o tico-ticomemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e...

39
O TICO-TICO af, Py ^mmmW ' *W*jriK( *________^^^^^ -*-___P-__/^^V3r¦f-Jm\mmumm*r^ f\²In __^_________¦_\ _"""*-*¦\ V ________________-"*****"^ ?vi ^^^«^^¦¦¦l^^^ ¦... ¦-A_v---^^ ^K' ^*«-^M\ \\\__IÍÍ^ _______\^_,.___ _P-_______| ____^Ti\\\__H i \\\ ______ ____! -)^fc^^^ _Pw J_____í__!^___.\*y^~ ~~~"~" \\l _>-*- --•-»»¦_____ ^*irAáàWmW¦*>j|Éafl V A-P-Hk^M^^.\\•0'^' fy_y\ 1 _»*^^^ **^__-_____lí_^^^âmWmW^ M _______¦Wmm\ \\_•________»•*__-*r_____i_ _______T__Í .-_S________inS*_*"<\\ \\... 'l**m\m\Wm»^^^JI*jmW M ^flOf \mm*45Ê~S!^*\mm\' Mg-g^r^^Mj\\e?g^?-. * '- V— iwÈA^^fff m\ ____¦ ________H___ã* 1jO-iÍ-BI - «__. A ' •"¦N^^tfl^fl yA_-C^^^>._r__L V \ ____-_¦HTiiwn * •i^*__r~^i""*iH wsi/- i___r ' -Jvivl ^h \ A ^______r '•' «' L_______f^'*"" ^^^BÍr __nrl_pSI *M _. _. __¦ W > -_-4 ____EHltt ?V -_-__r.V - _Ty -.-(¦«•¦'••••'-B ___-¦__¦ ___v^k_-*»"._ ^^^________L_/_i flltW l' _¦_¦ **i'*__r_i \ \_ f-""'_-B-fc ^^Blft-J-1 T~-*l»*y****** \y *' (¥__*_¦ __-^-fl ___#____> rr \* /t3 ___«"* ^_ f\. t -_____flr -_rr*-d-_."«'. i* f \\j__fy_j r 71 __. i I y mW \j .N— v^-aT/1 _rí"^ »___"!«______v*#r__L -c7 ___-T_____-' í> /t-4_ífír ^m ^_. \ __r *^^k-»-»»_ «______.!!____.-__. 4^-iS ^L \ W ^ ¦ ••'j^Bi BPv^HlE *>»_»¦ fc iv o^h v **»_ _^;u ¦, - ____.*dl_^'--^ -A-_^*_PB \w ¦___ __r____- -*-----**-jj| kW?\Xf^mmW__/ /WHjlu"Jf*V^T^___lW _^^">^VP^_S______I ¦L * «_K v^ _______E_**_?_-éfir _^7>*C "N Ir^J^w UÜfi. 19J0 - ANO XLISETEMBRO OE 1946P R E C O CR $ í _____! Í9J0 - ANO XLI SETEMBRO OE 1946 PREÇO CR!

Upload: others

Post on 17-Nov-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

O TICO-TICOaf, Py ^mmmW ' *W* jriK(

*________^^^^^ -*-___P-__/^ ^V 3r ¦f-Jm\mmumm*r^

f\ In __^_______ __¦ _\ _""" *-*¦ \V _______________ _-"*****"^ vi ^^^«^^¦¦¦l^^^ ¦... ¦- _v--- ^^ ^K' ^*«-^M \

\\\ __IÍÍ^ _______ \^_,.___ _P-_______| ____^Ti \\\ __H i\\\ ______ ____! -) ^fc ^^^ _Pw J_____í__!^___. \*y^~ ~~~"~"\\l _>-*- --•-»»¦_____ ^*ir AáàWmW ¦*>j|Éafl V A-P-Hk^M^^. \\ •0'^'

fy_y \ 1 _»*^^ ^ — **^ __-_____lí_^^^ âmWmW^ M _______¦ Wmm\

\\ _•________»•*__-*r_____i_ _______T__Í .-_S________i nS*_*"< \\\\ ... 'l**m\m\Wm»^^^JI*jmW M ^flOf \mm*45Ê~S!^*\mm\ ' Mg-g^r^^Mj \\ e?g^?-. * '-

V— iwÈA^^fff m\ ____¦ ________H___ã* 1jO-iÍ-B I - «__. A ' •"¦N^^tfl^fl yA_-C^^^>._r__L

V \ ____-_¦ HTiiwn * •i^*__r~^i""*iH wsi/- i___r ' -Jvivl ^h

\ A ^_____ _r '•' «' L_______f^'*"" ^^^BÍr __nrl_pSI *M _. _. __¦ W > -_-4 ____EHlttV -_-__r .V - _Ty -.-(¦«•¦'••••'-B ___-¦__¦ ___ v^k _-*»"._ ^^ ^________L_/_i flltW l' _¦_¦ **i'*__r_i\ \_ f-""'_-B-fc ^^Blft-J-1 T~-*l»*y****** \y *' (¥__*_¦ __-^-fl ___#____> rr \* /t3 ___«"*

^_ f\. t -_____flr • -_rr*-d-_."«'. i* f \\j__fy_j r 71 __. i I y mW\j .N— v^-a T/1 _rí"^ »___"!«______ v*#r__L -c7 ___-T_____-' í> /t-4_ífír^m ^_. \ __r *^^k-»-»»_ «______.!!____.-__. 4^-iS ^L \ W ^ ¦ ••'j^Bi BPv^ HlE *>»_»¦ fc iv o^h

v **»_ _^ u ¦, - *¦ ____.*dl_^'--^ -A-_^*_PB \w ¦___ __r____- -*-----**-jj|

kW \Xf^mmW __/ /W Hjlu"Jf*V^T^___lW _^^" >^ VP^_S______I¦L * «_K v^ _______ E_**_?_-éfir _^7 >*C "N Ir^J^w

UÜfi. 19J0 - ANO XLI SETEMBRO OE 1946 P R E C O CR $ í _____!Í9J0 - ANO XLI SETEMBRO OE 1946 PREÇO CR!

Page 2: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

FIGURINO

INFANTILÁlbum n.

lÉÉI

r

NEM só as coitu-

rairai terão r>ês-re álbum os me-

thores modelos davasfidos « roupinhoipara crionçc». Tôdaios lenhgrai que CO-¦•m paro oi teus fi-Ihinho¦, mesmo temgrandes conhecimen-fo: de costuro, poda-rõc. aicacufor os mo*dêlos qua publicaem suas 40 páginas,todos qraciosos 0práticos.

Explicações detalha-das. dos modelos,para a suo confeçãa.

Cr $ 15,00

1%lif§1

CK».

Álbum paraNoivas

Álbum n. 4

ESTE novo álbum, em suas 44 páginas

apresenta, em desenhos originalis-simos, todas as peças para a confecçãode deslumbrante enxoval para noiva.

Desde a menor guarnição ou detalhede lingerie, até aos belisíssimos lençóis,

colchas, toalhas de mesa e chá,etc, nada £oi esquecido. Tudoapresentado com explicaçõespara a execução.

Desenhos que encantam .a15 00 ma's **xig*nte das noiva*

£ó(s^%.

BORDARÁLBUM N.« 3

RISCOS c modelos de trabalhos na medida

da execução, para todos os fins que umasenhora possa desejar.O mais refinado gosto numa estupenda varie-dade para cama e mesa, senhoras e crianças.Uma valiosa coleção de trabalhos originais,que serão sempre novos.Um álbum em grande formato, capa a corese impeça velmente impresso. 40 páginas.

Cr$ 15,00

©

\03^' álbum n.° 2,

UM

bonito álbum lin-damente colorido,que teeune delica-

da variedade de de»para borilar pequenas pfças.

En/cites, monngraroas,figuras, bichinho:-:, etc.,tudo do melhor gòstu,

•x. úteis para qunlqucr coisae em qualquer ocasião.

^=> Um álbum ao qual asrus recorrerão para

ttLJr^S* pequeno* trabalhos, e cn-de sMTtp

CRS 12,00

r<r V***

iCVraTl

O Lar, a Mulhere a Criança

ÁLBUM N. 3

Enxoval^BÈBÉUra^\>ra#

AlBUM N.»Grande formato— 046 x 0,30

uALBUM N.» 4

M dot mais faicinantet trabalhos qu* já se viram,

no gênero. Completo enxoval porá o bébé mais

rico • mais pobre pôde ser executado petos dese-

nhos publicados nisre álbum, onde te confundem— a simplicidade, o bom gasto e a perfeição do

detalhe. At explicações para a execução do trabalho

são completas e os desenhos são todos publicadosna medida exata da confecção do enxoval-

Cr$ 15.00

Mais um álbum repleto de desenhos

para os mais variados fins. São 44

páginas repletas de trabalhos da maiorutilidade, em todos os lares, acompa-nhados de minuciosas explicações paraa sua execução.Um álbum útil a todas as senhoras etodos os lares, em qualquer tempo.

Cr $15,00

KOR»AI»0$INFANTIS

Alium.N'1

UM Álbum lauta c--i"rt*».

•àpresíotfti.ilu tnbaíbM •*»¦Bitm, tom qu*- U m^nlu-M.

pnwrt«uim«nt*. podem deseiwel*-yèr ofi seus rwhecimentis dc tr»-b&lhos manuais.

Desenho* bonitos de íicll «*«-cnçae.

Cr» 10,00 , ÍA" \

IvlODAINFANTIL

AL8UM N.' 2

JÊ f\ páginas apre-* ^^ sentando mo-

cí'!os para meninasmeninos, parias hoi

Vestidos e¦

y.\"ir.-. COinuríporte, casa;

¦

Capa colori-d a mostrandom o d é I o s es-

; :is.

CrS 15X0 3>áesta» álbuns s&o editados pela Biblioteca de "Arte de Bordar". Faça seu

pedido acompanhado da respectiva importância. Aceitamos encomendas pelo

serviço de reembolso postal. — Pedidos á S. A. MALHO -+ Rua Senador Dantas,

16-5.» and. Caixa Postal. 880— Rio — A venda nas livrarias.

Page 3: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

O TICO-TICO

ftft&## ^tf *# *<# # ^V n&x

à

MEUS NETINHOS

A data mais importante da históriade uma Nação é a que assinala a

sua independência.O próximo dia 7 de Setembro, que

nos evoca e recorda o acontecimento fe-liz que marcou o começo da existênciado Brasil como nação livre e soberana,tem, pois, para todos nós, grande signi-ficação.

Como foi que se deu a proclamaçãoda independência da nossa terra, e emque condições teve lugar esse fato histó-rico, todos vocês bem o sabem, pois seus

mestres naturalmente, com oseu zelo patriótico, já lhes fi-zeram bonitas preleçôes a res-peito.

