o vale do neiva - edição abril 2015

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Propriedade: A MÓ · Associação do Vale do Neiva (Cultural, Património e Ambiente) | Barroselas Abril 2015 | Mensal · Nº12 · Gratuito · Versão digital Tregosa recebeu peddy-paper Durrães e Tregosa Página 5 Velasco alberga mais de 500 caminhantes Vila de Punhe Página 7 Peregrinos colhidos por um carrro na reta dos Alpões Casos de polícia | bombeiros Página 11 À conversa com: Fernando Martins Entrevista · Página 18 Centenário do nascimento e homenagem Hermes Pimenta Gonçalves O dinamismo da permuta teatral entre grupos de Tregosa e Pousa Página 3 Página 14 Barroselas e Carvoeiro Cultura PUB.

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Propriedade: A MÓ · Associação do Vale do Neiva (Cultural, Património e Ambiente) | Barroselas Abril 2015 | Mensal · Nº12 · Gratuito · Versão digital

Tregosa recebeu peddy-paperDurrães e Tregosa

Página 5

Velasco alberga mais de 500 caminhantes

Vila de Punhe

Página 7

Peregrinos colhidos por um carrro na reta dos Alpões

Casos de polícia | bombeiros

Página 11

À conversa com: Fernando MartinsEntrevista · Página 18

Centenário do nascimento e homenagem Hermes Pimenta Gonçalves

O dinamismo da permuta teatral entre grupos de Tregosa e Pousa

Página 3

Página 14

Barroselas e Carvoeiro

Cultura

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ABRIL 20152

Editorial

Chegou o tempo de celebrar a Páscoa!

Ficha técnica | Diretora: Ana Patrícia Lima Redação: Domingos Costa · José Miranda · Manuel Lima · José Rafael Soares · Eduarda Alves · Rogério Braga Colabo-radores: Elisabete Gonçalves Design e Paginação: Isabel Queiroga Contacto redação: Rua do Sião, Apartado 20 - Barroselas · [email protected]

Periodicidade: Mensal Formato: Digital Distribuição: Gratuita

Os artigos de opinião são da inteira responsabilidade dos seus autores, podendo ou não estar de acordo com as linhas editoriais deste jornal.

A celebração da Páscoa é, para a igreja ca-tólica, uma das principais, senão a prin-cipal, a mais antiga e a mais importante festa do ano litúrgico.Este ano, o domingo de Páscoa será no dia 5 de abril. É um período de reflexão e tam-bém é sinónimo de reencontro entre famí-lias e amigos que vivem perto e longe. A nível gastronómico, pão-de-ló, os tre-mosos, as amêndoas, o folar da Páscoa, os

ovos de chocolote, o cabrito, os doces de gema e outras iguarias recheam as mesas das famílias que, após receberem o com-passo, celebram a ressureição de Jesus.Por este Vale do Neiva muitas tradições se cumprem graças à boa vontade de muitas pessoas em preservar a tradição. Em par-ticular no lugar das Neves, na segunda-feira de Páscoa reunem-se na mesa dos 3 abades as três cruzes do compasso pascal vindas de Barroselas, Mujães e Vila de Pu-nhe. Esta tradição remonta do Séc. XVII e

simboliza o fim da discórdia dos limites entre as localidades. Nesse mesmo dia, será ou não anunciado, com o astear da bandeira, a realização da festa em honra da Nossa Senhora das Neves.

“Além das aptidões e das qualidades herdadas, é a tradição que faz de nós aquilo que somos.” Albert Einstein

Crónica/Opinião (frase do mês)

“É costume dizer-se que contra factos não há argumentos. Ora só contra factos é que há argumentos. Os argumentos são, quase sempre, mais verdadeiros do que os factos. A lógica é o nosso critério de verdade, e é nos argumentos, não nos factos, que pode haver lógica.” Fernando Pessoa (1888 – 1935)

Ana Lima

Poesia

A traça (ou Dúvidas)

Estava eu muito sóbrio e pacienteAté que avisto uma mariposa, esvoaçando.É uma traça e eu estou só.Uma traça...uma traça vem fazer-me companhiaComo se eu fosse a roupa velha esquecida no armário antigo.Poisa aquele corpo feio sem cautela,Sem receio ou medo para com a minha possível vontade de a destruirComo se esmagam os bichos,Comprimindo-os com o dedo,Suprimindo-os com a almaE suprimindo o Criador e o EquilíbrioE outras mentiras que tentam ordenar o caos que somos.

(E penso isto como sendo um remendo do buraco irrealQue a traça veio fazer-me no linho despedaçado pelo tempo,E que se tornou num trapo recozido sem saber porquê –Foi para vestir o infante? Não, não foi,Foi para servir como mortalha ao extinguido? Não, impossível.)

Esta traça ensina-me que parte da vida é a voar sem nexo,Como ela, alada.Bate com as asas no tampo da mesaE revê a sua existência estúpida Quando tenta novamente o sentido das voltas em círculos inú-teis no ar. A traça...mando-a embora, ou deixo-a ficar?Voto-a ao desprezo dos seres distantes,Ou reclamo-a como parte da entropia do Universo?

Antes que a dúvida se desfaça, Vai a traça embora, farta de mim.

José Serra

ABRIL 2015 3

Barroselas e Carvoeiro

Centenário do nascimento e homenagemHermes Pimenta Gonçalves

Esta homenagem foi organizada por Olindo Ramos Maciel (fotografo barroselense) e a Associação de Fi-

latelia e Colecionismo do Vale do Neiva. A cerimónia iniciou-se com uma romagem ao cemitério e deposição de uma coroa de flores. Seguidamente o Salão Nobre da Casa Paroquial de Barroselas encheu-se de familiares e amigos para presenciar e testemunhar o reconhecimento e ad-miração, pela vida e obra deste artista do expressionismo através de caricaturas de gentes conhecidas no Vale do Neiva. Também estiveram presentes represen-tantes dos organismos locais, nomea-damente, o Padre José Domingos, a Pre-sidente da Assembleia de Freguesia Dr.ª Sofia Silva, a Secretária Dr.ª Natália Fer-reira e o professor Casimiro Araújo. Pre-sidiu à cerimónia o Vereador da Câmara Municipal de Viana do Castelo Eng.º Vítor Lemos, ladeado pelo autor do livro Olindo Maciel e Otelinda Pimenta Gonçalves (fi-lha do homenageado). Após uma jovem deliciar os presentes com uma música clássica, o autor do li-vro Olindo Maciel tomou a palavra e con-tou alguns episódios da sua vida ligados ao convívio e amizade com o Sr. Hermes. Começou pela sua infância, quando re-gressava da escola e passava junto do café, espreitava através dos vidros, quan-do um dia entrou e foi convidado a sentar-se num “banquinho” para ver televisão. A amabilidade, os conselhos, os exemplos e educação recebidos daquele Homem. Enquanto empresário e com loja aberta, as visitas e conversas, as caricaturas que lhe eram oferecidas, ainda a facilidade e rapidez que o Sr. Hermes possuía em ca-ricaturar alguém. Confessou que foi guar-dando aqueles “papéis” como uma relí-quia, evidenciou a última visita e a última caricatura. Foi nesta lembrança que a voz de Olindo Maciel se embargou devido à emoção, mas não era o único emocio-nado presente, podíamos vislumbrar em muitos rostos algumas lágrimas. Posteriormente tomou a palavra o Eng.º Vítor Lemos, frisando que foi em menino que conheceu o Sr. Hermes, a caminho da estação para tomar o comboio pois es-

tudava longe. Relembrou que, como o Sr. Hermes também não é um barroselense de nascença, mas que foi sempre trata-do como um menino, talvez pelo carinho que ambos sentiam nas suas relações, a alegria sentida ao ver reconhecido o ta-lento e a forma exemplar da vida do Sr. Hermes, finalizou com as felicitações à iniciativa e seus autores, aos familiares e a todos os presentes que se associaram. Para finalizar as intervenções, Otelinda Pimenta Gonçalves também relembrou alguns episódios da vida de seu pai, agra-deceu ao autor do livro a homenagem e a todos que colaboraram. Seguiu-se o lançamento do livro “Cente-nário do Nascimento de Hermes Pimenta Gonçalves”, bilhetes-postais, selo come-morativo, carimbo do dia e a inauguração da exposição de caricaturas e filatelia. O Jornal Vale do Neiva também se asso-ciou ao evento, agradece o convite, assis-

tiu e conviveu com os presentes, ouviu opiniões e alguns relatos de episódios da vida do Sr. Hermes. Muitos dos presentes opinaram que tiveram o privilégio de co-nhecer e conviver com este Homem, que além de ter deixado obra artística, deixou ainda uma obra com maior importância, a amizade e a forma como se relacionava com as pessoas.

A redação

Na manhã primaveril do domingo de 21 de março, decorreu a cerimónia de homenagem a Hermes Pimenta Gonçalves (1915-2015), natural de Vila Praia de Âncora.

