o vídeo como atividade educacional

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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ MESTRADO PROFISSIONAL EM COMPUTAÇÃO APLICADA FRANCISCO KELSEN DE OLIVEIRA O VÍDEO PELA INTERNET COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL NO ENSINO DA GEOMETRIA FORTALEZA-CE 2010

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O video pela internet como ferramenta educacional no ensino da geometria by Francisco Kelsen de Oliveira, Fortaleza(CE) 2010.

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Page 1: O Vídeo como Atividade Educacional

1

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DO CEARÁ MESTRADO PROFISSIONAL EM COMPUTAÇÃO APLICADA

FRANCISCO KELSEN DE OLIVEIRA

O VÍDEO PELA INTERNET COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL NO ENSINO DA GEOMETRIA

FORTALEZA-CE

2010

Page 2: O Vídeo como Atividade Educacional

2

FRANCISCO KELSEN DE OLIVEIRA

O VÍDEO PELA INTERNET COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL N O ENSINO DA GEOMETRIA

Dissertação apresentada ao curso de Mestrado Integrado Profissional em Computação da Universidade Estadual do Ceará como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Computação, sob a orientação da Prof.ª Dr.ª Maria Gilvanise de Oliveira Pontes.

FORTALEZA-CE 2010

Page 3: O Vídeo como Atividade Educacional

3

O48v Oliveira, Francisco Kelsen O vídeo pela Internet como ferramenta educacional

no ensino da Geometria/ Francisco Kelsen de Oliveira. – Fortaleza – 2010.

102 p. il. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Maria Gilvanise de Oliveira

Pontes. Dissertação (Mestrado Integrado Profissional em

Computação), Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências e Tecnologia.

1.Vídeo Educacional. 2. Ensino a Distância. 3. Educação Matemática. I – Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências e Tecnologia.

CDD: 001.6

Page 4: O Vídeo como Atividade Educacional

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Page 5: O Vídeo como Atividade Educacional

5

AGRADECIMENTOS Agradeço, primeiramente, a Deus por me haver dado forças para seguir esta caminhada com

saúde, dedicação e disposição.

À minha família, em especial, aos meus pais (Raimundo e Antônia), e aos meus irmãos (Edna,

Edson – in memoriam – Elzo, Erison e Max), que ajudaram com vibrações positivas e estímulos a

continuar o percurso sem desistir da luta enfrentada diariamente em busca da realização de um

sonho, para o qual recebi total apoio.

À minha namorada e grande amiga, acima de tudo, Kélvya Freitas Abreu, pelas considerações,

discussões sobre o assunto e compreensão nos mais diversos momentos, ajudando-me a chegar

até aqui.

Aos meus orientadores, Prof.ª Dr.ª Maria Gilvanise de Oliveira Pontes e Prof. Dr. José Rogério

Santana, que colaboraram nas orientações dos estudos, no desenvolvimento da pesquisa, na

escrita, nesta formulação do conhecimento e amadurecimento acadêmico pelo qual passei, no

qual a paciência e a dedicação deles foram fundamentais.

Aos Prof. Dr. Elian de Castro Machado e Prof.ª Dr.ª Elisabeth Matos Rocha, pelas considerações

e sugestões realizadas para este trabalho.

Aos meus amigos que nesse período todo torceram pela minha vitória e contribuíram de várias

maneiras para que pudesse atingir minhas metas, sejam os amigos de infância, de estudo, de

trabalho, e em especial ao professor Leão João Dehon Costa.

Aos vários docentes que contribuíram para minha formação acadêmica.

Ao Instituto UFC Virtual, pela colaboração dada à pesquisa, e aos integrantes do Laboratório

Artesanato Digital, bem como à Universidade Estadual do Ceará, em especial ao MPCOMP.

Page 6: O Vídeo como Atividade Educacional

6

Dedico à minha família, à Kélvya e

aos meus amigos que sempre me

apoiaram incondicionalmente.

Page 7: O Vídeo como Atividade Educacional

7

RESUMO

Este trabalho pesquisou as possibilidades de utilização de canais de vídeo transmitidos na

Internet, identificando os exemplos existentes e suas respectivas finalidades. Além disso, aferiu-

se como seria o seu uso voltado para a área educacional, já que a Internet possibilitou a inclusão

de novas formas de aprendizagem cujas mediações realizadas por computadores pessoais (PC)

puderam tornar as aulas mais interativas (LÉVY, 1999). Por sua vez, isso aumenta as opções de

trabalho dos professores que quiserem produzir seus conteúdos, dando ênfase às peculiaridades

de sua região, bem como ensejando aos estudantes tornarem-se produtores desses conteúdos, pois

os recursos necessários para produção, gravação e edição de vídeos se encontram mais acessíveis

aos usuários (WOHLGEMUTH, 2005). O armazenamento, a organização e a divulgação desses

vídeos que antes eram impossíveis de serem incluídos nas programações das emissoras de TV,

sejam essas abertas ou por assinatura, foram disponibilizados na Internet com a criação e

expansão do YouTube (ÁVILA, 2008). As escolas públicas não foram excluídas desse processo e

receberam computadores com acesso à Internet, incrementando a quantidade de usuários e

incluindo digitalmente parte da população. O computador, portanto, deixa de ser apenas um

equipamento voltado ao entretenimento, tornando-se uma ferramenta de apoio à difusão da

educação (LÉVY, 1999). Com base nessas possibilidades, foi realizada uma pesquisa

experimental mediante a criação de um curso de Construções Geométricas Elementares (CGE),

no qual abordava conceitos matemáticos e atividades com o uso do Geonext, software de

Geometria Dinâmica. As aulas foram gravadas em vídeos e disponibilizadas em um canal do

YouTube, sendo os alunos divididos em dois grupos: o primeiro teve apenas aulas através dos

vídeos, enquanto o segundo grupo as recebeu com professor no laboratório e os vídeos usados

como ferramenta auxiliar às aulas. Identificou-se, então, a deficiência dos alunos em relação aos

conceitos matemáticos, mas, ao se trabalhar durante o curso, houve resultados positivos. As

ferramentas de comunicação e interação, como fóruns e mensagens, foram utilizadas pelos alunos

para interagir com os demais alunos e professor, pois o vídeo é uma mídia portável a qualquer

plataforma, cujos conteúdos registrados através das imagens e explanações do professor ficam

acessíveis a qualquer momento, lugar ou dispositivo capaz de reproduzir o vídeo.

Palavras-chave: Vídeo Educacional. Educação a Distância. Educação Matemática.

Page 8: O Vídeo como Atividade Educacional

8

ABSTRACT This work researched the possibilities of using video channels broadcast on the Internet,

identifying existing examples and their purposes. Furthermore, it has measured itself as its use

toward the education sector, since the Internet made possible the inclusion of new forms of

learning whose mediations conducted by personal computers (PC) might make lessons more

interactive (LÉVY, 1999). In turn, this increases the work options for teachers who wish to

produce their content, emphasizing the peculiarities of their region, as well as occasioning

students become producers of content, because the resources needed for production, recording

and editing videos are more accessible to users (WOHLGEMUTH, 2005). The storage,

organization and dissemination of videos that were impossible before they are included in

schedules of TV stations, whether they are open or private, were made available on the Internet

with the creation and expansion of YouTube (ÁVILA, 2008). Public schools were not excluded

from that process and received computers with Internet access, increasing the number of users

including digitally and the population. The computer thus becomes not only an equipment

oriented to entertainment, becoming a tool to support the dissemination of education (LÉVY,

1999). Based on these possibilities, we conducted an experimental research by creating a course

in Elementary Geometric Constructions (CGE), in which mathematical concepts and activities

dealt with the use of Geonext, Dynamic Geometry software. The lessons were recorded on video

and displayed on a YouTube channel, with students divided into two groups: the first had only

classes through the videos, while the second group received in the lab with teacher and videos

used as an auxiliary tool to the classes. It was identified, then the disabled students in relation to

mathematical concepts, but when working during the course, there were positive results. The

tools of communication and interaction, such as forums and message boards were used by

students to interact with other students and teacher, because the video is a media portable to any

platform, whose contents recorded through the images and explanations are available to any

teacher time, place or device capable of playing the video.

Keywords: Educational Video. E-learning. Mathematic Education.

Page 9: O Vídeo como Atividade Educacional

9

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – PÁGINA INICIAL DA TV ARI DE SÁ ........................................................................................................... 36

FIGURA 2 – PÁGINA ELETRÔNICA DO AULATUBE ....................................................................................................... 38

FIGURA 3 – PÁGINA ELETRÔNICA DO CANAL TV CAMPUS PARTY COM TRANSMISSÃO AO VIVO. ................................ 38

FIGURA 4 – BLOG DE GEOMETRIA DINÂMICA RETRANSMITINDO A TV CAMPUS PARTY ............................................. 39

FIGURA 5 – CANAL CAMPUS PARTY NO YOUTUBE COM OS VÍDEOS DAS PALESTRAS E DEBATES. ............................... 40

FIGURA 6 – PÁGINA ELETRÔNICA DO CANAL DE VÍDEO DA TV CULTURA DE SÃO PAULO. ......................................... 41

FIGURA 7 – PÁGINA ELETRÔNICA INICIAL DA TV ESCOLA. ......................................................................................... 42

FIGURA 8 – PÁGINA COM VÍDEOS INSTITUCIONAIS DA FACULDADE 7 DE SETEMBRO. ................................................. 43

FIGURA 9 – PÁGINA DE STREAMING DA TV FAAP. ...................................................................................................... 44

FIGURA 10 – PÁGINA ELETRÔNICA DA FDR DESTINA ÀS VIDEOAULAS DE UM DE SEUS CURSOS. ................................ 44

FIGURA 11 – PÁGINA ELETRÔNICA DA TV FGF COM VÍDEOS DAS ENTREVISTAS. ....................................................... 45

FIGURA 12 – PÁGINA ELETRÔNICA DO CANAL FGV TV NO YOUTUBE. ...................................................................... 46

FIGURA 13 – PÁGINA ELETRÔNICA DO CANAL FUTURA NO YOUTUBE........................................................................ 47

FIGURA 14 – PÁGINA ELETRÔNICA DO FUTURATEC QUE POSSIBILITA O DOWNLOAD DOS VÍDEOS. .............................. 47

FIGURA 15 – PÁGINA ELETRÔNICA DOS VÍDEOS INSTITUCIONAIS DO IFCE. ................................................................ 48

FIGURA 16 – PÁGINA ELETRÔNICA DA TV MEC. ........................................................................................................ 49

FIGURA 17 – PÁGINA ELETRÔNICA DO MIT OPEN COURSEWARE COM VIDEOAULAS. ................................................. 50

FIGURA 18 – PÁGINA INICIAL DA NASA TV NA INTERNET. ........................................................................................ 51

FIGURA 19 – PÁGINA ELETRÔNICA PARA VISUALIZAÇÃO DAS VIDEOAULAS DO CURSO OBJETIVO. ............................. 52

FIGURA 20 – PÁGINA ELETRÔNICA DE VÍDEOS INSTITUCIONAIS DA UECE ................................................................. 52

FIGURA 21 – PÁGINA ELETRÔNICA INICIAL DA WEBTV UFRJ. ................................................................................... 53

FIGURA 22 – PÁGINA ELETRÔNICA DA TV UNIFOR. .................................................................................................... 54

FIGURA 23 – PÁGINA ELETRÔNICA DO CANAL DE VÍDEO SOB DEMANDA UFCBRASIL ................................................ 55

FIGURA 24 – PÁGINA ELETRÔNICA INICIAL DO YOUTUBE EDU.................................................................................. 56

FIGURA 25 – PÁGINA INICIAL DO CANAL DE GEOMETRIA DINÂMICA ......................................................................... 58

FIGURA 26 – PÁGINA INICIAL DO BLOG DE GEOMETRIA DINÂMICA ............................................................................ 58

FIGURA 27 – V IDEOAULA DO CURSO SENDO VISUALIZADO POR APARELHO TELEFÔNICO CELULAR. ........................... 59

FIGURA 28 – PÁGINA INICIAL DO GRUPO DE DISCUSSÃO GEONEXT. ........................................................................... 60

FIGURA 29 – V IDEOAULA DO CURSO SENDO VISUALIZADO NA TV. ............................................................................ 74

FIGURA 30 – RELÓGIO DE PULSO COM A AULA 01 DO CURSO DE CGE. ....................................................................... 75

FIGURA 31 – PÁGINA DA TV ASSEMBLÉIA COM STREAMING DE VÍDEO DA PROGRAMAÇÃO. ........................................ 89

FIGURA 32 – PÁGINA ELETRÔNICA DE VÍDEOS SOB DEMANDA DA TV BANDEIRANTES ............................................... 89

FIGURA 33 – PÁGINA ELETRÔNICA DA TV CÂMARA COM STREAMING DE VÍDEO. ........................................................ 90

FIGURA 34 – PÁGINA ELETRÔNICA INICIAL DA TV DIÁRIO. ........................................................................................ 91

FIGURA 35 – PÁGINA ELETRÔNICA QUE APRESENTA O FLUXO DE VÍDEO EM TEMPO REAL. .......................................... 92

FIGURA 36 – PÁGINA ELETRÔNICA DA TV FORTALEZA DA CMF TRANSMITIDO VIA INTERNET. ................................. 93

FIGURA 37 – PÁGINA ELETRÔNICA DESTINADA APENAS AOS VÍDEOS DO PORTAL GLOBO.COM. .................................. 94

FIGURA 38 – EXIBIÇÃO DE UMA DAS CÂMERAS DISPOSTAS NAS OBRAS DO PALÁCIO DA ABOLIÇÃO. .......................... 94

FIGURA 39 – PÁGINA ELETRÔNICA DE VÍDEOS SOB DEMANDA DO PORTAL JANGADEIRO ON-LINE. ............................. 95

FIGURA 40 – PÁGINA ELETRÔNICA DA STREAMING DE VÍDEO DA TV O POVO. ............................................................ 96

FIGURA 41 – PÁGINA DE VÍDEOS SOB DEMANDA DA TV O POVO. ............................................................................... 97

FIGURA 42 – PÁGINA DE VÍDEOS DO PORTAL R7 COM MATÉRIAS DA EMISSORA.......................................................... 98

FIGURA 43 – PÁGINA DE VÍDEO DAS REPORTAGENS DA REDETV................................................................................ 98

FIGURA 44 – PÁGINA ELETRÔNICA DOS VÍDEOS DO SBT. ........................................................................................... 99

FIGURA 45 – PÁGINA ELETRÔNICA DA TV SENADO COM STREAMING DE VÍDEO PELA INTERNET. ............................. 100

FIGURA 46 – PÁGINA ELETRÔNICA DA TV UMLAW. ............................................................................................... 101

FIGURA 47 – PÁGINA ELETRÔNICA COM VÍDEOS DA TV VERDES MARES. ................................................................ 102

Page 10: O Vídeo como Atividade Educacional

10

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – RESULTADO DA ATIVIDADE 01 DO GRUPO SEMIPRESENCIAL. ............................................................... 66

GRÁFICO 2 – RESULTADO DA ATIVIDADE 01 DO GRUPO PRESENCIAL. ....................................................................... 67

GRÁFICO 3 – RESULTADO DA ATIVIDADE 02 DO GRUPO SEMIPRESENCIAL. ............................................................... 68

GRÁFICO 4 – RESULTADO DA ATIVIDADE 02 DO GRUPO PRESENCIAL. ....................................................................... 69

GRÁFICO 5 – RESULTADO DA ATIVIDADE 03 DO GRUPO SEMIPRESENCIAL. ............................................................... 70

GRÁFICO 6 – RESULTADO DA ATIVIDADE 03 DO GRUPO PRESENCIAL. ....................................................................... 71

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 – GERAÇÕES DA EAD. ................................................................................................................................. 31

QUADRO 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE VÍDEOS. .................................................................................................... 32

Page 11: O Vídeo como Atividade Educacional

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

CGD Canal de Geometria Dinâmica CGE Construções Geométricas Elementares UFC Universidade Federal do Ceará UECE Universidade Estadual do Ceará SAEB Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica ANEB Avaliação Nacional da Educação Básica ANRESC Avaliação Nacional do Rendimento Escolar TIC Tecnologia de informação e comunicação HD Hard Disk S.I. Sistemas de informação. BD Banco de dados PNAD Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística LIE laboratórios de informática educativa PROINFO Programa Nacional de Informática na Educação SEED Secretaria de Educação a Distância DITEC Departamento de Infra-Estrutura Tecnológica GESAC Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão MEC Ministério da Educação IDEB Índice de Desenvolvimento da Educação Básica PCNEM Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio EaD Educação a Distância CD Compact Disc DVD Digital Video Disc VHS Video Home System WWW World Wide Web ONG Organização não-governamental LIBRAS Linguagem Brasileira de Sinais URL Uniform Resource Locator TVDI TV Digital Interativa UAB Universidade Aberta do Brasil AAA Aprendizagem aberta e a distância PC Computador pessoal S.O. Sistema operacional Prof. Professor MSN Microsoft Service Network LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação PCN Parâmetros Curriculares Nacionais SMS Short Messaging Service IHC Interação humano-computador TV Televisão

Page 12: O Vídeo como Atividade Educacional

12

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 14

2 CONCEPÇÕES SOBRE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA MEDIADA POR COMPUTADOR ........................................................................................................... 22

2.1 Educação e Tecnologia ................................................................................................. 22 2.2 Educação Matemática .................................................................................................. 27 2.3 Conceito de vídeo .......................................................................................................... 30 2.3.1 Classificação dos tipos de vídeos .................................................................................... 32 2.3.2 Modelos de transmissão de fluxos de vídeos na Internet ................................................ 33

2.3.2.1 Streaming de vídeo .......................................................................................................... 34 2.3.2.2 Vídeos sob demanda ........................................................................................................ 34 2.3.3 Os benefícios do streaming ............................................................................................. 35

3 CANAIS DE VÍDEOS NA INTERNET ...................................................................... 36

3.1 Canal Ari de Sá ............................................................................................................. 36 3.2 Canal AulaTube ............................................................................................................ 37 3.3 Canal TV Campus Party .............................................................................................. 38 3.4 Canal TV Cultura ......................................................................................................... 41 3.5 Canal TV Escola ............................................................................................................ 42 3.6 Canal FA7 ...................................................................................................................... 43 3.7 Canal FAAP ................................................................................................................... 43 3.8 Canal FDR ..................................................................................................................... 44 3.9 Canal FGF TV ............................................................................................................... 45 3.10 Canal TV FGV .............................................................................................................. 46 3.11 Canal Futura ................................................................................................................. 46 3.12 Canal IFCE .................................................................................................................... 48 3.13 Canal TV MEC ............................................................................................................. 49 3.14 Canal do MIT Open Courseware ................................................................................ 50 3.15 Canal NASA TV ............................................................................................................ 50 3.16 Canal Objetivo .............................................................................................................. 51 3.17 Canal UECE .................................................................................................................. 52 3.18 Canal UFRJ TV ............................................................................................................ 53 3.19 Canal UNIFOR ............................................................................................................. 53 3.20 Canal UFC Brasil .......................................................................................................... 54 3.21 YouTube EDU ............................................................................................................... 55

4 O CANAL DE VÍDEO EDUCATIVO NA INTERNET ............ ................................ 57

4.1 Descrição do curso ........................................................................................................ 57 4.2 Metodologia do curso .................................................................................................... 61 4.3 Perfil dos participantes ................................................................................................. 62 4.4 Conteúdos apresentados ............................................................................................... 63 4.5 Avaliação das atividades .............................................................................................. 63

5 RESULTADOS E ANÁLISE DOS DADOS ............................................................... 66

Page 13: O Vídeo como Atividade Educacional

13

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................ 74

7 REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 78

APÊNDICE I ................................................................................................................................ 82

APÊNDICE II .............................................................................................................................. 83

APÊNDICE III ............................................................................................................................. 84

APÊNDICE IV ............................................................................................................................. 85

APÊNDICE V .............................................................................................................................. 86

APÊNDICE VI ............................................................................................................................. 88

Page 14: O Vídeo como Atividade Educacional

14

1 INTRODUÇÃO

A busca de conteúdos audiovisuais em sítios de armazenamento e compartilhamento de

vídeo na Internet é cada vez maior, assim como o número de arquivos postados nessas páginas,

sendo possível visualizar a grande quantidade de exibições e de arquivos disponíveis em páginas

como YouTube. Os usuários estão interessados em divulgar suas produções em um local

acessível, gratuito e de ampla abrangência, já que não teriam esse espaço em emissoras de

televisão ou qualquer outro meio de comunicação. Enquanto isso, outros usuários buscam

informações das mais diversas áreas, como: entretenimento, capacitação, aprendizagem e

notícias, compreendendo os formatos audiovisuais das mais diversas áreas do conhecimento.