Esses mesmos fatos, porém,e as personagens históricasque tiveram papel preponde-rante nos acontecimentos de7 de Setembro de 1822, são re-lembrados nesta edição de OTico-Tico, páginas adiante.* 1

** lü^P Mm müMJLT Im^^mmmWm*?

l m^ ^^PíMÍjBkTP vXPavJÍ7

kI VA K pfy

****

LIÇÕESDE VOVÔ

Nunca é demasiado evocar, relem-brar os acontecimentos da nossa histó-ria.

É nos fatos de ontem, nas ações ge-nerosas, heróicas, valorosas, despren-didas e sublimes dos nossos maiores quedevemos buscar o exemplo a seguir, nofuturo.

Servir bem à Pátria, lutar por ela,honrá-la com devotamerito não foi pri-vilégio dos homens do passado. Eles fi-zeram o que lhes cabia. E a nós nos ca-be — a vocês tambem, é claro — seguiros seus exemplos e tudo empreenderpara continuar a obra que iniciaram.

Eles fizeram a Independência, tor-naram nossa Pátria livre.

E o nosso dever, a qualquer tempo,é lutar com todas as forças e energiaspara que a independência que eles con-

quistaram, seja respeitada e mantida, a

qualquer preço.O lema de ontem, portanto, deverá

ser o de sempre: "Independência oumorte !"

VOVÓ

tf

¦vfi

#

£&

Page 4: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

â*sJ_íÇ!*#-

¦^v&â

MV~-- ^w5^

%fmw^

^5Ç

\%m

mm*ywm

^^

^"©

W^.^st WÊr^ -^95^? ^3^!^ -n-t-M^ W^<§^l

-i^áe: ..Hwji/^-, /í*k^r-

8r <U

§NX?^ P*5

.-rcv^xL

II ' ff

^

ftiv/l

Page 5: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

A ÁRVOREA

árvore, cuja festa se comemora êstc més, é umabenfeitora e protetora, porque nada nos pede e

tudo nos dá. Até quando não tem flor ou fruto, ela*-á: a sombra acolhedora.

E purificando o ar e fecundando a terra é a ár-Vore um ser sagrado, porque nos protege e é a ima-gem humana— vive, respira, sofre e morre.

Aliás, quando houve o dilúvio e conforme a len-"•a. Noé esteve encerrado com os bichos, na barca; de-Pois de tantos dias e noites aflitos, foi o galho de oli-veira, no bico da pombinha que trouxe o primeiro si-*—1 do baixar das águas.

E quantos exemplos nos dá a árvore! Quantoslições!

Ensina-nos a paciência, esperando os brotos;induz-nos todos os dias à rega, quando falta chuva;nova e fraca perece pedir-nos arrimo e proteçãocontra os animais; mesmo depois de crescida vamospoda-la, defendê-la dos parasitas,tudu com método,com disciplina, como fazemos com as nossas roupase alimento.

Abandonada, ela dá ainda flor e fruto, masnunca em abundância.

E sabendo que a árvore vive como nós, devemosser bons para ela como somos para nossos semeOian-tes, e ainda mais, ter sempre cm mente que não

plantamos uma árvore com a ambição e egoismo decobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria deplantar e alguém ha-de lhe aproveitar a sombra e ofruto algum dia.

Levam muitos anos algumas para produzir; nósvamos plantá-las para fazer o bem sem olhar a quem,porque também de outras comemos os frutos e nemsabemos quem nos fez a bondade de as plantar.

São expressão de beleza e ornamento de encan-to até nos lugares tristes. Nos galhos noves, as fo-lhas tenras e bem verdes exprimem contentamento,ao passo que, quando não há chuvas, e suasraízes não encontram alimento, os galhos secos fi-cam levantados para a alto, em súplica, e depois,sem folhas e frutos, morrem e vem o machado queas atira por terra e os lenhos vão servir num fogão.para dar luz e aquecer o prato do trabalhador.

Mas há gente criminosa que, ao sentir a terracansada, longe de procurar com adubos e estimu--antes fortalecer o terreno, vai preguiçosamente adi-ante derrubar, matar, e com incêndios fazer outraplantação deixando aquela terra abandonada.SBTEM.BRO-^190''

SEBASTIÍO FERNANDESMuitos morros e várzeas que vemos desertos e pelados, em outros

tempos foram mataria, e depois grandes plantações de café ou canade açúcar. Mas como o terreno ficou exausto, o preguiçoso que nuncaestudou e não sabe o valor do adubo, abandonou-os, foi derrubar ou-

tros matos a golpes de machado, brutalidade de foices, e o crime dofogo destruiu depois até os ninhos dos nossos mais lindos pássaros.

Como é comovedor ver o rei da nossa floresta — o jcquitibá, quelevou tantos anos lutando com o calor, as chuvas, os ventos, recebendo. toda a sorte de investidas, ser derrubado. Quando estava forte, impa-vido, portentoso, o homem com o bárbaro machado, pancada a pança-da, fazendo estremecer todos os ramos, os golpes repercutindo na fio-

resta como o éco de um protesto, pouco a pouco lhe cortou o corpo atépor fim tombá-lo morto.

Mas a árvore não é só expressão dc beleza. Não é só adorno dumacolina, ou traço numa campina.

O terreno muito úmido e sujeito aos mosquitos, melhora se plan-tarmos eucaliptos, graças ao valor extraordinário dessa planta que fazsecar o solo por sua excessiva transpiração pelas folhas.

Onde há muitas árvores, não há inundação nem desabamentos,pois as raízes bebem muito e estancam e prendem o terreno empapado.

O homem sozinho na floresta não morre de fome. Ao passo queno deserto êle morre de sede. Foi a árvore que alimentou o primeiro

homem. Assim como o capim é uma planta e serve para alimento dogado, existem plantas industriais: as que dão fibras, como o algodão;as que dão óleo, como o babassú; as que produzem corante, como opau-brasil; e as que dão essências aromáticas, como a roseira.

Seja o ipê florido, o gigante jequitibá, o grosso tamburis, a jure-ma, a forte aquariquara, o jatobá, a cajazeira, a rendilhada e crespasesalpínea, a imensa gamelelra, a respeitável braúna, a umbrosa man-gueira, a maciça perobeira, o copado ubatan ou castanheiro, o cedro,a sucupira, a jacaréquara, as sapopemas, a maçaranduba, — umasespinhentas, outras esguias, tortas ou solitárias sentinelas como o bu-riti, devemos render culto sagrado à árvore, como respeitamos os an.tepassados que nos legaram conselhos e ensinamentos, sabendo que aárvore nos protege do sol, da chuva e da fome.

0 TICO-TICO

Page 6: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

A INDEPENDÊNCIATEÔflORO DE MOBÀIS

.Bs___F "^_*8___

D. Pedro IHINO DAl_DEPl_DÍ_Ul.

LETRA OE AUTO* A DCEVARISTO OA VtlQA

Já podeis, da Pátria filhos,Vêr contente a mãe gentil:Já raiou a LiberdadeNo horizonte do Brasil

Coro:Brava gente brasileira,Longe vá temor servil:Ou ficar a Pátria livre,Ou morrer pelo Brasil!

Revoavam sombras tristesDa cruel guerra civil;Mas fugiram apressadasVendo o anjo do Brasil.

Brava gente brasileira, etc.

Mal soou na serra, ao longe,Nosso grito varonilNos imensos ombros, logo,A cabeça ergue o BrasiL

Brava gente brasileira, etc.

Não temais ímpias falangesQue apresentam face hostil,No.ssos peitos, nossos braços,São muralhas do Brasil.

Brava gente brasileira, etc.

Parabéns, ó Brasileiros!Já com garbo varonilDo universo entre as naçõesResplandece a do Brasil.

Brava gente brasileira, etc.

6

A

hora da nossa Independência, três forças estiveram unidas para avitória. Uma cabeça que a dirigiu uma voz que a proclamou e um cora-ção que a escudou.

Sem clar.m nem brado darmas, no silêncio do seu gabinete de trabalho,longe das vistas e dos aplausos,"estudando e investigando, v guando e guiando,ioi José Bonifácio a cabeça que, irradiando luz, iluminou o caminho.

Esposando a causa 4os brasileiros, servindo-a com o seu entus asmo e asua lealdade, obedecendo aos conselhos do seu ministro e mentor, foi o prin-cipe-regente o braço valoroso que ergueu a espada e proclamou a boa nova.

Levantando-se de Norte a Sul, erguendo-se como um so homem, deíen-tíendo com br.o e valor a sua carta de alforria, foi o Brasil o coração que pul-sou generoso, nutrindo-a com a sua vida.

Chegava o tempo que prenunciaram o cárcere o patibulo, as dores sofridase o sangue derramado pelos mártires da Independência. Ela ia ser feita.Ra ;ava a liberdade.

A 14 de agosto de 1822, parte do Rio de Janeiro o principe-regente. A 5,depo s de dez dias de viagem a cavalo, chega a São Paulo, que o recebe comfestas. No dia 5 de setembro, segue D. Pedro para Santos, aonde vai inspe-cionar as íortificações e visitar a casa em nascera o seu grande mnistro.

Passou o dia 6. na cidade de Braz Cubas. No d;a 7, sobre madrugada, pôs-se a cam nho, de volta para os campos da velha Piratininga.

Nessa mesma data, haviam chegado do Rio a São Paulo mensageiros deJosé Bonifácio. Traziam ao principe noticias receadas de pouco da metro-pole. Ex:giam elas o regresso imed ato de D. Pedro, declaravam nulos todosus seus atos como regente, e assim, por um golpe de audaciosa prepotênciapretendiam rebaixar o Brasi, já então reino, à condição subalterna de sim-pies colônia.

Informados de que o príncipe estava em Santos, os mensageiros para láse dirigiram a toda a br .'da. Ao chegarem ao Ipiranga, encontraram a guardaavançada de D. Pedro descansando ali já a pequena distância da Paulicéia.

O príncipe não vinha longe.Os estafetas esporeiam os animais e galopam ao seu encontro.Estavam a meia encosta da colina quando, no alto, surgiu um cavaleiro.

Era o príncipe-regente, esbelto e garboso no seu un forme azul, chapéu ar-mado com o tope das cortes portuguesas azul e branco.

Estava-se a 7 de setembro de 1822, às 4 e meia da tarde de um sábado.Pára a cavalgata.Ape:am-se os mensageiros e um deles entrega ao príncipe a correspon-

dência.A teimosia insensata da metrópole, a visão de tantos e tão injustos vexa-

mes para o Brasil, que êle amava como terra sua, toda aquela leitura deameaças e vitupérios enche o príncipe de revolta.

Anima-lhe o rosto o rubor da mas viva indignação. A folhas tantas, numímpeto que bem a traduz, amarrota os odiosos papeis, arranca da espada,ergue-a e, erguendo-a, ergue com ela o grito: Independência ou Morte!

. Ouve-se o brado darmas, sôa o clarim,os cavaleiros montam, tiram as espadas e,ruim alvoroço de alegr a, vêm ao encontrodo príncipe.

Camaradas — diz-lhes D. Pedro —querem as cortes portuguesas arrebatar-nos a liberdade.

* Não consintamos, e declaremos já aIndependência do Brasil.