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Vale do Neiva conta com mais uma centenária

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No dia 21 de março pelas 16h, o Jor-nal Vale do Neiva deslocou-se ao pitoresco Lugar da Vacaria – Car-

voeiro, Concelho de Viana do Castelo, para acompanhar a festa do centenário da Sr.ª Maria Joaquina P. Lima. A festa decor-reu na Capela de N. Sr.ª de Lurdes presi-dida pelo Padre José Domingos, em Ação de Graças pelos 100 anos. Cidadã solteira, crescrida e criada numa família de nove irmãos estando hoje apenas dois vivos. Presentemente, conta com cerca de qua-renta sobrinhos. Atualmente vive com

uma sobrinha na freguesia de Chafé e mantém uma razoável qualidade de vida, segundo a mesma. No final da cerimónia religiosa tivemos o privilégio de falar com a aniversariante, que manteve um discur-so fluido e bem-disposto. Relatou-nos o trabalho nos campos, dos socalcos daque-le lugar, dos tempos do cultivo do linho, desde o semear até à tecelagem, as voltas que o trabalho dava, os tempos da sua mo-cidade e vida muito diferente da de hoje.O Jornal Vale do Neiva endereça nova-mente os parabéns à Sr.ª Maria Joaqui-na, desejando-lhe muita saúde e muitas felicidades.

A redação

ABRIL 2015 5

Durrães e Tregosa

Tregosa recebeu peddy-paper

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A Torgo – Associação de Apoio às Artes, responsável pela organiza-ção deste evento, contou com cer-

ca de 80 participantes, distribuídos por equipas ou de forma individual e o staff de apoio. Concentraram-se junto à Ponte de Vale, onde foram distribuídas as orienta-ções e questões para a prova. As pergun-tas foram delineadas e orientadas para o conhecimento da história e património da freguesia e ainda cultura geral. Após a partida da última equipa o repórter do Vale do Neiva deslocou-se para o local de chegada (Sede da Junta de Freguesia), ali acompanhou a passagem dos vários can-didatos ao podium que, individualmente ou em equipa, procuravam desvendar os segredos contidos em cada esquina. É de salientar e louvar a pequena faixa de cal-çada com os socalcos deixados ao longo de vários anos pelos carros de bois, uma pequena amostra de outrora para as ge-rações que não viveram essa época. A organização ofereceu o lanche à chega-da. Os vencedores individuais foram:1º lugar - Joel Monteiro (137 pontos), 2º lugar - Isabel Rego (80 pontos) e 3º lugar - Bea-triz Rego (79 pontos). Na classificação por equipas ocuparam os lugares cimeiros: 1º lugar - lugar Hélio Gomes Team (144 pon-tos), 2º lugar - US-Bianas (137 pontos) e 3º lugar “Digo-te Depois” (132 pontos). As opiniões dos participantes e ainda de alguns transeuntes foram globalmente positivas uma vez que a organização foi excelente e os participantes revelaram elevado entusiasmo. Ressalva-se os pou-

A redação

Na tarde de 29 de março, pelas 15 horas, um domingo soalheiro, a freguesia de Tregosa foi invadida por entusiastas do Peddy-Paper*.

cos espectadores que acompanharam uma prova desta envergadura. Esta ini-ciativa de voluntariosos jovens que, com o seu trabalho e organização, deram a conhecer o melhor que a freguesia pode oferecer aos seus visitantes.

*O peddy-paper é uma prova pedestre de orien-tação para equipas, que consiste num percurso ao qual estão associadas perguntas ou tarefas correspondentes aos diferentes pontos inter-médios (ou postos) e que podem determinar a

passagem à parte seguinte do percurso. Tam-bém é uma atividade lúdica geralmente ligada à aquisição de conhecimentos sobre um deter-minado tema ou local.

ABRIL 20156

Mujães

Padela Naturalcomemorações do 5º aniversário

Padela Natural - apresentação de eventos 2015

O 5º aniversário da Padela Natural foi cele-brado, no dia 20 de março, com atividades saudáveis, organizando uma caminhada noturna, pelas das 22 horas. Cerca de 175 entusiastas das caminhadas e amigos da Padela, concentraram-se junto das instala-ções da Junta de Freguesia de Mujães, onde funcionou o secretariado, com destino à Se-nhora do Crasto em Deocriste. Nesse local, os participantes puderam repor as energias gastas e admirar as belas vistas sobre o rio Lima, Santa Luzia e terras vizinhas. O re-gresso seguiu, praticamente, pelo mesmo trajeto e teve o seu final nas novas instala-ções da Padela Natural, sita na antiga escola primária do Paço – Mujães. No final, foi rea-lizado o sorteio dos prémios de 2014 e ser-viu-se o delicioso bolo de aniversário.

No dia 21 de março, tendo como palco o auditório do Jardim de Infância de Bar-roselas, a Padela Natural apresentou os seus eventos “premium” para o corren-te ano: o Hard Trail Monte da Padela, a realizar no dia 13 de junho, integra o ca-lendário nacional da Associação de Trail Running Portugal. Também a realização da 10ª edição da Descida da Padela, 5ª

prova da Taça de Portugal de Downhill, este evento decorre nos dias 26 e 27 de setembro. Esta apresentação contou com a presença da comunicação social da região e dos ilustres atletas convidados, Fernanda Verde da Desnível Positivo, Ana Rocha da EDV-Viana Trail e Diogo Fernandes da equipa Run and Shine / Dr. Eduardo Merino, na modalidade de trail e Emanuel Sousa atual campeão júnior de downhill.

Depois de várias formações na área de bordados e acabamento de peças, a As-sociação Cultural de Mujães dará início a uma nova atividade, uma oficina, onde se poderá aprender a bordar qualquer ponto ou técnica e criar peças decorati-vas ou utilitárias. O participante escolhe a técnica que quer aprender ou o traba-lho a executar contando com o apoio de uma formadora, podendo assim dar lar-gas à sua criatividade.

A idade de participação não tem limites nem o género, trata-se de uma atividade aberta a TODOS.A oficina funcionará quinzenalmente às 6ª feira, entre as 19h e as 22h, tendo iní-cio no dia 11 de abril.Cada participação (aula) terá um custo de 1,50€ para suportar os encargos ne-cessários, no entanto haverá sempre um cafebreak.

Para qualquer dúvida contactar: 917 793 444/963 419 511.

A redação

Associação Cultural de Mujães

Oficina “Bordar, criar, partilhar”

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Este tipo de caminhada nocturna procura aproveitar, ludicamente, o espírito de mis-ticismo que envolve a sexta-feira’13 para, num ambiente de convívio, juntar aven-tura com cultura. O seu sucesso tem sido evidente uma vez que as pessoas têm ade-rido e manifestado satisfação.Com esta iniciativa valorizou-se o pa-trimónio da freguesia de Vila de Punhe uma vez que mostrou um elemento pa-trimonial que era desconhecido da maior parte da população. A par disso cami-nhou-se por ruas e locais emblemáticos da freguesia. Importa dar destaque ao fac-to da caminhada ter passado pelo interior da Quinta Nossa Senhora do Carmo, per-mitindo a possibilidade única de observar pormenores interessantes desta proprie-dade que data do século XVI.Esta fachada faz parte de uma construção do século XVII e terá pertencido ao Vedor Geral do Minho, Fernão de Espina Velasco, de origem espanhola, relativo à presença filipina em Portugal. Pena é ter chegado até aos dias de hoje apenas a fachada. No entanto, esta fachada bem trabalhada está adornada com elementos emblemáticos, nomeadamente a vieira de Santiago. Tudo isto nos leva a crer que o edifico teria espe-cial relevância no contexto. Quando os participantes chegaram à fa-chada da “Casa dos Espina Velasco” foram brindados com sons tradicionais prove-nientes da gaita-de-foles. Depois disso foi a vez do “Luar 13” apresentar a sua dança

com uma caracterização peculiar e umas vestes enquadradas na iniciativa.Como manda a tradição, houve, antes de ser servida a queimada galega, o esconju-ro satírico que desta vez contou com a aju-da entusiasta dos participantes. Envolto de um cenário fantástico, o espaço foi manifestamente pequeno para as mais de 500 pessoas envolvidas na actividade. A seguinte caminhada nocturna já está marcada para a próxima sexta-feira’13 no mês de Novembro. Uma palavra de agradecimentos a todos os participantes e a todos que estiverem

envolvidos na concretização da iniciati-va: Cantadeiras do Vale do Neiva, Luar’13 e Idosos + Ativos.São estas iniciativas que, quebrando a ro-tina, se destacam ao mesmo tempo que permitem, por um lado, convívio, coesão e cooperação e, por outro, hábitos saudáveis e sensibilização para o património natural e cultural!

