o vale do neiva - edição agosto

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Propriedade: A MÓ · Associação do Vale do Neiva (Cultural, Património e Ambiente) | Barroselas Agosto 2014 | Mensal · Nº4 · Gratuito · Versão digital Página 12 Saúde A opinião pública tem sofrido um envenenamento estigmatizante Opinião | Página 8 Febre: o que fazer… e o que não fazer Página 9 Página 3 Desporto Regional Durrães e Tregosa Página 4 Secção Ambiental da Mó em ação Mujães coroa os novos campeões nacionais de downhill Página 11 Barroselas: Homem forçado a entregar ‘Mercedes’ sob ameaça de arma de fogo Casos de polícia | Bombeiros Poiares Poiares aderiu ao Sunset Party Página 6 Barroselas e Carvoeiro XIX convívio escolar dos alunos da escola primária de Barroselas Página 19 “Notas do Avesso” Sr. Lima

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Page 1: O Vale do Neiva - Edição Agosto

Propriedade: A MÓ · Associação do Vale do Neiva (Cultural, Património e Ambiente) | Barroselas Agosto 2014 | Mensal · Nº4 · Gratuito · Versão digital

Página 12

Saúde

A opinião pública tem sofrido um envenenamento estigmatizante Opinião | Página 8

Febre: o que fazer… e o que não fazer

Página 9

Página 3

Desporto Regional

Durrães e Tregosa Página 4

Secção Ambiental da Mó em ação

Mujães coroa os novos campeões nacionais de downhill

Página 11

Barroselas: Homem forçado a entregar ‘Mercedes’ sob ameaça de arma de fogo

Casos de polícia | Bombeiros

PoiaresPoiares aderiu ao Sunset Party

Página 6

Barroselas e CarvoeiroXIX convívio escolar dos alunosda escola primária de Barroselas

Página 19

“Notas do Avesso”Sr. Lima

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AGOSTO 20142

Editorial

Ficha técnica | Diretora: Ana Patrícia Lima Redação: Domingos Costa · José Miranda · Manuel Lima · José Rafael Soares · Eduarda Alves · Rogério Braga

Colaboradores: Elisabete Gonçalves Design e Paginação: Isabel Queiroga Contacto redação: Rua do Sião, Apartado 20 - Barroselas · [email protected]

Periodicidade: Mensal Formato: Digital Distribuição: Gratuita

Os artigos de opinião são da inteira responsabilidade dos seus autores, podendo ou não estar de acordo com as linhas editoriais deste jornal.

O verão também é sinónimo de regres-so dos nossos emigrantes que se en-contram nas várias partes do mundo.

No início do século XXI o governo Portu-guês apelou de novo ao povo português a emigrar. Já o incitou no passado, mais pro-priamente no final dos anos 60 e princípios dos anos 70. Atualmente, os que já emigra-ram ou emigram são assim “compelidos” a partilhar com outros povos as qualificações fruto do investimento do povo português. A decisão foi e será crítica. Porém, a es-perança em regressar, pelo menos a curto

prazo, nem que seja por breves momen-tos no ano, fortalece as vicissitudes que a emigração acarreta.Ser emigrante é um “estado” particular que só aqueles que passam por essa situação o conseguem sentir na sua plenitude.Ser emigrante é aproveitar todos os mo-mentos para viver a “portucalidade”. É querer ter um bocadinho de Portugal a todo o tempo. É amar o país que os viu nascer e transmitir esse amor à futura geração. É fazer “churrascadas” com ou-tros emigrantes portugueses. É lutar por algo mais. É querer ter um futuro melhor mesmo que ele seja longe daqueles de quem se ama. É continuar atento a tudo o que se passa nesse país à beira-mar

plantado. É ter a noção que a própria his-tória de Portugal se fez com emigração. É ter “borboletas na barriga” quando che-ga a hora de voltar a casa, nem que seja por um mísero fim de semana. É chorar com pequenas coisas que relembrem Portugal. É ter orgulho em ser português!Tenho um profundo respeito por todos aqueles que na impossibilidade de con-seguirem sustentar a sua família, se viram na obrigação de procurar outras paragens para proporcionar a mínima dignidade que cada família tem direito. Um bem-haja a todos, que desfrutem do tempo passado em Portugal e votos de uma boa viagem de regresso ao seu país de acolhimento!

Ana Lima

Verão vs Emigrantes

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AGOSTO 2014 3

Barroselas e Carvoeiro

Antes de abordar o convívio, relem-brarei que este tipo de encontros, tem por natureza, uma dose acres-

cida de ansiedade saudosista, curiosidade e novidade. Os sebastianistas, sem terem noção do tempo, a todo o vapor aproveitam para abastecer o seu ego, quer através da visão como na conversação, - sofregamen-te consomem tudo quanto podem, para as-sim guardar bem lá no íntimo do seu cofre pessoal, essas preciosas recordações; para que, quando necessitar, as possa recordar. E, como estão em convívio, também sabo-rear de forma sensata o proposto repasto. Pelo observado, foi manifestamente no-tado, haver mútuo interesse entre todos, para que este convívio se mantenha vivo no tempo. Com efeito, poder-se-á então dizer, que, cada convidado é convidado – através da organização - também por si próprio; ou seja, cada um, auto convida-se, exatamente porque, é o único interessado em participar no encontro. Ao ser verdade, que cada aluno, se auto convida, é, patente, que eles, integrem nes-se momento, momentos raros na vida. Por-que, é importante, saborear naquele lugar,

XIX convívio escolar dos alunos da escola primária de Barroselas 1956/1960À semelhança dos já decorridos dezoitos anos sem interrupção, realizou-se no dia 27 de Julho de 2014, o XIX convívio da escola primária de Barroselas.

e, com esses alunos, um grupo de pessoas interessadas em partilhar ameninadas re-cordações, já, relativamente longínquas.Como prova do referido, poderei adiantar, que a ansiedade é tal, que muitos compa-receram no local pré definido muito antes da hora prevista.Concluída esta longa introdução, falarei agora mais especificamente do convívio. Inicio por assinalar a afluência. Foi, sem dúvida alguma, assinalável. Verificou-se a ausência de alguns, porém, de ampliado regozijo, compareceram pela primeira vez, novos alunos. Talvez em parte se deva, que estes/as meninos/as da escola primária de Barroselas já são sessentões na idade. Essa reconhecida rechonchuda, e, graciosa idade, para muitos, permite-lhes brincar e, gerir com mais facilidade o tempo que as vinte e quatro horas do dia contêm. Tam-bém, cada ano que passa, a nostalgia é no-toriamente propagada de forma inopinada.No programa consta habitualmente, uma Missa em ação de graças pelos alunos e familiares já falecidos. Foi momento de reflecção, e, lembrança por todos os que infelizmente, já não estão entre nós. O Sr. Pe. João Maria Bezerra, para encan-to de todos, com supremacia religiosa, ce-lebrou a Santa Missa. Como bom Pastor

“Passionista”, de imperfectível afago, falou ao coração de todos, com diversos assun-tos, e, particularmente, com ternurentos conselhos, sobre a sabedoria espiritual. O repasto, realizou-se como previsto, às 13:00H, prolongando-se jubilosamente até ao fim da tarde. Considera-se oportuno e, com enfase assinalar, que, o almoço/convívio foi abrilhantado com música ao vivo, no senti-do de atestar com veracidade o convívio.Dado não surgirem interessados, a organi-zação do convívio mantem-se a mesma. Com a promessa de continuar a proporcio-nar a todos, um feliz convívio.Até ao ano 2015.

Domingos CostaVerão vs Emigrantes

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Parque Paroquial de Barroselas requalificado

A União de Freguesias de Barroselas e Carvoeiro, tem agora um local com condições adequadas para apoiar

vários eventos que aí ocorram tais como, a festa de Barroselas ao seu Padroeiro S. Pe-dro, que já aconteceu este ano nesse mes-mo local. Obras da responsabilidade da Pa-róquia, com apoios logísticos e financeiros diversos, que não vamos aqui enumerar. Uma obra necessária, pois como sabemos o êxito das iniciativas depende em muito das condições do local e suas acessibilidades.

Barroselas e Carvoeiro

Durrães e Tregosa

Manuel Lima

Secção Ambiental da Mó em ação

A Secção Ambiental da Mó, promoveu mais uma ação de limpeza junto à ponte cente-nária sobre o rio Neiva em Tregosa. Esta ação, decorreu no pretérito dia 05 de Julho, contando com a presença simpática do Se-cretário da Autarquia Sr. João Batista Leite que, no terreno, interveio em toda a limpe-za efetuada, disponibilizando para o efeito o seu próprio trator.

José Miranda

Alminhas da ponte vandalizadas

Na noite do dia 07 para 08 de Julho, as Alminhas da Ponte em Tregosa, tive-ram visitas inesperadas. Foi arrombado o cofre e sacado todo o dinheiro. O lo-cal, apresenta-se muito bem iluminado mas, mesmo assim, não afugentou as visitas que apareceram fora de horas. Locais que tenham alguma fonte de re-ceita como é o caso, estão sujeitos a este tipo de ação. Os tempos que correm não são os melhores logo, as intenções, tam-bém não são as mais razoáveis. Mas, este tipo de situações, sempre existi-ram, basta recuar aos anos sessenta, para nos lembrarmos dos frequentes as-saltos aos galinheiros. Hoje com os tele-móveis, controla-se perfeitamente tudo logo ,não é nada impossível, basta que haja a intenção de o fazer. Então o que temos de fazer? No mínimo, criarmos formas de aumentar o grau de dificulda-de para que a execução de um determi-nado plano seja mais complicado. Mas, mesmo assim, basta crer para o fazer. Enfim ! São as chagas da modernidade que temos e teremos de enfrentar. “Per-doai-lhes alminhas e livrai-os do fogo do purgatório”. Amem.