Scparemo-nos ! Eia, po:s, camaradas,repeti comigo: "Independência ou Morte !"

Independência ou Morte ! — bra-dam as vozes jubilosas.

De hoje em diante, anuncia D. Pe-dro, traremos por d stintivo o verde e oamarelo, as cores do Brasil independente.

Vibram os ares, ainda uma vez, com ogrande e glorioso grito.

E o carreiro humilde, que 'descia acolina, repetiu no silênc'0 do seu coração:

Independência ou Morte !

O TICO-TICO

_r^__^^V_J^^

mmrvk Sf^-^TSB \ *~ n__i

José Bonifácio

SETEMBRO—1946.

Page 7: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

29— "Basta!" gritou ao moço tupi o chefe tünbira.'És um guerreiro ilustre! Podes parar!

X{s y

chegando o cego. E o gue q. __ Êste,ços do pai, que Uie dum, a

;sim, é o meu íüho muito amado.

carne, que era a carne de lhoto da

E o velho partiu sonnho, mas orgu

valentia do filho!

<

<KJ-zO

a

<

<

<

1 Wkr-A ^/ *25 — Quando o cego se cala, o

chefe timbira responde: — "A carnede teu filho não nos serve. Êle é fracoe covarde. Diante da morte, chorou!Um timbira só come carne de inhni-gos valentes!"

"liHaaa— m\ N. K ^^•^""*« ^^V

26 — Ouvindo Isto, o cego se voltou contra o filho. "Choraste,com mtrto da morte? Nao és meu filho! Não descende um covardede um forte!"

Page 8: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

27 — O filho nada diz e o céço se afasta.Vai sozinho, tateando, sem ter ouem o am-a-re. Não quer saber do filho covarde. O filhofita-o, boquiaberto.

ÂÍitfUflÊ// ~^t>''mii-j-»,»»--^^]),1 ^XlE_"T ^_T ___S___.fe*^ ^^"^ ^Êm\Wm f >___# _______x_____-_^^__V^__-__0l_l_________ri_LJ-____r--1**\. ' /^^ __J^a #^^^^_1__Í__l/___mÍ__ ______k » I fc|\lm m\^^^^^*m^àmT^^^ '^^umm^mm%^^^^^m^'^^

" ""*•— ._ ¦^^^^^^^¦3--» *^rW li^^^SPyjsíV^fi^ 91 • *_5_t

Page 9: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

-^ A

Quando se lê ou se escre-ve é conveniente ter a ca-beca levantada e não tãoperto da luz que se sintao calor desta.

Para se ler e escrever a luz deveser boa, suficiente e sem Inter-mitencias. A luz variável ou mo-vedlça é prejudicial aos olhos.

O ar viciado é prejudicial aosolhos, por conseguinte, convémevitá-lo sempre.

O mais conveniente ao sentir can-saco ou .qualquer Inflamação nosolhos, é dormir bastante.

.: •'. -__•___.'¦.

g

SL

V

O livro deve conservar-se à distância dedoze polegadas, ou sejam 30 centímetros,aproximadamente.

SETEMBRO—1946

jJBoÁzh->w^Oi**_-0"v

O TJCO-TIÇO

Page 10: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

A^êOMEeMENTOS^7^^^ ^r|==t==t=ft

LEGENDAS1 a 5 — Diversos tipos de formai

e 8 - Desnatadeiras— Grade de escoamento

9 — Prensa10 — Moinho de nata ou coalhada11 —Batedeira12 CoHta-Coalho

13 — Dessôramento em ralos14 a 21— Diversos tipos de queijo22 — Aplicação do coalho23 — Colocação nas" fôrmas24e25 Arejamento e Salgamento26 — Prensa27a-30- Outras operações complementarei.

10 O TICO-TICO SETEMBRO—md

Page 11: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

No MUNDO dos CONHECIMENTOS• Jr •» W. *

é.*^ ¦_¦ X\z\ Sr5 P/ \1 i___m__ sí** ^^

OQUEIJO ^0

#

. '^'

I»'m

F"\ queijo é, como a manteiga,uma dos sub-produtos do lei-

"li

te, e a indústria queijeira, que éum ramo da indústria dos laticinios— em que o Brasil ocupa o 3.° lu-

gar — tem feito a riqueza, a famae o progresso de muitos países ouregiões.

Fazem-se queijos de variadostipos, qualidades e espécies, utili-zando tanto o leite de cabra comoo de vaca ou de jumenta.

TVTo preparo dos diversos tipos de

queijo, usam-se processos di-ferentes, quase que se pode dizer"tradicionais". Assim, o queijo daFrança, por ser fabricado de ummodo, é diferente do suiço, em quesão usados processos diferentes.

¦^Fo preparo dos diversos queijosusam-se aparelhos e fôrmas

que vocês podem ver na página aolado.

Logo abaixo aparecem 8 tiposdiferentes de queijos, que são:

14 — "Camembert"

15 — "Holanda"

16 — "Rocquefort"

17 — "Parmezão"

18 — Gruyère"19 — "Minas"

20 — "Cavalo"

21 — "Caramby".

Q ão operações indispensáveis aofabrico do queijo o dessôramen-

to, ou retirada do soro, o salgamen-to, o "batimento", para estabelecero "coalho", a separação deste, etc.

TJá queijos que precisam "repou-

sar", depois de acabados, como,por exemplo, o tipo "Gruyère". Ou-tros, podem ser consumidos logoapós a fabricação.

/"\s queijos tipo "palmira", ou"do reino", são pintados de

vermelho, para maior conservação.Outros são vendidos envolvidos

em papel celofane, para ficaremmais apetitosos.

A Suiça, a Holanda, a Argentina,a Bélgica, o Canadá são produ-

tores queijos excelentes.S-mmmizr^tj^m—

K_S

©lÉli-IJFffg

SETEMBRO, 1946 O TICO-TICO 11

Page 12: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

A CASA(EXPLICAÇÃO DA Pg, 37)

_*" '

TNepois de colar em cartolina resistente, e recor-"¦¦"^ tar, procede-se assim: perfura-se 1 e 2 da peça1 e passam-se ali as aletas 1 e 2 da peça 3, dobran-do pelas linhas pontilhadas , e colando por traz.

Passam-se 3 e 4 da peça 4 por 3 e 4 da peça1, colando os extremos do telhado nas aletas bran-cas da peça 3, dobradas previamente para traz.Feito isto, dobra-se a peça 1 pelas pontilhadasmas cuidando que as da base vão para a frente.

Passam-se 7, 8, 9 e 10 da peça 2 por 7, 8, 9 e10 da peça 1, colando internamente.

Arma-se a chaminé, dobrando pelos ponti-lhados e unindo 15 e 15.

Fure-se 16 e 17 do telhado, 5, e passa-se 16 e17 da chaminé. Colar o telhado e colar os versos18 e 19 em 18 e 19 da entrada.

__s^BB^^-**—***í^*i?i----»K«S'

Um novo tipo do

SAPATO COLEGIAL

Série Instrutiva

HISTÓRIA DA AVIAÇÃO

O DUQUE DE CAXIASA MAMÀEZINHAA YIDA DO BICHO-DA-SEDACOMO NASCEU ACIDADE MARAVILHOSABRINCAR DE LER

B2 ,1—| —m\

£ EDIÇÕES MELHORAMENTOS

em crômo, todas as cores, criação da

Fíbrlca: NOVO MUNDO

à RUA BARÃO DE SÃO FELIX ti. 166

Telefone 43-6504 — KIO

ANDRÉ JÚNIOR «Sc CIA. LTDA.

Presépio de Natal

Damos início, às páginas 22 e 23 desta edição, à

publicação das partes e modelo do Presépiode Natal deste ano.

Essa publicação continuará em nossa ediçãode Outubro e será concluída na de Novembro.

O Presépio de Natal deste ano foi desenhadopelo nosso ilustrador Oswaldo Storni, o que, por sisó, já é uma garantia de que, armado, vai agra-dar a todos vocês.

Quer dar umbom presente aoseu amigo que fazanos ? Dê-lhe li-vros. Dê-lhe, porexemplo, uma co-leção dos lindoslivros da Biblio-teca Infantil d'0TICO-TICO.

iUma pasta fei-

ta de sabão co-mum, g e s s o eágua, é a melhorcousa que há paratapar provisória-mente um enca-namento íurado,até que o solda-dor possa vir.

li

í EU G0ST0..-Y «Ç J

li ÍO"Hl / __»__»__ Ml,. / ^\

ll>Offl / Ttf (RAUL)C_v____-á_lf VlEIT£/

TÔNICO INFANTIL é o tônicode seu filho porque:Além de ser de paladar sabo-roso, engorda e fortifica;Além de dar saúde ao corpo,dispõe para os estudos;TÔNICO INFANTIL, o tônicodas crianças.

Único de fórmula especialmentepreparada paia a infância.

TÔNICOINFANTIL

o TICO-TICO SETEMBRO, 1946

Page 13: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

iimjiji__mu_____j_u___í i —n—-i—tit— r --r-rT-rt-riir-i t—i—rii — i mr i ~t- ¦

I BRRSIIiEIROS flOTfiVHSDesenhos de GOULART XXV

Marquês de Barbacena Vital de Oliveira U

___a _V_Vf_ml\. ib \\___"^S^_5 mSàwa\ _t, __*^ J$£&—l—*a___

Francisco de Castro Bernardino de Campos I

BIOGRAFIAS NO VERSO DA PAGINA

SETEMBRO, 1H6 O TICO-TICO 13

Page 14: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

ilPJ#il!l-kl!lPiPil N-0TAVKI1IIOtfáfIAI

Vital de OliveiraManoel Antônio Vital de Oliveira, nas-

ceu a 2 de Setembro de 1829, na cidade deRecife.

Ao.s 14 anos se matriculou na Escola deMarinha e em 1849, com 20 anos já era segundo tenente. Tomou parte na RevoluçãoPraieira.

Em 1854 levantou a planta da costa doBrasil, na região nordeste, tendo feito expio-rações notáveis, e mais tarde se entregou àtarefa do levantamento da Carta Geral doBrasil, que não pôde concluir .

Esteve na guerra com o Paraguai, revê-lando-se bravo combatente, no comando doencouraçado "Silvado", como capitão de Fra-gata, posto em que morreu, em 1869, em pie-na guerra.

Marquês de BarbacenaFelisberto Caldeira Brant Pontes de Oli-

veira e Horta, Marquês de Barbacena, nas-ceu no arraial de S. Sebastião, em Mariana,Minas, a 19 de Setembro de 1772.

Aos 19 anos, completou *o curso da Aca-demia de Marinha, em Lisboa, tendo direitoao posto de capitão de mar e guerra, que, en-tretanto, não lhe foi conferido, devido à suapouca idade. Transferiu-se, então, para oEstado Maior do Exercito, no posto de major.

Veio para o Brasil com D. João VI; foiInspetor Geral das tropas da Baía, desempe-nhou altas comissões militares, foi constitu-inte em 1823, ministro, senador. Deve-se aêle a introdução da vacina contra a varíola,em nosso pais.

