrik--Marcel Stebe na galeria de campeões do torneio.

“Foi o jogo mais difícil da minha vida e o troféu mais importante da minha carreira”, resumiu Pella, após receber a premiação total de US$ 84.900, das mãos de Guilherme Ruggiero (eCommerce – Brasil), da patrocinadora P&G, dona da marca Gillette, mais 100 pontos no ranking da ATP, além de entrar pela primeira vez no grupo dos 100 primeiros, devendo passar a ocupar a posição número 97.

Foi uma grande exibição de tênis para o público paulistano. Pelo esforço e pela típica garra portenha que demonstrou, Pella che-

gou até a ser aplaudido e tietado pela torcida, após um difícil ponto, quando literalmente chamou a torcido acenando com os braço para cima, superando a histórica rivalidade entre brasileiros e argentinos.

“Agradeço demais o carinho da torcida brasileira, para mim, foi fa-tor decisivo para o resultado”.

A Gillette carinhosamente nos cedeu uma entrevista exclusiva - ain-da no ginásio. Questionei Ruggiero sobre a decisão de patrocinar o evento, em meio a uma importante crise Européia onde, para nossa surpresa, declarou que foi iniciativa brasileira trazer este “arsenal”, ATP / Federer Tour para o Brasil. O nosso produto Pro Glide, é o de maior e melhor desempenho do mundo – portanto, alinhado com nos-sos investimento na área dos esporte. Ruggiero ainda adicionou uma grade novidade. O Gillette Federer Tour terá uma etapa de exibição na Argentina! No que depender de nós do “O Vila Mariana”, para lá também iremos.

O ATP Challenger Tour Finals 2012 teve ainda o patrocínio da Pre-feitura de São Paulo, lazer e Recreação, Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Esporte, lazer e Juventude.

A realização é da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) e da Confederação Brasileira de Tênis. Koch Tavares é a promotora.

Para informações adicionais, acesse www.challengerfinals.com.br ou siga-nos em nossas mídias sociais Facebook (ATP Challenger Tour Finals) e Twitter (@atpchfinals).

O Jornal O Vila Mariana agradece a Daniela Giuntini e equipe da DGW Comunicação (www.dgwcomunicacao.com.br) pelo convite da cobertura do evento ATP Challenger Tour Finals 2012 e do Gillette Federer Tour.

Rubens Heredia

Na Edição 06 de Outubro Caderno Motor, (kawasiki) .Na Edição 07 de Novembro na Capa (ibira-puea) ibirapuera.Edição 07 de novembro Caderno de Esportefoto do atleta Rafael Silva (Baby) medalhista Olimpico dos jogos de londres 2012 ao lado do técnico Osvaldo Hatiro Ogawa

telefones úteisSub-Prefeitura de Vila Mariana 5577-3949 delegacia 160 d.P. 5571-0133Polícia Militar 3a Cia - 12 0 BPM-M 5573-7786disque denuncia (sigilo absoluto) 181Corpo de Bombeiros 193defesa Civil 199Polícia Civil 147Polícia Militar 190Pronto - Socorro 192inspetoria regional de Vila Mariana 5539-0897 ou 5086-0711

Central de telecomunicções da GCM 3266-5104 ou 3262-2237

CHARGE NElSON COlETTi

Page 3: O Vila Mariana VIII

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O Vila Mariana - DezeMbrO De 2012PoeMaS

MERA QUIMERA

Quisera em Primavera,transformaruma hera em bela...

Mera quimera,tola espera;pudera...

Uma folha-seca do Outonocomo aquela,transpassada pelo Verão...

Ela,em lúdica estação,poetisa e donzela,sendo hera e bela,a própria fera!?

Engano ou ilusão?...

Às vezes lutamos tanto, tanto contra o que sentimos. Às vezes acreditamos tanto na nossa mente e esquecemos que ela mente para nós. Quando estamos juntos pensamos com o coração e enxergamos que a voz do coração é muito maior do que a voz da mente. A mente vive questionando o coração ; e o coração com a sua paciência ouve tudo o que a mente quer dizer, mas o coração só faz o que ele quer e é por este motivo e muitos outros que eu amo você.

Quando duas pessoas estão juntas é preciso que cada um olhe dentro do outro para entender cada atitude. Se você olhar para o outro encontrarás você, então pense bem antes de agir, de falar ou discutir. Olhe bem para quem você ama, e veja que talvez ele(a) não está bem. Pense antes de falar ou de agir: muitas vezes jogamos fora o que depois não conseguimos encontrar. Que pena que as pessoas não reconhecem a dedicação de quem ama.

O sonho e a esperança são dois calmantes que a natureza concedeu à humanidade. Como é bom te abraçar. Toda a beleza do Universo se torna pequena quando estou com você.

Dentro da verdadeira união só pode haver um só coração, pois o batimento de dois corações se transformam na mais alta energia de amar. Quando o amor é puro e verdadeiro tudo se transforma, o valor material se torna pequeno e a força do amor se torna cada vez maior.

Marilia Martins

SEM RASCUNHO

Sem ensaio e nada sinté-tico,Um pouco estético,E outro tanto poético... Mera pretensão de rimar,Afinal sou bipolar! So-mente no gritar do silencio,O amor faz parceria com a solidão...Sozinho, escrevo meu sentir,Porque a vontade grita na alma latente...

O mar abraça a areia,A maré vem forteE a onda golpeia. No recuar da torrente,Agora fraca e sozinha,De volta ao oceano,Uma vontade semeia,Da espuma viva,Da onda escaldante,Quando acontece o ocaso,

Do sol refletindo,Na areia úmida e bri-lhante. Tantas vezes se repete,Milhares ao dia,São incontáveis rom-pantes,Ondas repetidas e desi-guais,Cada uma com sua força de vinda,Outras tantas, com o silencio da morte,Outras muitas, com o segredo da vida,Outras poucas, o misté-rio da sorte... ...De estar a seu lado quando o sol se põe,No ressuscitar da maré,Escrevendo na areia,Seu nome, SEM RASCU-NHO...

luís Carlos [email protected]

A M O R M O V E D I Ç O

Amar e não ser amado,É afundar no lodo da ilusão.Com o coração invadido,Sem jamais ser ouvido,Clamando ajuda em vão.

O amor ignorado,É vil e tenebroso.Iguala-se ao imaculado lírio,Gélido e suntuoso.

Em meio a insólito pântano,Que seduz adentrar,Impossibilitando o sair...Eternizando o gritar,De um perene partir...

Que amor é este?

Cuidado,É AMOR MOVEDIÇO!

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O Vila Mariana - DezeMbrO De 2012

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MúSiCa

Brasileiro, africano, pop, tropicalista, tecno-lógico, ousado: assim é o baiano Gilberto Gil, que completou 70 anos em 2012. inacreditavel-mente jovem, antenado e irrequieto. Neste ano, sua obra foi totalmente revi-sitada, não apenas para que as gerações futuras pudessem (acredito) ter a oportunidade de conhe-cê-lo, mas principalmen-te porque continua atua-líssima e antenada com as temáticas e sonoridades contemporâneas. Mul-tifacetado, Gil, além de cantor, compositor e exí-mio violonista, é adepto da macrobiótica, das conexões cibernéticas e da cultura digital, capaz

O pan-africanismo de Gilberto Gil. Compôs e gravou diretamente em francês Touche pas à mon pote (Não mexa com o meu amigo)

de ser simples e comple-xo, regional e universal, abraçando tanto os gêne-ros brasileiros tradicio-nais – como o samba, o baião, o xote, o xaxado,

e o ijexá dos filhos de Ghandi (tradicional bloco afro de Salvador), quan-to os ritmos de coloração bem pop como o reggae jamaicano, a juju music

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Criada em 1965 por iniciativa de um grupo de idealistas, teve inicialmente como objetivo oferecer serviços de educação, tratamento, orientação

e reabilitação de pessoas com deficiência mental associada ou não a outras deficiências.

Lares Av. Barão do Rego Barros, 179 - CEP 04612-040 - Campo Belo São Paulo - SPTel.: (11) 5532-0643 / 5096-1859 - E-mail: [email protected]

Banco Bradesco - Conta Corrente 94000-3 / Agencia 0105www.lareslegiao.com.br

Legião de Assistência para Reabilitação de Excepcionais

da Nigéria, a rumba zai-rense ou o axé baiano, todos ao som de tambores muitas vezes para lá de eletrônicos.

Quero abordar aqui um aspecto incomum na obra do Gil, muito ligado ao assunto tratado nos ou-tros dois artigos anterio-res desta coluna musical, que foram as canções em francês na música brasi-leira. Pois bem, durante os anos 80 e 90, o can-tor e compositor Gilberto Gil escreveu nada menos do que quatro belíssimas canções diretamente em francês, onde emprega o idioma valendo-se de uma perspectiva univer-salizante, ao tratar de temas como o neocolo-nialismo e a imigração, escravidão e herança cultural africana, entre outros, questões que di-zem respeito não apenas ao Brasil, mas à humani-dade como um todo, em particular à comunidade africana. Mais recente-mente, lançou a canção la Renaissance Africaine (O Renascimento Africa-no) no CD Banda larga Cordel, de 2008 (Geleia Geral/ Warner).

