o sonho quase impossível (e o realizado) da casa própria · gorayeb, francisco a. de vasconcellos...

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1 Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004 Separata da Revista Conjuntura Econômica Proibida a venda Construtoras, O que esperar da nova Cofins? Construtoras, O que esperar da nova Cofins? Ano 2 Número 1 Março de 2004 Ano 2 Número 1 Março de 2004 Crédito habitacional: o sonho quase impossível (e o realizado) da casa própria Crédito habitacional: o sonho quase impossível (e o realizado) da casa própria Avaliação de risco e investimentos em locações comerciais

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1Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

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Construtoras,O que esperarda nova Cofins?

Construtoras,O que esperarda nova Cofins?

Ano 2 Número 1 Março de 2004Ano 2 Número 1 Março de 2004

Crédito habitacional:o sonho quase impossível

(e o realizado) da casa própria

Crédito habitacional:o sonho quase impossível

(e o realizado) da casa própria

Avaliação de riscoe investimentos em

locações comerciais

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Presidente: Artur Quaresma FilhoVice-presidente financeiro: Sérgio Tiaki WatanabeVice-presidentes: Cedric Poli Veneziani, Eduardo May Zaidan, EduardoGorayeb, Francisco A. de Vasconcellos Neto, Iskandar Aude, João CláudioRobusti, João de Souza Coelho Filho, José Romeu Ferraz Neto, Luiz AntonioMessias, Manuel Tavares da Silva Filho, Maristela Alves Lima Honda, Miguelda Silva Sastre.Diretores regionais: Adilson César Justo, Antonio Petillo, Delfino PaivaTeixeira de Freitas, Hilton Hugo da Silva Fabbri, João Batista de Azevedo,João Carlos Domingues da Fonseca, Norton Guimarães de Carvalho, RalphRibeiro Junior.SindusCon-SP: Rua Dona Veridiana 55, São Paulo - SP, 012338-010,Tel.:(11) 3334 5642, Fax: (11) 3224 0566 R. 306, www.sindusconsp.com.br

Instituição de caráter técnico-científico, educativo efilantrópico, criada em 20 de dezembro de 1944, comopessoa jurídica de direito privado, tem por finalidadeatuar no âmbito das Ciências Sociais, particularmenteEconomia e Administração, bem como contribuir paraa proteção ambiental e o desenvolvimento sustentável.

Sede: Praia de Botafogo 190, Rio de Janeiro - RJ, CEP 22253-900 ou CaixaPostal 62.591 - CEP 22257-970, Tel.: (21) 2559 6000.Primeiro Presidente e Fundador: Luiz Simões LopesPresidente: Carlos Ivan Simonsen LealVice-Presidentes: Francisco Oswaldo Neves Dornelles, Manoel FernandoThompson Motta, Marcos Cintra Cavalcanti de AlbuquerqueDiretor-Geral: José Affonso Fausto BarbosaDiretor de Operações - SP: Prof. Francisco S. MazzuccaConselho Diretor:Presidente: Carlos Ivan Simonsen LealVice-Presidentes: Francisco Oswaldo Neves Dornelles, Manoel FernandoThompson Motta, Marcos Cintra Cavalcanti de AlbuquerqueVogais: Armando Klabin, Carlos Alberto Pires de Carvalho e Albuquerque,Ernane Galvêas, José Luiz Miranda, Manoel Pio Corrêa Jr., MarcílioMarques Moreira, Roberto Paulo Cezar de Andrade, Sérgio FranklinQuintellaSuplentes: Alfredo Américo de Souza Rangel, Cristiano Buarque FrancoNeto, Eduardo Vianna, Félix de Bulhões, Geraldo José Carbone, José JúlioSenna, Lindolpho de Carvalho Dias, Maria Silvia Bastos Marques, NestorJostConselho Curador:Presidente: Carlos Alberto Lenz César ProtásioVice-Presidente: Klabin Irmãos & Cia (Pedro José da Matta Machado)Vogais: Alexandre Koch Torres de Assis, Antonio Monteiro de Castro Filho(Souza Cruz S/A), Carlos Moacyr Gomes de Almeida, Diogo Lordello deMello, Edmundo Penna Barbosa da Silva, Pedro Grossi Júnior (Estado daBahia), Heitor Chagas de Oliveira, Luis Eduardo Alves de Assis (Banco CCFBrasil S.A), Jorge Gerdau Johannpeter (Gerdau S.A), Lázaro de MelloBrandão (Banco Bradesco S.A), Lídio Duarte (Instituto de Resseguros doBrasil - IRB), Luiz Chor (Chozil Engenharia Ltda), Marcelo Serfaty, MauroSalles (Salles DMB&B Publicidade S/A), Luiz Tavares Pereira Filho(Sindicato das Empresas de Seguros Privados e Capitalização do Rio deJaneiro), Ricardo Malfitano (S.A White Martins), Sérgio Ribeiro da CostaWerlang, Tácito Naves Sanglard (Associação de Bancos do Estado de SãoPaulo)Suplentes: Fernando Roberto Moreira Salles (Unibanco - União de BancosBrasileiros S.A), Gilberto Duarte Prado, Oscar Augusto de Camargo Filho(Caemi Mineração e Metalurgia S.A), João Pedro Gouvêa Vieira Filho(Refinaria de Petróleo Ipiranga S.A), Luiz Roberto do Nascimento Silva,Marcio João de Andrade Fortes, Ney Coe de Oliveira, Patrick de LarragoitiLucas (Sul América Companhia Nacional de Seguros), Paulo Mário Freire(Universal Comércio e Empreendimentos Ltda), Pedro Henrique Mariani

Em tempos de expectativa de retomada do crescimento, é naturalque ressurja o interesse em tudo relacionado ao financiamento.Para o setor da construção, vítima de três anos de encolhimento, ocrédito é mais do que vital. Na agenda das políticas sociais, acarência de moradia para as populações de baixa renda está entreas questões mais urgentes. Sem crédito e sem uma políticahabitacional articulada, corremos o risco de ver a solução desseproblema adiada.Conjuntura da Construção procurou, na presente edição, ampliar odebate sobre o financiamento da habitação, através das entrevistascom o Secretário Nacional de Habitação Jorge Hereda e com Luizde Toledo, vice-presidente da Fannie Mae, principal agência desecuritização norte-americana. O artigo “O longo caminho para oresgate do crédito perdido” mostra a preocupante tendênciahistórica de queda dos empréstimos habitacionais no país.Mas há esperança no ar: do governo vieram medidas que devemresultar em quase R$ 3 bilhões para a construção civil, o Ministériodas Cidades prepara um grande plano nacional para a moradia, osempresários do setor trabalham com expectativas de melhora.Estaremos acompanhando e discutindo!

Conjuntura da Construção é uma publicaçãotrimestral conjunta do SindusCon-SP e da FGV.É permitida a reprodução total ou parcial dapublicação.

Diretor da FGV-EESP: Yoshiaki NakanoDiretor do FGV-IBRE: Antonio Carlos Pôrto GonçalvesDiretor da FGV-EAESP: Fernando S. MeirellesEditores: Ana Maria Castelo, Maria Antonieta Del Tedesco Lins,Fernando GarciaColaboraram nesta edição: André C Michelin, Denise Inoue,Euclides Pedrozo Jr., Fernanda Brollo, Gabriel Gava, RogérioCésar de Souza, Sérgio BandeiraFotolitos e impressão: Ediouro Publicações S.A.Foto da Capa: Gerardo Lazzari.Publicidade: Contato comercial: Ana Maria Castelo, Tel.: (11) 3281 3295,Fax: (11) 3262 3708 e 3281 7891, e-mail: [email protected] Paulista 548 - 9º andar, São Paulo - SP, 01310-000, Tel.:(11) 3281 7784/ 7785 / 7885, Fax:(11) 3281 7891, e-mail: [email protected]

3 Editorial

4 Entrevista Jorge Hereda

6 Entrevista Luiz de Toledo

8 Artigo O longo caminho para oresgate do crédito perdido

10 Artigo O Mercado de Edifícios de Escritóriospara Locação em São Paulo.

12 Economia Opinião pública, mercados e políticaeconômica

14 Construção O Cenário começa a mudar

16 Artigo O impacto da Cofins na construção

18 Sondagem Conjuntural

20 Indicadores da Construção

Sum

ário

EditorialEditorial

4 Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 20044

Jorge HeredaSecretário Nacional de Habitação,Ministério das Cidades

Durante o anúncio da reforma ministerial em janeiro de 2004, o governo aproveitou para reiterar o espaçocentral dedicado à política social no conjunto das ações públicas. O problema do acesso à moradia pelascamadas menos favorecidas da sociedade brasileira segue tendo um status de desafio. É difícil chegar a essesgrupos sociais, os recursos continuam escassos e o desenho final da política de habitação ainda é desconhecidopela maioria da sociedade. A entrevista com Jorge Hereda procurou contribuir para a disseminação destedebate no país.