Com isso há uma quebra de paradigma, pois os usuários deixam de ser apenas

consumidores de conteúdos para se tornarem produtores desses, ganhando espaço em divulgação

de ampla difusão através da Internet; fato esse quase impossível de ocorrer há alguns anos, já que

as emissoras de televisão eram as produtoras de sua programação, não abrindo espaço para

produtores independentes nas suas grades nem disponibilizando espaço para que seus

telespectadores se tornassem usuários ativos e participativos do processo, assim, perpetuando a

característica meramente passiva dos telespectadores ao somente assistir aos fatos sem opinar ou

refletir acerca do seu ponto de vista.

Algumas dessas páginas eletrônicas possibilitam o armazenamento, a organização e a

divulgação dos vídeos de maneira prática e gratuita, permitindo ao internauta até a criação de um

canal dedicado com uma programação específica ao assunto. Como exemplos tem-se o YouTube,

página eletrônica voltada para o armazenamento de vídeos, na qual se consegue comunicar com

as redes sociais como Facebook1 Twitter2, permitindo a divulgação das atualizações nesses outros

ambientes.

Outro exemplo de rede social é o Orkut3, cujos vídeos postados no YouTube podem ser

exibidos na própria página de recados do usuário cadastrado ou mesmo em um espaço dedicado

1 O Facebook é uma rede social, que possibilita a interação de usuários e foi utilizado para divulgar as videoaulas postadas no canal de Geometria Dinâmica do YouTube. 2 O Twitter é uma ferramenta de microblogagem, outra rede social em que seus usuários têm 140 caracteres para responder a pergunta: O que você está fazendo? 3 É uma rede social que reúne pessoas do mundo inteiro com diversos interesses, vinculada ao Google e disponibiliza em sua página eletrônica diversos aplicativos voltados ao entretenimento de seus usuários.

Page 15: O Vídeo como Atividade Educacional

15

apenas à exibição dos vídeos, bastando a cópia do código de incorporação do vídeo existente no

YouTube.

De acordo com Abreu e Teles (2009), as redes sociais possibilitam muito mais do que

entretenimento, pois também poderiam ser utilizadas com viés educacional para trabalhos

colaborativos. Já de acordo com Graeff (2009), as mídias sociais têm um enorme poder de

publicidade e se bem utilizadas podem garantir bons resultados com o público-alvo, na qual a

propaganda está direcionada. Como exemplo é citado o caso da eleição presidencial dos Estados

Unidos de 2008, cujo candidato Barack Obama consagrou-se vitorioso, principalmente, em razão

do trabalho realizado na Internet, porém, caso não seja bem utilizado, poderá ensejar maiores

prejuízos que a não utilização.

O Twitter também foi empregado para divulgar a postagem dos vídeos no blog e no canal

de Geometria Dinâmica (CGE) do YouTube, já que este se tornou uma ferramenta bastante

utilizada, em razão das facilidades de comunicação, caso comparado com as demais redes sociais

ou mesmo um blog. A causa principal do crescimento do uso do Twitter está na possibilidade de

interação com origem em telefones móveis, nos quais 68,8% dos domicílios brasileiros possuem

pelo menos um telefone, de acordo com a Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar (PNAD)

realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2008 (BRASIL, 2009b).

Na área educacional, não é diferente. O vídeo é usado cada vez mais por professores para

levantar discussões, explanar assuntos e difundir conhecimento. Da mesma forma, os alunos

buscam seu aprendizado através dessa mídia, como anota Cordeiro (2007). Todo esse avanço,

porém, só foi possível em virtude do crescimento da Internet em banda larga e da redução dos

preços de equipamentos, como câmeras digitais e computadores pessoais (PC).

Esses, por sua vez, se tornaram mais robustos, pois uma máquina convencional

atualmente pode realizar as tarefas necessárias para edição, formatação e divulgação desses

vídeos, sendo necessárias há algum tempo estações dedicadas para se trabalhar com tais

aplicações.

Ainda hoje alguns profissionais da área e estúdios de vídeo utilizam máquinas dedicadas,

principalmente, para edição de vídeo, porque essa atividade requer maior desempenho do

equipamento.

Page 16: O Vídeo como Atividade Educacional

16

A evolução também ocorreu com os softwares, pois esses programas de computador

também se tornaram mais acessíveis e fáceis de trabalhar, em decorrência das suas características

intuitivas, ou seja, a cada dia a usabilidade desses programas é considerada pelos

desenvolvedores. Além disso, há também a possibilidade de utilização de vários softwares

gratuitos ou mesmo já incluídos junto aos sistemas operacionais (SO) durante a instalação.

A pesquisa, portanto, trabalhou a utilização de aulas de Matemática gravadas em vídeos,

buscando identificar as possibilidades de como produzir, divulgar e utilizar conteúdos

audiovisuais educacionais de modo fácil e eficiente, sem muitos recursos financeiros, em uma

plataforma acessível a todos, organizada e de ampla abrangência.

Dessa forma, um curso na área da Matemática, mais precisamente abordando assuntos

relativos à Geometria Plana, foi elaborado, desenvolvido, divulgado e colocado em prática a

alunos de Ensino Médio como forma de desenvolver, executar, acompanhar, analisar, aferir e

identificar fielmente todas as etapas de constituição dos materiais audiovisuais, bem como de sua

aplicação e resultados obtidos pelos alunos.

Buscava-se, com efeito, produzir os vídeos de acordo com as demandas surgidas e

identificadas pelos próprios professores de Matemática, que apontaram a deficiência de seus

alunos no que tange à Geometria. Dentre os vários programas educativos de Geometria, o

Geonext foi escolhido por ser gratuito, possuir versões disponíveis para os principais S.O.

utilizados (Windows, Linux e MAC OS), além de poder ser utilizado diretamente a partir de sua

página eletrônica, sem a necessidade de realizar sua instalação na máquina, embora também

tenha essa possibilidade a partir do arquivo existente no sítio.

O curso de Construções Geométricas Elementares (CGE) foi idealizado por meio de

videoaulas dispostas no YouTube, cuja estrutura do sítio conta com serviço de armazenamento,

divulgação gratuita e ainda serve como referência de busca de conteúdos audiovisuais.

Através das videoaulas, qualquer pessoa interessada em tal assunto poderá aprender mais

sobre o Geonext e os conceitos básicos de Geometria Plana de maneira cômoda e sem grandes

custos, possibilitando aos professores utilizarem esses vídeos em suas aulas, ou mesmo poderá se

destinar aqueles que desejarem aprender sozinhos sobre a Geometria Plana ou sobre o Geonext.

Pretende-se, portanto, instigar os educadores a utilizarem o computador, a Internet e os

programas educacionais com seus alunos, com o intuito de apresentar-lhes esses recursos

Page 17: O Vídeo como Atividade Educacional

17

educacionais, nos quais poderão auxiliar no aprendizado, possibilitando novas finalidades de

trabalho ao computador e não apenas destinado ao lazer.

Almeja-se também motivar os professores a produzir seus conteúdos audiovisuais de

acordo com as suas necessidades, pois o processo de produção, gravação, edição e divulgação

está fácil e acessível, podendo ser trabalhados com câmeras filmadoras, computadores e

softwares disponíveis que se tem em casa, no trabalho, ou no próprio ambiente de ensino.

A divulgação desses materiais pode ser realizada em canais específicos e dedicados a tal

finalidade na Internet, a fim de facilitar o acesso de todos ao conteúdo, bem como evitar

problemas de armazenamento e visualização, ficando esses dispostos a todos diariamente,

podendo ser visualizados por qualquer plataforma com acesso a Internet, quantas vezes forem

necessárias e a qualquer horário.

Portanto, o objetivo geral deste trabalho é identificar as possibilidades de utilização de um

canal de vídeos transmitidos via Internet com conteúdo educacional em cursos, seja na

modalidade a distância, semipresencial ou presencial. Para isso, será necessário identificar os

tipos de canais de vídeos transmitidos via Internet, criar um canal de vídeos com teores

educacionais, na área de Matemática, abordando a Geometria Plana; analisar o uso educacional

de canal de vídeo, com suporte nas experiências realizadas no curso de CGE, identificando as

melhores práticas a adotar em seu uso eficiente; e propor novas formas para difusão de conteúdos

em um canal de vídeos transmitidos via Internet para diversas plataformas.

Os conceitos básicos de Geometria Plana e a apresentação do Geonext foram reunidos em

vídeos e divididos em cinco aulas, compondo o curso de CGE, disponibilizado em um canal do

YouTube, criado para convergir todos os interessados no assunto a tal ambiente, sendo acessado

através do endereço: http://www.youtube.com.br/kelsen2009. As aulas ficavam também dispostas

em um blog (http://kelsenoliveira.blogspot.com), onde os alunos podiam também colocar seus

comentários e responder a enquetes sobre os conteúdos apresentados. Um grupo de discussão

também foi criado para facilitar a comunicação e armazenar demais arquivos interessantes aos

cursistas.

Com este trabalho, espera-se encontrar as boas práticas para utilização de vídeos nos

processos de ensino e de aprendizagem por intermédio do estudo de dois grupos de alunos com

características semelhantes que participaram das atividades.

Page 18: O Vídeo como Atividade Educacional

18

As imagens do ambiente laboratorial foram capturadas durante as atividades realizadas

pelos alunos a fim de possibilitar a análise de suas ações, erros, acertos e dúvidas, enfim, buscar

analisar, interpretar e entender as atitudes dos discentes durante o curso, seja em seus momentos

de dúvidas ou mesmo ao se defrontarem com as situações matemáticas nas quais eram sugeridas.

Para respaldar os argumentos, a pesquisa bibliográfica deu o aporte básico com a

fundamentação teórica de autores envolvidos em estudos sobre os assuntos apresentados, como

Lévy (1999), Cordeiro (2007), Ávila (2008), Moore e Kearsley (2007), Valente (2008) e

Wohlgemuth (2005); embora os trabalhos realizados até então tratem do uso do vídeo em

diversos ambientes, sendo o diferencial deste trabalho o estudo do uso educacional das

videoaulas existentes na Internet. Além disso, a pesquisa experimental foi necessária para

identificar as peculiaridades e regularidades encontradas nos dois grupos analisados.

Para isso, foram comparados os dados obtidos nas duas experiências, sendo que, no

primeiro grupo, os alunos participaram das atividades em um laboratório, conquanto o professor

não estivesse presente à sala de aula. Nessa perspectiva, o vídeo possibilitou o acesso dos alunos

às explanações do professor sobre o assunto, simulando um curso semipresencial.

O curso foi totalmente realizado em laboratório de informática a fim de proporcionar a

infraestrutura necessária ao bom acompanhamento do curso pelos alunos, bem como para facilitar

o acompanhamento dos estudantes pela equipe de monitoria, a fim de captar as imagens serem

analisadas, posteriormente, servindo de instrumento à realização da pesquisa.

No segundo grupo, os alunos estiveram também em um laboratório de informática,

havendo um professor fazendo as explanações. Nessa situação, houve a aula presencial

abordando os conteúdos, além do uso dos vídeos tratando sobre os conteúdos matemáticos a

serem trabalhados com o Geonext. As duas experiências foram realizadas nos laboratórios da

Universidade Federal do Ceará (UFC) e cada aluno ficava em um computador com acesso à

Internet.

Os resultados apresentados pelas avaliações de larga escala realizadas em âmbito nacional

com alunos de Ensino Médio, obtidos na aferição de dados provenientes do Sistema Nacional de

Avaliação da Educação Básica (SAEB), formado pela Avaliação Nacional da Educação Básica

(ANEB) e Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (ANRESC), apresentam índices abaixo

dos esperados para os alunos das referidas séries, principalmente na Matemática (BRASIL,

Page 19: O Vídeo como Atividade Educacional

19

2009a). Esses resultados contribuíram para busca de novas possibilidades de ensino que

consigam atrair a atenção dos alunos, bem como reunir maior valor à prática educacional.

Além disso, a Matemática ainda é uma matéria temida pelos discentes, em especial, em

decorrência da distância entre os conteúdos ensinados em sala de aula e as suas aplicações na

vida dos alunos.

Considerando os investimentos realizados para inserção das tecnologias de informação e

comunicação (TIC) nas escolas, bem como o seu aproveitamento de modo eficiente, com base

nos partir dos recursos gratuitos e dinâmicos no alcance de todos os alunos, propõem-se a

utilização de softwares educativos, de conteúdos audiovisuais e recursos disponíveis na grande

rede de computadores para levar aos alunos os assuntos da Matemática, de modo a aproximá-los

da aplicação e das ferramentas tecnológicas, uma realidade vivenciada por muitos, cuja inclusão é

importante para aqueles que estiverem às margens dessa necessidade do mundo moderno.

A hipótese, então, levantada para possibilitar práticas educacionais mais voltadas à

realidade dos alunos está na inserção de vídeos educacionais dispostos na Internet, pois essas

mídias possibilitam guardar toda a memória de forma fidedigna, gratuita e acessível, com base

em várias plataformas cujo acesso à Internet facilita a divulgação, a busca e a captura, e mesmo

os dispositivos que não tenham acesso à Internet, como pen-drivers, alguns telefones móveis e

players portáteis, podem receber tais materiais via comunicação com outros equipamentos, como

computador.

Para facilitar a análise dos resultados obtidos nas experiências, foram apreciados os

índices de questões respondidas em branco, corretas, incorretas ou incompletas, considerando o

tempo como fator preponderante, haja vista o fato de que todos os alunos tiveram as mesmas

condições para responder os questionários.

A pesquisa foi realizada com alunos da Educação Básica de instituições públicas da

Capital cearense, sendo escolhida amostra de dez alunos divididos em duas turmas diferentes

com iguais conteúdos e estrutura física, idênticos equipamentos e condições de infraestrutura

laboratorial, porém com metodologias de abordagens diversificadas, a fim de propiciar as

condições básicas para a analogia ou comparação a ser apresentada no quinto capítulo, mediante

observação e descrição realizada pelo pesquisador com suporte nas ações dos alunos.

Page 20: O Vídeo como Atividade Educacional

20

Almeja-se também identificar práticas educacionais utilizando recursos e tecnologias

acessíveis aos alunos, sejam aqueles da modalidade presencial, semipresencial, a distância ou

qualquer interessado, pois o intuito principal é a divulgação desses conteúdos educacionais para

quem tiver interesse, sendo possível acessá-lo de várias plataformas, seja com acesso ou não à

Internet.

Com isso, este ensaio encontra-se estruturado em seções que abrangem todos os aspectos

acerca da pesquisa realizada. O segundo capítulo abordará a fundamentação teórica da pesquisa,

apresentando os conceitos e definições relativos às redes de computadores, ao fluxo de dados na

Internet, aos meios de comunicação, à possibilidade da aprendizagem autônoma e aberta em

cursos na modalidade a distância.

O terceiro capítulo trata dos exemplos de utilização de canais de vídeos voltados para área

educacional com os mais diversos objetivos que perpassam desde a simples transmissão dos

conteúdos veiculados em um canal de emissora de TV aberta até a divulgação das ações

desenvolvidas por essas instituições. Outro exemplo mostra documentários e entrevistas

realizados por alunos e professores da UFC, enquanto outros exemplos são de canais de vídeos

utilizados para publicidade institucional, nos quais os órgãos utilizam vídeos das ações realizadas

para apresentar à população com maior riqueza de detalhes as ações realizadas. Os demais

exemplos de canais de vídeos se encontram no Apêndice VI, como uma organização não

governamental (ONG) de um bairro da periferia da Capital do Estado do Ceará, que consegue

levar cultura, notícias e informações daquela comunidade para milhares de pessoas espalhadas no

mundo inteiro.

O quarto módulo exibe o CGE desde a sua estrutura, o público-alvo, os participantes, os

conteúdos ministrados, a duração, a metodologia de trabalho, os softwares utilizados, as

atividades sugeridas aos alunos, a estrutura do curso, as ferramentas de interação dos alunos com

o professor, os meios para divulgação, enfim todas as informações sobre o curso realizado,

mostrando também as peculiaridades entre os grupos participantes.

O quinto capítulo analisa todos os resultados das experiências, tratando de maneira fácil,

sendo aferidos e estudados os dados obtidos e representados em gráficos e tabelas, organizados e

dispostos sob diversas perspectivas, a fim de facilitar o entendimento de todos os pontos

pesquisados e levados em consideração pelo estudo.

Page 21: O Vídeo como Atividade Educacional

21

Em seguida, nos dois últimos capítulos são apresentadas a conclusão e as considerações

finais, incluindo as sugestões de trabalhos futuros que poderão dar continuidade a esta pesquisa,

abordando outros aspectos não analisados neste experimento em decorrência do tempo, ou

mesmo pela enorme abrangência do assunto, que levou à delimitação do objeto de pesquisa.

Page 22: O Vídeo como Atividade Educacional

22

2 CONCEPÇÕES SOBRE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA MEDIADA POR COMPUTADOR

Este capítulo trata dos conceitos relativos à Educação Matemática, Educação a Distância,

ferramentas tecnológicas de apoio à Educação, bem como sobre o conceito de vídeo e seus tipos,

a fim de que se possam verificar as possibilidades de trabalho com essas ferramentas, abrangendo

tanto as suas aplicações até então, como as novas possibilidades com base nas adequações em

ambientes e plataformas.

2.1 Educação e Tecnologia

O computador é hoje ferramenta auxiliar em diversas áreas do conhecimento, inclusive na

Educação. Segundo Lévy (1999), o computador deixará de ter apenas as funções de

processamento de dados, tornando-se instrumento de criação, organização, simulação e diversão,

disposto a qualquer usuário.

Tal afirmação ainda se apresenta de forma atual, visto que a utilização do computador

pessoal (PC) tem finalidade de entretenimento, de comércio, de gerenciamento, enfim várias

aplicações com fins diversos em busca de auxiliar as atividades desempenhadas no cotidiano das

empresas e das pessoas de modo geral, tornando-as mais ágeis e práticas.

A utilização dos computadores, entretanto, não está restrita apenas ao emprego da

máquina com uma aplicação exclusiva e dedicada ao uso restrito de técnicos capacitados para

ações específicas.

A ampla difusão do uso do PC tomou o espaço de algumas aplicações, anteriormente só

realizadas por computadores potentes e robustos ou por mainframes4. Agora essas organizações

têm máquinas com recursos independentes de memória e processamento, realizando suas

atividades isoladas ou em grupo através das redes de computadores, desempenhando o seu papel

e ainda possibilitando mais segurança e rapidez na execução de tarefas, sem despender recursos

4 De acordo com Sawaya (1999), é um computador de grande porte que contém processador principal, memória principal, unidade aritmética e grupo de registros especiais. Normalmente, está dedicado ao processamento de um grande volume de informações. Além de suas aplicações dedicadas, a manutenção também era realizada por técnicos capacitados pelos fabricantes, implicando alto custo de manutenção.

Page 23: O Vídeo como Atividade Educacional

23

financeiros desnecessários à aquisição de máquinas com alto desempenho, nas quais a instituição

não requer todo o poder de processamento comprado.

Isso, porém, foi possível graças ao desenvolvimento da infraestrutura das redes de

computadores, bem como de suas tecnologias de compressão, transmissão e segurança de

transporte de dados. O uso do PC também trouxe benefícios às micro, pequenas e médias

empresas que não podiam informatizar suas atividades em virtude do alto custo de aquisição e

manutenção dos mainframes. Com os PCs, tem-se uma situação contrária à apresentada

anteriormente, em decorrência do menor preço de aquisição e de manutenção, e cujos softwares

instalados satisfariam as suas necessidades, bastando apenas ter os programas adequados.

Com os usuários não foi diferente, pois esses utilizavam seus PCs isoladamente,

trabalhando com os aplicativos instalados em seus discos rígidos, termo proveniente do inglês

Hard Disk (HD). Hoje esses usuários querem o computador com acesso à Internet, pois podem se

comunicar com o mundo através da grande rede de computadores, além de ter acesso a filmes,

livros, jogos e demais conteúdos.

O grande volume de dados armazenados nas máquinas e a necessidade de obtenção desses

a qualquer lugar, porém, deram espaço aos serviços de armazenamento de dados on-line, que tem

ganhado vários adeptos e clientes nos últimos anos. As empresas fornecedoras ou prestadoras

desse serviço ressaltam a questão da segurança e da comodidade em acessar seus conteúdos a

partir de qualquer máquina conectada à Internet. Já a questão da segurança é garantida por de

técnicas de armazenamento que garantem criptografia e compressão dos dados, bem como

servidores com replicação de dados, ou mesmo que garantam a transparência, a escalabilidade, a

disponibilidade e a confiabilidade, características básicas requeridas por um sistema distribuído,

conforme Tanenbaum e Steen (2007).

