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O TIC -25 iSSbtí-^"' ¦TICO PREÇOS ¦No Rio $500 Nos Estados. ... £600 ANN0 XXIV RIO DE JANEIRO. 10 DE JULHO OE 1929 NUM. t.240 LAMPARINA AVIADOR A Aquelle ruido estranho que se fazia ouvir no meio do matto era causado por um pássaro de tamanho gigantesco. Lamparina quasi aterrada. avan<;ou silenciosamente e segurou o bicho pelas pennas da cauda //A F^mMw&U ~.mhr \\\*6W j ___^__tP^_y°</v'> / \ \ ~-M ¦-' __-• H9 Fv) A' ^ - ^^^jjjrl[__._ A , Mas o bicho soltou um guincho estridente, abriu mol í\.. .pelo espaço, levando a reboque a negrinha que o não ¦L^cnte as azas e voou...S__f _f*\'.iuci¦;-. .leixar.^^^^^^ Depois a ave desceu brandamente sobre a torre ut*rna igreja,... deixou Lamparina agarrada á cruz © bateu nova* mente as azas.

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O TIC-25 iSSbtí-^"'

¦TICO PREÇOS¦No Rio $500Nos Estados. ... £600

ANN0 XXIV RIO DE JANEIRO. 10 DE JULHO OE 1929 NUM. t.240

LAMPARINA AVIADOR A

Aquelle ruido estranho que se fazia ouvir no meio domatto era causado por um pássaro de tamanho gigantesco.

Lamparina quasi aterrada. avan<;ou silenciosamentee segurou o bicho pelas pennas da cauda

//A F^ mMw&U

~.mhr \\\ *6W j___^__tP^_y°</v'> / \ \ ~- M ¦-' __-•H9 Fv) ' ^ -^^ ^jjjr l[__ ._ , Mas o bicho soltou um guincho estridente, abriu mol í\ .. .pelo espaço, levando a reboque a negrinha que o não¦L^cnte as azas e voou... S__f _f*\ '.iuci¦;-. .leixar. ^^^^^^

Depois a ave desceu brandamente sobre a torreut*rna igreja,...— deixou Lamparina agarrada á cruz © bateu nova*mente as azas.

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O TICO-TICO r-2 — 10 Julho — 1929

O DIADEMA DA RAINHA STII*fíli n.tiTV.ir.\m\•{ im rrrr.-.nfrtTr.Ti i f :rr;rrr.Trnrr::i:::i::; i r.Tr.TTrmT.-rrnTTn: õ^^.T^Kl^^llll^ll^^^^.:lii.iu^lül"^^:í^.iJlJ^ãtl^^rl^¦^T

¦—¦* "Aquella estrella muito brilhan-te, que fulge ao longe como um rubi,fazia parte do diadema de uma prin-ceza que foi para o Céo.

Os seus parentes, muito ambicio-sos, queriam todos aquella jóia queera crivada de pedrarias: brilhantes,pérolas, grandes turquezas, mil ame-thistas, topazios lindos... E os dia-mantes? Nem tinham contas,com as esmeraldas e com os be-lyllos

Porém, um dia, quando a busca-vam para entre os filhos a dividirem,daquella jóia nada encontraram, se-não a marca sobre ovelludo do seuescrinio.

As gcmmas todas, pelos poderes deum genio bom que protegia a lindaprinceza, foram subindo, foram su-bmdo, num raio branco, da lua-cheiae, lá no Céo, hoje estão brilhandopor entre os astros mais luminosos.

K aquella estrella, ruborisada pelaacção feia dos taes parentes daprincezinha, ficou brilhando como umrubi".

Era essa a historia que uma avó-zinha contava aos netos, fitando oCéo, onde fulgiam tantas estrellasazues, vermelhas, brancas, lilazes, dacôr brilhante das pedrarias.

Maurício Maia.-

PÍLULAS

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10 — Julho — 1929 O 1 I C O - T 1 C O

/«VWAVAV.W.-.V.VAV.VJW^-"AV.V.V."."AWi

VOCÊSqueremaprendera ler semmestrePEÇAM A PAPAE

QUE LHES COM-PRE O

jato a. Paulo

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LOTO INSpor meio do qual apren-derão não só a lêr eescrever, mas tambem

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MÃESDAE 4 VOSSOS FILHOSLICOR.cCÂCAU*Vermrfugo de Xavier é o

melhor lombrigueiro porquenão tem dieta, dispensa o

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wMWPCOW

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Ànti-grippal

Tônica

Anti-febril.

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felaivdeMarco,9^

A MOR RH V I N AM mi — tinia menina bem niagrinhaQue as faces possuía descoradasKaci.itica', ineuda, coitadinha,Lfmha as pernas ate bem arquendas.Metlia pena e dó... tão doentinha,Mal brincar a menina conseguia...Sua ni-tnã... sabendo-a bem fraquinha,Seu coração de dores, comprimia! —

Mas, um dia, ella leu neste jornalUin tônico sem par na homocopatlra,Que faria a Mimi uni bem geral...—• E deu-lhe com a fé mais crystallina —:— E Muni, que em pé, mal estar podia,Glorifica dansando a Morrhuina ! ! I

__

Ho_.-cop.ithi.-t Coelho Barbosa Rio dc Janeiro

BIBLIOT1MEGA DAS CREANÇASOS MYSTERIOS DE PARIS — Eugênio Sue — Romance

de aventuras pioprio para rapazes.THEATRO DA INFÂNCIA _-. Peças religiosas, Opereras,

Comédias, Diálogos, Apólogos, Monólogos, etc.OS EXPLORADORES DA LUA

'*? H. G. Well — Ro-

mance infantil de viagens e aventuras.A CAÇADA DA ONÇA — Monteiro Lobato í* Novas

aventuras de Narizinho e de Rabicó e demais companhei-ros, acompanhado com diversos desenhos: ¦

O REINO DAS MARAVILHAS ms Contos de gênios e defadas, com figuras.

HISTORIAS PARA CREANÇAS — Contos tradicionaesportuguezes, muito .Ilustrados.

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OS MEUS BRINQUEDOS — Figueiredo Pimentel -*Contos do berço, uma verdadeira maravilha paracreanças.

O MUNDO DOS MEUS BONITOS — Poemas de Augustoda Santa Rita — Bonecos de cott. Teimo, lindos poemas

UNS AMORSINHOS DE CREANÇAS—üptiraa collecçáopara pequerruchos, com lindos desenhos.

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TUDO ISSO VENDE-SE NA "CASA LAUR-A", AMELHOR FORNECIDA EM LIVROS DE CREANÇAS.

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Illustração Brasileira — a melhor r_?

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^fe^^iS-t-SaaJHJÍ,^

{FUOPRIEDADE DA SOCIEDADE ANONYMA -O MALHO")Iíedactor-Clieíe: Carlos Manhães — Director-Gcrcnte: Antônio A. de Sou_» e Silfa

Asalgnnturaa — Bruxlli í nono, S:>$000| 6 m»ri, 13*000 — Ea(rnngeiro> l anno, flOÍOOOj G mezes, 83*000As assignaturaa começam sempre no dia 1 do mee em qne forem tomadas e serão acceltas annual ou semestralmente.!TODA a COriRERPONDKNCrA. como toda a remessa de dlnbenro, (que pC-d» ser feita'por vale postal ou carta reütstradac»m valor declarado), dev* eer dirigida â Sociedade Anonyma O MALHO — Rua rto Ouvidor. 164. Endereço tele^.&phloo:° MALHO — Itio. Teleptiones: Gerencia: Norte. 5402. ICscrtpto Ho: Noite: 5818 Annunclos: Norte, 61J1. Ofílclnas: villa. ii 17.

Suocursal em Sao Taulo. dirigida pelo Dr. Plínio Cavalcanti — Rua Senador Fel'0 n. 27, 8* andar. Su^as 86 a 81.

CíCOQA£X&&UouoPÁSSAROS E NINHOS

Metts netinhos.

Um dos pontos mais interessantes dahistoria natural é, sem duvida, o que estuda°s pássaros, cujo engenho, verdadeiramen-te assombroso, se evidencia na construcçãotfos ninhos. O estudioso encontra no tra-balho de conhecimento dos pássaros enor-nie serie de cousas^e particularidades inte-rcssantes, desde a variedade da plumagem,0 encanto do porte, a harmonia do canto,a*é ao capricho e arte que os seres aladosempregam na construcção dos ninhos.

Ha pássaros, meus netinhos, que cons-froeni ninhos tão delicados, tão bem tecidosflUc a mão do homem seria incapaz de osfoanufacturar. O beija-flor, por exemplo,clue é o menor e o mais formoso dos passa-r°s,.constróe para sua companheira um ni-iilio qne é um encanto, preso, quasi sempre,íl ponta de um ramo de arvore. O interior(lo ninho do beija-flor é primorosamente re-vestido de finíssimas fibras de flores e oexterior de musgo, macio e fino. K todoj^sse. material, o beija-flor o liga por meioc*e teias He aranlia. A andorinha fabricaSeu ninho nas chaminés e nos telhados com

pennas e plumas. O tico-tico mistura palhi-nhas e pennas, folhas e painas e desse con-juneto organisa o primor do ninho quente cformoso. E' tão variada a maneira dasaves fazerem os ninhos que Vovô não po-deria aprecial-a no curto instante dessa pa-lestra. O que não deve deixar de ser ditoaos meninos é o modo notável pelo qual unilindo passarinho — o João de barro cons-tróe o ninho para a companheira. O ninhodesse tão conhecido pássaro é feito de bar-ro, fortemente, pacientemente ligado, e seuinterior é um primor de construcção quecausa admiração ao homem. Resistente áchuva, ás intempéries, o ninho do joão debarro é dotado dc defesa contra o ataquepossivel dos reptis.

Km próxima palestra, Vovô continua-rá a falar a vocês dos ninhos, lares de pas-saros,,berços encantados de plumas, ondenascem as maravilhas do mundo alado, de-liciosos cantores, vestidos com plumagenscoloridas, majestosas plumagens, iguaesaos mantos das fadas, semelhantes aos pri-mores das rosas c flores do prado.

T 7 ¦* * —¦V ovo

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O TIC0-T1CQ é*- 10 _ Julho — 1929

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?OTICOTICO

P. ECTIFICAÇÂO

<$> Eni numero passado publicamos o retrato da nossa.linda amiguinha Maria Josephina, residente e:-n EspiritoSanto do Pinhal, como sendo filha do Sr. Benedicto Cio-mes dos Santos. Corrigimos esse engano, pois Maria Jo«sephina é dilectâ filhinha do Sr. Alberto Bartholomeu e deD. Aurora Pinto Bartholomeu, da alta sociedade pir.halense.

NASCIMENTOS® ® O lar do Dr. Mario Moura Brasil do Amaral e

âz sua esposa D. Betnvinda Garcia oo Amaral, foi -enri-quecido com o nascimento de uma creança, que receberá napia baptismal o nome de Maria Lúcia.

<S> <S> O lar do Sr. Raul Nazareth e de D. Idalina Dio-geres Nazareth acha-se enriquecido com o nascimento demn robusto menino que na pia baptismal receberá onome de Jorge.

$> Eneisa Martins, nossi inteligente amiguinha, fazannos a 16 do corrente.

ANNIVERSARIO S

3> <$> Faz annos hoje o menino Álvaro, fi-hinho doDr. Tito Lemos.

*$> «3> Passou a 3 deste mez a data natalicia da gra-ciosa Irene, filhinha do Sr. Cícero de Almeida Cruz.'•í> Q> Completou hontem seis annos a graciosa Maria deLourdes, filhinha do Sr. Thomaz Ribeiro de Miranda.

NA BERLINDA...

«& Estão na berlinda os meninos e meninas seguintes:Júlio, por ser intelligente; Dorinha, por ser amável; Pedro,por ser dansarino; Zilda, por ser bonita; Oscar, por ser vitten-cioso; Eva, por ser loura; Mario, por ser bom pianista; Linda,por ser "chie"; Elydio, por ser sympathico; Jacy, por sergraciosa; Walter, por ser estudioso; Diva, por ser gentil;Mlton, por usar calças largas; Maria de Lourdes, por seralegre* Antenor, por usar óculos; Pedrina, por ser bondosa;Arthur, por ser elegante; Marina, por ser apreciadora decinema; Carlos, por ser delicado.

