jornal do vale - edição 06 - agosto de 2010

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ANO I - NÚMERO 6 VALE DO ARAGUAIA, AGOSTO DE 2010 R$ 0,50 ITAPIRAPUÃ Uma cidade limpa, sem dengue e com obras [6 Queimadas aumentam 100% em relação ao ano passado COLIGAÇÃO GOIÁS QUER MAIS. PSDB - DEM - PTB - PPS - PTC - PT do B - PHS - PRTB - PMN - PSL - PRB GOVERNADOR GOVERNADOR Eleição 2010 Comite Financeiro GO Unico PSDB - VALOR R$ 2.500,00 Em Goiás fogo acidental destruiu mais de 60% do Parque Nacional das Emas O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) até a segunda-feira 16 registrava 30.825 focos de incêndios em todo o Brasil, o dobro de 2009, quando foram registrados 15.228 fo- cos. Assim, o número de focos de in- cêndios acumulado entre os dias 1° de janeiro e 16 de agosto aumentou 100% em relação ao mesmo período de 2009. De acordo com o coordenador do Monitoramento de Queimadas do Inpe, Alberto Setzer, 2010 está sendo um ano muito mais seco do que 2009, com tem- peraturas mais altas, umidade relativa do ar mais baixa e sem chuvas, o que facilita o uso e a propagação do fogo. Em Goiás, o fogo já destruiu mais de 60% do Parque Nacional das Emas, que é a maior reserva de cerrado do país. O fogo começou no pasto de uma fazenda após um curto-circuito. [8 Mara Rosa comemora aniversário A cidade de Mara Rosa comemo- ra nos primeiros dias de setembro seus 47 anos de emancipação com vasta programação marcada por inau- gurações de obras e lançamento de novos serviços. [7 Programas de TV mostram museus locais A história e a particularidade dos principais museus de Goiás são apre- sentadas no Canal 21 da Net, e no Ca- nal 32 UHF – TV CAPITAL, desde o início do mês de junho, aos domingos, às 17:30h, através da série de programas “Museu Vivo”. [5

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Leia nesta edição do Jornal do Vale: Queimadas aumentam 100% em relação ao ano passado

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ANO I - NÚMERO 6 VALE DO ARAGUAIA, AGOSTO DE 2010 R$ 0,50

ITAPIRAPUÃ Uma cidade limpa, sem dengue e com obras [6

Queimadas aumentam 100% em relação ao ano passado

COLIGAÇÃO GOIÁS QUER MAIS. PSDB - DEM - PTB - PPS - PTC - PT do B - PHS - PRTB - PMN - PSL - PRB

GOVERNADORGOVERNADOR

Ele

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R$

2.50

0,00

Em Goiás fogo acidental destruiu mais de 60% do Parque Nacional das Emas

O Instituto Nacional de PesquisasEspaciais (Inpe) até a segunda-feira 16registrava 30.825 focos de incêndiosem todo o Brasil, o dobro de 2009,quando foram registrados 15.228 fo-cos. Assim, o número de focos de in-cêndios acumulado entre os dias 1° dejaneiro e 16 de agosto aumentou 100%em relação ao mesmo período de 2009.

De acordo com o coordenador doMonitoramento de Queimadas do Inpe,Alberto Setzer, 2010 está sendo um anomuito mais seco do que 2009, com tem-peraturas mais altas, umidade relativado ar mais baixa e sem chuvas, o quefacilita o uso e a propagação do fogo.

Em Goiás, o fogo já destruiu maisde 60% do Parque Nacional das Emas,que é a maior reserva de cerrado dopaís. O fogo começou no pasto de umafazenda após um curto-circuito. [8

Mara Rosacomemoraaniversário

A cidade de Mara Rosa comemo-ra nos primeiros dias de setembroseus 47 anos de emancipação comvasta programação marcada por inau-gurações de obras e lançamento denovos serviços. [7

Programas deTV mostrammuseus locais

A história e a particularidade dosprincipais museus de Goiás são apre-sentadas no Canal 21 da Net, e no Ca-nal 32 UHF – TV CAPITAL, desde oinício do mês de junho, aos domingos, às17:30h, através da série de programas“Museu Vivo”. [5

VALE DO ARAGUAIA, AGOSTO DE 20102 JORNAL DO VALE

VALE TUDOQueimadas

Um névoa seca que encobria océu de Manaus e grande parte doAmazonas na segunda-feira 16pode ter vindo de Mato Grosso eGoiás, estados que sofrem comfortes queimadas. De acordo como Instituto Nacional de Meteoro-logia (Inmet), o tempo seco e ven-tos intensos estão proliferando osincêndios e fazem com que as fuli-gens percorram grandes distânci-as. Devido ao tempo seco, muitasinternações já foram registradas noestado.

FeijãoA Organização das Voluntárias de Goiás repassou este mês 40 toneladas de feijão para

80 instituições sociais de Goiânia e de Aparecida de Goiânia. O feijão doado é provenienteda Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Cada entidade recebeu 480 quilos.

JORNAL DO VALE (Vale do Araguaia) – Editado por Vale Comunicação Ltda - CNPJ 10.304.281/0001-20 - Av. João Mariano Costa, Qd. 75, Lt. 17 - Centro

- Itapirapuã-GO - Telefones: 9982.8890 e 8436.0000 • Diretores: Hundalto Guida e Marcela Cristina Suassuna Moreira • Diretor Comercial: Marcelo

Fabiano (9958.4003) • Redação: Sebastian Pereira (Fenaj 1656-JP) • Colaboradora: Mara Suassuna • Contato com a Redação, sugestões e críticas:

[email protected] • Blog: www.jornaldovalenoticias.blogspot.com.br • Este jornal não mantém vínculo empregatício com seus colaborado-

res. • Tiragem desta edição: 5.000 exemplares • Os conceitos emitidos nas matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião do jornal.

CelularO número de acessos de

celulares no país passou de187 milhões em julho, quan-do 1,88 milhão de novashabilitações foram registra-das, segundo a Anatel. Nossete primeiros meses de2010, 13 milhões de novashabilitações foram registra-das. De acordo com o le-vantamento, 82,22% dosacessos de celular do paíssão pré-pagos, e 17,78% re-ferem-se a linhas pós-pagas.Segundo a Anatel, atualmen-te 100% do serviço móvel éprestado por tecnologia di-gital. A teledensidade nopaís, que é o número de ce-lulares para cada grupo de100 habitantes, chegou a96,83 em julho, o que repre-senta um crescimento de0,95% em relação ao mêsanterior.

Em solenidade na noite de segunda-feira 16, no Comitê Central da Coligação Goiás Quer Mais, odeputado federal Luiz Bittencourt (PMDB) anunciou apoio à candidatura do senador Marconi Perilloao governo do Estado. O parlamentar lidera, ao lado do ex-candidato a senador e advogado NeyMoura Teles, membro da Executiva do PMDB, a ala dissidente do partido que defendeu aliança com oPSDB em prol da candidatura de Marconi. O parlamentar, que solidificou sua trajetória política noPMDB, partido pelo qual foi deputado estadual, presidente da Assembléia Legislativa e deputado fede-ral, além de ter disputado eleição à Prefeitura de Goiânia, disse que sua decisão de acompanhar Mar-coni representa “um gesto tranquilo, maduro e consciente”. Ele justifica o surgimento da dissidência noPMDB “à falta de democracia no partido e a uma prática arcaica de se fazer política.”