Que retrato que o Sr. faria da situação habitacionaldo país?Estimativas da Fundação João Pinheiro apontam paraum déficit habitacional de 6,6 milhões de unidades,sendo 1,3 milhão no campo e 5,3 milhões nas cidades.O déficit é, portanto, urbano e concentrado napopulação das camadas de renda mais baixa. Asfamílias atingidas pelo déficit têm, em 84% dos casos,renda de até 3 salários mínimos. 52% são famíliascom renda de até 5 salários mínimos.Como se vê, a carência de moradia atinge uma faixada população que não tem como tomar recursosonerosos. E os recursos que nós temos para aplicarna política habitacional são, em sua maioria, recursosonerosos.O grande desafio é fazer com que os recursos cheguemna faixa de renda que mais precisa.Historicamente, 67% dos recursos para habitação têmsido concedidos a famílias com renda maior do que 5salários mínimos.Além disso, existe uma parcela da classe média quenão tem alternativa nenhuma. Nem tem a alternativado FGTS, por disputar com outros grupos da classemédia de renda mais baixa os recursos do Fundo, nemconsegue aceder ao financiamento de outra maneira.Uma outra questão que, a meu ver, também épreocupante é o fato de que o mercado formal deconstrução também é muito pequeno. 70% do que seproduz é à margem do mercado formal. O que se tem,então, é uma pressão das classes de renda média, quepoderiam contrair outros financiamentos, por recursosdo Fundo de Garantia e os outros que nós desejaríamosque chegassem aos grupos menos favorecidos.Conhecendo essa situação, o que o governo tem

em mente?Diante desse quadro, a política do governo apontapara fazer os recursos disponíveis chegarem até essapopulação mais carente, a mais exposta ao déficit.Para isso, é necessário que se tenha uma política desubsídio e de aval que garanta a essa população oacesso aos recursos e, ao mesmo tempo, que sejamampliadas as alternativas de financiamentodirecionadas à classe média, de forma a liberar osrecursos.O mercado de títulos de securitização e todos osinstrumentos direcionados ao financiamentohabitacional das classes médias são muito importantestambém. Esse mercado é um instrumentocomplementar da política habitacional para os gruposde renda inferior.Prioridades do governo para o ano de 2004 são aprodução de habitação e urbanização em regiõesmetropolitanas e a ampliação do mercado formal dahabitação.Existe alguma intenção no governo de quefinanciamentos por meio da securitização possamvir a atender às camadas de renda mais baixa?Esse tipo de financiamento se adequa melhor, numprimeiro momento, às classes médias. Com isso,evidentemente, poderiam ser liberados recursos doFGTS hoje disputados por essas faixas de renda maisalta.Posteriormente, pensamos que seria possível tambémdestinar essa modalidade de financiamento aos gruposmenos favorecidos por meio de parcerias público-privadas. Com a participação do governo, os recursosdo Sistema Financeiro Imobiliário poderiam chegarnas faixas de renda mais baixas.

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EntrevistaEntrevista

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5Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004 5

Quais são as prioridades do Ministério?Definimos cinco grandes ações: a produção dehabitações de interesse social nas 11 metrópoles;urbanização de favelas; ampliação do mercado formalde habitação; definição do marco regulatório dosaneamento; e redução da tarifa do transporte coletivourbano nas metrópoles.Existem muitos planos para habitação, como porexemplo o Projeto Moradia do PT e o SBH daCBIC. O que falta para termos uma políticahabitacional para a baixa renda no país?No ano passado, nós nos dedicamos a estabelecermetas com relação aos recursos disponíveis.Tentamos, com ações de gestão, fazer com que osrecursos fossem melhor usados, revimos programas.Fizemos um esforço grande, conseguimos melhoraralguns programas.Tome-se o Programa de Arrendamento Residencial –PAR, já conseguimos chegar a grupos de renda de 4salários mínimos; antes só conseguíamos atingirgrupos de 6 salários mínimos. Já financiamos maishabitação nova do que as usadas. O PSH conseguiuatingir grupos de renda ainda mais baixa, nesse casopor meio de subsídio habitacional para a faixa de rendade 3 salários mínimos. Em paralelo, foi realizada, nosegundo semestre de 2003, a Conferência das Cidades,com a participação de 3.400 municípios no país,quando se discutiu a política de desenvolvimentourbano e as diretrizes da política de habitação,saneamento e transporte. A questão da participaçãoda sociedade é, para nós, um aspecto fundamental.Estamos agora em fase de preparação para que, emmarço, sejam levadas a público as bases da novapolítica de habitação e de um novo sistema nacional

de habitação, que estásendo implantado e peloqual se define o papel deestados, municípios,União e iniciativaprivada. Isso é crucial,pois existem recursosdispersos nos diferentesníveis de governo queprecisam sercompa t ib i l i zados ,somados e otimizadospara que se consigaresolver problemasconcretos.

2004 será um ano de transição para a nova política.Estamos revendo as normativas do Fundo de Garantia,para discutir, inclusive, a política de subsídios doFundo, o que deverá envolver a criação de um fundode aval para permitir que a faixa de renda atendidacaia.No final do ano, nós deveremos ter definido emandado para o Congresso a nova política.É possível a CEF conciliar o papel de banco sociale comercial?De fato, aí temos um problema, pois não podemosesquecer que a CEF é um banco que tem de obedeceras diretrizes do acordo de Basiléia. A solução paraessa questão deve vir com a criação de um fundo deaval, o qual permitirá que o crédito possa chegar àsfaixas de renda mais baixas. De todo modo, para essesgrupos, o crédito deve estar associado ao subsidio.Há também propostas de que o crédito destine-seà produção de moradias e não à aquisição. Comoo Ministério vê essa alternativa?O Ministério das Cidades criou uma instruçãonormativa, no ano passado, com objetivo de direcionara aplicação de 50% dos recursos do FGTS paraimóveis novos (a aplicação foi de 40% em 2002),visando ao aumento do número de habitações e àgeração de emprego e 50% para imóveis usados.Programas como o PAR, os quais apresentavamconcentração nas faixas de 5 a 6 salários mínimos,tiveram o direcionamento de 40% dos seus recursospara a faixa de renda de quatro salários mínimos,possibilitando maior demanda. Os investimentos em2003 totalizaram R$ 1,116 bilhões, 94% a mais doque a média dos últimos três anos. Desde o anopassado, foi criado um grupo, com representantes dogoverno federal e de entidades do setor da construçãocivil e do sistema financeiro, para a definição dediretrizes para a ampliação do mercado formal dehabitação. O objetivo é aumentar a oferta de moradiapara a classe média. Estudos indicam que o mercadoprivado responde somente a 30% do que é produzidono país.O que podemos esperar ainda para 2004? Para 2004, anunciamos a destinação de R$ 7,4 bilhõessó para habitação, sendo parte substantiva financiadapor recursos do FGTS e da Caixa.