NO JARDIM..; ...® Para festejar .eu. distineto collega e bom amigo

Carlos Gitahy de Alencastro, cujo natalicio passou a 11 dc

Julho, as alumnas do 5" anno do "Grupo Escolar Basiloda Gima" ofíereceram-lhe o seguinte ramo de flores:Noemia. um cravo; Hilda Regina, uma camelia; Lydia, umamagnolia; Ondina, uma rosa; Laura, um lyrio; Maria daGloria, uma violeta; Helena, um amor-perfeito; MartaLuiza, uma tulipa; Ulasia, uma saudade; Geraldina, unijasmin; Maria de Lourdes, um mal-me-quer; Dulce, a fitaque amarrava; Glycia, a gentil entregadora.<$> $• Querendo escolher um typo para "Miss Universo",encontrei os seguintes predicados na escola "Brasileira":As madeixas luzidias da Laurentina; as insinuantes gen-tilezas da Zuzú; a vaporosa bocea de Juracy; o riso de Do-lores; a fabrica de signaes que tem Marina; a deslumbrantedentadura de Lucy; a graça estonteante da Nerita; e o meuinteressantissimo espirito. — Julgador Apurado.

SECÇÃO DA DOCEIRA...-

<3> •$ Querendo fazer um bolo intitulado "Bolo simp-les", comprei os seguintes preparos: 2 kilos da gordura deEsmeralda; 250 grs. do riso do Titã; SOO grs. da sim-plxidade de Maria de Lourdes; 1 kilo da sympathia de Ga-briella; 200 grs. da belleza de Olga; 300 grs. da vivaci-dade de Luiz Fernando; 700 grs. do desembaraço de Eliette;800 grs. da tagarellice de Cisiná; 400 grs. dos cabellos deLóló; 900 grs. da sympathia da Glorinhá, e finalmente, 1küo do meu cresemiento. _-. R. T. C.

NO CINEMA.- ;« m? ^ Foram conlractados para um grande film menina.

e meninos de diversos bariros: Conceição, a Janet Gaynor;Paulo, o Ben Lyon; Semir.mis, a Lia Tora; Joel, o D. Al-varado; Devanaghi, a Gracia Morena; Heroiso, o CarlosModesto; Joanmnha, a Bebe Daniels; Geraldo, o Tom Mix;Glorinhá, a Clara Bow; Milton, o Conrad Nagel; Dina, aJoan Crawford; Augusto, o R.mon Novarro; Carlinda, 3Dolores Del Rio; Luiz, o Rod La Rocque; Esther, a VilmaBanky; Florisvaldo, o Antônio Moreno; Dolores, a Lelita.Rosa; Arthur, o Buster Keaton; Annita, a Norma Shearer;Nestor, o Adolphe Menjou; Maria da Graça, a Lura L.-Plante; Eurico, o Ricardo Cortez; Durvalina, a Pola Negri;Octavio, o-Harold Lloyd; Constança, a Annita Pago; Raul,o Charles F.rr.I; F,ivi,ra, a Mary Pickford; Jayme, oRichard Dbr; Djanira, a Eva Nil; Pedrinho, o DouglasFairbanks; Auror_, a Dorothy Revier; Nicolino, o RaymoiidGriffith; Maria Luiza, a Dolores Costello.

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10 — Julho 1929 — /a-, O TICO-TICO

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ü E Iv O GX OQuem me acorda é um relógio grande, muito grande,

que fica Já no alto da torre de uma igreja. Relógio meuamigo, a que eu chamo de — coração do tempo, porquevive a cantar as horas, que caminham, do dia alegre e danoite em silencio! Cantando sempre, o relógio da torrealta da igreja diz aos que lhe olham e ouvem que a hora

que bate é a da felicidade, a da ventura sonhada. O can-tar do relógio é a virente esperança de quem anda a so*nhar! Relógio que eu estimo, que me diz ir a vida, pcu:oa pouco, passando, caminhando... Bem diverso do re-logio da torre é o coração da gente! Anda, como o outro,a cantar, a cantar, não as horas que passam, mas os so-

nhos, a esperança de uma felicidade e muitas vezes a re-

sar baixinho, num soluço, num pranto, a triste_3 e a

amargura desta vida.

CARLOS M A N TI A E

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O TICO-TICO 8 — 10 — Julho— 1929

HISTORIA DE

NOSSA PÁTRIA

i Carlos Comes,— a maior gloria da musica brasild-

T ia c certamente, da musica americana,a quem o notável Maestro Verdí. emMilão, erguendo-se de sua cadeira, en-thusiasmado, ao ouvir ainda cm ensaios

o terceiro acto do Cuarany, abraçou, commovido,dizendo». .

"Questo giovane "commincia,

da dove íiniscoIo". (*) Foi ali!, cm .Milão, o berço de sua gloriauniversal, cm 1870. Para bem avaliardes o enthu-siásrnò com que foi acolhida a estréa do Guará*

ny, basta dizer que, apenas terminado o primeiro«neto. o editor Lucca, ali mesmo no theatro, con-traclava a acquisição da bellissima partitura. Aí-íirma-sc, mesmo, que Verdi, nos ihtervallos dos

actos, ia, cnthusiasmado. abraçar Carlos Gomes,nos bastidores."

Do que foi essa victoriosa noite, lede. caroscompatriotas, este trecho da eloqüente descripçâofeita por um dos nossos mais brilhantes literatos,Luiz Guimarães, testemunha ocular..

"O quarto acto foi ouvido religiosamente.

Nem um murmúrio na platéa, nem uma.respira-ção, nem um gesto! São scenas qxte se impõem,como o heroismo e como a desgraça. Quando ca-hiu o panno, o delirio apossou-se de todos.

Maestro, sccnographo, artistas, comparsas,vieram á scena, durando a saudação publica per»

CARLOSGOMES

Desenho de

Ciccro Vatladarcs

to de meia hora! Carlos Gomes, ao terminar o"ultimo éco da ultima palma, partiu do theatrocomo a bala de um fuzil, metteu-se num carro, cdahi a pouco estava em casa: Chapéo lançado so-bre o piano, gravata ao ar, paletot ao fundo dogüàrda roupa, sem pensar, sem tomar fôlego,sem despir-se até, mergulhou nos lençóes e tapoua cara hermeticamente, como uma nbiva chineza!

— Venci! Venci a batalha! sibilava elle porbaixo da trincheira. No dia seguinte, recebeuCarlos Gomes o seguinte bilhete:

"Meu caro discipulo, já Maestro. Dizer-teo orgulho de que me sinto possuído é impossível cé inútil. Posso-te afiançar apenas uma coisa: atéboje, não me consta que Maestro algum, nas tuascircumstancias,, ganhasse victoria igual á do"Guarany". Encho-me de gloria e aperto-te emmeus braços, feliz por considerar-me teu colle-ga. — Lauro Rossi".

Além das ovações e signaes de apreço popu-lar, sem interrupção, do juizo dos jornaes italia-nos, retratos c caricaturas allusivas nos semana-rios illustrados dc Milão, coube a Carlos Gomes asatisfacçâo de duas outras victorias não menosexpressivas* A princeza Mathilde, que o applau-diu enthusiasticamcnte, foi a primeira a encom-mendar um exemplar da partitura, quando Luc-ca a imprimisse. O Ministro da Instrucção apre-sentou ao Rei o decreto da nomeação de Carlos(".ornes para cavalheiro da Ordem da Coroa daItália".

E coberto de applausos e louros, triumphaes,aos 60 annos-de edade... ahi vede-o, caros com-

patriotas, na gravura que vos damos. Honrae,honrae por todos os modos a memória desse

grande c glorioso brasileiro)..

(*) Este moço estrh, por onde cit acabo»

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© MA P®iSC©!!!-®©M© PÂÜA'

^l__l^__PN_____^ «___*• —'"¦¦**__»--*___

1". Chefe interino do 1. G.2'. Dr. Oscar dc Carvalho,

presidente do 1 G.3", Escoteiro municipal.

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Dr. Oscar de Carvalho e vários chefes escoteiros, emvisita ao 1° Grupo do Pará.

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"<«*ipSw__L.Ji3 ^*^_HB^- -^^í^pL»*^-7"*"

Tropa de escoteiros municipacs em visita ao1° G. do Pará.

¦¦•*¦*__¦

______¦ 4--« -—"v-fi___^H _]/- ¦'m

___¦ *1

Chefe das patrulhasFlor de Lys.

Chefe interinodo 1* L. E. P.

Chefe dos escoteiroscatholicos.

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( 1i n i vllilLMO

A Y R T 0 N ,filhinho do Sr. Elorippes

Freitas,Padua — Estado do Rio.

rfilhinha

do Sr. Alpheu de s*$M _._____*_. . ' áè '

— São Paulo. *!¦___S_5___r*'*

__5^":'''^!_f__ 11 ' '-¦i*í___È_i_'' ""^____P^-I^»_Í_.

; ' . , ¦ ¦ ". ,' ¦... .-_.. ¦-¦¦¦ ..,.— n ., . , ________ ± j IlN ^H« 5 __________Mhter^É^B !*jí\

_F à +à9 »' *v _-___: ^^ _|i-'"' ^aí-í ^__^ _________ ____

_________¦__ #__" -_f_ -*> íl

Ir OSCARSINHO,filhinho de D. Nair

:^rt J& e Lázaro Vaz Lima.S. João, Boa Vista,

1 ~l — São Paulo. —MARIA DELOURDES,

a Castro, Estado &<y do Paraná.

IZA MONTRIRODR CASTRO,

interessantedeclamadora.

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¦M — Julho — 1929 ü TICO-TICO

Historiamaravilhosa de OLAVO Illustrada

porCicero Valladares

(CAP. 5C )

A musica parou de repente euma careta morena quasi cobertapor umas barbichas brancas as-somou avidamente á borda dobarranco?

"Ah! finalmente que vens!"exclamou,

Um braço delgado e pelludode côr trigueira penetrou por en-tre o matto e segurou Olavo pe-lo pulso"Arriba! "disse o anão.

Olavo fez um _ esforço eachou-se sobre o mattagál quehavia em cima.

Ficou estendido' á bordaduma pequena abertura, com ai-tas paredes dos lados, donde seviam ao longe, .Iluminadas pelocrepúsculo d'aquella noite de ve-rão, as vertentes das montanhas,cobertas de pinheiros, que iam

parar ao mar. Numa das pare-des das rochas havia uma

muito pequena cova e emfrente d'ella um diminu-to tamborete de tres pés

cahido, e uma gaita,junto ao tamborete,no chão.

"Ha muito tem-

po já que esperava por ti", disseo gnomo ajudando Olavo a pôr-se de pé. "Olha", e desatando acorrer para o interior da cova vol-tou d ahi a pouco arrastando umavassoura e empunhando uma pe-dra tão polida que até na meia es-curidão Olavo podia ver a sua ca-ra reflectida nella,

"Gastei duzentas e trintad'estas escovas", disse o anão, "e

poli esta tosca pedra até deixal-acompletamente lisa: tudo pornão saber em que me havia deoecupar desde que sahi da Gran-• »*ja

Ah! então eras tu o anão-sinho?" perguntou alegre-mente Olavo. "Ora vê lá"!Não tenho feito senão prõ-curar-te desde que tenhofeito uso da razão. Epor isso então que osovelhas sabiam, suppo-'*nho eu, pois tu vives nes-tes mattagaes, não éverdade?

(Continua)

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O TICO-TICO — 12 10 — Julho — 1929

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1U — Julho — 1Ü2Ü 13 — O TICO-TICO

A PRINCEZA SILENCIOSA

líavia uma vez um rei e umarainha que viviam juntos em boaPaz. Tinham doze filhos, mas to-dos mocinhos. Um dia o rei dissea rainha:

"Se o décimo terceiro filho que"¦e promettes fòr uma moça, osdoze moços devem morrer, afimde que a herança de sua irmã sejaconsiderável e o reino lhe pertençapor completo."

Fez construir doze caixões, quese encheram de cavacos; em segui-da collocou-se em cada um dellesMm travesseiro e mandou-os trans-portar para um gabinete bem rt-scrvado, cuja chave deu á rainha,fccommendando-lhe que não dis-

.'lessem nada a ninguém.Comtudo a rainha era presa de

l'm violento desgosto. O mais novodos filhos, que não a deixava, e aquem ella dava o nome de Benja-•uri, notava o seu desgosto e per-guntou:

"Minha boa mamãe, porque estátão triste?"

"Meu querido filho", retorquiu

e-*a, "não posso dizer-t'o",.

Mas o filho não socegou em-quanto a mãe não o conduziu aogabinete mysterioso e lhe não mos-trou os doze caixões cheios ds ca-vacos

"Meu bom Benjamin, lhe repli-cou, "teu

pae fez construir estesdoze caixões para ti e para teusirmãos, porque se eu der ao mun-do uma menina, todos vós tendesde morrer e ser aqui encerrados."