Odesinteresse pela políti-ca vem se acentuandocada vez mais e por di-

versas razões. A primeira é falta deinteresse em entender a política, porachar desnecessário saber. É umaquestão cultural. Aquele velho di-tado: “Não sei, não quero saber etenho raiva de quem sabe”. A se-gunda é o pensamento de que apolítica está corrompida e todosque estão no Poder ou queremfazer parte dele, direta ou indire-tamente têm os mesmos interes-ses (alto salário, enriquecimentoilícito, empregar a família, corpo-rativismo, usar o prestígio do car-go para facilitar as coisas ou sim-plesmente as prerrogativas da lei)e nisso ninguém escapa.

As eleições gerais nesteano está no auge do desinteresse,mesmo com a lei da ficha suja, ouficha limpa (projeto de iniciativapopular). Como reverter esta situ-ação. Nossos cientistas políticos,jornalistas, articulistas dos jornais,

O cidadão e a políticaanalisam, estudam o contexto po-lítico, tecem várias teorias, mas, seencontram longe do cidadão co-mum, o produto não é de consu-mo geral, por várias razões. O sen-timento do povo é que a políticasó serve para quem vive dela.

Voltamos sempre ao pontode partida. Será melhor continuarassim, ou começar a melhorar pordentro as nossas Instituições queestão repletas de vícios seculares,desde as capitanias hereditárias.Cada um que entra dizendo querepresenta o povo, se agrupa a umfeudo, ou adere a um feudo, ouvem de um feudo, ou representamum feudo. Na modernidade sechamam “sindicatos” “fundos depensão” “ruralistas” “federaçõescorporativas” e de outro lado vemos movimentos sociais que tambémelegem seus representantes paradefenderem os interesses da mi-noria que é a maioria, mas, emdesigualdade na representativida-de do Poder.

O conhecimento políticopassa por entender como funcio-

na a política, por que eleger seurepresentante, para qual a finalida-de, por que votar e para quemvotar. Essa consciência é a que vaiformar nova mentalidade. Só vãoacontecer as mudanças que que-remos se continuar votando e opovo querendo mudança. Não im-porta quando, o que interessa éacreditar na democracia. Mesmocom tudo que está acontecendo,o Brasil teve avanços em todos ossetores, graças aqueles que luta-ram e acreditam na democracia.Para tê-la, muitos foram ceifadosao longo dos tempos. Ela podenão ser a melhor forma de gover-no, mas é o instrumento que ocidadão dispõe para exercitar seusdireitos. Pois, numa ditadura, ces-sam as garantias e os direitos indi-viduais, a imprensa é amordaçada,a perseguição política faz vítimas eo restabelecimento da democra-cia se faz as duras penas. O votoé o instrumento que dispomos parafazer as transformações que que-remos. Não vamos declinar dele,mesmo com todas as decepções.

Hundalto Guida

BotosEm parceria com o Instituto

Nacional de Pesquisa da Amazô-nia, o Batalhão Ambiental da Polí-cia Militar continua realizando, deAragarças ao Pontal Sul da Ilha doBananal, a operação Animal Soli-tário, que tem o objetivo de identi-ficar onde se concentram as popu-lações de boto no Rio Araguaia. Otrabalho, iniciado dia 14 deste mêse com final marcado para o dia 26,busca verificar se essas populaçõesestão isoladas ou concentradas. Adiversidade genética existente nosbotos do Araguaia, que permite aosbotos se adaptarem e sobrevive-rem em situações novas de umambiente em constante transforma-ção, será fotografada.

AlertaA polícia alerta a comunidade

para o risco de receber em casafalsos recenseadores. O Censo2010 teve início este mês em todoo País. Os 191.972 recenseado-res vão percorrer 8.514.876,599km² do território nacional e pes-quisar 58 milhões de domicílios. Oobjetivo é fazer uma radiografia doBrasil para o planejamento de po-líticas públicas e privadas nos pró-ximos dez anos. Para checar se orecenseador faz mesmo parte doquadro de profissionais do IBGEo cidadão pode solicitar o númeroda matrícula do profissional e che-car sua veracidade no endereçowww.ibge.gov.br ou pelo telefo-ne 0800 721 8181.

Frase“O contribuinte é o cidadão que

trabalha para o governo sem ter queprestar concurso”.

ÁustriaO embaixador da Áustria, Hans

Peter Glanzer, conheceu na quin-ta-feira 19 a estrutura da Universi-dade Estadual de Goiás, em Aná-polis. Na oportunidade, Hans co-locou a embaixada à disposição daUEG a fim de possibilitar contatosjunto às instituições de ensino su-perior daquele País para futurascooperações. O embaixador foirecebido pelo chefe de gabinete daReitoria, professor Gilberto Garcia,pelo representante da Assessoriade Cooperação Internacional daUEG, Marco Antonio Carvalhaes.

CaloteA Prefeitura de Britânia está

mergulhada em dívidas. Aos forne-cedores, nem se digna mais a darprevisão de pagamento.

DengueA superintendente de Políticas

de Atenção Integral à Saúde, Eli-zabeth Araújo, se reúne este mêscom secretários da Saúde de 21municípios goianos que registramos maiores números absolutos decasos de dengue no Estado. O ob-jetivo é planejar estratégias paracombater a doença com a chega-da do período chuvoso.

VALE DO ARAGUAIA, AGOSTO DE 2010 3JORNAL DO VALE

Na mesma proporção quese distancia dos adversá-rios na preferência dos

eleitores, conquistando margemsegura nas pesquisas sérias paravencer a eleição logo no primeiroturno, Marconi Perillo, candidatoao governo do Estado pela coliga-ção Goiás Quer Mais, conquistanovos aliados a cada carreata querealiza pelo interior. Na agendaque cumpriu na sexta-feira 13 nãofoi diferente.

A caravana de Marconi, quesempre se faz acompanhar dosdemais candidatos majoritários ealguns proporcionais, percorreudas 9 às 17 horas oito cidades doVale do Rio Vermelho. No cami-nho, dois prefeitos pertencentes aum partido que não integra a coli-gação do PSDB e aliados decla-raram apoio público a Marconi –Vilmar Maciel (PP), de MontesClaros, e Doutor Gilmar (PP), deSanta Fé de Goiás.

Ao microfone do carro de somque animava a carreata, o prefeitoVilmar declarou: “Sinto uma alegriamuito grande em poder assumir omeu apoio a Marconi. Tenho cer-teza de que ele, de novo, fará um

Mais dois prefeitos do PP apoiam Marconi

grande governo em benefício dopovo goiano. Tomei essa decisãoatendendo à minha consciência e odesejo da esmagadora maioria dapopulação da minha cidade e dopovo de Goiás”.

Carreata de Marconi em Mossâmedes, uma das oito cidades visitadas no dia 13 deste mês

O prefeito de Santa Fé de Goi-ás seguiu no mesmo caminho. “De-cidi apoiar Marconi simplesmenteporque ele é o melhor candidato.Já mostrou sua competência e nãodeixa nenhuma margem de dúvida

de que fará um governo ainda me-lhor. Estou aqui para apoiá-lo agorae durante toda a campanha. Vamosvencer no 1º turno”, declarou Dou-tor Gilmar.

A grande carreata da coligação

de Marconi Perillo foi iniciada nacidade de Mossâmedes. Passoupor Sanclerlândia, Buriti de Goiás,Córrego do Ouro, Novo Brasil,Fazenda Nova, Jussara e terminouo dia em Itapirapuã. Apesar daagenda apertada, a comitiva desfi-lou dentro dos horários agendadospelas ruas das oito cidades e, ain-da, do Distrito de Campo das Per-dizes, pertencente ao município deBuriti de Goiás.