Velasco alberga mais de 500 caminhantes

A organização

Nesta última sexta-feira’13 a freguesia de Vila de Punhe em conjunto com o Núcleo Promotor do Auto da Floripes organizaram uma caminhada nocturna à “Casa dos Espina Velasco”. Esta iniciativa denominada de “Queimada no Velasco”, veio no seguimento das três últimas organizadas no âmbito da “Sexta-feira’13 Queimada”, a referir “Queimada na Pegada”, “Queimada no Calvário” e “Queimada no Santinho”.

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Vila de Punhe

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A GNR de Viana do Castelo e a Autorida-de de Segurança Alimentar e Económi-ca detiveram dois indivíduos e consti-tuíram arguido um terceiro por suspeita da prática do crime de abate clandestino de animais, revelou hoje fonte policial.Em comunicado, o Comando Territorial da GNR de Viana do Castelo adiantou que a operação, realizada na quarta-fei-ra naquele concelho, resultou de uma investigação do Departamento de In-vestigação e Ação Penal (DIAP) daquela comarca. “Os suspeitos foram detidos em flagran-

te delito e estão indiciados na prática do crime de abate clandestino, sendo que os dois detidos já possuem anteceden-tes criminais por crimes desta nature-za”, afirma a Guarda.Um dos detidos, além do abate clandesti-no, “também está indiciado pela prática do crime de recetação e falsificação de documentos”, lê-se naquele comunicado.No âmbito daquela operação, que envol-veu 23 militares e nove inspetores, entre eles uma médica veterinária da ASAE, foram realizadas 15 buscas, três domi-ciliárias, quatro a explorações agrícolas, uma a um talho, e sete a veículos, todas no concelho de Viana do Castelo.

No decurso daquela investigação, que decorreu entre as 15:30 de quarta-fei-ra, e a 01:00 de hoje, foram detidos dois indivíduos, com idades entre os 36 e 51 anos, e foi constituído arguido um ter-ceiro indivíduo, com 17 anos, todos resi-dentes na capital do Alto Minho.Aquela força policial apreendeu uma arma para abate de animais de grande porte e 41 cartuchos, diversos utensílios utilizados no abate de animais, balança, carimbos e documentos falsos, ‘chips’, brincos para identificação animal, 335 quilogramas de carne ovina, 23 animais vivos (19 ovinos e quatro bovinos) e qua-tro motorroçadoras.

Fechada há mais de 30 anos, a Casa da Azenha será reaberta no dia em que é também palco da apresentação do pro-grama da primeira grande Romaria do Minho, a Festa das Cruzes 2015. E este será um marco com raízes. Longa é a tradição da moagem em Barcelos. Um concelho provido de um rio e de diver-sas linhas de água que tornaram possí-vel o funcionamento de várias “rodas”, que, através do seu mecanismo, permi-tiram alimentar toda uma população. Célebre é a expressão “o rio dá o pão”.A Casa da Azenha, no século XIX, cons-tava no piso inferior de uma moenda e no superior das instalações do molei-ro e da sua família. Ao longo do século XX, foi habitada por uns moleiros que aí deixavam moer os cereais a quem o pedisse. No entanto, já na década de 80 do mesmo século, o engenho deixou de funcionar. Tendo passado de família em família ao longo de dois séculos, em

1993 foi a Câmara Municipal de Barce-los quem comprou o edifício.Fechada há mais de 30 anos, agora em 2015 abre ao público revigorada e com outro objetivo. No piso de cima, terá lu-gar um Help Point para acolhimento e apoio aos milhares de peregrinos que todos os anos cruzam o concelho, oriun-dos do Caminho de Santiago, também

provindos de Santiago e a Caminho de Fátima. No piso inferior, manter-se-á o Ciclo do Pão, uma homenagem válida aos nossos predecessores que contri-buíram para o desenvolvimento da ati-vidade da moagem.No próximo ano letivo, 2015/2016, a Casa da Azenha estará inserida no programa escolar e aberta a visitas escolares.

Desmantelado grupo por abate ilegal de animais

Casa da Azenha reabre 30 anos depois como Help Point ao Peregrino

Cidade [Viana do Castelo]

Cidade [Barcelos]

Fonte: www.noticiasaominuto.com

Fonte: Município de Barcelos

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Foi um fim de dia diferente para os alunos de todo o concelho que se juntaram no au-ditório da Câmara Municipal, que encheu por completo para assistir às 32 declama-ções, num total de 68 alunos, e ainda 27 que participam com um poema inédito, desde o pré-escolar ao ensino secundário.A Câmara Municipal de Barcelos, através do Pelouro da Educação e Bibliotecas, pro-moveu mais uma vez o espetáculo “Pe-quenos Grandes Poetas” no auditório da Câmara Municipal, onde juntou pais, avós, amigos e professores para o encerramento da Semana Concelhia da Leitura.Aos vencedores em cada categoria, pré-es-colar, 1º ciclo, 2ºciclo, 3º ciclo e ensino se-cundário, nas duas modalidades, de poe-ma inédito e declamação, a vereadora do pelouro da Educação, Armandina Saleiro, entregou um cheque brinde no valor de 25 euros e livros.MODALIDADE MELHOR POEMA INÉDITOESCALÃO A (1º Ciclo)Helena Amália Macedo Faria FerreiraEB de Chorente, Agrupamento de Escolas Vale D´EsteCom o poema “A Amizade”ESCALÃO B (2ºCiclo)Carolina MirandaEB de Vila Cova, Agrupamento de Escolas de Vila CovaCom o poema “Afetos”ESCALÃO C (3ºCiclo)

Catarina Junior FerrosEB de Fragoso, Agrupamento de Escolas de Fragosocom o poema “Mundo de Afetos”ESCALÃO D (Ensino Secundário)Claudia Catarina Oliveira FernandesEscola Secundária de Barcelinhoscom o poema “Porque me torna em nada”MODALIDADE MELHOR DECLAMAÇÃOESCALÃO A (Pré-Escolar)Matilde Andrade linhares eBruno Miguel Silva BragaJardim de Infância Sta Leocádia, Agrupa-mento de Escolas Vale do TamelCom o poema “Ai, que medo!”, de Luísa Du-cla SoaresESCALÃO B (1º Ciclo)Mariana Almeida FerreiraEB de Viatodos, Agrupamento de Escolas Vale D´EsteCom o poema “Era uma vez um castelo”, de Maria Alberta MenéresESCALÃO C (2º Ciclo)Mariana Figueiras matos Barreto e Eduar-

da oliveira AraújoEB de Fragoso, Agrupamento de Escolas de FragosoCom o poema “Um Livro”, de João Pedro MessederESCALÃO D (3º Ciclo)Pedro Miguel Pereira LeiteEB de Cabreiros, Agrupamento de Escolas Braga OesteCom o poema “É fácil trocar as palavras”, de Fernando PessoaESCALÃO E (Ensino Secundário)Ângela Filipa BrochadoEscola Secundária de Barcelos, agrupa-mento de Escolas de BarcelosCom o poema “Sonetos de amor e de mor-te”, de Vasco Graça MouraMENÇÃO HONROSA MELHOR DECLAMAÇÃOESCALÃO C (3ºCiclo)Luís Duarte VieiraEB Abel Varzim, Agrupamento de Escolas de Barceloscom o poema “Amigos de verdade”, da sua autoria

Alunos de todo o concelho levaram Poesia ao Auditório da CâmaraFonte: Município de Barcelos

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Desporto Regional

A Escola Desportiva de Viana subiu ao pódio 90 vezes e conquistou 20 títulos de campeões regionais, nos Campeonatos Regionais de Juvenis, Juniores, Seniores e Absolutos de Piscina Curta. A prova de-correu a 14 e 15 Março na piscina muni-cipal da Rodovia em Braga, organizados pela Associação de Natação do Minho. Com um total de 34 primeiros, 31 segun-dos e 25 terceiros lugares, os atletas da EDV apresentaram-se em excelente ní-vel, obtivendo grandes marcas. Com es-tes resultados os atletas Juvenis, Junio-res e Seniores já alcançaram marcas que lhes dão acesso a participar nos vários Meetings Internacionais e Campeonatos Nacionais. Para além dos inúmeros recordes pes-soais obtidos pelos nossos atletas, des-tacando-se no sector feminino: Catari-na Ferreira 1ª aos 100L, 50C, 100C, 200C, 200E e 2ª aos 200L; Juliana Freixo 1ª aos 100C, 200C, 50M e 2ª aos 200L, 50C e 200M; Ana Pimenta 1ª aos 100M, 400L, 800L e 200E; Lara Vaz 1ª aos 50L e 100M, 2ª aos 50M e 3ª aos 100L e 200L; Ana Afonso 2ª aos 50L e 100C e 3ª aos 50C e