Faleceu em 1842.

Bernardino de Campos Francisco de Castro

Bernardino de Campos nasceu a 6 de Se-tembro de 1841, em Pouso Alegre, Minas Ge-rais.

Estudou em Campinas, fez o curso deDireito e recebeu o diploma em 1863, dedi-cando-se à advocacia e fazendo-se entusiastapropagandista da República. Proclamada es-ta, foi o primeiro chefe de Policia de S. Paulo.Foi deputado e presidiu a Constituinte pau-lista, foi Presidente do Estado, ministro daFazenda, novamente Presidente do Estado esenador estadual. Foi enviado especial e Mi-nistro Plenipotenciário do Brasil no estran-geiro.

Deixou grande renome como um dos maisdestacadas servidores da República, e um dosseu';.» patriarcas.

Faleceu em 1915.

Francisco de Castro nasceu na cidade doSalvador, a 17 de Setembro de 1857.

Formou-se em medicina pela Faculdadeda Baía e depois de diplomado foi professorde Clinica Médica, diretor da Repartição Sa-nitária, diretor da Faculdade de Medicina doRio de Janeiro e membro titular do InstitutoNacional de Medicina, depois Academia domesmo nome. Serviu, algum tempo, no corpomédico fio Exercito. Foi membro eleito daAcademia Brasileira de Letras, mas faleceuantes de tomar posse. Grande mestre da ei-encia médica, era, também, poeta itíspirado,tendo deixado uma obra que ainda hoje é ei-tada.

Faleceu em 1901.

i\ O TICO-TICO SETEMBRO, 1946

Page 15: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

e^cscteteov -HISTÓRICOS m 1U de fraternidade

. ~. franceses, . a„ o au*

Sgg*S_3^5desembarco»

em he{es, I**

• conhecendo a ^rdaxam

em «^

ndversáoas, c-« .-arisiense «•

>,'*?'

«r&M

-^^M

iW>5

\*.JF/:/j-f

SETEMBRO—W46 1 O TICO-TICO 15

Page 16: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

Genae òa HMa = 5acra

T

¥uuÜuüIIIIuuuu¥UU¥uuII

iíuIIMII.1li.1&II

QUADRON.° 6

JL- piedosa Verônica enxuga

^n«* 3D33-.3_>16 O TICO-TICO

Desenhode

El-Mano

*/rSETEMBRO—1946

Page 17: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

(D AS AGULHASDAS MÁQUINASDE COSTURA

TMA das maiores dificuldades que o inventordas maquinas de costura teve de vencer,

foi o que dizia respeito ao buraco das agulhas.A sua idéia primitiva era usar agulhas comoas vulgares isto é, tendo o orifício na partemais grossa, mais não conseguia assim obterbom resultado e teria acabado por considerarimpossivel a realisação da sua idéia se não fossePor um sonho que teve.

Nunca lhe tinha ocorrido que as agulhas

pudessem ter o buraco na ponta, porém umanoite sonhou que estava construindo uma má-

quina de costura para um rei selvagem d'um

país desconhecido, e tal e qual como lhe sucediaacordado, não sabia como havia de resolver o

problema do buraco da agulha. O rei concede-ra-lhe um prazo de vinte e quatro horas paraacabar a maquina. O inventor trabalhava com

afinco e dava voltas ao problema sem achar a

solução, até que, por fim, expirou o prazo e

apareceram-lhe uns guerreiros dispostos a ma-

talo, ferindo -o na cabeça com umas' lanças que

tinham um orifício junto da ponta; imediata-

mente, o inventor viu a solução desejada e

quando principiava a pedir uma trégua, açor-

dou. Eram quatro horas da manhã, mas apesar

disso saltou da cama e dirigiu-se a oficina, e

quando eram nove horas já tinha fabricadouma agulha tosca, com o buraco na ponta.

Desde esse momento ficou vencida a

dificuldade principal que se apre-

sentava para a invenção damaquina de costura.

17SETEMBRO-1946 O TICO-TICO

Page 18: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

mm^mmmmmmmfÊmm^mmMmÊmMmammMmmmmmaa^aemMmeeama .muiii—¦—¦¦____¦_¦«___»___———¦——¦¦^¦w—~—*°T|fC*^rjHff

UMA RATOEIRA PARA "BIGODE"

BIGODE" está roncando tranqüilamente,

depois de ter saboreado apetitosa so-

pinha de leite.E aí, então, os camondongos saem do

buraquinho, bem devagarinho, e se reúnem

para falar em voz baixa, sobre um assuntomuito grave, para preparar uma armadilha

para "Bigode"!

— Que está pensando esse camarada an-tipético? Pensa que vai continuar a judiar detodos nós, comendo cada dia um camon-donguinho como sobremesa, e que poderáContinuar a andar por aí, sossegado e tran-

quilo como se tivesse acabado de fazer a pri-meira comunhão? Pois sim ! Pois vocês já ve-rão o que lhe vai acontecer !

Quem assim falava era o mais velho doscamondongos, chamado Rói-Velas.

E Rói-Velas, depois do seu discurso, foibuscar a um canto uma ratoeira de madeirae arame.

Será que êle cabe aqui? — pergun-tou Cinzentinho, meio em dúvida.

Se não couber inteiro — respon-deu Rói-Velas — pelo menos caberáuma pata, ou duas, ou então o focinho...

Ou a cauda... — acrescentouEstraga-Meias.18 O TICO-''ICO

Como nos vamos divertir, en.ãD ! —exclamou Fura-Sacos-de-Papel.

E, então, todos os camondongos co-meçaram a rir, mas a rir baixinho, sem fazermuito barulho: — hi-hi-hi-hi-hi-hi-hi. . .

Mas, como faremos para c;_e êle caiana ratoeira? — perguntou, preocupado, odesconfiado Rasga-Livros, a quem a coi$«*não parecia tão fácil.

Oh ! — explica RóirVeía.. - - De ummodo muito simples. Os gatos gaafam muítcde creme. A gente põe um pouquinho de cre-me dentro da ratoeira e "Bigode" estenderáa pata para apanhar o creme, ou, se não, ofocinho para cheirar ... Aí, então, trac I aratoeira desarma e nosso inimigo estará prisi-oneiro. Então a gente se põe a dansar em vol-ta dela, cantando a "ronda-catonga", fa-zendo caretas para êle...

A idéia é magnífica e todos os camon-dongos estão de acordo em levá-la à prática.

Quem traz o creme ? — perguntaRasga-Livros.

Eu I — responde Rói-Velas.E sái a correr tão depressa que mal

toca o chão com as pontinhas das pati-nhas. Vai à cozinha, trepa na mesa e apa-nha um pouco de creme que estava sô-

SETEMIMQ— 194S

Page 19: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

bre um papel. Paf!... O papel cái ao chão eRói-Velas se apodera dele, arrastando-o,tio devagar que não faz o menor ruído, equando aparece ante os companheiros, es-tes ficam até surprezos, pois não o ouviramchegar.

Rói-Velas põe ò creme na ratoeira,metendo-o muito habilmente por entre osarames.

Pronto I Já está ! Assim que o vir, omonstro vai meter o focinho. E. . .

xxxQuem teria sido?Ninguém sabia. Mas, o certo é que, quan-

do mais ocupados estavam os preparativos,um dos camondongos, ao empurrar a rato-eira, apertou a mola de disparo, e a porta daarmadilha: — paf ! — fechou-se com granderuido.

"Bigode" acordou, sobressaltado, fazen-do: — Fuúu !

E, Deus do céu I Que é que seus olhos es-tão vendo?

Nada mais nada menos que meia dúziade camondongos que' fogem, atropelandouns aos outros, como se estivessem malucos!

Ah ! Piratas ! — grita "Bigode" —

Aproveitando-se do meu sono para armaruma ratoeira para mim?

E sái a correr, em perseguição aos atre-vidos

liMas estes, rápidos, se tinhammetido todos no buraco, e lá den.rotremiam, coitadinhos, cheios desusto. _ Viram ? Viram ? — dizia, ar-

quejando da corrida que dera, o

desconfiado Cinzentinho. — Viram? Eu não

disse?Você não disse . nada ! —

gaguejou Rói-Velas, que era o mais assustado.

Sim nada disse — acrescentouRasga-Livros, cuja experiência, por viver

sempre metido entre livros, era maior que a

dos outros. — Mas isto nos deve servir de

lição. Se o monstruoso gato é um perigo paranós, o que devemos é .ratar de evitá-lo. En-

frentar o perigo é temeridade. Evitá-ío, é pru*dência. Ele é mais forte do que nós: fujamos

dele ! Isso não será vergonha. Sejamos pre-cavidos, cuidadosos. Onde êle estiver, não

vamos nunca. Isso é ser prudente ! A prudên-cia é uma qualidade tão boa como a cora-

gem. O prudente não enfrenta perigos inu-

tilmente. Ser prudente também é ser corajoso.

E os camondongos, ainda trêmulos, masconvencidos da verdade daqueles conselhos,começaram a bater palminhas e palminhas,aliviados e confiantes no futuro.

-> r_UjiTr_l _n______—___n nu. ¦ in i ' in ¦ in n_ iimi i nm»»m»ÊmiÊiÊmimm»émamm»mmm»m»mtmmmm<»mm»tmimttmmf'SETEMBRO—1946 O TICO-TICO 19

Page 20: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

AVES E PÁSSAROSDO BRASIL

Por J. SILVEIRATHOMAZ

Wmtfwi' ar. ima mtammmemaa—aamanmamm

A ANHUMAE O

TACHA•fTT^Zfj l&r^^r r^T\\r^ fluH ífTO

A Anhuma

A Anhuma e o Tacha são "primos-irmãos". Per-tencem à ordem dos Palamedeiformes e são os

únicos representantes desse grupo, no Brasil.

Apesar de "parentes" próximos, de ostentarem

quase a mesma côr e de terem os mesmos hábitos ecostumes, são, no entanto, aves bem diferentes, con-forme podemos ver nas figuras que ilustram esta pá-gina.

A Anhuma (palavra indígena que quer dizer ave

preta) é dotada de grande porte, havendo até algu-mas maiores do que um peru. As pernas são fortes,desproporcionais e os dedos enormes, desmesurada-"mente compridos em relação ao tamanho da ave. O

que há de mais interessante, entretanto, na anliu-ma, é um chifre.

Sim, um chifre, grande e pontiagudo, plantadono meio da testa, imediatamente acima da junção dobico com cabeça. E uma crista singular, móvel e mui-to dura, de que se vale o bicho em suas lutas em de-fesa da companheira e da prole.

Mas, não param aí as anhumas. Como curiosi-dade ornitológica apresentam ainda dois esporões emcada casa, um maior, em cima, e outro menor, embaixo, ambos, também, valiosos como órgãos de de-fesa e de ataque.

Não cantam, absolutamente. Emitem sons gutu-rais, estridentes e até certo ponto incomodaüvos. Emcada região, o seu canto é interpretado de forma di-ferente.