Ao repetir o gesto de plantaruma muda de ipê amarelo em cadacidade que visita, o senador Mar-coni Perillo agradeceu, em Córre-go do Ouro, a presença do candi-dato a deputado federal RobertoBalestra (PP), que o acompanhoudurante toda a carreata.

A carreata da Coligação GoiásQuer Mais foi considerada peloprefeito de Jussara, Paulo Carva-lhaes (PR) como “a maior manifes-tação de apoio da nossa popula-ção a um candidato. Essa é a pro-va de que Marconi vai ser consa-grado governador logo no dia 3 deoutubro”. Calcula-se que mais demil veículos e centenas de motosacompanharam a caravana deMarconi pelas cidades visitadas.

Alcides discursa, ao lado de Vanderlan, na inauguração do comitê

Alcides Rodrigues crê emestagnação de adversários

O governador Alcides Rodri-gues (PP) pediu mais uma vezempenho de todos os aliados nacandidatura de Vanderlan Car-doso (PR). Na inauguração docomitê do candidato a deputa-do estadual Francisco Gedda(PTN), na noite da terça 10 emGoiânia, o pepista lembrou queos adversários de Vanderlan jáatingiram o teto nas pesquisas.

O pepista ainda afirmou queo quadro sucessório é totalmen-te favorável ao candidato repu-blicano. “Vanderlan é quem maistem possibilidades de crescer. Osoutros estão patinando nos mes-mos números há meses, para nãodizer anos”, lembrou. O gover-nador usou ainda uma frase quejá faz parte da candidatura dacoligação Goiás no Rumo Cer-to: “Quem conhece o Vanderlanvota nele”.

Vanderlan destacou que navéspera da eleição em 2004,quando foi candidato pela pri-meira vez em Senador Canedo,estava mais de 20% atrás do pri-meiro colocado, e saiu das ur-nas com mais de 60% de votos.Em 2008 não foi diferente. Aspesquisas mostravam empatetécnico e o resultado final deu aorepublicano mais de 80% dosvotos válidos. “Por isso tenhocerteza que vamos ganhar estaeleição”, afirmou.

Ernesto Roller (PP), candida-to a vice-governador, criticou apostura de alguns candidatosque querem chegar ao governo

apenas para promoção pessoale não para o bem-estar da po-pulação. Sobre as intimidaçõesque vem sendo promovidas pe-los adversários, Roller disse que“as pedras que estão nos atiran-do vão servir para pavimentar ocrescimento sócio econômicodo Estado de Goiás”. O gover-nador Alcides Rodrigues concor-dou com o deputado e disse que“quem antecipou apoio a outrocandidato vai dar com os burrosn’água e voltar para apoiar acandidatura da nossa coligação”.

SEM REJEIÇÃOO secretário estadual de ci-

dades, Paulo Gonçalves, lem-brou que, por onde passa, nãotem visto rejeição ao nome deVanderlan Cardoso. “Eu vejo

que Senador Canedo perdeu umgrande prefeito, mas o Estadode Goiás vai ganhar um grandegovernador. E nós, os secretári-os de Estado, vamos nos empe-nhar aos sábados, domingos eferiados, assim como o governa-dor Alcides Rodrigues, para ter-mos a honra de eleger um go-vernador diferente”.

O anfitrião da noite, Francis-co Gedda, disse que bom traba-lho deve ser feito ao mostrar tudoque o governador Alcides fez portodo o Estado e o que Vander-lan Cardoso fez por SenadorCanedo. “Não devemos perdertempo falando mal dos nossosadversários, por que assim nãotemos a oportunidade de falar-mos das nossas qualidades”,pregou.

Oligarquia doPMDB em Goiás

O PMDB de Goiás durante o período eleitoral e ate fora delenão se cansa de golpear seus adversários políticos. Isso é um fatoque acontece no cotidiano. Essas atitudes são até compreensíveispartindo de onde parte. O que não é compreensível é o PMDBgolpear a sociedade com as atitudes tomadas para este pleito elei-toral. O partido definitivamente transmite a oligarquia, lançandocandidatos parentes, filhos, mulher e sobrinhos para concorrer acargos de representação popular. A bem da verdade é, eles nãopretendem atender os anseios da sociedade representando-a, massim atender aos próprios anseios, para tirar proveito da situação.

Dentre os que escancaradamente deixam de lado os interessesda sociedade para defesa dos seus, temos grandes caciques nessacorrida eleitoral. Exemplo disso é o ex-prefeito de Goiânia, IrisRezende que visa eleger novamente a sua mulher Iris para deputa-do federal e, de lambuja, seu primo Livio Luciano para estadual.Outro que segue nessa mesma linha é Maguito Vilela, que nãoabre mão da “panelinha” e procura novamente votos para o seusobrinho Leandro Vilela e seu filho Daniel Vilela. E o Adib Elias?Ele faz de tudo para eleger sua esposa Adriete Elias. Tambémtemos outros que lutam para eleger os filhos: Wagner Siqueira querseu filho Waguinho como deputado estadual, assim como FlavioPeixoto com Thiago Peixoto para federal. Finalizo a análise comSodino Vieira que procura eleger seu afilhado Paulo Cézar Mar-tins para ocupar uma cadeira na Assembléia Legislativa.

Por essa e outras, é que fica claro que a política aplicada poresses membros não se prestam aos interesses da sociedade e, emassim sendo, caminham para abraçar a derrota, pois só são vitori-osos na política, aqueles que a praticam em defesa dos interessesda população e não dos interesses próprios. Essa eleição paraeles foi para o ralo.

CARLOS ALBERTO LERÉIA é deputado federal (PSDB-GO)www.twitter.com/carloslereia www.carlosalbertolereia.com.br

ELEIÇÕES 2010

Carlos Alberto Leréia

VALE DO ARAGUAIA, AGOSTO DE 20104 JORNAL DO VALE

Ofim de mais uma tempo-rada Araguaia traz umareflexão: os turistas fica-

ram felizes com a diversão e lazerda região, mas será que os mora-dores estão satisfeitos com suaqualidade de vida? Essa é uma pre-ocupação compartilhada pela po-pulação e pelo presidente do PMNde Goiás, Armando Vergílio. Eleconcedeu entrevista ao JORNALDO VALE e falou sobre a regiãocom o conhecimento que acumu-lou na iniciativa privada e em car-gos públicos.

Como o sr. avalia o cenárioatual do Vale do Araguaia?

– O Vale do Araguaia faz a ale-gria dos goianos e de turistas deoutros estados, mas os morado-res precisam de maior qualidadede vida. A população da regiãoestá carente de itens básicos,como saneamento, saúde e edu-cação. A falta de empregos é tam-bém uma grande preocupação.Os moradores, principalmente jo-vens, estão deixando a região embusca de melhores condições detrabalho.

Como mudar esse quadro?– Primeiramente o investimento

em infraestrutura. É preciso cuidardas estradas, para facilitar o trân-sito pela região. Estradas mal con-servadas representam risco de vida,além de afastar turistas e tambéminvestidores que poderiam apostarem novos negócios e gerar empre-gos. Outro necessidade é o sanea-mento básico, essencial para a qua-lidade de vida dos moradores etambém para preservar o interesseturístico, já que o meio ambiente éum patrimônio do Vale do Ara-guaia. A expansão das redes deágua e esgoto serve para oferecerboas condições de hospedagem epara que as cidades suportem oaumento populacional, principal-mente durante a temporada do rioAraguaia.