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Hereda: Maior preocupaçãoé atender grupos de baixa renda

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Como funciona o sistema imobiliário americano?Primeiramente, é preciso distinguir o financiamentoresidencial do comercial. Nós vamos falar dofinanciamento residencial, que é baseado no sistemahipotecário. O processo se inicia quando o futuroproprietário e pretendente ao financiamento escolheuma instituição financeira para solicitar umempréstimo. Essa escolha pode até ser feita viainternet. Nessa fase, ele terá seu contrato pré-aprovadoem poucos minutos, preenchendo um documentopadrão, que já lhe permite conhecer o valor doempréstimo que será disponibilizado. Esse documentogarante o compromisso do agente de emprestar o valorpré-aprovado, mas não obriga o pretendente a tomaro empréstimo. A partir daí, o pretendente irá escolheruma casa de valor compatível com o crédito pré-aprovado. O passo seguinte será fechar o contrato decompra, o que é feito quase simultaneamente aofechamento da hipoteca. É importante mencionar que,antes de assinar a hipoteca, o pretendente deveescolher o tipo de hipoteca, ou seja, se com taxasvariáveis ou fixas. 90% dos americanos preferem ahipoteca com taxa fixa, pois, em caso de queda nataxa de juros, eles podem refinanciar o empréstimo.Em geral, os financiamentos são para um período de30 anos. É claro que no fechamento do empréstimohá algumas etapas mais burocráticas, que envolvemdesde uma entrevista com o agente financeiro até aescolha do agente segurador da operação.O que acontece se o cidadão não pagar a hipoteca?Esse é um ponto importante em todo o processo. Aofechar o contrato, o pretendente assina um documentoonde confirma seu total conhecimento de todas ascláusulas e de suas implicações. Assim, depois de 60a 90 dias de inadimplência, começa o processo jurídicode retomada. A duração depende muito da região dopaís, mas em geral, não chega a um ano.

O que garante a disponibilidade de recursos parao financiamento de habitações?O sistema existente hoje é resultado de umamadurecimento de muitos anos. Mas, nem semprefoi assim. Logo após a grande depressão, houve umagrande escassez de recursos e o governo foi obrigadoa intervir. A Fannie Mae foi criada pelo governo nesseperíodo (em 1938) para garantir a compra de hipotecasdos agentes emissores. Atualmente, o bomfuncionamento do sistema é resultado de muitasconquistas, mas, sem dúvida, a securitização dashipotecas e o fortalecimento do mercado secundárioforam determinantes para a ampla disponibilidade derecursos que existe hoje.Como se dá a securitização?Uma vez completada a operação de emissão dahipoteca, o agente emissor pode: (i) mantê-la emcarteira, ficando com a gestão do crédito; (ii) fazer

Luiz de ToledoVice-presidente da Fannie Mae

É sabido que o crédito desempenha um papel central nas atividades econômicas norte-americanas. O setorhabitacional não foge a este padrão. O mercado de hipotecas residenciais nos EUA é de cerca 7 milhões deunidades/ano, e a Fannie Mae é uma das principais agências securitizadoras do país. O brasileiro Luiz deToledo nos fala da experiência americana e os caminhos a serem perseguidos para o fortalecimento domercado secundário.

Toledo: O sonho americano da casa própria percorreuum longo caminho até os dias de hoje

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EntrevistaEntrevista

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um swap com as agências securitizadoras, passandopara elas o risco de crédito, mas ficando com o riscode mudança na taxa de juros ou; iii) vendê-la nomercado secundário (essa opção representa 90% dototal). O processo de securitização ocorre quando ahipoteca é utilizada como garantia de um título.Quem são essas instituições que adquirem essashipotecas?Podem ser instituições financeiras particulares comoo JP Morgan, por exemplo, agências GSE(Government Sponsored Entreprises), que sãoinstituições privadas, mas reguladas pelo governo, ouagências governamentais como a Ginnie Mae. As GSEtêm um papel muito importante no processo desecuritização. Elas possuem algumas facilidadestributárias, mas, em compensação, têm que cumprirdeterminadas metas estipuladas pelo governo. Porexemplo, o governo determina que um percentual dosempréstimos deve ser concedido em áreas com rendaabaixo da média do país. Essas agências não podemtrabalhar fora dos EUA. A Fannie Mae e a FreddieMae (GSE’s) são as maiores agências do mercado.Elas compram as hipotecas e as securitizam,transformando-as em títulos. Fannie Mae é o nomecomum da Federal National Mortgage Association,que, como mencionamos, foi criada pelo governo paragarantir a compra de hipotecas. Em 1968 ela foitornada sociedade anônima privada e transformou-seem uma GSE. Atualmente ela é responsável por 52%das operações de securitização habitacional queocorrem nos EUA.Quantas unidades são financiadas a cada ano nosEUA?Antes de tudo, é importante destacar que não estamosfalando do financiamento à produção, o que édiferente, pois envolve outros riscos. A Fannie Maeestá apenas no mercado de habitações novas ou não,mas já construídas. Os números disponíveis indicamo surgimento de 1,5 milhão de casas novas a cadaano. A revenda de casas já existentes envolve 5,5milhões de habitações, o que nos dá um mercado dehipotecas de 7 milhões a cada ano. Em termos derecursos, se incluirmos o mercado de refinanciamentode hipotecas (que ocorre, principalmente, por contada queda da taxa de juros), o crédito concedidosignificou, no ano de 2003, US$ 3,3 trilhões.Existe algum tipo de subsídio ao mutuário nosistema americano? E a baixa renda, como éatendida?O subsídio existe, mas não é exclusivo para a baixa

renda. Na verdade ele toma a forma de uma deduçãono imposto de renda. A lei permite que os juros pagosnas hipotecas sejam abatidos na declaração do impostode renda. O limite para essa dedução é dado pelo valorda hipoteca. Atualmente, ele é de US$ 1 milhão.Quanto aos programas voltados para a baixa renda,sim, existem programas sociais. Mas nessesprogramas é o próprio governo quem faz ofinanciamento da hipoteca e fica com a hipoteca. Valemencionar um programa do governo federal querepassa recursos aos municípios para financiamentode habitações para a população de menor poderaquisitivo por meio de um “loan housing tax credit”.Esse crédito é repassado para as construtoras com ocompromisso de que de 30% a 40% dos imóveisconstruídos sejam destinados às famílias com menornível de renda. Os imóveis não são vendidos; é umsistema de locação social. Por sua vez, as construtorasvendem esse crédito para as agências de securitização,as quais o utilizam para abater do imposto devido porelas. É um sistema eficiente, que permite a cada anoàs empresas de construção conheceremantecipadamente o montante de recursos disponívele onde ele deve ser alocado.Como a experiência americana pode ajudar oBrasil?A experiência americana nos mostra a importânciada consolidação do mercado secundário. Essemercado forte traz muitos benefícios para o compradordo imóvel e para o investidor. Para o comprador, aprincipal vantagem é a ampliação do montante derecursos disponível e, em decorrência disso, umbarateamento das taxas de financiamento. Para oinvestidor, a grande vantagem é, ao mesmo tempo,aumentar a liquidez do investimento e diminuir o riscode crédito.Mas a principal lição que deve ser percebida é que háalguns pontos fundamentais a serem perseguidos paraque o sistema de securitização possa se fortalecer.Entre esses pontos, podemos destacar a necessidadede se ter: (i) um sistema legal/regulatório que garantao cumprimento dos contratos, e nesse sentido nãobasta ter a lei é preciso que o investidor tenha a garantiado cumprimento dela – esse aspecto é fundamentalno caso de retomada do imóvel; (ii) um sistematributário que não desestimule as operações entre osdiversos agentes envolvidos; (iii) a padronização doscontratos; e, por fim, (iv) um bom sistema deinformações.

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8 Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

O longo caminho para o resgatedo crédito perdido

O surgimento do Sistema Financeiro da Habitação– SFH, em 1964, deu-se no bojo de uma reformafinanceira mais ampla, a partir da qual foi instituídoum sistema financeiro complexo e especializado. Areforma buscou, também, permitir a superação dasrestrições à intermediação financeira, ao criar acorreção monetária e, assim, tornar mais atrativa apoupança financeira. O Banco Nacional da Habitação– BNH se tornou o órgão central do SFH, orientandoe disciplinando a habitação no País, propiciando aformação de uma rede de agentes financeirosespecializados na intermediação da captação derecursos junto ao público e investidores no setor dehabitações.

Os recursos para o financiamento imobiliário eramprovenientes de duas grandes fontes: as cadernetasde poupança, das quais exigiu-se a aplicaçãoautomática de parcela do saldo médio dos depósitosem financiamento habitacional, inicialmente de 70%;e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS– instrumento de poupança compulsória, com recursosdestinados à habitação, ao saneamento básico e à infra-estrutura urbana. A introdução da cláusula de correçãomonetária na totalidade dos contratos financeirosgarantiu que tanto o funding das operações definanciamento como os saldos devedores e prestaçõesfossem atualizados de acordo com a inflação.