Esses usuários, então, podem armazenar seus arquivos em servidores de armazenamento

gratuitos, cujos conteúdos poderão ser acessados de qualquer computador conectado à Internet,

localizado em qualquer lugar do mundo. Isso reduz os espaços dedicados ao armazenamento de

dados locais e ainda possibilita maior segurança ao usuário em caso de ataque ou invasão de

algum software malicioso à máquina. Esse fato impulsionou o aumento de vendas dos

Page 24: O Vídeo como Atividade Educacional

24

computadores ultraportáteis para usuários domésticos chamados de netbooks5, máquinas

destinadas àqueles que tencionam apenas escrever ou editar textos, acessar Internet e realizar

outras ações básicas na máquina.

Da mesma forma, as empresas hoje utilizam seus sistemas de informação (SI) em

ambientes, nos quais os dados armazenados em bancos de dados (BD) possam ser acessados de

qualquer lugar, bem como as operações de alterações, consultas, cadastros e exclusões. De acordo

com Laudon e Laudon (2007), as empresas buscam soluções que reúnam cada vez mais

benefícios aos seus serviços, de modo a tornarem-se mais competitivas e satisfazer as

necessidades de seus clientes.

O serviço de armazenamento de dados em servidores na grande rede de computadores

passa a ser prestado por empresas especializadas que garantem a segurança e o acesso remoto aos

dados desde qualquer máquina ligada à Internet. A segurança é garantida por técnicas, assim o

controle rigoroso de refrigeração, umidade e nível de oxigênio dos ambientes em que os

servidores são instalados, sendo utilizadas até portas antichamas, máquinas que retirem o

oxigênio em excesso do ambiente – para evitar o sobejo de comburente em caso de um possível

princípio de incêndio e o próprio desgaste dos equipamentos causados pela oxidação – e sistemas

de detecção e alarme a qualquer princípio de incêndio. Isso tudo mostra o alto custo que a

informação tem nos dias atuais, principalmente numa sociedade tecnológica, onde o valor pago

por uma informação importante se torna cada vez maior, podendo até ser motivo para algum

conflito bélico.

Conforme Castells (2003), a Internet é o tecido de vida das pessoas. Se a tecnologia da

informação é hoje o que a eletricidade foi na Era Industrial, a Internet poderia ser comparada

tanto à rede elétrica, quanto ao motor elétrico, em razão de distribuir a força da informação por

todo o domínio da atividade humana.

Isso mostra a tamanha importância da rede mundial de computadores para as atividades

desenvolvidas na sociedade moderna, pela qual a importância do serviço de conexão à Internet

pode ser comparada à eletricidade, sendo uma realidade, pois vários dos sistemas que se têm

atualmente funcionam de maneira síncrona com servidores remotos de dados, provendo as

5 São computadores portáteis ou superportáteis com recursos baseados aos usuários da Internet. Possuem peso reduzido, recursos limitados e baixo consumo da bateria.

Page 25: O Vídeo como Atividade Educacional

25

solicitações aos usuários quase em tempo real. Um exemplo prático são os terminais de

autoatendimento das instituições financeiras, que oferecem as informações atualizadas aos seus

clientes em todo e qualquer terminal.

A área educacional também se beneficiou da utilização das TICs, que possibilitou o

acesso de muitas pessoas aos bancos escolares por meio da Educação a Distância (EaD), sendo

esses mediados por computadores com acesso à Internet em locais muito distantes do Brasil,

sendo as condições de acesso a essas regiões bastante difíceis ou até mesmo inacessíveis em

alguns períodos do ano, mas que agora têm acesso aos mesmos recursos anteriormente

disponíveis apenas nos grandes centros urbanos e suas áreas limítrofes.

Os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) conseguem fazer a simulação da sala de

aula convencional mediante a inserção de animações e códigos programáveis. Os laboratórios de

Física e Química também são simulados em programas de computadores para facilitar o

aprendizado dos alunos, que não possuem tais ambientes em suas instituições de ensino.

Deve-se ressaltar, contudo, que essas simulações não conseguem substituir por completo

tais ambientes, pois algumas características, como o olfato, paladar e o tato não podem ser

aferidas nos laboratórios virtuais de modo verossímil; entretanto possibilitam a apresentação

inicial aos estudantes sem acesso a esses laboratórios, seja por causa da distância de suas

residências aos grandes centros de pesquisa ou mesmo por falta de recursos financeiros para

construir e manter os ambientes equipados com todos os recursos necessários (ABREU,

BAPTISTA e OLIVEIRA, 2009).

O computador também possibilitou a inserção de outras funções antes disponíveis a

equipamentos específicos. É possível atualmente no computador ouvir música, assistir aos

programas de TV ou vídeos em DVD ou em blue-ray6, interagir em jogos, falar com pessoas, seja

utilizando apenas áudio ou o conjunto de áudio e vídeo, enfim reuniu as funções oferecidas por

diversos aparelhos, como, respectivamente, de som, a TV e leitores de mídias em DVD ou blue-

ray, consoles de jogos e até mesmo o telefone, cuja função de chamada com vídeo só foi

agregada aos aparelhos móveis da 3ª geração, os chamados aparelhos celulares 3G. Embora

6 É uma mídia de armazenamento que possibilita a alocação de até 25 GB em uma camada ou 50 GB em duas camadas, devido ao feixe de luz azul, laser responsável pela gravação na mídia, que tem um menor comprimento de onda se comparado com o do laser convencional (feixe de luz vermelha), possibilitando a aproximação dos setores consecutivos das trilhas dos discos.

Page 26: O Vídeo como Atividade Educacional

26

tenham sido feitas experiências anteriormente com telefones fixos, os valores dos equipamentos

tornaram inviáveis a sua comercialização em larga escala.

Assim, tem-se a convergência de mídias ou a convergência digital, em que as

funcionalidades de vários equipamentos são dispostas apenas em um, reunindo em um só

dispositivo ao incorporar as funções de outros. A princípio, o computador tem conseguido

convergir várias funções de outros equipamentos eletrônicos, seja em razão de inserções de

placas de hardware específicas para cada função, ou em decorrência do desenvolvimento de

softwares que, conectados à Internet, conseguem prover tais serviços e funções.

Alguns serviços, contudo, como a transmissão de vídeos pela Internet, só foram possíveis

efetivamente graças ao crescimento das taxas de transferências de arquivos pelas infraestruturas

de conexões das redes telemáticas, ou a chamada Internet em banda larga, mesmo ainda estando

em processo de expansão em nosso País, em consequência dos elevados valores cobrados pelas

empresas de telecomunicações que ofertam o serviço e do baixo poder aquisitivo da maioria da

população, que não pode pagar pelo acesso ao serviço.

De acordo com a PNAD 2008 (BRASIL, 2009c), dos domicílios particulares

permanentemente urbanos pesquisados pelos recenseadores, apenas 25,5% possuem

computadores em casa e apenas 19,6% têm acesso à Internet, enquanto a televisão em cores, por

exemplo, encontra-se em 94,8% dos domicílios, valor acima da quantidade de geladeiras, por

exemplo, encontradas em 93,3% dos domicílios, apresentando um aumento considerável nesses

percentuais se comparando com a pesquisa anterior (BRASIL, 2007b).

As escolas tornam-se os locais de acesso à tecnologia, pois os programas governamentais

de inclusão digital oferecem equipamentos às escolas públicas, que receberam, nos últimos anos,

PCs e impressoras para montagem dos laboratórios de informática educativa (LIE). Isso

possibilita a realização de aulas mediadas por essas TICs, proporcionando aplicação de novos

recursos pedagógicos que possam facilitar o aprendizado dos estudantes mediante a utilização de

vídeos, animações, jogos e outros conteúdos interativos que consigam chamar e apreender a

atenção dos estudantes, tornando o aprendizado prazeroso e natural, pois esse interagirá com o

conhecimento por meio da ferramenta.

O Programa Nacional de Informática na Educação (PROINFO), por exemplo, é um

projeto do Governo Federal, desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (SEED),

Page 27: O Vídeo como Atividade Educacional

27

mediado pelo Departamento de Infraestrutura Tecnológica (DITEC) em parceria com as

secretarias de Educação dos estados e dos municípios, possibilitando o uso das TICs nas escolas

públicas (BRASIL, 2007a). Assim, são disponibilizados computadores, impressoras,

estabilizadores, no-breaks e roteadores à escola, tendo que receber como contrapartida da

instituição de ensino, seja municipal ou estadual, um ambiente pronto e de acordo com as

diretrizes estabelecidas para a construção do LIE.

O programa Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão (GESAC)

possibilita o acesso do cidadão à Internet, bem como aos demais serviços de inclusão digital,

possibilitando o acesso aos serviços públicos, proporcionando ao cidadão o acesso aos serviços

do e-Gov (BRASIL, 2009d), que são os serviços oferecidos pela Internet, economizando tempo

do cidadão que não precisará despendê-lo em filas para buscar uma declaração ou documento

fornecido por algum órgão público federal.

A difusão da tecnologia em um país como o Brasil representa avanços, principalmente se

esses recursos forem levados aos municípios mais distantes dos grandes centros urbanos ou

menos favorecidos por políticas públicas, pois poderá levar educação através da EaD, ou saúde

pela Telemedicina.

Quando se trata de educação, pode-se ter várias possibilidades, abrangendo desde o uso

das TICs para alunos da Educação Básica até os cursos de graduação e pós-graduação

semipresenciais oferecidos pela Universidade Aberta do Brasil (UAB). Além disso, pode-se

proporcionar o acesso à aprendizagem aberta e a distância (AAA) que, segundo Belloni (1999), é

o processo de aprendizagem livre no tempo, no espaço e no ritmo, de modo que os interessados

em conhecer mais sobre o assuntos específicos possam ter acesso a tais conteúdos.

2.2 Educação Matemática

Mesmo com os investimentos realizados na Educação, os índices apresentados pelos

sistemas de avaliação com aferição do desempenho dos alunos nas provas não são proporcionais

aos percentuais de investimento. Essas avaliações apresentam resultados muito preocupantes,

principalmente nas disciplinas de Português e Matemática.

Page 28: O Vídeo como Atividade Educacional

28

Embora os resultados apresentados pelo Ministério da Educação (MEC) mostrem o

alcance de metas como alguns dos Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) em

alguns âmbitos (BRASIL, 2008), é possível perceber que os alunos estão sendo aprovados, mas

ainda com deficiências em Matemática, já que o foco de análise deste trabalho será nessa

disciplina, sendo perceptível pelos relatos de educadores sob exame de seus alunos.

De acordo com Pontes (2009), a Matemática é considerada por muitos alunos como o

grande terror das disciplinas, pois não exige apenas conhecimento teórico sobre o assunto

abordado, mas também raciocínio lógico e interpretação de texto, além de estarem inseridos nas

demais ciências cuja contextualização solicita conhecimentos interdisciplinares, os quais muitas

vezes, não recebem a devida importância.

Segundo D’Ambrósio (1991), a descontextualização da Matemática em relação às demais

ciências durante o ensino-aprendizagem é um erro que causa grande prejuízo, principalmente na

formação das crianças, pois essas passam a ver a Matemática de maneira isolada sem qualquer

ligação com a sua realidade, sendo o fato perpetuado para séries seguintes. Assim, a Matemática

é vista e estudada de maneira isolada, sem relacionamento com os demais conteúdos e até sem

possibilidade de aplicação na vida.

As orientações complementares dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN+) compilam

a defesa do MEC em garantir aos alunos o desenvolvimento de competências e habilidades e para

a Matemática, expressando:

Aprender Matemática de uma forma contextualizada, integrada e relacionada a outros conhecimentos traz em si o desenvolvimento de competências e habilidades que são essencialmente formadoras, à medida que instrumentalizam e estruturam o pensamento do aluno, capacitando-o para compreender e interpretar situações, para se apropriar de linguagens específicas, argumentar, analisar e avaliar, tirar conclusões próprias, tomar decisões, generalizar e para muitas outras ações necessárias à sua formação. (BRASIL, 2002, p. 111)

Partindo dessa possibilidade, a escolha da utilização da Geometria Plana, dentre os vários

assuntos da Matemática, está exatamente em tentar suprir uma necessidade dos alunos de fazer a

Matemática, visualizando suas formas, tamanhos, dimensões, aplicações e demais aspectos que,

muitas vezes, são desconsiderados ou esquecidos durante as explanações em sala, bem como

contextualizando os assuntos as suas aplicações no cotidiano em algo usado diariamente por

todos, mas sem apresentação dos seus relacionamentos com os conteúdos das demais disciplinas

com os devidos teores e conceitos matemáticos envolvidos.

Page 29: O Vídeo como Atividade Educacional

29

Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio - PCNEM (BRASIL,

1999) a utilização das TICs deve ser buscada pelos educadores como forma de possibilitar aos

alunos o bom aprendizado, sob a perspectiva da realidade do mundo onde estão inseridos, assim

como possibilitar a interdisciplinaridade com as demais ciências.

Então, o uso de software educativo na área da Matemática foi definido para o CGE,

porém, dentre os vários programas, o Geonext foi escolhido por ter uma boa usabilidade, ou seja,

tem uma interface com o usuário bastante amigável, enquanto outros com outras funções e

recursos ainda não possuem interfaces fáceis de trabalhar que poderão comprometer o

aprendizado de alguns estudantes.

O Geonext surge, então, como um programa de Matemática que aborda a Geometria

Dinâmica, possibilitando ao professor apresentar conteúdos como Geometria Plana de uma

maneira diferente do convencional, usando giz ou pincel, quadro, papel, régua e compasso, já que

as construções realizadas poderão ser apreciadas sob diversas perspectivas (SANTANA, 2006).

A escolha do programa ocorreu pela facilidade como esse pode ser utilizado, já que é

possível salvar uma cópia gratuitamente a partir da sua página eletrônica (http://www.geonext.de)

e instalado no PC sem a necessidade de comprar nenhuma licença de uso, pois se trata de um

software livre, baseado na licença GNU/GLP. Além disso, possui versões para os principais

sistemas operacionais (S.O.) do mercado: Windows, Linux e MAC OS.

O outro modo de utilização é pela versão on-line, que funciona desde o próprio sítio do

programa, porém, nesse caso, a grande desvantagem está na velocidade da conexão à Internet, na

qual a baixa taxa de transmissão de dados levará muito tempo para o carregamento das aplicações

inicialmente, mas, depois da carga completa, todas as funções funcionam normalmente pelo

navegador Web, como se estivesse instalado na máquina.

As vantagens em utilizá-lo pela Internet são a independência de S.O. e o fato de não

requerer espaço em disco para armazenamento, pois o PC com acesso à Internet e com plugins7

usados para a navegação na Web serão suficientes para utilizar o programa sem ocupar nenhum

espaço no disco rígido (HD) da máquina.

7 É um pequeno programa de computador que adiciona funções, ou função especial a um programa maior.

Page 30: O Vídeo como Atividade Educacional

30

A difusão da Internet e, principalmente, em alta velocidade ou em banda larga também

possibilitou a disseminação de conhecimento disposto não apenas em textos, mas também em

outras mídias como vídeos e animações. Percebe-se, assim, o grande sucesso de sites como

YouTube, que armazena milhares de vídeos, muitos deles educacionais, acessados e assistidos

diariamente por milhares de pessoas com os mais diversos interesses.

2.3 Conceito de vídeo

A comunicação é uma necessidade do homem, sendo realizada por diversos tipos de

linguagens e meios. Desde a antiguidade, é possível verificar a necessidade de comunicação

audiovisual que havia naquela época a partir de desenhos realizados nas rochas com situações de

seu cotidiano e possíveis ainda de serem visualizados.

Segundo Wohlgemuth (2005), a grande vantagem do vídeo está no fato de ser uma

ferramenta que conserva as mensagens, permitindo a massificação da transmissão e uma

homogeneização dos conteúdos, no sentido do tratamento do áudio e vídeo, de modo a tornar

mais inteligível a seus usuários. O mesmo autor também apresenta como característica

significativa a utilização da linguagem visual que possui características importantes a serem

trabalhadas nos processos de ensino e aprendizagem, sendo a visão veloz, compreensiva e,

simultaneamente, analítica e sintética, requerendo pouca energia para funcionar e ainda trabalha à

velocidade da luz.

Isso permite o recebimento e a conservação de um grande volume de informações em

frações de segundos, possibilitando, posteriormente, a reexibição do conteúdo como um todo, ou

apenas de um trecho específico que não foi bem compreendido, sendo ainda mais facilitado nos

dias atuais com a utilização de mídias com cada vez mais capacidade de armazenamento de dados

com alta qualidade de som e imagem. De acordo com Machado (1993 apud Cordeiro, 2007, p.

39), o vídeo:

[...] é um sistema hibrido; pois opera com códigos significantes distintos, parte importada do cinema, parte importada do teatro, da literatura, do rádio, e mais modernamente da computação gráfica, aos quais acrescenta alguns recursos expressivos específicos, alguns modos de formar ideias ou sensações que lhe são exclusivos, mas que não são suficientes por si só, para construir a estrutura de uma obra.

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31

Contudo, a utilização de vídeo com finalidade educacional não é de agora, de acordo com

a classificação das gerações da EaD. Segundo Moore e Kearsley (2007), vários recursos

tecnológicos e de comunicação, dentre eles o vídeo, foram empregados com o intuito, de cada

vez mais facilitar a aprendizagem, como mostra o Quadro 1 abaixo:

Quadro 1 – Gerações da EaD.

Gerações Característica Principal

Características

1ª Geração

Tecnologia Impressa

Caracterizada pelo estudo por correspondência com o uso de material impresso. Estudo independente.

2ª Geração

Teleducação Caracterizada pelo uso de rádio e televisão. Aulas gravadas distribuídas em formato de videoteipes, fita cassete e satélite.

3ª Geração

Universidade Aberta

Surgiu com a experiência da Universidade Aberta do Reino Unido. Nova modalidade de organização da tecnologia e de recursos humanos, conduzindo a novas técnicas de instrução e a uma nova teorização da educação. Tecnologias utilizadas ainda eram guias de estudo impressos e orientação por conferência, transmissão pelo rádio e televisão, audioteipes gravados, conferências por telefone, kits para experiência em casa e recursos de uma biblioteca local. Também o suporte e orientação para alunos, discussão em grupo.

4ª Geração

Teleconferência Caracterizada pelo uso de redes por satélite com áudio, vídeo e computador em tempo real. Muito utilizada no treinamento corporativo.

5ª Geração

Internet/web Caracterizada pelo uso de classes virtuais on-line com base na Internet e aprendizagem colaborativa. Utilização de textos, áudios e vídeos em única plataforma.

Fonte: Moore e Kearsley (2007) com modificações.

E importante ressaltar, porém, que, durante a evolução da EaD, não há necessariamente a

substituição de uma tecnologia por outra, pois os desenvolvimentos tecnológicos são produzidos

com base nas incorporação e nos ajustes às mídias utilizadas em gerações anteriores, havendo a

possibilidade de todas as gerações coexistirem no mesmo espaço de tempo.

Page 32: O Vídeo como Atividade Educacional

32

A utilização da Internet possibilitou reunir mais valor, pois os vídeos ou os demais

conteúdos não estão limitados apenas a uma emissora de TV que centraliza o conteúdo e os

distribui apenas em horários predeterminados, muitas vezes, ou quase sempre, definidos sem

consulta prévia aos seus telespectadores. Além disso, evita a prática da gravação de tais

conteúdos em fitas cassetes ou VHS, que eram e ainda são, em algumas circunstâncias, enviadas

aos alunos, porém, não são atualizados constantemente, já que a cada envio de atualização aos

alunos tornaria ainda mais caro o processo, tornando os materiais desatualizados muito

rapidamente.

Os conteúdos agora estão disponíveis em servidores dispostos na Web8 e podem ser

acessados por qualquer máquina conectada à Internet. A atualização do material também ocorre

no servidor de conteúdo, possibilitando a todos os usuários o acesso a conteúdos atualizados. Os

usuários que possuem computadores sem conexão à Internet, no entanto, também terão acesso

aos conteúdos atualizados, bastando apenas conectar a tal servidor a partir de alguma máquina

com acesso a Web e salvar os conteúdos em algum dispositivo de armazenamento como pen-

drive, CD, DVD ou HD externo, e acessá-los em suas máquinas, modelo semelhante ao utilizado

durante a segunda geração da EaD, apresentado no Quadro 1, provando realmente a possibilidade

de coexistência das gerações nos dias atuais.

2.3.1 Classificação dos tipos de vídeos

Sendo o objetivo de utilizar o vídeo para fins educacionais é possível classificá-los em

diversos tipos de acordo como apresentado em Machado (1993 apud CORDEIRO, 2007, p. 39):

Quadro 2 – Classificação dos tipos de vídeos.

Classificação Características

Videoprocesso ou vídeo interativo

Essa modalidade vem sendo incorporada com frequência nos processos de aprendizagem, devido ao acesso cada vez maior dos usuários com máquinas de vídeos. Tem-se como exemplos experimentos audiovisuais produzidos por alguns alunos para posteriormente fazer uma análise e uma nova produção.