E a questão do emprego?– Isso se resolve com ações em

duas frentes. A primeira é ter in-centivos para fortalecer o turismo:projetos de lei para atrair empre-sas, realização de eventos oficiaispara atrair investidores, e outras

“Vale precisa oferecermais qualidade de vida”

ARMANDO VERGILIO

ações. Outra frente de trabalho éinvestir maciçamente em educaçãoe qualificação profissional para au-mentar as oportunidades para osmoradores. Não tem cabimentotermos jovens e até famílias intei-ras mudando de cidade para con-seguir emprego.

Como essa capacitação podeser feita?

– Oferecendo ensino de quali-dade de acordo com as vocaçõesda região, como o turismo. Vou darum exemplo: quando fui secretáriodo Trabalho do Estado de Goiásfizemos um mapa das necessida-des das regiões, e implantamoscursos adequados para cada umadelas. As próprias empresas queestavam se instalando nas regiõesajudaram a dar o perfil do traba-lhador que precisavam. Isso au-mentou muito o nível de empregosno Estado.

O PMN tem propostas paracuidar dos jovens?

– Essa é uma de nossas gran-

des preocupações, porque o cra-ck e outras drogas invadiram oslares e viraram uma verdadeira epi-demia em todo o Estado. É preci-so prevenir com educação, lazer,cultura e empregos. Precisamosinvestir desde a educação básicaaté chegar na viabilização do pri-meiro emprego. Um caminho sãoos cursos profissionalizantes. Sa-bemos também que na região doVale do Araguaia há poucas op-ções de lazer e cultura para o jo-vem. Esse é um problema sério, queprecisa ser sanado.

Há algum projeto para o jo-vem que já foi vitimado pela de-pendência química?

– Sim. O poder público nãopode abandonar pessoas viciadas.Temos que nos empenhar para de-volver qualidade de vida a essesjovens e suas famílias. O poderpúblico tem que criar leitos e insta-lações de saúde para as vítimas dasdrogas. Assim, podemos devolveressas pessoas para a vida saudá-vel em sociedade.

De acordo com opresidente do PartidoNacional da Mobilizaçãoem Goiás (PMN/GO),região precisa deinvestimentos eminfraestrutura paramelhorar a qualidade devida dos habitantes epermitir maior geração deempregos e renda

Armando Vergilio: “É preciso investirmaciçamente em educação e qualificaçãoprofissional para aumentar as oportunidadespara os moradores do Vale do Araguaia. Nãotem cabimento termos jovens e até famíliasinteiras mudando de cidade para conseguiremprego”

Prefeito entregao primeiro CAT

GOIÂNIA

Prestar um atendimento espe-cializado e seguro ao visitante quechega a Capital goiana. Esse é ogrande objetivo do Centro deAtendimento ao Turista (CAT)inaugurado na quarta-feira 18pelo prefeito Paulo Garcia e osecretário municipal de Turismo,Euler Morais. O CAT funcionaráNo Complexo Terminal Rodovi-ário Dom Fernando Gomes San-tos, no Araguaia Shopping, por-ta de entrada para mais de 18milhões de visitantes que chegama Goiânia. A solenidade de inau-guração também contou com aspresenças de diversos secretári-os municipais, diretores, servido-res da administração municipal erepresentantes da área de turis-mo em Goiás.

Durante a inauguração o pre-feito Paulo Garcia afirmou queGoiânia, que já é referência emvárias áreas como saúde e urba-nização, poderá se tornar em bre-ve destaque no Turismo, com aentrega do CAT e da sinalizaçãoturística. “Goiânia já é referênciaem saúde e também como a ci-dade com maior metragem deárea verde por habitante, porquenão ser referência em cidade tu-

rística”, disse o prefeito. PauloGarcia informou ainda que outrosCATs serão inaugurado em vári-os pontos da cidade.

O local escolhido, segundoEuler Morais, é estratégico poiso Terminal Rodoviário recebegrande parte dos turistas que vêma Goiânia. O CAT terá atendi-mento especializado e funcioná-rios treinados com a finalidade deinformar a localização de vias deacesso à cidades e locais turísti-cos a serem visitados. O Centrode Atendimento também presta-rá informações importantes comolocalização de hospitais e pontoscomerciais como locadoras deveículos, contratação de guias eagências especializadas. Segun-do o secretario de Turismo, oCAT foi construído com recursospróprios da Prefeitura, receben-do investimentos da ordem de R$17.978,54.

Durante a solenidade de inau-guração Euler Morais anunciou aentrega oficial da 1ª etapa do Pla-no de sinalização turística da ca-pital. “E, em breve, estaremosinaugurando mais um CAT, des-sa vez no Aeroporto Santa Ge-noveva”, informou o secretário.

O CAT funcionará no Complexo Terminal RodoviárioDom Fernando Gomes dos Santos, no Araguaia Shopping

Uma parceria entre as Secre-tarias Municipais de Educação(SME) e Cultura (Secult) ofere-ce, desde de 2006, a alunos daRede Municipal de Educação aoportunidade de participar deoficinas sobre artes audiovisuais.Marcos Estavam Cardoso, alu-no da Escola Municipal Laurin-do, é um dos beneficiados dessaparceria. Ele participou na quin-ta-feira 19 de uma oficina de ro-teiro, direção e produção, minis-trada pelo cineastra Walter Web,e que integra a programação doFestival de Cinema Brasileiro deGoiânia (Festcine Goiânia),evento da Secretaria Municipalde Cultura.

Oficinas de AudiovisualMarcos, que atua como vo-

luntário do projeto Escola Aber-ta, ministrando oficinas de vídeosem outras escolas municipais, ex-plica que sempre se interessoupor vídeos e, a partir dos encon-tros proporcionados pelo Festci-ne, teve a oportunidade de apren-der sobre as diferentes técnicasde produção, roteiro e filmagemutilizadas no cinema e na propa-ganda.

“Já produzi vários vídeos naescola e agora tenho a certeza quepretendo trabalhar nessa área”,conta o aluno. Dento do projetoEscola Aberta Marcos socializacom seus colegas tudo o queaprendeu.

VALE DO ARAGUAIA, AGOSTO DE 2010 5JORNAL DO VALE

Para se conhecer melhor ahistória de um povo, suapolítica, seus costumes e

sua arte, nada melhor do que umpasseio por seus museus. E é issoque o projeto Museu Vivo propõe:uma viagem no tempo e na diversi-dade cultural do Estado de Goiás,contida nos museus goianos. Ashistórias e particularidades dosprincipais museus de Goiás sãoapresentadas ao grande públicoatravés da série de programas exi-bida na TV aberta, intitulada “Mu-seu Vivo”. O projeto é uma reali-zação da radialista Ana Lucia Pe-reira – responsável também pelaedição de texto - com o apoio daLei Estadual de Incentivo à Cultu-ra, Lei Goyazes. Assina a direçãodos programas o premiado diretore produtor Ângelo Lima.

O Projeto Museu Vivo nasceuda necessidade de se divulgar acultura goiana através do valiosopatrimônio histórico guardado nosmuseus, incentivar sua valorizaçãoe a consequente preservação.

Reconhecidos como um localde estudo e entretenimento, os mu-seus goianos careciam ainda de umdevido trabalho de divulgação parao grande público, que incentivassea visitação e também a preserva-ção e recuperação de acervos, im-portantes para contar a história denosso estado. Esta divulgação tor-na-se mais efetiva se feita atravésdos veículos de comunicação demassa.