E, como chorasse ao dizer estaspalavras, o menino procurou soce-gal-a, dizendo:

"Não chore, mamãe, saberemosevitar a morte e afastar-nos da-qui."

A rainha tornou:"Vae

para a floresta com teusirmãos e que um de vós estejasempre de sentinella no mais altoramo duma arvore, com os olhosna direcção da torre do palácio.Terei o cuidado de arvorar umabandeira branca se fòr menino: enesse caso podem voltar, sem re-ceio; mas se, pelo contrario, fòrmãe de uma filha, arvorarei umabandeira vermelha como sangue, eentão fujam quanto antes e paralonge. Que o bom Deus os proteja.'Todas as noites orarei por vós,afim de que tenham calor no in-verno, e no verão uma boa som-bra que os resguarde contra osraios do sol."

Logo que a rainha deu esta ben-ção aos filhos, estes fugiram paraa floresta. Todos tiveram o seu pi-quete de sentinella, pela segurançade si próprios, trepando ao maisalto dos carvalhos e tendo os olhossempre fitos na torre.

Poucos dias depois, coube a vezde vigiar a Benjamin, que viu aocabo da noite uma bandeira," masuma bandeira vermelha como san-gue, o que lhes indicava que de-viam morrer. Quando deu estanova aos irmãos, todos se indigna-ram e disseram:

"Façamos juramento em comonos havemos de vingar! Por todaa parte onde depararmos com umamoça, o seu sangue deverá-correr!"

Dito isto, foram para o mais cs-pesso da floresta, onde encontra-ram uma cabana muito^velha e va-zia. Disseram então:

"E' aqui que devemos fixar re-sidencia; e tu, Benjamin, como éso mais novo e o mais fraco, fica-rãs a tomar conta da casa e trata-rás dos arranjos domésticos, em-quanto nós iremos caçar para nossustentar."

Embrenharam-se, pois, na flores-ta, e mataram lebres e cabritosmon tezes, aves e pombos. Depoislevaram-nos a Benjamin, afim deos preparar para combaterem afome. Poi assim que viveram du-rante dez annos; e este tempo pa-receu-lhes curto.

Comtudo,*-a menina, à quem amãe deu o ser, ia crescendo; a suabelleza era peregrina e tinha nafronte uma estrella de ouro. Unidia em que fazia grande lavagem,notou, entre a roupa, doze camisasde homem e perguntou a sua ma-mãe:

"De quem são estas doze cami-

sas, pois que são muito pequenaspara papae?"

A rainha, suspirando, respondeu:"Minha filha, são de teus doze

irmãos."A menina tornou:"Onde estão os meus doze ir-

mãos? Nunca ouvi falar delles.""Onde estão? Sabe-o Deus! An-

dam erradios pelo mundo".Então foi abrir o quarto myste-

rioso para lhe mostrar os caixõescom cavacos e travesseiros.

"Estes doze caixões", explicou,estavam destinados para teus ir-mãos; mas fugiram de casa antesque tu nascesses".

*íJ áf*

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O TICO-TICO 14 — 10 Julho — 1929

Ê contou tudo o que se haviapassado. A menina disse-lhe;

''Não chore, mamãe, vou cu embusca de meus irmãos."

. .Pegou nas doze camisas e diri-giu-se justamente para o centro dafloresta onde existia a cubana. En-trou e viu um mocinho, que lheperguntou:"Donde vem e para onde vai?"

Depois exprimiu o seu espanto ámedida que ia vendo a belleza dasvestes reaes de que usava c da es-trella de ouro na fronte. Ao querespondeu a menina:

"Sou a filha de um rei, ando embusca de doze irmãos e irei tão Ion-ge quanto o céo azul existir, atéque os encontre."

Dito isto mostrou-lhe as doze ca-misas que lhes pertenciam. Benja-min viu então que a mocinha erasua irmã e declarou-lhe:

"Eu sou Benjamin, o mais novode teus manos,'*

Ella começou a chorar de alegria,e Benjamin também. Abraçaram-see beijaram-se ternamente. Benja-min disse de repente:

"Minha boa irmã, devo prevenir-te de que haviamos feito juramen-to de matar todas as meninas queencontrássemos, visto ser por causade uma menina que nós abandona-mos o reino."

A moça respondeu:"De boa vontade morrerei, se a

morte restituir a meus irmãos oque perderam.""Não", retorquiu Benjamin, "não

deves morrer; colloca-te detrazdessa cuba até que meus irmãos re-gressem e eu os ponha de accordo."

A pobre menina então eolIocpu-?eatraz da cuba. E quando anoiteceu,os irmãos regressaram da caça e ojantar depressa se arranjou...- Equando iam começar a comer, per-guntaram:"Que ha de novo?"

Benjamin respondeu:"Não sabem nada?''"Não!" responderam.Benjamin acerescentou:"Vocês.vão

para a floresta e eu,que fico em casa sei mais coisas".

"Conta, conta", pediram todos.Retorquiu:"Então

promcítem que não ma-tam a primeira menina que se lhedepare?"

"Promettemos", affirmaram, "que

alcançará o nosso perdão. Contaagora."

Benjamin começou:"A nossa irmã está ali", e em-

purrou a cuba.A filha do rei avançou com as

suas vestes reaes e a estrella deouro na fronte; brilhava de belle-za, finura e graça. Alegraram-selogo, saltaram-lhe ao pescoço eabraçaram-na.

A partir desse momento a meninatomou conta da casa com Benjamine ajudou-o no seu trabalho. Os onzeirmãos iam para a floresta; perse-guiam lebres e cabritos, aves e pom-bos, e levavam para a cabana o re-sultado de suas caçadas, que Benja-min e sua irmã apromptavam parao jantar. Ella apanhava madeira paraaccender o lume, colhia plantas quedeviam substituir os legumes e collo-cava-as ao lume, e tão bem cozinha-

va. que, quando os irmãos vinham,já o jantar estava feito. . Mantinhasempre em muita ordem a cabani-nha, cobria, com encanto a cama dealvos lençoes de linhq^ de modo queos irmãos nunca tinham razão parate desgostarem e viviam em perfeitapaz.

Um dia Benjamin e a infanta pre-pararam um" magnífico jantar, equando se reuniam em redor da mesa ¦comeram, beberam e ficaram satis-feitos.

Havia em torno da cabana um pe-queno jardim, onde cresciam dozelyrios. A juvenil creatura, querendofazer uma agradável surpreza aos ir-mãos, foi colhel-os para os offerccerao jantar. Mas apenas colheu os do-ze lyrios, os seus irmãos tornaram-secorvos que voaram por cima da fio-resta, e a cabana e o jardim desappa-receram de repente. A pobre meni-na achou-se sósinha na floresta; ecomo olhasse em volta com justeterror viu uma velha que lhe disse:

"Que fazes ahi, minha menina?Por que não deixaste em paz essasbrancas flores? Essas flores eramteus irmãos, que se encontram agoratransformados em corvos para sem-pre!"

A menina, chorando, perguntou-lhe:

"Mas não haverá um meio de PSlivrar?"

"Existe," retorquiu a velha "masnão ha no mundo pessoa alguma ca-paz de o realizar pela sua difficulda-de; não deverias dizer uma única pa-lavra nem sorrir uma única vez du-rante sele annos; e se pronunciaresalguma palavra, ainda que falte umahora para o cumprimento dessetempo, tudo o que houveres feito seráinútil e a palavra que pronunciarescausará a morte de teus irmãos"..

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10 Julho — 11*29 15 — O IICO.TICO

AO ENTARDECERO carretciro vinha devagarinho

pela estrada afora.Ao longe ficava a linha sinuosa

traçada no barro vermelho, na extcn-"üão do caminho já percorrido.

Parou um instante como para to-mar alento, pois o caminho era urnasubida íngreme na escatpaoa de umvalle profundo que o conduziria comsua pesada carreta ao sitio do seupatião,

Olhou em redor... absorveu-se naccntemplação do panorama que erasoberbo!

Depois, exhalou um profundo elongo suspiro, cemo que evocandoimagens que lhe povoavam a mente.

Os bois silenciosos e triste*: mu-giam devagarinho, como para nãoespantar o sonho de abstracção do io-ven carreteiro.

Tirou-o da scisma o som plangen-te da cantiga do passaro-phantasmiou do duende-menir.o que lha cau-sava horror....

Ouviu arrepiacc; Sacy: Sacy! e aeco respondia Sa... cy!...

Tremendo, fustigou el!c os bois eesconjuran;te o pequenino demo, ha-bitante das florestas, partiu cabis-baixo, as pernas tropegas e, paradisfarçar, falando aos bois:

— Anda, "Vermelho!" E tu, "Gi-

gante", estás hoje tão vagaroso....Vamos! depressa, aguarda a vocêsuma boa ração de capim íresco, íênoe depois um somno íranquiilo.. .•Vamos, adiante! O caminho é máu,porém, com um pouco mais de esfer-ço, estaremos na fazenda, ao abrigodos terrores...

Dc repente os bois começaram álevantar as orelhas e estacaram...

Não houve aguilhão nem palavrasque os fizessem andar...

O carreteiro tremia como uma varaverde açoitada pelo vento, — nãofcs;e aquillo uma assombração!...pois dizem que os animaes a presen-tem mais depressa que 03 homens.-De súbito, ouviu-se um estalido enum galho de paineira sylvestre,bem junto delle ouviu o carreteiro avoz lagubre: -- Sacy! Olhou, s láestava, dependurado, olhando-o, um

«.¦j*****-?-•"•a-V**'—-• •»SÍÍSE^-*xrzi£v.«*-í^1>í'-»-».

mmmWmWÊ&^mt^h

wS^-íSlIWwfflWc*-^SEB*»'*>«-vo cn-*»»-**^..a-¦¦^¦'fc**'- ^^

Então a menina, com toda a suaSorça de alma, pensou:

liei de salval-os a todo o custo.Cumprirei a condição necessária.

1'oz-se depois a caminho procuran-do um elevado rochedo, e quando oencontrou sahiu para elle e começoufiando, fazendo todo o possível parasc não rir nem falar. Reparoirqueum rei andava ás lebres e que veiocorrendo ale jtinto do rochedo, no¦alto do qual se achava sentada. Orei approximou-sc, viu a lindíssimainfanta com a estrella de ouro nafronte, e ficou tão encantado coma sua belleza, que lhe perguntou se0 queria por marido.

Não respondeu, mas fez um si-gnal com a cabeça. Então o rei tre-pou polo rochedo e desceu com ella,íel-a assentar no seüm dum cavalloc regressou para o palácio. Ahi fo-ram celebradas as nupeias com tantaPompa como alegria, ainda que anoiva continuasse muda e sem sorri-so. Viveram felizes durante um tom

par de annos, mas a mãe do rei, queera má mulher, começou a calumniara juvenil rainha, c a increpar o rei.

• "Foi uma miserável mendiga quetrouxeste para ° palácio; quem sabeos impios males que tem em mira ia-zer-te? Sc realmente fosse muda,poderia rir pelo menos uma vez; ellaque não ri, é porque tem mau cora-ção!"

Ao principio o rei não quiz acre**ditar nessas pérfidas insinuações,mas sua mãe tomou-lhas a repeliracerescentando invenções más, aponto de o rei se deixar persuadir, eeondcmnou a mulher á morte. Ac-cendeu-se no pateo unia grande ío-gueira, onde a infeliz devia ser quei-

aegrinho luzidio que lhe mostrava,numa larga e bianca dentuça, uinriso alvar, e tinha na cabeça um bar-retinho de pensas vermelhas... Ocarreteiro largou os bois, a .*:ua car-ga, a carreta, o sf,uílhão e fugiu emdisparada . ,

E a vo/ atráz delle agourenta, di-zia: Sacy! Sacy!. - i

Ao chegar á porteira do sitio, maismerto do que vivo, — viu uma velhapreta, — a mãe Maria, que falavaa um negrinho de banete verme-iho.

O carreteiro nem olhou, e atirou-sedo outro lado a gritar: — E' elle, éelle, o Sacy!

Mãe Maria correu a socccrel-o,mas, coitado do pobre carreteiro!havia enlouquecido de medo.

E o pretínho do gòrrc vermelhoera o neto de Mãe Maria que procu-rava também reanima-lc.

E" assim, meus meninos, — omedo e a superstição fazem vêr ascousas mais absurdas que vivemapenas na nossa mente.

A maior pai te das lendas do nossosertão foram creadas assim: — smedo realisava o que era apenasuma illusão.

Rachel Prado.

mada viva; o tei estava á janella,com os olhos pcrlados de lagrimas,porque não cessara de a anuir

Quando já estava fortemente liga-cia a um pilar e as vermelhas línguasde fogo começavam a lamber-lhe asvestes, reparou que estava ctuuprin-do o praso dos sete annos marcadospela fada para a rehabilitaç:o dosdoze principes.