José Miranda

As ações de limpeza, incidiram em várias frentes tais como :- Limpeza de vários detri-tos espalhados por diferentes zonas do rio, corte de árvores tombadas sobre o leito do rio, e finalmente retiradas todas as infestan-tes que prejudicam seriamente a flora autóc-tone. Esta ação, prolongou-se até às 13:00 ho-ras, onde os nossos jovens ambientalistas, colaboraram com empenho e dedicação.Esta intervenção, resulta de um protocolo es-tabelecido entre a Autarquia e a Mó que ,con-templa anualmente a limpeza deste local e outros. Juntos vamos fazer mais e melhor.

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Durrães e Tregosa

Tregosa recebeu multidãoXXIV Festival Internacional de folclore “Águas do Neiva”Na noite amena de 25 de julho, Tregosa foi palco de uma invasão pacífica por uma multidão apreciadora de folclore

O palco foi montado como habitual-mente sobre as águas do Neiva, as imediações e tabuleiro da pon-

te ficaram rapidamente pejados de gente apreciadora da música que une os povos de todo o mundo, ou seja, o folclore.O espetáculo começou cedo, com a atuação da “prata da casa”, Arredas e Estica-me as Peles, seguidamente o Grupo Folclórico de Tregosa entrou em palco debaixo de inúme-ros aplausos, após algumas danças e canta-res sucedeu-lhes o grupo representante da África do Sul (Joanesburgo), que mostraram com uma coreografia variada de cores, os costumes, as danças e culturas da África do Sul. O público agradeceu com entusiásticos aplausos durante toda a atuação dos africa-nos que após terminarem a exibição cede-ram o palco ao Grupo Folclórico Zé do Telha-do de Penafiel, que brindou as gentes do Vale do Neiva com a cultura e música da região do Entre Douro e Minho. Sucederam-lhes em palco os representantes da Argentina (Companhia Argentina de Arte Folclórica), iniciaram a sua atuação com uma melodia

vinda de duas violas, a arte, música e saber encheram o local, interrompida por fortes aplausos, seguiram-se as danças e canta-res, com as lindas coreografias da cultura sul-americana, arrancando em crescendo muitos aplausos. O tempo voou, foi com al-guma angústia que algum público os viu abandonar o palco para dar lugar à atuação do Grupo Folclórico de Viseu (CCSD-500 Tra-balhadores da Sub-região de Saúde e da Se-gurança Social de Viseu), estes trouxeram a esta região a cultura, danças e cantares das regiões das Beiras e encheram o local com melodias diferentes e agradáveis.A festa encerrou com o palco pejado de en-tusiastas a dançar, a lançar balões colori-dos e a conviver com povos de diferentes culturas, mas unidos pela música.Foi sem dúvida mais um êxito, este festival deslumbrou todos os que se deslocaram a Tregosa, estão de parabéns os organiza-dores e todos aqueles que apoiaram este evento, nomeadamente as associações e Junta da União de Freguesias de Durrães e Tregosa, Câmara Municipal de Barcelos, vários jornais da região do Minho (incluin-do o Notícias de Barroselas) e empresas amigas da cultura.

Repórter convidado

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III Encontro de Grupo de Cavaquinhos

No passado dia 5 de julho, reali-zou-se o III Encontro de Grupos de Cavaquinhos, organizado pela

Associação Cultural de Mujães e pelo seu Grupo de Cavaquinhos, proporcionando um anoite repleta de boa música, boa co-mida e boa companhia.Por questões de condições climatéricas a atividade decorreu dentro do auditório do Coral Polifónico, garantindo assim todas as condições de conforto para as cerca de 350 pessoas que estiverem presentes.A noite iniciou com uma bela feijoada, bom vinho e uma sobremesa original confeciona-da para a ocasião, tratando-se de um biscoi-to de massa fina em forma de cavaquinho, feita pelos elementos do Grupo de Cavaqui-nhos simbolizando a união e dedicação des-te grupo à música e ao cavaquinho. O referido grupo fez a apresentação do seu primeiro CD, agradecendo a todos que cola-boraram para que o projeto fosse uma rea-lidade, tendo recebido o apoio da população aquando do Cantar das Janeiras, da Junta

Mujães

de Freguesia, da Camara Municipal, da Fun-dação caixa agrícola e da Fundação INATEL. O CD apresenta-se com cor de madeira, principal matéria prima na confeção do ca-vaquinho, ostentando no centro uma rosá-cea dourada e em relevo, com corações que representam o amor, o gosto e a união por um interesse comum que é o cavaquinho. O Cd passa a estar a venda ao público pelo valor de 5€, podendo ser adquirido junto de qualquer elemento do grupo e da direção, assim como na Junta de Freguesia.Também foi apresentada a nova indumen-táriado grupo, com um logotipo mais atual,

onde está presente o cavaquinho, cor, mu-sicalidade, união e alegria. Quanto ao espectáculo, os grupos convi-dados engrandeceram ainda mais a noi-te pela sua qualidade e arranjos musicais com o cavaquinho envolvendo os presen-tes, que intusiasmadamente aplaudiram e dançaram no decorrer da noite. Por fim foram oferecidas lembranças aos grupos e feitos os agradecimentos finais, terminando a noite com uma grande satis-fação por parte da organização pelo suces-so do evento mais uma vez, sendo reconhe-cido por todos a excelente organização.

Poiares aderiu ao Sunset Party

No dia 12 de julho, o grupo S. Tiago Jovem organizou o primeiro sunset de Poiares contando com cerca de

200 participantes, na sua maioria, jovens. O grupo S. Tiago é um grupo de jovens, com cerca de cinco anos de existência e encon-tra-se sediado na freguesia de Poiares. Preza pelo seu cariz religioso estando atualmente constituido por cerca de vinte elementos. Com esta iniciativa o grupo S. Tiago pre-tendeu dinamizar a população de Poiares e freguesias vizinhas, assim como, ajudar a cruz vermelha de Vitorino de Piães. O cus-to da entrada foi um bem alimentar ou um euro. Todos os fundos angariados reverte-ram a favor dessa instituição. O responsá-vel pelo grupo, Sr. Rafael, relatou ainda que, a adesão das pessoas foi muito generosa visto muitas delas terem contribuído das

Poiares

duas formas. Para o grupo, esta iniciativa foi um sucesso pelo número de participan-tes e por poderem ajudar uma intituição. Para a organização desta iniciativa o grupo contou com o apoio da Junta de freguesia de Poiares e comissão fabriqueira da Igreja.

Assoc. Cultural de Mujães

Page 7: O Vale do Neiva - Edição Agosto

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Vila de Punhe em Festa

Município de Barcelos é o primeiro do distrito e o quarto a nível nacional melhor gerido

Vila de Punhe festejou mais uma vez em honra dos seus Santos, São Sebastião, Santo António e Santa Eulália

As festas decorreram com muita animação, a igreja paroquial toda ela ornamentada com flores e bem

iluminada para receber as festividades, sendo o ponto alto da festa a majestosa procissão onde marcaram presença as au-toridades civis e religiosas, e restantes ele-mentos que fazem parte da mesma, com os seus andores embelezados com flores naturais, uma tradição que se vem man-tendo com muito esforço de todas as pes-soas envolvidas, pois como sabemos o es-forço financeiro e humano é muito grande, no entanto essa situação vai sendo ultra-passada todos os anos com o bairrismo, que caracteriza as gentes de Vila de Pu-nhe, que também contribuíram para que a festa se concretizasse mais uma vez, com pompa e circunstância. A comissão de festas da terra e das comunidades de emi-grantes espalhadas pelo mundo e o povo de Vila de Punhe, estão mais uma vez de

Vila de Punhe

Cidade [Barcelos]

parabéns pelo trabalho apresentado em prol da comunidade. O Jornal o Vale do

Neiva também se associou às festividades desejando os maiores êxitos para o futuro.

Ana Lima

Page 8: O Vale do Neiva - Edição Agosto

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Cidade [Barcelos]

Exposição na Torre Medieval junta mais de três dezenas de artesãos concelhiosEstá patente até 31 de agosto, na Torre Medieval e no Posto de Turismo de Barcelos, a exposição “O Mundo Fantástico do Galo de Barcelos”, uma iniciativa da Câmara Municipal de Barcelos que conta com a participação de mais de três dezenas de artesãos de Barcelos, num total de cerca de cem peças distribuídas pelos dois espaços

A exposição é uma afirmação cate-górica da excelência artística dos artesãos de Barcelos, que tem o

galo como símbolo de identidade cultural.O figurado é uma das principais produ-ções do artesanato de Barcelos, inspirado, na maior parte das vezes, em situações do quotidiano ou suportadas pelo imagi-nário popular, como refere o folheto expli-cativo da exposição.É então obrigatória a referência ao Galo de Barcelos, que resulta das lendas associa-das ao Caminho de Santiago, considerado o primeiro itinerário cultural europeu.Ao longo dos tempos o fenómeno do Galo tem despertado a curiosidade de muitos ar-tistas, que encontram nele a inspiração para inúmeros trabalhos e iniciativas. A este fac-to também se aliam as diversas simbologias

que o contexto popular lhe atribui.A figura do galo foi evoluindo no formato e nas cores, passando de símbolo local a elemento identitário de Portugal e ícone maior do turismo nacional.A partir dos meados dos anos 30 do sé-culo XX, encontramos o Galo de Barcelos como manifestação artística popular que começa a representar Portugal, nomea-damente a partir da grande Exposição de Arte Popular Portuguesa, realizada em 1935, na cidade de Genebra. A partir da-qui afirma-se junto das comunidades de emigrantes portugueses, como símbolo do Portugal da saudade e da família. Mas a dimensão deste ícone tinha alcançado tais patamares que era já um símbolo do País no mundo.A partir das décadas de 50 e 60 transfor-ma-se em símbolo do turismo nacional.Rota das Igrejas e dos Santuários promove património religioso do concelho

Realiza-se no dia 19 de julho, sábado, com partida às 14h00 a VIII Rota das Igrejas e dos Santuários de Barcelos, sendo a primeira de três rotas inseridas na promoção do turismo religioso do concelho no ano de 2014.A visita à Igreja de S. Martinho de Balu-gães, às capelas de S. Sebastião e de Santa Cruz, em Lijó, e à Capela de Nossa Senho-ra do Pilar, em Aldreu, está em destaque nesta edição, que cria mais uma linha de leitura e fruição do vastíssimo património existente no concelho de Barcelos, nomea-damente ligado aquele que está ligado ao Caminho de Santiago.A Câmara Municipal tem sido pioneira na realização deste tipo de atividades que po-tenciam a (re)descoberta do património, valorizando o edificado local de cariz re-ligioso e o espaço natural envolvente, ao mesmo tempo que chama a comunidade no processo de valorização turística deste mesmo património.