8 É o termo utilizado para representar a rede de alcance mundial (World Wide Web – WWW), pela qual os documentos hipermídia são interligados e executados na Internet.

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33

Videolição Considerada como uma aula expositiva utilizada de forma exaustiva sobre determinado tema. A videolição pode ser usada em temas mais complexos em que seja necessário algum estímulo como movimento-som-conteúdo.

Vídeo como função informativa

É utilizado quando se tem como objetivo principal a demonstração da realidade, assim como os seus atributos de máxima objetividade e de cópia exata da realidade. Há alguns questionamentos e comparação com a afirmação de que a fotografia é apenas um recorte da realidade e o vídeo faz essa mesma trajetória.

Vídeo como função motivadora

Tem por objetivo motivar aquele que assiste. Neste caso específico, a imagem midiática tenta demonstrar que, mais do que a palavra, ela pode provocar afeto e emoções.

Vídeo com função investigativa

Neste caso, o vídeo é o instrumento mais indicado, porque permite maior aproximação do objeto a ser estudado. O vídeo investigativo tem sua função muito próxima da função informativa, com um caráter diferencial, que é o de pesquisar de modo mais efetivo o fenômeno no qual objetivamente o autor tenha a intenção; compreender esta função significativa, perceber todas as suas potencialidades e considerar as produções e as várias formas de interação com os objetivos propostos.

Vídeo reportagem

Existem vários tipos de reportagem, como, por exemplo, a improvisada, a conduzida e a documental, estabelecendo parâmetros e objetivos bem delimitados e com planejamento de resultados, a fim de que tais planejamentos sejam realmente alcançados.

Videoentrevista É utilizada para resgatar depoimentos de especialistas, de determinado tema, podendo ser inclusive editada. É necessário utilizar perguntas claras e objetivas para o entrevistado. É importante pesquisar sobre o tema, sobre a pessoa entrevistada, ter uma conversa anterior e definir o roteiro a ser seguido.

Vídeo de opinião

É utilizado para apresentar ideias ou para apurar fatos de determinados assuntos, envolvendo vários agentes que tenham conhecimento sobre um mesmo tema.

Mesa-redonda ou debate

É utilizado para suscitar opiniões sobre temas predefinidos com a confrontação de ideias entre os participantes, sendo uma boa maneira para despertar os questionamentos e debates, bem como a criticidade de quem participa desse processo de ensino e aprendizagem.

Fonte: Machado, 1993 apud Cordeiro, 2007 (com modificações).

2.3.2 Modelos de transmissão de fluxos de vídeos na Internet

Page 34: O Vídeo como Atividade Educacional

34

Com o vídeo ocorre da mesma maneira, pois servidores de armazenamento de conteúdos

são disponibilizados na grande rede de computadores para armazenar tais conteúdos,

disponibilizados aos seus usuários de duas formas: vídeos sob demanda e streaming de vídeo.

2.3.2.1 Streaming de vídeo

Segundo Ávila (2008), a streaming de vídeo é a tecnologia utilizada para transmitir

vídeos através das redes de computadores, sendo essas internas ou externas, como a Internet, não

havendo a necessidade de realizar um download prévio. Dessa forma, é possível assistir ao vídeo

ainda durante a transmissão das partes posteriores, já que há um buffer destinado para o

armazenamento temporário desses arquivos.

É importante lembrar que não há a necessidade de destinar espaço em HD para

armazenamento, além de possibilitar maior interatividade, pois o usuário pode parar o vídeo no

instante desejado, usando os mesmos softwares já instalados na máquina para visualização de

arquivos de áudio e vídeo, ou mesmo podendo assistir ou ouvir tal conteúdo a partir do navegador

web instalado na máquina, bastando apenas a instalação do plugin para essa finalidade.

2.3.2.2 Vídeos sob demanda

Já com a utilização dos vídeos sob demanda, ainda de acordo com Ávila (2008, p. 85),

tais conteúdos ficam armazenados e à disposição do usuário para o instante em que ele quiser

assistir, sendo um modo de streaming, mas que não é ao vivo. As vantagens estão em não haver a

necessidade de realizar o download do arquivo para a máquina, embora haja programas com essa

finalidade. Além disso, pode ser aberto em qualquer página eletrônica, sendo que em alguns

casos há a possibilidade de exibir o vídeo na página de Internet, mesmo que o arquivo de vídeo

esteja em outro servidor diferente do servidor de hospedagem da página web.

Outra vantagem para quem utilizará este tipo de streaming é que não há a necessidade de

contratar uma empresa especializada em serviços de transmissão de fluxos contínuos de vídeo,

Page 35: O Vídeo como Atividade Educacional

35

pois o armazenamento de tais conteúdos no servidor é o bastante para referenciar o endereço,

fazendo a chamada a partir da página eletrônica.

2.3.3 Os benefícios do streaming

A necessidade de exploração de novos meios de comunicação e das novas tecnologias

torna uma tendência o uso do streaming na grande rede de computadores, pois permite a

transmissão on-line mais livre de imperfeições, bem como um pouco mais democrática, ao ponto

de possibilitar a criação e divulgação de conteúdos por qualquer cidadão, dando-lhe a

oportunidade que outrora era apenas das estações de rádio e TV, já que agora é possível qualquer

pessoa produzir seu vídeo e divulgar em sua página eletrônica ou mesmo em um espaço

reservado para seus conteúdos no YouTube.

As emissoras de rádio e TV, contudo, também possuem interesses nessa tecnologia, pois

possibilitam maior abrangência de sua programação a usuários espalhados pelo mundo inteiro, já

que agora a máquina conectada à Internet possibilitará assistir à programação em tempo real de

uma emissora localizada no outro extremo do mundo, tendo antes o limite das ondas de

radiofrequência emitidas pela antena da estação, cujas áreas distantes do seu raio de abrangência

recebiam um sinal de baixa qualidade, portanto, solucionando esse problema.

E para tornar o serviço cada vez melhor, foi criado o Intelligent Streaming, que segundo

Ávila (2008), são as adaptações necessárias à melhoria da transmissão, detectando o nível de

tráfego na rede a fim de possibilitar menos erros e perdas de quadros de imagem durante as

transmissões. Logo, isso possibilita as aplicações do serviço para vários objetivos como, a

transmissão de sinal, EaD, publicidade, entretenimento, Webcast9 e também telecomunicações.

9 É a transmissão de vídeo e áudio por streaming pela Internet.

Page 36: O Vídeo como Atividade Educacional

36

3 CANAIS DE VÍDEOS NA INTERNET

Com base na pesquisa do uso de canais de vídeos na Internet, neste capítulo, serão

apresentados alguns dos exemplos de aplicações de canais de vídeos com fins educativos

identificados no decorrer da pesquisa. Dentre esses, estão exemplos de canais voltados à

divulgação das ações institucionais, ou mesmo com programação de cunho educacional, com

aulas, entrevistas e documentários.

3.1 Canal Ari de Sá

O Canal Ari de Sá pertence a uma instituição de ensino particular do Estado do Ceará,

atuando no Ensino Básico, cujas videoaulas estão voltadas aos assuntos do Ensino Médio,

principalmente com ênfase ao vestibular, sendo apresentado na FIGURA 1.

FIGURA 1 – Página inicial da TV Ari de Sá

Dessa forma, a TV Ari de Sá (http://www.tvari.com.br/), como a instituição denomina,

consegue transmitir as aulas de seus professores e demais vídeos educacionais através da página

eletrônica cujos conteúdos são disponibilizados e acessados de acordo com a necessidade de seus

alunos, utilizando uma transmissão sob demanda, ou seja, os conteúdos audiovisuais ficam

Page 37: O Vídeo como Atividade Educacional

37

dispostos no servidor e são exibidos apenas aqueles que serão executados de maneira organizada,

facilitando a busca de acordo com a disciplina, o programa, o dia de realização ou professor.

Assim, a instituição consegue fazer com que seus alunos acompanhem as aulas que

ocorrem todas as noites de segunda a sexta-feira no horário em que desejarem, no local onde

estiverem, bem como todo e qualquer aluno interessado, já que o conteúdo está disponível para

todos.

Essa também foi uma saída encontrada pela escola para disponibilizar conteúdos aos

alunos de escolas que utilizam os materiais da Editora Saber, chamado Sistema Ari de Sá de

Ensino, pois muitas dessas instituições estão em locais cujas ondas de rádio e TV das emissoras

locais não abrangem e a contratação de uma emissora nacional aumentaria os custos desse

empreendimento.

Na TV Ari de Sá, são também disponibilizados os comentários de provas de vestibulares e

demais avaliações nacionais, como o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). O Canal

também possui programas gravados diariamente como o programa Ari de Sá no Ar, transmitido

diariamente por uma estão de FM local, sendo os vídeos das aulas postados ao final de cada uma

na TV Ari de Sá.

Há também vídeos de entrevistas sobre o vestibular, assim como de conteúdos de

Atualidades, que são comentados sob as perspectivas da História, Geografia e demais disciplinas

envolvidas. A instituição também utiliza o espaço para publicidade, postando os vídeos de suas

campanhas publicitárias divulgadas nos veículos de comunicação local como rádio, TV, outdoors

e busdoors.

3.2 Canal AulaTube

O AulaTube apresenta conteúdos audiovisuais sob demanda nas mais variadas áreas,

abordando aulas e tutoriais sobre a utilização de programas de computador, ou mesmo mostrando

como fazer trabalhos manuais, e até vídeos de cursos ensinando a sambar. Os vídeos são

armazenados através do YouTube, sendo visualizado a partir da página eletrônica do AulaTube,

que pode ser acessada pelo endereço http://www.aulatube.com.br, como pode ser conferido na

FIGURA 2.

Page 38: O Vídeo como Atividade Educacional

38

FIGURA 2 – Página eletrônica do AulaTube

3.3 Canal TV Campus Party

O Campus Party é um evento de Informática, ocorrido pela terceira vez no Brasil em

2010, que trata de novidades tecnológicas, Internet, softwares, desenvolvimento de aplicações e

uma série de informações sobre tecnologia, conseguindo reunir pessoas das 27 unidades da

Federação. O evento também ocorre em outros países, como Colômbia, México e Espanha,

conforme mostrado na FIGURA 3.

FIGURA 3 – Página eletrônica do canal TV Campus Party com transmissão ao vivo.

Em 2010, o evento ocorreu entre os dias 26 e 31 do mês de janeiro, na cidade de São

Paulo, com debates, discussões, palestras, minicursos e mesas-redondas sobre os temas

Page 39: O Vídeo como Atividade Educacional

39

mencionados acima, entretanto, com a novidade da transmissão ao vivo do evento pela Internet,

através de streaming de vídeo.

Além disso, outras páginas eletrônicas poderiam retransmitir o canal, disponível no

endereço http://tv.campus-party.org/, bastando para isso incluir o script fornecido pela própria

TV Campus Party no código da página pessoal ou em um blog, por exemplo. Dessa forma, o blog

de Geometria Dinâmica criado para facilitar o acesso às videoaulas do Curso de Construções

Geométricas Elementares fez a retransmissão das palestras e debates ocorridos durante os seis

dias do evento, como apresentado na FIGURA 4.

FIGURA 4 – Blog de Geometria Dinâmica retransmitindo a TV Campus Party

A retransmissão de canais de TV é uma prática muito comum, principalmente quando se

trata de transmissão via satélite em que a emissora necessita incluir conteúdos regionais

dedicados aos seus diversos públicos, bem como quando intente manter uma boa qualidade de

sinal, pois as emissoras afiliadas retransmitem a programação, recebendo o sinal e aumentando a

potência com intuito de que toda área consiga receber um sinal de qualidade. Essa prática chega,

então, ao ambiente da Web com o objetivo de causar maior publicidade ao evento, bem como à

página que retransmite, pois aumentará a quantidade de acessos.

O evento também criou a possibilidade de acompanhar as palestras e os debates,

principalmente para quem não conferiu a transmissão ao vivo, a partir do streaming de vídeos, ou

quem quisesse rever poderia acompanhar os vídeos que eram postados no canal Campus Party,

Page 40: O Vídeo como Atividade Educacional

40

criado no YouTube, como mostra a FIGURA 5, no endereço

http://www.youtube.com/campusparty.

Nessa situação, tinha-se um espaço dedicado para armazenamento dos vídeos que

poderiam ser assistidos de acordo com a necessidade dos usuários, ou seja, vídeos sob demanda.

Além disso, esses vídeos poderiam ser salvos, utilizando programas de downloads de

vídeos da Internet, entretanto, o tamanho dos vídeos, cujas palestras tinham durações que

chegavam a 1h40min, requerendo uma conexão com boa taxa de transmissão, podendo

impossibilitar o download de usuários com conexão de baixa velocidade.

FIGURA 5 – Canal Campus Party no YouTube com os vídeos das palestras e debates.

Um ponto importante a ser considerado é a transmissão do evento desde a captação da

imagem dos próprios participantes cujas visualizações dos diversos ambientes do evento eram

possíveis dos telefones celulares, câmeras digitais e demais dispositivos portáreis de captura de

imagens, ou mesmo a própria câmera integrada aos computadores portáteis.

Essas imagens eram transmitidas a páginas eletrônicas como UStream, disponível no

endereço http://www.ustream.tv/, possibilitando a transmissão de vídeo e áudio pela Internet dos

mais diversos conteúdos possíveis, bastando apenas realizar um cadastro na página com dados

sobre o usuário, assim como do canal de broadcast que será criado.

Nessa perspectiva, concretiza-se ainda mais a possibilidade de os usuários transformarem-

se em produtores de conteúdo de qualquer lugar, ou em qualquer momento, bastando apenas ter

em mão um equipamento de captação de imagens comum, um computador portátil, seja notebook

ou netbook, e uma conexão à Internet.

Page 41: O Vídeo como Atividade Educacional

41

Isso possibilita a divulgação do evento em tempo real e sob a visão daquele usuário,

libertando-se, portanto, dos padrões predeterminados pelas grandes emissoras de televisão, ou

meios de comunicação, nos quais estão presos às empresas financiadoras de publicidade.

As redes sociais também foram importantes para garantir a interatividade dos usuários,

principalmente daqueles que acompanhavam o evento pela Internet, pois poderiam enviar

perguntas aos palestrantes pelo Twitter, ou mesmo acompanhar trechos das palestras através das

postagens dos participantes na página oficial do evento na referida rede, acessada em

http://twitter.com/cpbrasil, também utilizada para informar a programação e teve um grande

volume de postagens durante o evento.

3.4 Canal TV Cultura

É uma emissora de TV aberta, de caráter educativo, mantida pela Fundação Padre Anchieta

e instituída pelo Governo do Estado de São Paulo, que tem uma programação definida 24 horas

por dia e que está na Web através de transmissão de eventos, assim como a visualização de

vídeos de reportagens, debates e de programas com discussões sobre temas importantes

transmitidos em seus programas, como visto na FIGURA 6 e no endereço:

http://www.iptvcultura.com.br/.

FIGURA 6 – Página eletrônica do canal de vídeo da TV Cultura de São Paulo.

De acordo com a classificação disposta em Cordeiro (2007), a maioria dos materiais é de

videoentrevistas provenientes do programa Roda Viva, consagrado da emissora, onde os

convidados são entrevistados por vários jornalistas e profissionais ligados à área de interesse do

entrevistado. Há também os vídeo-reportagens das matérias apresentadas nos telejornais da

emissora, ainda de acordo com a classificação feita por Cordeiro (2007).

Page 42: O Vídeo como Atividade Educacional

42

Dessa forma, tem-se a possibilidade de assistir ao conteúdo via fluxo sob demanda em

horário diferente daquele previsto pela programação estabelecida pela emissora. Além disso, o

usuário pode fazer a própria programação com os vídeos dispostos na página eletrônica.

3.5 Canal TV Escola

O Ministério da Educação (MEC) mantém um canal de educação durante 24 horas por dia,

transmitido via satélite e pela Internet, no endereço: http://portal.mec.gov.br/tvescola/.

O portal da TV Escola disponibiliza o fluxo contínuo de vídeo com programas educativos,

documentários, séries nacionais e internacionais que podem ser utilizados para capacitação dos

professores, bem como fonte de materiais de pesquisa para docentes, a fim de que tais conteúdos

possam ser utilizados como materiais didáticos, pois, como apresenta Cordeiro (2007), o vídeo

também pode ser utilizado como função motivadora da discussão, podendo o seu uso

proporcionar debates sobre temas importantes e atuais, como apresentado pela FIGURA 7.

FIGURA 7 – Página eletrônica inicial da TV Escola.

Além disso, há materiais em textos para auxiliar a prática docente através de vídeos,

mostrando como iniciar um debate, como realizar as atividades, a qual público deve ser aplicada

tal atividade, quais assuntos e temas transversais devem ser levantados, enfim, há várias

sugestões de como o professor poderá proceder com o uso de vídeo na sala de aula, já que, além

do canal de TV, as escolas também recebem vídeos em DVDs e CDs, possibilitando o uso de

mídias audiovisuais na sala de aula.

Page 43: O Vídeo como Atividade Educacional

43

3.6 Canal FA7

A Instituição de Ensino Superior (IES) privada Faculdade 7 de Setembro também reserva

um espaço especifico à divulgação de seus vídeos institucionais, com entrevistas e publicidade,

denominando tal espaço de TV FA7, sendo que os vídeos sob demanda existentes em tal espaço

estão armazenados no YouTube e adicionados à página da TV FA7 através de links. Essa é uma

maneira rápida e fácil de criar um canal de comunicação com o público, tanto através do espaço

reservado em seu portal, quanto do YouTube, canal de compartilhamento de vídeos mais

utilizado do mundo, podendo ser acessado a partir da página inicial do portal da FA7, como visto

na FIGURA 8, encontrado no endereço: http://www.fa7.edu.br .

FIGURA 8 – Página com vídeos institucionais da Faculdade 7 de Setembro.

A criação de um canal de TV transmitido via Internet serve também como laboratório

adequado ao aprendizado de alunos dos cursos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda, que

poderão colocar em pratica os conhecimentos teóricos adquiridos durante as aulas, utilizando um

ambiente que a cada dia é mais aplicado para diversas finalidades, inclusive publicitária e

jornalística, cujas IES devem formar seus alunos também voltados para esses nichos de mercado.

3.7 Canal FAAP

A Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), mantenedora da IES FAAP, também

mantém uma emissora de TV com programação durante 24 horas por dia com transmissão via

Internet, para divulgação dos trabalhos acadêmicos de seus alunos, que também produzem a sua

programação juntamente com uma equipe de profissionais da área, como visto na FIGURA 9 e

disponível no endereço: http://www.faap.br/tvfaap. Assim, a TV disponibiliza o fluxo contínuo

Page 44: O Vídeo como Atividade Educacional

44

de vídeo de sua programação, além dos vídeos dos eventos realizados pela instituição que, de

acordo com Cordeiro (2007), podem ser classificados como vídeo-reportagem, videoentrevista e

vídeo de mesa-redonda ou debates.

FIGURA 9 – Página de streaming da TV FAAP.

3.8 Canal FDR

A Fundação Demócrito Rocha (FDR), ligada ao grupo de comunicação O Povo, oferece

cursos de extensão semipresenciais nas mais diversas áreas, em parceria com as IES do Estado do

Ceará. Para isso utiliza AVA, fascículos impressos encartados semanalmente em jornal de

circulação regional, central de atendimento para prover informações aos cursistas e aulas

presenciais com os autores dos materiais impressos, como mostra a FIGURA 10.

FIGURA 10 – Página eletrônica da FDR destina às videoaulas de um de seus cursos.

Page 45: O Vídeo como Atividade Educacional

45

Para reunir e organizar todos os conteúdos audiovisuais obtidos nos encontros presenciais,

ou os vídeos sob demanda, há um canal com todas as videoaulas organizadas por professor e

assunto, cujos vídeos são armazenados no YouTube e podem ser visualizados na própria página,

no endereço: http://www.fdr.com.br.

Além das videoaulas, seguindo a classificação de Cordeiro (2007), há também vídeos com

entrevistas com especialistas das áreas dos cursos oferecidos, bem como com reportagens sobre

os assuntos abordados nos cursos produzidos pela instituição e transmitidos pela TV O Povo.

3.9 Canal FGF TV

A Faculdade da Grande Fortaleza é outra IES privada que mantém um canal de TV

transmitido via TV por assinatura, mas também disponibiliza os vídeos sob demanda com

entrevistas e debates realizados semanalmente em seus estúdios, como mostra a FIGURA 11 a

página eletrônica com os vídeos armazenados no YouTube, podendo ser acessada pelo endereço:

http://www.fgf.edu.br/novo/default.asp.