Súbito ouviu-se no" ar um bater deazas, e doze corvos que dirigiam oseu vôo para esse lado, cahiram emvolta da menina. Apenas deram comas azas na fogueira transformaram-sc nos doze irmãos que lhe deviam avida. Apagaram, as madeiras incen-diadas, e extinguiram as chanimas;desataram as cordas que prendiam airmã e cobriram-na de beijos. Agoraque já não temia falar, contou aorei porque se conservou tanto temponn*.(;a e porque nunca sarrira.

ü rei alegrou se por vel-a inflo-cente e viveram todos juntos e uni-dos até á morte.

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MODA

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I N F A N

10 — Julho — Jí)2y

T I L

BORDADO — "O cavalleiro da fortuna"; do conto de Perraufc, para. bordar cm "sfores" ou fronha.. de creança.MODA ]NI'"AN'1'1L — 1" — Bhiza azul marinho e saia dc lã branca, com desenho escocez. 2° — Trajo de popeliruiCÔr de avc'ã e blu.u dc seda branca. 3U — Trajo dc lã "gris" e verde, adornado de pespo:Uos. 4o ~~ Costume de xa-

dfez dc lã, com bluza creme.

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10 -, Julho — 1929 17 --> O T I C O - T I C ü

Êt O O fil ÜL OPor aquelle longo caminho que

não era mais que a estrada da vida,

um mancebo depois de caminhar ao

sol, encontrou na sombra de urnas

arvores altas á beira do caminho o

repouso para seu cansaço.

Sentou-se num velho tronco, pou-sando o rosto nas. mãos e voltan-do-o para a terra como querendotirar de si qualquer illusão da na-tureza e reflectir»' Passo incerto, tremendo, rosto

também inclinado para o chão mo-v

livado pelo numero de annos, ap-

proximou-se do rapaz uma velha.Meu fiího, parece que choras!

Por que assim procedes?O rapaz levantou o busto como

assustado e querendo enxugar ai-

guina humidade de seus olhos para

que ninguém o visse assim, disse:Por que deseia a senhora saber

da der alheia?

¦— Oh! meu filho, eu soffro

também e quem soffre. melhor

comprehende a alheia magua. Te-

nho a maior dôr de uma pessoa.Perdeu por acaso a senhora a

sua mãe?

¦— Não conheci a min!ia mãe,

soube só que morreu por mim; a

minha dôr é maior, perdi meu fi-

lho...

E como qiíem se recorda:

Morreu aos doze annos, po-

dia estar como tu hoje...,

E ref lectindo mais:

Oh! ninguém pôde advinhar

a minha dôr — perdi o fructo do

meu amor, perdi a minha esperan-

ça, perdi o meu uhíco filho!

Ii tornou-se ¦ mais triste, com

rosto voltado para a terra.

— Senhora, contente-se cm não

conhecer o amor de mãe, o meu é

insubstituível, perdi tudo o que ha

de mais sagrado na vida — perdiminha mãe!

E recordando-se;

.— Tinha dezoito annos... vida

feita primavera, vejo-a como se

fosse heje... aquella tremula ca-

beca branca tendo no canto dos

Olhos humidos sempre unia lagri-

ma para cahir, afim de chorar poimim.

Emocionado:— Poi cia terra o vulfci imni.v

cuiado de minha santa velhinha

mas ainda tenho diante de mini

aquella imagem dece, que ã minha

imaginação empresta nas horas de

recordação um halo de luz na ca-

beca branca como se fora unia

santa.

E não falou mais. Apciou sobre

as mãos o rosto triste como cv.cm

chorava.

À velhühha que havia vivido tan-

to e soffrido todos os dissabores

que a vida nos transmitte com íl-

lusões, comprehendeu que sua ma-

gua não era tanta come»a dôr do

rapaz. Depois de tantos revezes de

fome e sede, injustiças e privações,ella havia desconhecido até a'.i,

dentro de sua miséria, a dôr de

quem perde sua n;ãc.

— Vem rapaz, acalentarei a tua

dôr e em paga deixa apoiar mi-

nha velhice na tua juventude. Se

rás meu filho... serei tua iní.e.

E foram caminho a fora...

Sl£3ASTIÃO Fl.R STA N1U.S

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O TICO-TICO — 18 10 — Julho — 1929

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10 —; Julho _ 1929

O

— 19 O TICO-TICO

PESCADOR

___________

EXPLICAÇÃO — Collcm as duas peças cm papetüo fino, reccrtar.do-ã? depois. Liguem, por meio de bar-ante com nós nas extremidades, a peça que representa o mar á que constitue r> barqúinho, tal como se vê no modelo,L direita. Prendam o peixinho a uma linha atada, por sua vez, á ponta do caniço * (mode.o á esquerda). Imprimindo"^VimentQ ao barqúinho, verão o pescador sendo perseguido pelo peixinho que- cone atraz do bote.

^Hiara para. iòáos —- Usun magasls-e mensüS qiae fonte nessa a do.

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O TICO-TICO - 20.-. 10 — Julho 192.

OS ANÕES DA FLORESTA NEGRAA linda Fada dos Lagos Azues

lendo se apaixonado por um prin-cipe, gracioso e gentil cavalheiro,filho do rei daquella região, comelle casou, apesar de ser a Rai-nha das Fadas, contraria ao seu en-lace com um simples mortal, pormais nobre e valoroso que fosse.

Dessa união, nasceram dois ge-meos que, coitados, como logo severificou, eram tão pequeninos,que nunca passaram de minúsculosanõezinhos.

Annos e annos se passaram, semque os dois irmãos Gud e Guwaldcrescessem mais de dois palmos.,0 aspecto ridículo dos dois anÕezí-nhos os fizera alvo dos gracejos esarcasmos de toda a corte e dó pro-prio povo, e de tal maneira foramelles perseguidos, que um dia resol-veram fugir da corte de seu pae,indo se refugiar nas densas mattasda Floresta Negra, povoada por fé-ras de toda a espécie.

Viviam os dois irmãos em umacaverna, quando* um dia ahi appa-receu a fada, mãe delles. Meus fi-lhos, já que^o meu casamento comum simples mortal, vos tirou o di-reito de serem gênios, ou mágicos,reduzindo-vos a' esta triste' condi-ção, tomacestes dois anneis, que vosdarão grande poder sobre os gêniosdesta floresta .-

De instinctos perversos, e aindamais irritados pelos maus tratamen-tos, que tiveram emquanto viveramentre os homens, Gud tornou-setuna verdadeira praga para os ha-bitantes da regiãb. O seu poder,elle só applicava para o mal. Oralevantava tempestades formidáveis,que destruíam as plantações, oraincendiava as florestas, sempre per-seguindo os pobres camponezes,praticava, e empregava o seu podercom mil e um maleficios!...

O seu irmão Guwaldo via com tris-teza as maldades que o máu anãopara attenual-as. Embora fossemmuito amigos, viviam os dois cmeterna luta, um para fazer o mal eO outro oara diminuir ou remediar

as desgraças, que constantementecahiam sobre os habitantes do lu-gar.

Embora poucos fossem os que po-diam se gabar de tel-os visto, osdois irmãos eram conhecidos pelGpovo, como o bom e o máu gênioda Floresta Negra.

Um dia, em que os dois irmãos,escondidos entre uns penhascos, vi-ram passar pela floresta um bri-lhante cortejo.;

Era o rei que offerecia uma ca-cada em honra dos principes estran-geiros, que dos mais longínquospaizes, tinham vindo á sua corte,para disputar a mão de sua filha

Vendo a princeza, Gud apaixo-nou-se loucamente e jurou despo-sal-a, esquecendo-se do seu todo ri-dicnlo e da fama de maldade emetinha o seu nome.

Guwald tudo fez para dissuadiro seu irmão de tal intento, mas nãoconseguindo, resolveu empregar opoder para salvar a princeza, dasgarras de seu perverso irmão.-

No dia seguinte, Gud dirigiu-se ácorte do monarcha. Acompanhava-o um gênio horrendo e de estaturadescommunal, que levava^ás, costasum immenso sacco, cheio de jóiase pedrarias, que bastavam para com-prar todo o reino.

A corte estava reunida em umcirco immenso, oncle se realizava,entre os concur-rentes á mão daprinceza, um renhido torneio.;.O pavor que manifestou-se em

toda a brilhante assembléa, quandoappareceu na liça o anãozinho, se-guido do horrendo gênio, foi in-descriptivel! O próprio rei, procu-rando sorrir, perguntou o que ahio trazia. —Sou principe e filho derei, respondeu o anãozinho, e ve-nho tambem disputar a mão dáprinceza, a quem peço que acceiteestas modestas prendas, e a um ges-to seu o gênio despejou o immensosacco de pedrarias, que formou naarena um grande monte.-

Bem, respondeu o rei tens queentrar na liça, e disputar com os

outros a mão da princeza. Pensa-va o rei que o, anãozinho recuasse,mas este respondeu orgulhosamen-te: — Como rei que sou, possa fazer um dos meus nobres vassallosbater-se em meu lugar. Este guer-reiro, continuo-, mostrando o ge-nio, será o meu campeão na disputada mão da princeza.-

O pavor dos concurrentes foienorme, e nenhum ousara entrar naarena para affrontar o gênio.

Guwald, embora soubesse que oseu annel perdia todo o poder paraelle, desde que estivesse em mãosestranhas, resolveu sacrificar-separa salvar a princeza, e procuran-do secretamente o Principe dos Lyrios, cujo aniôr sabia ser correspon-dido por ella, entregou-lhe o seuannel, ensinuando-lhe como deviaagir.

No^ia do torneio, o anão apre-sentoff-se, acompanhado do pavoro-so gênio..

E a princeza, que não via quempudesse vencer o gênio, estava de-solada, pensando que tinha de ca-hir nas garras do horrendo anão.-

Eis que, de repente, abre-se a bar-reira e surge um^cavalhe.ro vestidode ferro. Na ponta de sua lançabrilhava um minúsculo annel.

O gênio disfere contra elle for-midavel golpe de sua clava capazde esmigalhal-o de uma só vez. Qcavalheiro apara o golpe na pontada lança. A clava, batendo no annelmágico, desfez-se em mil pedaços.-

O gênio, soltando um pavorosogrito, que fez tremer a terra, des-appareceu.

O máu anão, espavorido, quiz fu-gir mas o povo, para vingar-se detodos os maleficios, matou-o a pe-dradas.

O Principe dos Lyrios casou-secom a princeza, chamando para seuconselheiro o bom Guward, que,embora tivesse perdido o poder doannel, o fez tornar-se um granderei, pelos bons conselhos e ensina-mentos que sempre lhe dava.

GEMMA DALBA

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10 — Jullio — 1929 «- 21 O TICO-TICO

ÂCAIHXA MYtSTlBS1

O Cascudo.

O Sr. Augusto escolhia com muito cuidado o lo-

gar para onde devia levar sua familia afim de pas-sar as ferias. Quando um desses projectos entrava emdiscussão, elle prevenia:

— E' preciso que seja um logar saudável, ondevocês descansem o espirito, armazenem novas forças,e se> divirtam, também.

E nesse anno ficou decidido visitarem o Salto dePiracicaba.

A viagem transcorreu muito agradável; e depoisde descansarem no hotel onde se hospedaram, o Sr.Augusto propôz:

Vamtís admirar a "hulha branca?"Todos concordaram, menos Elza:«— Ah! Papae antes vamos ao Salto.-— Pois foi isso que eu, disse nessa phrase compli-

cada. A "hulha" verdadeira'é o carvão de pedra; mas

como as cachoeiras também constituem uma verdadet-ra^onte de riqueza, pela fosca que é aproveitada paraproduzir electricidade, chamam-n'as "hulha branca'.

' E á tarde quando refrescou um pouco, dirigiram-se á cachoeira, não esquecendo de convidar o velhoFelicio.

Estavam todos mudos contemplando tanta belleza;mas o Felicio, fixando os olhos arregalados na espu-ma, exclamou com voz commovida um agradecimentobizarro:

Eu que sou velho é que devia estar caducan-do, mas é meu sinhô que caduca commigo!"

Ora, Felicio, foi 'você que cuidou de nr.m

quando eu era pequeno, agora você anda doente, tv

Elle é bonitinho... e usabigodinho

cuido de você! E depois, não pense que é pouco o tra-balho que dá distrahir a criançada.

"Nhor não! Oi lá meu povo, aquelle homemestá pescando, vamos ver?

Elza correu na frente e o pescador viu-se atrapa-lhado com as perguntas:

'— Que peixe grande e todo amarello! Como sechama ?