Procedimentos adicionais para compatibilizar ativose passivos do SFH foram sendo criados ao longo dosanos 1970. A criação, em 1967, do Fundo deCompensação de Variações Salariais – FCVS,destinado a cobrir o saldo devedor remanescente aofinal do financiamento, buscou proteger os mutuáriose garantir um fluxo de pagamentos constante por todoo prazo do contrato.

Esse sistema, apropriado para as condiçõeseconômicas e financeiras da época, gerou um volumeimpressinante de fundos para o financiamento. Empoucos anos de operação, mais precisamente de 1965a 1976, a participação dos saldos de financiamentoshabitacionais no total dos empréstimos bancários(públicos e privados) para o setor privado, saltou dealgo em torno de 2% para mais de 20%. Note-se queessa participação manteve-se acima desse patamar atéfinais dos anos 90, como ilustra o gráfico.

A preocupação com o direcionamento dos recursosàs camadas de renda inferior consubstanciou-se nacriação de mecanismos que garantissem aprogressividade do sistema pela diferenciação de taxasde juros e pela concessão de subsídios do governofederal. A devida atenção com o chamado segmentode mercado também foi dada, ao se propiciar ofinanciamento tanto da aquisição de imóveis novos eusados quanto da produção de moradias.

O problema habitacional brasileiro é contemporâneo da formação da sociedade industrial e urbana no país.O crescimento das cidades nas primeiras décadas do século XX, ao mesmo tempo em que atendeu à demandapor mão-de-obra da jovem atividade manufatureira, trouxe à tona a tarefa de alojar essa população e criar ainfra-estrutura urbana necessária. Assim como o fez em todos os setores importantes da economia e dasociedade, o Estado brasileiro passou a intervir diretamente na construção e financiamento da habitaçãopopular a partir dos anos 1930, mas um sistema organizado de crédito só foi criado em meados dos anossessenta. O problema da moradia parecia equacionado, e o desenvolvimento habitacional viria no bojo docrescimento econômico acelerado do Brasil de então. Mas esse sistema, que chegou a atender mais de 70%da demanda por novas moradias, em 1980, hoje é incapaz de atender a 10% dela. Dele restaram passivos,déficits e uma enorme tarefa para futuro: resgatar o financiamento perdido nas últimas duas décadas.

Fernando Garcia, Fernanda Brollo e Maria Antonieta DelTedesco Lins

ArtigoArtigo

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9Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

Porém, a insuficiência da estrutura de financiamentohabitacional é caracterizadapela reversão dessatrajetória de meados dos anos 80 para cá. O sistemaque chegou a atender 70% do incremento anual dademanda por domicílios, hoje é incapaz de atender a10% dela (dados de 2003). O volume de crédito, quechegou a representar 57% do total de empréstimos aosetor privado, hoje está em patamar semelhante aodo de início dos anos 70. Não causa espanto que osetor da construção tenha passado por incríveissobressaltos e profunda regressão desde os anos 90,ou que tenha aumentado o número absoluto defamílias morando em habitações inadequadas, ou queo país não cresça como se espera, todas cenas damesma tragédia.

Esse fenômeno tem várias explicações, tais como:(i) a perda de dinamismo na geração de fundos,ocasionada pelas taxas de juros pouco atrativas dacaderneta de poupança e pela precarização dasrelações de trabalho, que comprometem a arrecadaçãodo FGTS; (ii) a instabilidade congênita do sistema,caracterizada pelo prazo de permanência incerto eexíguo dos depósitos nos fundos, e seu aspecto pró-cíclico; e (iii) a falta de canais de comunicação entreo SFH e os demais segmentos do mercado de capitais,derivada da legislação inapropriada ao fortalecimentodas instituições que garantem o adimplemento decontratos, e que impossibilita a utilização deinstrumentos de mercado secundário de títuloshipotecários.

É fácil compreender que as fragilidades inerentesao SFH seriam exacerbadas em qualquer cenário deaceleração inflacionária e queda da renda real. Issoaconteceu efetivamente a partir do aprofundamentoda instabilidade macroeconômica na década de 1980.E para piorar a situação, parte substantiva dos fundosnão voltou ao sistema nos prazos e valores previstos.Buscaram-se até mecanismos para contornar a crise,como a criação do Sistema Financeiro Imobiliário –SFI, em 1997. Mas o fato é que a estabilidade voltou,e o crédito não.

E tampouco podemos atribuir essa falta de créditotão-somente às elevadas taxas de juros, como se suaredução fosse per se restabelecer as condições para oinvestimento habitacional. As reformas são maisprofundas do que se imagina, muito embora ajustes eacomodações do atual sistema sejam sempre bem-vindos. Isso nos mostra a experiência internacional,como a do Chile, e nos revelam as tentativas deemendas empreendidas nos últimos anos. Partem darevisão das instituições e do marco regulatório dosetor. Passam pela modernização tecnológica eorganizacional do setor produtivo. E desembocam emduas ilhas que, em rigor, deveriam ser uma só: apolítica social e a de crédito habitacional. O objetivoparece consensual, mas distante; para ser atingido,requer que o longo caminho seja caminhado.

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10 Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

O Mercado de Edifícios de Escritóriospara Locação em São PauloO ciclo 2000-2003: da euforia à crise

Há duas raízes para discutir o assunto: (i) a formausada no Brasil para estruturar os meios deinvestimentos nesses negócios, que deixa lucros eriscos em mãos diferentes; e (ii) a decisão deinvestimento, que se apóia em modos primitivos degeração de informação, distorcendo a percepção derisco dos investidores.

No Brasil, na falta de financiamento, exigem-serecursos de capital próprio de investidores paraimplantar edifícios de escritórios para locação(EEL). Com essa evidência, os empreendedorespulverizam os edifícios em unidades (pavimentos eaté pequenos conjuntos) ou, por um expediente maismoderno, securitizam os edifícios, e os vendem antesde construir. Médios e grandes poupadores investemcom a expectativa de fazer reservas seguras de valore gerar fluxos de renda com um certo grau desustentação e homogeneidade.

Os empreendedores não tomam riscos vinculadoscom a exploração dos imóveis. Empreender significaimplantar para vender e o indicador da qualidade dessenegócio é a relação custo x preço, tanto melhor quantomaior for a velocidade de vendas antes de implantar.

Para os poupadores, a qualidade do investimentoestá associada à geração do fluxo da renda. Mas, emgeral: (i) os investidores estão despreparados paraentender que é o fluxo da renda que protege a maiorparte do investimento e não a manutenção do valorde mercado da propriedade; (ii) não há informaçõestransparentes no mercado para ser possível reconhecero grau de competitividade de um empreendimento

no futuro, quando ele efetivamente estiver disputandomercado; (iii) aos empreendedores não importadestacar qualquer informação associada àcompetitividade ou demanda por EEL no futuro,porque estão totalmente isentos dos efeitos de riscoque distorções futuras possam representar.

Isto indica que, em geral, a decisão do empreendedoré bem fundamentada e de baixo risco. No entanto, adecisão do investidor é fundamentada numa premissafalsa de baixo risco (estabilidade do valor), sendo, narealidade, de risco mais aberto, porque está associadaà ocorrência do fluxo da renda num ciclo de 20 anos.Verificando o ciclo 2000-2003 com um exemploEm junho de 2000, para um preço de referência, emempreendimento de alto padrão, de R$ 5.100,00 / m2ABR, o mercado mostrava um preço de aluguelmensal de R$ 62,00 / m2ABR. A relação entrealuguel de mercado e preço do investimento(1,22% mês, equivalente a 15,6% ano) indicava, paramuitos investidores, um negócio atrativo. Esseindicador, 1,22%, não tem o menor significado paradecisão de investimento, em uma situação de risco,até porque se baseia em dados de momentosdiferentes: o preço é de junho de 2000, mas o aluguela ser praticado será aquele de junho de 2003. Projeçõesde cenários para 20 anos de operação podem serrealizadas usando técnicas avançadas de análises queconsideram reinvestimentos no ciclo, custos degerenciamento, flutuações de mercado e variações dataxa de inflação no ciclo. Esses cenários permitemobservar que, com 90% de confiabilidade, a taxa de

No ano de 2000, o mercado de escritórios para locação na cidade de São Paulo mostrava uma relaçãoaparentemente confortável entre preços de aluguéis praticados e preços dos imóveis, o que induziu investimentos,cuja qualidade só foi percebida em 2003, quando esses imóveis entraram em operação disputando o mercadode locações. Isso se explica pela forma como, erradamente, os investidores tendem a ler as oportunidades deinvestimento. Em 2003, o mercado migrou para uma configuração na qual a relação tópica de aluguéis parapreços passou a ser aparentemente frágil. O que isto mostra? Decisões erradas de investimento, ou somenteum reflexo da crise da economia, que não podia ser percebida em 2000?