200C; Mariana Silva 1ª aos 100 e 200B e 3ª aos 50B; Jéssica Lemos 1ª aos 100C, 2ª aos 200C e 3ª aos 100L; Filipa Pinheiro 2ª aos 50M e 200C; Natacha Alves 3ª aos 100L, 200L, 100B e 200B. Já no sector masculino as principais conquistas foram: Miguel Passos 1º aos 100 e 200C, 2º aos 200 e 400L e 3º aos 100L e 50C; Tiago Martim 1 aos 400E e 2º aos 100B, 200B e 200E; Francisco An-tas 1º aos 200L, 2º aos 800L e 3º aos 400 e 1500L; Nuno Graça 1º aos 100M, 2º aos 200L e 200M e 3º aos 50M; Rafael Ribas 2º aos 50 e 100L e 3º aos 50B; Renato Pi-nheiro 2º aos 50B, 50 e 100C; Tiago No-vais 3º aos 100 e 400L; Ricardo Pires 2º aos 100C e 3º 100L; Bruno Sousa 2º aos 1500L e 3º aos 400L; André Branco 3º aos 100 e 200C; Carlos Sotelo 1º aos 100B e 3º aos 200C; João Nogueira 2º aos 200B e 3º aos 100B; João Carvalho 1º aos 100M; Mário Barros 2º aos 100M; Rui Sampaio 3º aos 100M. Em termos coletivos a estafeta Juvenil masculina foi 1ª aos 4x100L, 4x200L e 4x100E; a estafeta Júnior masculina foi 1ª aos 4x100L e 2ª aos 4x100E e 4x200L; a estafeta Sénior masculina foi 1ª ais 4x100L, a estafeta Absoluta masculina

foi 2ª aos 4x50L e 4x50E; a estafeta Jú-nior feminina foi 1ª aos 4x100E, 4x100L (novo Recorde Regional) e 4x200L e a es-tafeta Absoluta feminina foi 1ª aos 4x50E e 4x50L (novo Recorde Regional Júnior e Absoluto). A equipa vai agora trabalhar para se apre-sentar ao mais alto nível no Campeonato Nacional Juvenil, Júnior e Sénior de 1 a 4 de Abril, em Coimbra, e no Campeona-to Nacional de Clubes nos dias 11 e 12 de Abril, no Jamor. Pela EDV, participaram nestas provas os atletas Tiago Novais, Tomás Neves, João Nogueira, João Carvalho, André Branco, Francisco Antas, Nuno Graça, Ricardo Pires, Tiago Martim, Manuel Santos, Má-rio Barros, Rui Sampaio, Miguel Passos, Fábio Rodrigues, Renato Pinheiro, Rafael Ribas, Bruno Sousa, Carlos Sotelo, Bru-na Fonte, Carolina Oliveira, Lara Silva, Ana Pimenta, Jéssica Lemos, Sara Araú-jo, Ana Afonso, Lara Vaz, Mariana Silva, Catarina Ferreira, Mónica Alves, Juliana Freixo, Natacha Alves e Filipa Pinheiro. Acompanharam os atletas os técnicos José Lima, Nuno Carvalho e Valério Mi-randa, o diretor Paulo Neves e o massa-gista Alberto Ramos.

Natação: EDV sobe 90 vezes aos pódio

Escola Desportiva de Viana

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ABRIL 2015 11

A esgrimista da EDV, Carolina Oliveira, sagrou-se campeã nacional de juniores, no campeonato nacional, que teve lugar este fim-de-semana. A esgrimista com esta conquista torna-se, em simultâneo, campeã nacional de cadetes e juniores. Carolina Oliveira iniciou o campeonato nacional de juniores como uma das candi-datas ao título, pois nesta época já vencera uma competição de juniores, mas cons-ciente de que teria que estar ao seu melhor nível para poder vencer. Na fase de quali-ficação a Edvista entrou muito forte e ven-ceu todos os jogos que disputou. Nos quartos-de-final a vianense elimi-nou a esgrimista do Sport Club do Por-to, Ana Martins, por 15/3 e na meia-final afastou a lisboeta do Ginásio Clube Por-tuguês, Margarida Ravara, por 15/10. Na final Carolina Oliveira defrontou a

internacional Beatriz Sanguino. Iniciou o jogo muito determinada e a vencer, não permitindo à oponente equilibrar a partida, acabando por vencer por 15/10, sagrando-se assim, pela primeira vez, campeã nacional de juniores. Na mesma competição a iniciada Helena Afonso, cuja preparação está mais direc-cionada para o campeonato nacional de iniciadas que é um dos seus objectivos des-ta época, terminou em 5.º lugar, sendo eli-minada por uma das candidatas ao título, a lisboeta do Ginásio Clube Português, Mar-garida Ravara. Helena Afonso seria a me-lhor classificada das iniciadas em prova. Na prova masculina, a EDV esteve repre-sentada por dois esgrimistas, Tiago La-joso e Leonardo Costa, que estiveram em bom nível. Tiago Lajoso classificou-se no 6.º lugar após ser eliminado pelo inter-nacional português Rui Costa, do Sport Club do Porto, que terminaria na 3,ª posi-

ção. Leonardo Costa teve uma prestação interessante pois obrigou o campeão na-cional José Charréu a jogar ao seu me-lhor nível para o eliminar, terminando este campeonato nacional no 16.º lugar.

Todos os domingos, Jorge Barbosa, a fi-lha e uma cunhada, faziam uma cami-nhada entre Barroselas e Santa Luzia, Viana do Castelo, para se prepararem para ir a Fátima a pé, no mês de maio. No dia 15 de março, como em todos os domingos, Jorge Barbosa, a filha e uma cunhada realizavam a sua caminhada entre Barroselas e Viana do Castelo com o propósito de se prepararem para irem a Fátima a pé, no mês de maio. Nesse fatí-dico dia, foram atropelados por um carro que ultrapassou um autocarro em zona proibida. Foi por volta das 08h30, quando os três caminhantes seguiam de frente para o trânsito, como sugerem as regras de se-gurança rodoviária, na reta de Alpões. Os dois, pai e filha, foram violentamente colhidos, por trás, por um carro de ma-trícula francesa, que, apesar da linha contínua, ultrapassava um pesado de passageiros. Jorge Alfredo Barbosa, de 53 anos, sofreu ferimentos graves e foi transportado para o hospital de Braga,

em estado crítico. Estava, no domingo à noite, em coma induzido, mas estável. A filha, Mariana Barbosa, de 19 anos, sofreu escoriações na cabeça e nas pernas. Foi transportada para o hospital de Viana do Castelo e teve alta horas após o acidente.

O condutor, um emigrante em França, de cerca de 70 anos e residente em Amares, foi identificado pela GNR. O condutor do autocarro, assim como a cunhada das vítimas, que nada sofreu, são as únicas testemunhas.

Esgrima: Carolina Oliveira é Campeã Nacional de Juniores

Peregrinos colhidos por um carrro na reta dos Alpões

Escola Desportiva de Viana

Fonte: Correio da Manhã

Casos de polícia | bombeiros

ABRIL 201512

Saúde

Proposta nova classificação para o cancro da próstata

Um novo sistema para classificar a agressividade dos tumores da próstata poderá orientar melhor

os médicos na escolha do tratamento.Desenvolvido pelo grupo do patologis-ta Jonathan Epstein, da Universidade Johns Hopkins (EUA), o novo método - ainda sem nome oficial - poderá substi-tuir a chamada Escala de Gleason, usa-do desde os anos 1960 e considerado em todo o mundo a principal ferramenta de avaliação do prognóstico de homens com tumores na próstata.Na opinião de Epstein, o método tradicio-nal de pontuação pode trazer problemas de interpretação da gravidade do tumor, levando a tratamentos desnecessários.“O sistema que propomos é mais sim-ples, com graus que variam de 1 a 5. Sen-do tumores de grau 1 os mais indolentes, que requerem apenas vigilância ativa. Os de grau 5 são os mais agressivos, que

necessitam de tratamento imediato e ra-dical, como prostatectomia (retirada do órgão) e radioterapia”, explicou Epstein.Escala de GleasonSegundo o médico, que representou no evento a Sociedade Internacional de Uro-patologia, a proposta é usar a nova clas-sificação inicialmente em conjunto com a Escala de Gleason, com a qual os médi-cos já estão acostumados.Os dois sistemas são baseados na análise feita ao microscópio de uma amostra do tumor obtida por meio de biópsia. O pa-tologista observa a arquitetura do tecido prostático e avalia o quanto ela ainda se parece com a de uma próstata ssaudável.No caso do método Gleason, o relatório oferece um score final que varia entre 2 e 10. Este resultado representa a soma de dois padrões que podem variar de 1 a 5 - quanto maior o número, menos a arqui-tetura do tecido se assemelha ao normal.“O patologista, pelo método tradicional, observa qual é o padrão predominante na amostra e confere uma nota de 1 a 5. Depois avalia qual é o segundo padrão mais presente e confere uma segun-da nota. O score final de Gleason será a soma das duas notas. Mas há várias pos-sibilidades de combinação para formar, por exemplo, um score 7”, explicou Fer-nando Augusto Soares, Diretor do Depar-