Nota da C.M. de Barcelos

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Desporto Regional

Perante uma impressionante multidão, Mujães coroou os novos campeões nacionais de downhill (DHI). Pela

primeira vez na sua história, a mítica pista do Monte da Padela recebeu o Campeonato Nacional de DHI pela mão da Padela Natural Associação Promotora e sob a égide da Fe-deração Portuguesa de Ciclismo. Estiveram presentes 165 atletas de todo o país.Na categoria de cadetes, o último atleta a chegar, Diogo Pinto, do RG /Centro Óptico de Fafe, bateu Bruno Almeida por quatro segundos, levando consigo a camisola de campeão nacional.Na Elite Feminina, Filipa Peres, da Liber-ty Seguros/MEO/CicloMadeira, renovou o seu título de campeã nacional, batendo a madeirense Ana Costa da equipa Mel de Cana - Ribeiro Seco.Nos Masters 50, apenas três pilotos parti-ciparam, não sendo atribuída a respetiva camisola de campeão nacional ao vete-rano algarvio José Salgueiro do MCF / Xdream / Município de São Brás. Em se-gundo lugar, ficou o histórico participante no rali Dakar Paulo Marques que agora se dedica às duas rodas a pedais.Nos Masters 40, José Carneiro do FAC / Famalicense Atlético Clube, arrebatou a camisola de campeão nacional. Curiosa-mente, este atleta comentava que pensava terminar a carreira em 2013, mas que em boa resolveu manter-se no ativo.Em Masters 30, o rapidíssimo Hélder Pa-dilha do Penacova DH / U.D. Lorvanense levou consigo a camisola de campeão na-

Mujães coroa os novos campeões nacionais de downhill

cional, suplantando Paulo Domingues e Ricardo Soares da Associação Desportivo Jorge Antunes/Bikezone.Em Juniores, Emanuel Sousa, atleta vianen-se do RG /Centro Óptico de Fafe, não poderia ter escolhido melhor cenário para ganhar a camisola de campeão nacional. Perante o seu público, não defraudou as expetativas criadas na manga de qualificação e ganhou, por quase um segundo e meio, a Rafael Sou-sa da MS Mad / Team Racing Portugal. Mas a prova que concentrava maiores aten-ções, foi a prova da categoria de Elites. Os nossos representantes nas corridas da Taça do Mundo, Francisco Pardal da Penacova DH / U.D. Lorvanense e Emanuel Pombo da Li-berty Seguros/MEO/CicloMadeira, travaram entre si uma luta titânica pela posse da ca-misola de campeão nacional. Na manga de qualificação, o madeirense Emanuel Pombo conseguiu o melhor tempo e Francisco Par-

dal não foi além do quarto tempo a mais de oito segundos. No entanto, na manga final, Francisco Pardal fez uma descida muito ins-pirada, batendo Emanuel Pombo por apenas 0,8 segundos. Desta forma, Francisco Pardal renovou o título de campeão nacional que tinha alcançado no ano transato em Penela.No final do evento, o diretor de prova, An-dré Silva da Padela Natural, demonstrava a sua satisfação, comentando que “ mais uma vez conseguimos organizar um evento nacional, demonstramos grande qualidade organizativa e tivemos mais uma grande moldura humana a assistir ao Campeonato Nacional de DHI Vodafone 2014. Tenho de agradecer aos nossos pa-trocinadores, colaboradores e aos clubes e associação que colaboraram connosco. Neste momento, já trabalhamos no even-to de 2015 e esperamos que venha a fazer parte do calendário internacional.”

Padela Natural, Associação Promotora

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AGOSTO 201410

Desporto Regional

A prova promovida pela Associação de Natação do Minho disputou-se de três a seis de julho, na piscina

municipal de Ponte da Barca, e resultou num total de 82 medalhas para a EDV.Além do número total de medalhas conse-guido, estes Campeonatos Regionais con-sagram-se treze novos Campeões Regio-nais. Os atletas da EDV apresentaram-se em excelente nível, obtendo grandes mar-cas. Com estes resultados, 20 atletas “ed-vistas” garantiram a presença nos Cam-peonatos Nacionais. Para além dos inúmeros recordes pes-soais obtidos, os atletas Alexandre Ribas aos 100M, Nuno Graça aos 50M e Juliana Freixo aos 50C obtiveram novos Recor-des Regionais. Destacaram-se os atletas: Alexandre Ri-bas 1º aos 50C, 50M, 100C, 100M e 2º aos 100 e 200L; Luana Alves 1ª aos 400E, 400L, 200L, 200E e 2ª aos 100 e 200M; Nuno Gra-ça 1º aos 100M e 100L, 2º aos 50L e 50M e 3º aos 200L; Tiago Alves 1º aos 50, 100 e 200B e 2º aos 400E; Juliana Freixo 1ª aos 50M, 100C e 200C, 2ª aos 50C e 200E e 3ª aos 100M; Lara Vaz 1ª aos 100M e 100L e 2ª aos 200L e 400L; Ana Afonso 1ª aos 100C e 3º aos 50L, 50 e 200C; Mariana Silva 2ª aos 100L e 100B e 3ª aos 200L; Francisco Antas 2º aos 200 e 400L; Flávia Gonçalves 2ª aos 200C e 3ª aos 100C; Ricardo Pires 1º aos 100C e 2º aos 50 e 200C; Miguel Passos 2º aos 200C; Hugo Miranda 3º aos 200C; Natacha Alves 2ª aos 100B; Ana Silva 1ª

Natação: EDV arrecada 27 medalhas de ouro nos Campeonatos Regionais

Basquetebol: EDV marcou presença no Torneio do SC Braga

A EDV arrecadou 27 medalhas de ouro, 38 de prata e 17 de bronze nos Campeonatos Regionais de Infantis, Juvenis e Absolutos.

aos 100 e 200L, 2ª aos 100M e 3ª aos 100C; Beatriz Brandão 2ª aos 100C e 3ª aos 100L; Jéssica Lemos 1ª aos 100 e 2ª aos 200C; João Carvalho 1º aos 100L e 3º aos 200L e 100M; Tiago Novais 3º aos 200B, 400 e 1500L; André Branco 2ª aos 200C e João Nogueira 2º aos 200B. Em termos coletivos a equipa Infantil masculina foi 2ª aos 4x100E e 4x100L e 3ª aos 4x200L; a equipa Infantil femini-na foi 2ª aos 4x100L, 4x100E e 4x200L; a equipa Absoluta feminina foi 1ª aos 4x50L e 4x200L e 2ª aos 4x50E, 4x100E e 4x100L por último a equipa Absoluta masculina foi 1ª aos 4x100E e 2ª aos 4x50L, 4x100L, 4x200L e 4x50E. A equipa vai agora trabalhar para se apre-sentar ao mais alto nível nos Campeonatos Nacionais de Infantis em Loulé e Campeo-natos Nacionais de Juvenis e Absolutos de Portugal em Lisboa (Jamor). Nesta prova a EDV participou com os atle-tas Flávia Gonçalves, Luana Alves, Patrícia Silva, Juliana Freixo, Mónica Alves, Nata-cha Alves, Lara Vaz, Ana Sofia Afonso, Ma-riana Silva, Bruna Fonte, Camille Estevão, Beatriz Brandão, Joana Miranda, Jéssi-ca Lemos, Ana Silva, Bruno Sousa, Mário Barros, Miguel Passos, Fábio Rodrigues, Alexandre Ribas, Tiago Martim Alves, Ma-nuel Santos, Nuno Graça, Ricardo Pires, Francisco Antas, Hugo Miranda, Alexan-dre Melo, João Carvalho, João Nogueira, Tomás Neves, André Branco, Tiago Novais, Pedro Cadilha e Simão Pereira. Acompa-nharam os atletas os técnicos José Lima, Nuno Carvalho, Valério Miranda e João Vieira, o director Júlio Faria e o massagis-ta Alberto Ramos.

A Escola Desportiva de Viana esteve pre-sente no VI Torneio Internacional de Mi-nibásquete do Sporting Clube de Braga, que se realizou no fim-de-semana, e con-tou com a presença de vários clubes, pro-venientes de Portugal, Espanha e Angola. O evento decorreu na Escola Secundária D. Maria II, e envolveu centenas de jovens praticantes, com idades compreendidas entre os 8 e os 12 anos.O clube auri-negro, único representante da Associação de Basquetebol de Viana do Castelo, participou no Torneio com uma comitiva composta por 26 elementos, que aproveitaram ao máximo a estadia de dois dias na cidade bracarense. O facto de te-rem pernoitado na escola proporcionou aos atletas vianenses uma experiência única, que graças ao excelente trabalho desenvolvido pela organização motivou momentos de grande convívio e alegria.A Escola Desportiva de Viana aproveita a oportunidade para felicitar o Sporting Clu-be de Braga por mais esta excelente inicia-tiva, e agradece toda a cortesia e amabili-dade dispensada aos pequenos edevistas.