Em 1985, convidado a participar do movimento SOS Racisme na Fran-ça, Gil não se contentou em fazer apenas o show: compôs e gravou direta-mente em francês Tou-che pas à mon pote (Não mexa com o meu amigo), canção com uma levada, um swing bem pop afri-cano, que veio a se tor-nar um hino para aquele movimento anti-racista. Sucesso total! Nada mais audacioso: um estran-geiro de origem negra questionando os ideais de liberdade da própria na-ção francesa. Adotando como mote o slogan do movimento e abordando temáticas contemporâ-neas, como as correntes migratórias do final do século XX, as aglome-rações urbanas nas capi-tais europeias (nous ve-nons ici chercher les bras d’une mère, bonne mère:

“viemos aqui procurar o braço de uma boa mãe”), o racismo e as injustiças sociais, Gil não poderia ter sido mais atual. Doze anos mais tarde, outra canção emblemática, po-rém bem menos festiva: la lune de Gorée (A lua de Gorée). O tema ago-ra focaliza o tráfico de escravos e a indignação contra a tortura e a hu-milhação a que eram sub-metidos os africanos que chegavam à ilha de Go-rée (Senegal) para serem redistribuídos ao novo mundo. O tom musical é o de um lamento, pontu-ado por instrumentos de percussão (kalimba, caxi-xi, afoxé, moringa e tam tam) e de cordas (guitarra e violão), que executam uma célula rítmica que se repete; trata-se de uma música de caráter tribal, ritualístico, circular, si-mulacro de um cântico primitivo, onde se nota a abolição da noção de tempo, unindo o eterno, o instante e o agora. Não à toa a canção se encontra no CD intitulado Quanta, lançado pela Warner em 1997.

Aspecto intrigante é o fato de o autor ter escri-to em francês. Por que o idioma? A língua fran-cesa aqui é um dos ele-mentos que compõem esse painel, interessando mais como instrumento de comunicação para se falar à irmandade africa-na, já que nesse pedaço de terra (o Senegal) se fala francês; talvez pu-desse ter utilizado tanto o inglês da Jamaica, quanto o iorubá da Nigéria.

Nancy Alves Cantora e pesquisadora Musical

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O Vila Mariana - DezeMbrO De 2012PoeSia & literatura

Poesia é destaque na programação do evento especial

Para comemorar os oitos anos da fundação do Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Li-teratura, a Casa das Ro-sas promove, nos dias 15 e 16 de dezembro, mais uma Rave Cultural. Em parceria com o projeto Cabaret Revoltaire, que reúne diversas manifesta-ções artísticas e também comemora seu primeiro ano de funcionamento, a Casa traz, durante toda a noite de 15 de dezem-bro variadas artes para celebrar a diversidade artística, principal ca-racterística do Espaço, aberto em 9 de dezembro de 2004, voltado para a propagação da poesia.

A partir das 21h, sob apresentação de isadora Krieger e Daniel Min-choni, o público adulto confere o Cabaret Revol-taire trazendo Maurício Eloy dirigindo pintura com modelo vivo, Kika Ortiz com a performance BATHORY; acompanha-mento das leituras com o tecladista Pedro Zope-lar; dança burlesca com Clóris Fontainebleau; Daniel Minchoni com a performance “A Poesia É Maior que Eu”; Rafael RG e Fabiana Faleiros em performances, DJ Gláucia Nascimento e DJ isado-ra Krieger, exibição de filmes; pintura ao vivo com Sinhá; leitura do po-eta luiz Roberto Guedes; apresentação de mario-nete com Rafael leidens, show da banda do poeta Marcelo Montenegro; performance com o poe-ta léo Gonçalves e Kan-zelumuka; performance com o poeta Chiu Yi Chih. A festa dura até às 5h.

Rave para a criançada

No domingo, 16, é a

Casa das Rosas vez do público infantil aproveitar a festa. Às 11h, a Cia lÚDiCOS de teatro popular apresenta o espe-táculo musical A Criança que Nasceu Grande, uma história de amor singela e pura. As personagens Marias, ora representan-do a nossa gente, ora a nossa terra, nosso lugar, são as principais paixões de Mário de Andrade. Uma busca quixotesca de Mário por uma Maria já, e sempre, conquis-tada que tem duração prevista de 45 minutos.

Às 14h, tem Brincadei-ra estética é conexão po-ética: Os Jogos de Cons-trussim no Jardim com o grupo Zebra5. A ativida-de, que durará duas ho-ras, acontece no jardim da Casa e é um mergulho no universo de junção de palavras para que elas for-mem novos caminhos de brincadeira, poesia e arte.

Domingo 16 de dezembro11h - Espetáculo Musical: A Criança que Nasceu Grande Com Cia LÚDI-COS de teatro popular.

14h - Brincadeira estética é conexão poética: Os Jogos de Construssim no Jardim Com o grupo Zebra5. Duração: 2 horas.

Palavras que se jun-tam para formar novos caminhos de brincadeira, poesia e arte. Estes são os Jogos de “Construssim”, onde podemos mergulhar em um lugar muito espe-cial: o Jardim da Casa das Rosas!

Ciclo de saraus na

Casa das Rosas Programação Poesia

Ilimitada – Dezembro 2012

Quase todos os dias tem sarau na Casa das

Rua Rio Gr ande, 93 /107Vila Mariana – São Paulo – SP

TEL S: 5571-8787 / 5081-5247A berto das 06:00 ás 23:00

E-mail: [email protected]

Rosas. Participe dos encontros gratuitos de-dicados à declamação da poesia.

A PLENOS PULMÕESApresentação: Marco Pezão.inscrições começam uma hora antes.Sábado, 1° de dezembro, 19h30.

Dedicado aos amantes da poesia, o objetivo é incen-tivar a literatura escrita e falada. O microfone está aberto.

VIA VEREDACuradoria e apresentação: Maria Alice Vasconcelos.Participação musical: Vinícius Camargo.Sexta-feira,7 de dezem-bro, 19h30.

Sarau mensal dos alunos e ex-alunos das oficinas de criação da Casa das Rosas. Os poetas e escri-tores interpretam poemas e textos, próprios e de diversos autores.

SARAU NATALINO DAS BREJEIRASCuradoria: laura Ba-cellar.Organização: Editora Brejeira Malagueta – www.editoramalagueta.com.br.E-mail: [email protected]: Secretaria de Estado da Cultura e As-sessoria de Cultura para Gêneros e Etnias.Sábado, 8 de dezembro, 16h às 21h30.

QUINTA POÉTICACuradoria: José Geraldo Neres.Promovido pela Escritu-ras Editora.

Reúne boa poesia, com diferentes expressões artísticas, como dança, música, artes plásticas e cultura popular envolven-

Rave Cultural comemora aniversário da Casa das Rosas

do a leitura dos poemas.

54ª edição Convidados: Fabiano Fer-nandes Garcez, Giovanna Falarara, Jonas Pereira Santos, laís Thalles, Michell Ferreira, Paulo Sposati Ortiz e Wender Montenegro.Participação especial: Mestre Sapopemba canta Gonzagão (homenagem ao centenário de nasci-mento de luiz Gonzaga. No repertório, os grandes sucessos do Rei do Baião).Quinta-feira, 13 de de-zembro, 19h.

CHAMA POÉTICADireção: Fernanda de Almeida Prado.

Poesia sempre – come-

moração dos 8 anos do projeto Chama PoéticaDomingo, 16 de dezem-bro, 18h.

A proposta do Chama Poética é difundir e fo-mentar a arte por meio da poesia, da literatura e da música.

SERVIÇOProgramação Poesia ilimitada - Ciclo de saraus (novembro)De 1º a 16 de dezembro de 2012.

Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de

Poesia e literatura Avenida Paulista, 37 – próximo à Estação Briga-deiro do Metrô.Horário de funcionamen-to: de terça-feira a sábado, das 10h às 22h; domingos e feriados, das 10h às 18h.Convênio com o estacio-namento Patropi: Alame-da Santos, 74.Tel.: (11) 3285-6986 / (11) 3288-9447.Blog: www.casadasrosas--sp.blogspot.comTwitter: www.twitter.com/casadasrosasFacebook: http://www.fa-cebook.com/casadasrosas

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O Vila Mariana - DezeMbrO De 2012

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teatro

Eram em sua maioria jovens e elegantes. Não que estivessem na moda ou usassem roupas caras, pelo contrário, vestiam-se de maneira original: se enfeitaram com chapéus,

Zé Celso levanta vôo anticapitalista.Nova peça do Teatro Oficina adapta Brecht para tratar sociedade atual.

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óculos de aros grossos e chinelos. longe de se preocuparem com isto, apenas se esforçaram para chegarem a tempo ao tea-tro Oficina para a estreia de “Acordes”, peça do

diretor Zé Celso Martinez Corrêa, dia nove de no-vembro.