FIGURA 11 – Página eletrônica da TV FGF com vídeos das entrevistas.

A TV FGF, como é denominada pela instituição, tem parceria com outras emissoras de TVs

tendo seus principais programas veiculados nessas emissoras parceiras como a TV Fortaleza e a

TV da Assembleia Legislativa do Ceará.

Page 46: O Vídeo como Atividade Educacional

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3.10 Canal TV FGV

A Fundação Getúlio Vargas também utiliza a Internet como ferramenta auxiliar a sua

atuação, marcando espaço nas principais redes sociais como Orkut, Facebook, Twitter, Flickr10 e

Google Buzz11. Além disso, tem um canal de vídeos sob demanda no YouTube, como mostrado

na FIGURA 12, que mostra o canal FGV TV disponível no endereço:

http://www.youtube.com/user/fgvtv.

FIGURA 12 – Página eletrônica do canal FGV TV no YouTube.

De acordo com Cordeiro (2007), os vídeos existentes no canal FGV TV são classificados

como videoentrevistas, videodebates e vídeos com função informativa, pois esses têm o objetivo

de esclarecer o público sobre algum acontecimento ou informação importante. Muitas vezes, é

realizado por especialistas e pode compor um videodocumentário.

3.11 Canal Futura

O canal Futura é uma emissora de TV educativa mantida por várias empresas parceiras que

contribuem para produção de matérias de cunho educacional e transmitida via TV por assinatura,

sendo a Fundação Roberto Marinho a principal mantenedora. Há um canal no YouTube com

10 É uma rede social para hospedagem e compartilhamento de imagens, permitindo aos usuários organizarem suas fotos em álbuns, sendo atualmente mantido pelo Yahoo. 11 É o serviço do Google que disponibiliza microblogagem e interação com as principais redes sociais a partir do Gmail, que é o serviço de correio eletrônico web do Google.

Page 47: O Vídeo como Atividade Educacional

47

vídeos dos programas, como mostrado na FIGURA 13, disponível no endereço:

http://www.youtube.com/user/canalfutura.

FIGURA 13 – Página eletrônica do Canal Futura no YouTube.

A grande novidade, contudo, está na possibilidade de obter esses conteúdos audiovisuais

pelo portal FuturaTec através de download via programas de compartilhamento de arquivo como

BitTorrent, que trabalha baseado na arquitetura peer-to-peer (P2P) cuja página eletrônica pode

ser vista na FIGURA 14 e acessada pelo endereço: http://www.futuratec.org.br.

FIGURA 14 – Página eletrônica do FuturaTec que possibilita o download dos vídeos.

A arquitetura P2P está baseada em conceitos de sistemas distribuídos que quebra um pouco

a hierarquia centralizada das redes de computadores, se comparada com a arquitetura cliente-

Page 48: O Vídeo como Atividade Educacional

48

servidor, pois todas as máquinas conectadas a essa rede P2P, poderão atuar como servidor ou

cliente, já que no instante da solicitação de algum arquivo tornam-se cliente, enquanto no

momento em que disponibilizarem algum arquivo a alguma máquina será o servidor. Além disso,

a disponibilização de um arquivo pode ocorrer por várias máquinas que tenham tal arquivo,

possibilitando maior velocidade nas transmissões em virtude de múltiplas conexões estabelecidas,

que terão partes desse arquivo.

De acordo com Kurose e Ross (2006), o compartilhamento de arquivo P2P é altamente

escalável12, tendo os conteúdos transferidos diretamente entre os pares comuns, sem passar por

servidores de terceiros, garantindo maior eficiência na utilização dos recursos, como largura de

banda, armazenamento e CPU13.

3.12 Canal IFCE

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) também utiliza um

espaço reservado apenas para divulgação de vídeos institucionais sob demanda com entrevistas e

informações sobre as ações realizadas no âmbito do Estado do Ceará, como visto na FIGURA 15

e acessado pelo endereço: http://www.ifce.edu.br/.

FIGURA 15 – Página eletrônica dos vídeos institucionais do IFCE.

12 De acordo com Sawaya (1999), o termo escalável refere-se à capacidade que um sistema computacional possui em aumentar de tamanho, aumentando proporcionalmente o seu desempenho e mantendo a qualidade. A escalabilidade é uma das características de um sistema distribuído (SD), que também deve ter disponibilidade, confiabilidade e transparência, sendo essa última característica a principal para a garantia de um SD. 13 A unidade central de processamento (CPU), expressão proveniente do inglês central processing unit, é um dos componentes que compõe o processador, elemento responsável pelo processamento dos computadores.

Page 49: O Vídeo como Atividade Educacional

49

3.13 Canal TV MEC

O Ministério da Educação (MEC) mantém um canal de comunicação na Internet com

conteúdos audiovisuais, com palestras, entrevistas, depoimentos e documentários. Desse modo, a

instituição consegue divulgar as suas ações, bem como proporcionar bons materiais nesse

ambiente, sendo muitas entrevistas de renomeados e importantes intelectuais e formadores de

opinião da sociedade, como visualizado na FIGURA 16 e acessado pelo endereço:

http://tv.mec.gov.br/.

FIGURA 16 – Página eletrônica da TV MEC.

Outros conteúdos disponibilizados no canal são provenientes da Central de Mídia MEC

(CMM), reunindo as propagandas divulgadas em outros canais de comunicação, como TV e

rádio. Os programas e projetos do MEC ganham vez no canal, porque muitas das ações

desenvolvidas com intuito de atender essas demandas ficam restritas apenas ao local onde foram

realizadas, podem ser conferidas por qualquer interessado no ambiente Web.

A TV MEC acompanhou eventos de âmbito nacional ocorridos em Brasília, como

Conferência Nacional de Educação (CONAE), entre os meses de março e abril de 2010, cujos

vídeos das palestras e debates foram disponibilizados na página eletrônica do canal através de

vídeos sob demanda.

Page 50: O Vídeo como Atividade Educacional

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3.14 Canal do MIT Open Courseware

O Massachusetts Institute of Technology (MIT) também mantém um espaço reservado

apenas aos vídeos sob demanda dos professores da instituição com as aulas das disciplinas em

que lecionam no projeto chamado de MIT Open Courseware, que é uma proposta de

aprendizagem aberta e a distância.

Para isso são disponibilizados três espaços com informações sobre o projeto. O primeiro

está na página da instituição destinada aos conteúdos audiovisuais, que pode ser acessada pelo

endereço: http://watch.mit.edu/. Nesse espaço, há também vídeos de outros projetos da

instituição, dentre eles o MIT Open Courseware, mas a organização do ambiente possibilita

facilmente encontrar tais conteúdos; no entanto, o projeto possui uma página eletrônica destinada

apenas aos vídeos das disciplinas todo em inglês, como visualizado na FIGURA 17, e acessado

pelo endereço: http://ocw.mit.edu/.

FIGURA 17 – Página eletrônica do MIT Open Courseware com videoaulas.

Esses conteúdos audiovisuais estão armazenados no YouTube, que também possui um

canal reservado onde são postados os mesmos vídeos e pode ser acessado pelo endereço:

http://www.youtube.com/mit.

3.15 Canal NASA TV

A agência espacial dos Estados Unidos, proveniente do termo em inglês National

Aeronautics and Space Administration – NASA, possui um canal TV transmitido via streaming

de vídeo, com documentários e demais conteúdos audiovisuais captados em suas missões

aeroespaciais, como mostrado na FIGURA 18 e acessado pelo endereço:

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http://www.nasa.gov/ntv. Na verdade, o canal NASA TV, como é denominado, possui uma

programação determinada voltada para informar o público de modo geral, bem como de instigar o

descobrimento de engenheiros, pesquisadores e astronautas através de uma ação educacional que

envolve inclusive os professores mediante de um canal educacional.

FIGURA 18 – Página inicial da NASA TV na Internet.

Há também vídeos sob demanda das expedições realizadas pela agência. De acordo com

informações existentes na própria página eletrônica, essa é uma maneira de mostrar o trabalho

que é realizado pela NASA ao público de maneira geral. Além disso, tem o objetivo de incentivar

a prática da pesquisa nos estudantes, mostrando a atuação dos profissionais da área de

Aeronáutica, de Física e de Matemática; por isso há um espaço dedicado a Educação.

3.16 Canal Objetivo

O Portal Objetivo reúne em sua plataforma diversos conteúdos voltados à Educação Básica

e, principalmente, à preparação ao vestibular, reunindo diversas mídias, inclusive audiovisuais,

com videoaulas dos professores da instituição sobre os assuntos relacionados às disciplinas do

currículo da Educação Básica e cobrados pelos principais processos seletivos do País.

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FIGURA 19 – Página eletrônica para visualização das videoaulas do curso Objetivo.

Esses vídeos sob demanda, dispostos na página http://www1.curso-

objetivo.br/vestibular/atualidades_online.aspx, como visualizado na FIGURA 19, são utilizados

como material extra disponível aos alunos do curso, sendo essa a forma encontrada para informar

seus alunos de maneira rápida, objetiva e precisa com assuntos atualizados e direcionados.

3.17 Canal UECE

A Universidade Estadual do Ceará (UECE) também possui um canal destinado aos vídeos

institucionais, como visualizado na FIGURA 20, acessado pelo endereço: http://www.uece.br/.

FIGURA 20 – Página eletrônica de vídeos institucionais da UECE

A página com vídeos sob demanda, porém, não é atualizada constantemente e possui

apenas três vídeos com mensagens do reitor. A instituição não aproveita, portanto, o potencial de

seu espaço on-line para divulgar seus eventos e suas notícias maiores custos financeiros.

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3.18 Canal UFRJ TV

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mantém uma página eletrônica

denominada de WebTV UFRJ, por meio da Coordenadoria de Comunicação da instituição, de

maneira a divulgar para todos as notícias e demais eventos da Universidade através de vídeos

jornalísticos, como visto na FIGURA 21 e acessado pelo endereço: http://www.webtv.ufrj.br/.

FIGURA 21 – Página eletrônica inicial da WebTV UFRJ.

Dessa maneira, pretende-se divulgar e dotar a instituição com meios de comunicação

contemporâneos, permanentes e capazes de atingir um grande público a partir da Internet. Além

disso, os conteúdos desses materiais audiovisuais trazem opiniões e pontos de vista de

professores da instituição sobre fatos, acontecimentos e fenômenos sob um crivo científico, de

maneira a proporcionar à população uma opinião respaldada e capaz de ensejar reflexão dos

telespectadores, aproximando a população da Universidade.

Quanto às ferramentas utilizadas para produção e difusão dos conteúdos desse canal, de

acordo com a notícia apresentada no próprio ambiente eletrônico, não há a utilização de nenhuma

ferramenta proprietária, sendo todos softwares de código aberto e com um desempenho melhor

do que seus concorrentes pagos e ainda sem pagamento de licença.

3.19 Canal UNIFOR

A Universidade de Fortaleza (UNIFOR) é IES particular que mantém o chamado Portal

Multimídia, que é um canal centralizador de vídeos sob demanda, com entrevistas, notícias e

Page 54: O Vídeo como Atividade Educacional

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demais conteúdos audiovisuais produzidos pela instituição para seus programas veiculados pela

TV aberta em parceria com outras emissoras.

FIGURA 22 – Página eletrônica da TV Unifor.

Os vídeos produzidos para os programas televisivos são reunidas na TV UNIFOR (TVU)

com entrevistas, notícias e demais conteúdos que servem de material para divulgação da

Universidade, seja para Internet ou mesmo para a TV, como mostrado na FIGURA 22 e acessado

pelo endereço: http://www.unifor.br/.

Há também a possibilidade de conferir vídeos-opinião, de acordo com Cordeiro (2007),

com professores da instituição, discutindo assuntos do cotidiano sob uma perspectiva científica,

ou mesmo explicando sobre tais assuntos.

3.20 Canal UFC Brasil

A Universidade Federal do Ceará (UFC) é uma IES pública que também possui um canal

de vídeos sob demanda no YouTube, com entrevistas, palestras, videoaulas e reportagens

transmitidas pelo programa semanal exibido em TV aberta chamado de UFC TV. Os conteúdos

dos vídeos, em sua maioria, abordam assuntos relacionados com a UFC, ou aos aspectos da

Geografia, História e demais informações relativas ao Ceará, sendo conferido na FIGURA 23 e a

partir do endereço: http://www.youtube.com/UFCBrasil.

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FIGURA 23 – Página eletrônica do canal de vídeo sob demanda UFCBrasil

É também possível conferir vídeos de eventos acadêmicos e científicos ocorridos na UFC,

sempre ressaltando a cultura, a moral e a ética do povo cearense. Além disso, é possível conferir

videoaulas de Filosofia e Ética, que tratam de temas específicos a essas áreas.

A cultura indígena também ganha espaço nesse ambiente, na qual membros de tribos

cearenses mostram um pouco dos seus costumes e crenças, bem como detalhes de sua história,

que mais parece uma aula de História do Brasil.

3.21 YouTube EDU

O YouTube é hoje uma referência no serviço de compartilhamento de vídeos na Internet.

Foi criado pela necessidade de compartilhar conteúdos audiovisuais, pois seus criadores

desejavam enviar vídeos aos seus amigos e sempre a capacidade de envio de anexos em serviços

de correio eletrônico era limitada a um tamanho que impossibilitava inclusive a divisão desse em

arquivos menores. A partir daí pensou-se em criar um serviço na Internet que possibilitasse o

upload do vídeo a fim de todos os interessados acessassem através de uma Uniform Resource

Locator (URL) específica o conteúdo audiovisual relatado.

O sucesso do YouTube foi tanto que a ideia foi comprada pelo Google, uma da maiores

empresas da área de tecnologia do mundo, sendo hoje um acesso tanto em relação à quantidade

de vídeos postados e visualizados, quanto em relação à diversidade de conteúdos.

Page 56: O Vídeo como Atividade Educacional

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Atualmente, o YouTube reserva um espaço dedicado à Educação chamado de YouTube

Edu, sendo possível conferir aulas e demais conteúdos educativos de várias universidades e

outras instituições de ensino, principalmente estadunidense e europeias.

Como a maioria dos conteúdos está em outros idiomas, é possível utilizar a função

legendas, nos quais os textos são transcritos na parte inferior do vídeo em diversos idiomas,

inclusive o português brasileiro. As traduções simultâneas realizadas ainda possuem erros,

porém, facilitam a compreensão de tais vídeos, principalmente por parte daqueles usuários sem

conhecimento da língua inglesa, ou mesmo portadores de deficiência auditiva, pois podem

acompanhar as aulas pelas legendas. Nesse aspecto, o YouTube contribui para acessibilidade

desses internautas aos seus conteúdos, abrangendo e incluindo os mais diversos públicos.

FIGURA 24 – Página eletrônica inicial do YouTube EDU.

A página eletrônica inicial pode ser vista na FIGURA 24 e acessada pelo endereço:

http://www.youtube.com/edu. A busca ocorre por diversas maneiras, incluindo os assuntos, as

instituições, os idiomas, enfim, uma série de maneiras de encontrar os materiais desejados.

Page 57: O Vídeo como Atividade Educacional

57

4 O CANAL DE VÍDEO EDUCATIVO NA INTERNET

Para fazer a divulgação do conteúdo, foi utilizado um conjunto de ferramentas gratuitas e

dispostas na Internet, a fim de garantir o livre acesso aos conteúdos, seja aos alunos participantes

do curso, bem como aos demais interessados, por isso a utilização de blog, grupos de discussão,

e-mail, canal no YouTube e o próprio Twitter, para divulgar a postagem dos novos vídeos e

conteúdos. Para entender melhor sobre o curso, dividiu-se este capítulo em tópicos que

descreverão toda a estrutura do curso de Construções Geométricas Elementares (CGE).

4.1 Descrição do curso

O curso foi dividido em cinco videoaulas, com a primeira tratando sobre o manuseio do

Geonext, apontando as principais funções e comandos do software, a fim de garantir a

ambientação dos usuários com o programa. A segunda aula trata de conceitos matemáticos

referentes a ponto, reta, semirreta e segmento de reta, já que esses conceitos são sempre

confundidos pelos alunos. A terceira e a quarta aula trataram, respectivamente, de conceitos de

retas paralelas e perpendiculares, apresentando problemas de construções a serem realizadas

pelos alunos. E, na última aula, foram passados conceitos de circunferência e seus elementos.

A duração de cada videoaula era de no máximo cinco minutos, sempre com atividades a

serem resolvidas pelos alunos, usando o Geonext. Eles recebiam os problemas impressos em uma

folha, resolveram, usando o software e anotaram os passos da construção na folha fornecida.

À medida que a construção é feita, o programa salva todos os passos realizados, facilitando

a organização das etapas utilizadas para solução do problema apresentado. Dessa forma, os

alunos transcreviam para a folha de papel todos os passos utilizados para se chegar a tal

construção solicitada.

O YouTube serviu como repositório das videoaulas, pois todos os vídeos ficaram

armazenados de modo organizado por área e com a descrição de cada aula, dos assuntos, da

duração, do responsável pela postagem e de características gerais requisitadas durante o upload14

14 O termo proveniente do inglês significa salvar um arquivo existente em um dispositivo local em um ambiente remoto, geralmente um servidor que será acessado via Internet.

Page 58: O Vídeo como Atividade Educacional

58

dos arquivos no endereço http://www.youtube.com.br/kelsen2009, como apresentado na

FIGURA 25.

FIGURA 25 – Página inicial do Canal de Geometria Dinâmica

Além disso, possibilita a inserção de comentários em momento preciso por parte dos

usuários, ou mesmo a inclusão de legenda, facilitando a utilização de vídeos por parte de

deficientes auditivos.

FIGURA 26 – Página inicial do blog de Geometria Dinâmica

Page 59: O Vídeo como Atividade Educacional

59

Os alunos também tiveram apoio de um blog disponível no endereço

http://kelsenoliveira.blogspot.com, como apresentado na FIGURA 26, que continha todos os

vídeos do Canal de Geometria Dinâmica (CGD), criado no YouTube, possibilitando ainda a

inserção de comentários.

Além disso, é possível salvar cópias das aulas em formato de visualização acessível em

qualquer PC e outras plataformas, inclusive em dispositivos móveis, conforme apresentado na

FIGURA 27, bastando para isso realizar o download15a partir do link específico existente em

todas as aulas.

FIGURA 27 – Videoaula do curso sendo visualizado por aparelho telefônico celular.

Fonte: Pesquisa direta

O blog também possibilitou a realização de enquetes, divulgação de outros vídeos tratando

sobre assuntos correlatos e o envio de postagens de maneira organizada de acordo com as aulas.

Além disso, o fórum de discussão complementou a necessidade que se tinha para criar um

canal de comunicação entre alunos e professores, bem como entre os próprios alunos de maneira

que se pudesse utilizar uma comunicação direta e instantânea aos correios eletrônicos de cada

participante do curso.

A possibilidade de acesso às aulas com suporte em dispositivos móveis busca abranger um

dos dispositivos mais utilizados pela população de modo geral, podendo ser levado para qualquer

local.

15 O termo proveniente do inglês significa salvar um arquivo armazenado em um computador remoto em um computador local cujo acesso poderá ser estabelecido também pela Internet.

Page 60: O Vídeo como Atividade Educacional

60

De acordo com a pesquisa apresentada pela Agência Nacional de Telecomunicações

(ANATEL) em janeiro de 2010 (BRASIL, 2010), alguns estados brasileiros já apresentam um

número de telefones celulares maior do que a quantidade de habitantes, mostrando que há uma

relação de mais de um aparelho por habitante. Isso encaminha a se pensar os dispositivos móveis

como um elemento que pode ser utilizado com um cunho educacional.

A utilização das videoaulas nos telefones celulares também teve o objetivo de aferir o

trabalho colaborativo realizado em grupo, pois o professor compartilhou o arquivo da aula 01

com alguns alunos durante a primeira aula, de ambos os grupos, via transferência de dados por

Bluetooth16, de modo que os alunos compartilhassem o arquivo com os demais.

O Google Groups17 possibilitou a criação de um grupo de discussão, chamado de Geonext,

como mostrado na FIGURA 28, que foi um local utilizado para armazenamento de arquivos a

serem disponibilizados aos alunos com conteúdos e demais materiais importantes, para

organização das mensagens postadas em fórum, além de possibilidade de comunicação direta

com todos os alunos através de correio eletrônico, cujas postagens podem ser acessadas pelo

endereço: http://www.groups.google.com.br/group/geonext.

FIGURA 28 – Página inicial do Grupo de discussão Geonext.

16 Tecnologia utilizada para transferência de arquivos entre pequenas distâncias, sem a utilização de fios. 17 Concebido para reunir pessoas interessadas em um assunto comum. Contém várias funções como criação de páginas pessoais personalizadas, compartilhamento de arquivos e criação de perfis dos integrantes. É totalmente gratuito.