A opinião geral é de que a anhuma se alimentaexclusivamente de plantas ribeirinhas.20 OTJJÇP-TICO

O Tacha, também chamado Taã ou Anhuma-pcca,não tem chifre, mas ostenta à cabeça um ma-

gnifico topete com penacho.

Vivem aos bandos, em geral, acompanhados desuas excelentíssimas esposas, e domesticam-se comrelativa facilidade.

O nome Tacha ou Taã é onopatopéia de seu pró-prio grito : taã... taã. .. que repetem a cada ins-tante, principalmente quando voam, no que sãoacompanhados, em coro, pelas fêmeas, que respon-dem: — tain... tain...

Habitam os pântanos e são muito populares emtodo o nosso país, desde o vale do Amazonasàs co-chilas do sul. O seu grito, então, é conhecidíssimo e,em certas ocasiões, despertam o caminheiro cansado,anunciando, como bons sentinelas, a aproximação dealguém. Para as outras aves, são providenciais tam-bem, pois não há caçador, que se avizinhe duma re-

'gião, sem que elas dêem alarme, um alarme vigorosoe estridente, capaz de prevenir do perigo todos osanimais, desde o beija-flor ao jacaré...

O Tacha

$ETgMBRO—1940

Page 21: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

-wmt<s&$mUz-^L--^^ p^_^/^c_^^C^à

i ' CRIAM-SE NO ÜAPÁo\ \ IhàSm Alll em s///monara aldeia ,nmliw ___\l l\ DE SU/tWUtUMA VA- rétnpu e»>x>\i\,i nna ?n AÚMMl fflEPADE DEtiW/VM %ttLEíP?A5%VÂr%5Al° A/ c^ Cmm ATINGE ' MOS QUANDO FEZ 05 SEUô WW^

âi 71/3 METROS DE COMPRIMENTO. MAIORES DESCOBRIMENTOS wí li I ^-^^ ^°^ ASTRONÔMICOS.

li -aa ?, AUTO E UM CURIOSO sÃpÕ^cÜjo W ft\\ 1 rXÂCHo EHROLA EM TORNO MS PATAS 11\\\M Posteriores< ps,ovos enterra-se a/Wvffl. £ô° volta a água coando___, j? IIMl Ç>UANDO OS EAT3R/ÕES ESTÃOy^ tf

a/llM FJf£sr£S A APARECER. jA^ |íESTE DESENHO

PEPRESENTA UMA TAÇAVENEZ/ANA USADA NO

ÍFüL0 m MB0IA C^CADE UM METRO DE ALTURA-rEJ?5v">0 AO SEU FEITIO *Tornava-se impossível suste-la

Sobre a mesa.

SETEMBRO—1946 O TICO-TICO 25

Page 22: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

-- ——— i in m**wm*************M******************m*M*am*m ********* m,*a****m*******mm**mmm*******

PARAASMENINASDOIS AVENTAIS

BONITOS

O ara os trabalhos de casa,são muito úteis estes dois

aventais.Devem ser feitos em fazei.-

das lavaveis, linho ou algo-dão, e os motivos dos enfeitessão muitos fáceis de executar.

Os enfeites do dc cima suo

para fazer com ponto de has-te, algodão perlé em verde,marron e vermelho.

As barras do de baixo são fei-tas em ponto-atraz e simples

pontos alargados.

26(No próximo número, novos bordados)

O TICO-TICO

y&2\A* rt*T -üTÍ Jr*

A \^Mwt^Kj •__*__? l—N.

LMif*rW\ Sl

SETEMBRO—m«

Page 23: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

Gramática Infantil pela Imagem(CONTINUAÇÃO) PROF. LEONOR POSADA

IX • Nunca se dobra o J&. no iníeio das palavras e nemno meiQ do vocábulo quando êle vem junto de oulra con-soante, porque si êle toma o seu verdadeiro som :

Assim, deve-se escrever _

pbnSo penSSo abSorto abSSorto inSisto /nSSistonSo2^2; 2K enSo2^. ÃJp»'*^~x-o

tem o som ehiante no iníeio das palavras:

Xarope2JT

XI -o

XÍCARAj*f-

Xarque 1 [Xadrez

soa comooy>} no final dos vocábulos

xn-oFENlX^2t^L CÂLlX

_i_FE L/X

tem o som de JLà»jF)à\

ánaa palavras que começam por HáÃS^

eXaTO\ [eXiTO 1 \EXÍMIO j [EXÍLIO~2T222A 2222=^2

V

eXame

xin-o aointerno som de ;^2o em muiías palavras

SETEMBRO—1946 0 TICO-TICO 27

Page 24: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

FlXo

XIV- o

neXo aneXo seXq\ \fluXo\ \oniX

tem o valor de ^ X em

PROXlMO~7A MÁXíMOAAAPROXíMAR

XV" Sempre depois de ditongos, como já vimos, escreve-sequando se quer dar um som chiante.

peíXbI \faiXa\ \caiXa\ \trouXa\ IabaíXot^ZATT^ T?A ^mXVI- o

&antes ofe rj^ * > A/~~Pi zem o som de

AAl| Gato \ \Gole\ \ Gaveta

A^peGador

xvnoAAvale por J£* sníes dt <Ae oe¦A

GÉlo3^"

Giba RÉGlO7^

rbGimb

xvm osS___.

F Iapara conservar o som forie, anies de A^ e de Jl

(continua)

28 O TICO-TICO SETEMB,R&-1940

Page 25: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

WeOVEÍX), BOlAOe/IZEírOiVA^ÓVOCÊ QUER IR ATE A VILA,COMIGO,p VOUCOMPRAR UNS ANZÓIS ' O RECO-RECO E'UM MEDROSO, NÃO QUER

IR XVlLA COMIGO, SO' PORQUE TEM MEDODE VOLTAR NO ESCURO. VOCÊ JA'VIU DISSO ?

fl _§____¦_*. . EÜ NAO GOSTO DE ki _________L / C PRFTO Eü TAMBÉM /^~^/ ? AMnAD ajn pc^i )RO __|a^^PI m\m*D ' f r r*l_ l _/, —-—' i/-\P. u *-' \J

i O RECO-RECO E O AZEITONA SÀÕ HA B^L-d-ÉE; / WEU PEÜS / O ^JiÇ DOIS MEDROSOS, ERAM CAPAZES %A^-\\ ( ESPANTALHO

"Y^(DE TER MEDO ATE* DAQUELE WS^\ \ \ ESTA'SE ME- J

? ^ .-._.,_,¦>. ,-*_.---,. <_..,. ao ' 1 I JURO COMO O ESPANTALHO )

^SOCORRO/ FANTASMAS^J ESTAVA SE MEXEndcT/

""" " '

L/Ty ^"^ |/^ORA60LÃO, QUE NOVIDADE /íí It y U" i C COrA A VENTANIA GUE fI /* *3* li./f. */' / ( ESTAVA FAZENDO ELE *S

\ ^/C* £) ^J^ VVT\ v. l^TINHAQüe SE ME^ER.T>

Jzfor^^Z^^ík ~^y^^Ê(ÊMf^!^k. ^7t^^v-7ER S,D'° ]SS(w yí^sA

X^S^À \v ^Ç^^Rt^Lj f àm/ NO bolaoS _f_l m/É-r^f^^—=:-_=- ^^C^/VP . ¦\emato.../ q| EflP^áj-• —— ¦—¦_¦— 1V^T^T ^^-1 'a\

29SBTEMBRO—1848 O TICO-TICO

Page 26: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

(^Tí^^m^

nossosconcursos¦g^J^ ,!o

CONCURSO N.° 233HTBF I

———*—*-*-*. ¦BaVBnr ~~"""""¦¦¦HHI•f ¦Ho H|

(^

5RE

0S 20 PRÊMIOS SERÃO DIS-TRIBUIDOS ENTRE OSCONCORRENTES QUE,ENVIAREM A SOLUÇÃO

CERTA!

w$

EB

Recorte os quadros e cole-os nos espaços de

modo que os desenhos ou letras conbinados for-

mem palavras com os significados indicados nas

CHAVES, aqui à direita.

Todas as palavras estão escritas no sentido

horizontal, apenas.

Use o coupon que vai na página seguinte,

onde deve escrever seu nome e endereço com-

pleto. Remeta à nossa Redação, conforme vai in-

dica do na outra página e veja o resultado do

sorteio na edição do mês de Novembro.

CHAVES:(Horizontais)

— Empurra o barco— Pano— Serve para salada— Filho do seu avô— Ave trepadora— Garoto da rua— Traje masculino— Militar

m

Z c&a i

w\30

USE O COUPON QUE ESTA NA OUTRA PAGINA- O TICO-TICO SETEMBRO—1946

Page 27: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

noffoiconcursos_»4^x*

Recebem-se as soluções até o dia 15 do mês se-guinte. Cada conscurso corresponde a 5 prêmios.Os leitores podem concorrer a todos e mandarjuntas todas as soluções, mas só pôde o mesmoleitor ser premiado em um concurso de cada vez.

CONCURRENTES SORTEADOS NOS CONCURSOS DO MÊS DE JULHO

NO CONCURSO N.° 225DIRCEU BRAGA JR. — Rua Pa-

dre Moreira, 30 — Petropolis — Esta-do do Rio.

SÔNIA MARINHO BUARQUE —Rua Barão de Penedo, 259 — Maceió

Alagoas.

JUÇARA MAC-GINITY — Rua Er-nesto Beck, 1659 — Santa Maria —Rio Grande do Sul*.

HAMILTON F. REZENDE — RuaDr. Leonardo, 21 — Ponte Nova —Minas Gerais.

VAIR F. DOS SANTOS — Rua Vir-ginia, 30 — Cachoeira do Itapemerim

E. E. Santo.

NO CONCURSO N.° 226SÔNIA MARIA S. SEGANFREDO• Rua Tavares Ferreira, 14 — Rio

Distrito Federal.

HUMBERTO SOUZA NOGUEIRA —Rua Conselheiro Saraiva, 35 — Jua-zsiro — Bahia.

FRANCISCO LOPES DUARTE — RuaCambuquira, 1.031 — Belo Horizon-te, Minas.

DIVA MENDES — Fazenda SãoJosé — Caixa 304 — Garça — SãoPaulo.

JOSÉ MARTINS ¦que, 578 — Castro

Rua Albuquer-Paraná.

NO CONCURSO N.° 227

DIRCEU BRAGA JÚNIOR — RuaPadre Moreira, 30 — Petropolis —Estado do Rio.

MARCELA A. GUIMARÃES — RuaBuarque de Macedo, 50 — Catete —Rio — Distrito Federal.

LÚCIA PONTUAL MACHADO —Rua Noronha Torrezão, 250 — Nite-rói — E. do Rio.

CARLOS JOSÉ A. RABELO — Ca-minho dos Cajueiros — 255 — Est.do Mato Alto — Rio — Distrito Fe-deral.

ÁLVARO AUGUSTO SALOMON —Colégio São José — Pouso Alegre —Minas.