Eles encheram a tenda improvisada no bairro do Bexiga, ao lado do tea-tro. Muitos pareciam se

conhecer, perambulavam com suas taças de vinho atrás de novas amizades, falavam sobre política ou da última peça assistida. “Silêncio! Silêncio”, in-terrompeu o próprio di-retor ao aparecer no topo da escadaria de seu teatro. Numa espécie de ritual, no qual o movimento de seu corpo apontava para o público, convido-os para entrar em seu templo.

Todos ainda se aco-modavam quando Zé Celso, ao lado de apro-ximadamente 20 atores do elenco, fez uma breve explanação do que seria assistido.

“Acordes” utiliza uma metáfora para atingir seu objetivo. A queda de um avião, símbolo do pro-gresso, representa o declí-nio do sistema capitalista, observado com as recen-tes crises internacionais. Fruto do acidente, quatro pilotos (ou as cabeças do sistema), ficam debilita-dos e à mercê de ajuda da sociedade; no caso, atores e público.

A peça é inspirada na ópera de Bertolt Brecht denominada “A Peça Di-dática de Baden-Baden Sobre O Acordo”, de 1929. O dramaturgo ale-mão é uma das principais referências do grupo, sua adaptação ganha ainda mais importância já que a obra original funciona como uma espécie de guia do Oficina, em que sua ordenada principal pode ser resumida por uma pa-lavra: transformação.

E é justamente na hora da decisão dos destinos dos acidentados que o método de transforma-ção das normas vigentes,

proposto por Zé Celso, entra em ação. A intenção é quebrar a hierarquia di-visora de atores e platéia, os quais definem em coro os quatro destinos. Uma banda soma-se às vozes da multidão para reforçar o musical.

Os pilotos necessitam de condições básicas à sobrevivência, como água e travesseiros. Mas o coro é implacável: “...constru-íram grandes cidades à força de muito suor e de muita cabeça. Nem por isso o pão ficou mais ba-rato”.

Segundo o diretor, “Para nos transformar-mos, é preciso morrer”. O avião tem seus destro-ços recolhidos e final-mente remontados, agora já pode decolar: “o novo voo é o renascimento”.

Zé Celso afirma que a mesma transformação

presenciada no espetá-culo pode ser encontrada na vida. Para ele, como o avião, que teve de ser des-truído para voltar a fun-cionar, a sociedade atual vive este mesmo processo de mudança. Prova disso, segundo alega, são fatos como a eleição de Fernan-do Haddad para prefeito de São Paulo ou, no âm-bito internacional, a elei-ção de François Hollande para presidir a França.

Outro fato é a predo-minância dos jovens na-quela estreia, algo raro anos atrás. Para Zé Celso, todas estas mudanças tra-duzem renovação.

Se a experiência vi-venciada naquela noite for uma demonstração do que virá, então com certe-za estará certo.

Bruno [email protected]

Page 7: O Vila Mariana VIII

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O Vila Mariana - DezeMbrO De 2012Jazz

Wilson Curia: uma vida dedicada à música.“A música é a medianeira da vida espiritual com a material”

“A música é a mais pura linguagem da alma. É a verdadeira expressão dos nossos sentimentos” (A.D. Plácido). Nada mais apropriado do que iniciar um artigo sobre Wilson Curia do que com esta ci-tação.

Seu lado musical vem de família: a mãe tocava todo o repertório de Ze-quinha de Abreu (inclu-sive o conheceu pessoal-mente), uma de suas tias foi professora de piano, e uma das primas foi con-certista.

Wilson foi aluno de Nellie Braga, H. Koell-reutter e Maria Helena Silveira. E sua grande influência foi o professor húngaro Paul Urbach. Ele seguiu os passos de seus mentores no 3º ano do curso de Direito na PUC--SP, quando iniciou a car-reira de professor.

Durante seis meses, Wilson integrou um gru-po formado por Hector Costita (sax tenor), Mag-no D’Alcântara (trumpe-te), luiz Chaves (baixo) e Rubens Barsotti (bate-ria). Eles se apresentavam às 2ªs feiras no Teatro de Arena, em São Paulo. To-cou também com Booker Pitman (sax alto, soprano e clarinete), Shu Viana (baixo), Maciel (trombo-

ne) e “Gafieira” (bateria).

Além disso, na década de 50, Wil-son participou do embrião do Zim-bo Trio. E durante os anos 60, teve o privilégio de dar aulas para Dick Farney, que estava em busca de mu-danças no seu esti-lo musical.

E para se aperfeiçoar, em 28/08/1970 foi o primeiro brasileiro a receber o certifi-cado pelos cursos de Harmonia, im-provisação, Arranjo e Orquestração no Berklee College of Music.

Na TV, participou de: “Ponto de Encontro” da TV Cultura; “Avant Pre-miere” da Tupi; “90 Mi-nutos”, na TV Bandei-rantes; “Brasil ‘65”, da TV Excelsior; e “Almana-que”, da Globo News.

Wilson foi o responsá-vel pela vinda ao Brasil de grandes nomes do Jazz, como Jamey Aebersold e Harold Danko (pianista de liza Minnelli). Conhe-ceu ainda: Mike Wofford, Tommy Flannigan, Toshi-ko Akiyoshi, Chuck Ma-rohnic, Carlton Schroeder e Phil Woods.

Na primeira visita de Sarah Vaughan ao Brasil, Wilson foi convidado a participar do seu show de abertura, acompanhado de “Azeitona” (baixo) e Chim (bateria).

Mas nenhum outro momento em sua carreira se comparou ao encontro com liza Minnelli. Arnie lawrence – um dos mú-sicos da diva - lhe telefo-nou quando chegaram ao Brasil convidando Wilson para assistir ao ensaio de liza, no qual teve a opor-tunidade de “dar uma canja” acompanhando-a.

Durante sete anos con-secutivos, Wilson fez par-te do júri dos concursos de órgão da Yamaha do Brasil, inclusive minis-trando workshops para organistas de todo o país.

Em 05/09/2000, foi homenageado pela in-ternational Association of Jazz Educators com a placa lifetime Achie-vement Award, dada a um músico em cada país

como reconhecimento por sua dedicação e rele-vantes serviços prestados ao Jazz. E em 09/11/2002,

Wilson recebeu o diploma de Ministro da Música da República de Vila Maria-na na Câmara Municipal

de São Paulo.Para Wilson, “o profes-

sor deve inspirar o aluno no sentido de lhe propor-cionar admiração e con-fiança. É importante que as aulas de música voltem para as escolas, pois com-plementam a educação e fazem com que as crian-ças cresçam mais dóceis.”

Como disse Bettina Von Amim, “A música é a medianeira da vida espiritual com a mate-rial”. E nada como uma trajetória inteiramente dedicada ao piano, como a de Wilson Curia, para comprovar isso.

Contato: Wilson Curia TecladosRua Áurea, 251 - Fone: 5579.3073Site: www.wilsoncuria.com.br

Roberto Sion, Nelson Aires e Trio, Wilson Curia (piano) e o Rick Condit

Wilson Curia e Jamey Aebersold

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hiStória

Avenida Paulista, o símbolo da cidade de São Paulo.

Por que só esta Avenida é reverenciada em São Paulo? A Avenida Paulista é lembrada no dia de seu aniversário por ser um marco importante na vida dos paulistanos.

Joaquim Eugênio de lima, engenheiro uru-guaio, homem viajado e hábil especulador insta-lou-se em São Paulo entu-siasmado com as noticias alvissareiras sobre o café.

Percebeu que a cidade em franco progresso não estava preparada para re-ceber os ricos fazendeiros que vinham à capital para acompanhar o embarque de sua produção no porto

de Santos. Escolheu o espigão que

dividia o vale do Rio Pi-nheiros e o Tietê, conhe-cido na época como Alto Caaguaçu (Mato Grande, em tupi)que ficava a 840

metros acima do nível do mar.

Associou-se a dois fa-zendeiros e adquiriram uma gleba que pertencia a João Coelho Pamplona no trecho chamado de Cami-nho da Real Grandeza.

Depois de estudos to-pográficos, o sonho de Eugênio de lima vis-lumbrou uma avenida totalmente plana. Foi ne-cessário fazer um aterro fantástico no vale do Ri-beirão da Saracura (atual 9 de Julho) com traçado que fosse direcionado para o Pico do Jaraguá, referência importante para os Bandeirantes e os tropeiros.

Avenida Paulista foi entregue em 8 de Dezem-bro de 1881, com trinta metros de largura e 2800 metros de extensão, em duas faixas distintas: uma com piso importado da Alemanha destinado aos bondes que eram puxa-dos por burros e às car-ruagens; e de calçadas de terra batida com árvores de plátanos e magnólias separando as pistas.

Em 1910, a light, com-panhia canadense, fez circular o bonde da li-nha 3 que saia do largo de São Francisco subia a Brigadeiro e adentrava a Paulista seguindo até a Consolação modificando o visual da Avenida com a implantação dos postes.