Assim, surgiu a idéia de se fa-

zer um programa de TV que retra-tasse os principais museus de Goi-ás e lhes resgatasse o verdadeirovalor histórico, mostrasse o dina-mismo vivo presente em todo mu-seu, estimulando a visitação aosmesmos.

O principal objetivo do ProjetoMuseu Vivo é revelar a dinamici-dade e atualidade dos museus, quese consolidam como processos einstituições culturais capazes de di-alogar de modo criativo com seupúblico, e estimular a sua visitaçãomostrando que são lugares interes-santes, surpreendentes e riquíssi-mos em informações, ideais para apesquisa e o intercâmbio de expe-riências.

Inicialmente, o projeto produ-ziu 12 programas. Nestes, o pro-pósito sempre foi o de mostrar osmuseus não como um lugar ondese abrigam coisas inertes ou inani-madas, mas histórias, sensações,vibrações. Algo que está muitovivo, em movimento e constantefortalecimento. Os programas detelevisão com 20 minutos de dura-ção levam a um número maior depessoas a possibilidade, mesmoque televisiva, de acesso aos acer-vos dos mais importantes museusde Goiás, e de tomar conhecimen-to do papel que eles desempenhampara a preservação da memória ecultura de nosso povo. Os museussão mostrados como atrativos parapessoas de todas as idades e clas-ses sociais, assim como de qual-quer nível cultural.

Memorial do Cerrado, no Campus 2 da UCG, representa as diversas formas de ocupação do bioma

Programa de TV mostra principais museus

1. Memorial do Cerrado– O Memorial do Cerrado, fun-dado em 1999, é um complexocientífico que funciona no Câm-pus 2 da UCG em Goiânia, erepresenta as diversas formasde ocupação do bioma e osmodelos de relacionamentocom a natureza e a sociedade.

2. Museu Casa de CoraCoralina – Um dos lugaresmais visitados em Goiás é acasa onde nasceu e morou a suamais famosa cidadã, a poetaCora Coralina. Após seu fale-cimento amigos e familiares semobilizaram e criaram, em1989, o Museu na residênciaonde a poetisa passou a maiorparte de sua vida.

3. Museu das Bandeiras– Uma parte triste da história doBrasil pode ser vista no Museudas Bandeiras, onde de 1766 a1950 funcionou, na parte térreado prédio de dois andares, acadeia da cidade. O acervo trazpeças de mobiliário colonial,equipamentos domésticos, alémde importante documentação daadministração da província.

4. Museu das Cavalhadas– O Museu das Cavalhadas co-meçou a partir de uma pequenacoleção de artesanato regiona-lista(1973), que compunha aloja de Dona Maria Eunice Pe-reira e Pina. O acervo contacom indumentárias, acessórios(doadas pelos cavaleiros daépoca), medalhas, documentos,revistas, livros e jornais da épo-ca, dando início assim ao Mu-seu das Cavalhadas.

5. Museu dos Colonizado-res de Nova Veneza – O acer-vo do Museu de Nova Venezase constitui de peças de vestu-ário, objetos pessoais, instru-

Doze programas marcama primeira fase do projeto

Para maior interatividade, bus-camos contextualizar o museu con-tando histórias correlacionadas, ouentrevistando pessoas envolvidasna sua criação, ou ainda mostran-do atividades desenvolvidas queenvolvam e integrem a comunida-de ao museu, e vice-versa. Comoexemplos, a famosa procissão doFogaréu que sai da porta do Mu-seu da Boa Morte, na cidade deGoiás, e a Festa do Divino e asCavalhadas, que deram origem aoMuseu das Cavalhadas, em Pire-nópolis, ou as oficinas integrandoartistas e estudantes, oferecidaspelo MAG – Museu da Arte deGoiânia.

O “Museu Vivo” está sendo vei-culado desde o início do mês dejunho através do Canal 21 da Net,

e do Canal 32 UHF – TV CAPI-TAL, aos domingos às 17:30h.Cada programa apresenta umanova história e um novo museu.Segundo o diretor Ângelo Lima,estão sendo feitas negociações comcanais educativos nacionais paraveicular o programa em todo opaís, divulgando assim e projetan-do nacionalmente a cultura goiana.“Estamos pleiteando a segundafase, para a produção de mais dozeprogramas.”

Duzentos cartazes de divulga-ção, com o horário e os canais vei-culadores estão sendo afixados nasescolas de Goiânia, visando atingirprincipalmente aos educandos dasescolas públicas, que possuem me-nor acesso a programas culturais ede laser.

mentos de trabalho e documentosque retratam toda a trajetória dosimigrantes e a história da cidade,bem como resgata a influência cul-tural dos italianos na vida dos ve-nezianos. Lá estão fotos e objetostrazidos pelos colonizadores; cadapeça guarda um capítulo da histó-ria.

6.Museu Zoroastro Artiaga –O Museu Estadual Professor Zo-roastro Artiaga foi fundado em1946. O MUZA é um dos prédiosque compõem o conjunto arquite-tônico dos primeiros tempos deGoiânia, inspirado no estilo art dèco.Por se tratar do mais eclético acer-vo museológico de Goiás e um dosmais visitados, o Museu ZoroastroArtiaga merece uma atenção espe-cial, destacando cada uma de suasáreas de representação da históriada formação do estado e do povogoiano.

7. Museu de Arte de Goiânia– MAG – Sediado em local privi-legiado, dentro do Bosque dos Bu-ritis - marco turístico da cidade ede grande tranqüilidade e beleza -o MAG foi inaugurado em 1970.O museu dispõe de três salas paraexposições e atividades culturais.Além disso, possui setores de In-tercâmbio e Exposições, Conser-vação e Restauração, Reserva Téc-nica e na área de Ação Educativa,oficinas de artes plásticas e biblio-teca especializada.

8. Igreja Nossa Senhora daBoa Mort – O Museu de Arte Sa-cra da Boa Morte ocupa a igreja demesmo nome, situada no centro daCidade de Goiás. A igreja, de pe-quenas proporções e planta octogo-nal, tem fachada colonial em estilobarroco-rococó. É de sua portaprincipal que sai, toda quarta-feirada Semana Santa, a Procissão doFogaréu. O conjunto de obras mais

representativo do Museu é acoleção de imagens sacras bar-rocas de Veiga Valle.

9. Museu da FamíliaPompeu – Construído no sé-culo XIX pelo comendadorJoaquim Alves de Oliveira, ocasarão da família Pompeu foisede do jornal “A MatutinaMeia Pontense”, o primeiro deGoiás. Hoje, o local é um mu-seu histórico regional onde seencontram fotografias, peças,jornais e instrumentos que re-latam parte da história da ci-dade.

10. Centro Cultural Palá-cio Conde dos Arcos – OPalácio Conde dos Arcos é umpedaço palpável da história deGoiás em seu lado mais remo-to. O Palácio, que foi constru-ído para ser a primeira sedeoficial do Governo de Goiás,nasceu em 1751. Foi a primei-ra sede dos governadores daProvíncia (1748).

11. Museu da Matriz – OMuseu da Matriz de Pirenópolisé um testemunho de fé. Ideali-zado a partir do restauro de2006, que reconstruiu a IgrejaMatriz de Nossa Senhora doRosário após o incêndio quequase a destruiu. A Igreja Ma-triz de Nossa Senhora do Ro-sário é considerada a mais an-tiga do Estado.