NO CONCURSO N.° 228HUGO PASSOS FERNANDES — R.

Carolina dos Santos, 136 — Meyer —Rio — Distrito Federal.

JOÃO FIORAVANTI — Rua Barãode Cataguazes, 330 — Juiz de Fora— Minas.

PAULO ARCOS — Rua Delfim Mo-reira, 78 — Santos — São Paulo.

YVONNE ITOW — Rua Castro Al-ves, 73 — São Paulo — S. Paulo.

MARIA DE LOURDES VIANA —Ru.a Miguel Lemos, 31 — ap. 7.010—* Copacabana — Rio — D. Federal.

ÊÔTE COUPON DEVE 5EB SOLADO A PÁGINAEM QUE COLAR OU ESCREVER Aô SOLUÇÕES.

A

NOME ._.._

ENDEREÇO

LOCALIDADE..Ni

FST.ouTERRIT.

S soluções quenão trazem

o coupon, não

entram em sor-teio, assim comoas que não vêmcoladas em folhade papel.

Não mande re-cortes soltos den-tro do envelope.

QAluLCbü&xynrielrirt/wfoaio'?Aj/>¦MltocfÂO'

Ú CYMA

Soluções dos Concursos de Julho

DO N.°225

DO N.° 226

Minerais ocultos:

Prata — Zinco — Hulha —

Mica — Cobre — Estanho.

DO N.° 227

"Olho por olho, dente pordente".

DO N.° 228

Chiang-Kai-Shek e Montgomery.

^5 bT* *^_i S^t

NAO FALHAFAZ DOS FRACOS FORTESINFALÍVEL NOS CASOS DEESGOTAMENTO

ANEMIADEBILIDADE NERVOSAINSONIA

FALTA DE APETITEE OUTSOS SINTOMAS DEFRAQUEZA ORGÂNICA DECRIANÇAS E DE ADULTOS.

SETEMBRO, 1946 O TICO-TICO 31

Page 28: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

yj4A "^rcb.

Gaveiinha do Saber aüí^1—3lr^VvJr

Quando íôr cortaras unhas, mergulhe-as antes em águamorna, durante ai-guns minutos, paraque elas amoleçam epossams ser cortadasmelhor.

•A insônia, muitas

vezes, é resultado dafalta de exercícios fí-sicos.

Waterloo, onde tevelugar a famosa bata-lha qne pôs fim ao po-derio de Napoleão, éuma povoação da Bél-giça, a 15 quilômetrosde Bruxelas, Ali existeêste monumento, querecorda a batalha dês-se nome.

•Ana é nome de

origem hebraica. Si-gnifica: benéfica.

•Não ande curvada,

menina ! Isso faz malà sua saúde ! !

3S8Henri Ford é um dos

homens mais ricos domundo, mas é tambémum dos homens quemais têm auxiliado ou-tros homens a ganhardinheiro e, mesmo en-ri<)uecendo. Ê o fabri-cante do automóvel po-pular que tem o seunmeo.

Sofia é nome deorigem grega. Signi-fica: sabedoria. Se aleitora se chama So-fia, já sabe: tem queser muito estudiosa,para saber muito !

•Os apicultores da

Austrália usam ago-ra taxis helicópterospara ir de uma cida-de a outra. Helicó-ptero é aquele aviãoque tem no alto umahélice de longas pás,que lhe permite subirverticalmente. O in-ventor do helicópterofoi o espanhol LaC.ierva.

•Oscar é nome de

origem anglo-saxôni-ca. Significa: lançadivina.

•Paula é nome de

origem latina. Si-gnifica: pequena.

A tintura da arnica,que se usa para aliviaras dores das pancadasou contusões, provémde uma planta dessenome. A essência ê tira-da da raiz. A flor daarnica faz espirrar e,por isso, essa planta échamada "rape damontanha".

•A maior lagoa do

território brasileiro éa lagoa dos Fatos, noRio Grande do Sul.

•Ler bons livros é o

que há de mais reco-mendável para melho-rar nossa condição devida.

•Quando um casal

comemora o 10.° ani-versário de casamen-to, completa as suas"bodas de estanho".

Devemos respirarprofundamente, paraque o ar penetre atéos alvéolos do pulmãoe se ponha em conta-cto com o sangue.

WàAqui temos duas "fi-

guras chinesas" fáceisde se executar. Experi,mentem.

mEnsine isto à ma-

mãe: para se retiraro excesso de sal dobacalhau, deve-se pôrum punhado de salgrosso na água emque êle é posto demolho. Embora pa-reça exquisito, dá re-sultado.

•O planeta Netuno

foi descoberto em1846 — há um séculoportanto — por umastrônomo alemão queestudou certo pontodo firmamento porindicação do astrôno-mo francês UrbanoLe Verrier.

A carne do narval—cetáceo que existe emabundância nas costasda Groelândia e da Is-lândia— é comestível.O narval dá, tambémum oleo semelhante aoque se obtém do Hascalhau.

•Quem gasta ape-

nas o que pôde, vivomais feliz e maistranqüilo do quequem vive a contrairdívidas.

São os seguintes os8 novos livros de his-tórias que vão sereditados próximamen-te pela Biblioteca In-fantil d'D TICO-TICO:"Pinga-Fogo, o dete-tive errado" — "Aviagem fantástica"—"A árvore que falava"—"Aventuras de Chi-quinho" — Um me-nino de coragem" —"Na furna da onça"—"Minha Babá" e"Quando o céu se en-che de balões".

Os melhores rubisque se conhece, porsua côr e tamanho, sãoos da Birmânia, mas éraro chegarem às joa-lherias da Europa, por-que são comprados pe-los maraj&s da índia,para seus colores e tur-bantes.

•As "bodas de crls-

tal" são festejadasno 15.° aniversáriode casamento.

Uma das igrejas daNoruega -a de Bergen- ê talvez a única nono mundo, pelo mate-rial que se empregouem sua construção:papel impermeabili"zado por uma misturade cal viva. leite ta-lhado e clara de ovo.

O Almanaque d'OTICO-TICO para 1947trará linda página dearmar, com uma ár-vore de Natal queserá um encanto!

•! A mudança fre-

. quente da roupa in-terior eqüivale, decerto modo, a um ba-nho de limpeza, pos-to que com ela tira-mos do contacto coma pele substânciasque foram eliminadase que entram fácil-mente em decompo-sição.

Se você, portanto,não pôde tomar ba-nho, mude a roupatoda, que já fará óti-ma cousa para suasaúde.

A melancia é ori\ginária da índia, deonde seu cultivo pas-sou à Europo e depoisà América,

E' uma fruta refres-cante, mas que poucotem de alimentícia.

•Hercilia é nome dorigem grega. Signi-

fiia: orvalho, ou 10-cio.

•As crianças, até os

12 anos, devem dor-mir, no mínimo, novehoras por dia.

•Lacustre é o quetem relação com oslagos e lagoas. Fiu-

vial, o que diz respei-to aos rios. ,

Palustre, o que temrelação com os pân-tanos ou paúes, ondehá água estagnada,ou parada. Febre pa-lustre, por exemplo.

•Ofélia é nome de

origem grega. Signi-fica; dívida, obriga-çâ0- il

32 O TICO-TICO SETEMBRO, 1946

Page 29: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

THESOURO

NESTA época em que todos os pais cogitam sobre os presentes de Ffljstas que vão

ofertar a seus filhos, é oportuno lembrar que jamais outro objeto conseguiu su-

perar, em utilidade, o Thesouro da Juventide.. Este constitui, com efeito, uma lem-branca duradoura, que por muito tempo causa prazer sempre renovado, porque setrata de uma obra substancial, onde o intOL-êsse para o leitor salta de cada linha, decada frase.

O THESOURO DA JUVENTUDE cons titui presente valioso, quer pela sua be-leza gráfica ,quer pela sua utilidade, e quer, ainda, pelo extraordinário interesse quedesperta no leitor. Trata-se de uma obra em 18 volumes, profusamente ilustrada,que tem a faculdade muito rara de instruir divertindo, porque foi organizada especi-almente para instruir, de maneira atraente, crianças e jovens.

Nas 5.914 páginas, nas 6.000 ilustrações e nas 200 gravurab a cores, do THE-SOURO DA JUVENTUDE, encontra a criança e encontra o jovem um manancialinesgotável de conhecimentos e diversão. Ali se acham as respostas claras e explici-tas a milhares de dúvidas que ocorrem freqüentemente nos cérebros jovens, aindainexperientes. Sozinho, o THESOURO DA JUVENTUDE tem a equivalência de cen-tenas de professores amigos e bem humorados sempre prontos para ministrar todosos ensinamentos sobre diversões, ciências, artefi, literatura geografia, história e sobretodos os conhecimentos humanos.

Por tudo isso o THESOURO DA JUVENTUDE é o melhor presente de Festas.E pode ser adquirido mediante suave pagamento parcelado,

GRÁTIS Caso V. S. não possa visitar uma das nossas lojas,queira preencher e enviar o cupon ao lado. Receberá

pela volta do correio, sem qualquer compromisso, um folheto sobre"Thesouro da Juventude".

<T:

lu. m. jn.Ksori, nuw.>u*«*-*Sí1. - . am —¦xo»1»0 •*"* '

EDITORES O»*.SAO PAULO RIO DE JANEIRO PORTO ALEGRE

Sfua São R.-nto 250 Rua do Ouvidor, 140 R. do. Andradas, 991lo|o x. | (loja)

Cana Postal. 2.913 Ccixo Postal, 360 Cojko Postal. 475T.-l : _-234_ Tel. : 4--0671 Tel.i 5.736

SETEMBRO. 1946 O TICO-TICO 33

Page 30: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

""^v^A^^^^WV^A^^^^AA^^VWVSAAAÍVY

diga'iqueeulhe disse:•Uso e nao mudoJUVENTUDE

ALEXANDREPARA A BELLEZA DOSCABELLOS 6 CONTRACABELLOS BRANCOS

A senhores diretoresde Colégios

r

O nosso colaborador, prof. Arturde Castro Borges, dirige por nossointermédio, um apelo aos Srs. Dire-tores de estabelecimentos de ensinoque mantenham periódicos infantis,quer de classes, quer dos próprios es-tabelecimentos, no sentido de que lhesejam remetidos, para a Rua TJru-guaiana, 114, 1.° andar — Rio — ai-guns exemplares dessas publicações.

Os números enviados figurarão na"II Exposição de Periódicos Infantis"a se realizar em Montevidéo, sob adireção da Professora D. Alicia P.Freire.

"Eu vou contar umahistória..."

Acaba de aparecer este inte-ressante e educativo volume de-dicado à infância, de autoria doescritor Alvarus de Oliveira.

Trata-se de uma narrativaamena dos ep pódios marcantesda História pátria, tão amena

qtíe o leitor se perde em suas pá-ginas encantado com a narra-tiva.

A critica recebeu com elogiosmerecidos o livro de Alvarus deOliveira, que foi lançado pelaEditora Moderna.