Nesta época surgiram grandes projetistas como Ramos de Azevedo, o francês Victor Dubugras e os ingleses Barry Pa-rker. e Raymond Unwin ,começou então o lote-amento da região (Cia.

City).Na gestão do prefeito

Barão de Duprat (1911/14)criou-se um belvedere conhecido como Tria-non projetado pelo fran-cês Villon preservando a Mata Atlântica do Caa-guaçu.

O Parque Trianon dis-punha de uma salão de festas, restaurante, lindo jardim e toda a infraestru-tura para abrigar a “jeu-nesse doree” (jovens ricos e desocupados) e parte da população urbana.

Nos anos 20 eram re-alizadas corridas de au-tomóvel na Avenida. Os competidores dirigiam suas baratinhas e bugat-tis abertas equipados com máscaras para proteger os olhos e gorros iguais aos usados nos aviões da época. A velocidade dos carros variava entre 20 e30km. por hora.

O herói do momento chamava-se Manuel de Teffé.

Copiando Paris, na Av. Champs Elisees, também era realizada a Corrida dos Garçons. Os partici-pantes teriam que correr levando, sem cair, uma bandeja com refrigeran-te e um copo de vidro. O prêmio ao vencedor era uma viagem à Paris.

Em 1924 foi realizada a primeira Corrida de São

Silvestre da qual partici-param 60 atletas.

A distância era de 8 quilômetros com saída ás 23h45 em frente ao prédio da Gazeta e terminava na Assoc. Atlet. São Paulo, na Ponte Grande.

O 1º vencedor da cor-rida foi Alfredo Gomes, do Club Floresta, atual Esperia.

Só participavam cor-redores brasileiros. Mui-tos competidores foram desclassificados por não cumprirem o tempo míni-mo exigido para a prova.

Devido sua posição ge-ográfica e altitude vários hospitais se instalaram na região: Santa Catarina, Matarazzo (hoje Humber-to Primo), Hospital Ale-mão (hoje Oswaldo Cruz) e Pro Matre.

Outros vieram mais tarde: Sírio libanês, 9 de Julho, Clinicas, HCor en-tre outros.

O Metrô, ramal da Pau-lista, começou a operar no dia 25 de Janeiro de 1991 aniversário de São Paulo e da Avenida.

A Avenida Paulista não divide São Paulo apenas geograficamente, divide também por sua história econômi-ca.

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O Vila Mariana - DezeMbrO De 2012Motor

Modificando radical-mente a base propulsora de nosso caderno, este mês lembro aos Sres a frase de luis de Camões - e cabem aqui como nunca “Por mares nunca dantes navegados”, ou seja, Mo-tor Business, nesta edi-ção, está movida a ventos.

“Desembarcaremos” no Rio de Janeiro, para receber os catamarãs Ex-treme 40 - pela primeira vez na América do Sul e no Brasil. lá, três mem-bros da família Grael, além de André Mirsky, Alex Welter e do por-tuguês Diogo Cayolla, estarão mui aparatados para nos representar.

Os catamarãs Extre-me 40 e seus tripulantes de peso, chega para as batalhas finais de 2012, que vai de 06 a 09 de de-zembro. O “Team Erics-son Brasil”, fará parte da disputa como a equipe convidada do país sede e terá um dos maiores nomes do esporte Olím-pico brasileiro, Torben Grael, como comandante, desta final do Act 8, Rio.

Dono de cinco meda-lhas Olímpicas – sendo duas delas de ouro, Tor-ben também representará o país no Rio em 2016 na classe 49er. O técnico des-sa equipe e tripulante re-serva, será lars, que tam-bém tem na carreira duas medalhas Olímpicas. “Para mim, é um grande prazer velejar essas “má-quinas”. A oportunidade de ter o meu irmão lars, um amante dos multi-cascos, como técnico, e meu filho Marco como proeiro é impar. Nós sa-bemos o quão difícil é a Extreme Sailing Series, e queremos apenas nos

motor business

Torben Grael (skipper) Capitão do “Team Brasil” na final da Extreme Sailing Series Act 8, Rio

Extreme Sailing Series Rio.“Por mares nunca dantes navegados”

divertir na Baía de Gua-nabara, além de represen-tar nosso país”, declarou.

De extrema importân-cia, o português Diogo Cayolla se junta ao time com suas campanhas Olímpicas e de America s Cup na bagagem. Ele será fundamental para o “Team Brasil” por já ter participado de outras edi-ções do Extreme Sailing Series. Além dele, o es-pecialista em catamarãs, Alex Welter, engrandece a tripulação com sua me-dalha de ouro Olímpica na classe Tornado. Para fechar a lista, André Mir-sky acrescenta toda sua experiência Olímpica na classe Star ao grupo.

Quatro dos oito times têm grandes chances de levantar o maior troféu da temporada 2012 – duas de Omã, uma francesa e outra austríaca. São 15 os pontos necessários para vencer o Act 8, e tudo pode acontecer. líder desde o Act 2, na Chi-na, o time “The Wave, Muscat” é o que se en-contra na posição mais confortável no ranking.

A ação começará no dia 06 / 12 nas águas abertas da Praia de Copacabana antes de rumarem a arena montada para os três dias de disputas, na Praia do Flamengo. Os entusiastas poderão acompanhar os embates pelo SPORTV

no domingo, dia 09 / 12, a partir das 15h, e lá esta-rei para relatar as maiores manobras - quase que de guerra, para todos nossos leitores “lobos do Mar”.Ranking Extreme Sailing Series após Act 7 Nice - França 1. The Wave, Muscat - 61.5 pontos2. Oman Air - 53 pontos3. Groupe Edmond de Rothschild - 51 pontos4. Red Bull Sailing Team - 48.5 pontos5. GAC Pindar - 39.5 pontos6. SAP Extreme Sailing Team - 33 pontos7. Alinghi - 28 pontos8. Zoulou - 23.5 pontos

Rubens Heredia

Circuito do Rio de Janeiro

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Acerte seu “Horário

teCnoloGia

Smart TV Ganhando o mercado, plugando-se à internet.

A Smart TV estimula o comportamento cada vez mais interativo.

A Smart TV, que é também por vezes referi-da como TV conectada ou TV híbrida, não pode ser confundida com iPTV, TV pela internet, ou com Web TV. O termo é usa-do para descrever uma tendência de integração da internet e da Web 2.0. É a diversificação de conteú-do e de opções, ao alcan-ce do telespectador. Ela resulta da convergência

cada dia mais profunda entre TV, computador, internet, câmera digital, blu-ray disc players, con-teúdos de TV abertos e exclusivos.

Afinal, em um mundo cada vez mais plugado, para muita gente assistir TV já não é o bastante. É necessário manter-se conectado, não impor-ta como. E foi assim que surgiram as Smart TVs. O

grande diferencial destes modelos é justamente oferecer diferentes níve-is de conectividade, seja por meio da internet, ou convergindo com outros aparelhos multimídia disponíveis no merca-do, criando um conjunto perfeito para os ávidos por tecnologia.

Para que uma Smart TV possa oferecer todos

os seus recursos de maneira ple-na é primordial que ela esteja conectada à internet na sua

residência. Bas-ta ligar um cabo de rede do formato RJ45 (igual aos ligados nos compu-tadores para banda larga) diretamente no aparelho, permitindo assim que ele tenha ligação direta com um roteador ou HUB, fazendo assim parte da sua rede caseira, ou via ligação WiFi, existentes em algumas Smart TV.

A tendência é que as Smart TVs ganhem cada

vez mais espaço na sala de estar das famílias brasilei-ras, oferecendo imagens em alta definição. Espe-ra-se que cada vez mais serviços de streaming possam oferecer filmes e até mesmo complexos jogos eletrônicos, sem a necessidade de aparelhos extras. Em um mundo onde as residências são cada vez mais apertadas, reunir em um único apa-relho computador, TV, vídeo game, câmera digi-tal, blu-ray disc players, e por aí vai, seria um sonho. isso sem contar a econo-mia e sem levar em conta o aspecto ambiental (me-nos lixo tecnológico na natureza, já por demais cambaleante).

A Smart TV estimula o comportamento cada vez mais interativo e permite que a maioria das pessoas supere o condicionamen-to cultural da passividade. Aquela famosa cena do sujeito com os olhos está-ticos em frente à televisão parece está chegando ao

fim. Outro fator que am-plia a aceitação da Smart TV é a interação social, em que as pessoas passam a assistir aos mesmos pro-gramas, em companhia de amigos ou de familia-res, em especial nos con-teúdos de entretenimento. Desse modo, a multipli-cidade de preferências e a segmentação de gostos acabam multiplicando o número de grupos de tele-spectadores até no âmbito das famílias e estimulan-do a elevação do número médio de televisores por domicílio, mesmo em ca-madas de baixa renda.