Dourado. Esse até não é dos maiores; outrodia eu pesquei um de 30 kilos

¦— E' esse o dourado? E lá foi o peixe de mãoem mão, entre commentarios.

O mais engraçado é elle ter a cauda vermelha!Emquanto isso Elza remexia no cesto do pescador,

mas o Felicio a vigiava de soslaio:Não pegue nesse, nhã-nhã, Deus me livre!Porque? perguntou a menina desapontada.Esse é o mandy-coisa-ruim; tem um ferrão

doido.!Vem cá Elza, que eu te dou um "cascudo"!

O que?Eu te dou este peixe que não tem escama; tem

couro como uma casca, por isso se chama "'cascudo .Oh! peixe feio... e mettido a elegante: dc bi-

godinho!Edgard já estava conquistando o pescador pa"a

lhe emprestar a vara, o que nâc foi difíicdO peixe beliscou a isca, negadou... e só no fim

de muito tempo deixou-se prender. Então foi uma ai-gazarra geral:

Até que emfim este "meio-palmo" se decidiu!mas amanhã eu trago minha vara logo cedo, e íicuaqui até escurecer!

. TIO NOUGUL

massm<&W

O Dourado

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O TICO-TICO — 22 --> 10 — Julho — 1929

ív -J-

m.áxvm^¦ ",' y/A\

VISÃO D E MO Y S É SUm dia — memorável dia! — e3-

tava Moysés pastoreando os rebanhosdc seu sogro, quando avistou, de lon-

ge, uma fogueira; e, reparando ne!Ude mais perto, viu que não augmen.tava a extensão do fogo, nem con-sumia a sarça que queimava!

Mdysés, admirado, approximou-so.Porém, quando entrava elle na zona

llluminada pelo fogo, ouviu uma voz,que dizia:

"Moysés! tira ns sandalhas, an-tes de pizar essa terra, que é sa».ta! "...

Moysés olhou para um outro lado...mas não viu ninguém.

E a voz, de novo, so fez ouvir:"Eli sou o Deu3 de Israel! o

Deus de Abrahão, de Isaac e de Ja-cob!

Moysés, ouvindo estas palavras, pro-strou-se de joelhos, cobrindo o rostocom as mão3.

E adorou o Senhor. Depois, tiroaas sandalhas, e, de novo ajoelhado,respondeu:

Senhor, aqui estoulE Deus falou assim: "Eu vi a af-

f lição do meu povo no Egypto.:,.E desci das alturas para o fazer sahird'aquella terra, onde soffrem teus Ir-mãos por causa da crueza dos que

item o governo da3 cousas.Chegou, portanto, aos meus ouvi-

dos, o clamor dos filhos de Israel,)

^%k^

Vem poi=;, e eu te enviarei ao Pha-raõ, para que tires do Egypto os fi.lhos de Israel, meu povo".

E Moysés respondeu:Quem sou eu, Senhor, para Ir

ter com o Pharaó, e tirar do Egyptoos meus irmãos, filhos de Israel?!

— Eu serei ccmtigo—tornou o Se-nhor. E este serã o signal que cilte mandarei: Depois que tiveres il-rado o meu povo do poder dos Egy-

? cios, offerererãs a Deus um sacrifíciosobro este monte.

Irei pois, respondeu Moysés, edirei aos filhos de Israel: "O Deu3 devossos paes me enviou a vós...Mas, si elles me perguntarem: —Quenome - o seu?... Que hei-de respon-der?!

Dlráa aos filhos tde Israel: OSenhor Deus de nossos paes, o Deusde Abrahão, de Isae e de Jacob meenviou a vós. ..

Este . o meu nome por toda a éter-nidade; este - o meu memorial, pelodecurso de todas as gerações.

Moysés, salvo da matança dos Pha.raós para arrancar seu povo á escra-vidão, duvidava ainda do poder quaDeus lhe conferia. ..

Senhor: elles não me clarão era.dito!

Então, mandou o Altíssimo quaelle tomasse uma vara qualquer e adepuzesse no chão.

Moysés obedeceu; e a vara, instan-taneamente, foi transformada em umacobra.

Depois., mandou Deus ^ue levantassea cobra pela cauda; e, de novo, a viratornou á sua forma primitiva.

Maravilhado, convencido, mas aindareceioso do êxito, Moysés, — comotantos outros que, por conimodismoou pusillanimidade faltam ao soudever. .. sobretudo em se liatauíode defender o fraco oriprimllo cv.i-tra o poderoso oppressor, — Mq;ys<53procurou ainda nnu desculpa:

Senhor! eu sou gago... e maisèago fiquei depois que estou aqui, navossa presença! Como hei de ter elo-quencia, para convencer?!

Eu posso, replicou o Altíssimo,soltar a tua língua, e dar-te a elo-quencia dos mais eloqüentes. Porém,tião seja esta a duvida. Parte quantoantes para a terra do tgypto. E eimandarei a -teu encontro teu irmãoAarão, que é tido por um bom oradorE, então, juntos, haveis de conseguira libertação dos filhos de Israel. .Nãotemas. Eu serei comtigo.

Chegado ã casa, Moysés referioao sogro tudo quanto se passara. 15Jethso concordou que elle devia par-tir immediatamente. E Sephora, su»mulher, accompanhou-o A terra doEgypto, levando seus filhinhos.

Maria Ribeiro de Almeida.

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1Ü — Julho — 1929 23 __, O TICO-TICO

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MÃEVerses

São trcs_ as letras de um nome

Para nós santificado,

Exprimindo o maior bem

Que pode ser encontrado.

Parece até mesmo incrível

Que um nome tão pequenino

Encerre tanta grandeza

De um ente quasi divino.

Um monosyllabo apenas,

Simples emissão de voz,

Que é um mundo de ternura

Velando por sobre nós.

Um nome que, antes dos outros,

Ficamos a balbuciar;

Primeira oração na vida

Que aprendemos a rezar.,

Sem que ninguém nos ensine,

Naturalmente, o aprendemos.

E delle, por toda a vida,

Jamais nos esqueceremos.

de __. u s t o r q io W a 11 d c r l e _yParece que_ vem do Céo

Como santa inspiração,

E, gravado em letras de ouro,

Fica em nosso coração.

Um nome que, repetido,

inda mais doce se torna.

E, de candura infantil,.

Singelamente se adorna.

Nome que é doce gemido

Si noss'alma, triste, chora;

E é um brado de alegria

Si elfa de risos se enflora.

Nome '-— suprema caricia,

Harmonia deliciosa,

Que nos encanta os ouvidos

Num sonho bom, côr de rosa.

E' tão extranho que eu penso

Que este nome foi, emfim,

.— Eíndo "cântico dos

cânticos", —

Invenção de um serafim

Balsamo para os afílictos,

Consolo para quem chora.

Esperança dos que soffreni

As magoas que eu sinto agora.-

• ._•••;>__•*••_•.-... ;»;t * «_«.«'«

Que durante minha vida

Seu terno som me acompanhe,

E meu derradeiro alento

.Seja para dizer: — Mãe!....

2^W\ iÉA¦

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A \

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O TICO-TICO — 24 — 10 — Julho 1929

«wiipÉnitiii miipinii^^^

| O CASAMENTO DA RAPOSA |ÉSlMilllín^^

— Aquella amizade da raposa com o rouxinol ha-vía dc acabar mal; diziam os outros bichos, no tempocm cpie elles falavam, admirando as attenções da as-ttita rapoza com o ingênuo, porém bondoso rouxinol,que era a alegria da matta com seu lindo gorgeio,dando concertos de canto quasi tcdas as noites.

Realmente a raposa se mostrava muito gentil paracomo o rouxinol, elogiando-lhe a privilegiada gar-ganta que era mesmo "uma preciosidade artística",como dizia ella apparentando conhecimentos musicaesque não tinha.

Uma vez chegou até a lhe dizer:O meu amigo rouxinol tem uma explendida

voz de soprano. .Eu ! Está enganada a Sra. Raposa. Minha voz

é de tenor.Era isso mesmo que eu pretendia dizer; errien-

dou a raposa, um tanto desconcertada, e accrescentou:Sou louca por aquelles trinados que o meu ami-

go faz com semibreves em oitavas...O rouxinol não ponde deixar de sorrir ante os dis-

parates da raposa, querendo falar daquillo de que nãoentendia.

Delicadamente, porém, elle replica:A senhora ainda está um pouco equivocada: os

trinados qtte eu faço seriam antes em semi fusas e einintervallos de segunda e não de oitavas cpie resulta-riam de effeito desagradável.

Pois é justamente isso que eu quero dizer, tor-nou, com cynismo a pedante raposa.

O gavião, de quem ella já se mostrara tambémmuito camarada outr'ora, e para quem avançara cruuni dia de fome, preveniu o rouxinol:

Você não se fie muito na amizade daquella fin-' gida! Certa vez, si eu não tivesse as azas tao fortes,

e si não fosse tão ligeiro em levantar o vôo, cila te-ria me comido, cemo si eu fosse ahi qualquer umfran gui nho tolo.

Com effeito, as intenções da hypocrita raposa nãoeram boas com relação ao confiante rouxinol.

Ella queria se insinuar bem no animo da pobre avepaia apanhal-a, um dia, descuidada e devoral-a.

Emquanto, porém, não chegava esse momento, iaa raposa se "divertindo" a comer ninhadas e ninhadasde pintos que passassem ao alcance das suas poderosaspresas.

Ora, o homem, que era o dono dos pintos, e maissabido que a esperta raposa, resolveu apanhal-a viva,rara o que preparou uma bem disfarçada armadMlia.

Acontece que o rouxinol, que não dorme, viu o ho-nicin armando o "mundéo" e foi prevenir a raposa.

Esta, que andava um pouco desconfiada, havia seescondido; e quando viu o rouxinol se approximar,pensou assim:

E' hoje que elle vae me servir de gostoso "pi-

téo". E já se preparava para lhe dariim certeiro bote,suando a ave, solicita, lhe diz:

Senhora raposa vinha mesmo â sua procurapara a prevenir de uma cousa.

Que é?Não ande mais por perto da monda do ho-\

mem, porque elle arranjou uma boa armadilha para aapanhar.

Deveras ?E' como lhe digo; e si duvida venha commigo.

E partiram os dois. Chegando perto da morada dohomem esconderam-se, observando, e não ta~dou queum infeliz e despreoecupado preá, passando por ali,cahisse na armadilha que ertava preparada para a ra-posa.

O homem tirou o preá é tornou a armar a ara-puca.

—'Viu? perguntou o rouxinol?Vi e não sei como lhe pegue o favor de me ha-

ver salvo a vida, prevenindo-me em tempo.i— E' muito simples: case commigo.

Que está dizendo?! indagou a raposa admira-dissima.

Não acha que tenho tão bonita voz? Casandoa senhora commigo, quando estiver triste eu a alegra-rei com o meu canto.

A raposa, deante da generosidade do rouxinol, ar-rependeu-se de ter pretendido devoral-o, e consentiuno casamento.

Quando a noticia se espalhou ninguém quiz acre-ditar que fosse verdadeira.

Todos que riam "ver" o casamento para crei.No dia marcado chovia a cântaros; mas os bichos

todos lá estavam a postos para assistir ao casório.O próprio sol que não havia acreditado naquillo,

apezar da chuva que cabia forte, e com risco de semolhar, botou a carantonha vermelha entre as nuvenspara

"ver" também o incrível casamento.O homem soube disso, e, desde então, quando o

sol apparece emquanto cae a chuva, elle diz.;Chuva-com sol?...-,

Casa a raposa com o rouxinol".

MALAZARTES

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10 — Julho — 1929 — 25 O T I C O • I ¦

I L O

DESENHO PARA COLO i p\Depois de colorido a lápis de côr ou aquarella, deve

o desenho acima ser enviado á redacção do "Tico?Tico ,Publicamos os nomes dos autores dos melhores trabalhos.

Na semana que passou, o "Tico-Tico" recebeugrande numero de desenhos coloridos, cada qual demons-trando o esforço, o capricho, o bom gosto de seus autores.Feita a selecção, verificou-se que os melhores trabalhostinham a assignatura das seguintes creanças;

Ida Bernardino, Nelly, Carlos Borba, Paulo Borba,Orando Moreira, Luiz Antonio R. Pereira Célia Coelho.Miguel Peinador, Cleonicc- Tinoco da Silveira Machado,Antomo David Dometti, Paulo Dantas de Oliveira, ManaJulieta Porto. Edemir Garcia da Costa, Jorge Gil, EneidaVictof Arlindo fraga, Zeihh Nogueira, Junqueira Erart-co, Doraetilha Wilches. Thomé de Souza Lamas; YveíteBarbosa Guimarães. E. Pinto de Yasconcello.*.. MargotBarros, Pedro de Barros, M. Conceição Cintra, Lúcia eAlice.