12. Memorial JoãozicoJayme – Venda do Bento –O Memorial da Família Jaymee a Venda do Bento, ambos nacidade de Pirenopolis, sãoexemplos de iniciativas particu-lares que, apesar de tão dife-rentes, carregam algo em co-mum: o desejo de resgatar amemória e homenagear aque-les que fizeram a história.

Histórias correlatasenriquecem produção

VALE DO ARAGUAIA, AGOSTO DE 20106 JORNAL DO VALE

PAPO DE GENTE MADURA

mara suassuna

Mara Suassuna, Psicóloga Clínica eOrganizacional, Palestrante, mestranda emPsicologia Social pela PUC-Goiás,PósGraduada em Administração de Empresas -FAAP/SP, Especialista em Gerontologia eSaúde do Idoso.

[email protected]

Sopram os ventos de mudançaCostumamos ouvir a expressão: so-

pram os ventos da mudança…. Eficamos aqui quase que parados

esperando que os bons ventos cheguem ese encarreguem de transformar nossas vi-das quase que de forma mágica.

Primeiro que para MUDAR é precisocoragem, não aquela coragem que muitosatribuem à força... Coragem de desape-gar do velho, do conhecido, do habitual,coragem de enfrentar o incerto. Muitasvezes observo as pessoas ansiosas por im-plementarem determinadas mudanças emsuas vidas, mas querem ter em mãos ocertificado de garantia de que a mudançaserá para melhor e certa, não temos comoprever….

Fazemos planejamento em muitas áreasem nossas vidas, planejar é uma forma devisualizar riscos, ampliar nossa capacidadede reflexão diante de um fato, mas todo pla-nejamento requer uma reavaliação continua,e como se fossemos girar o PDCA de nos-sas vidas (Planejar, Desenvolver, Controlar,Avaliar…), os bons administradores aplicamem seus processos administrativos para te-rem a certeza de que tudo dará certo, masnada é pronto, é sempre um processo decomeçar, desenvolver, concluir, avaliar e re-começar sempre. Assim são as mudançasem nossas vidas, planejamos, tem aquelesque executam, avaliam e recomeçam inin-terruptamente, pois MUDAR é um proces-so contínuo em nossas vidas.

Há quem fique só mesmo no planeja-mento, com medo de correr riscos e medode perder, já disse anteriormente que todoganho implica numa perda e toda perda im-plica num ganho, por isso é importante quese tenha muita clareza diante da mudançaque você pretende implementar.

Você não sabe se o sal ou o açúcar édoce, se estiverem em porções idênticas

num mesmo recipiente, com certeza terá queexperimentar para saber o que é doce e oque é sal, assim também são nossas expe-riências.

Tenho certeza que você deve estar meperguntando… Quer dizer que tenho queexperimentar tudo que desejo? E essa é umaresposta bem singular…

Primeiro é importante que você tenha cla-

reza que só se sabe a respeito de uma coisaou situação depois que nos dispusermos aconhecê-la. Segundo conhecer implica ris-cos: perdas, ganhos e você deve estar pre-parado e consciente para saber se tem con-dições de suportar as mudanças que pre-tende executar, e só você sabe.

Tem gente que vive pedindo conselho…mas não para refletir, para decidir por elemesmo, ninguém vive a nossa vida, é preci-so assumir a responsabilidade pelas nossasescolhas.

Quantas vezes preferimos não fazer, oufazer como o vizinho, o namorado, o mari-do, a amiga , disse que era para fazer ? Issoaté como uma forma de não assumirmos aresponsabilidade por nossas escolhas….

É muito mais fácil atribuir o fracassoaos outros do que a si mesmo, por essarazão é tão difícil mudar e fazer opções,por que mudança exige coragem e respon-sabilidade.

Ter responsabilidade é assumir que o re-sultado foi fruto da sua própria escolha e nãode terceiros, é muito mais fácil dar conse-lhos aos outros, mudar a vida do vizinho, doque fazer as mudanças necessárias na suaprópria vida, por isso seja corajoso e res-ponsável busque a vida que você tanto al-meja, não espere que os bons ventos so-prem até você, procure soprar e realizar,afinal … quem sabe faz a hora não esperaacontecer.

Beijos no coração.

Usuários de drogas flagradosarmazenando ou transportandosubstâncias ilícitas podem ser obri-gados procurar orientação médicapara se livrarem da dependência.A proposta ainda determina penade prisão de seis meses a um anopara aqueles que descumprirem arecomendação judicial. A mudan-ça na legislação é o que prevê pro-jeto de lei do senador DemóstenesTorres será avaliada no próximomês na Comissão de Constituiçãoe Justiça do Senado.

A atual Lei 11.343/2006, quetrata sobre o tema, estipula apenaspenas de serviços à comunidade efrequência em cursos sobre osmalefícios às drogas. A ideia dosenador Demóstenes, porém, nãoé a de levar o usuário para a ca-deia, mas viabilizar o tratamento dedependentes químicos. Um dos dis-positivos da legislação prevê exa-tamente a conversão da pena deprisão para a internação em unida-de especializada de saúde. “Fami-liares, educadores e o próprio Po-der Judiciário ficaram de pés e

Projeto oferece auxílio médico para viciadosmãos atados após a vigência da Lei11.343/2006 para internar o usuá-rio, que, na maioria das vezes, jánão tem mais discernimento sobreo vício. Hoje, se ele recusar o tra-tamento, nada se pode fazer alémde assistir a sua autodestruição”,diz Demóstenes.

FORÇAS ARMADASO projeto de Demóstenes tam-

bém acrescenta o inciso V ao arti-go 5º da Lei 11.343/2006 para in-cluir as Forças Armadas no com-bate ao tráfico ilícito de entorpe-centes nas fronteiras do País. Deacordo com Demóstenes, as me-didas contidas em sua proposta vi-sam, sobretudo, a combater oavanço do crack no país. De acor-do com especialistas e dados daPolícia Federal, a fronteira com aBolívia é a principal porta de en-trada da cocaína no Brasil. “É pre-ciso intensificar, endurecer o jogo.Só o Exército tem capacidade paracoibir o tráfico de drogas nas fron-teiras do País”, afirmou o senadorDemóstenes Torres.

Foco da Lei de Drogas é ga-rantir tratamento ao usuário. A par-tir da entrada em vigor da Lei11.343, de 23 de agosto de 2006,quem compra, guarda ou transpor-ta drogas para uso pessoal nãopode mais ser preso. De acordocom a legislação em vigor, o usuá-rio deve receber advertência sobreos efeitos das drogas; cumprir penade prestação de serviços à comu-nidade e comparecer a programaou curso educativo. As mesmaspenas valem para quem semeia,cultiva ou colhe plantas destinadasà preparação de pequena quanti-dade de substância ou produto ca-paz de causar dependência físicaou psíquica.

“O objetivo não é prender, étratar os usuários com assistênciamédica eficaz para que se livremdeste vício”, afirmou o senadorDemóstenes Torres. Ainda deacordo com a legislação, fica a cri-tério do juiz avaliar se a drogaapreendida se destina ao consu-mo pessoal ou tráfico. Para tanto,o magistrado deve se ater à natu-

reza da substância, à quantidade,ao local e às circunstâncias em quese desenvolveu a ação, bem comoà conduta e aos antecedentes dousuário. Os principais objetivosda lei, que criou o Sistema Naci-onal de Políticas Públicas sobreDrogas (Sisnad), são prevenir ouso indevido de substâncias ilíci-tas e garantir a reinserção socialdo usuário.