Publiciteaqui

Escola Desportiva de Viana

Escola Desportiva de Viana

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Casos de polícia | Bombeiros

Barroselas: Homem forçado a entregar ‘Mercedes’ sob ameaça de arma de fogo

Viana do Castelo: Acidente aparatoso contra uma montra de uma florista

Um homem de 40 anos foi assalta-do por “carjacking” sob ameaça de arma de fogo na madrugada de 21

de julho (segunda-feira), tendo ficado sem uma viatura de marca Mercedes CL 500 quando se encontrava no centro da vila de Barroselas, na margem esquerda do rio Lima, em Viana do Castelo.O caso está a ser investigado pela Polí-cia Judiciária. Ao que Rádio Alto Minho (RAM) conseguiu apurar os agentes da Polícia Judiciária ao local, na estrada das Pedras Finas, um veículo totalmente carbonizado para tentar perceber se se trata ou não da mesma viatura furtada em Barroselas.Segundo adiantou à RAM fonte da GNR o furto no centro de Barroselas ocorreu cer-ca das 02:15 quando o condutor e único ocupante da viatura foi surpreendido por dois indivíduos, ao que tudo indica de na-cionalidade espanhola que o ameaçaram com uma arma de fogo.O individuo de 40 anos, natural e residen-te em Barroselas não ofereceu resistência e entregou a viatura. Os dois assaltantes colocaram-se em fuga, um na viatura que acabavam de furtar e o segundo num ou-tro carro em que se fizeram transportar

Na manhã de 10 de julho, um autocarro da Auto Aviação do Minho abalroou uma mon-tra de uma florista na avenida 25 de abril para Monserrate. O autocarro quase entra-va pela porta dentro. Foi o que relatou a pro-prietária do estabelecimento, Salomé Gon-çalves. Ao que a Geice apurou, o autocarro embateu contra a parede do edifício para tentar evitar uma pessoa que entretanto estava a passar numa passadeira situada à saída da curva. No autocarro seguia apenas o condutor, que terá desmaiado na sequên-cia do acidente e que depois, por medida de precaução, terá sido transportado para o Hospital de Santa Luzia. A PSP de Viana do Castelo tomou conta da ocorrência.

Rádio Geice

até ao local do furto.A vítima de roubo por carjacking apresen-tou queixa no posto da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Barroselas que não tem memória de um caso semelhante na sua área de jurisdição.

RAM

Saúde

SOCORROOOO, uma abelha!INEM

Sabe o que fazer em caso de picada de abe-lha, vespa, lacrau, víbora ou peixe-aranha?Existe um conjunto de cuidados simples que podem ser aplicados de imediato e que lhe damos a conhecer na página do Centro de Informação Antivenenos do INEM, no menu “Primeiros Socorros”.Visite www.inem.pt/ciav e aprenda ainda como evitar intoxicações. Boa navegação!

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Saúde

Febre: o que fazer… e o que não fazerA febre é das manifestações mais frequentes na criança, provoca grande ansiedade na família e é causa de muitas consultas de medicina geral e pediatria e absentismo dos pais

Não é uma doença mas sim um sinal comum a várias doenças. A febre consiste no aumento da

temperatura corporal acima da variação diária normal e ocorre na infância, na grande maioria das vezes devido a uma infeção por vírus.

Variações da temperatura corporalA temperatura do corpo é controlada por um centro termorregulador, que equilibra ganhos e perdas de calor de acordo com um ritmo diário normal (ritmo circadia-no). As temperaturas são mais baixas de manhã e mais elevadas (cerca de 1 ºC) ao fim da tarde. Assim, a temperatura corpo-ral sofre variações ao longo do dia, osci-lando entre 36,5 – 37,5ºC. 

Atenção à utilização excessiva de antipiréticosA febre é uma resposta de defesa do orga-

Jorge Neves

nismo perante uma infecção. O aumento da temperatura corporal contribui para a inativação dos microorganismos e con-trolo da sua multiplicação. Por estas razões, a febre só deve ser com-batida para aliviar o desconforto exis-tente. A utilização de antipiréticos em excesso pode ser prejudicial, não só pela toxicidade dos mesmos, mas também porque se pode estar a prolongar a doen-ça e as suas complicações.

Quando se considera “febre”?Em termos práticos, convencionou-se considerar febre quando a temperatura axilar está acima dos 38ºC. Fala-se em temperatura subfebril quando a tempera-tura oscila entre 37,5 e 38ºC.

O que fazer quando surge febre na criança1. Vigiar e estar atento ao aparecimento de sinais de gravidade;2. Despir ou diminuir a quantidade de roupa; 3. Insistir na ingestão de líquidos, dando pequenas quantidades de cada vez mas frequentemente;4. Perante temperatura acima dos 38ºC axilar e/ou com grande desconforto as-sociado, administrar um antipirético, utilizando de preferência a monoterapia com paracetamol. Só se os picos de febre forem inferiores a 4 horas é que se deve usar outro fármaco, como o ibuprofeno,

em alternância;5. Se a criança tem menos de 3 meses, deve procurar assistência médica imediata;6. Nas crianças mais velhas pode aguar-dar 3 a 5 dias antes da avaliação médica.

O que NÃO deve fazer quando surge febre na criança:1. Aquecer a criança vestindo-lhe mais roupa;2. Utilizar antipiréticos em horário fixo (usar em SOS);3. Querer tratar a febre com antibióticos;4. Insistir numa alimentação normal e abundante;5. Atribuir a febre a uma erupção dentária.

Quando recorrer à urgência hospitalarEsteja atento a sinais de gravidade como:Prostração, gemido;Dificuldade respiratória;Vómitos e dores de cabeça intensas, que se mantêm ou que se agravam;Lesões cutâneas (pintinhas), que não de-saparecem com a pressão local;Convulsões, alteração do estado de cons-ciência ou do comportamento (irritabili-dade, agitação, sonolência).

Jorge Neves35 anos de prática clínicaEspecialidade Médica: Medicina Geral e FamiliarRegistado na ordem dos médicos

Publicite aqui

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Ambiente

A beleza do Rio Neiva

A secção ambiental da Mó (EcoNei-va) fez mais uma vez a descida do nosso belo Rio Neiva. Como ponto

de partida Barroselas junto à ponte de vale. Canoas à água e toca a desfrutar da paisa-gem que se ia desenrolando à medida que íamos avançando na descida. A equipa composta por dez elementos, gente expe-riente nessas andanças, conhecedora do rio ao pormenor, todos ia tirando os seus apontamentos no que concerne à evolução do meio em questão, ano após ano. As alte-rações morfológicas vão acontecendo to-dos os anos em vários locais, sendo altera-dos por fatores diversos tais como: a queda de árvores das margens, os invernos mais ou menos rigorosos e a poluição que va-ria de local, em função de acções huma-nas nefastas para o ambiente. Todos os anos e já lá vão muitos, procuramos ras-trear e mapear o estado geral deste curso de água, pelo qual temos especial carinho, ou não estivéssemos nós no vale do Neiva. Num ambiente descontraído e de cama-radagem, assim se fez mais uma descida tendo o seu término em Castelo do Neiva, onde o nosso rio tem a sua foz. Resta agra-decer a toda a equipa que fez parte uma

Manuel Limavez mais desta aventura, ao Sr.Lima pelo transporte das canoas sempre disponível,

por último apelamos a todos que protejam a beleza natural que é o Rio Neiva.

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Opinião

As novas medidas de apoio ao emprego

As empresas que pretendem reali-zar novas contratações e as pes-soas que ambicionam (re)ingres-

sar no mercado profissional reforçando competências, tem agora acesso às novas medidas de apoio ao emprego.As medidas Estágio Profissional e Estí-mulo Emprego são os incentivos cria-dos para reconverter profissionalmente desempregados que garantem o desen-volvimento de experiência prática em contexto de trabalho, mas não podendo consistir numa mera ocupação de posto de trabalho das empresas.As novas regras aplicam-se apenas às candidaturas apresentadas a partir de dia 26 de julho.

1) Enquadramento da Medida Estágio EmpregoA Portaria n.º 149-B/2014, de 24 de Julho, vem alterar e republicar a Portaria n.º 204-B/2013, de 18 de junho, que regula a Medida Estágio Emprego.Quais os objetivos desta medida?Melhorar a qualidade dos estágios, no que respeita ao conteúdo de aprendizagens e de formação e às condições de trabalho;Facilitar a transição da escola, do desem-prego ou da inatividade para a inserção na vida ativa;

Paulo Jorge Oliveira

Complementar e desenvolver as compe-tências dos jovens para o 1º emprego ou novo emprego;Promover a (re)integração profissional de desempregados em situação mais des-protegida;Apoiar a transição entre níveis de qualifi-cação; Promover o conhecimento de novas for-mações e competências em novas áreas.Trata-se dum apoio financeiro dirigi-do aos empregadores privados, com ou sem fins lucrativos, que celebrem con-tratos de estágio com os destinatários abaixo descritos, na modalidade de Bol-sa de Estágio.Que apoio financeiro?A Bolsa de Estágio tem a comparticipação de 80% do IAS (Indexante dos Apoios So-ciais), variando entre 1 e 1,65 vezes con-soante o estagiário tenha qualificação de nível 2 a 8 do QNQ, com direito, ainda, a Subsidio de alimentação, transporte e se-guro de acidentes de trabalho.Quem são os destinatários?Desempregados inscritos no IEFP, I.P. que reúnam os requisitos:Jovens com idades entre os 18 e 30 anos;Pessoas com idade superior a 30 anos que nos últimos 3 anos tenham obtido uma qualificação do QNQ (do Quadro Nacional de Qualificações), estejam à procura de novo emprego e não tenho desenvolvido atividade profissional nos últimos 12 meses;Pessoas com deficiência e incapacidade;Pessoas que integrem família monoparental;Pessoas cujos cônjuges ou que vivam em união de facto se encontrem igualmente inscritos no IEFP, I.P.;As vítimas de violência doméstica;Ex-reclusos; Toxicodependentes em recuperação.