A E S O L AE' a escola um segundo lar; nesse recinto que po*

demos chamar — sagrado — onde iccebemos doe. nos-sos professores, o alimento espiritual para o desenvolvi-mento da nossa intelligencia, enriquecendo o nosso es-pirito, com preciosos thesouros de sabedoria, é que apren-demos a ver e admirai a grandeza e o poder de Deus, camal-o sobre todas as coisas.

Devemos pois obedecer aos nossos- professores, aca-tal-os e veneral-os como acatamos e veneramos os nos-sos paes.

Na escola devemos solidificar a fraternidade entreos nossos collegas, não menosprezando estes por serempobres e engrandecendo áquelles por serem ricos.

A verdadeira riqueza consiste em sermos virtuosose no procedimento correcto de cada um, nos nossos de-veies para com Deus e a sociedade.

Devemos sobretudo observar as normas da boaeducação, na cordialidade entre condiscipulos que se pre-zam e estimam.

E' ahi que aprendemos a entrar na vida, a ler per-severança, a obedecermos e ouvirmos os con-dhas clo*S

mais velhos, a exaltar os nobres e correcíos e i oerdoaras injurias que nos são dirigidas.

Devemos cumprir nossas obrigações escolares, corr*?-cíaraente com esmero, para mais tarde, quando tivermosque trabalhar, já estaimos acostumados a obedecer ccumprir pontualmente as ordens que nos ferem dadas.

Mostremos, emfim, que não foram vãos os csícr-ços dos nossos paes pondo-nos ao alcance da educaçíamoral e intellectual fornecida prwligameate pelessos professores.'

G. R. P.(Da Escola Americana de S. Paulo).

nos-

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O TICO-TICO — 26—- 10 — Julho — 1929

lE^G-^^^^^M©UMA LINDA FESTA ESCOTEIRA

A Associação dos Escoteiros cia Saude, na véspera deS. João, organisou uma linda festa que se effectuou naPraça da Harmonia, em homenagem á Delegação e aosEscoteiros que vão ao "Jamboree" Internacional, na In-

glaterra.Accendeu o fogo cio Conselho na festa Joanina o dis-

tineto Capitão Pedro Delphino que fez uma symbolica in-

\ocação ao Fogo, em seguida, ao som do Hymno Nacio-

nal, foi hasteada a bandeira do C. M. E. e a brasileira,

acompanhada de-cânticos patrióticos.Os escoteiros fizeram diversas provas interessantes

e cantaram bellas canções.O Dr. Pedro Alexandrino Cardoso, presidente do

Ç. M. E., apresentou aos presentes a Delegação.,A União Escoteira Brasileira que se fez representar

pelo seu presidente interino Dr. Mozart Lago e secreta-rio geral Dr. Ignacio do Amaral, apresentou as suas sau-dações ao C. M. E. e á A. E. S,

Ambos produziram magníficos improvisos

O Tenente Maurício Braz de Araujo, Director[Technico do C. M. E., dirigiu a execução do programmap fez as apresentações'.

A Sra. Rachel Prado, nossa querida collaboradoraè Directora de Propaganda do C. M. E. falou sobre"Fogo e balão", tendo sido muito applaudida em susoração.

A cerimonia de baptismo dos Chefes, Directores eEscoteiros foi interessantíssima.

Foi baptisada pelo Pr. Pedro Alexandrino Cardosoa Sra. Rachel Prado que recebeu o nome de Iracema,

O Dr. Ignacio do Amaral, chefe da Delegação quevae ao "Jambaree", foi baptisado, recebendo o nome in-digena Nhandúassu e foi seu padrinho o Dr. Pedro Del-

phino,E o Dr. Mozart Lago recebeu o nome de Nhandú-

mirim e foi baptisado pelo Dr. Pedro Alexandrino,Depois, foram também baptisados, diversos Escotei-

ros pelo Tenente Mauricio Braz de Araujo.Ao encerramento da festa, depois de breve oração á

bandeira pelo Dr. Mozart Lago, foram convidadas a re*colher a bandeira as Sras. Mozart Lago, Maria José,Capitão dos Escoteiros da Saude, Rachel Prado, Brazdc Araujo, Pedro Cardoso e Viscondessa de Sande.

Foi offerecido pelos. Escoteiros café e bolos, e, afesta encantadora na sua simplicidade, deixou magníficaimpressão a todos os convidados t

FESTA ESCOTEIRA

No "Instituto Litero Pedagocico", conceituado esta-belecimento de ensino, teve lugar, domingo, passado, ás4 horas, o juramento á Bandeira do grupo escoteiro quetem o nome desse Instituto e cujo Chefe é o Sr. Moacyryalença.

Decorreu a festividade da iniciação escoteira comaiuito brilhantismo.

Presidiu a sessão o Dr. Pedro Alexandrino Cardozo,presidente do C. M. E. ladeado pelo Commandante Sos-tenes Barbosa representante da Federação Escoteirado Mar e D. Rachel Prado, directora de propaganda doC. M. E..

Tocou a orchestra o Hymno á Bandeira e em segui-ria prestaram juramento á Bandeira, os Escoteiros Hen-rique, Walter, Samuel, Mario e Armando, aos quaes fo*ram feitas lindas recommendações pelos Chefes e Dirc-ctores recebendo por essa<occasião, bellos prêmios,

Fizeram também magníficas provas de noviços.Foi entregue a "Flor de Lys" á Directora Srá.j

Amaro e á escriptora Rachel Prado' pela Sra. Yi.-con-Idessa de Sande,

Falaram em relação ao acto o Capitão Pedro Delphi-no, Tenente Mauricio Braz de Araujo e a escriptora Ra-chel Prado que pronunciou bello discurso em relação aPátria e á Bandeira, tendo sido todos muito applaudidos.

Foram empossados nos cargos de: Monitor, TIjesou-reiro, Bibliothecario. Enfermeiro e ajudante de Enfer-meiro, os escoteiros: Henrique, Walter, Samuel, Mario eArmando.

O Chefe Moacyr Valença fez uma commovida ora-ção ao Dr. Pedro B. Cardoso,-presidente do C. M. E,

Esteve presente o representante da Federação Ca-lholica de Escoteiros.-

A festa teve a assistência de distinctas famílias.

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RAQUEL TORRES FICOU DECASTIGO POR QUE NÃO SOU-BE A LIÇÃO...

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filhinho do casal Antcro Amalio dc Campos. Capital

Moacyr e Odair de PaivaGuaxupé — Minas

y^^syz^^^. ^/í^5^ ^=5í::í^v

MARIO, filhinho do Sr. Gustavo Bahia.Belmonte — Bahia

DULCE, filhinha do Sr. Octavio S. de Mello.Belmonte — Bahia

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10 — Julho 1929 — 29 — O Jltü.ílCO

SOISlílftifl m KQCCS--S-XS---_í_-_S^^

Carpcntcr Ferreira; 20-1, Antônio AugustaMoniz Vian*ia; -OS, Marina Santas; ¦'206,

João BarrcVos; 207, Hélio Pereira Mences;208, Léa Cunha Porto, 209, Haydée' Bastosde AlbuquerJMc; 210, Varly-Baptista; 2ir.Pedro A. Alvarez; 212, Carlos M. Alva-rez; 21 j, Jeronymo Pinheiro Filho; rr*,Eraldo Bastos ;• 215,: Aida Rodrigues; ziô,Luiz Linangi Neves; 218, Wanda Verçosa;219. Maria Regina Carneiro; Í20, "'Sytvioda Costa Peis; 221, Alberto Martins; 222,Adelia Martins Penna; 2_m, Léa.da CostaCarvalho; 2-24, Anrca <la Cunha Fonscci;225, Ruth Nascimento Coelho; 326, PedroA.'Martins Alvarez; 227, Alpheu Rocha;228, Waldyr de Niemeyr Filho; 220, Ro-dolpho Machtans; 230, Vicentina Oiga Gua-rino; 231, Ary Fana* 232; Helena Pereirada Silva; £33 Vera Salviano; 234 ArthurGrunhalgh; 235, J<»0 Baptista de Salle-;236. Wilson Marcai de Oliveira; 237, Al-berto da Silveira Bello; 238, João de Al-biKjucrque Barbosa; 2;j, Augusto AlvaresPenna; 240, Dinard O. Moreno; 24T, As-sisélc Vasconcellos; 242, Osmar CoelhoQueiroz; 243, Ida Btirdman; 244, Adal-berto dc Abreu Lemos; 245. Elza MarinhoAthanazio: 246. Luiz Cardoso dos Santos;247, José Alvimar Gouvêa Horcadas; 248,Maria Thereza O. Barra; 249, Gilda d.Macedo; 250, Alberto de Pinho Pimen'3*251, Luiz Francisco Kastrup; 253, RaulEsteves Rangel; 253. Clara Gianne-li; 234.Maro Conrado Nunes; 253, ArmandoRech Cabral; 256, Ar-:a!do de Andrade;257, Bruno Dovichi; 2-8, Delio Bravo259' Irene Nogueira; 260, Oswaldo Ga-ri.a Viileia; 261, Jayme Pires; 262. CarlosCastello Branco; 263, Cecilia Soares; 264,

Continuamos hoje a publicaç*> dos no-mes dos concorrentes qtie nos enviaram so-bicões certas para este concurso, bem comoos respectivos números com que entrarão6*8 sorteio:

99, Nabor Galvão; 100, Olga Ribeiro Cal-^as; 101, Benedicto Ribeiro Caldas; 102,Geralda Appolinaria; 103, Waldemar daSilva; 104, Lelio joffily Pereira da Cos-*a; 103, Djalma de Abreu; 106, Lúcia Pin-to Guimarães; 107. Aloah Lopes do Nas-cimento; 108, Claudino Bezerra da Silva;•09, Paulito Haesbaucrt; no, AstolphoMaris de Souza; 111, Francisco Lemos deCarvalho; 112, Renée Colmann; 113. Se-verir.o Oliveira; 114, Rita Francisca da Sil-vaj .13, Fernando César Souza da Cunha;116, Isabel Asencio Li:as; 117, Washin-Ston Paulo Oliveira Passos; 1.8, JorgeMartins 119, Carlos Alberto Martins AI-varez; 120, Pedro A. M. .*-lvarez; i2r,Gçj-aldo Trindade Leal; 122, José Fiúza daSilveira; 123, Octavio Martins Ferreira;I23, Jeronymo Pinheiro Filho; 12Õ, MarioSUjart; 127, Oscar Peres; 128, Maria JoséP'mentel; 129, Lamartine Oliveira Passos;r3o, Anais Thereza dc Mattos; 131, An-gelo Martins Alvarez; 132. Pedro A. Al-varez; 133, Luiz Arni.iido Santo; 134, He-lena Panzcra; 135. Geraldo Trindade Leal;'36, Pedro A. M, Alvare?; 137, JeronymoPinheiro Filhtí; 138, Geraldo "Sodré daMotta; 239, Mario Martins Ferreira; 140,Esmeralda do Amaral; 141-, Elair Ferreirada Silva; 142, Geraldo Sodré da Motta;-43, Walter Chaves; 144. Pedro A. Mar-tina Alvarez; 143, Celina Panzera; 146,Octavio Martins Ferreira; 147, GeraldoTrindade Leal; 148, H.Iena Panzera; 149,Luiz Armando Sardo; 130, José Alves Li-nliaics; 13., George «,t:iz Peccgo; 152.Tarcísio Victor Lage; 153, Maria Aurecil-Ia Silveira; 154. Sylvia de Barres; 153,Henrique de Novaes Filho; 156, OctaviawoCalvão; 137, Sevcrina Vianna; 138. ('lodo-"¦vil Fortes Joaquim Cavalcante; 159. Ma-ria de Lourdes R. e Oliveira: 160, DelcioMçr.na Barreto Ribeiro: i6l, DnlcinéaVianna; 162, Pedro A. Martins Alvarez;•63, Lagmar Silva: 164, Verona Schoep;Tf>3, Liícy Formiga Mcurão; 166. HiltonGonçalves de Cascarlho: 167, Mario Bcn-jam'11 Costalla; 168, Juarcz Galvão Fer-1reira; ido. Herm.zi.0 Siqueira Franco; 170,Antônio Teixeira Dua.te; 171. Anna MariaCunha Lima; 172. Antônio Pint 1 Macha-<l0: 173. Ophelia Machado Moníorte; 174,Elida Faurc: 175: Alberto Hyppolito tk>Valle; i;6, Ruth Tareitano; 177. EsmeriaMachado de Araujo; 17S, Maria JocéLcssa; 170, Ary Sant'Anna Avilte; 1S0,Almir Machado de Araujo; 1S1. DeoclesioDias Machado Júnior; «8_, Sylvio Benito;•83, Gabrlclla de Ni.niaycr; 184, MariaCecília de Niemaycr; 185, Aristóteles Can-.'".anos dos Santos; i8(í. Olavo Mendes ciaCosta; 187, Thamar Sette; 1S8, José deSouza Machado; 189, Zilah Torres; 190,Géo Vicente Parvse; 191, Marcos Raiz-flVw: 192. Avelina F. Machado Netto; 103,Avelino Machado Moníorte; -04. Ruth Pi-rcs Ferreira; 193, S-.v-.na de Faria; 106,Jlka Oliveira Botas: *97, Adir BrandãoFhiqtie Estrada Meyer; 198, Elza Baptista1 erdra; 199. Hélio Pinto da Siiva; 200.Alberto Solcr; 201. Humberto Pae-ber;2°2. Carlos Toledo Rizzini; 203, Rcginaldo

A MUDANÇA DOSESCRIPTORIOS DO

"O MALHO"Tendo a firma deita prarn Alt-.'xandre Ribeiro & Cíá. feito vau-

tanjosa proposta pelo resto úe con-tiacto tio l>rc<lio que oceupames áI.ua do Ouvidor, 1(S4, e qu» resol-

»vemos acceitar, eoaiaitinicamos aojnossos nn*iunciant«*s, agente, c lei:tores que, dentro em breve, te.e-mos que mudai» os nossos escripto-lios, As officinas, porém, como aRedacção das divorsais revistas <V»Sociedade An/m.vma «O Malho"continuarão 110 edificir pro.v.io, nRua Visconde de Itaiuta, 41», ondesempre estiveram.