João da Rocha Lima Jr e Cláudio Tavares de Alencar

ArtigoArtigo

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retorno esperada desse investimento estará em12,6% ao ano, ainda atrativa, mas equivalente a1,0% mês. O resultado é discrepante com asevidências do mercado no Brasil, as quais mostramque a taxa de atratividade está hoje no patamar de10% ano e em queda.

Com esta rentabilidade acima da atratividade, pode-se dizer que o mercado deverá se ajustar maisadiante. Se os aluguéis ficassem estabilizados, ospreços de EEL deveriam subir, para que a taxa deretorno voltasse ao patamar de 10%. Esse cenáriopoderia ocorrer se: (i) o volume dos imóveis emconstrução estivesse equilibrado com as expectativasde crescimento da economia no ciclo e (ii) osindicadores macroeconômicos mostrassem umatendência de prosperidade na economia.

O que de fato ocorreu, e o que seria a segundahipótese, é que os aluguéis de julho de 2000 foramfruto de um súbito desequilíbrio da oferta e, com maioroferta, ou com alguma crise na economia, haveriasobra de espaços e os aluguéis cairiam.

A combinação de “desinformação dos investidoresgerando demanda” e de “capacidade de produzir eentregar dos empreendedores, gerando resultadosinteressantes”, é fatal, no sentido de emular uma oferta

no futuro em desequilíbrio com a demanda.Em junho de 2000 não era evidente e seria difícil

prever que em 2003 emergiria uma crise e que haveriaespaços ociosos pela queda da atividadeeconômica. Mas se pode afirmar que muitos EELforam implantados sem qualquer apoio de avaliaçãosobre o risco do investimento.

Com os aluguéis caindo, aparece a outra face deum mercado desequilibrado. Há investidores queconcluem ser melhor alugar a qualquer preço do quepagar despesas de propriedades. A pequena demandapressiona os preços para baixo. Os que ocupamespaços percebem estar pagando preços acima daoferta do momento e tendem a pressionar para reduzirpreços contratados, o que acaba ocorrendo, por instintonatural de preservação.

Aquele investidor que pagou R$ 5.100,00 / m2ABRem junho de 2000, se testar um cenário com patamarperene de aluguéis de R$ 45,00 / m2 de ABR, emjunho de 2003 – muito inferior, portanto, ao patamarde junho de 2000, que ajustado pelo IGP para junhode 2003 equivaleria a R$ 96,78 / m2 de ABR –verificaria uma taxa de retorno de cerca de 8,5% aoano.

Para essa taxa está abaixo da atratividade percebida,ou a atratividade cai, ou os preços dos EEL caem e,para isso, há pouco espaço, porque os custos nãocaíram no ciclo. Ainda há a alternativa de concluirpela probabilidade de que os aluguéis venham aocupar patamares mais elevados no futuro. Mas, aconsiderar como age o mercado, a procura deinvestimento cai, uma vez que a avaliação da suaqualidade se baseia nesse indicador malformulado. Esse vai induzir, no futuro, um cicloequivalente, com o mesmo percurso da euforia à crise.

A questão é: o mercado não aprende? Como oconjunto de investidores é formado por poupadores enão por profissionais, a resposta é que o mercado dosque exploram os EEL tende a ser amador e decidirmal, a menos que instituições acreditadas venham aoferecer subsídios de qualidade e isentos para atomada de decisão. Esse processo seria combinadocom uma reversão da atitude dos empreendedores,que reduziriam sua veia especulativa para oferecerprodutos que atendam aos padrões de risco nãopercebidos pelos investidores.

Os autores são doutores, professores e membros do Núcleo de RealEstate da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

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O desconsolo generalizado que assolou os analistaseconômicos em fevereiro parece indicar que osmercados preferem viver sob fortes emoções. Oquadro geral a partir do qual foram traçadas no finalde 2003, as perspectivas favoráveis pela quasetotalidade dos analistas e da mídia não sofreu grandesmudanças. No entanto, o anúncio de índices deinflação mais elevada e o comportamento cautelosodo Copom, interrompendo uma sucessão de cortessignificativos na taxa de juros básica da economia,ensejaram nos mercados jornadas sombrias denegócios. As reações dos mercados, assim como asdeclarações públicas de políticos e analistas, parecemmostrar que seu relacionamento com as autoridadeseconômicas sempre é intenso: na alegria e na tristeza,na doença e na saúde.

A pressão política em favor de um abrandamentoda política econômica, absorvida como inevitávelpelos diferentes grupos no governo e na opiniãopública ao longo 2003, passa a ser de sustentaçãomuito mais difícil no segundo ano do mandato dopresidente Lula. Até onde se pode observar, ficamantido o firme compromisso das autoridadeseconômicas com o regime de metas de inflação e como saneamento das finanças públicas.

Não se trata de uma teimosia purista. Por melhoresque tenham sido os resultados das contas do governo,a relação entre a dívida líquida do setor público e oPIB continua acima de 58%, um nível perigosamentedelicado. A trajetória da dívida pública deve serestudada a partir da definição de hipóteses sobre asvariáveis-chave que a determinam: realização desuperávits primários, taxa de crescimento do PIB, taxade juros real e taxa de câmbio. Os resultados primáriosdo setor público têm demonstrado a grandecapacidade do governo de restringir gastos. A reduçãodas taxas de juros e a apreciação do real contribuempara um custo menor sobre a dívida. Não há dúvidade que uma redução mais profunda dos juros básicoscontribuiria para amenizar o peso da dívida interna.Ademais, o Banco Central tem resgatado parte dos

Opinião pública, mercados e políticaeconômica: Relações marcadas por emoçõesfortes

títulos cambiais no vencimento, procurando diminuiressa parcela da dívida. Resta o crescimento doproduto. E aí, apesar de estarmos em fase derecuperação do nível de atividades, a prudência devepredominar. Portanto, uma mudança qualitativa noperfil da dívida pública é, necessariamente, resultadode austeridade fiscal e prosperidade privada.

Na busca da prosperidade, sabemos que osfundamentos da economia brasileira ainda não estãoconsolidados a ponto de conferir confortoincondicional à condução da política econômica. Osucesso obtido pela política rigorosa de 2003 nãobastou, ainda, para inaugurar uma fase de promoçãodeliberada do crescimento. Além disso, está longe doconsenso a idéia de que o governo deva diretamenteestimular a atividade produtiva. Ao mesmo tempo,apesar de crucial para a retomada da atividadeeconômica, a mera redução da taxa Selic não pode,per se, garantir a ocorrência de um surto decrescimento gerador de postos de trabalho que venhaa alterar o panorama da renda no país.

Índices positivos de produção vêm acontecendo,mesmo sem expressiva aceleração. Não se verificouum movimento ascendente sustentado e nem poderiaser assim. A massa de rendimentos cresceu menos doque se esperava, nos últimos meses. O desemprego,mesmo com melhora na produção, ainda deverámanter-se em patamar elevado até o segundo trimestrede 2004. Na evolução dos rendimentos está o maiorobstáculo para a retomada consistente da absorçãodoméstica.

A demanda externa ainda será determinante naexplicação de qualquer crescimento do nível deatividades. O esforço exportador parece seguirapresentando resultados estruturalmente superiores,tanto pela diversificação de produtos, como demercados. Pode-se, também, contar com um ambientefavorável nas economias americana e da zona do euro.