CAMOMILLINA

y^ ^ f»

PARA ADENTIÇÃOdas CRI ANCAS

TOSSE7

CODEINOlNUNCA FALHA

PREFERIDO PELAS CRIANÇASPOR SER DE GOSTO AGRADA-

VEL.

PREFERIDO PELOS MÉDICOSPOR SER DE EFEITO SEGURO.

PREFERIDO POR TODOS PORSER O REMÉDIO QUE ALIVIA

ACALMA E CURA.

Infalível contra resfrtados. ton*e bronquit**

MENSARIO INFANTILDiretor: Antônio A. de Souza e Silva

Propriedade da S. A. "O MALHO"Rua Senador Dantas, 15 — (5.° andar)

Caixa Postal, 880 — Telefone, 22-0745RIO DE JANEIRO

Preço das assinaturas, remessa sob registro postalPara o Brasil e toda a AméricaPortugal e Espanha:12 números Cr $ 30,00

6 " 16,00Número avulso .. .. Cr$ 2,50

Publica-se no dia 1.° de cada mês.

Se você toma partenos Nossos Concursos:/ÍíJeM^\ /^^^^^-^_

. V soàiç^6 /^^Y^í^- /

JR t-LCJ-LAS___-\ ¦ _____!__',mvl_-__P^^_~' __B^^^iB __. *^__^^^^^v

(PÍLULAS DE PAPA1NA E PODOFHJNA)Empregadas com sucesso nas moléstias do esto-

mago, figado ou intestinos. Essas pílulas, além detônicas, são indicadas nas dispepsias, dores de ca-beca, moléstias do figado e prisão de ventre. Sãoum poderoso digestivo e regularlzador das funçõesgastr o-in t estinais.

A venda em todas as farünácias. Depositário,JOÃO BAPTISTA DA FONSECA, Rua do Acre, 38— Vidro Cr$ 2,50. Pelo correio, Cr$ 3,00. — Rio.

34 U TICO-TICO SETEMBRO, 1946

Page 31: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

Aventuras de Zé Macaco e Faustina

Faustina para deixar no chinelo as suas amigas, No dia da inauguração achou Mas ao ter que subir as escadas-mandou fazer um par de sapato1.., de sua invenção. Sa- sapato uma coisa louca. Que suavi- do 18.° andar do edifício onde mora,P**tos ultra-anatômicos, tipo atômico e econômico. dade! Que maciez! começou a achar ruim

E quando saiu, ao querer atravessar a rua, ascousa. se complicaram de tal jeito...

... que ia fazendo um ft... Se não fosse a ... teria ido ao barro! Então, decidiusolicitude de um transeunte... tirar as sapatos e foi para casa de...

ÁsyL 1 fl«>iiii«iutiiiuu*n[|||

/^A. Wt%\ Z * -- y^>i

__••''.' !! Ví^XV ri*

... taxi. Dias depois, quando as amigas chega-ram, encontraram Faustina passando roupa—

SBTBMBRO—194B

... e o ferro era um dos tais sapatos. A madeira era táo dura, queservia para ferro de engomar! !

O TICO-TICO 35

Page 32: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

JOGOS, RECREAÇÕES, CURIOSIDADES(PAGINA DO PROFESSOR)

RECREAÇÕES DE LINGUAGEM - Pela Prof! Irene de Albuquerque(Da Escola Normal do Instituto de Educação)

çrocure os nomesave y^ff^^^í^ Ê a4K âminéaruio _// |« f

(JB -?a ocon ^-^ ç&fv1' ^r apéu

inelo ^i Q ^-_____r^N upeíauveiro ——"~~""_r\ >

Complete as palavras, escrevendo nos pontinhos o grupo CH; em seguida, ligue por um traçocada palavra ao desenho correspondente.

FAMÍLIAS REUNIDAS r-^__ I^EOF^TaTIi ,^m iy§yj '—^yy

yzyy^y^ IcommoTA í ^m^\í^^^^y^^^\ ^y§0& I PÁTRIA Ii— , íréSs^____. ^^^If^fGOSOj ^^^^ ¦____[_____¦-1 APE®REJAR 1 /

y^yífm^yj ~WEM*F^

^3Po~]r^^ÕM] 1 EXPATRIADO ^^0/

Una todas as palavras da mesma família com giz da mesma côr.AO PROFESSOR — Essas recreações podem ser feitas no quadro-negro, e chamando-se uma crian-

ça de cada vez, ou individualmente, dando-se a cada aluno um papel como o do modelo.

36 O TICO-TICO SETEMI1H0—W4H

Page 33: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

modelo terminado Ç~9~ ffiftjM 1[T|f 9Hr^^^' (Á Baailluu 7 )

37SETEMBRO—19J,6 O TIÇO-TICO

Page 34: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

VIVIAM

naquela casa além da fami-lia, um gatinho muito mimoso ebrincalhão, e um cão todo preto

que passava o dia latindo e correndo de umlado para outro.

Não eram inimigos mas também nãoeram amigos. Apenajs se cumprimentavampela manhã e à noite ao deitar-se.

-m- Miau, miau — dizia o gato, o que emnossa lingua quereria dizer: Bom dia, compa-nheiro!

— Au, au, au, — respondia o cachorri-nho em seu idioma, o que poderia ser tradu-zidó a.°s'im: Bom dia, camarada!

O gato passava todas as horas do diabrincando na sala.

O cão com., lodo o dia pelo jardim.

Tm dia a dona da casa recebeu de presen-^ te um formoso pintinho amarelo.O gato, pensando que fosse uma bolinha

de lã, lançou-se sobre o pintinho para brin-car um pouco, como costumava fazer com osnovelos de "tricot" que tinha a dona da casa.

Bem depressa deu conta do seu enganaAquilo que lhe parecera um novelo era um

0 CATO,A GALINHA

CAIOlaJ

pintinho que, vendo-o aproximar-se, assustou-se efez :

— Piu, piu, piu...Então o gato chegou-se carinhosamente, acari-

ciou-o com a patinha tendo o cuidado de antes (p-conder as unhas para não machucar aqueie lindopintinho.

Pouco depois o cão já se havia inteirado de quena casa havia um novo inquilino e apressou-se a su-bir até a sala para vê-lo e çumprimentá-lo. Lá, nin-guem encontrou e então desceu até o fundo do quin-tal, onde viu o gato olhando muito curioso aquiloque a êle tamebm pareceu um novelo de lã amarela.Com inveja do brinquedo do gato, correu para tira-lo, mas quando ouviu o pintinho dizer:

— Piu, piu — parou assombrado e, apressando-se por fazer-se amigo, convidou • o pintinho parabrincar.

Os três: cão, gato, e o pintinho passaram o resto

do dia brincando. Enquanto o pintinho fin-gia que bicava cs c"ois, o gato dava pulos como sefosse uma bola de borracha e o cão corria e fingiaque caía no chão, o que dava grande alegria ao pin-tinho.

O pintinho fez com que o gato e o cão se tor-

nassem amigos e estes se con-venceram de bom grado, trans-formando-se em bons compa-nheiros. Agora o cachorro já dei-xava o gato brincar com sua co-leira.

E assim os três animais cfes-ceram juntos.

fi o fim de alguns meses o pin-tinho tornou-se uma linda

galinha, mãe de outros pintinhosque também pareciam com lin-dos novelos de lã amarela.

Uma manhã de chuva torren-ciai o galinheiro inundou e gali-fcha com sua ninhada estava emtempo de morrer. Para salvarseus filhinhos ela os foi levando

üm a um pelo pescoço até um caixão vasio, quehavia na parte mais alta do galinheiro.

Ç\ gato viu os seus apuros, porém como tinhamuito medo dê agua, nada podia fazer.Pensou,, penfou e resolveu contar tudo ao

cão, o que acreditou ser inútil porque seu amigotornara-se pouco comunicativo e não queriaabandonar nunca o seu posto de guarda ao ladoda porta da rua.

Entretanto, quando o gato o pôs ao corren-te do que acontecia, o cão, como bom nadadoratirou-se à agua, agarrou uma tábua e colocouuma ponta no caixão e a outra em terra firme,como uma ponte, e assim se salvaram todos, o^e se passou com muita felicidade, sem queftenhum caisse na agua.

A galinha não perdeu tempo e todos desce-ram a terra apressandc-se os pintinhos em es-

^f " ¦ ¦*

conde-se sob as asas de sua mãe, enquanto o cão, satis-

feito por haver cumprido seu dever, voltava a seu posto

e o gato lambia carinhosamente cfi pintos para seca-

los e aquecê-los. E a galinha tão agradecida ficou ao

cão, que quando este estava dormindo ao sol, fazendo

a sesta ela ia com seus pintinhos e enquanto ela lhe

catava a cabeça suavemente, acariciando-o, os pinti-nhos subiani sobre seu lombo e ali ficavam quietos,bem quietinhos sem aborrecer o bom amigo que os ti-

nha livrado de uma morte certa. E quando traziam o

grande prato com a comida, o cão deixava os pintos se

chegarem e provarem algum grão de aveia, arroz ou

lentilhas, o que parecia um delicioso manjar para eles.

38

X_^ "~~~ ^H lá. >m<: "J fC^v ^Ê Wmmmm I i » Yv

Tradução de M. M. EMEO TICO-TICO

¦ —W-70- IWr-*SSTEMURO~194t>

SETEMBRO—194S O TICO-TICO 39

Page 35: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

D/ã_ BICH&R/aD&

|k ^wM Pechincha resolveu ter In- li L^SClQcJ ' iC * -^

2Ç%i ''^l/ "**" 1_ ArrBnJ°u pólvora, queroze-B T y[ \_S 1

<í*\ ?\T-H ^" f^par. inventar uma... í 1^. í ...bomb, que del»S5. a t.lÍ

f > ^y/j Vfr*" Jr~~§ ^¦¦¦¦¦¦¦--------¦¦L ^* j£~ »iT /ír^^- -«mlc- •» ehlnelo. Mtrtu-1^sV *X7 XW _/ ~^"Sft^ J^iSr/f/i JS. _W.. MU tudo muito bem, aeoi»" I

^ yyym*^^ifar \ ^» &>liwJ*' r ^í deu ° r'ttí,h' * ?*•" Bi

„_I.pro.ta tratou do por^o ^ 7\/\ ÍS^»»** V**-~2fe•o froteo saltando a corca... § <Xj^

^ ( 1 L $ ^J^.O arome farpado, porím, | C^S\ j T^f- <^/^>//j\

^^_^^m**\___[__ MT ^ JB CS ...pelas calças, que o grandefl^^a%%M ftk *

M__f Vf Inventor não poude fugir ¦^^^^L ^^ C^FvV* /& ^i/^ v' e ,oi p*'0* ares tom bom" fi