Page 61: O Vídeo como Atividade Educacional

61

4.2 Metodologia do curso

Os alunos foram divididos igualmente em duas turmas que estudaram o mesmo conteúdo,

no mesmo laboratório, com as condições estruturais semelhantes, localizados na UFC, e divididos

em computadores com acesso à Internet, aos programas necessários à realização das atividades e

kits multimídias, contendo fones de ouvido. Cada turma teve aulas durante seis dias, sendo 2h/a

diariamente, sempre no período vespertino.

O grupo semipresencial realizou o curso apenas através das videoaulas, sendo

acompanhados por monitores locais e pelas ferramentas de apoio: fórum de discussão, e-mails e

blog. Assim, os alunos acompanhavam as aulas pela Internet através do CGD do YouTube ou

pelo blog de Geometria Dinâmica e realizavam atividades propostas impressas. Os passos das

construções eram copiados em espaço reservado no papel, pois o software armazenava os passos

a serem transcritos.

As possíveis dúvidas existentes ou a solução de problemas nos equipamentos eram

retiradas com o monitor existente no laboratório. O acesso ao professor elaborador do conteúdo

ocorreria através de correio eletrônico, mensagens via postagem pelo Canal de Geometria

Dinâmica do YouTube, ou por postagem no blog, ou via fórum de discussão no grupo de

discussão.

Os alunos realizaram, inicialmente, as atividades de sondagens chamadas de pré-teste, que

identificaram o nível de conhecimento sobre o assunto que os alunos detinham. Durante o curso,

mais atividades foram realizadas pelos alunos e entregues ao monitor do laboratório, a fim de que

fossem corrigidas pelo professor elaborador dos conteúdos do curso.

Ao final do curso, atividades pós-teste foram realizadas com o objetivo de identificar o

aprendizado dos alunos. Todas essas atividades eram impressas e as respostas disponibilizadas

pelo próprio Geonext de acordo com as construções realizadas, pois o programa salva todos os

passos realizados para se chagar à construção solicitada.

O grupo presencial teve aulas ministradas pelo professor durante seis dias, tendo 2h/a por

dia. A apresentação dos conteúdos propostos se deu por meio de quadro branco, pincel e projetor

de slides, bem como dos vídeos das aulas do CGD como material auxiliar. As mesmas atividades

Page 62: O Vídeo como Atividade Educacional

62

foram usadas ambas em as turmas, compreendendo: uma atividade de pré-teste inicialmente,

atividades durante o curso e atividades de pós-teste ao final curso.

Embora os participantes da pesquisa tenham preenchido um formulário com informações

pessoais no início do curso, os nomes foram preservados em toda a pesquisa. Em hipótese

alguma, foram revelados seus endereços ou quaisquer outras informações pessoais em alguma

parte do texto ou em outro documento referente à pesquisa com alguma referência que pelo

menos facilite a sua identificação, já que estes serão mencionados e referenciados através dos

termos A1, A2, ..., A10; sendo apenas reconhecidos pelo pesquisador que os denominou dessa

forma.

De acordo com Cervo, Silva e Bervian (2007), a observação, a descrição e a comparação

constituem técnicas de pesquisa que proporcionam o meio correto de executar as operações de

interesse de tal ciência. Partindo dessa premissa, realizou-se observação sistemática e laboratorial

das ações dos alunos, aferindo o tempo gasto para conclusão das atividades e suas dificuldades

com tais questões, realizadas no laboratório para isolar o objeto de pesquisa de interferências

externas, descobrindo os mecanismos internos do objeto. Já a descrição foi fundamental para

externar as experiências vividas, em cuja comparação foram detectadas as semelhanças e

diferenças nos grupos analisados.

4.3 Perfil dos participantes

A amostra contou com alunos do projeto e-Jovem do Governo do Estado do Ceará, voltado

para capacitação profissional em técnicos de informática dos alunos de escolas públicas da rede

estadual de ensino ou mesmo de seus egressos. A faixa etária dos participantes está compreendida

entre 16 e 18 anos, sendo que apenas 20% eram do sexo feminino.

Dentre os alunos do curso, 60% deles possuem computadores em casa, porém, apenas 66%

(sessenta e seis) desses possuem acesso à Internet em suas residências e todos eles utilizam o

computador como ferramenta de pesquisa e estudo.

Page 63: O Vídeo como Atividade Educacional

63

4.4 Conteúdos apresentados

De acordo com Miorim (1998) e Valente (2008, 2004, 2003), a Matemática Tradicional

usada até a década de 30 do século passado apresentava uma fragmentação entre os conteúdos da

Matemática, exibindo-os como Matemáticas separadas e divididas em: Álgebra, Aritmética,

Geometria e Trigonometria, sendo lecionadas em diferentes anos de escolaridade. Além disso,

centralizava o ensino na figura do professor.

A escolha da Geometria Plana se deu para suprir a necessidade histórica dos alunos em

trabalhar tal conteúdo, em virtude da própria forma de tentar trabalhar a Matemática de maneira

separada, enfatizando a Álgebra em detrimento da Geometria, que era sempre deixada para ser

ministrada ao final do ano, ou melhor, nas últimas semanas de aula, impossibilitando o trabalho

adequado com o conteúdo.

Além disso, a própria maneira de trabalhar o assunto sem apresentar aos alunos o porquê do

acontecimento dos fatos também distancia um pouco o aluno da realidade da Geometria. A partir

do instante em que o conteúdo é trabalhado apenas com a aplicação de fórmulas, deixa-se de

entender a sequência lógica, que poderia facilitar bastante o entendimento do conteúdo sem

necessidade de decorar várias fórmulas.

Assim, buscou-se apresentar logo as noções para se trabalhar com a Geometria que são os

conceitos de ponto, reta, semirreta, segmento de reta e plano, através de videoaulas divididas por

assuntos.

4.5 Avaliação das atividades

As experiências foram realizadas nos meses de setembro e novembro de 2009, ocasião em

que também ocorram a observação e a coleta de dados, uma das etapas importantes da pesquisa,

pois reunirá os dados a fim de gerar os estudos e análises. Para isso, o pesquisador deve atentar

para quais instrumentos utilizar, como elaborar as perguntas ao seu público, enfim, planejar como

será realizada a coleta de dados com o objetivo de garantir os dados suficientes para a pesquisa.

A utilização de entrevistas, questionários e formulários foram mecanismos empregados

para coleta de dados, sendo os questionários usados para apresentar as questões propostas aos

Page 64: O Vídeo como Atividade Educacional

64

alunos, enquanto os formulários foram aplicados para coleta de informações gerais sobre o curso

e a entrevista teve o registro audiovisual de alguns membros de ambos os grupos.

Os dados obtidos com a tabulação dos resultados encontrados nos formulários e nos

questionários foram organizados em planilhas eletrônicas, cujos gráficos facilitaram e

possibilitaram a melhor maneira analisar e aferição estatística dos resultados, bem como

identificaram as relações e as evidências relativas à análise de dados.

A utilização de questionários e formulários impressos foi uma maneira encontrada para

facilitar o trabalho de tabulação e análise de dados na pesquisa, já que a realização das atividades

por meio da máquina por todos os alunos ao mesmo tempo impossibilitaria o acompanhamento

dos alunos de maneira satisfatória posteriormente no momento da tabulação dos dados.

Para avaliar o andamento dos alunos durante o curso, partiu-se da ideia apresentada por

Santos (2005), na qual mostra a importância em notar que a aprendizagem construtiva está

comprometida, sendo os objetivos estabelecidos inicialmente atingidos, somente se os alunos

entenderem que serão também avaliados construtivamente e exigirem métodos avaliativos

condizentes com os métodos inseridos nos ambientes de aprendizagem.

Por isso, buscou-se avaliar os alunos com base também numa prática colaborativa

progressista on-line, mediante a qual os alunos poderão ser avaliados a qualquer momento, como

apresentam Campos, Santoro e Borges (2003), estando a maior preocupação na busca das reais

falhas e suas causas.

Com isso, pretende-se solucionar os erros e não punir os alunos por suas dúvidas, buscando

realizar avaliações formativas e mediadoras. Enquanto nessas há o acompanhamento com

interações dos participantes do curso, bem como desses com o professor da disciplina, naquelas

havia a avaliação ao longo do processo; entretanto, ao final do curso, também houve avaliação

somativa sobre todos os conteúdos abordados durante o curso.

Todas as atividades realizadas pelos alunos eram corrigidas pelo professor elaborador do

curso e, posteriormente, os resultados eram tabulados, sendo produzidos gráficos que

demonstrassem melhor os resultados da pesquisa, a fim de aferir os resultados por turma, por

atividade, por conteúdo, enfim, comparando os resultados das duas turmas.

Page 65: O Vídeo como Atividade Educacional

65

As correções apontavam questões totalmente corretas, erradas, incompletas ou em

branco, tais resultados eram considerados para efeito de apresentação dos dados, sendo essas

realizadas no decorrer da disciplina, cujos resultados eram repassados aos alunos.

Page 66: O Vídeo como Atividade Educacional

5 RESULTADOS E ANÁLISE

Os resultados encontrados estão baseados em três conjuntos de atividades trabalhadas

durante o curso. A atividade 01 refere

como objetivo identificar os conhecimentos trazidos pelos alunos. A atividade 02 diz respeito ao

conjunto de exercícios e problemas realizados durante o curso. Enquanto

da avaliação somativa realizada ao final do curso.

O grupo semipresencial foi composto pelos participantes do curso que usaram o vídeo

como recurso principal, interagindo através das ferramentas de comunicação disponibilizadas na

Internet. O grupo presencial teve um professor e utilizou o vídeo como recurso auxiliar.

Com suporte nas análises dos dados obtidos na

realizadas durante as experiências, como mostra o

quesitos deixados em branco, já que muitos al

solicitadas, chegando a 60% em branco, pois essa atividade

conhecimento dos alunos em alguns assuntos que seriam abordados durante o cur

de questões corretas ficou em 20% apenas

GRÁFICO

Resultado da atividade 01 do grupo

RESULTADOS E ANÁLISE DOS DADOS

Os resultados encontrados estão baseados em três conjuntos de atividades trabalhadas

ividade 01 refere-se aos pré-testes realizados no primeiro dia do curso, tendo

como objetivo identificar os conhecimentos trazidos pelos alunos. A atividade 02 diz respeito ao

conjunto de exercícios e problemas realizados durante o curso. Enquanto

da avaliação somativa realizada ao final do curso.

O grupo semipresencial foi composto pelos participantes do curso que usaram o vídeo

como recurso principal, interagindo através das ferramentas de comunicação disponibilizadas na

t. O grupo presencial teve um professor e utilizou o vídeo como recurso auxiliar.

Com suporte nas análises dos dados obtidos na atividade 01 do grupo semipresencial

realizadas durante as experiências, como mostra o GRÁFICO 1, constatou

s em branco, já que muitos alunos não conseguiram responder à

solicitadas, chegando a 60% em branco, pois essa atividade visava

conhecimento dos alunos em alguns assuntos que seriam abordados durante o cur

de questões corretas ficou em 20% apenas entre os alunos desta turma.

GRÁFICO 1 – Resultado da atividade 01 do grupo semipresencialFonte: Pesquisa direta

20%

7%

13%60%

Resultado da atividade 01 do grupo

semipresencial

66

Os resultados encontrados estão baseados em três conjuntos de atividades trabalhadas

testes realizados no primeiro dia do curso, tendo

como objetivo identificar os conhecimentos trazidos pelos alunos. A atividade 02 diz respeito ao

conjunto de exercícios e problemas realizados durante o curso. Enquanto isso, a atividade 03 trata

O grupo semipresencial foi composto pelos participantes do curso que usaram o vídeo

como recurso principal, interagindo através das ferramentas de comunicação disponibilizadas na

t. O grupo presencial teve um professor e utilizou o vídeo como recurso auxiliar.

1 do grupo semipresencial

1, constatou-se o alto índice de

unos não conseguiram responder às questões

a a identificar o nível de

conhecimento dos alunos em alguns assuntos que seriam abordados durante o curso. O percentual

emipresencial.

Resultado da atividade 01 do grupo

Correto

Incompleto

Incorreto

Em branco

Page 67: O Vídeo como Atividade Educacional

De acordo com o GRÁFICO

30% de questões corretas,

questões incorretas para a atividade 01

GRÁFICO

Comparando os resultados obtidos na

conseguiu melhores resultados, se comparado ao grupo presencial, levando em consideração a

quantidade de questões respondidas c

Durante as correções das atividades dos dois grupos, percebeu

os alunos possuem em dissertar acerca das perguntas solicitadas, ou de um assunto qualquer,

cujos relatos desfavoráveis foram unânimes

subjetivas apresentadas na a

Muitos buscam conceituar

apresentar o conceito e as palavras do seu cotidiano, sem levar em consideração conceitos

matemáticos básicos, trabalhados no Ensino Fundamental. Isso mostra

os primeiros contatos com a Matemática são

Quando se tratam de elementos como circunferência e círculo, a maioria dos alunos

confunde seus conceitos e tratam ambos como se fossem iguais. A mesma dúvida é gerada em

Resultado da atividade 01 do grupo

GRÁFICO 2, o grupo presencial conseguiu atingir o

13% de questões em branco, 34% de questões incompletas e 23% de

questões incorretas para a atividade 01, ou de pré-teste.

GRÁFICO 2 – Resultado da atividade 01 do grupo presencial.Fonte: Pesquisa direta

rando os resultados obtidos na atividade 01, ou de pré-

conseguiu melhores resultados, se comparado ao grupo presencial, levando em consideração a

quantidade de questões respondidas corretamente.

Durante as correções das atividades dos dois grupos, percebeu-se a grande dificuldade que

os alunos possuem em dissertar acerca das perguntas solicitadas, ou de um assunto qualquer,

cujos relatos desfavoráveis foram unânimes nos dois grupos, sendo motivado

subjetivas apresentadas na atividade 01.

Muitos buscam conceituar por meio de exemplos, utilizando a sua realidade para

apresentar o conceito e as palavras do seu cotidiano, sem levar em consideração conceitos

cos, trabalhados no Ensino Fundamental. Isso mostra

os primeiros contatos com a Matemática são continuados nas séries posteriores.

Quando se tratam de elementos como circunferência e círculo, a maioria dos alunos

confunde seus conceitos e tratam ambos como se fossem iguais. A mesma dúvida é gerada em

30%

34%

23%

13%

Resultado da atividade 01 do grupo

presencial

67

conseguiu atingir os percentuais de

, 34% de questões incompletas e 23% de

resencial.

-teste, o grupo presencial

conseguiu melhores resultados, se comparado ao grupo presencial, levando em consideração a

se a grande dificuldade que

os alunos possuem em dissertar acerca das perguntas solicitadas, ou de um assunto qualquer,

endo motivados pelas questões

de exemplos, utilizando a sua realidade para

apresentar o conceito e as palavras do seu cotidiano, sem levar em consideração conceitos

que as dificuldades desde

as séries posteriores.

Quando se tratam de elementos como circunferência e círculo, a maioria dos alunos

confunde seus conceitos e tratam ambos como se fossem iguais. A mesma dúvida é gerada em

Resultado da atividade 01 do grupo

Correto

Incompleto

Incorreto

Em branco

Page 68: O Vídeo como Atividade Educacional

relação aos conceitos de reta, segmento de reta e semirreta, porém, nesse caso, a mai

reconhece haver diferença entre os termos, mas não consegue diferenciá

conceituá-los.

Quanto aos conceitos de retas paralelas e perpendiculares, os alunos sabiam o que eram,

sendo que alguns chegaram a desenhar, mesmo a questão não requi

os dois conceitos, entretanto,

com palavras e expressões típicas da linguagem coloquial.

O GRÁFICO 3 apresenta os resultados obtidos nas

pelo grupo semipresencial, que

questões em branco e 4% para questões incompletas ou incorretas

relativo, se comparado com os resultados das a

GRÁFICO

Esse resultado pode ser causado pela possibilidade que o vídeo consegue proporcionar aos

estudantes de rever o vídeo

mesmo de rever quantas vezes quiser, em qualquer momento e em qualquer lugar ou dispositivo.

A utilização do vídeo fora da sala de aula foi comprovada

grupo semipresencial, que receberam as aulas no primeiro

Resultado da atividade 02 do grupo

relação aos conceitos de reta, segmento de reta e semirreta, porém, nesse caso, a mai

reconhece haver diferença entre os termos, mas não consegue diferenciá

Quanto aos conceitos de retas paralelas e perpendiculares, os alunos sabiam o que eram,

sendo que alguns chegaram a desenhar, mesmo a questão não requisitando.

, entretanto, foram feitas sob suas perspectivas, suas realidades e seus cotidianos

com palavras e expressões típicas da linguagem coloquial.

3 apresenta os resultados obtidos nas atividades realiza

pelo grupo semipresencial, que mostram os percentuais de 68% de questões corretas

questões em branco e 4% para questões incompletas ou incorretas. Isso representa

omparado com os resultados das atividades 01 do mesmo grupo.

GRÁFICO 3 – Resultado da atividade 02 do grupo semipresencialFonte: Pesquisa direta

Esse resultado pode ser causado pela possibilidade que o vídeo consegue proporcionar aos

e rever o vídeo exatamente naquele trecho específico e no momento da dúvida, ou

mesmo de rever quantas vezes quiser, em qualquer momento e em qualquer lugar ou dispositivo.

A utilização do vídeo fora da sala de aula foi comprovada por meio

esencial, que receberam as aulas no primeiro, via transferência de dados

68%4%

4%

24%

Resultado da atividade 02 do grupo

semipresencial

68

relação aos conceitos de reta, segmento de reta e semirreta, porém, nesse caso, a maioria

reconhece haver diferença entre os termos, mas não consegue diferenciá-los, tampouco

Quanto aos conceitos de retas paralelas e perpendiculares, os alunos sabiam o que eram,

sitando. As dissertações sobre

foram feitas sob suas perspectivas, suas realidades e seus cotidianos

tividades realizadas durante o curso

de 68% de questões corretas, 24% de

. Isso representa aumento

1 do mesmo grupo.

emipresencial.

Esse resultado pode ser causado pela possibilidade que o vídeo consegue proporcionar aos

exatamente naquele trecho específico e no momento da dúvida, ou

mesmo de rever quantas vezes quiser, em qualquer momento e em qualquer lugar ou dispositivo.

meio de alguns alunos do

via transferência de dados bluetooth,

Resultado da atividade 02 do grupo

Correto

Incompleto

Incorreto

Em branco

Page 69: O Vídeo como Atividade Educacional

em seus telefones celulares, chegando com dúvidas sobre a utilização do

dia, pois esse estudante assistiu à aula, mas não conseguiu realizar a mesma con

Outro estudante, também desse grupo, afirmou ter realizado todas as instruções sobre

instalação contidas em uma das aulas, mas não conseguiu instalar o Geonext na máquina de sua

residência.

GRÁFICO

O GRÁFICO 4 mostra os resultados do grupo presencial em relação às atividades

realizadas durante o curso, apresentando um aumento no número de questões feitas corretamente,

se comparado com as ativid

Isso mostra que os alunos

durante as aulas, pois o percentual de questões respondidas corretamente chegou a 42%, enquanto

a quantidade de questões em branco chegou

conteúdo abordado e solicitado nas questões.

De acordo com os relatos dos próprios alunos, as questões eram deixadas em branco,

quando esse não tinha o menor conhecimento acerca do assunto solicitado.

percentuais de questões incompletas e incorretas, o grupo presencial ainda continuou com índices

Resultado da atividade 02 do grupo

celulares, chegando com dúvidas sobre a utilização do

dia, pois esse estudante assistiu à aula, mas não conseguiu realizar a mesma con

Outro estudante, também desse grupo, afirmou ter realizado todas as instruções sobre

instalação contidas em uma das aulas, mas não conseguiu instalar o Geonext na máquina de sua

GRÁFICO 4 – Resultado da atividade 02 do grupo presencial.Fonte: Pesquisa direta

4 mostra os resultados do grupo presencial em relação às atividades

realizadas durante o curso, apresentando um aumento no número de questões feitas corretamente,

se comparado com as atividades do pré-teste desta turma.

Isso mostra que os alunos deste grupo conseguiram aprender sobre o conteúdo ministrado

durante as aulas, pois o percentual de questões respondidas corretamente chegou a 42%, enquanto

a quantidade de questões em branco chegou a zero, ou seja, os alunos têm ideia pelo menos do

dado e solicitado nas questões.

De acordo com os relatos dos próprios alunos, as questões eram deixadas em branco,

quando esse não tinha o menor conhecimento acerca do assunto solicitado.

percentuais de questões incompletas e incorretas, o grupo presencial ainda continuou com índices

42%

23%

35%

0%

Resultado da atividade 02 do grupo

presencial

69

celulares, chegando com dúvidas sobre a utilização do software no segundo

dia, pois esse estudante assistiu à aula, mas não conseguiu realizar a mesma construção.