Fica ainda no ar a questão sobre o nível desejávelde prudência dos formuladores da política econômica,capaz de conciliar o abrandamento do rigor monetário

Maria Antonieta Del Tedesco Lins

EconomiaEconomia

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com a busca de ganhos de credibilidade junto aosmercados e aos avaliadores de risco internacionais. Éevidente que qualquer sinalização de mudança nosmercados norte-americano e europeu e, portanto, naliquidez internacional, deverá afetar o fluxo derecursos financeiros destinados aos países emergentese ao Brasil, em particular.

Formulando a questão mais precisamente, o dilemaconsiste em buscar uma sintonia entre as necessidadespara a recuperação doméstica e o estabelecimento deuma blindagem contra a vulnerabilidade externa. Oajuste de tal freqüência de ondas, por se desejar queseja permanente, leva tempo e tem uma dinâmicadeterminada pelas condições político-econômicasinternacionais. Portanto, as demandas internas nãopoderão ser sempre atendidas. Na perspectiva da basede apoio parlamentar e, ainda, para as pesquisas deopinião pública, a persistência de uma atitude austerana economia pode custar muito caro ao governo.Mesmo assim, tudo indica que a cautela seguirá comoa maior prioridade.

O comportamento da autoridade monetária nomercado cambial tem sido bastante claro. Adiminuição da vulnerabilidade externa é tarefainadiável e há que aproveitar os ventos a favor paraavançar em direção de um quadro mais estável nobalanço de pagamentos. Na ausência de quaisquerturbulências inesperadas e, tendo em vista a

tranqüilidade do lado das exportações, ficaaberta a temporada de recomposição dasreservas internacionais e de reduçãopaulatina da parcela da dívida públicadenominada em moeda estrangeira. Assim,a cotação do real determinada no mercadocambial não deverá espelhar sempre eapenas uma preocupação com os saldos emtransações correntes.

Dentro de casa, os problemas são quasesempre os mesmos. A inflação ensaiou umsalto mais alto no início do ano. Junto comeventos sazonais e climáticos quepressionaram os preços agrícolas,observaram-se alguns intentos do lado dosformadores de preços industriais. Omovimento de tentar recuperar margens delucro aconteceu efetivamente. No entanto,além da pronta reação do Copom, o própriomercado deverá impor limites àsremarcações na indústria. Isso se explicapela própria temperatura ainda morna docomércio doméstico, ressentido com a falta

de crescimento na renda. Ao mesmo tempo, o varejoé dominado por poucas empresas de grande porte, asquais não têm nenhuma razão ou estímulo para aceitarprodutos mais caros.

Com isso, ficam para o mercado interno as tarefasclássicas de fases de ascensão nos ciclos, como umaretomada dos investimentos privados e a geração deemprego. Os investimentos do setor privadoconfirmam a cautela. Não se identificou, até omomento, uma expansão significativa dosinvestimentos. Fica comprovado, mais uma vez, queos ganhos de confiança fundamentais para a volta daprosperidade dependem de uma situação institucionalmais sólida: avanço em reformas, definição do quadroregulatório e um ambiente propício para atividadesde crédito.

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À espera de uma retomadaConstruçãoConstrução

Depois de três anos de desempenho desfavorável, asempresas da construção civil esperam melhorestempos em 2004. De fato, a despeito do “banho deágua fria” que a manutenção dos juros em janeiro efevereiro significou para o setor produtivo, não hárazões para a mudança das projeções de umdesempenho mais favorável para 2004. A mudançajá em curso no ambiente macroeconômico deveráfavorecer, ainda que não imediatamente, arecuperação da renda e dos investimentos públicos eprivados. A indústria, mesmo que a passos lentos, jávive o início da retomada, enquanto a construçãoainda espera indícios animadores.

As expectativas são de que investimentos privadosde fôlego maior somente aconteçam a partir doterceiro trimestre. No setor público, o qual tambémdepende de recursos da iniciativa privada, faltamdefinições sobre alguns marcos regulatórios, os quaisdeverão viabilizar a retomada dos investimentos.

O Plano de Parceria Público-Privada – PPP aindanão foi votado. O projeto inicial deverá sofreralterações até entrar em vigor, considerando todos osventos favoráveis, apenas no segundo semestre. Coma aprovação do PPP, vários segmentos da área deinfra-estrutura poderão ser beneficiados com recursosadvindos da iniciativa privada. No segmento desaneamento, além do próprio PPP, ainda faltam regrasque deixem clara a forma de regulação. De todomodo, em 2004, o setor será beneficiado com maisrecursos públicos. A flexibilização das regras doFundo Monetário Internacional – FMI – basicamentea retirada dos investimentos em saneamento doconceito de déficit, acordada no final de 2003,permitirá o aumento do endividamento do setorpúblico para operações em saneamento com recursosdo FGTS.

Outra área a ser beneficiada com mais recursos é ade habitação para as faixas de menor renda. Aefetivação dos recursos anunciados (R$ 7,4 bilhões)

representará um aumento de 35% em relação a 2003.Aqui também temos uma lacuna que o governo secomprometeu a preencher: a inexistência de umapolítica habitacional, definindo diretrizes e fundos parao setor.

Por fim, podemos dizer que esse cenário vai aoencontro das expectativas positivas dos empresários,embora a retomada só deva ser percebida maisclaramente no segundo semestre. A GVconsultmantém suas projeções de um crescimento do produtodo setor de 4,5% para o ano de 2004.Os números de 2003 dão conta do “estrago”

Se o olhar já está em 2004, os dados do setor aindaestão fechando 2003, e mostram o tamanho do tombo.Os números do PIB e de emprego confirmam queesse ano foi, de fato, bastante negativo. A queda narenda e nos investimentos representou umacombinação bastante perversa para todo o setorprodutivo e, em especial, para a construção.

De acordo com o IBGE, nos últimos meses de 2003,a produção física de materiais inverteu a tendência decrescimento, na margem. No acumulado do ano, oíndice de produção de materiais de construção – ICCdecresceu cerca de 9% na comparação com o mesmoperíodo de 2002.

O desempenho negativo da construção afetoudiretamente o resultado do PIB de 2003. A diminuiçãode 0,2% registrada pelo IBGE foi determinada, emgrande medida, pela retração do produto industrial(–1%). A construção, responsável por cerca de 21%do produto industrial, foi o único segmento daindústria a apresentar queda na comparação com 2002(–8,6%).

Pela ótica da demanda, os números do IBGEmostraram o efeito da queda da renda e dosinvestimentos: o consumo das famílias decresceu3,3% e a formação bruta de capital fixo, –6,6%.

No que diz respeito ao emprego, os dadosdisponíveis do Ministério do Trabalho e Emprego –

Ana Maria Castelo

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MTE revelaram que, nos dois últimos meses de 2003,o emprego formal no setor da construção no paísinterrompeu a série de crescimento mensal registradadesde abril daquele ano, acentuando a queda no ano.No acumulado de 12 meses, houve uma queda de3,72%, na comparação com 2002, o que representouo fechamento de 45.720 postos de trabalho em todo opaís.

Um dos segmentos que mais sofreu com a retraçãodas atividades da construção foi o de infra-estrutura.A queda de 7,2% do emprego refletiu o corte dosinvestimentos públicos e privados e as indefiniçõesregulatórias. Vale notar, no entanto, que o segmento éresponsável por apenas 6% do emprego no país. Porsua vez, as atividades de edificações, responsáveispor 62% dos postos de trabalho na construção emtodo país, fecharam 43.592 vagas em 2003,contabilizando uma retração de 5,5% em relação a2002.

Na grande maioria dos estados brasileiros houvediminuição dos postos de trabalho. As maioresreduções ocorreram nos estados da Paraíba (–26,5%),do Mato Grosso (–22,10%) e do Acre (–18,91%). Naregião Sudeste, o Espírito Santo registrou o piordesempenho, enquanto o Estado do Rio foi o únicoda região a apresentar crescimento no número devagas do setor em 2003.

No Estado de São Paulo, o emprego também fechouo ano em declínio, apesar da queda ter sido inferior àmédia nacional. A taxa de crescimento de –2,04%correspondeu ao fechamento de 7.338 postos detrabalho em 2003. A exemplo do que se observou emtodo país, o segmento de edificações, que representacerca de 54% do total de trabalhadores do setor,apresentou o pior desempenho em 2003, com retraçãode 2,7%.