ÂrviV li \, Vi ' •" ^\ J/L S~ jf^V m^P p*rece 1"e ° Pechincha nio I

f/ 17 >w X. ^ "ÍV >ir' ÍJ_£ ^"^V gostou muito daquilo lá I

// ^*^ÍL VdF^^^JJl^sRr*"* J _r t>or c,ma> pois jurou m- -I

^N^*V_ "'iV^ffH a ^^^ —7^ ** ma'* •""•"tar coisa p|> ¦

40 O TICOrTIÇp SETEMBRO—1946 •

Page 36: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

PRODUÇÃO do BRASILoo&

11 REGIAO-NOR E Prof.'ANY BELLAGAMBA

Guaraná. +Fumo ?Pesca oGado ?Ouro.... a,

LEGENDA: | IBorracha 1}Madeiras 1, 42_fT\ff! *____p l)y\Casíanha \ \WrW Ibx Aoryio iCacau "i Í-T^*1* /

(f—'~~j;f ' Ip^"^- BORRACHA ^'^^^^^^

~^y^ "^ \ R,°4 ) ^—^^^AMAPA? CASTANHA—"^ _^ ^BRANCQAc^ XAMMh7yMADEIRAS ^^bV^J " • \£&$/~l

y'•¦ - .y\ - "A // __¦¦_*¦''__¦'__«-_¦_'._.¦_- -i /• P A R A -_» _y/ .1 AMAZONAS ^r

^_^J ¦ * • / • ]

4~_._ ./W-AJ^—!_/FUMO C—^ \ ^i\ GUARANÁ'

PEIXE BOI VITORIA REGIA9*mmmmÊ^m^mm^mmÊKÊ—^maÊmm^Êm—^^m^my.^, i .w-___.i «-¦««_. ¦¦ ' wu._*¦*-*>-_*«-*__-- _____._=__. i ¦ rnii-i ¦¦__¦______¦__¦-¦_____¦__¦¦ __ ¦¦¦_. i_^ii_H*_a____m_j_u _—___—

SETEMBRO—194S O flCO-TtvO fl

Page 37: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

NOÇÕES DE

GEOGRAFIA. ECONÔMICA1. REGIÃO: NORTE

PRODUÇÃO VEGETAL

BORRACHA -¦* As árvores que produzem

borracha são: seringueira, maniçoba,mangueira e cáucho.

É a principal a seringueira, encontradaem grandes florestas espalhadas par toda aregião, sobretudo no sul do Amazonas e Acre.

MADEIRAS — A região é integralmente

coberta de imensas florestas onde crês-cem excelentes madeiras, próprias para qual-quer fim industrial, destacando-se entre elas:cedro, ipê, massaranduba, bacurí, sucupira,pau marfim, cumaru, jequitibá, etc...

CASTANHA DO PARA — Assim chamada

em virtude de ser exportada principal-mente por este Estado, a castanha abunda emtodo o território norte, com especialidade noAmazonas.

CACAU — A região constitue o segundo

centro produtor de caucau do país. É en-contrado no Pará e no Amazonas. Seus prin-cipais derivados são: chocolate e manteiga decacau.

GUARANÁ — O guaranazeiro existe em

toda a região, principalmente no Ama-zonas. Depois de preparado produz bom re-fresco considerado como verdadeiro elixir delonga vida.

FUMO — Existe em quantidade regular

em toda região.Ao sul de Belém existem qualidades ex-

celentes e muito apreciadas no sul do país.

OUTRAS PRODUÇÕES — Existem tam-

bem, na região norte, lavouras de café,cana, algodão, feijão, milho, mandioca, ar-

roz, etc. e grande quantidade de plantas me-dicinais, tais como salsapan ilha, ipeca-cuanha, etc...

PARTICULARIDADE — Na bacia Amazô-

nica encontra-se uma das mais famosasplantas aquáticas, a Vitória Regia, ou mu-rurú, como diz nosso caboclo; suas flores sãobrancas pela manhã, roseas à tarde, e escuras

à noite.

PRODUÇÃO ANIMAL

PESCA — É uma das grandes riquezas da

região, sendo o rio Amazonas o mais pis-coso do mundo e contando cerca de 1800 es-pécies de peixes, destacando-se o pirarucu eo peixe-boi.

GADO BOVINO — É ativa a criação de

gado, principalmente no Pará, onde omaior centro criador está na ilha de Marajó.O território de Rio Branco possue ótimoscampos de pastagens, havendo, já grandedesenvolvimento na produção de bovinos.

PRODUÇÃO MINERAL

A região é rica em ouro, cristais e pedraspreciosas, chumbo, manganês, enxofre,

etc. ^Essas riquesas ainda estão por explorar,

com exceção do ouro, cuja extração é proce-dida nos territórios de Amapá e Rio Branco eem menor escala no sul do Amazonas.

42 O TICC-TICO SETEMBRO—1946

Page 38: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

re.^

yj

Gula cutáJMomsK

ÁLBUM N.* 4

ZàS dificuldades na escolha das variadas/^ peças para um enxoval de noiva, de-saparecem diante deste álbum desenhadocom o máximo capricho. Tudo quanto in-teressa ao enxoval da mais exigente noivaêle apresenta com minuciosas explicaçõespara a execução.44 páginas com uma capa muito sugestiva.

CrS 15.00

^ãÊ^à\^>amtve mESfí

ÁLBUM N.- 4

GRANDE EDIÇÃO XO FORMATO DEARTE DE BORDAR

UMA preciosa Cuk-çfio de trabalhos para cama e mesa,

resapootsi dc guaniições com o** mais modernos dewnhos.iirigi uai issimos modelos em aplicação, ponto cheio, pontosombra c crivo. Toalha* para jantar e para cná. Mimowrviçot* estUo americano jnjamrcidos de

¦ tiiados a eòresou brancos. Todosni ir-. nlio.i são na medida da execução.

Crí Í5.00

JÇ' <yJr^ 1

»>ww<w>>W¥»<a»>aw»<a*»»M»v><ww>'^|a*»>ji»¥><¥W»<>»¥>»w^

Vjous** de.MONOGRfiMÂSARTÍSTICOS

ÁLBUM N.° 1

MONOGRAMAS para todos os fins nos estilos

mais preferidos, e letras para fazer as maiscaprichosas combinaçõesO maior e mais completo álbum de monogramas quejá se publicou e o mais perfeito em gosto e variedadesUma preciosa coleção que, durante anos, serásempre nova.Álbum em grande formato, com 44 páginas, capalindamente colorida.

CrS 15,00

**l*l-.V.-.-.-.*.*.-.*l*L II-"" ** **'

é% a*» — aa».

/es*

áSf ^CSJ*-*--'LençóisAkfisncos

ÁLBUM N.° 1

A A páglnaj coloridas com os~~ mais distintos • artísticos

desenhos especiais, para lençóols• fronhas.

Uma coleção primorosa, todaoriginal, para senhoras muitoexigentes.

Um álbum verdadeiramentedeslumbrante 1

Cr$ 20.00

tir í^è_f^^—

^a1Aá.af'»uu«aiáiu.»m>iiia.>..>aa.uaa.a»uHi

.« .«"• ¦ ' '.§' e • : •'.'•¦ ':!:' v*': -' (.*':¦¦•* ¦ ma!tam''mmmy- "••ia'- s~»i»~ "••¦" "•••" ¦".. ¦'-•" ¦"«»•»«• • ••«• •••¦¦ .......... ..... ••••• <*¦•• aai= . • ¦¦à!!.Mãuuãn(aiiaaa«MHia.Maun..aa»...u».i»a'•:.;¦ -• -• V»

•«•? ¦]•¦¦¦_•-

nwnj "-• ¦•»-: -,«..:¦irv.!«M*I -F

. -m ¦ ¦

IAÍOVOPONTO

m m. mm» í:-*l::::•a a i

::::•••*~¦¦•¦>• ••••• ••••¦••ata*• •••*••••••

ÍSfe

,a. a-At •••i :..:»¦ ¦ ¦

fWÍ. ¦!*i;: •- ¦ ••i* r:. . »•»¦

Ép*-

A L B U M N." 3

UM novo álbum apresentado, com as cores

próprias, uma Interessantíssima variedadesde trabalhos paneaux, tapetes, gu.irnições,aplicações, etc. - - desenhos originais e namedida da execução.

Desenhos primorosos, em um álbum domais belo colorido.

CrS 12.CO

:::.:• ¦•1míi r

•••Hja^imimiiivi:

Íé^L>-c''1Bl\1

inqeneÁLBUM N.° 4

MAIS um novo álbum

repleto de finíssimostrabalhos, para os mais va-rlados fins -Camisas dodormir - "pegnoirs" - com-blnações - blusas - "liseu-ses" - camisolas - guarnições- aplicações - e um mundode pequenos trabalhos,sempre oportunos.Desenhos delicadíssimos, to-dos na medida da execução.

Cr $ 15,00

m estes álbuns são editados pela Biblioteca de "Arte de Bordar . Faça seuI

pedido acompanhado da respectiva importância. Aceitamos encomendas peloserviço de reembolso postal. — Pedidos ã S. A. MALHO — Rua Senador Dantas,15-5.* and. Caixa Postal, 880—Rio —Á venda nas livrarias.

Page 39: O TICO-TICOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1946_01930.pdfplantamos uma árvore com a ambição e egoismo de cobiçar-lhe os frutos: plantâmo-la pela alegria de plantar e alguém

AVENTURAS DE CHIQUINHO

Chiquinho como sempre, quando quer pegarsuas peças nos outros não deixa de contar como concurso do Benjamin. Noutro dia.toi à casado sêo Pantaleão, que era...

... tido como um valente caçador de feras, edisse-lhe que ali por perto havia aparecido uniurso branco. S«io Pantaleão, coitado, que nãoera muito esperto, logo...

... acreditou, e Chiquinho, com a pele de ursoque servia de tapete na sala dc visitas de suacasa, camuflou o moleque dircitinho. Benja-min metido na pele de urso, meteu-se...

ii—n 11 "

... atraz de uns arbustos, e quando sêo Pan-taleão se aproximou, armado de espingarda,soltou um grande berro, pregando no homemum formidável susto. Aconteceu...

depois, que o Benjamin, sem poder livrar-seda pele que vestia, desatou a correr pelas ruas,espantando todos que encontrava no seu ca-minho. Foi um verdadeiro pânico 1

E o moleque tinha razão, pois atrás de si,também em desabalada carreira, vinha umgrande urso de verdade , que havia fugido deum circo das redondezas.

Dc repente, o moleque se atrapalhou com apele, embrulhou as pernas é caiu no chão. Ourso, mais que depressa, caiu-lhe em cima,mas em vez de mordê-lo, só fazia afagar-lhea cabeça com a lingua.

Chiquinho, vendo aquilo, teve medo e saiucorrendo em busca de auxilio, voltando poucodepois acompanhado do Jagunço e do doma-dor de feras, correndo mais do que locomoti-vas. Ainda desta...

... vez, tiveram sorte com mais esta brinca-deira, pois o urso era muito manso e brinca-lhão. Chiquinho, porém, prometeu a si mes-mo não pregar peças aos outros, principalmenteàs pessoas mais velhas.

GRÁFICA. PIMENTA DE MELLO-RIO