Para tanto, a lei determina queo juiz coloque a disposição do in-frator, gratuitamente, estabeleci-mento de saúde para tratamentoespecializado. A mesma lei esta-belece pena de reclusão de cincoa 15 anos e pagamento de 500 a1.500 “dias-multa” para quem “im-portar, exportar, remeter, prepa-rar, produzir, fabricar, adquirir,vender, expor à venda, oferecer,ter em depósito, transportar, tra-zer consigo, guardar, prescrever,ministrar, entregar a consumo oufornecer drogas, ainda que gratui-tamente, sem autorização ou emdesacordo com determinação le-gal ou regulamentar”.Demóstenes: guerra ao tráfico

VALE DO ARAGUAIA, AGOSTO DE 2010 7JORNAL DO VALE

As exportações goianascontinuaram em alta emjulho e somaram US$

327,63 milhões. Esse valor foi16,6% superior ao registrado nomesmo período do ano passado,embora tenham registrado quedade 14% na comparação com ju-nho (US$ 443,34 milhões). Osdados são da Superintendência deComércio Exterior, da Secretariade Indústria e Comércio (SIC).

Pela primeira vez na história dasexportações goianas, o açúcar apa-rece com destaque entre os princi-pais produtos vendidos para outrospaíses, com 5,5% do total regis-trado. Na pauta, entre os princi-pais itens exportados, ainda cons-tam o minério de cobre (8,75%) eferroligas (3,6%).

Segundo a SIC, a balança co-mercial de Goiás em julho apresen-tou saldo positivo de US$ 25,22milhões, embora as importaçõestenham aumentado 6%, somandoUS$ 356,94 milhões, atingindo ovalor recorde nos últimos dez anos.Os veículos continuam sendo osprincipais produtos importados por

Exportações goianas continuam em altaGoiás, com 45,29% do total, se-guido de máquinas e instrumentosmecânicos, produtos farmacêuticose aeronaves.

ACUMULADONo acumulado dos sete primei-

ros meses do ano, as exportaçõesgoianas registram o segundo maiorvalor da história, com US$ 2,39bilhões. Esse total é menor apenasque o verificado no mesmo perío-do de 2008, quando as vendasexternas totalizaram US$ 2,34 bi-lhões. Mas as importações tambématingiram o maior valor de todosos tempos no acumulado de janei-ro a julho, com US$ 2,28 bilhões.

A China permanece como oprincipal parceiro comercial deGoiás. Em julho o país asiático ad-quiriu 24,16% do total dos produ-tos exportados pelo Estado. Emsegundo lugar aparece a Índia, com9,34%; e depois a Holanda, com8,95%. Os países que mais forne-ceram produtos para as empresasgoianas no mês passado foram aCoreia do Sul, vindo em seguida oJapão e os Estados Unidos.

Mara Rosa comemoraaniversário de 47 anos

A Secretaria de Obras daPrefeitura de Itapirapuã tem feitoum excelente trabalho, pois aodeixar a cidade limpa propiciouà população melhores condi-ções de saúde e principalmentede vida. Enquanto Goiás é con-siderado um do Estado com epi-demia de dengue, Itapirapuãnão teve um único caso sequerde dengue, ou seja, isso nãoaconteceu por acaso, enquan-to o Estado e as cidades cir-cunvizinhas tinham diversoscasos de dengue, Itapirapuã setransformou numa ilha de saú-de pública, principalmente nocombate preventivo ao mos-quito da dengue.

Ao deixar a cidade totalmen-te limpa, a atual administração,em parceria com a Associaçãode Coleta Seletiva Lixo de Ita-pirapuã, a qual recolhe diaria-mente lixo reciclável, onde omesmo é coletado na cidade eencaminhado para a sede daAscoseli, sendo vendido pos-teriormente, ou seja, a cidadefica limpa, sem mosquito dadengue e de pernilongos, alémde gerar emprego e renda paraa população.

A atual administração temfeito muito pela limpeza e em-belezamento da cidade, ou seja,a cidade está sendo asfaltada,as principais avenidas recebe-rão iluminação em seus cantei-ros de forma ornamental, e acoleta de lixo e de entulhos éfeito diariamente, deixando acidade limpa e bem cuidada.

As ruas de terra foram to-das patroladas, os lotes baldi-os foram todos roçados, a pra-ça da matriz será totalmenteremodelada, a qual será o car-tão postal da cidade, principal-mente com a reforma da IgrejaMatriz.

Foram construídos cincoquebra molas nas rodovias BR-070 e GO-070, dando assim,mais segurança à população denossa cidade, algo simples semdúvida, mas que ninguém fez,

Trevo de Itapirapuã: cidade trabalhou na prevenção e não registrou nenhum caso de dengue

Itapirapuã: uma cidade limpa,sem dengue e com obras

Prefeitura investe na limpeza e embelezamento da cidade

além disso todas as ruas e aveni-das asfaltadas foram restauradas,inclusive existe uma emenda de R$150 mil para recapear a AvenidaTancredo Neves.

Está sendo construído o Cen-tro de Treinamento dos Faccionis-ta ao lado do Banco do Brasil,existe uma emenda de cem mil re-ais para a restauração do antigoCorreio e de cem mil para a refor-ma da Escola Municipal Sebastia-na Sardinha, trinta casas serãoconstruídas dentro em breve, oBeira Rio está limpo e muito bemcuidado, foi reformado o prédio daPrefeitura, da Assistência Social eda Creche Municipal.

No Distrito de Jacilânciamuito foi feito pela atual admi-nistração, assim como, a refor-ma do prédio do Posto de Saú-de, foi construído um Poço Ar-tesiano, um antigo anseio da po-pulação do Distrito, que hojetem água em suas torneiras, re-formou e equipou uma sala deinformática, cinco mil m² de as-falto serão feitos, mantém lim-po e muito bem cuidado o Dis-trito, com a coleta de lixo e deentulhos diariamente.

Itapirapuã uma cidade mui-to bem administrada, com Açãoe Cidadania para torná-la me-lhor a cada dia.

Investimentos em infraestrutura: a cidade está sendo asfaltada

A cidade de Mara Rosa come-mora nos primeiros dias de setem-bro seus 47 anos de emancipaçãocom vasta programação marcadapor inaugurações de obras e lan-çamento de novos serviços. Con-fira a programação:

Quarta 01/09/2010 19:30 horas – Culto de Ação

de Graças – Catedral da Assem-bléia de Deus.

Quinta 02/09/2010Aniversário da Cidade05: 00 Horas – Alvorada Fes-

tiva – Praça José Mauricio deMoura.

08:00 horas – Missa de Açãode Graças – Igreja Matriz.

10:00 horas – Inauguraçãoda reforma e ampliação da EscolaMunicipal Barão do Rio Branco/Extensão do Colégio Estadual Pre-sidente Castelo Branco – PavilhãoMarise Pereira de Ávila - DistritoFiicolândia.

17:00 horas – Desfile Estu-dantil: Av. Bernardo Sayão –Apresentação Artística.

20: 00 horas – Show Pirotéc-

nico – Praça José Mauricio deMoura.

21:00 horas - Show Musical– Gustavo Lima e Show Baile.

Sexta 03/09/201009:00 horas – Abertura oficial

do Telecentro Comunitário.09:30 horas – Inauguração do

Centro de Qualificação profissio-nal.

10:00 Horas – Inauguração daUnidade SAMU.

17: 00 horas – Cavalgada Fer-r o v i á r i a .

18:00 horas – Abertura daXIX Exposição Agropecuária deMara Rosa.