Para efetuarmos as conexões com a inter-net em nossa Smart TV existem vários sites com

Programação de dezembro

Sexta-feira 07 - Musica de Raiz Edison Silva das cantoras Vera e Vilma e do peracussionista Nelson CabeloSábado 08 – João Sobral – Homenagem a Belchior Acompanha Pedro Lima- guitarristaSexta-feira 14 – Jeannine Boone Chansons Françaises, Helio Braz – violão e voz Nelson Cabelo - percussãoSábado 15 - Festa de Encerramento dos alunos & Show – Tributo a Luiz Gonzaga, Helio Braz, Wanda Moreira e Nelson CabeloSexta-feira 21 - Choro & Alegria Rua José Antônio Coelho, 583 - Vila MarianareSerVaS: (11) 3384-2737

demonstração e tutori-ais na internet, veja al-guns exemplos nos links abaixo:

LGhttp://www.youtube.com/watch?v=suP4pMi8niM&feature=player_embed-dedSamsunghtt://www.youtube.com/watch?v=tPlR1OGVbgYSonyhtt://www.youtube.com/Onde chegaremos com tanta tecnologia somente o futuro dirá. Aguarde-mos, então.

João [email protected] em Gerencia-mento de Projetos

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O Vila Mariana - DezeMbrO De 2012tCP

Imagine ganhar de Natal ao mesmo tempo: Três piscinas, Academia completa, uma

Represa, Campo de futebol, Quadras esportivas.

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direito traBalhiSta

Décimo Terceiro salário.O pagamento da Gra-

tificação de Natal, po-pularmente conhecida como “Décimo Terceiro Salário”, instituída em nosso País pela lei nº 4.090/1962, é muito es-perada pelos trabalhado-res, que contam com esse

“extra” para fazerem as compras de fim

de ano. Afinal, nessa época mo-

vimentada de festas, todo dinheiro é pouco para as muitas “lembrancinhas” tão esperadas por cole-gas de trabalho, parentes, amigos secretos ou não, empregados, etc. O fato é que é pouco o percentual de trabalhadores que uti-lizam essa grana para qui-tar dívidas e, assim, poder começar o ano com mais tranquilidade. A maioria vai mesmo às compras e deixa para pensar nas dí-

vidas depois do ano novo ou, quem sabe, depois do carnaval.

Têm direito à gratifi-cação natalina os tra-balhadores que têm carteira assinada, sejam trabalhado-res domésticos, urbanos, rurais ou avulsos, bem como os funcio-nários públicos,

ativos e inativos, além dos aposentados e pensionistas do iNSS.

Consiste a gratificação natalina em um pagamen-to anual correspondente a 1/12 (um doze avos) da remuneração do trabalha-dor por mês trabalhado. O valor do 13º salário é obtido dividindo-se a re-muneração integral do trabalhador por 12 e mul-tiplicando-se o resultado pelo número de meses tra-balhados, considerando--se como mês integral a

fração igual ou superior a 15 dias de trabalho, lem-brando que o empregado que tiver mais de 15 faltas injustificadas em um mês de trabalho perde o direi-to ao 1/12 relativos a esse mês. É importante desta-car que no valor da remu-neração que será dividida por 12 se deve incluir a média anual das horas extras, dos adicionais no-turno, de periculosidade e de insalubridade, das comissões, das gorjetas e de outras gratificações ha-bituais que o trabalhador eventualmente receber.

Nada disso pode ficar de fora, porque tais parcelas integram a remuneração do trabalhador para todos os efeitos, nos termos do artigo 457 e § 1º, da Con-solidação das leis do Tra-balho, que assim dispõem:

“Art. 457 - Compre-endem-se na remunera-ção do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como con-traprestação do serviço, as gorjetas que receber.

(Redação dada pela Lei n.º 1.999, de 01-10-53, DOU 07-10-53)

§ 1º - integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percenta-gens, gratificações ajusta-das, diárias para viagens e abonos pagos pelo em-pregador. (Redação dada pela lei n.º 1.999, de 01-10-53, DOU 07-10-53)”.

De acordo com a lei nº 4.749/1965, o 13º salário deve ser pago pelo em-pregador em duas parce-las, sendo que a primeira deve ser paga a título de adiantamento entre o dia 1º de fevereiro e o dia 30 de novembro de cada ano,

correspondente à metade do salário do mês anterior. Já a segunda parcela dever ser quitada até o dia 20 de dezembro, deduzindo-se o adiantamento já feito sem ter o seu valor corrigido.

Vejamos o texto da lei:“Art. 1º A gratificação

salarial instituída pela Lei número 4.090, de 13 de julho de 1962, será paga pelo empregador até o dia 20 de dezembro de cada ano, compensa-da a importância que, a título de adiantamento, o empregado houver rece-bido na forma do artigo seguinte.

Parágrafo único. (Ve-tado).

Art. 2º Entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, o emprega-dor pagará, como adian-tamento da gratificação referida no artigo prece-dente, de uma só vez, me-tade do salário recebido pelo respectivo emprega-do no mês anterior.”

Nos termos da lei, caso o empregado tenha inte-resse em receber a primei-ra parcela por ocasião de suas férias, deve requer até o dia 31 de janeiro do ano correspondente.

logo, é ilegal o paga-mento em única parcela em dezembro, estando o empregador sujeito ao pa-gamento de multas. E é importante ressaltar que o empregador deve ante-cipar o pagamento quando a data final recair em dias não úteis. Também é devi-do o décimo terceiro salá-rio proporcional nos casos de extinção do contrato de trabalho por prazo deter-minado, de pedido de dis-pensa pelo empregado, de dispensa sem justa causa e de aposentadoria do em-pregado, mesmo que tais eventos ocorram antes do mês de dezembro.

Por fim, convém frisar que o recolhimento da contribuição previdenci-ária deve ser feito apenas quando do pagamento da segunda parcela ou por ocasião da rescisão con-tratual, incidindo sobre o valor total gratificação natalina, sendo que o re-colhimento deve ser feito até o dia 20 de dezembro.

Maria da Paz F. P. Soa-resBacharela em DireitoEspecialista em Direito Social - Mackenzie

Consiste a gratificação natalina em um pagamento anual correspondente a 1/12 (um doze avos)

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O Vila Mariana - DezeMbrO De 2012teraPia

Aura-Soma e o Kit dos Chakras.Dentro do sistema te-

rapêutico Aura-Soma, como um todo, existem certos Óleos Balanceados que foram relacionados à Chakras específicos. Existe um Óleo Balancea-do para cada um dos sete chakras tradicionais. in-dicamos nessa matéria a estação de energia à qual está relacionada, a área física e função correspon-dentes, e algumas diretri-zes para seu uso, com base em observações clinicas empíricas.

O Kit dos Chakras é composto pelos frascos: B12, B2, B3, B4, B5, B20 e B26

Frasco B1. Sua cor é Azul sobre Magenta Es-curo

Corresponde ao Chakra do Topo da Cabeça, mas pode ser usado em todo o corpo.

Conhecido como o

Frasco dos Primeiros Au-xílios, o analgésico da na-tureza nevrálgica, dores de cabeça; para todas as queimaduras, machuca-dos e picadas de insetos; congestão dos sinos fron-tais, distensões e torsões agudas; bronquite aguda, gastrite, cistite, infecções, especialmente dor de gar-ganta, para todas as con-dições hiperativas doloro-sas, por exemplo, dores de cabeça e insônia.

É um “frasco curador”. É ótimo para a meditação, traz confiança para quem tem falta dela.

Frasco B2. Sua cor é Azul sobre Azul

Corresponde ao Chakra da Garganta. Ajuda no de-sequilíbrio da tireoide, de-sordens vocais, problemas de crianças com dentição. Se passado bem no início dos sintomas, pode evitar a dor de garganta.

É o frasco da Paz. Aju-da na comunicação e nas dificuldades de fala.

Frasco B3. Sua cor é Azul sobre Verde

Corresponde ao Chakra do Coração, incluindo pul-mões, caixa toráxica e res-piração.

É usado em casos de taquicardia, pneumonia, asma e bronquite crônica; libera as passagens mucais do sistema respiratório.

Frasco B4. Sua cor é Amarelo sobre Ouro

Corresponde ao Chakra do Plexo Solar, desde o diafragma até o umbigo, incluindo o estômago, a vesícula biliar, fígado, pâncreas, rins, sistema di-gestivo, sistema nervoso e pele.

É usado em problemas digestivos como a flatu-lência, náusea, fogachos da menopausa, reumatis-mo e artrite. Específico

para problemas nervosos, problemas da pele – me-lhor aplicado ao plexo solar de modo que a causa da condição cutânea seja curada.

Frasco B5. Sua cor é Amarelo sobre Vermelho

Corresponde ao Chakra Base. Área física: pés, per-nas, órgãos reprodutivos, bexiga, intestinos, base da espinha dorsal.

É usado para problemas na parte lombar inferior, ciática, frigidez, impotên-cia e fertilidade. Equilibra o sistema hormonal das glândulas suprarrenais. É adequado para todas as condições de hipo-ativi-dade: constipação, letargia após um prolongado abu-so de drogas, etc.