2) Enquadramento da Medida Estímulo EmpregoA Portaria n.º 149-A/2014 de 24 de Julho, cria a Medida Estímulo Emprego que vem racionalizar as medidas anteriores e au-mentar a eficácia e eficiência dos apoios à contratação. Quais os objetivos desta medida?Combate ao desemprego de longa duração;Reinserção profissional;Criação líquida de postos de trabalho, e consiste na concessão ao empregador de apoio financeiro para celebração de con-tratos de trabalho com desempregados inscritos no IEFP, I.P.Este apoio financeiro é dirigido aos empre-gadores privados, com ou sem fins lucra-tivos, que celebrem contratos de trabalho com desempregados inscritos no serviço público de emprego, desde que se verifique a criação líquida de postos de trabalho.Que apoio financeiro?Sendo de 80% (podendo em determinados casos ser majorado para 100%) do IAS (In-dexante dos Apoios Sociais) nos casos dos contratos a termo certo, por prazo igual ou superior a 6 meses. O financiamento terá o limite 80% ou 100% do IAS a multiplicar pelo n.º de meses do contrato, no máximo 6, para os contratos sem termo o limite será 80% ou 100% por 12 vezes 1,1 do IAS.Quem são os destinatários?Os Desempregados inscritos no IEFP, I.P.Aconselhamos a leitura atenta da legisla-ção referida e a consulta de informação disponibilizada pelos serviços do IEFP ou que se dirijam ao centro de emprego local .

Paulo Jorge OliveiraEspecialista em Fiscalidade e GestãoBPHL – Assessoria Informática e de Gestão

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Opinião

Compreender a Depressão

A depressão é uma doença desco-nhecida e desvalorizada por gran-de parte das pessoas, no entanto,

esta é sentida por grande parte da popu-lação, a depressão não escolhe idades, raças, sexos nem mesmo profissões ou classes sociais. Estudos efetuados recen-temente apontam que uma em cada qua-tro pessoas em todo o mundo sofre ou vai sofrer de depressão nos próximos tempos. Esta perturbação aparece de forma dis-creta e acaba por afetar todas as pessoas que o rodeiam destruindo aos poucos as

Cristiana Félix

vitórias conquistadas ao longo do ano. Dado o elevado número de pessoas que so-frem desta perturbação houve um grande avanço científico no que diz respeito a in-tervenção terapêutica. No entanto, como em todas as perturbações existem ainda muitas coisas que deve ser investigadas e trabalhadas no sentido de melhorar cada vez mais as intervenções. Esta é mesmo vista como uma doença das últimas décadas. Para compreender esta perturbação precisamos em primeiro lu-gar de identificar os sintomas, as causas (biológicas desencadeantes e associadas a fatores de manutenção) e os diferentes tipos para posteriormente delinear o pro-grama de intervenção terapêutica na qual possamos aliar os fármacos à psicotera-pia. Esta junção dos fármacos com a psi-coterapia pressupõe o conhecimento com-pleto da pessoa e do seu meio envolvente. Apesar dos estudos efetuados esta pertur-bação tem sido menosprezada em duas fai-xas etárias fundamentais na infância e na terceira idade (momentos importantíssi-

mos no ciclo vital das pessoas e para o qual não tem sido grande a atenção nesta área). Esta perturbação manifesta-se exterior-mente em lágrimas e semblantes carre-gados. Cabe a cada terapeuta ser sensível para ajudar o doente a encarar a doença de forma a adotar uma atitude otimista e assim contrariar a doença. Deste modo para compreender a patologia é importante reconhecer que se trata de uma doença com características específicas que podem ser detetadas precocemente, esta surge na nossa vida alterando os nossos comportamentos e as nossas rotinas. Recorde-se sempre: Procurar ajuda é o pri-meiro passo para a cura desta perturbação. Não perca na próxima publicação os principais sintomas de identificação da doença e as estratégias que podem ser utilizadas para enfrentar a doença numa primeira linha de intervenção.

Cristiana FélixPsicóloga – [email protected]

Espigueiros do Lindoso

Uma volta de Domingo agradável com os meus amigos motards do Moto clube Foz do Lima por terras do Soa-

jo, Lindoso e Castro Laboreiro. Não podia deixar de fazer um pequeno apontamento sobre este passeio, pois o nosso Norte tem muita beleza e encanto, não sendo valori-zado como devia, pois a estranja está ainda na moda, para muitos. Arcos de Valdevez e Ponte da Barca capital dos espigueiros ou canastras do Soajo e Lindoso, com o seu castelo sobre um pequeno outeiro rochoso ao lado da povoação, construção do reinado de D. Afonso III. Os cinquenta espigueiros do Lindoso datados do século XVII, inserem-se num conjunto do tipo estreito de paredes de granito aprumadas, apoiados em pilares cur-tos de granito assentes na rocha, encimados por mós ou mesas, com cruzes protetoras, cobertos por duas lajes em granito unidas em ângulo obtuso. Concentram-se em torno

Manuel Limade uma eira rectangular, de utilidade comu-nitária, típica do trabalho colectivo das co-munidades de montanha. O nosso almoço aconteceu nesse lugar muito típico, junto a populares dessa comunidade, gente afável e disponível para ajudar no conhecimento da região. Foi-nos dito que ainda fazem malhas de milho e centeio, acompanhadas de con-certinas na eira do povo como eles dizem, o sentimento de comunidade ainda prevalece

naquelas gentes, muito bonito e difícil de en-contrar nos tempos que correm, onde impe-ra o egoísmo. As nossas raízes e tradições ainda vão resistindo, resta saber até quando, pois com a desertificação humana verifi-cada também em Castro Laboreiro, muitas dessas regiões por morte dos mais velhos e abandono dos poucos jovens existentes, procurando uma vida melhor por outras pa-ragens, adivinha-se o pior a curto prazo.

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Opinião

Imposto

Imposto, é a importância que todo o ci-dadão tem de saldar mensal, trimes-tral, semestral ou anualmente nas Fi-

nanças Públicas.Ele, pode ser um, de um universo elevado de valores obtidos em benefício de qualquer utente, designadamente através de diversas receitas, quer sejam monetárias, de merca-dorias ou ainda de imóveis entre cidadãos vivos; ou ainda, por morte de um. Pode, tam-bém ser, toda a receita auferida pelo contri-buinte, a nível individual ou colectivo. É este, - embora, não corresponda no seu todo à verdade - sem exclusão, o compro-misso obrigatório consagrado na Lei Por-tuguesa para todo o cidadão; - com algu-mas exceções - mesmo, os Estrangeiros a residir em Portugal.Esta contribuição devia, com brio, e até, com generoso orgulho ser honrado. Toda-via, é continuadamente encarada como exagerada para o grosso da população. No entanto, sabe-se que é imperativa, no ri-goroso equilíbrio da gestão financeira do Estado. Não obstante, uma percentagem da população Portuguesa tenta, a todo o custo, escapar a esse importante dever, colocando até em causa, a sua honra e prestígio social.Embora se saiba, que ao comum cidadão,

Domingos Costa

particularmente aos mais carenciados, o imposto, apesar de provocar um arrombo na estabilidade financeira familiar, são, com raras exceções, os que “temendo contrapar-tidas penalizadoras” têm-no sempre em dia.Evidentemente que, se os infratores Por-tugueses e estrangeiros a residir em Por-tugal - julgo ainda, ser uma percentagem visível - se, assumissem voluntariamente e com dignidade as suas obrigações - de cidadania - fiscais perante o Estado; na-turalmente as finanças públicas, fica-riam mais confortáveis, repercutindo-se obviamente em algum alívio, para os que, em toda a sua vida respeitaram esse compromisso. Por outro lado, em face dos rumores menos animadores nesse domí-nio, seria bom, que o sistema de controlo tivesse - creio eu - meios mais sofistica-dos, de forma a suprimir definitivamente a permissividade do sistema fiscal. Esse volte face, seria bom na vacilante situa-ção financeira do Século XXI. É claro que, o caos da situação económica financeira

do País – pelos rumores - resultou tam-bém, de avultados desvios financeiros.Pronuncio-me assim, porque ao longo da minha vida laboral, nunca pude escapar a um cêntimo de impostos. É provável que, se a minha empresa não fosse rigo-rosa nesse domínio, possivelmente tam-bém eu seria um dos faltosos; porque, é normal sermos seduzidos à fuga. Ganha-se mais dinheiro para os nossos vícios e lazer, como também, para atingir os objetivos de vida. Todavia, se porventu-ra tivesse sido um infrator, seguramente hoje, lamentaria o fato. Porque, auferiria uma reforma mais modesta que a que te-nho, com a agravante, de ter dificuldade em gerir os gastos que a família no quo-tidiano necessita. Infelizmente reconheço, existirem refor-mas pequenas, que são verdadeiras; por-que, os benificiários em causa, ao longo da vida laboral, auferiram vencimentos mo-destos. A esses lamenta-se profundamen-te a situação.

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Opinião

Ponte de Lima10º Festival dos Jardins

O Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima em 2013 alcan-çou o prémio de mérito onde pro-

jetou ao mais alto nível na categoria dos jardins e da jardinagem. Este ano comemora o seu décimo aniver-sário e conta com a participação de vá-rios artistas nacionais e internacionais. O festival encontra-se aberto ao público até dia 31 de outubro.Os grandes objetivos do Festival são, dar a conhecer o concelho de Ponte de Lima, contribuir a nível nacional para a maior sensibilização das populações para a arte dos jardins e para os problemas ambien-tais, dar um contributo pedagógico, de mo-bilização e sensibilização da população, so-bretudo das camadas mais jovens. Deverá também ser uma atração cultural, onde os artistas e criadores possam, anualmente, expressar as suas ideias inovadoras, não só na criação dos jardins como também em atividades complementares.O principal conceito que sustenta a ideia

Ana Lima

destes jardins efémeros — os que fazem parte do Festival —, é a possibilidade de demonstrar que a criatividade artísti-ca, desde a composição à qualidade das plantas e dos materiais inertes e à forma como se combinam, é uma arte da qual resulta um espaço a que chamamos jar-dim, mesmo que utópico.Os anos de 2012 e 2013 recebem 100.000 visitantes anuais.Em 2015 o tema já está lançado — A Água no Jardim. A abertura do Festival, no pró-ximo ano, coincidirá com o decurso de um evento de enorme importância no que res-peita aos jardins e à jardinagem, em ter-mos internacionais: Ponte de Lima orgu-lha-se de receber o Congresso Europeu de 2015 da IFPRA – International Federation of Park and Recreation Administration e o 9.º Congresso Ibero-Americano de Parques e Jardins Públicos – PARJAP 2015, sobre o tema Parques e Jardins Inteligentes.Sob o tema acima indicado, as candidatu-ras encontram-se abertas até ao dia 15 de Novembro de 2014 e todas as informações, particularmente o regulamento, estão dis-poníveis em www.festivaldejardins.cm--pontedelima.pt e/ou podem ser obtidas por correio eletrónico através do endereço [email protected] festival apresenta uma enorme varie-dade de expressões artísticas acompa-nhado com uma beleza maravilhosa. Convido-os a visitarem, desfrutarem e a deliciarem com este Festival.