Outrosim, fazemos seientç- & pra*oa e ao publico em rciíiI que 1»Sociedade .-nonynia "O Malho"nada deve — vencido, ou a vencer-se ,,,-jo tendo, portanto, passivo.

Aproveitamos este enseja par;»comiiiunicar, ainda, que acceita-

anos propostas pura compra de uni*predo no centro da cidade, 110 pc.limetio comprclicndido entre »

JRua Hiienos Aires e a Rua (.0 Pur-íseio e entre a Rua 1" dc Marco _\n Avenida Passos,

í

Miguel Crivaro; 2C3. ledda Mello; 2éVí.Manoel Abreu; 2C7. Diva"Maria Teixeira;268, Luiz de Góiuada Sabb.ulini; 269, Fe'-nando Maciel Camacho;-.270.José Caetanode Oliveira; 271', Talitha Bahia ,de Bnto;272. Elza da Annunciação; 273, ProcopioOliveira Belchior; 27a, Os.vaic.o Vianna;275, Wa'deu:ar \ ianna; 276, Osvvalca Pc-reira; 277,Creti^a de }.'r.galhãcs ; 278, José'Maria tJcho- 'Daltíò; 27.,,(.-aziciIa Dor-nont Scrpa; 2S0, Fernanda Moreira Tava-res: 281, Túlio Roír.r.no; ::ó>, Anna An-,grusta 'Cordeiro de Mello; 283, Ce.iu deMagalhães; .84, Aur-.lio Wiichcs; ai$tElyiiq Oliveira Belchior; _-S6, Ivan doaSantos Costa : 287, Sizinio Ponte.. Noguei-ra; 288, Eduardo Pereira Corrêa; «fSi>,'Paulo Gomes; 290, Carlos Frias Ferreira.

0 Minho e a GobraO ninho armou c suspenso,A ave respirando o incensoDas flores, comsigo diz:

— Sou feliz!

Sai. Sem trégua cm sua lida,Erra na meiga florida,Cata na seara luzcnte

A semente.

Volta quando o sol declina,Vem de coluna cm collinaE o ninho lembrando diz:

*¦— Sou feliz 1

Chega. No berço, maciaQue ergueu, sente um luzidioRepeller.te corpo, a um lado

Enroscado.

Grita. O' Natureza, cm luta,Ave. homem ou fera bruta,Tudo tem, triste ou feroz

Essa voz!

Grita, inutilmente grita!\Y>a inutilmente afflicta!Filtrou a cobra cm teu ninho.

Passarinho!

E no que é teu repousando,No leito afofado e brando,Ella a seu turno ora diz;

— Seu feliz!

Aliei Io àe Otr.in,

S_r _r_&nn

€itt£torte

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O TICO-TICO — .10 — 10 — Julho — 1S29

C V A R D O <4 P -E L h U 99

Por toda aquella vasta zona serta-neja, não havia caçador, e mais espo»cialmenfce matador de onças, tão de.3-temido quanto o Minervino.

Os fazendeiros da região, emborafossem geralmente grandes caçadores,mas, prudentes quando se tratava deoaças, recorriam, muitas vezes, âelle; ora era o Coronel Pereirão, ou aCoronel Chiquinho, o outros fazendet-ros, que o mandavam chamar paraVingar a morte de alguma rez.

O Minervino era um caboclo quavivia solitário em uma cabana, nafloresta; e o seu único e Inseparávelcompanheiro, era um cãozinlio peque-no e feio, o "Pelludo".

O Pelludo não era um cão de raça,nem de caça. Não tinha nenhuma dasqualidades de força e valentia, quedeve ter os cães empregados em tãoarriscadas caçadas. Muita gente cen-surava o Minervino por não ter um

— Quanto vale a pc'.l= da bicha,Coronel perguntou Minervino, que,depois de ajustar o "preço da morte",sahiu tranquillainente para seguir orastro da lera, acompanhado, do ine-vitavel Pelludo.

Para um caçador com o Minervino,foi uma brincadeira descobrir a pistada onça, e seguil-a até o cerrado, onde,cila farta, se escondera para dormir.

Mal feri-la pelo tiro do caçador, aonça furiosa atirou-se contra elle. Mi-nervino, como sempra fazia, esperou-ana ponta do facão, para Iiquidal-a emgolpo quo nunca falhava. Mas, tro-pecou em uma raiz, e cahiu.

A luta que eutão se travou foi for.,midavcl! No terrível corpo a corpocom a fera, Minervino esforçava-sepor desvencilhar o braço armado <1»Jfacão, para poder dar no inimigo ogolpe mortal; mas o corpo da fera,quo cahira sobra elle, tolhia-lhe osmovimentos. O caçador sentia quosuas forças já s? esgotavam. . .

Vendo o perigo qua corria o sendona, o pobre Pelludo, esquecendo omedo quo tinha das onças, atire u^seá fera, e ferrou-lhe os dentes em ura*das patas trazeiras.

Sentindo-so atacada por outro ini-mlg-y, a onça voltou-se um instante» ede um só golpe de sua formidávelpata, atirou ao longe, estripado, o .po-bre cãozinho! Mas aquelle instadafora sufficiente para o Minervino, que,desvencilliando-se, cravou certeiro gol-pe de facão no coração õa íéra. O sa-crificio do Pelludo salvara «eu Senàor!

M. Ribeiro de Almeida.

f-ZreSc3>Z5»25BSí5a5Z5E5Z5H52SZ5Z5B5^

cão de talhe a ajudal-o na luta con-tra as feras.

"O bichinho é meu amigo e com-panheiro; respondia o Minerviuo,quando era interpelado a este respeito.

Se elle não ó caçador, não faz mal,para as bichas basto eu".

A verdade ó que, embora acompa-nhando o dono em todas as suas aven-turas, o Pelludo tinha tal medo da3onças, que mal ouvia o primeiro ru-gido da fora, escondia-se a tremer....E quando apparecia. Já o Minervinoestava esfolando a fera.

A covardia do Pelludo Já se tornaraquasi proverbial: "valente como o Pel-ludo,"! dizia-se de alguém que fossaa personificação do medo. •

Uma vez, o Coronel Chiquinho.mandou chamar o caçador. A bichaé um monstro, disse o fazendeiro...O garrote que ella me levou esta not-to, já era quasi um touro!

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10 — Julho — 1929 —31—.. O TICO-TICO

AS AVENTURAS DE FAUSTINAEZÉ MACACO"Serrote" na Exposição

você"

</£/._» INS-(CRIPÇAO?

ACHAOU^ E' CACHORRO PECLUffi c-_*^ V/era INS-

s—sVou levar r^~\LyÍ\° SeRRotç^kê&,

ESTE CA£yORRO E'DE RAÇA.

è DE ROCAiçor/édizer

ORA ja SE VIO / DEVEMOS<?UE DeSArÔRcJl PROTESTARTKAZEREM UM

' e ALEM DISSO

CÁÒ TAO ORDINA PEftTEMCE AR/n OM ACTOR OO

T/CO TI

O ntosso ferro/e Hum! Puvido/—^MUITO DO L-O \ r' "\\_

tratamento, o ly^i ^ ^_2~> /^cyy n Jê??)ÇUE ESTRAGA Ç**^m. ) JçsJS >yV 'J~~~~'t'Qfl /elle e'ohabi-/Xq^Pi / Çrxíf \\j) 7^/rH&-to de virar /\Ly A ^í__->f^ í. \r/ y~z 11/ ( \*hlatas' /jM\f®Xl ' /\vH^"í// ^

\_>r^^X/f)l ; /.. \\ ü SÍ50 ^5::l_ 11\s-yj\\i rs W/-4.EV > II

VC-f se convençaque isto aqui E porei

CACHORROS FINOS' .

SVÃo MEamole/

£u SOU DECirco, massou honesto

EXPOSIÇÃOCANINA.

INSCRIPÇAO

esta cachorradaesta' muito enca-NADA COIVM/QO t

EU A TORO> OESA.FORO ATE CERTOPONTO E DEPo/Sdisparo . .. çueNINQUEM Nl£ VÊMAIS f

A PRÈMÓI A corz.

Re a nos estadosUNIDOS f

r?Vx\ '___*____. <Só rn_^ Õ^^/3*tZ~J) /W

__— U-_____ I Que espikro yz? V -z_-c__^^ vf __ta2 AU/AUiAU' ACHAMOI PRUDE^te que o Sr. 'r///^> ' b=íX -^wx

. ) (/ SAHE CACHORRO SE RETIRE irlMEDIA-TAj^EMTE.1 HllUf, í^_jX$X \.XV»XV

RORA STPrn- ^->yj V_d .V í-'(^,'aoo j_\_—_IAÍ/A' J UÍ,7J SERROTE

^<Z$J)f ' CS>11\Sh--^ "^Sk<T \zeN\c_i £-r__^JW/l ^—\ <«_><:

—l \i y^y^^X*/\

___o---^>>su- / yà&^y / ji

°t-HA MOSQUITOQue te dou uma&EHTADAI > j

Au' AufAujATREVIDO CACHORfyZSahe da frehtb ¦

SEI-/Ao QUERES ÇUBTE euçula f y

S<_>S.

//5r_3 ÇUE ACABAM 0£FAZER E ANTIDEMO-cr ati CO

AIA REPUBLICA TODOSSOMOS EÇ UA ES //V/.5 _> C/,^_) /Y/IO P/-

C/, liquidado comFRASES /

VAMOS AOS PACTOS'///////////'¦

, O ME Cl CON-

Tolo E çue bmqu-AQUELLE MALCR/A-

Po DO Mosquito/

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O TICO-TICO -- 32 10 — Julho — li)!»!.

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RESULTADO DO CONCURSO N. 3343-1

A solução exacla do concurso

Solueionislas: — Abel Vieira Lojcs,Clara Vieira Lopes, Carlos Mendonça. Au-gosto Brito, Nicio de Almeida Cruz, Odet-lo Carvalho Silva, Maria Virgina da Cos-tá, Manoel Vianna, Martinho dc Lima, 01-ga dc Jesus Castro, Maria Ltuia Vieira,Odette Cintra, Izaura Alves Rosa, YeddaRegai Possolo, Zenaide Hugo dc Jesus, Ec-nith Hugo de Jesus, Zuleika Hugo dc jc-sus, Eólo Capiberibc, Oswaldo Vianna, Le-<la Pagani Felicio dos Santos, Nilo da Sil-va Pessoa, Rubens Dias Leal. LudovinaFerreira, A!licito Aguiar Rebello, ArístcàDuarte Monteiro, Celsa Doralicc DuarteMonteiro, Alberto Andrés Júnior. MariaNisc Paiva dos Santos, Marianno Nevares,Antônio Rufino, Nadyr Marasse, Elza.Fon-seca, IJulcc dc Miranda Cordilha, AureliaWilcíies, Aziz Mansur, Slnúão Barbosa,Ruth Salles, Pedro dos Santos, AlfredoVieira Gomes, Epitacio Alexandre das Ne-ves, Ayrtcn Sá dos Santos, Egas Polônio,Yedda Mello, Judith da Conceição _ Bastos,José dc Almeida Fonseca, Aggripino dasNeves, Antcnio dc Oliveira e Silva, Ricar-do Luna dc Aguiar, Aprigio de Assis Pcí-_.oto, José Bandeira Mello, Maria Appa-recida B. Santos, Walter Moura, AnoraldoAHiciros, João Vieira dos Santos.