tamento de Anatomia Patológica do A.C. Camargo Cancer Center.“Apenas scores acima de 6 na graduação de Gleason são considerados cancro, e mesmo um tumor de score 6 é conside-rado bom e não necessita de tratamento. O problema é que o homem pensa que o seu tumor já está no meio da escala e isso causa um grande medo do cancro”, disse Epstein.Outro problema apontado por Epstein é que um score 7 - dependendo da soma realizada (2 + 5 ou 4 + 3, por exemplo) - pode representar tanto um tumor indo-lente quanto um tumor potencialmente agressivo.“No caso de scores 8, 9 e 10 não há mar-gem para dúvidas, é preciso tratar. Mas o 7 pode gerar confusão. No novo método que estamos a propor, tumores de grau 2 seriam o equivalente a um ‘bom 7’. Tu-mores de grau 3 seriam o equivalente a um ‘mau 7’. Depois temos os de grau 4 e 5 que são progressivamente mais perigo-sos. Colocando a nota final numa escala mais apropriada, esperamos contribuir para diminuir o medo do cancro”, disse Epstein.A eficácia da metodologia foi testada e aprovada num estudo multicêntrico com mais de 20 mil doentes realizado nos Es-tados Unidos.

Dr. Jorge Neves

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ABRIL 2015 13

Alimentos mais Biológicos

Este pequeno apontamento não “téc-nico” fruto da minha visão sobre uma nova realidade que é o mundo

da produção, agrícola e animal, altamen-te intensiva, para a nossa alimentação. Como sabemos, o nosso bem-estar físico e mental, é fruto daquilo que consumi-mos diariamente, pois reflecte-se e de que maneira na nossa saúde. Refletindo um pouco sobre a origem dos produtos de origem vegetal e animal, concluímos rapidamente, que a produção tem como base produzir muito e depressa, pois existem “muitas bocas” no mundo para alimentar, por esse motivo, há que criar novos métodos de produção mais efica-zes, aumentando-se assim a produção gerando lucros cada vez maiores, pois é disso que se trata no essencial, quer queiramos quer não, mesmo que cienti-ficamente nos criem argumentos muito convincentes, para nos influenciarem todos os dias. Vem isto a propósito da produção em hidroponia dos vegetais, que já começamos a consumir em larga escala, e como sabemos a nossa vizinha Espanha já enveredou por esse caminho, inundando o nosso país com esses pro-dutos hortícolas, pois as vias de comuni-cação actuais, permitem o escoamento da produção em tempo real. A produção nesses moldes, não tem nada, ou muito pouco de biológico, mesmo com parâ-metros muito apertados de qualidade,

incluindo meios tecnológicos avançados no controle dos vários nutrientes incor-porados no crescimento das plantas. A produção animal, num contexto diferen-te, também é atingida e de que maneira pelas transformações, ao nível da produ-ção intensiva de carne e peixe. As altera-ções são profundas não sendo benéficas para o ser humano. O resultado dum es-tudo recente vem demonstrar, que o uso intensivo de herbicidas será eventual-mente, um dos causadores das doenças cancerígenas no ser humano. A produ-ção biológica vegetal e animal para auto consumo, que existia num passado bem recente, desapareceu “quase” completa-mente, o poder económico das pessoas e

o consumismo passou a falar mais alto. Porquê produzir “trabalhar” se posso comprar tubo em abundância? Não te-nho dúvidas, estamos a ser atingidos na nossa saúde por doenças novas e mais perigosas, veja-se por exemplo a evolu-ção das doenças cancerígenas que con-tinuam a ceifar vidas de gente jovem, na nossa região poderia enumerar vários casos, não podemos ignorar essa reali-dade. Venham cursos de formação, para agricultura biológica, ponham os nossos jovens e adultos a “mexer” na terra. A produção e alimentação biológica como era no passado, terá que voltar urgente-mente, para bem da nossa saúde e dos vindouros.

Ambiente

Manuel Lima

Belezas do Vale do Neiva

Legenda:Fotografia › Manuel LimaBarcelos – Fragoso

ABRIL 201514

Cultura

O dinamismo da permuta teatral entre grupos de Tregosa e Pousa

Integrado no Ciclo de Teatro Popular de Barcelos, com apoio do munícipio de Barcelos, entre os dias 7 e 14 de março,

realizaram-se uma permuta entre grupos teatrais da freguesia de Pousa e da união de freguesias de Durrães e Tregosa.O Ciclo de Teatro Popular de Barcelos, a de-correr no mês de março, integra 9 grupos de teatro nomeadamente, Os Pioneiros da Ucha, Teatro Popular de Carapeços, Teatro-Neiva, O Branselho, Amigos do Pato, Tom de Festa, Amadores de Balugas, Oficina de Teatro AVAI e Teatro Experimental dos Fei-tos. A iniciativa visa a promoção da itine-rância e intercâmbio entre grupos de teatro amador com cenas produzidas, encenadas e escritas em Barcelos. É uma contribuição para a visibilidade, reconhecimento e par-tilha de ideias e projetos.No dia 7 de março, pelas 21h30, o Teatro-Neiva, deslocou-se à freguesia de Pousa para apresentar “Momentos de Paródia I” da temporada 2014/2015. A noite de teatro que coincidiu com as comemorações do dia internacional da mulher, 8 de março, não se fez sentir no número de pessoas que estavam a assistir ao teatro. O salão encheu-se de pessoas que durante cerca de duas horas, que “passaram a voar” se-gundo os comentários dos presentes. As gargalhadas e a euforia foram uma cons-tante. O TeatroNeiva primou por apresentar sketchs, maioritariamente, de cariz cómico retratando o quotidiano das gentes do Vale do Neiva. A atuação foi abrilhantada com a presença de três músicos tocando, com os seus instrumentos de cordas, e cantando músicas populares portuguesas. No final da atuação, o público manisfestou o seu agrado com um aplauso bem forte, unísono

e prolongado que revelou que o tempo pas-sado foi do agrado e com aprovação.O Branselho, no dia 14 de março, deslocou-se ao salão nobre da junta de Freguesia de Tregosa, onde fez a sua atuação da peça “O cabaz da alegria”, pelas 21h30. A peça sa-tirizava a sociedade, particularmente as profissões mais típicas, dos anos 60, com maroteira e alegria à mistura. O salão no-bre teve locatação esgotada. A população de Tregosa e das freguesias circunvizinhas aceitaram o convite e marcaram presença

em força. A atuação foi do tipo de teatro de revista, dislumbrando os presentes, com músicas e danças sobejamente conheci-das provocando o acompanhamento vocal e ritmado das palmas. Foi um espectáculo onde a conjugação de cores e diversidade de atores possibilitou apreciar um bom es-petáculo. No final do espetáculo, o público aplaudiu energeticamente e com sorrisos claramente estampados nos seus rostos. Manifestou satisfação pelo tempo passado e felicitou a iniciativa.

A redação

Atuação TeatroNeiva – 7 março

Atuação TeatroNeiva – 7 março

Atuação O Branselho – 14 de março Atuação O Branselho – 14 de marçoAtuação O Branselho – 14 de março

Atuação TeatroNeiva – 7 março

ABRIL 2015 15

Muitas vezes surge a dúvida! Quando devo procurar ajuda de um psicó-logo? Esta dúvida surge, normal-

mente, associada ao preconceito e à vergo-nha de ir a uma consulta de um psicólogo. Para muitas pessoas, este é ainda um tema que provoca dúvidas, nomeadamente, quais serão as vantagens ou desvantagens de ter o meu filho no psicólogo?Em primeiro lugar os pais devem ponderar a existência ou não de algum comportamento que prejudique a vida quotidiana do seu fi-lho, ou se a criança está a ter algum compor-tamento que prejudique os seus hábitos de vida saudáveis. Existem alterações em ter-mos de relacionamentos com a família, com os amigos, no desempenho escolar ou na saúde? Se a sua resposta for sim, é necessá-rio analisar alguns pressupostos, como por exemplo, há quanto tempo é que isto acon-tece? Houve um aumento da intensidade

dos comportamentos nos últimos dias? De que forma é que estas alterações estão a in-terferir com a vida da criança? Quais são as limitações da criança neste momento? Esta avaliação inicial pode ser feita quer pelos pais, quer pelos professores ou mesmo por alguém significativo para a criança. Não se culpabilize caso identifique algum problema com o seu filho, mas sim procu-re ajuda junto de algum psicólogo que possa ajudá-lo a resolver esta situação. Relembre-se que durante o processo terapêutico todas as pessoas significativas podem contribuir para o sucesso da criança. Exemplo de algumas situações que podem indicar a necessidade de apoio psicológico:- Sinais de tristeza/isolamento e depressão; -Comportamentos disfuncionais quando a criança se movimenta de um lado para o outro; -Mudanças bruscas no comportamento; -Sentimento de irritação e inquietação per-manente; -Redução da qualidade de vida; -Situações de tristeza e choro frequente; -Falta de prazer e emoção nas atividades que antes gostavam e lhe davam prazer; -Problemas em termos de concentração; -Quebra em termos de resultados escolares; -Alterações nos hábitos de sono; -Retrocesso em situações que já eram co-

nhecidas anteriormente; -Atraso no desenvolvimento; -Alterações em termos de apetite; -Queixas frequentes em termos somáticos.Caso identifique alguma destas situações no seu filho ou mesmo em si procure aju-da junto de um profissional. Não deixe que o preconceito o leve ignorar estes sintomas, principalmente se já utilizou várias estraté-gias e nenhuma delas foi capaz de solucio-nar o seu problema. Esta será uma atitude de maturidade e coragem e não fraqueza como muitas pessoas acham. Relembre-se há sempre uma possibilidade de mudança desde que seja identificado um problema e a vontade de mudar. Deixe que alguém o aju-de a conhecer a si próprio resgatando a sua autoestima e o seu autoconceito.