Frasco B20. Sua cor é Azul sobre Rosa

Corresponde ao Chakra da Fronte. Área física: ca-beça, glândula pituitária e

pineal, placas cranianas, hemisférios esquerdo e di-reito do cérebro.

É usado em casos de dores de cabeça, enxa-queca e para qualquer de-sequilíbrio de energia na área de cabeça. Também conhecido como Resgate infantil. Tem o amor do Rosa e a paz do Azul.

Esse frasco traz discer-nimento e abre o terceiro olho.

Frasco B26. Sua cor é laranja sobre laranja.

Corresponde ao Chakra Sacral, uma faixa ao redor do umbigo, do ventre.

B26 é um frasco especí-fico para a cura do choque e trauma. O laranja con-tém a energia para auxiliar a aura verdadeira a retor-nar ao seu centro.

Cristiane CraveiroTerapêuta [email protected]

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eConoMia

Qual o futuro do Brasil? Olhe para nossas crianças.

Uma coisa interessante é que países são como crianças.

O que você vai ser quando crescer? Esta é a pergunta que pelo menos uma vez na vida alguém nos fez quando éramos crianças, e que gostamos de fazer aos pequenos de hoje. A principal razão é para ouvirmos as res-postas mais divertidas, engraçadas e às vezes surpreendentes que as crianças nos propiciam. A resposta mais comum é a clássica quero ser jogador de futebol, caso seja um menino. As mi-nhas preferidas, são as também muito comuns: astronauta, bombeiro, artista, piloto de avião e

outras. Em alguns casos temos algumas surpresas quando uma criança de nove anos fala que quer ser medico, engenheiro, advogado, físico ou ma-temático.

Hoje existe uma super especialização nas pro-fissões, então se prepare para ouvir profissões que você nunca imaginou ou-vir. Recentemente, em um aniversário de aum amigo, a filha de seis anos de um amigo esta-va jogando vídeo game, quando alguém pergun-tou o que ela queria ser quando crescer. imagi-na a cena, a garota deu

pausa no ví- deo game, pensou um pouquinho, olhou bem nos olhos do bis-bilhoteiro e res-pondeu calma-mente “arquiteta de software de ví-deo game”. Não aguentei, todos olhamos para a cara de perdido do meu amigo xere-ta e estouramos de rir. Volto a repetir ela tem seis anos. infelizmente a mais rara é alguém dizer que quer ser professor.

Neste ponto você deva

estar imaginando que fa-larei sobre como é impor-tante para o Brasil à edu-cação de nossas crianças. É obvio que sim, mas não é minha intenção.

Normalmente quando a criança escolhe uma profissão tradicional é por alguma referência familiar, ou algo muito forte que a influencia. O pai é engenheiro e o filho que ser igual, ou quer ser astronauta, pois é muito influênciada por filmes ou vídeos games.

Uma coisa interessan-te é que países são como crianças. Todos tem que saber exatamente o que querem ser quando cres-cerem. O saber o que quer ser, significa plane-jar o futuro da nação.

Supondo que você fosse a China e alguém pudesse perguntar qual o seu futuro, com certeza a resposta seria um grande exportador de produtos manufaturados, baratos e baixa qualidade. Vende-ria um monte de produtos

que teriam que ser repos-tos rapidamente e conse-quentemente continuaria vendendo e crescendo.

A Alemanha também é um grande exportador de produtos manufatu-rados, caros e de alta qualidade, apoiados em um marketing eficiente e com fábricas no mundo inteiro. Distribui a pro-dução de seus produtos mais simples pelo mun-do, porém os de maior valor agregados continu-am a serem fabricados na Alemanha, garantindo emprego e renda aos ale-mães.

O Japão segue o mo-delo alemão, aplicando e criando novas tecnolo-gias como principal ma-rketing para impulsionar as vendas.

Caso você imagine cada país desenvolvido uma solução de imediato vem a sua cabeça. itália e França seriam os produ-tos ultrassofisticados e caríssimos.

EUA o maior produtor

e vendedor de tecnologia do mundo.

Agora a pergunta que nos interessa. O que o Brasil quer ser quan-do crescer? Você sabe a resposta? Somos o gran-de produtor de produtos primários do mundo. Exportamos minério de ferro, soja, café e outras mercadorias. Tudo bá-sico, porém exportamos tecnologia em aviões que são considerados os melhores do mundo. É correto em sua opinião exportarmos navios de minério de ferro e impor-tamos carros ou aço?

Qual nosso objetivo? Qual nosso planejamen-to? infelizmente nenhum. Quem indica a direção que devemos seguir?

Qual o futuro do Bra-sil? Fácil, pergunte para as crianças o que elas se-rão quando crescer. Pois as pessoas que realmen-te colocarão o Brasil no rumo ainda são crianças.

Aristides Campos Jannini

Espaço Yehoshua

Feng Shu i(harmonização de ambiente ))

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O Vila Mariana - DezeMbrO De 2012eSPorteS

Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães.Ginásio do ibirapuera

Na última edição do ano iremos fazer uma retros-pectiva dos acontecimentos marcantes de 2012.

O Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães foi palco de inúmeros even-tos esportivos, culturais e de lazer de âmbito muni-cipal, estadual, nacional e internacional.

Começando pelos even-tos culturais e de lazer, grandes nomes da música como o maestro internacio-nal Andre Rieu e o cantor Roberto Carlos fizeram concorridas temporadas de shows no Ginásio do ibira-puera, atraindo um grande público em todas as apre-sentações.

O grande ídolo Elvis Presley foi homenageado em momentos marcantes proporcionados pela apre-sentação do show “Elvis in Concert”, espetáculo in-ternacional que trouxe para São Paulo uma orquestra de músicos que tocaram ao lado do rei do rock. Repro-duzindo ao vivo suas músi-cas com a voz remasteriza-da de Elvis, através de uma produção de última geração (com imagens holográficas e em telões de alta defini-ção), o público presente foi privilegiado com a possibi-lidade de assistir ao show

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lga

çãocomo se ele esti-

vesse presnte no palco.

Para as crianças e jovens também não faltaram atra-ções. Começando pelo show de pa-tinação artísitica “Disney On ice”, tradicional espetáculo apre-sentado no Ginásio do ibi-rapuera, que ano após ano encanta o público trazendo diferentes temas e novas histórias.

A super produção norte- americana “Batman live” também aterrisou por aqui, brindando os fãs das histó-rias do super-herói dos gi-bis e do cinema com muitos efeitos especiais. Além dis-so, as crianças foram agra-ciadas com um dia repleto de atrações no Ginásio do ibirapuera, com a execução de espetáculos musicais e teatrais, no dia das crianças.

Os fãs de esportes tam-bém não tiveram do que re-clamar. Em 2012 passaram pelo Conjunto eventos es-portivos para todos os gos-tos e faixas etárias.

Campeonatos de atletis-mo municipais, estaduais, nacionais e internacionais fizeram da pista de atletis-mo do Estádio Ícaro de Cas-tro Mello palco de inúmeras

disputas que muito contri-buiram para a repercurssão dos atletas brasileiros. Foi em um destes torneios que Jonathan Henrique Silva, atleta pertencente ao Cen-tro de Excelência Espor-tiva de Atletismo (projeto desenvolvido no Conjunto através da Secretaria de Es-portes, lazer e Juventude do Estado de São Paulo), obteve índice para dispu-tar os Jogos Olímpicos de londres 2012, no salto tri-plo. Outros atletas do pro-jeto e de outros locais de treinamento também obti-veram marcas importantes e disputaram torneios em diversas partes do mundo através dos resultados ob-tidos nessas competições.

Os torneios de tênis fo-ram um capítulo a parte. A realização da primeira edi-ção do Brasil Open de Tê-nis na cidade de São Paulo, trazendo um público recor-de ao Ginásio do ibirapuera no início do ano, mostrou

que o tênis já virou uma paixão para os paulistanos. A realização da segun-da edição do torneio ATP Challenger Tour Finals, já realizado em 2011 e do Gillete Federer Tour (início de dezembro de 2012), tra-zendo os melhores tenistas do mundo (Roger Federer, Jo-Wilfried Tsonga, Serena Willians e Maria Sharapo-va, entre outros), consa-gram a escolha do Ginásio do ibirapuera como um dos melhores locais do país para a exibição de jogos e torneios nacionais e inter-nacionais da modalidade.

Os fãs de luta puderam assistir a combates em quase todas as modalida-des: judô, jiu-jitsu, karatê, taekwondo, kickboxing e boxe. Para os aficionados por esportes radicais, a 2ª edição do Pro Rad Jump Festival montou uma ram-pa gigante no Ginásio do ibirapuera, convidando os atletas amadores mais co-

rajosos a experimen-tar a experiência com seus skates e bicicle-tas, além de mostrar as manobras radicais de 300 atletas nos quatro dias de tor-neio, entre eles o bra-sileiro mundialmente famoso Sandro Dias

(Mineirinho), hexacam-peão mundial de vertical.