Outro estudante, também desse grupo, afirmou ter realizado todas as instruções sobre

instalação contidas em uma das aulas, mas não conseguiu instalar o Geonext na máquina de sua

resencial.

4 mostra os resultados do grupo presencial em relação às atividades

realizadas durante o curso, apresentando um aumento no número de questões feitas corretamente,

conseguiram aprender sobre o conteúdo ministrado

durante as aulas, pois o percentual de questões respondidas corretamente chegou a 42%, enquanto

a zero, ou seja, os alunos têm ideia pelo menos do

De acordo com os relatos dos próprios alunos, as questões eram deixadas em branco,

quando esse não tinha o menor conhecimento acerca do assunto solicitado. Já em relação aos

percentuais de questões incompletas e incorretas, o grupo presencial ainda continuou com índices

Resultado da atividade 02 do grupo

Correto

Incompleto

Incorreto

Em branco

Page 70: O Vídeo como Atividade Educacional

elevados, se comparado com o grupo semipresencial neste mesmo conjunto de atividades,

seguindo o critério de questões incompletas e incorretas, r

Durante as aulas, ficou mais evidente a deficiência dos alunos em relação à Matemática,

porque alguns dos assuntos tratados em sala de aula são definidos em currículos de séries

anteriores àquelas cursadas pelos alunos do c

terem estudado conteúdos de Geome

mais objetiva mediante aplicação de fórmulas para o cálculo de áreas de figuras geométricas.

Essa evidência em relação a

interação professor e alunos, ao contrário do grupo semipresencial, cujas interações através das

ferramentas de comunicação

GRÁFICO

Os GRÁFICOS 5 e 6 apre

realizados nos dois grupos.

26% de questões incompletas, 7% de questões em incorre

visto no GRÁFICO 5. Já o grupo presencial, cujos resultados são visualizados no GRÁFICO 6,

atingiu os percentuais de 44%, 38%, 16% e 2% de

corretas, incompletas, incorretas e em branco.

Resultado da atividade 03 do grupo

elevados, se comparado com o grupo semipresencial neste mesmo conjunto de atividades,

seguindo o critério de questões incompletas e incorretas, respectivamente, sendo 23% e 35%

Durante as aulas, ficou mais evidente a deficiência dos alunos em relação à Matemática,

alguns dos assuntos tratados em sala de aula são definidos em currículos de séries

anteriores àquelas cursadas pelos alunos do curso de CGE. Alguns alunos

terem estudado conteúdos de Geometria, ou mesmo os que estudaram

aplicação de fórmulas para o cálculo de áreas de figuras geométricas.

Essa evidência em relação ao grupo presencial se deu em razão

interação professor e alunos, ao contrário do grupo semipresencial, cujas interações através das

ferramentas de comunicação on-line restringiram-se ao e-mail, sendo as outras pouco utilizadas.

GRÁFICO 5 – Resultado da atividade 03 do grupo semipresencial.Fonte: Pesquisa direta

Os GRÁFICOS 5 e 6 apresentam os resultados obtidos na

realizados nos dois grupos. O grupo semipresencial conseguiu obter 56%

26% de questões incompletas, 7% de questões em incorretas e 11% de questões em branco,

visto no GRÁFICO 5. Já o grupo presencial, cujos resultados são visualizados no GRÁFICO 6,

atingiu os percentuais de 44%, 38%, 16% e 2% de questões respondidas, respectivamente

corretas, incompletas, incorretas e em branco.

56%26%

7%

11%

Resultado da atividade 03 do grupo

semipresencial

70

elevados, se comparado com o grupo semipresencial neste mesmo conjunto de atividades,

espectivamente, sendo 23% e 35%.

Durante as aulas, ficou mais evidente a deficiência dos alunos em relação à Matemática,

alguns dos assuntos tratados em sala de aula são definidos em currículos de séries

lguns alunos, porém, relataram não

tria, ou mesmo os que estudaram tiveram uma abordagem

aplicação de fórmulas para o cálculo de áreas de figuras geométricas.

em razão do maior nível de

interação professor e alunos, ao contrário do grupo semipresencial, cujas interações através das

, sendo as outras pouco utilizadas.

emipresencial.

atividade 03, pós-testes,

O grupo semipresencial conseguiu obter 56% de questões corretas,

tas e 11% de questões em branco, como

visto no GRÁFICO 5. Já o grupo presencial, cujos resultados são visualizados no GRÁFICO 6,

questões respondidas, respectivamente,

Resultado da atividade 03 do grupo

Correto

Incompleto

Incorreto

Em branco

Page 71: O Vídeo como Atividade Educacional

Se comparado com os resultados obtidos nos pré

percentuais de questões respondidas corretamente, bem como a redução das quantidades de

questões em branco, mas ainda um percentual considerável de ques

principalmente no segundo grupo.

GRÁFICO

Em relação aos resultados

obteve melhores resultados, se comparada

percentuais de questões corretas e menores percentuais de questões incorretas e incompletas em

relação a esta, aferindo apenas quantitativamente tais resultados.

Se a análise considerar outras variáveis que podem influenciar diretamente no resultado,

os índices encontrados ficam mais condizentes com a realidade, pois nessa ocasião os alunos

estavam diante de uma avaliação somativa, ou seja, uma avaliação ao modelo tradicional com

uma prova escrita com situações e problemas a serem respondidos, cujo tempo era limitado e sem

consulta aos demais materiais de apoio, inclusive sem possibi

razão da retirada dos cabos de rede das máquinas.

Resultado da atividade 03 do grupo

Se comparado com os resultados obtidos nos pré-testes, percebe

percentuais de questões respondidas corretamente, bem como a redução das quantidades de

questões em branco, mas ainda um percentual considerável de ques

no segundo grupo.

GRÁFICO 6 – Resultado da atividade 03 do grupo presencial.Fonte: Pesquisa direta

Em relação aos resultados obtidos nas Atividades 3 das duas turmas, a primeira turma

elhores resultados, se comparada com a segunda turma, pois aquela conseguiu maiores

percentuais de questões corretas e menores percentuais de questões incorretas e incompletas em

esta, aferindo apenas quantitativamente tais resultados.

análise considerar outras variáveis que podem influenciar diretamente no resultado,

ficam mais condizentes com a realidade, pois nessa ocasião os alunos

estavam diante de uma avaliação somativa, ou seja, uma avaliação ao modelo tradicional com

uma prova escrita com situações e problemas a serem respondidos, cujo tempo era limitado e sem

consulta aos demais materiais de apoio, inclusive sem possibilidade de pesquisa à Internet,

dos cabos de rede das máquinas.

44%

38%

16%

2%

Resultado da atividade 03 do grupo

presencial

71

testes, percebem-se a melhoria dos

percentuais de questões respondidas corretamente, bem como a redução das quantidades de

questões em branco, mas ainda um percentual considerável de questões incorretas,

resencial.

obtidos nas Atividades 3 das duas turmas, a primeira turma

com a segunda turma, pois aquela conseguiu maiores

percentuais de questões corretas e menores percentuais de questões incorretas e incompletas em

análise considerar outras variáveis que podem influenciar diretamente no resultado,

ficam mais condizentes com a realidade, pois nessa ocasião os alunos

estavam diante de uma avaliação somativa, ou seja, uma avaliação ao modelo tradicional com

uma prova escrita com situações e problemas a serem respondidos, cujo tempo era limitado e sem

lidade de pesquisa à Internet, em

Resultado da atividade 03 do grupo

Correto

Incompleto

Incorreto

Em branco

Page 72: O Vídeo como Atividade Educacional

72

Com suporte nas análises dos dados obtidos nas atividades 01, 02 e 03 dos grupos

semipresencial e presencial realizadas durante as experiências, constatou-se o aumento gradual

do número de questões respondidas corretamente nas duas turmas, demonstrando a evolução do

aprendizado dos alunos desde o início do curso até o seu fim.

Já em relação às quantidades de questões incompletas respondidas nas três atividades

realizadas durante o curso, percebeu-se que houve leve redução na atividade 02 em relação à

atividade 01, porém houve um elevado aumento na atividade 03, havendo tempo determinado

para a conclusão das questões. Esse fator foi citado por muitos alunos como sendo o responsável

por esses índices apresentados.

Os dois grupos conseguiram diminuir a quantidade de questões respondidas em branco e

aumentar o índice de questões corretas no decorrer das três atividades, chegando a nenhuma na

atividade 02 do grupo presencial.

O vídeo também possibilitou a conservação das mensagens transmitidas, situação bastante

vista no grupo semipresencial, na qual os alunos assistiam ao vídeo indefinidamente apenas no

determinado trecho não entendido. Caso estivessem diante de um professor em sala de aula,

dificilmente seria solicitada a repetição de determinado trecho da sua aula indeterminadas vezes,

caso a dúvida ainda persistisse.

Além disso, o vídeo permite a “virtualização” da mensagem transmitida pelo professor, na

perspectiva apresentada por Lévy (1996), cuja mídia armazenada poderá ser levada para qualquer

lugar, sendo a aula assistida no momento e no local mais adequado ao aluno, principalmente com

o advento de dispositivos portáteis cada vez menores e com grande capacidade de

armazenamento de dados.

Logo, essa mensagem gravada produz, consequentemente, a “virtualização” do áudio e do

vídeo do professor, cujo arquivo digital com tal mensagem poderá ser levado e visualizado pelo

aluno, preservando a memória dos fatos. Além disso, é possível ver e ouvir essa mensagem em

boa qualidade de som e imagem, porém, os tamanhos das telas dos dispositivos portáteis são os

empecilhos para a perfeita visualização dos detalhes, sendo compensado pelo áudio sem

nenhuma perda.

Esses vídeos também poderão servir de peça fundamental ao estímulo do debate em sala

de aula, possibilitando uma prática crítica e reflexiva estimulada pela discussão levantada,

Page 73: O Vídeo como Atividade Educacional

73

contribuindo assim com a conquista da cidadania nos alunos e com a educação de modo geral,

pois se constroem assim sujeitos da história, acabando com a ideia de que o cidadão é apenas

objeto da História, cujos sujeitos são apenas os heróis.

A abordagem da Matemática mais próxima da realidade dos alunos durante as aulas

também serviu de estímulo para o discente se interessar pelo conteúdo apresentado, em

decorrência da associação feita da Matemática formal estudada em sala de aula e a sua aplicação

no cotidiano e suas ferramentas tecnológicas.

No geral, o grupo semipresencial mostrou o quanto o vídeo pode se adequar a realidade

de cada estudante, pois aqueles de maior afinidade com o assunto conseguem trabalhar de modo

mais fluente e ao seu ritmo, sem depender de um cronograma preestabelecido, ou mesmo do

grupo; entretanto, trabalho dessa forma pode estimular ainda mais o individualismo na sociedade,

pois o aluno, tendo o foco apenas em si, poderá desconsiderar as peculiaridades de cada um,

tomando como referência as suas características.

É importante também identificar o quanto a autonomia é importante ser trabalhada com os

estudantes, porque o torna mais curioso para descobrir o novo e menos dependente das ações dos

docentes, principalmente, numa sociedade onde o ritmo das mudanças é cada vez mais dinâmico.

A interação das pessoas é necessária para formação dos indivíduos e, no ambiente de

interação mediado pelo computador, deve ser muito mais estimulado para motivar o trabalho em

grupo, assim como garantir o relacionamento interpessoal. Esse fator foi importante para garantir

o maior nível de interação em busca de sanar as dúvidas no grupo presencial.

Enquanto isso, os alunos do grupo semipresencial pouco interagiram com o professor via

ferramentas de comunicação pela Web, embora tenham obtido melhor resultado, no geral, se

comparado com o grupo presencial.

Page 74: O Vídeo como Atividade Educacional

74

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O grupo semipresencial apresentou bons resultados. Durante as aulas, notou-se que alguns

alunos exibiam e reexibiam as aulas por várias vezes, enquanto outras eram assistidas de maneira

bem rápida.

Além disso, foi possível identificar o fato de que alguns alunos conseguiram estudar

sozinhos através das aulas sem seguir o cronograma estabelecido, pois entendiam o conteúdo e

logo passavam para as próximas. As ferramentas de comunicação, entretanto, foram pouco

utilizadas pelos alunos, enquanto os alunos da segunda turma interagiram muito mais com

dúvidas e questionamentos sobre os conteúdos.

Como possibilidade de trabalhos futuros, sugere-se a pesquisa a fim de identificar outras

plataformas para trabalho, utilizando a TV Digital Interativa (TVDI), como visto na FIGURA 29,

e os dispositivos móveis, incluindo os leitores de livros digitais ou o próprio relógio de pulso,

visualizado na FIGURA 30. As variadas plataformas com acesso à Internet poderão receber tais

fluxos de dados, proporcionando a existência mútua do e-learning, t-learning e m-learning, sendo

ainda possível manter a interação direta dessas plataformas, ou mesmo reunir todas as funções

desses componentes em um só, fenômeno denominado de convergência das mídias.

FIGURA 29 – Videoaula do curso sendo visualizado na TV.

Fonte: Pesquisa direta.

Os telefones celulares são os exemplos claros dessa convergência digital miniaturizada,

permitindo ouvir música, assistir a vídeos, enviar SMS18 ou “torpedos”, captar imagens,

18 É o serviço que permite o envio de mensagem de texto com até 160 caracteres, sendo a expressão proveniente do inglês “Short Messaging Service”.

Page 75: O Vídeo como Atividade Educacional

75

armazenar dados e até realizar chamadas com áudio e vídeo, além de ser um dos dispositivos

mais utilizados pela maioria da população. Dessa forma, pode-se imaginar na possibilidade de

crescimento do chamado m-learning, com o acesso à Internet de qualquer ponto.

FIGURA 30 – Relógio de pulso com a aula 01 do curso de CGE.

Fonte: Pesquisa direta.

Sugere-se também a pesquisa sobre programas de acesso a vários canais de TV pela

Internet, como MegaCubo, InternetTV, Supercanais, Online TV, Joost e SopCast; a fim de

identificar questões relacionadas a usabilidade, quantidade de acessos simultâneos de usuários,

tecnologia utilizadas, enfim estabelecer comparações.

A experiência realizada também contou com algumas limitações, pois o Laboratório de

Informática da UFC suprimiu algumas peculiaridades da sala de aula ou do laboratório de

Informática Educativa (LIE) de uma escola pública convencional. O primeiro ponto a considerar

é o número limitado de alunos. Além disso, o ambiente de trabalho ocorreu em um laboratório

refrigerado e com bom isolamento acústico do ambiente externo, com máquinas relativamente de

boa configuração e boa conexão à Internet. O trabalho foi realizado com um aluno por

computador com todos os programas necessários e com acesso a todas as aulas dispostas na

Internet sem haver quedas de conexão ou mesmo lentidão no carregamento das páginas

eletrônicas e dos vídeos.

A falta de mecanismo de gravação de imagens individuais dos alunos e das ações

realizadas por esses em cada máquina também é outro fator que impossibilitou aferir outras

Page 76: O Vídeo como Atividade Educacional

76

variáveis na pesquisa. As máquinas não tinham câmeras individuais para cada aluno, pois dessa

maneira seria possível inclusive identificar as expressões faciais ao ter este alguma dúvida, ou ao

resolver uma questão, ou mesmo enquanto estivesse interagindo com o conhecimento.

Em algumas situações, foi realizada a captura das telas dos alunos com vídeos de suas

ações, porém, o tamanho do vídeo correspondente das aulas era bastante grande, pois a gravação

das imagens iniciava com a aula e apenas era finalizada quando o aluno concluía as atividades,

impossibilitando inclusive o perfeito trabalho com o computador por deixá-lo lento, à medida que

o tempo passava e o arquivo de vídeo aumentava de tamanho.

Outro ponto que ensejou dificuldade foi a captura de imagem da sala de aula, porque,

neste momento, se pretendia obter imagens que possibilitassem a transcrição dos áudios dos

alunos durante a realização das atividades. A interação humano-computador (IHC), no entanto,

possibilitava tamanha concentração dos alunos na realização das atividades, cujo silêncio no

ambiente era propício ao bom desenvolvimento das ações educacionais.

Embora os alunos estivessem em máquinas vizinhas, as conversas paralelas quase não

existiram. A disposição dos computadores no laboratório também impedia a captura das imagens

pela câmera de vídeo, pois o único microfone utilizado não conseguia captar o sussurrar dos

alunos nos poucos diálogos ocorridos, além das dimensões do laboratório.

Outra dificuldade encontrada estava na utilização de multimídia, pois quando foram feitos

os testes com caixas de som no ambiente fechado do laboratório, nenhum aluno conseguiu ouvir

o som do alto-falante de sua caixa acoplada ao seu computador em razão do barulho proveniente

da máquina ao lado, tornando o ambiente muito barulhento.

Embora todos estivessem ouvindo as mesmas videoaulas, enquanto uns estavam ouvindo

o início da aula, outros já estavam pela metade, outros estavam finalizando a aula. Para

solucionar esse problema, foram providenciados fones de ouvidos para cada aluno ouvir as aulas

sem atrapalhar os demais colegas.

Portanto, o trabalho com vídeo é realizado há algum tempo, como apresentado

anteriormente, porém significa um trabalho de adequação do conteúdo a esta mídia, direcionando

ao seu público-alvo, bem como trabalhando as suas possibilidades de transmitir imagens, sons e

efeitos, sem exageros nessa última característica, estimulando a interação do aluno com esse

conhecimento com base nessa mensagem.

Page 77: O Vídeo como Atividade Educacional

77

A utilização do vídeo também não significa transcrever o livro didático tal qual, devendo

enfatizar o uso de tudo aquilo que o livro didático não consegue transportar, por exemplo:

simulações, som e imagens em movimento. Os vídeos com características educacionais, também,

não podem ser longos, sendo os conteúdos descritos intercalados com imagens, simulações, ou

mesmo trechos de outros vídeos, que sirvam para instigar ou motivar ou mesmo levantar a

discussão.

A escolha do vídeo ou mesmo a sua produção devem estar de acordo com os objetivos

estabelecidos para a referida aula, de modo a reunir algum valor naquele momento, sendo sua

importância percebida pelo aluno durante a exibição. A sua exibição sem objetivos ou mesmo

sem o apoio do professor poderá produzir um efeito contrário, com desestímulo e descrédito

daquele momento por parte do aluno.

Logo, o trabalho com vídeo requer a capacitação dos professores na utilização dessa

mídia, bem como de outras TIC’s em âmbito educacional, de modo a ter mais conteúdo adequado

ao trabalho com o aluno, tentando suprir a deficiência dos discentes em Matemática. Para isso, a

Matemática deve ser apresentada de maneira contextualizada à realidade do discente, cuja

sugestão pode ser a utilização da Etnomatemática.

Page 78: O Vídeo como Atividade Educacional

78

7 REFERÊNCIAS

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Page 79: O Vídeo como Atividade Educacional

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WOHLGEMUTH, Julio. Vídeo educativo: uma pedagogia audiovisual. Brasília: Editora SEDUC – DF, 2005.

Page 81: O Vídeo como Atividade Educacional

81

APÊNDICES

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APÊNDICE I Nome: ______________________________________________________ Data: __/__/2009.

Atividade 01

1. Explique os termos abaixo:

a. Reta

___________________________________________________________________________

b. Semirreta ___________________________________________________________________________

c. Segmento de reta ___________________________________________________________________________

d. Circunferência ___________________________________________________________________________

e. Retas paralelas ___________________________________________________________________________

f. Retas Perpendiculares ___________________________________________________________________________

Page 83: O Vídeo como Atividade Educacional

83

APÊNDICE II Nome: _____________________________________________________ Data: __/ __/2009.

Atividade 02

Obs.: Anote os passos da construção de cada questão (1ª a 5ª) através do menu Folha de desenho e, em seguida, clique na opção Passos da Construção.

1. Construa duas retas r e s perpendiculares, com o auxílio do Geonext, sendo que a reta r deverá tocar o eixo y no ponto 3.

2. Usando o Geonext, construa agora uma reta t paralela a reta s construída na questão anterior.

3. Apresente o ângulo formado pelas retas r e s (construídas na 1ª questão), usando o Geonext.

4. Em outra folha de desenho do Geonext, construa dois segmentos de reta com origens na coordenada (1,2) do plano cartesiano e destinos nas coordenadas (5,2) e (5,5), respectivamente. Em seguida encontre o ângulo formado por esses dois segmentos de reta.

5. Construa uma circunferência com centro na coordenada (0,-1) e raio de 5 u.a. Em quais pontos a circunferência toca o eixo x? E em quais pontos toca o eixo y?