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Opinião

A opinião pública tem sofrido um envenenamento estigmatizante

A imprensa tem parte da culpa – basta ver como a silly season se repete como se os tempos em que

vivemos não tenham sofrido qualquer alteração nos últimos anos. As universi-dades não têm sabido aproveitar o elã da discussão intelectual, à excepção do eixo Porto-Lisboa, e com maior incidência nas mais poderosas instituições da capital. A população, confusa e descrente, ressente-se cada vez mais de toda a inutilidade de uma ideia participativa na democracia. Preocupam-me as frases feitas e a agenda política que está por detrás delas. Secun-dam-na as hábeis manobras goebbelianas da comunicação governativa e as práticas do empreendedorismo nacional, votado à adoração de quem acha que emigrar não é problema e sim solução. Nem tudo é mau no empreendedorismo. Mas há muito as-sunto que é falacioso. E, disseminando-se do corredor do poder ao pivot do noticiário, a falácia entra nos ouvidos como verda-de absoluta, incorrigível (para “corrigir os males de outrora”), inabalável. Uma das falácias mais veiculadas é a do sector público. Há um livro que li recente-mente e que me espevitou para esta ques-tão. Falo do “Caminho para a Servidão”, de Friedrich Hayek. Austríaco erradicado sucessivas vezes, cidadão frustrado com o nascimento do fascismo europeu, Hayek tornar-se-á um dos pais da corrente a que chamamos de neoliberalismo. O neoli-beralismo ficou muito tempo congelado – demasiado tempo, do ponto de vista do ritmo histórico do século XX. Quando as portas se lhe abriram, em meados dos anos 70, a Europa abriria igualmente um precedente que só o keynesianismo man-tivera tanto tempo afastado. O “Caminho para a Servidão” é um livro de ciência po-lítica – é, aliás, um manifesto político. Em primeiro lugar, é dedicado aos socialistas de todos os partidos socialistas – Hayek tem o medo supremo de ter visto que na Inglaterra que o acolheu, o socialismo rei-nante se tornara cada vez mais totalitá-rio, cada vez mais próximo da abjecção fascista que ele vira crescer nos países

José Rafael Soares

germanófilos. Em segundo lugar, o livro aplica uma sentença de morte a todo o sector público, com uma demonstração difícil de não ser aceite: Hayek advoga a ideia de que a Europa que cedo descon-fiou do grande poder dos Estados seria a Europa de um certo capitalismo de mer-cado, onde a alta burguesia e a média te-riam poder para discernir os seus negó-cios e onde a pequena burguesia poderia lutar pelas virtudes da mobilidade social. Em terceiro lugar, a obra centra-se na naturalidade do triunfo dos mais aptos na sociedade capitalista e que ao Estado competiria olhar e não mexer. É uma obra útil para percebemos a dou-trinação que o discurso político tem so-frido. Acorrentadas a esta ideia, vêm muitas outras: a crise do poder central, a desigualdade tributária. Não é importante que todos saibam tudo, mas seria impor-tante que muitos duvidassem de muito. O sector público pode sofrer de má gestão, como sofrerão empresas privadas. Mas eu entendo que há bens que são inaliená-veis da coisa pública – a saúde e a educa-ção são os casos mais óbvios. Não creio que os processos de privatização resol-vam muita coisa – basta ver os sucessi-vos casos em que a Inglaterra e os EUA tentaram resolver o peso da segurança social a partir da década de 80 para ver que a privatização, em largos casos, é a outorga de dívidas por parte dos privados

ao Estado. Mais: que o caminho para a di-minuição do seu custo é o despedimento. Os tempos em que vivemos revelam isso facilmente: fecho de urgências, fecho de escolas. O discurso político é a água que torna essa farinha em pão: o mau com-portamento público dos professores – como se a avaliação de um trabalhador a meio da sua carreira fosse algo normal ou recorrente, e sabendo, ainda para mais, que isso será uma arma formal de mais despedimentos colectivos -, o desvario da necessidade das populações em desloca-rem-se a hospitais – como se o direito de ajuizamento em relação à necessidade da saúde de outro cidadão fosse sequer algo tolerável. O juízo das necessidades dos nossos concidadãos é das coisas mais aberrantes que desequilibrou por comple-to a balança da coesão social. Palavras como produtividade, empreen-dedorismo e outros vocábulos anglo-saxónicos entraram com facilidade neste discurso. Vieram para ficar. Bem como a complexa mudança social a que fomos sujeitados. As conclusões ficarão para o futuro próximo. O medo de Hayek era que o Estado se tornasse num Beamtens-taat – um Estado de funcionários. O meu medo é que o Estado se torne num Estado sem funcionários.

(o autor não escreve segundo o Acordo Or-tográfico da Língua Portuguesa de 1990)

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“Notas do avesso”

Nome: Adão Miranda LimaNaturalidade: Vila de PunheViana do CasteloFilhos: Gonçalo de 17 anos e Francisca de 11 anosTodos temos ao longo da vida, bons e maus momentos, mencione um bom e outro mau. · O bom, o nascimento do primeiro filho, será sempre inesquecível, é nesse mo-mento que a expressão “sangue do nosso sangue” ganha o seu significado. · O mau, o falecimento da minha avó ma-terna, foi o único sentimento de perda que já vivi.Livro de mesinha de cabeceira: Anna Ka-renina de Tolstói.Personalidade notável de referência: Ten-zin Gyatso, o atual Dalai Lama, pela forma como este Homem exilado vive a paixão pelo seu povo.Local de férias preferida: Não tenho, quan-do há a oportunidade é sempre para um local diferente. Não faço do local de férias uma rotina.Lema da vida: A vida constrói-se cami-nhando em frente, não olhando para trás mas sim para o lado, de maneira a não dei-xar para trás quem ao meu lado caminha. Habito diário: Dar uma volta pelo quintal, quer haja ou não algo a fazer.Pensamento: Não antecipar o rumo dos acontecimentos, em particular os nefas-tos, pois, quase sempre, surge um porme-nor que tudo altera. Isto leva a nada de útil, torna-se sim, numa perca de tempo.Escola inesquecível: O Externato das Ne-ves, não pelo processo de ensino-apren-dizagem mas pelo encontro de amigos e colegas depois de 2 anos passados numa escola em Viana do Castelo. Seria imper-doável esquecer a sã convivência vivida no Externato, que se tornou para todos, jul-go e sinto eu, numa amizade para a vida. Uma personagem justa: Fugindo à tradi-cional figura do domínio religioso ou à da defesa dos direitos, liberdades e garantias refiro Lula da Silva, ex-presidente do Brasil.

À conversa com: Sr. LimaAna Lima

Aponto este homem não pela sua aptidão para a política mas sim, pela sua visão da realidade social de milhões de pessoas, o que o levou à implementação das primei-ras medidas de forma a alterar, para bem melhor, essa mesma realidade social.Um bom Português: Fernando Pessoa, pois passou para a escrita o estado de alma deste povo lusitano.Uma data: 26 de dezembro de 2004. Data da ocorrência do grande Tsunami no Indi-co. Aquelas imagens deram a perceber o quanto a vida pode ser efémera, pelo que a partir daí deixei de fumar, após 20 anos de tabagismo.Uma memória: A minha Avó, será uma memória eterna.Centros de Ensino frequentados: Escola Pri-mária do Outrelo – Vila de Punhe; Telescola Ciclo Preparatório TV – Vila de Punhe; Esco-la Preparatória Frei Bartolomeu dos Márti-res – Viana do Castelo; Externato das Neves; Escola Secundária santa Maria Maior; e, Ins-tituto Politécnico de Viana do Castelo.

Ano em que concluiu a licenciatura: 2011Locais de trabalho onde exerceu a profis-são: Estação Ferroviária de Viana do Caste-lo (12 anos) e a de Barroselas (há já 8 anos).Gosta da sua profissão: Sim, não fosse eu fi-lho de ferroviários, não tivesse vivido largos anos num edifício ferroviário e não admi-rasse a imponência da estrutura ferroviária.Balanço profissional até ao momento: Po-sitivo, sem margem para dúvidas.Outras funções em outras Instituições e políticas: Elemento da Direção do Grupo Juvenil de Vila de Punhe nos primeiros anos da sua fundação; Presidente da As-sociação de Pais da Escola E.B. 1 de Vila de Punhe; Tesoureiro e Vogal em 2 direções distintas da Associação de Pais e Enc. de Educação do Agrupamento de Escolas de Barroselas; Secretário da Direção da As-sociação de Filatelia e Coleccionismo do vale do Neiva; e. Secretário da Assembleia de Freguesia de Vila de Punhe.Com que idade e data iniciou a atividade política: aos 35 anos.

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Entrevista

JORNAL O VALE DO NEIVA (JVN): PORQUE ACEITOU O DESAFIO AUTÁRQUICO?

ADÃO LIMA (AL)Por dois grandes motivos. O primeiro, por-que o convite partiu de um grande amigo, o ex- presidente da Junta de Freguesia de Vila de Punhe António Moreira. O segun-do, porque todos nós, de uma maneira ou de outra, tem sempre algo de útil a dar em prol da nossa sociedade.

(JVN) QUAL O PRIMEIRO CARGO COMO AUTÁRQUICO? (AL) Membro da Assembleia de Freguesia de Vila de Punhe.

(JVN) SENTE-SE CONFORTÁVEL POR TODOS OS CARGOS OCUPADOS? (AL) Sim, ocupei-os de livre vontade, nun-ca fui pressionado a tal.