Foi o seguinte ^o resultado final do con-curso:

Io Premio:

ANORALDO ALIIE1ROS -

dc 12 annos dc idade e re .dente á rua 15

DIGA/MCU FILHINHO'

QHÍÕ Ml LU NA6 VI TA OS ACIDENTE** DAda DENTIÇAOt FACILITAa S A M IDA DOS D Ç N T C S ;Bastada» as PTKtrtnactcjs i

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dc Novçnibro n. 10.1 cm Olinda, Estado dcPernambuco.

2° Prêinio.

EGAS roí.ONIC

<le íí annos de idade c morador á rua Es-tud_m._, V:!!u SuiSía 11. 2S, cm São Paulo.

RESULTADO Dü CONCURSO N. 334»

Respostas: certas

1» _ _.lã.. — Cão._" — Pé - Fé.3* — Violeta — Violenta*4* — Tejo — Vejo.5:' — Cinto — Minto — Pinto — Sinto

— Tinto.

Soíuciomstàs: —sllaronid Les:-. dc Vas-eoncèlíos, Ayrton Sá .dos Santos,. RenatoGomes Loques, José Alvcá Linhares; Ma-gdalcna Strauss, Geraldo Olyntho Ferreira,Elza MolI_.co, Francis.o Alberto dc: San-los, Mcnné Mendonça e Süva,. Franciscade Salles Marques Coutinho, Sebastião M.Pinho, Ncrina Castro, Maria Luiza Cintradc Oliveira, Tercio dc Miranda Rosado,Jarbas Georgc Marinho, Egas Polônio, Ma-r a Barbedo, Conceição dc Oliveira Bastos,Nila Caruso Nara, Roberto dc Arloy, Hay-dée Martins, Alberto Aguiar Rebello, Do-rival Ferreira da Silva. Isaac Baycr, Na-<lyr Marassi, Dulce Marassi, Antônio de(astro, Hcloisa da Fct.scca Rodrigues Lo-nes, Crcusa de Magalhães, Murillo Ray-inundo da Silva, Stella Galvf.o da Fomoit-ra, Roberto Assis, Gabriel J. .e Arruda,Antônio Rufino, Regina Penha. NapoleaoBonaparle Jendiroba, Irahy Aliwra C. Oli-veira, Ely W. Paes B;..-rctto, Antcnio Luiz

• Boavisla Mery, Willy Meyer, Eebecca liar-ki, Hcrval Bondim da Graça, MaÜrda Pivewodowska, Maurício Cibulars, Cyrano dcNiemeyer Portc_an.ro, Ignez Oliveira ciaSilva, Francisco Pctty Filho, Cláudio Sam-...io, Cid Ognibcnc, Edmir VasconcellosTeixeira, José Peixoto Abreu, GuilhermePaiva Castro, Eólo Capeberibc, VirginiaComes, Maria Elisa Ludoff dc Almeida,Ary Barreto Wcy, Gcorge R. PhilippcOrchidéa Pereira dc Oliveira, Newton deOliveira, Leda Pagani Felicio dos Santos,Dirccu de Miranda Cordilha, Aida deAraujo Coriolano, Lygia Muniz Flores deOliveira, Elza Fonseca. José da Silva Man-gualde, Abílio C. C. Junior, Mercedes Oli-vi ira, VValdyf I.v Corrêa do Carmo, DylaRobertson, Almcira Júnior, Isaur,. dos San-tos Voto, Dirceu Nazareth Martins, LuizaMendes da Cruz, ciaria de Louvdcs Homemdc Mello, Arlliir.- Paes Leme Canguçú.João Jorge tíe Barriu., Waldcmar Ludwig,jarbas de Queroz Pereira, Hudwig, MariaE. de Vasconsellos. Dulce de Vasconscllos.Rcnan de Souza. Paulo Silva Arnnio, So-laiig. Mattos Guimarães, José Paradeda,Joíé Gabriel Pereira, José Augusto Pinto,Elza Martins, Arlctie da Silveira Duarte,S"iiio D. Brando, Ayrton W. dc Oliveira,Dina Maria das Neves, Glorinha Vascoa-cellos, Flavio C.*ar dc Azevedo, Lúcia/.mia Faria», Ivan Auiuncs, Ahigail Rio,pezltiho Rabello, Eólo Albino, Lygia Zon-

ta Vaz, D'Artagt,an dc, Lemos Rache, Ror.sa Teitcl Victor Ferreira da Fonseca, Pau-Io Ayila da Costa, Wilson Corrêa de Arau-jo, Walter Freire Capiberibc, José Nogdei-ra, Carlos Ferreira, Ruth Salles, M. LuizaCastello Branco, Rubem Dias Leal, CeciliaBòhn Vieira, Silvio Augusto Bohri, VieiraJoão Baptista Faria, Alceu Ribeiro Men-des, Maria Magdaiena Maldonado, Ingridvan Tol, Coraly G. Tavares, Scrvio M. daRocha, Wanda Jt£. da Rocha, Claudia»Monteiro da Rocha, Virginia Maria dcNiemeyer Portocarrero, Orlando Phiselli.

Foi premiada a concurrcntc:

ROSA TEITEL

dc 12 annos dc idade c residente á nia daConstituição n. 29, nesta Capital,

CONCURSO N. 3.360

Para cs lçiíores desta capitai, e b»sESTADOS PRÓXIMOS

Pergun'.as;

1" — Elle c muito apreciado.No longínquo PortugalElla é de reino encantadoE' mulher phcnonunal.

(2 syllabas)Isa Villela.

2* — Qual o tempero que com a iniciaitrocada é artanal?

(2 syllabas)Waldemar So«f.-s

??7 tf*^ i

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10 — Julho 1929 ^33-, O TICO-TICO

3* — Ella dá passagemEl'c c abrigo

2 syllabas)•Vouso Pores

4a — Qual o nome da mulher que nãoé volta?

(2 syllabas)José Lemos

5* — Oual o scr.t'mw.0 que é nota mu-sical?

(i syllaba)Rita Lopes

As foiuções devem ser enviadas á redac-Ção d'0 Tico-Tica devidamente assigna-'i-is e acompanhadas do vale n. 3.360.

Para este concurso, que será encerradono dia 28 do corrente, daremos como pre-niio, por sorte, entre as soluções certas,um rico livro de historias infantis.

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3360.

TENDES FERIDAS, ESPINHAS,MANCHAS, ULCERAS, ECZEMAS,emfim qualquer moléstia de origem

SYPHILITICA?usae o poderoso

Elixir de Nogueira

do Pjarmc0.

João da

SSI Chimico

*M Silva Silveira j

GRANDEDEPURATIVO DO SANGUE

Vinho CreosotadoDO PHARM. CHIM.

João da Silva SilveiraPODEROSO FORTIFI-' CANTE PARA OS ANE-MICOS11 E DEPAUPE-

RADOS.1 Empregado com suecesso nas1 Tosses, Bronchiies e Fra-

queza GeraL

•CONCURSO n. 3-359

Para os leitores desva capital ê dos estados

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Esta menina está procurando 0 avô que0 desenhista affinna estar oeculto numa dasarvores. Procurem vocês onde eslá o avôda menina e terão resolvido o fácil con-curso dc hoje.

_As soluções devem ser enviadas á redac-Ção d'0 Tícu-Tiro devidamente assigna-^as, separadas das de outros quaesquer con-

cursos e acompanhadas não só da declara-ção de idade e residência do concorrentecomo também do vale que vae publicado aseguir e tem o n. 3-359.

Para este concurso, que será encerradono dia 14 de Agosto vindouro, daremoscomo prêmios de Io e 20 logares, por .sorte,entre as soluções certas, dois livros illus-trados para a infância.

A CRUZ DA ESTRADAO sol radiante ühunina a floresta,

acariciando as rosas que, ebrias decalor e luz, se descerram, Saturandode perfumes-vários a alniosphera re-verberante aos raios orientaes.^.

Velha e arruinada sepultura á bei-ra da estrada se encontra, tendocomo unica lapide, uma cruz tosca demadeira.

As borboletas multicorcs, alegres,volitam junto ao túmulo, dando umanoia sonora ao triste sitio.

Não muito distante, secular e pro-tector, um pinheiro estende os rama-Unidos galhos abrigando o humilderecanto em que repousa eternamenteo velho servidor...

As aves, em revoada, pousam nacruz, chilreando melancólicas can-

ções, á memória do pobre captivo...,Annos sobre annos, ao calor do

sol cTestio ou á chuva dc inverno, osbraços musculosos do escravo ama-nharam as entranhas da "mãe terra",fazendo, como por encanto, com aenxada, germinaram os kigares maisestéreis...

Os annos, entretanto, em vez de

premiarem a abnegação e fidelidadeco servo, ainda o castigaram cruel-mente!...

Creaturas vis, que não souberamavaliar o valor do esforço do velhoescravo, que trabalhou emquantoseus braços permittiram!...

.* *

E agora, o caminhante que pelaestrada passar, lia de vêr a simple3sepultura do captivo que, só com amorte, íicoii livre...

Laura Lima Barkos..

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Leiam Cinearíe, a mais completa re»vista cinematographica.

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CONCURSO^n* 3.360

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O TICO-TICO

XALQCPE»]

GCMENCLFORMULAMÒttfEIRÒ

f DQ D?UIÃtiílA

34 10 — Julho — 1929

A GENTE NUNCA ESTÁ Só

A gente nunca está só...Ou se está com uma saudadeDe um sonho desfeito em pó;Ou se está com uma esperançaDe nova felicidade...Outro sonho que se alcança.

Sempre uma sombra com a , gente,Constantemente...Uma sombra... Bôa... ou ma...;Só, é que nunca se está.

Adelmar Tavares.

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.10 — Julho 1029 35 — O TICO-TICO

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da obra do famoso escriptor árabe AliMalba Tahan, cart . 4?000

HUMORISMOS INNOCENTES, de Areimor 5.000" DIDÁTICAS:

FORMULÁRIO DE THERAPEUTICA IN-FANTIL, A. A. Santos Moreira, 4" edição- 20?000

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Carvalho, 1 vol. broch . 18J000THEATRO DO TICO-TICO, repertório de

cançonetas, duettos, comédias, farças,poesias, diálogos, monólogos, obra far-tamente illustrada, de Eustorgio Wan-derley, 1 vol. cart 6$000

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PROBLEMAS DO DIREITO PENAL EDE PSYCIIOLOGIA CRIMINAL, Eva-risto de Moraes. 1 vol. ene. 20$, 1 vol.broch i6$000

CRUZADA SANITÁRIA, discursos deAmaury Medeiros (Dr.) 6$000

UM ANNO DE CIRURGIA NO SERTÃO,de Roberto Freire (Dr.) 10$000

ÍNDICE DOS IMPOSTOS EM 1926, deVicente Piragibe 10S000

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aCOMO ESCOLHER UMA BOA ESPOSA,

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VIDA, broch CfeooEUGENIA E MEDICINA SOCIAL, broch. fc.f-ooA FADA IIYGIA, ene 4$<.o_COMO ESCOLHER UM BOM MARIDO,

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A 'gula é um grande defeito. Chiquinho comeu de-mais e teve uma indigestão. Foi para a cama e no delírioda fehre sonhou com cousas horríveis..

Os garotos acceitaram o convite e ficaram muito assus-tados quando viram a porta fechar-se sosinha. — Estamosperdidos! disse Benjamin Estamos presos e enterrados...

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bonhou que, passeiando com as seus companheirosencontrou um Gnomo que os convidou a entrar no seu pala-cio. Esta habitação achava-se no interior de uma rocha.

Um dragão com corpo de pato, um cavallo com chi-fres, um elephante de pernas finas, uma onça com patas deboi e muitas cobras a lhe cercarem.

...vivos. Assim que se fechou a porta o Gnomo desap-pareceu e Chiquinho viu-se so, sem os companheiros, de-ante de bichos

Chiquinho deu um formidável grito e acordou. Estava cahido no chão com Benjamin ao lado e tudo aquilloera o resultado da febre. Era castigo da gula. Chiquinhoprometteu jamais ser guloso.

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