6. Construa um triângulo retângulo em que o vértice A esteja na coordenada (1,1) e os catetos tenham 3 e 4 u.a.

7. Em relação a questão anterior, quanto mede o outro lado desse triângulo?

8. Em relação a questão anterior, indique as medidas de cada um dos ângulos desse triângulo.

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84

APÊNDICE III Nome: _________________________________________________ Data: __/__/2009.

Atividade 03

1. Com suas palavras, explique os termos abaixo:

a. Reta b. Semirreta c. Segmento de reta d. Circunferência e. Retas paralelas f. Retas Perpendiculares

Obs.: Anote os passos da construção de cada questão (2ª a 6ª) através do menu Folha de desenho e, em seguida, clique na opção Passos da Construção.

2. Construa duas retas r e s perpendiculares, com o auxílio do Geonext, sendo que a reta r deverá tocar o eixo y no ponto 3.

3. Usando o Geonext, construa agora uma reta t paralela a reta s construída na questão anterior.

4. Apresente o ângulo formado pelas retas r e s (construídas na 1ª questão), usando o Geonext.

5. Em outra folha de desenho do Geonext, construa dois segmentos de reta com origens na coordenada (1,2) do plano cartesiano e destinos nas coordenadas (5,2) e (5,5), respectivamente. Em seguida encontre o ângulo formado por esses dois segmentos de reta.

6. Construa uma circunferência com centro na coordenada (0,-1) e raio de 5 u.a. Em quais pontos a circunferência toca o eixo x? E em quais pontos toca o eixo y?

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85

APÊNDICE IV Nome: _____________________________________________________ Data: __/__/2009.

Pesquisa de Opinião

1. O que você achou desse curso?

___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________

2. O que você achou da abordagem feita ao conteúdo apresentado? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________

3. O que você achou do software apresentado? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________

4. Você acompanharia um curso apenas através de videoaulas numa área de seu interesse? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________

5. Exponha as suas críticas e sugestões ao curso e ao material utilizado.

___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________

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86

APÊNDICE V

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87

Page 88: O Vídeo como Atividade Educacional

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APÊNDICE VI

As variadas aplicações de canais com teores audiovisuais na Internet, abrangendo desde a

divulgação de empresas, de marcas publicitárias, de instituições públicas, de organizações do

terceiro setor, passando pela retransmissão de estações de TV que operam em canal aberto, até a

difusão de conteúdos variados, serão elencados neste Apêndice. Enquanto isso, os exemplos de

canais videoaulas educacionais podem ser conferidos no capítulo 2.

a) Canal Assembleia Legislativa do Estado do Ceará

A Assembleia Legislativa do Ceará possui uma emissora de TV em canal aberto, chamada

de TV Assembleia, que transmite as sessões legislativas diariamente, além de uma programação,

incluindo documentários e conteúdos educacionais, retransmitidos de outras emissoras

educativas.

A criação da emissora ocorreu em 7 de abril de 2006, data de comemoração dos 171 anos

de instalação da Assembleia da Província do Ceará. A TV Assembleia é considerada um canal de

aproximação e comunicação entre o Poder Legislativo e a população de modo geral, que pode

acompanhar diariamente seus representantes, proporcionando maior transparência aos trabalhos

realizados pelo Legislativo cearense.

Um recurso que chama a atenção é a tradução, para a Linguagem Brasileira de Sinais

(LIBRAS), de todas as sessões legislativas, possibilitando o acesso de informação aos cidadãos

portadores de deficiência auditiva, pois há tradutores em todas as sessões plenárias.

A streaming de vídeo utiliza plugins que estabelecem a conexão com o aplicativo player

padrão do computador, cujas imagens serão exibidas no aplicativo instalado na máquina. Além

desse canal de comunicação, a TV Assembleia também possui uma estação de rádio FM (FM

Assembleia), cuja programação também pode ser acompanhada pela da Internet.

A programação completa também pode ser acompanhada diretamente pela Internet

através da página eletrônica da Assembleia no endereço: http://www.al.ce.gov.br/tvassembleia/,

sendo a página inicial apresentada na FIGURA 31.

Page 89: O Vídeo como Atividade Educacional

89

FIGURA 31 – Página da TV Assembléia com streaming de vídeo da programação.

b) Canal TV Bandeirantes

A emissora Bandeirantes também possui, em sua página eletrônica na Internet, um canal

destinado aos vídeos exibidos em sua programação da TV aberta. Nesse espaço, disponível pelo

endereço http://videos.band.com.br/, é possível assistir aos vídeos sob demanda com informações

sobre o vídeo e a programação que está no ar naquele momento, sendo organizados por

categorias, por quantidade de exibições e por programas. Caso se necessite é possível buscar os

vídeos na página através de local específico, como visto na FIGURA 32.

FIGURA 32 – Página eletrônica de vídeos sob demanda da TV Bandeirantes

c) Canal TV Câmara

A TV Câmara é uma TV pública, criada em 20 de janeiro de 1998, com o intuito de

estreitar o relacionamento dos cidadãos com seus representantes no acompanhamento das sessões

Page 90: O Vídeo como Atividade Educacional

90

legislativas, dos trabalhos realizados pelas comissões parlamentares de inquérito (CPIs) e demais

discussões de interesse público.

A TV tem uma abrangência nacional, porém, a recepção do baixo sinal impossibilita a sua

visualização em algumas regiões. Para buscar maior abrangência, o canal passou a ser transmitido

através da página eletrônica da Câmara Federal pelo endereço:

http://www.camara.gov.br/internet/TVcamara/, que é transmitida através de streaming de vídeo

24h por dia com programas que valorizam a cultura brasileira e as sessões parlamentares ao vivo.

Algumas sessões são reprisadas em horários alternativos, como visto na FIGURA 33.

FIGURA 33 – Página eletrônica da TV Câmara com streaming de vídeo.

Os programas transmitidos pelo canal servem para difundir valores éticos, morais, sociais

e artísticos do Brasil, proporcionando à população o acesso democrático e gratuito de conteúdos

que ganharam prêmios em concursos de jornalismo pela produção de documentários e matérias

para seus telejornais. Após o estabelecimento da conexão, a transmissão em tempo real ocorre em

uma janela muito semelhante ao Windows Media Player 1119 disponível no próprio ou navegador

Web.

19 Programa da Microsoft utilizado para execução de vídeos e músicas. É também considerado pelo fabricante como central de entretenimento, já que também pode acessar lojas desses conteúdos, bem como um portal com materiais multimídias, além de reunir facilmente a visualização de vídeos e imagens em uma grande biblioteca, que também organiza as músicas salvas no computador.

Page 91: O Vídeo como Atividade Educacional

91

d) Canal TV Diário

É uma emissora cearense de TV aberta, criada em 1º de julho de 1998, com o objetivo de

mostrar a cultura, as tradições e as notícias do Nordeste para todos os interessados no Brasil e na

América Latina a partir da transmissão via satélite e captação via antena parabólica. No decorrer

do tempo, a TV Diário alcançou índices de audiência invejáveis a emissoras de TV do Sudeste,

levando essas emissoras a perderem certos nichos de mercado para aquelas. A pressão levou à

limitação de menor abrangência via antena parabólica, porém, passou a transmitir seu conteúdo

via fluxo contínuo de vídeo pela Internet através de streaming de vídeo 24 horas por dia,

abrangendo agora o mundo inteiro a partir da Internet, como visto na FIGURA 34 e acessado a

no endereço: http://www.tvdiario.tv.br/.

FIGURA 34 – Página eletrônica inicial da TV Diário.

A transmissão via streaming de vídeo via Internet consegue maior abrangência e mais

democrática, porém, ainda está sujeita aos problemas de congestionamento de tráfego de dados e

os delays, que são os atrasos na entrega de pacotes.

e) Canal Esporte Interativo

O Canal Esporte Interativo é voltado à transmissão de informações sobre esportes. Além de

ser transmitido em TV aberta via sintonia por antena parabólica, pode ser também pela Internet

através do portal interativo que transmite toda a programação via streaming de vídeo, como pode

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ser conferido na FIGURA 35, a página eletrônica disponível no endereço:

http://novo.esporteinterativo.uol.com.br/.

FIGURA 35 – Página eletrônica que apresenta o fluxo de vídeo em tempo real.

Além disso, são disponibilizados vídeos sob demanda com os melhores momentos de jogos

e com entrevistas. O canal também garante interatividade por ligação telefônica e mensagem de

texto enviadas dos telefones celulares ou do Twitter, lidas durante a programação com os

comentários enviados. Além do Twitter, outra rede social, como Orkut, também é usada para

interagir com os interatores do canal. Há também os blogs dos apresentadores e comentaristas do

canal com conteúdos específicos, inclusive vídeos, comentados diariamente por internautas e

pelos apresentadores.

f) Canal TV Fortaleza

A Câmara Municipal de Fortaleza (CMF) também mantém um canal de TV com

transmissão via TV a cabo e via Internet. Esse transmite via streaming de vídeo as sessões

plenárias ocorridas diariamente desde 1997, bem como programas jornalísticos. Alguns

programas de entrevistas são produzidos por emissoras educativas da região, como visto na

FIGURA 36, obtida no endereço: http://www.cmfor.ce.gov.br/tvfortaleza/.

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FIGURA 36 – Página eletrônica da TV Fortaleza da CMF transmitido via Internet.

O objetivo principal da TV Fortaleza é estreitar a comunicação entre os representantes

legislativos e os cidadãos, de modo que as votações e demais discussões levantadas em plenário

sejam de conhecimento de toda a população, pois, como a maioria da população não tem acesso a

TV a cabo, transmitida por TV por assinatura, o canal de TV transmitido via Internet é a maneira

de aproximar o cidadão do Poder Legislativo fortalezense. De acordo com o texto disposto na

página eletrônica da TV Fortaleza, a transmissão das sessões em tempo real via Internet foi uma

medida pioneira no Brasil.

g) Rede Globo

A emissora de TV aberta disponibiliza em seu portal globo.com um espaço reservado

apenas aos vídeos sob demanda, com as reportagens e trechos de alguns programas das emissoras

que compõem o grupo de comunicação, como visto na FIGURA 37, e acessado pelo endereço:

http://video.globo.com/. Em algumas circunstâncias de repercussão nacional, a transmissão em

tempo real via streaming de vídeo é realizada pelo portal como jogos de futebol de ligas

internacionais, nos quais não transmitidos pela emissora em TV aberta.

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FIGURA 37 – Página eletrônica destinada apenas aos vídeos do portal globo.com.

h) Canal do Governo do Estado do Ceará

O Governo do Estado do Ceará disponibiliza em sua página eletrônica um espaço exclusivo

para os vídeos sob demanda, com campanhas publicitárias promovidas pelo Poder Executivo

estadual desta unidade da Federação, que pode ser acessada no endereço:

http://www.ceara.gov.br/campanhas_publicitarias/campanhaspublicitarias.html.

FIGURA 38 – Exibição de uma das câmeras dispostas nas obras do Palácio da Abolição.

Além disso, a inovação do Governo do Estado está no acompanhamento das obras em

andamento desde câmeras dispostas nos canteiros de obras, podendo qualquer cidadão ter acesso

e conferir o andamento dos trabalhos realizados através da página do Sistema de Monitoramento

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de Obras do Governo, como apresentado na FIGURA 38. É acessada pelo endereço:

http://cameras.gabgov.ce.gov.br/cameras/.

Essa foi uma maneira encontrada pelo Governo estadual de dar mais transparência às suas

ações, bem como divulgá-las, proporcionando inclusive publicidade a um custo relativamente

baixo.

i) Canal Jangadeiro On-line

A TV Jangadeiro é uma emissora local de TV aberta que retransmite a programação do

Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) para o Estado do Ceará e disponibiliza em sua página

eletrônica o streaming de vídeo em tempo real de sua programação local, já que a programação

do SBT não é retransmitida via página eletrônica, como mostra a FIGURA 39. Podendo ser

acessada no endereço: http://www.tvjangadeiro.com.br/.

FIGURA 39 – Página eletrônica de vídeos sob demanda do Portal Jangadeiro On-line.

Além de oferecer matérias sempre atualizadas através do portal Jangadeiro On-line, reserva

um espaço destinado aos vídeos das reportagens e entrevistas realizadas nos programas da

emissora, sendo atualizadas constantemente, assim como o canal existente no YouTube

denominado de Jangadeiro On-line (http://www.youtube.com/jangadeiroonline), servindo como

servidor de armazenamento dos conteúdos audiovisuais para os dois ambientes.

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O Orkut e o Twitter são exemplos de outras redes sociais também utilizadas para que os

interatores possam sugerir, reclamar, parabenizar, enfim interagir ao máximo com a emissora, de

maneira que se considerem coprodutores e, consequentemente, satisfazendo o que diz o slogan:

“A TV em que o Ceará se vê”.

j) Canal O Povo

O grupo de comunicação O Povo possui vários veículos de comunicação, como jornal

impresso, estações de rádio e uma emissora de TV, lançada em 2007, que opera em canal aberto e

em sistema fechado de TV por assinatura, retransmitindo a programação da TV Cultura de São

Paulo. O sinal de TV aberta, entretanto, ainda é ruim, tendo os usuários que recorrer ao streaming

de vídeo, como pode ser conferido na FIGURA 40, cuja página eletrônica está disposta no

endereço: http://www3.opovo.com.br/transmissao-TV/index.html.

FIGURA 40 – Página eletrônica da streaming de vídeo da TV O Povo.

Além disso, há também a possibilidade de conferir os vídeos sob demanda das reportagens

e entrevistas realizadas pelas equipes da emissora, como exposto na FIGURA 41 e com acesso

pelo endereço: http://opovo.uol.com.br/tvopovo.

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FIGURA 41 – Página de vídeos sob demanda da TV O Povo.

O Twitter é também utilizado por vários jornalistas e apresentadores da emissora para

divulgar suas atrações de seus programas, bem como para propagar as matérias em tempo real,

tanto as que serão apresentadas em seus telejornais, quanto as que sairão no jornal impresso.

Como a programação da emissora possui os horários fechados e o jornal impresso também possui

horário de fechamento da edição, para circulação diária, a Internet possibilita a convergência

digital através do portal do grupo de comunicação denominado O Povo On-line

(http://opovo.uol.com.br/), pois é possível ler as matérias atualizadas, ler alguns cadernos da

edição impressa (http://digital.opovo.com.br/reader2/), assistir aos vídeos das reportagens da TV,

interagir com os jornalistas através do Twitter e de seus blogs no próprio portal e ouvir música de

algumas das emissoras de rádio por meio streaming de áudio ao vivo.

k) Canal Rede Record

O portal R7 reúne informações sobre todas emissoras de rádio e TV do grupo, reservando

um espaço apenas para os vídeos das reportagens e entrevistas realizadas para os programas das

emissoras, como mostrado na FIGURA 42, com acesso pelo endereço: http://videos.r7.com/.

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FIGURA 42 – Página de vídeos do portal R7 com matérias da emissora.

Além disso, há um canal no YouTube (http://www.youtube.com/rederecord) com os vídeos

de uma de suas emissora, a Rede Record, inclusive com as cenas de suas novelas e os bastidores

das gravações. Há também a presença em outras redes sociais, como Orkut, Facebook e Twitter.

l) Canal RedeTV

Outra emissora de TV aberta que também disponibiliza os vídeos de suas entrevistas

realizadas nos programas é a RedeTV, que possui uma página com os vídeos sob demanda Ver

FIGURA 43, (http://www.redetv.com.br/videos.aspx). Ainda transmite alguns de seus programas

ao vivo pela Internet através de streaming de vídeo em tempo real.

FIGURA 43 – Página de vídeo das reportagens da RedeTV.

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Além disso, a emissora mantém a interação com seus telespectadores, tornando-os

verdadeiros interatores por meio das redes sociais como Twitter, Orkut e Facebook. Esses

interatores chegam a participar dos programas, em algumas circunstâncias, por meio de

videochamada. Monitores colocados na plateia exibem suas ações com a captação de imagens de

onde estiver.

m) Canal SBT

O Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) é uma emissora de TV aberta que organiza os

principais vídeos em um espaço chamado SBT Vídeos com trechos de seus programas com

entrevistas, quadros com comediantes da emissora, reportagens, documentários e uma série de

conteúdos audiovisuais em sua página eletrônica apresentada na FIGURA 44 e acessada pelo

endereço: http://www.sbt.com.br/videos/.

FIGURA 44 – Página eletrônica dos vídeos do SBT.

Os interatores do canal também poderão interagir pelo Twitter, seja sabendo as

informações da emissora, cujas postagens são exibidas na página eletrônica inicial. Numa rápida

busca no YouTube, é possível também identificar alguns canais sobre a emissora com vídeos de

programas antigos, sendo em sua maioria mantidos por fãs.

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n) Canal TV Senado

Da mesma forma que a Câmara Municipal de Fortaleza, a Assembleia Legislativa do Ceará

e Câmara Federal possuem suas emissoras de TV, o Senado Federal também possui uma estação

de TV que transmite o sinal via satélite que é recebido em mais de cinco mil municípios

brasileiros, cuja recepção é feita via Ultra High Frequency20 (UHF), Frequência Ultra-alta, sendo

necessária antena específica para captação do sinal. Além disso, sistemas de TV por assinatura,

TV a cabo e de captação via antenas parabólicas transmitem a TV Senado, tendo a partir de 2005

a transmissão também realizada por streaming de vídeo pela Internet, que requer a instalação de

players de vídeos como Windows Media Player ou Real Player, para visualização das imagens

transmitidas, como mostra a FIGURA 45, cuja página eletrônica pode ser acessada no endereço:

http://www.senado.gov.br/TV/.

FIGURA 45 – Página eletrônica da TV Senado com streaming de vídeo pela Internet.

Nessa perspectiva, a Câmara Alta tenciona aproximar bem mais dos cidadãos com a

transmissão das sessões plenárias, discussões realizadas nas comissões parlamentares e demais

ações realizadas naquela Casa, de modo que todos possam ter acesso e acompanhar às ações sem

necessariamente está naquele mesmo ambiente, tornando as atividades realizadas mais

transparentes, bem como respeitando o Princípio da Publicidade, mesmo que a Carta Magna, a

Constituição Federal do Brasil de 1988, estabeleça algumas exceções (BRASIL, 1988).

20 É a faixa de radiofrequência ultra-alta, cujo intervalo vai de 300 MHz 3 GHz e é utilizada para sinais de televisão, possuindo também uma maior atenuação, por isso a necessidade de um bom dispositivo de captação do sinal.

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o) Canal UMLAW

A União dos Moradores de Luta do Álvaro Weyne (UMLAW) é uma associação de

moradores do bairro da periferia da Capital cearense chamado Álvaro Weyne, criada no início da

década de 1990, que utiliza a grande rede de computadores para divulgar os eventos, notícias e

fatos do bairro através da TV UMLAW, que é um canal de vídeos sob demanda disposto no

YouTube onde os moradores daquela localidade poderão se ver, que pode ser acessado na página

eletrônica da associação, como visualizado na FIGURA 46 e acessado através dos endereços:

http://www.umlaw.org.br/ ou http://www.youtube.com/tvumlaw.

FIGURA 46 – Página eletrônica da TV UMLAW.

Assim, o povo passa a ter vez e voz muito além dos limites geográficos do bairro e de sua

circunvizinhança, pois, mediante entrevistas, de debates em eventos e de representações culturais

de seus moradores é possível apresentar ao mundo inteiro as possibilidades de levar informações

à população, demonstrar o que o povo é capaz de fazer sem muitos recursos financeiros em um

ambiente sem muita atenção do Estado.

Dessa maneira, os jovens da região são envolvidos nas ações da UMLAW, seja nas

atividades culturais, ou nas reivindicações da população nas ruas, ou mesmo na produção dos

vídeos dessas ações para posterior divulgação na Internet.

Além disso, a UMLAW também utiliza em sua página eletrônica uma streaming de vídeo

contínua com todos os vídeos expostos no YouTube por meio do serviço de streaming

disponibilizado pelo Livestream, disposto no endereço: http://www.livestream.com/tvumlaw.

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p) Canal Verdes Mares

A TV Verdes Mares (TVVM) é uma emissora regional que retransmite no Ceará a

programação de outra emissora de TV de renome nacional. O grupo de comunicação da qual a

TVVM faz parte reúne todos os seus conteúdos no Portal Verdes Mares, mas consegue

proporcionar ao usuário o acesso de acordo com a emissora desejada, como visto na FIGURA 47.

É acessado pelo endereço: http://tvverdesmares.com.br/.

FIGURA 47 – Página eletrônica com vídeos da TV Verdes Mares.

Dessa maneira, é possível acessar diretamente a página eletrônica da emissora e conferir os

vídeos das reportagens produzidas para os telejornais da estação mediante uma página com

vídeos sob demanda com os conteúdos audiovisuais transmitidos anteriormente. Como a página é

atualizada constantemente, é possível conferir os vídeos das reportagens algumas horas depois de

sua transmissão via TV.