(JVN) ACEITOU COM OTIMISMO OS CAR-GOS QUE ATUALMENTE ACUMULA? (AL) Sim, caso contrário nunca os acumu-laria. Posso não alcançar os objetivos tra-çados, por vezes acontece, mas jamais os acumularia na pressuposição que, à par-tida, as minhas convicções não tenham algum significado, quer para os parceiros quer para o público-alvo.

(AL) Positivo, afinal os compromissos não roubam assim tanto tempo, mais, acres-centam conhecimento o que beneficia de forma positiva o ambiente familiar.

(JVN) COADUNA BEM O SER PROFISSIO-NAL DA (REFER) CP, AUTARCA, JUIZ (DE PAZ), SOCIAL E MARIDO/PAI. Sim, pode parecer que não mas, na minha opinião, estão interligadas, e, o facto de ser funcionário da CP, com tal trabalhar por tur-nos, dá-me tempo de descanso em períodos do dia favoráveis à realização dos trabalhos inerentes às funções desempenhadas.

(JVN) PREVISÕES SOBRE O FUTURO NO IMEDIATO, MÉDIO E LONGO PRAZO. (AL) Não faço previsões, apenas anseio que cada dia seja, sempre, um pouco dife-rente e, se possível, um pouco melhor do que o anterior.

não estão no ponto da ceifa é deitar tudo a perder, assim como responder com um sim ou um não a esta questão, pois seria desconstruir realidades de uma vida ain-da não inteiramente definitivas.

(JVN) SERÁ QUE ESTÁ ARREPENDIDO DE POSIÇÕES ASSUMIDAS AO LONGO DA SUA VIDA? (AL) Não, posso estar desiludido com o desfecho de algumas posições por mim assumidas, agora arrependido, não.

(JVN) O QUE GOSTARIA DE TER FEITO E NÃO CONSEGUIU FAZER? (AL) Tantas coisas…

(JVN) AS AMIZADES EXTRA FAMÍLIA, PROFISSIONAL E POLÍTICA, SENTIRAM A SUA AUSÊNCIA NESTE PERÍODO? Creio que não, pois, como já referi as mi-nhas ausências são esporádicas e ocor-rem, por regra, em períodos do dia desti-nados à vida profissional ou académica daqueles que integram o meu círculo fa-miliar ou o de amizade.

(JVN) TODO O CIDADÃO TEM DIREITOS E DEVERES. O QUE REPRESENTA PARA SI ESTA TEORIA? (AL) Uma sociedade justa é aquela que ofe-rece direitos e deveres com equidade. Ao cidadão, cabe reivindicar esses direitos, porém, e na minha opinião, só o deverá fazê-lo quando assume os seus deveres, só desta forma esta teoria conquista o seu último significado.

(JVN) A CRISE TAMBÉM SE INSTALOU NA SUA CASA? (AL) Sim, infelizmente. Não faço parte da minoria que foi poupada aos cortes salariais.

(JVN) UMA MENSAGEM A TODOS OS RE-SIDENTES EM VILA DE PUNHE. (AL) Estamos a viver dias de muita con-tenção financeira, tal como no seio das nossas famílias as restrições acentuam-se dia após dia. Se é certo que as grandes obras de infra-estruturas são em menor número em relação às do passado, tam-bém é verdade que os Vilapunhenses nunca foram tão chamados a presenciar e a envolverem-se no sempre crescente número de eventos culturais e sociais. É neste contexto que surge a oportunidade para criar uma imagem de sucesso, quer interna quer para o exterior, pois temos a nosso favor uma história com 2 milénios

Posso não alcançar os objetivos traçados, Por vezes acontece, mas jamais os acumularia na PressuPosição que, à Partida, as minhas convicções não tenham algum significado, quer Para os Parceiros quer Para o Público-alvo.

não faço Previsões, aPenas anseio que cada dia seja, semPre, um Pouco diferente e, se Possível, um Pouco melhor do que o anterior.

(JVN) COMO CONSEGUE GERIR A VIDA COM TANTAS ATIVIDADES? (AL) Bem, até um determinado limite o stress é benéfico, pois mantém-me atento ao que me rodeia e mais concentrado e in-teressado nos afazeres não me deixando, assim, cair na monotonia do quotidiano.

(JVN) BALANÇO A NÍVEL FAMILIAR, DESDE QUE ASSUMIU OS COMPROMIS-SO QUE OCUPA.

(JVN) MUITO SUCINTAMENTE RETRA-TE UMA CENA INTERESSANTE. (AL) Terminei a minha licenciatura, bem como uma pós-graduação, já adulto, já com uma carreira profissional e uma família constituídas. Para concluir estes graus aca-démicos tive de realizar vários estágios em instituições públicas e estabelecimentos de ensino, foi nestes locais que me aperce-bi que ainda há muita resistência para com aqueles que desejam, numa dada etapa avançada da vida, progredir na sua forma-ção académica. Ainda há muita relutância em aceitar aquele que deseja adquirir no-vos conhecimentos, quando já tem uma carreira profissional consolidada. Julgava eu que determinados estereótipos já não encontravam espaço em certos lugares da nossa sociedade, em particular naqueles onde abundam os apelidados “profissionais do conhecimento”, estava muito enganado.

(JVN) EM SÍNTESE DIGA: SE VOLTASSE À ADOLESCÊNCIA FAZIA TUDO IGUAL? (AL) Não sei, creio que seja um pouco pre-maturo fazer uma retrospetiva da minha vida. “Separar o trigo do joio” quando ainda

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e todo o tipo de espaço seja ele natural ou não. Assim, é, neste momento, este o caminho a seguir e não sendo o único é concerteza o mais proeminente, o da soli-dificação da vertente cultural e o do cariz social desta nossa terra.

(JVN) UMA MENSAGEM A TODAS AS EQUIPAS QUE O ACOMPANHAM NAS DI-VERSAS LABUTAS. (AL) O que hoje é uma verdade, amanhã é uma meia verdade, o mesmo se passa nas nossas ações por isso, temos de re-forçá-las constantemente para que se tra-duzam em resultados positivos. O mes-mo sucede quando há momentos menos bons, pois virão, certamente, outros mais favoráveis, nada é dado como adquirido, tudo se altera com o tempo e para melhor só com o contributo de todos.

que o dia de amanhã, não sendo necessariamente melhor do que o de hoje, seja, Pelo menos, diferente.

o que hoje é uma verdade, amanhã é uma meia verdade, o mesmo se Passa nas nossas ações Por isso, temos de reforçá-las constantemente Para que se traduzam em resultados Positivos.

IMEDIATO. TAMBÉM PERGUNTO PARA O FUTURO? (AL) Sim. Certa pessoa referiu que eu ti-nha muito “jeito” para determinada arte, hei de tentar perceber se o tenho, se sim, será mais um projeto.

(JVN) UM PENSAMENTO. (AL) Que o dia de amanhã, não sendo ne-cessariamente melhor do que o de hoje, seja, pelo menos, diferente.

(JVN) UMA CURIOSIDADE. (AL) Se algo não lhe foi perguntado, por fa-vor narre o facto.

(JVN) SEMPRE OUVI DIZER QUE EXER-CER SEGUNDAS ATIVIDADES É ALICIAN-TE; AGORA COM EXPERIÊNCIA, ESTÁ DE ACORDO COM ESSE PENSAMENTO? (AL) Sim, visto que alargam o nosso co-nhecimento e permitem a aquisição de novas competências, como também co-nhecer novas pessoas e realidades para-lelas às nossas.

(JVN) COMO OCUPA MUITOS CARGOS, TINHA DÚVIDAS DAS SUAS POTENCIA-LIDADES PARA OS OCUPAR? (AL) Há sempre pormenores que susci-tam dúvidas, mas por regra, se os aceitos é porque não tenho grandes dúvidas acer-ca dos mesmos.

(JVN) SENTE-SE REALIZADO COM ESTA MISTA FUNÇÃO? (AL) Sim, é reconfortante ter sempre algo de diferente a fazer, quer em meu proveito quer em prol dos outros.

(JVN) TEM PROJETOS EM VISTA PARA O

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Agenda do mês [Concelho Viana do Castelo]

E

Até 31AlIANÇA DAS ARTES – MOSTRA DE ARTES PERFORMATIvAS E ARTES PláSTICAS

De 1 a 102ª MOSTRA (Música, pintura, ilustração, dança, fotografia, desenho, representação, live painting, Performances)

De 15 a 313ª MOSTRA (Exposição das artes plásticas e performativas presentes nas mostras anteriores)

Hotel Aliança. Aberto diariamente das 15h00 às 24h00

(dia 1 e 15, das 19h00 às 24h00).Org.: Câmara Municipal de Viana do CasteloParceria: Spot Interface Criativo

facebook.com/ALIANCADASARTES.

Dia 16, às 22h00NOITE DANÇANTE

Associação D. Cultural e Social de Subportela Coordenação: Academia Jadança / ADCSS

Dia 19, às 22h00NOITE DA guITARRA PORTuguESA – COM FADOS DE lISbOA

Largo da Igreja das AlmasOrg.: Grupo Desportivo e Cultural dos

Trabalhadores dos ENVC.

MÚSICA E DANÇAM

De 25 a 31XvIII FESTIvAl DE FOlClORE INTERNACIONAl AlTO MINhO

Centro Cultural de Viana do Castelo. Com a participação de grupos Folclóricos da Eslováquia, Espanha, Indonésia, Itália, Turquia e Uruguai.Consultar programa em www.vianafestas.com

Org.: VianaFestas e AGFAM.

Apoio: Câmara Municipal de Viana do Castelo.