Os atletas pertencentes aos projetos esportivos re-alizados pela Secretaria de Esporte, lazer e Juventu-de também fizeram boni-to no ano de 2012. A bem sucedida equipe de judô, que ajudou o quadro de medalhas nacional nos Jo-gos Olímpicos de londres em 2012 foi integrada por diversos atletas formados pelo Centro de Excelência Esportiva, com destaque para os judocas Rafael Sil-va (Baby) e Felipe Kitadai que obtiveram a medalha de bronze em suas catego-rias. Os atletas treinaram e residiram no Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães durante 6 anos.

A equipe de atletismo disputou diversos torneios nacionais e internacionais, ajudando o Brasil a alcan-çar resultados expressivos no cenário mundial do esporte. Exemplos são as

participações no campeo-nato Sul Americano Adul-to de Atletismo (ouro no revezamento 4x100 pela equipe integrada por Car-los Roberto Pio e prata de Jonathan Henrique Silva no salto triplo, ambos atle-tas do Centro de Excelên-cia Esportiva).

O esporte de base tam-bém mostrou que está no caminho certo, com as equipes de voleibol termi-nando o ano entre as quatro melhores equipes do Esta-do de São Paulo nas cate-gorias infantil e infanto--juvenil masculinas.

Após expor os princi-pais momentos do ano de 2012, nós do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães desejamos aos leitores do jornal O Vila Mariana um ótimo ano de 2013, repleto de alegrias e realizações.Agradecemos também ao jornal pelo espaço conce-dido para a divulgação de nossas atividades e intera-ção com os moradores do bairro. Um grande abraço e até a próxima edição!Marilia Sant´AnaConjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães(11) 3887-3500g i n a s i o i b i r a p u e r a @ig.com.br

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arteS ViSuaiS

Projeto “ Você Tem

Fome de Q ?” Mostra livre

de Artes Visuais.

Serão 11 categorias artísticas em destaque na Mostra.

A “Mostra Livre de Artes Visuais - Você Tem Fome de Q ?” faz parte do Projeto Você Tem Fome de Q? e é uma iniciativa cultural que pretende incentivar a pro-dução, fomentar a discus-são, promover o conheci-mento e a valorização da arte contemporânea, con-tribuindo para a valoriza-ção de artistas visuais.

A Primeira edição da Mostra Livre de Ar-

tes Visuais está prevista para acontecer em 27 de março de 2013 no Centro Universitário Belas Ar-tes, na Vila Mariana.

Serão 11 categorias artísticas em destaque na Mostra, sendo elas: escul tura, pintura, desenho, fotografia, design, insta-lação, gravura, cenogra-fia, figurino, performan-ce e audiovisual.

idealizado por Maria Fernanda De Biaggi

(Diretora de Arte, Artis-ta Visual e Performer) e Isis Utsch (Dramaturga, Roteirista e Diretora), o projeto contempla expe-rimentações artísticas e usa em suas criações diferentes linguagens da arte visual.

A motivação princi-pal está na busca de no-vas formas de enriquecer o repertório artístico e comunicar idéias à dife-rentes públicos, propor-

cionando o diálogo e a interatividade entre o ar-tista e o espectador.

A criação da Mostra livre de Artes Visuais tem como principal ob-jetivo incentivar a pro-dução cultural brasileira nos mais diferentes es-paços e comunidades, promovendo o encontro entre diversos elementos artísticos.

A importância da Mostra Livre de Artes Visuais.

O Brasil tem hoje 83,4 milhões de internautas, é o 5º país mais conectado no mundo e os aparelhos de TV estão presentes em 96,9% das residências.

Mas como estes dados estão se refletindo no de-senvolvimento produtivo da cultura brasileira ?

Ao mesmo passo em que cresce o acesso à in-formação, temos núme-ros alarmantes quando o assunto é cultura.

Apenas 14% dos brasi-leiros vão ao cinema pelo menos uma vez por mês; 92% da população nunca frequentou museus; 93% nunca foram a exposi-ções de arte, enquanto 78% nunca assistiram a um espetáculo de dança; 92% dos municípios bra-sileiros não têm cinema, teatro ou museu.

No que diz respeito a Cultura e Direitos huma-nos, o brasileiro enfren-

ta graves problemas no acesso às produções cul-turais e também os que querem produzir cultura enfrentam muitas limita-ções de recursos e mate-riais.

O que estamos vendo é um crescimento econô-mico no país, que anda na contra mão do desenvol-vimento cultural e este quadro precisa urgente-mente de mudança.

O Projeto “Você Tem fome de Q?”, pretende ser um agente ativo para contribuir com a refor-ma que se faz necessária, superando as estatísticas contrárias em favoreci-mento da produção cul-tural dentro das comuni-dades. Para isso, também está em planejamento a criação de Oficinas li-vres de Artes Visuais, que serão itinerantes e voltadas ao estudo da Arte Performativa e No-vas Mídias.

Além da Mostra livre de Artes Visuais, o Nú-cleo Ponto Q convida a todos para participarem do Documentário Cola-borativo, abrindo espaço

para mostrarem suas pre-ocupações com a cultu-ra, diversidade, política, identidade, sustentabili-dade, educação e sobre o que mais desejarem, pensando sempre na per-gunta: “Você Tem Fome De Q ?”.

Estes vídeos colabo-rativos devem ter até 5 minutos, podem ser cap-tados em qualquer for-mato pelos interessados e devem ser enviados até o dia 20 de fevereiro, através do URl do vídeo no youtube ou vimeo. Os materiais recebidos abrirão a Mostra Livre de Artes Visuais – Você Tem Fome De Q ?.

As inscrições para a Mostra livre de Artes Visuais vão até 01 de março 2013 e devem ser feitas direto no site do Projeto – www.vocete-mfomedeq.wix.com/vo-cetemfomedeq

Mais informações en-vie e-mail para [email protected]

Isis Utsch Maria Fernanda de Biaggi

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O Vila Mariana - DezeMbrO De 2012arteS PláStiCaS

Paris, todos concor-dam, é deslumbrante e muitos até a consideram uma obra de arte. Como boa obra de arte que é Paris se revela a cada visi-tante conforme a sua pró-pria individualidade.

Habitué de Paris, tiro proveito desta qualidade.

Em minha penúltima ida estive na companhia de um grande e queridís-simo amigo.

Enquanto organizáva-mos nosso roteiro come-cei a perceber que aque-la seria uma temporada diferente. Suas escolhas eram bastante curiosas e peculiares .

Ele Não quis conhecer Versalhes, aquele caste-lo famoso e suas fontes maravilhosas, que recebe milhões de visitantes anu-almente.

Preferiu conhecer a cidadezinha de Marly-

Nossa imaginação fértil, e as máquinas: uma aventura.

O Rei luís XiV pretendia se igualar aos grandes imperadores Romanos com este projeto.

-le-Roi onde o Rei luís XiV mandou construir as máquinas, na beira do rio Sena, que abasteciam o Castelo de Versalhes. A construção foi iniciada em 1680 com 1800 traba-lhadores e inaugurada em 1684.

la Machine de Mar-ly, como era conhecida, consistia em um sistema de 14 grandes rodas ins-taladas dentro do rio que as fazia mover. Esta ação/força era transmitida para um conjunto de 221 bom-bas hidráulicas que im-pulsionavam a água até o topo da colina. lá era coletada em um tanque e depois encaminhada pelo vale de louveviennes por um aqueduto de 23 m de altura com 36 arcadas e 600 m de comprimento. Do aqueduto a água era enviada até Versalhes por meio de uma tubula-

ção formada por troncos de ár-vores ocados de mais de 10 km. la Machine po-dia elevar 5.000 m³ de água por dia. Era a má-quina mais com-plexa de seu tem-po. O Rei luís XiV pretendia se

igualar aos grandes im-peradores Romanos com este projeto.

Nossa imaginação es-tava pululante. Devia ser um barulho estrondoso. Toda a estrutura era de madeira. Aquilo devia ranger como um monstro.

Meu amigo é enge-nheiro civil e adora má-quinas e estruturas e é um aficionado pelas motos Harley-Davidson.

Nesse meio tempo descobrimos que alugar uma Road King, durante a semana, motocicleta de grande porte adequada para viagens era o mesmo valor que locar uma scoo-ter, moto pequena e urba-na sem o carisma de uma Harley-Davidson. Pronto, juntas estavam a fome com a vontade de comer.

E assim partimos para nossa aventura rumo à oeste pelas margens do Rio Sena com nosso mapa na manga do colete

Mas quem disse que colete tem manga?

Pois é, não tínhamos um mapa e muito menos um gps.

Com nossa Road-King, “cavalgamos” confiantes na sinalização das rodo-vias francesas. E deu cer-to. Depois de pegarmos uma auto-estrada maravi-lhosa (A-13) as indicações continuavam precisas por estradas departamentais e cidadezinhas pitorescas. O trajeto não foi longo, cerca de 20km.