“Um dia depois, após várias hesitações a decisão acaba por ser tomada, as vanta-gens na mudança são superiores às van-tagens em manter-se na mesma situação.”

Cristiana FélixPsicóloga/Formadora

Quando procurar um psicólogo?

Cristiana Félix

Opinião

Nova rúbrica!

Belezas do Vale do Neiva Dê asas à imaginação! Quer ver as suas fotos publicadas no jornal? Envie-nos [email protected]

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ABRIL 201516

O Estado e as drogasparte 2

Estranho mundo o da racionalidade europeia, apostado em generalizar a aventura do lucro pelas viagens ao

globo e permitindo o sabor do livre-arbí-trio à medida que o despotismo se vai re-duzindo a uma encenação distante e au-sente. Estranho mundo, dizíamos, porque tanto condena como tolera, tanto distrai como concentra. Ainda hoje se discute a morte como pertencente ao indivíduo e já Thomas Jefferson, nos finais do sécu-lo XVIII clamava pela eutanásia como di-reito, e, remetendo mais uma vez para os gregos, que deles parece provir toda a sa-gacidade transparente das palavras, euta-násia significava uma morte sã (de eutha-natos). Os homens das Luzes recorrem a vários tipos de ajudas contra as dores, das quais os opiáceos se mantêm como pre-feridos mantimentos. A vida, relembre-se, pertence a cada um, e ninguém melhor do que nós mesmos para decidir o que tomar ou ingerir, seja para abater a dor, seja para abater uma vaga existência.Retomemos a questão das drogas. Os por-tugueses devem uma certa culpa ao mun-do. São suas as primeiras incursões de espírito capitalista no universo das espe-ciarias. Também os italianos promoveram semelhantes incursões. As manufacturas europeias, sem procura na Ásia, não fazem correr rios de ouro e de prata como prome-tera a descoberta do Novo Mundo. Sendo o vil metal o único modo de pagamento admissível na China, e não querendo os ocidentais dispensar tanto numerário, ra-pidamente se criou um problema comer-cial sem fim à vista. Tomaz Pires de Leiria, Garcia da Orta ou Cristovão da Costa são alguns nomes dos nacionais que se fize-ram embaixadores e boticários ao mesmo tempo. Introduzem no Oriente as primei-ras vagas de suco da dormideira até que o imperador da China proíbe a importação de ópio em 1729, e, depois, o seu cultivo. O motivo baseava-se no abatimento das re-servas monetárias dos chineses. Entre portugueses, holandeses e ingleses se disputa o monopólio, sendo que a East India Company o adquire com vigor e au-dácia. Os lucros obtidos com a proibição de um produto aumentam a expectativa em torno da introdução dos opiáceos em solo oriental. Vários serão os tratados as-

sinados em meados do século XIX, com fim à permanência do estrangeiro, trata-dos assinados com base na força da in-vasão. Conhecerá qualquer um tal feito como Guerras do Ópio. O que se assistirá posteriormente é a um processo de dupla moral: quando o comércio se torna legal, visto que sobe ao poder na China uma re-conhecida opiómana, os lucros baixaram consideravelmente, levando o Parlamento inglês, em 1890, a considerar o negócio do ópio como uma empresa moralmente in-justificável. Em 1838 o mesmo Parlamento recomendava a manutenção de uma fonte de receitas tão importantes. Nos finais do século, a Royal Comission on Opium de-clarava haver um uso habitual sem conse-quências para a saúde e para o bem-estar.O progresso novecentista também na quí-mica deixava a sua marca. A morfina, a codeína, a atropina, a cafeína, a cocaína, a heroína, a mescalina e os barbitúricos são invenções dessa época do laboratório. Data dessa altura o nascimento de posteriores gigantes da farmacêutica, como F. Bayer, produtor da aspirina. Continuavam os re-latórios. A Indian Hemp Drugs Comission, de 1894, declarava que o uso moderado de haxixe não produzia efeitos nocivos. No século XX, as drogas passam a estar dis-poníveis nas farmácias e nas drogarias. Mas provém dos Estados Unidos a reacção mais díspar, uma reacção puritana adja-cente à progressiva liquidação do Estado mínimo, que mais não fez do que acentuar o monopólio de médicos e farmacêuticos sobre as drogas. Em 1869, cria-se o Prohi-bition Party, em 1873, a Sociedade para a supressão do vício e, em 1895, a Anti-Sa-loon League. O objectivo será o de manter os Estados Unidos limpos de ebriedade, jogo e fornicação. A aliança entre este pu-ritanismo estatal e o terapeutismo tornar-se-á mais óbvia nas décadas seguintes.O que é, afinal, a Lei Seca, de 1920? Segun-

do o seu criador, o senador Volstead, tinha que se “fechar para sempre as portas do inferno”. As estatísticas dizem-nos que em 1932 já tinham sido criados quinhentos mil delinquentes, consumando-se a sua revogação em 1933. Al Capone, o símbolo máximo do traficante entre-guerras, será julgado por delito fiscal e não por contra-bando, o que denota a incongruência na análise de todo este fenómeno. Não temos o tempo e o espaço devido para explicar o que acontece depois, tomado já o exemplo do falhanço abismal desta lei. Associa-ções religiosas puritanas, a generalização do pensamento de Ford e da produtividade a todo o tecido social, um Estado federa-lizado sem coerência teórica, uma polícia imbatível na perseguição ao criminoso – a essa figura que a ilegalidade do natural criou e fez perdurar até aos dias de hoje -, um ambicioso projecto daquilo a que T. Szasz denominou como farmacracia, um “poder assente no monopólio sobre as dro-gas desejadas por outro”: tudo se interliga-va em ambientes de guerrilha (América do Sul), ambientes de conveniência (CIA e FBI) e ambientes de consenso (do Convé-nio de Genebra, em 1936, ao Convénio so-bre substâncias psicotrópicas, 1971), com vista à criação do viciado, que, diga-se, se no mundo existira, dele não há referências antes dos jogos de poder do século XIX. Quem criou, afinal, a plêiade de drogas sintéticas criadas em laboratórios mun-dialmente certificados e reconhecidos, elaboradas para combater um vício ante-rior mas executoras de devassidão ulterio-res? As mesmas personagens, mostra-nos a história, que condenaram o consumo a segundo as regras de cada um. Legislar sobre o que cada um deve ou não tomar, a que horas o quer fazer, e onde o deseja, é um ataque ébrio de politiquice, sempre de-vidamente amparado pelo que diz o médi-co de ali e o farmacêutico de acolá.