Dia 15FESTA DE S. SIMãO E S. bENTO

Mazarefes

Dia 15FESTA DO EMIgRANTE

Chafé

Dia 15PEREgRINAÇãO SRª DOS CASTRO

S. Romão de Neiva

De 16 a 18FESTIvAl FOlClóRICO

Santa Maria de Geraz Lima

De 22 a 24FESTA DE SANTA juSTA E SANTA RuFINA

Carvoeiro

De 23 a 25S. MAMEDE (FESTA DO MEl)

Areosa

Dias 28 e 29FESTA DE SANTA báRbARA

S. Loureço da Montaria

De 28 a 31FESTA DE Nª SRª DA guADAluPE

Castelo do Neiva

Dia 31FESTA SãO jOãO D’ARgA

Santa Maria Maior

Dias 30 e 31, 5, 6 e 7/09FESTA DE Nª SRª DAS NECESSIDADES E STª MARIA DE AMONDE

Amonde

Às Terças. Quintas e Sábados (exceto dia 5 e 28)ARRAIAl MINhOTO

Quinta de Santoínho – Darque.

De 20 a 24ROMARIA DE Nª SRª D’AgONIA.(Dia 20 – Feriado Municipal). Consultar programa em www.vianafestas.com

De 14 a 16NEOPOP – ElETRONIC MuSIC FESTIvAl

Dia 14 lAuRENT gARNIER | jOhN DIgWEED | jOSh WINk | PAN-POT | uNDERgROuND RESISTANCE PRESENTS TIMElINE lIvE * CuRATED by RED bull MuSIC ACADEMy.

Dia 15 jEFF MIllS | RECONDITE (lIvE) | RIChIE hAWTIN | vAkulA | Ø [PhASE]

Dia 16CARl COX | NINA kRAvIz | ThE PERSuADER (AkA jESPER DAhlbäCk_lIvE) | uNER (lIvE/Dj SET) | lE gRAND FINAlE * TAlE OF uSConsultar programa específico.

Largo da Estátua de Viana (traseiras do Castelo de Santiago da Barra)Org.: Connect (http://www.neopopfestival.com/)

Dia 15FESTIvAl DE vERãO vIANA DO CASTElOTony Carreira, Grupo Kalhambeke, Gustavo & Pedro, Cristiano de Brito e Dj Set Luz & Mar

Estádio Municipal Manuela MachadoOrg. Viana Live eventos. Apoio: Câmara Municipal de Viana do Castelo

MÚSICA E DANÇA M

Entre em contacto connosco, envie-nos a sua opinião ou um artigo que queira ver [email protected]

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Agenda do mês [Concelho Barcelos]

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Agenda do mês [Concelho Ponte de Lima]

Banda Musical de S. Martinho da Gandra 9 agosto . 22h00

Banda de Música de Moreira do Lima17 agosto . 22h00

Banda de Música de Ponte de Lima23 agosto . 22h00

Banda de Música de Estorãos 30 agosto . 22h00

Bandasagosto

Largo de CamõesPonte de Lima

/[email protected](+351) 258 900 414

2014

Informações e Reservas: /[email protected] 900 414

Bilhetes à venda no Teatro Diogo Bernardes, Tabacaria Melo, Papelima, Papelaria A4, Copilima e Expolima no próprio dia.

Voodoo Marmalade

Concertos ExpolimaConcertos ExpolimaPonte de Lima 2014Ponte de Lima 2014

Expensive soul&

Jaguar Band

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Sugestão ao leitor

Sugestão cinematográfica

LunchboxO Mumbai Dabbawallahs é um serviço de entrega de comida bastante conhecido em Mumbai, na Índia. Um dia, um erro na entrega faz com que uma pacata dona de casa conheça um homem que está na fase final de sua vida. Juntos eles criam um mundo de fantasia a partir de mensagens trocadas através das embalagens usadas pelo Mumbai Dabbawallahs.

País EUA, Índia, França, Alemanha

Título original Dabba

Roteirista Ritesh Batra

ElencoIrrfan Khan (Saajan Fernandes)Nimrat Kaur (Ila)Nawazuddin Siddiqui (Shaikh)Lillete Dubey Mãe de Ila)

Sugestões musicais

SpoonThey Want My Soul

FKA TwigsLP1

The New PornographersBrill Bruisers

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Passatempos

Culinária

Ingredientesesparguete cozido1 dente de alhoazeite2c.(sopa) de molho de tomate e basilicovinho brancomolho inglêsameijoamexilhãosalpicante

PreparaçãoPica-se o alho e rega-se com azeite e vai ao lume alourar.Depois junta o molho de tomate e o vinho e o molho inglês e dei-xa-se cozinhar uns minutos.Adiciona-se a ameijoa e o mexilhão tempera-se com sal e o pi-cante e deixa-se cozinhar cerca de 10 minutos.Depois junta-se a massa envolve-se muito bem e deixa-se mais uns minutos.Serve-se polvilhado com oregãos frescos.

Esparguete com mexilhão e ameijoas

Sopa de letras Animais

Sudoku

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Viana do Castelo

Camara Municipal de Viana do Castelo - 258 809 300Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo - 258 800 840Bombeiros Municipais de Viana do Castelo - 258 840 400Guarda Nacional Republicana - 258 840 470Polícia de Segurança Pública - 258 809 880Polícia Marítima - 258 822 168Unidade de Saúde Local do Alto Minho (ULSAM) - 258 802 100Cruz Vermelha - 258 821 821Centro de Saúde - 258 829 398Hospital Particular de Viana do Castelo - 258 808 030Unidade de Saúde Familiar Gil Eanes - 258 839 200Interface de Transportes - 258 809 361 Caminhos de Ferro (CP) - 258 825 001/808208208Posto de Turismo de Viana do Castelo - 258 822 620Turismo do Porto e Norte de Portugal, Entidade Regional - 258 820 270Viana Welcome Center - Posto Municipal de Turismo - 258 098 415 CIAC - Centro de Informação Autárquico ao Consumidor - 258 780 626/2Linha de Apoio ao Turista - 808 781 212Serviço de Estrangeiros - 258 824 375Defesa do Consumidor - 258 821 083 Posto de Fronteiras do SEF - 258 331 311Arquivo Municipal de Viana do Castelo - 258 809 307Centro de Estudos Regionais (Livraria Municipal) - 258 828 192Biblioteca Municipal de Viana do Castelo - 258 809 340Museu de Artes Decorativas - +351 258 809/305Museu do traje - +351 258 809/306Teatro Municipal Sá de Miranda - 258 809 382 VianaFestas - 258 809 39

Barcelos

Câmara Municipal de Barcelos - 253 809 600Bombeiros Voluntários de Barcelos- 253 802 050Hospital Sta. Maria Maior Barcelos - 253 809 200Centro de Saúde de Barcelos - 253 808 300PSP Barcelos -253 823 660Tribunal Judicial da Comarca de Barcelos - 253 823 773

Agosto 2014 Viana do Castelo

F. São Bento – Dias 2/8/14/20/26F. Moderna – Dias 9/15/21/26F. Simões – Dias – 3/16/22/28F. Nelsina – Dias 4/10/23/29F. Central – Dias 5/11/17/23/29F. Manso – Dias 6/12/18/24F. São Domingos – Dias 1/7/13/19/25/31

Necrologia Contactos úteis

Farmácias de serviço

Agosto 2014 Barcelos

F. Filipe (Barcelos) – 6/16/26F. Lamela (Barcelos)- 7/17/27F. Moderna (Barcelos)- 8/18/28F. Central (Barcelos) – 9/19/29F. A minha Farmácia (Barcelos) – 10/20/30F. Oliveira (Barcelos) – 1/11/21/31F. de Barcelinhos (Barcelinhos) – 2/12/22 F. de Arcozelo (Arcozelo) – 3/13/23F. Avenida (Arcozelo) – 4/14/24F. Cunha (Barcelos) – 5/15/25

Isolina Manso Carones82 anos

Sua família cumpre o doloroso dever de parti-cipar o seu falecimento e

que o funeral se realiza Segunda-feira, dia 14, pelas 17:30 horas, da Capela Mor-tuária de Vila de Punhe, onde o féretro se encontrará em câmara ardente, para a Igreja Paroquial, seguindo a sepultar no cemitério da mesma freguesia, após celebração das exéquias fúnebres.Antecipadamente muito reconhecida, agradece a todas as pessoas que se dignarem assistir a este piedoso ato.

A família,Vila de Punhe, 13 de Julho de 2014

e carinho que lhes foram manifesta-das aquando deste triste desenlace e renovam sinceros agradecimentos pelas presenças no funeral e missa de 7.º dia, em sufrágio pela sua alma.

A família

Manuel Manso Vieira60 anos

Sua Família vem por este meio agradecer to-das as provas de pesar

Publiciteaqui

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Crónica/Opinião (frase do mês)

“É a razão que gera o amor-próprio e é a reflexão que o fortalece; é ela que volta o homem para si próprio; é ela que o separa de tudo o que o aborrece e o aflige: é a filosofia que o isola; é por meio dela que secretamente ele diz perante um homem sofredor: morre, se quiseres, que eu estou em segurança. Os perigos da sociedade no seu conjunto são a única coisa que impedem o sono tranquilo do filósofo e o arrancam do leito.”

Jean-Jacques Rousseau, in Discurso sobre a Origem e Fundamentos da Desigualdade Entre os Homens.

Gosto do Litoral Norte

Há muito de selvagem ainda, de es-tranhamente familiar. Sabemos como o vento por vezes nos leva,

intempestivo. Sabemos que nem sempre o sol ajuda, escondido. Mas há, ainda as-sim, algo de estranhamente bom no Lito-ral Norte, algo de realmente bom. Deve ser a maneira como se foge com facilidade da confusão urbana. Depois, tudo se transfor-ma em fuga levada ao expoente da neces-sidade. Torna-se necessário ir, sair. Torna-se necessário estar lá, fugindo. Gosto imenso do Litoral Norte. Nem sem-pre o prezei devidamente. Hoje, mais cons-ciente, admiro-o. Tornou-se necessário. Há um dito de Caeiro, que simplifica tudo: “O meu olhar azul como o céuÉ calmo como a água ao sol.É assim, azul e calmo,Porque não interroga nem se espanta.”É isso: o Litoral Norte, azul e calmo, tor-nou-se necessário. Gosto dele. Nem sei a sua definição geográfica, só me interessa a sua indefinição temporal. Não sei por que monte e rio ele se estanca, só me interessa o milheiral e a duna por onde ele se perde.