Chegamos no sopé da cidade, também sem in-formações. Demos uma volta nos arredores na beira do rio e não encon-

tramos nada. Ficamos intrigados. Tínhamos cer-teza que seria muito fácil encontrar “la Machine”, tanto pelo barulho quanto pelo tamanho.

Entramos na cidade e começamos a perguntar. O primeiro senhor nos olhou como se fôssemos de outro planeta.“la Ma-chine”? - disse ele. Nem sabia do que se tratava.

Já um outro, com as-pecto de aposentado, fi-cou muito mais encanta-do pela máquina que nos conduzia do que pela pre-cisão da informação.

Começamos, então, a

desconfiar de que havia alguma coisa errada. E, ali parados, tentávamos encontrar alguma justifi-cativa para esse descom-passo:

- Será que naquela bi-furcação, entramos para o lado certo?

- Vai ver, então, que existem duas Marly-le--Roi, a alta e a baixa e es-távamos na alta...

Caros leitores, é como diz o provérbio “uma vez na forja, outra na ferradu-ra”.

Chegou a hora de mi-nha partida para mais uma aventura.

Certamente a continu-ação desta será publicada na próxima edição. Então, temos um encontro mar-cado. Até lá.

Nadia Saadnad [email protected]

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Vila Mariana

SOS nosso bairro: 2 curtas histórias sobre destruição e preservação.

Um exemplo de dignidade e respeito à democracia.

1.Uma proposta de união e solidariedade

“Prezada Mônicali seu comentário so-

bre a Rua do livramen-to, que conheço há cerca de 40 anos , onde um amigo de faculdade tinha e manteve até há pouco, um escritório de enge-nharia, tendo que mudar pois o imóvel foi vendido.

É penoso ver tudo isso acontecer e em São Paulo inteirinha, há um livra-mento das coisas boas que fazem parte do nosso cotidiano e da nossa his-tória.

A única maneira de preservar o que ora está, é a Prefeitura comprar a área e fazer uma praça,

pagando o va-lor exorbitante ( mais de R$ 20.000,00 por m2 ) pago aos p ropr ie t á r ios dos imóveis que ai existiram.

Aí mesmo pertinho, há áreas que outro-ra foram do par-que ibirapuera e são áreas públi-cas, como a As-sembléia legis-lativa, que tendo aquele estacio-namento gigan-te, impede que frequentadores do parque o usem, e sejam multados ao redor do parque. O

circulo Militar que não é aberto ao público. Aquele prédio onde há um quar-tel.....etc

E a paisagem então nem se fala...aqueles mesmos prédios aí per-tinho da Rua livramen-to...tão altos...soberbos...para quem pode pagar por uma vista indestrutí-vel do Parque ibirapuera.

Aprendemos sempre desde pequenos que de-vemos pensar nos outros, pois nós também somos os outros .

Como fazer para que a força da grana só faça coisas boas ? juntando a força dos habitantes da Cidade.

Parabéns”É isso, caro leitor!

Você me fez lembrar de um trecho de uma mú-sica-tema de um espe-táculo teatral que dizia assim:

“Todos juntos somos fortes

Somos flecha e somos arco

Todos nós no mesmo barco

Não há nada pra te-mer

- Ao meu lado há um

amigoQue é preciso prote-

gerTodos juntos somos

fortesNão há nada pra te-

mer...2. um exemplo de des-

respeitoSigo andando pelas

ruas do bairro e cons-tatando a destruição de quarteirões inteiros. Acabei conhecendo uma pessoa que mora na casa que foi de sua família, que abriga a alma e a história de algumas ge-rações, era feliz por vi-ver num lugar que lhe proporciona tão boas lembranças, porto segu-ro de moradia e trabalho. Ocorre que já há alguns anos vem sofrendo um assédio permanente de uma certa incorporado-ra que, segundo ele, tem recorrido a estratégias cada vez mais agressivas para quebrar sua resis-tência à venda do imóvel, devido o mesmo estar causando transtornos ao

projeto megalomaníaco de construção. Sua casa, com pitangueiras, ace-rolas e dezenas de pás-saros, ficou isolada em meio a paisagem triste da demolição em volta. Acuada, irritada, deses-perançada, essa pessoa mal conseguiu conversar conosco, tal o seu des-gaste nesse histórico de resistência.

Se em algum momen-to essa pessoa ler esta matéria gostaria que ela soubesse que ela não está só. Gostaria de convidá--la para um chá, onde entre outras coisas lhe relembraria a história de Davi e Golias. É sempre possível descobrirmos que podemos agir com fé e termos atitudes melho-res do que os nossos ad-versários. Um exemplo de dignidade e respeito à democracia.

É importante ressal-tar: em momento algum desejamos estabelecer uma atmosfera de opos-tos e embates. Nossa es-colha é pelo respeito a todos os envolvidos, seja lá qual for a questão. De-senvolvimento, progres-so, evolução dependem de diálogo, consultas públicas, pensamento coletivo, e projetos que visem o bem estar co-mum, a sustentabilidade, o respeito a todas as for-mas de vida.

Monica Paoletti Psicoterapeuta residente e com atuação clínica no [email protected]

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O Vila Mariana - DezeMbrO De 2012CineMateCa

Stefan Zweig vai ao cinema.05 a 09 de dezembro de 2012.

A Cinemateca Brasi-leira promove neste mês uma mostra em homena-gem ao escritor austríaco Stefan Zweig (1881-1942). Em parceria com a Casa Stefan Zweig, e coma curadoria do jornalista Alberto Dines, autor da biografia Morte no Para-íso – a tragédia de Stefan Zweig (1981), a mostra exibe uma série de adap-tações de obras do autor para o cinema, entre elas o filme O medo (1954), de Roberto Rossellini, estre-lado por ingrid Bergman, e a produção brasileira A coleção invisível (2012), de Bernard Attal, ainda inédita nas salas brasilei-ras. No dia 05 de dezem-bro, às 20h00, durante a abertura da mostra, Alberto Dines conversa

O Veteran Car Club convida o bairro de Vila Mariana para a exposição de carros antigos (abaixo de 1940) que se realiza todo 20 domingo de cada mês nas dependências da Cinemateca, além da exposição o público poderá ter mais conhecimento da história destas

maravilhosas maquinas e desfrutar de um espaço cultural e agradável.

Exposição de automóveis antigos na Cinemateca

com o público após apro-jeção do filme de Bernard Attal.

Nascido em Viena, filho de uma abastada família judaica, Zweig es-tudou literatura efilosofia

em sua cidade natal. De-pois de publicar poemas em revistas literárias, lan-çou seu primeiro livro em 1901, o volume de versos Silberne Saiten. A partir de então, iniciou sua co-laboração com a impren-sa e um intenso intercâm-bio intelectual, marcado por viagens pela Europa

e por outros continentes, por muitos livros epela convivência com persona-lidades cen-trais da vida cultural eu-ropeia como os escritores Rainer Maria Rilke, Arthur Sch n i t z le r , James Joyce e o inventor da psicanáli-se Sigmund Freud. Tran-sitando por gêneros di-

versos, da poesia ao tea-tro, passando pela novela e pela biografia, sua obra alcançou notável suces-so nas décadas de 1920 e 1930, fato que instigou

vários produtores, da URSS aos Estados Uni-dos, a adaptarem seus escritos para o cinema. Contos e novelas como O medo, 24 horas na vida de uma mulher, Carta de uma desconhecida, A coleção invisível, Uma partida de xadrez, entre outros, foram levados às telas em mais de uma oportunidade, por cine-astas de nacionalidades e linhas estéticas diversas. Cinéfilo, Zweig ainda se aventurou na escrita de roteiros.

Sua rica experiência artística foi também in-fluenciada pelos trági-cos acontecimentos oca-sionados pela Segunda Guerra Mundial. Seus livros foram queimados publicamente pelo regi-me nazista. Em meados dos anos 1930, viajou para a América latina, passando pela Argenti-na e pelo Brasil, logo se encantando com o país, que também o acolheria. Diante da queda de Paris e do avanço das tropas de Hitler, Zweig voltou a seu “paraíso tropical” em 1940, a fim de reunir ma-

pela guerra e pela escala da nazista, Zweig se suicidou ao lado de lotte Altmann, sua se-gunda mulher.

CINEMATECA BRASILEIRALargo Senador Raul Cardoso, 207próxima ao Metrô Vila Ma-rianaOutras informa-ções: (11) 3512-6111 (ramal 215)www.cinemate-

ca.gov.brIngressos: R$ 8,00 (in-teira) / R$ 4,00 (meia--entrada)Atenção: estudantes do Ensino Fundamental e Médio de escolas públi-cas têm direito à entrada gratuita mediante a apre-sentação da carteirinha.

terial para o livro Brasil, um país do futuro. No ano seguinte, ao lado da espo-sa, instalou-se definiti-vamente em Petrópolis. Na pacata cidade cario-ca, ainda produziu obras importantes como Uma partida de xadrez. Em 1942, num gesto atribuí-do ao desespero causado

Rafael Lebre JrDr Marcos Vinícius Meduri

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