José Rafael Soares

ABRIL 2015 17

Ter sucesso com uma Página de Internet

Elisabete Gonçalves

Atualmente é comum qualquer ne-gócio ambicionar ter a sua página na Internet (website) onde esperam

encontrar os seus produtos, serviços, in-formação institucional. Facilmente con-seguem ter, mas a diferença está nos de-talhes e consequentemente, no retorno dessa presença online. O website é uma parte demasiado importante do marketing do negócio e tem de refletir claramente os objetivos e a estratégia, como tal, deve ser definido um plano que privilegie o conteú-do e o design e um acompanhamento con-tínuo e eficaz gerando mais dinâmica.Um dos detalhes mais relevantes é o con-teúdo. Utilizando a técnica de escrita ba-seada em palavras-chave, otimizadas para motores de busca (SEO), aumenta sig-nificativamente a exposição dos seus pro-dutos e serviços, a consumidores locais, de âmbito nacional e até mesmo inter-nacional. Com a utilização generalizada das ferramentas de busca, como o Google, o seu negócio poderá ser pesquisado por

milhares de pessoas.A escolha do design gráfico tem de pri-mar pela exclusividade, simplicidade e à imagem do seu negócio. A interface que o visitante tenha uma experiência posi-tiva e atinja assim os objetivos, ou seja, conceder-lhe a informação desejada e de forma agradável e intuitiva, tudo isto em qualquer equipamento informático desde computador, tablet e telemóvel/smartpho-ne. Estando assegurados conteúdo com qualidade e design aprimorado, o site será funcional e ainda mais se estiver total-mente integrado com as redes sociais. A decisão de disponibilizar o site online e a funcionar sem erros, é um momento decisivo em que o lançamento deve ser promovido através dos vários meios de di-vulgação tais como a newsletter, publica-ções em redes sociais regulares, adicionar um link “veja o nosso novo website” na sua assinatura de email, Mudar a mensagem da sua linha de telefone principal para informar quem telefona sobre o seu novo website. Mais vale usar o tempo de forma produtiva no projeto principal para ir ao encontro dum lançamento bem sucedido com resultados positivos a prazo, desde de contactos de potenciais clientes, parceiros, entre outros. Os interessados terão facilmente acesso aos seus contactos e informação sempre atualizada, 24 horas por dia, todos os dias da semana. Poderão entrar em contacto

com a sua empresa em qualquer altura, deixando de perder contactos, principal-mente potenciais clientes, por questões de horário ou disponibilidade.Está comprovado que um posicionamento efetivo no mundo digital tem muitas van-tagens, e numa perspetiva financeira é de assinalar que se reduzem consideravel-mente os custos comparando com outros meios de publicidade como telemarketing, panfletos, correspondência, outdoor e o alcance que a sua empresa terá, será in-finitamente maior do que qualquer destes tipos de publicação mais tradicional. Cer-tamente, este será o melhor investimento publicitário e de divulgação que poderá fazer hoje em dia com o número de inter-nautas a aumentar exponencialmente. A empresa, por sua vez, ao entender a di-mensão do projeto, pode constatar que com os seus colaboradores internos não é pos-sível manter o nível, ou não se ter as com-petências necessárias de escrita, ou até mesmo desenvolver um trabalho de “ali-ciar” o leitor pelo que, é sensato e recomen-dável delegar esta função ao profissional de marketing digital que com experiência e conhecimento, desenvolverá uma dinâ-mica orientada para os resultados positivos com impacto, direto e indireto, nas vendas.

Elisabete GonçalvesConsultora Marketing Digitalwww.bphlassessoria.com 

Sugestão ao leitor

Sugestão cinematográfica

CitizenfourTítulo original: CitizenfourDe: Laura PoitrasGénero: DocumentárioClassificação: M/12Outros dados: EUA/ALE, 2014, Cores, 114 min.Em Janeiro de 2013, a documentarista Lau-ra Poitras recebe um “email” encriptado de alguém que se denomina de “Citizenfour”. Nessa mensagem, são-lhe oferecidas in-formações inéditas sobre práticas de es-cutas ilegais da Agência de Segurança Nacional (NSA) e outros serviços secretos norte-americanos. Poitras trabalhava há anos num filme sobre a monitorização de

escutas efectuadas no pós-11 de Setembro e utilizadas ilegalmente pelos serviços de segurança dos EUA. Em Junho do mesmo ano, ela e o repórter Glenn Greenwald de-cidem viajar até Hong Kong (China), para o primeiro de muitos encontros com o au-tor daquela mensagem, que mais tarde se apresenta pelo nome de Edward Snojwden. Veio a revelar-se um antigo analista da NSA. Entregou-lhes documentos que reti-rara ilegalmente dos servidores da maior agência de serviços secretos do planeta. As gravações das várijas entrevistas que lhe foram feitas deram forma a este filme, que

recebeu o Óscar de Melhor Documentário. Fonte: cinecartaz do PÚBLICO

ABRIL 201518

Entrevista

Nome: Fernando MartinsNaturalidade: Massarelos - PortoDescendência: António Martins da Rocha e Maria Lúcia Alves VilarinhoCasado com 2 filhosEra uma criança extrovertida.Local de férias preferido: PraiaPrato preferido:  Qualquer prato de Baca-lhau Personalidade portuguesa e internacio-nal de quem simpatiza:  Joaquim Agosti-nho, Nelson MandelaCidade portuguesa de eleição: Viana do CasteloMúsica preferida: Port de Amesterdam de Jacques BrelPaís de sonho: SuiçaMelhor filme:  E Tudo o Vento LevouCom que regularidade usa a internet:  Dia-riamenteMomento mais feliz da vida: CasamentoTambém o menos feliz: Falecimento do meu paiUma qualidade: SeriedadeDefeito: TeimosoPaixão: RugbySe PerteNCeu a aLguMa(S)  aSSo-Ciação(õeS) Diga aLgo Sobre eLa(S), e, Sobre Si NeLa(S):-  ONAIA  (Núcleo de Investigação de Afi-fe) – cargo de tesoureiro- CRAV (Clube de Rugby de Arcos de Val-devez)- Centro Social e Paroquial de Alvarães – Atividades Tempos LivresCOM qUE IDADE E DATA INICIOU A ATI-VIDADE POLíTICA:em 1997, com 41 anos.PORqUE ACEITOU O DESAFIO AUTáR-qUICO? Para ser influente na mudança da organi-zação coletiva da freguesia.qUAL O PRIMEIRO CARGO COMO AU-tárquiCo? Membro da Assembleia de Freguesia, na oposição.SENTE-SE CONFORTáVEL POR TODOS OS CARGOS OCUPADOS? Sim.ACEITOU COM OTIMISMO OS CARGOS qUE ExERCEU COMO PROFISSIONAL e PoLítiCo? Sim.PREVISõES SOBRE O FUTURO NO IME-Diato, MéDio e LoNgo Prazo. A nível político as situações estão com-plicadas porque nos falta o financiamen-to. Para além disso, hoje em dia, com as

novas regulamentações cada vez é mais difícil trabalhar.SERá qUE ESTá ARREPENDIDO DE PO-SIÇõES ASSUMIDAS AO LONGO DA SUA viDa? NãoAS AMIzADES ExTRA FAMíLIA, PRO-fiSSioNaL e PoLítiCa, SeNtiraM  ou SeNteM  a Sua auSêNCia NeSte Pe-ríoDo? SimO qUE É SER PRESIDENTE DE JUNTA DE fregueSia? É uma  responsabilidade  muito grande, é representar a freguesia. Mas é muito com-plicado porque as pessoas pensam que este cargo nos dá competência para deci-dir e fazer tudo e mais alguma coisa e não é bem assim.TODO O CIDADÃO TEM DIREITOS E DE-VERES. O PRESIDENTE DE JUNTA TAM-béM oS teM? Claro, sou um cidadão igual a qualquer ou-tro.A CRISE ROÇOU OU ALOJOU-SE NA JUN-TA DE FREGUESIA.Alojou-se, como em todo o lado.UMA MENSAGEM A TODOS OS RESIDEN-teS eM aLvarãeS. Alvarães é uma vila com muitas neces-sidades a todos os níveis. O executivo da Junta  conhece as problemáticas da fre-guesia e está a planear resolvê-las. Esta é, no entanto, uma luta permanente que infelizmente não depende apenas da von-tade do executivo. Contudo, pautamos a nossa intervenção pela proximidade com todos os alvaranenses e assim, esperamos conseguir ir ao encontro das necessidades de todos.UMA MENSAGEM A TODA A EqUIPA qUE O ACOMPANHA NESTA LABUTA AUTáR-quiCa. Esta é uma equipa  jovem e  coesa, que

aceitou acompanhar-me desde o primeiro dia em que a minha candidatura começou a fazer sentido. Trabalhadores, persisten-tes e lutadores. Espero poder continuar a contar com a força deles e que saibam que podem contar comigo sempre.BALANÇO DA JUNTA DE FREGUESIA ATÉ AOS DIAS DE HOJE.Neste último ano e meio tivemos que fazer uma grande gestão do dinheiro que tínha-mos disponível, uma vez que, herdamos o pagamento de obras do executivo anterior. Ainda assim  apostamos na área social, mais dirigida aos seniores e às crianças. Apoiamos também as várias associações existentes na freguesia através da atribui-ção de um subsídio.uM PeNSaMeNto.  Para conseguir pouco, tem que se traba-lhar muito.

À conversa com: Fernando Martins

ABRIL 2015 19

Agenda do mês [Concelho Viana do Castelo]

ABRIL 201520

Agenda do mês [Concelho Barcelos]

ABRIL 2015 21

Agenda do mês [Concelho Ponte de Lima]

ABRIL 201522

INGREDIENTES. filetes de peixe. limão. 2 dentes de alho. farinha para fritos. sêmola de milho. ovo batido. óleo para fritar. 1 lata de polpa de maracujá Koala. 1 colher de sopa de manteiga

PREPARAÇÃOTempera-se os filetes de sumo de limão, sal e alho picado.Passe cada filete por farinha para fritos, ovo batido e por sêmola de milho (por esta ordem). Frite em óleo bem quente 170ºC. Escorra-os em papel absorvente.