Das nove Regionais do SindusCon-SP, seisapresentaram declínio no emprego em 2003. O piorresultado foi registrado no ABCD (–7,9%) e o maiorcrescimento, na regional de Centro-Leste (1,7%). Nacapital paulista, onde estão concentrados 49% dosempregos formais do estado, houve queda de 1,93%.Custos: sem pressões à vistaNos primeiros meses de 2004, os principais índicesde inflação do país indicaram uma aceleração bastanteexpressiva dos aumentos de preços, a qual levou oBacen a reiterar a cautela na condução da políticamonetária. Na construção civil, os índices setoriaistambém captaram um movimento de elevação dospreços dos insumos, determinado, especialmente, peloaumento de preços de algumas commodities metálicasno mercado internacional.

Em janeiro, o INCC-M até mostrou um recuo emrelação a dezembro, passando de 0,99% para 0,28%.No entanto, deve-se distinguir a contribuição dos doisíndices que compõem o índice total. O índice de mão-de-obra mostrou, de fato, uma diminuição entredezembro e janeiro, passando de 1,71% para zero porcento. Nesse caso, a estabilidade do índice estárelacionada à sazonalidade dos custos com mão-de-obra do setor: janeiro não é mês de acordo coletivona construção, portanto, os salários mantiveram-seestáveis. Por outro lado, o índice de materiais eserviços, depois de três meses crescendo em média0,35%, aumentou 0,54% em janeiro.

Em fevereiro, a aceleração do índice de materiaisfoi mais expressiva (0,91%) e o impacto no índiceglobal maior: a taxa de aumento do INCC-M foi de0,48%. Os maiores aumentos foram registrados pelosmateriais elétricos, um reflexo do aumento do cobre.O aço também apresentou aumento significativo. Esseitem ainda deve pressionar os custos setoriais nospróximos meses: o reajuste de 18,62% do minério deferro anunciado no início do janeiro deve ser fonte depressão para novos aumentos.

No acumulado de 12 meses até fevereiro, os índicessetoriais continuam significativamente acima dainflação. Enquanto o IGP-M apresentou taxa devariação de 5,50%, o INCC-M cresceu 12,19%.

Para os próximos meses, não há outros fatores depressão dos aumentos dos preços dos materiais à vista.No que diz respeito aos custos da mão-de-obra, valelembrar que já em março devem começar asnegociações salariais em algumas capitais (Rio eFortaleza).

Recursos para habitação 2003 e 2004

Fonte: Ministério das Cidades

2003 2004Valor (R$ Mil) Valor (R$ Mil)

FGTS 3.050.001 4.050.000 346.443FAR 1.145.556 1.000.000 36.496OGU 804.700 679.075 112.751CAIXA - 1.545.000 70.900FAT 550.000 200.000 20.000Total Habitação 5.550.257 7.474.075 586.590

Orçamento Metas de Atendimentos do

orçamento de 2004Fonte

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16 Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

O impacto da Cofins na construção

Fernando Garcia, Ana Maria Casteloe Sérgio Camara Bandeira

Os impostos cumulativos são reconhecidamente uma distorção do sistema tributário: afetam a alocação derecursos e prejudicam a competitividade dos produtos nacionais. A alteração da sistemática de cálculo doPIS/PASEP e da Cofins veio com um aumento expressivo de alíquota, o que determinou um aumento da cargatributária em alguns setores da economia, particularmente nos que são mais intensivos em mão-de-obra.Estudo da GVconsult mostrou o impacto da elevação da Cofins na construção.

Ao assumir em 2003, uma das principais bandeirasdo atual governo foi a realização das reformasnecessárias para levar o país ao crescimento. Asociedade brasileira preparou-se para discutir asreformas, tendo como prioridade a tributária.

Havia, então, um relativo consenso de que o nívelda carga tributária brasileira atingira não apenas umpatamar muito elevado comparativamente a outrospaíses de mesmo estágio de desenvolvimento, masapresentava algumas distorções sérias. Assim,subjacente ao debate, havia a expectativa de que areforma pudesse representar um alívio imediato paraa sociedade.

Mas essa não era a expectativa dos estados, etampouco a dos municípios e a da própria União.Governadores e prefeitos, penalizados pela reduçãode arrecadação, em razão do nível de atividadesconjunturalmente deprimido, demandavam umamaior participação no bolo arrecadatório. E, por fim,o governo central, a quem cabia a condução dosdebates, tinha como meta a geração de um superávitfiscal de 3,3% do PIB.

Com tantos interesses conflitantes, prevaleceu apragmática imposição da visão de curto sobre a delongo prazo, e a frustração dos anseios do setor privadopor uma redução da carga tributária mostrou-se quaseinevitável. Ainda assim, o governo optou pormudanças que contribuem para a maior simplicidadedo sistema e melhoram a competitividade dosprodutos brasileiros.

Nesse caso, uma das principais mudanças foi atransformação dos impostos cumulativos – o PIS/

Pasep e a Cofins – em não-cumulativos. Os impostoscumulativos são consi-derados como os maioresresponsáveis pela inefi-ciência econômica resul-tante do sistema tributáriobrasileiro. São chamadosde cumulativos porqueincidem em todas asetapas intermediárias dosprocessos produtivos, daorigem das cadeiasprodutivas até o consu-midor, inclusive sobre oimposto arrecadado nasfases anteriores doprocesso de produção, oque faz inflar os custos debens e serviços e, porconseguinte, os preços.

No entanto, pela faci-lidade de arrecadação e,especialmente, por nãoserem compartilhadoscom os estados emunicípios, tornaram-seuma opção vantajosa paraa União.

Para acabar com adistorção gerada pelotributo cumulativo, a

ArtigoArtigo

Cálculo da Confins por segmento de atividade

Fonte: GVconsult (2003) com base em dados da Pesquisa Anual da Indú

Total

Preparação do terreno

Demolição e preparação do terreno

Perfurações e execução de fundações

Grandes movimentações de terra

Construção de edifícios e obras de engenharia civil

Edificações

Obras viárias

Grandes estruturas e obras de arte

Obras de urbanização e paisagismo

Montagem de estruturas

Obras de outros tipos

Obras de infra-estrutura elétrica e de telecomunicações

Barragens e represas para geração de energia

Estações e redes de distribuição de energia elétrica

Estações e redes de telefonia e comunicação

Prevenção e recuperação do meio ambiente

Obras de instalações

Elétricas

Sistemas de ventilação e de refrigeração

Hidráulicas, sanitárias, gás e prevenção de incêndio

Outras

Obras de acabamento e serviços auxiliares da construção

Alvenaria e reboco

Impermeabilização e serviços de pintura

Outros serviços

Aluguel de equipamentos de construção e demolição

Aluguel de equipamentos de construção e demolição

Grupose

classes de atividades

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sistemática de tributação do PIS/Pasep e da Cofinsfoi alterada pelas leis 10.637/02 e 10.833/03. Aalteração permitiu algumas exclusões da base decálculo dos impostos, de modo a compensar o impostopago em etapas anteriores da cadeia de produção debens e serviços. No entanto, junto com essa mudança,veio também o aumento das alíquotas: o PIS passoude 0,65% para 1,65% e a Cofins de 3% para 7,6%.

Com o aumento da alíquota, os setores de atividadeeconômica que, no processo de produção, consomeminsumos com pouco valor adicionado ou aqueles quesão intensivos em mão-de-obra devem apresentaraumento de sua carga tributária, pois a redução desua base de arrecadação permitida pela lei serápequena. Assim, alguns setores vão pagar menos, emdetrimento de outros que irão arrecadar mais. Entreestes outros, destaca-se a construção, que, por serintensiva em mão-de-obra, deverá ser penalizada.

Estudo realizado pelaGVconsult sobre o impactoda mudança da Cofins nasempresas da construçãoidentificou esse risco. Oestudo foi baseado emsimulação a partir dosdados da Pesquisa Anual daIndústria da Construção –PAIC de 2001, realizadapelo IBGE junto a 4.686empresas de todo o país.