20:00 horas – Inauguração doSistema de Iluminação PúblicaPassarela do Cristo – Entrada daCidade.

21:00 horas – Abertura da 2ªFEIRAMAR – Feira Regional doAçafrão – Parque de ExposiçãoAgropecuária.

23: 00 horas – Show artístico– com Maida e Marcelo – Par-que de Exposição Agropecuária– Entrada Franca.

Mara Rosa: festividades de aniversário movimentam a cidade

VALE DO ARAGUAIA, AGOSTO DE 20108 JORNAL DO VALE

Onúmero de focos de in-cêndios acumulado entreos dias 1° de janeiro e 16

de agosto aumentou 100% em re-lação ao mesmo período de 2009.O Instituto Nacional de PesquisasEspaciais (Inpe) até a segunda-fei-ra 16 registrava 30.825 focos deincêndios em todo o Brasil, o do-bro de 2009, quando foram regis-trados 15.228 focos.

De acordo com o coordenadordo Monitoramento de Queimadasdo Inpe, Alberto Setzer, 2010 estásendo um ano muito mais seco doque 2009, com temperaturas maisaltas, umidade relativa do ar maisbaixa e sem chuvas, o que facilitao uso e a propagação do fogo.

“Em 2009, essa região do Bra-sil Central chegou a ter 10 milíme-tros de chuva em agosto. Este ano,até agora, não caiu uma gotad’água. Em partes de Minas [Ge-rais] e Goiás e no Tocantins nãochove há mais de três meses”, com-parou.

Além da questão climática, Set-zer disse que o aumento expressi-vo dos focos de queimadas de umano para o outro também se deveá dinâmica do setor agropecuárioe ao período eleitoral. Na avalia-

Focos de queimadas dobrouem comparação com 2009

ção do pesquisador, o momentoeconômico favorável à expansãodos rebanhos e das áreas agríco-las leva ao aumento do uso de fogopelos produtores rurais, para abrirpastagem e limpar a terra para ocultivo. Com a estiagem e a vege-tação seca, o risco de perder ocontrole da queimada é quase ine-vitável.

Já o período eleitoral influenciana fiscalização. “Por ser ano elei-toral, a fiscalização não está tãointensa quanto poderia estar”, pon-derou Setzer. A indefinição sobreo futuro da legislação ambientalbrasileira – com a possibilidade demudanças no Código Florestal –também pode estar estimulando,segundo ele, crimes ambientais, in-clusive as queimadas.

“Nenhuma dessas queimadas énatural. Sempre começam porquealguém fez o que não devia, agin-do contra as leis florestais. Não sãoincêndios naturais, o clima secoajuda a expandir, mas alguém co-meçou o fogo”, explicou o pesqui-sador.

As chamadas queimadas natu-rais, segundo Setzer, só acontecemno período de chuvas, porque sãoprovocadas por raios. E não têm o

mesmo efeito devastador que osincêndios provocados. “Esse fogonatural ocorre a cada cinco ou dezanos. As queimadas propositais àsvezes são feitas mais de uma vezpor ano. Não há ecossistema ouvegetação que suporte”.

O aumento expressivo do nú-mero de focos de queimadas em2010 ainda não deverá ter refle-xos na taxa anual de desmatamen-to, calculada pelo Inpe e com pre-visão de divulgação até novembro.Isso porque a taxa considera ape-nas o chamado corte raso, desma-te total de uma área, o que o fogonão faz sozinho.

“O fogo danifica muito a flores-ta, há uma degradação intensa, oque facilita o processo de desma-te”, explica Setzer. “Todas as áre-as afetadas pelo fogo em poucotempo deixam de ser floresta e vi-ram outra coisa”, acrescenta.

Pelo menos para os próximosdias, a previsão é que as condi-ções climáticas continuem favorá-veis às queimadas, com a combi-nação de estiagem, altas tempe-raturas e baixa umidade relativa doar. Hoje (17), em todo o Brasil, oInpe registrou 13,5 mil focos deincêndios.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais registrou 30.825 focos de incêndio em todo o Brasil

Mais da metade dosdomicílios não têmredes de esgoto

BRASIL

As redes de coleta de esgotosanitário foram ampliadas em45% entre 2000 e 2008 no Bra-sil. Apesar disso, em 2008, elasainda atendiam a menos da me-tade dos domicílios brasileiros.Segundo dados da Pesquisa Na-cional de Saneamento Básico de2008, do Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE),divulgada este mês, 45,7% dasresidências eram atendidas poressas redes naquele ano. Os de-mais domicílios (54,3%) recor-riam a fossas sépticas ou a mei-os menos higiênicos, como fos-sas secas, valas a céu aberto oulançamento direto em cursosd’água.

Ainda de acordo com oIBGE, o número de municípiosservidos com alguma rede de es-goto aumentou 6,3%, passandode 52,2% para 55,2%. “O de-sejável é que tivéssemos núme-ros maiores. Mas o fator impor-tante é que a gente está aumen-tando a cobertura. A gente estácaminhando na direção certa. Tal-vez o ritmo não seja o adequa-do, mas estamos caminhando nadireção certa”, afirma o econo-mista do IBGE Paulo Gonzagade Carvalho.

Carvalho destaca ainda umdado positivo: o percentual doesgoto coletado que é tratadopassou de 35,3% em 2000 para68,8% em 2008. “Isso é umavanço considerável. É claro queainda não é o ideal. E deve-se le-var em conta que esse percentualde esgoto tratado inclui apenas oesgoto coletado pelas entidadesresponsáveis. Há ainda aqueleesgoto que sequer passa por umarede de coleta”, afirma.

Entre os estados com maiorrede de coleta de esgoto, desta-cam-se São Paulo, com 82,1%de cobertura, Pernambuco(74,2%) e Minas Gerais(68,9%). As demais 24 unidadesda federação tinham, em 2008,menos da metade de seus domi-cílios atendidos por redes cole-toras. Rondônia, com uma cober-tura de 1,6%, Pará (1,7%) eAmapá (3,5%) são os estadoscom os piores índices.

Os dados do IBGE mostramtambém que, em 2008, 79,9%dos municípios estavam amplian-do suas redes de esgoto. Um nú-mero bem superior ao registradoem 2000, quando apenas 58%dos locais faziam ampliações emsuas redes.

Tempo seco multiplica os focosO tempo seco multiplica as

queimadas pelo Brasil. Asimagens dos satélites mostramque surge um foco de incên-dio a cada dez segundo nopaís. Levantamento de todosos satélites usados pelo Insti-tuto Nacional de PesquisasEspaciais (Inpe) na terceirasemana deste mês, para mo-nitorar queimadas, aponta queem apenas 30 horas foram re-gistrados 10.611 focos no

país. O Pará é o estado mais atin-gido com 3091 focos, seguido porMato Grosso (2948), Tocantins(1244 ) e Goiás ( 933).

Três incêndios destruíram fa-zendas e áreas verdes no sul doPará. Em Santana do Araguaia, ofogo ameaçou a criação de gado.Uma área equivalente a 21 milcampos de futebol foi perdida.

Em Tocantins, neste ano, jáforam registrados mais focos deincêndio do que em todo o ano

passado. No Parque Estadualde Lajeado, o incêndio des-truiu a vegetação

No estado de Goiás, o fogojá destruiu mais de 60% doParque Nacional das Emas,que é a maior reserva de cer-rado do país. Segundo a dire-ção do parque, o incêndio co-meçou em uma fazenda próxi-ma, depois de um curto circui-to em um cabo de transmissãoelétrica.