PARA O MOLHO:Abra a lata de polpa de maracujá e ferva-a para reduzir durante 5 minutos. Já fora do lume acrescente uma colher de sopa de manteiga para engrossar o molho.Sirva os filetes com o molho.

Chefe Liliana - koala

Culinária

FIlETEs DE PEIxE COM MOlHO DE MArACuJá

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ABRIL 2015 23

Viana do Castelo

Camara Municipal de Viana do Castelo - 258 809 300Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo - 258 800 840Bombeiros Municipais de Viana do Castelo - 258 840 400Guarda Nacional Republicana - 258 840 470Polícia de Segurança Pública - 258 809 880Polícia Marítima - 258 822 168Unidade de Saúde Local do Alto Minho (ULSAM) - 258 802 100Cruz Vermelha - 258 821 821Centro de Saúde - 258 829 398Hospital Particular de Viana do Castelo - 258 808 030Unidade de Saúde Familiar Gil Eanes - 258 839 200Interface de Transportes - 258 809 361 Caminhos de Ferro (CP) - 258 825 001/808208208Posto de Turismo de Viana do Castelo - 258 822 620Turismo do Porto e Norte de Portugal, Entidade Regional - 258 820 270Viana Welcome Center - Posto Municipal de Turismo - 258 098 415 CIAC - Centro de Informação Autárquico ao Consumidor - 258 780 626/2Linha de Apoio ao Turista - 808 781 212Serviço de Estrangeiros - 258 824 375Defesa do Consumidor - 258 821 083 Posto de Fronteiras do SEF - 258 331 311Arquivo Municipal de Viana do Castelo - 258 809 307Centro de Estudos Regionais (Livraria Municipal) - 258 828 192Biblioteca Municipal de Viana do Castelo - 258 809 340Museu de Artes Decorativas - 258 809/305Museu do traje - 258 809/306Teatro Municipal Sá de Miranda - 258 809 382 VianaFestas - 258 809 39

Barcelos

Câmara Municipal de Barcelos - 253 809 600Bombeiros Voluntários de Barcelos- 253 802 050Hospital Sta. Maria Maior Barcelos - 253 809 200Centro de Saúde de Barcelos - 253 808 300PSP Barcelos -253 823 660Tribunal Judicial da Comarca de Barcelos - 253 823 773

Necrologia Contactos úteis

Porfírio Fernandesda CunhaSua família vem por este úni-co meio manifestar a todas as pessoas o seu reconhecimento pelas inúmeras provas de con-sideração e amizade recebidas aquando do doloroso transe e participam que a Missa de Sé-timo Dia de sufrágio pela alma da saudosa extinta, será cele-

brada sexta-feira, dia 20 de março, pelas 18:00 horas, na Igreja Paroquial de Vila de Punhe. Do mesmo modo, agradecem a todas as pessoas que se dignarem assistir a esta Santa Eucaris-tia.

A família,Vila de Punhe, 19 de fevereiro de 2015

Manuel da CruzFernandes BarbosaSua família vem por este úni-co meio manifestar a todas as pessoas o seu reconheci-mento pelas inúmeras provas de consideração e amizade recebidas aquando do doloro-so transe e participam que a Missa de Sétimo Dia de sufrá-gio pela alma da saudosa ex-

tinta, será celebrada segunda-feira, dia 23 de março, pelas 18:00 horas, na Igreja Paroquial de Mujães. Do mesmo modo, agradecem a todas as pessoas que se dignarem assistir a esta San-ta Eucaristia.

A família,Mujães, 19 de fevereiro de 2015

Olho para a tua fotografia e tenho memó-rias. Um misto delas e bem contraditórias, por sinal.Recordações dos belíssimos momentos que passamos e vivemos juntos…memórias.Melancolia quando fecho os olhos e oiço a tua voz tão perto, tão perto…memórias.Flexibilidade cada vez que estávamos jun-tos…memórias.Paciência para aturar as tuas atitudes mais insólitas, mias invulgares…memórias.Desvaneio da minha pessoa ao ter-se envol-vido com a tua pessoa…memórias.Vazio porque terminámos muito antes do que eu pensava mas começamos ainda mais cedo…memórias.

Compreensão para a tua pessoa tão comple-xa e básica simultaneamente…memórias.Pensar que unia o meu pensamento ao teu e se dava uma fusão imensa, única, só nossa…memórias.Imprevisto quando me aparecias com um lindíssimo ramo de rosas vermelhas…me-mórias.Lindo quando sorrias com uma mistura de criança-homem, sorriso envolvente…memórias.Entendimento é uma palavra do passado, no presente nada existe…memórias.Noção do que era a nossa relação e a realida-de e teatro que a envolvia, nunca a tiveste…memórias.Nostalgia dos momentos em que me tor-navas princesa, simplesmente porque num

passo de magia te tinhas transformado no príncipe…memórias.Pensar que um dia foste principe, hoje és sapo…memórias.Mágoa por te ter permitido que me seduzis-ses e arrebatasses…memórias.Discernimento para me afastar da tua pes-soa e de toda a inércia e futilidade que te ro-deia…memórias.Já reparaste que tudo se resume a memó-rias, quando o assunto somos nós os dois? E sabes porquê? Calculo que não! Porque enquanto fomos nós, eu quis que tu fosses a minha memória. Já tu quiseste fi-car na minha memória. Faz toda a diferença e o resultado é visível…memórias.Eu…Tu…Memórias.Um triângulo de difícil resolução.

Crónicas do DelfimAna Borges

ABRIL 2015

Património

Episódios do nosso Vale Desavença

Há muitos anos atrás, Rosa e Caro-lina, duas velhotas vivaças, resol-veram minorar as dificuldades da

vida, vendendo bacalhau frito na feira que semanalmente se realiza no nosso vale. Os tempos iam maus e para vender era preci-so ter alma de negociante. Era preciso ali-ciar as pessoas e para isso havia que mo-dificar o sistema de vendas. As duas, cada qual à sua maneira, depressa se apercebe-ram disso. Rosa que era mulher de vistas largas, resolve fazer as postas de bacalhau maiores, ao mesmo tempo lhe junta rode-las de cebola, alho picado e pimento doce. Para Carolina a questão residia no maior número de postas vendidas, para tanto, ha-via que reduzir ao preço, mesmo que fos-se necessário reduzir às postas, foi o que fez. Os resultados no entanto não foram iguais. Enquanto Rosa viu subir as vendas, Carolina mesmo com preços mais baixos, vendia cada vez menos. Esta constatação causou-lhe tanta inveja que já mal podia ver a vizinha do lado a negociar. De feira para feira Carolina vendia menos, enquan-to Rosa não tinha mãos a medir. A inveja inicial de Carolina passa a raiva e certo dia, não se contenta atira desabrida a Rosa, não sei que raio deste aos fregueses para que eles só comprem a ti. Rosa que não gostou do tom que a outra empregou, responde na mesma moeda, se calhar dei-lhes água de cú lavado mulher. Não lhes desses tu outra coisa… responde Carolina com intenção, com intenção para insistir com o mesmo raciocínio. Sim se eles compram bacalhau e sendo ele mais caro que o meu, alguma coisa há-de ser, não é verdade Rosa. Olha lá grande malcriadona; o teu bacalhau poderá ser mais barato, mas também não chega a ter metade do tamanho do meu e os fregue-ses não são trouxas para trocarem o mais barato pelo mais caro. Agora quanto ao res-to, achava bem melhor olhares para ti, veri-ficares bem o que és e só depois falares dos outros. Carolina quando nova não foi o que propriamente se pode chamar um modelo de virtudes. De imediato se apercebe onde a sua amiga queria chegar. Muito ofendida pois a verdade às vezes é incómoda, procu-ra resolver convincentemente e duma vez por todas a questão, provocantemente vira as costas a Rosa, inclina-se para a frente e com um gesto rápido levanta as saias ro-dadas até à cabeça. Mais rápida consegue ser a Rosa que pega no tacho sem se preo-

cupar com as três postas quase fritas, zás tacho bem assente no rabo da outra. Caro-lina rebola, grita, queixa-se e geme. O povo aproxima-se fazendo roda em volta dela. O Tone cebolas chega um pouquinho atrasa-do e quer saber o que se passa com a aflição da mulher. Ninguém sabe ao certo, mas o Bernardo da Veiga encolhendo os ombros sempre lhe vai dizendo, não percebo nada disto. Diz que é do cu, do cu?, exclama ata-rantado o Tone Cebolas. Pensa um pouco.

Toma uma decisão e vai-se embora comen-tando com os seus botões, não deve ser caso muito grave pois até hoje ainda não vi ninguém a morrer com dores no cú.

Ismael CarvalhoIn “Jornal o Vale do Neiva” Julho 1984A Redação