Para estimar o impacto daelevação da alíquota doCofins, fez-se o cálculo doimposto em doismomentos: de acordo coma Lei anterior, ou seja, aindacom alíquota de 3%, e,depois, com a mudançaintroduzida pela Lei nº10.833/03, a qualestabeleceu a nova alíquotade 7,6%. No primeiro caso,utilizou-se a receita brutacomo base de cálculo doimposto. De acordo com ametodologia da PAIC, areceita bruta é igual à somada receita de “ConstruçõesExecutadas” e “Receitas

Operacionais Suplementares”. Para o cálculo doimposto a partir da nova Lei, considerou-se o mesmoconceito de receita. No entanto, foram deduzidas asdespesas previstas em Lei. Foram deduzidos da novabase de arrecadação os custos e despesas operacionais,nos quais estão presentes as despesas com materiaisde construção e outros insumos, e estão excluídas asdespesas com aquisição de terrenos, com o pagamentode impostos e taxas e os gastos que constam da alínea“outros custos e despesas operacionais”, a qual, emgeral, representa as despesas administrativas dasempresas. Também foram deduzidas as aquisições demáquinas, equipamentos e instalações de procedêncianacional.

A simulação revela dados alarmantes:um aumento médio da Cofins arrecadada nosetor de 22,3%, o que representaria cerca de1,5% do valor adicionado pelas empresas dosetor em 2001;aumentos maiores nos segmentos intensivos emmão-de-obra, como o de obras de acabamentoe de serviços auxiliares de construção – no setorde alvenaria e reboco, por exemplo, o aumentode arrecadação com esse item da carga tributáriapode superar 80%;os estados do Norte e Nordeste poderão sofrerum impacto maior que o da média das empresasdo país, justamente por empregaremrelativamente mais mão-de-obra que assediadas nas regiões Sul e Sudeste;as empresas de pequeno e médio porte – queempregam entre 40 e 100 e entre 100 e 249trabalhadores, respectivamente – terãoaumentos de contribuição superior à média dosetor.

Isso indica uma clara penalização dos segmentosmais intensivos em mão-de-obra e das empresas demenor porte, o que pode ter conseqüências danosasao emprego. É clara também a opção em favor dosbens de exportação, uma opção louvável quando setem em mente a inequívoca necessidade de elevar acompetitividade internacional do país. Mas essa saída,da forma como está, tem impacto negativo sobre aprodução de bens não comerciáveisinternacionalmente, os quais, no caso da construção,constituem parte expressiva dos bens de capital. Nãoparece tão segura a opção de se tributar o investimento,justamente quando se procura recuperar ocrescimento.

de

Indústria da Construção de 2001, IBGE.

6,9% 8,4% 22,3% 1,5%

6,6% 7,4% 12,2% 0,8%

6,4% 6,5% 2,1% 0,1%

5,9% 8,0% 34,7% 2,1%

7,1% 7,0% -0,8% -0,1%

7,1% 8,5% 19,3% 1,4%

7,0% 9,7% 37,5% 2,6%

7,9% 7,4% -6,6% -0,5%

7,9% 8,3% 5,5% 0,4%

7,6% 9,0% 19,0% 1,4%

5,4% 8,0% 49,5% 2,7%

6,2% 7,6% 21,3% 1,3%

6,5% 8,0% 22,2% 1,5%

6,4% 6,3% -1,9% -0,1%

6,1% 8,4% 38,1% 2,3%

6,9% 8,7% 25,7% 1,8%

5,9% 7,6% 28,7% 1,7%

5,7% 8,6% 51,6% 2,9%

5,7% 8,8% 52,9% 3,0%

5,5% 8,5% 54,9% 3,0%

6,5% 9,1% 39,8% 2,6%

5,6% 8,4% 51,4% 2,9%

5,5% 7,9% 44,8% 2,5%

4,9% 9,1% 84,0% 4,1%

5,8% 8,4% 44,4% 2,6%

5,5% 7,8% 42,8% 2,3%

4,7% 6,8% 47,2% 2,2%

4,7% 6,8% 47,2% 2,2%

Impacto do aumentoCofins / VA

Novo procedimento

(B)A/B % do VA

Antigo procedimento

(A)

Conjuntura da Construção 2 1.pmd 4/3/2004, 12:1017

18 Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

2A região Nordeste não participou da pesquisa em novembro.

1Os dados apresentados nas tabelas estão dispostos numa escala que vai de “0” a “100”, tendo o valor “50” como centro. Issoquer dizer que números abaixo de “50” podem ser interpretados como um desempenho, ou perspectiva, não favorável. No caso dedificuldades financeiras, por exemplo, valores abaixo de “50” significam dificuldades menores.

Sondagem ConjunturalSondagem Conjuntural

A Sondagem Nacional da Indústria da Construçãoé uma pesquisa de opinião realizada a partir do esforçoconjunto de sindicatos da construção civil em todo opaís com o apoio da Câmara Brasileira da Indústriada Construção. A partir de maio de 2003, com oconvênio SindusCon-SP/FGV, a GVconsult ficouresponsável pela pesquisa.

Por contar com a adesão de um grande número deempresários da construção, a Sondagem constitui-seem importante indicador do desempenho recente dosetor, além de permitir a antecipação de possíveistendências para os próximos meses. São apresentadosa seguir os principais resultados da XVIII SondagemNacional da Indústria da Construção, realizada emfevereiro de 2004.

A XVIII Sondagem não trouxe surpresas. Asprincipais tendências observadas na pesquisa denovembro foram fortalecidas, quais sejam: i) osindicadores de desempenho das empresascontinuaram a registrar resultados melhores e; ii) osempresários continuaram sinalizando expectativasmais favoráveis em relação ao desempenho de suasempresas e ao cenário conjuntural.

Quer dizer, a despeito das incertezas que a políticado Bacen gerou no mercado, o empresário daconstrução continua com uma percepção maisotimista em relação às perspectivas do setor e daeconomia. Essa visão se sustenta na expectativa deaumento dos investimentos públicos e privados.

Vale fazer uma advertência: estamos com uma basede comparação muito baixa. Quando falamos emmelhora dos indicadores de desempenho, estamos nosreferindo a uma tendência positiva que vem semantendo nas duas últimas pesquisas, mas o patamardos índices ainda revela resultados sofríveis. Depoisde três anos de quedas nas atividades do setor, voltar

a um patamar considerado favorável irá requereroutros anos de crescimento da renda e da taxa deinvestimento do país.DesempenhoA pesquisa realizada em fevereiro mostrou que oindicador de desempenho da empresa da construçãono país continuou crescendo: 3% em relação à últimapesquisa realizada em novembro. Nessa comparação,quase todos os itens que compõem a variável“desempenho” registraram melhora, mas o itemparticipação no mercado acusou o melhor resultado,revelando uma melhora no ambiente competitivo dasempresas.

Os resultados de fevereiro mostram um crescimento“na margem” importante, na medida em que sinalizauma tendência lenta, mas positiva de recuperação.Contudo, mais uma vez, ressaltamos que o índice (38)está muito distante de um desempenho consideradofavorável (a partir do nível 50).1 Ou ainda, quando secompara esse resultadoao de anos anteriores, épossível perceber olongo caminho a serpercorrido pelasempresas para recuperaras perdas dos últimosanos. Em fevereiro de2002, o indicador dedesempenho estava em43,3.

A melhora observadaem fe-vereiro deu-se emtodas as regiõespesquisadas,2 mas, naregião Norte as empresasregistraram resultados

Ana Maria Castelo

Perspectiva dedesempenho das

empresas

Conjuntura da Construção 2 1.pmd 4/3/2004, 12:1118

19Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

mais significativos. Vale notar que na pesquisaanterior, as empresas da região acusaram o piordesempenho.

Um aspecto importante a ser destacado foi a reduçãodas dificuldades financeiras. A queda de nove e meiopontos percentuais na taxa de juros entre junho edezembro proporcionou um declínio nos custos dosempréstimos que foi percebido pelas empresas emtodo o país.PerspectivasDe acordo com a XVIII Sondagem, a percepção dosempresários da construção em todo país é de que odesempenho de suas empresas deve melhorar nospróximos meses. Esse otimismo está associado àsexpectativas de crescimento da economia brasileira.A variável relacionada às perspectivas de crescimentoeconômico cresceu 11% em relação à pesquisa denovembro. Entre os itens que compõem a variáveldesempenho, vale destacar o índice que capta as

perspectivas de aumento do emprego, que cresceu21% em relação à pesquisa de novembro. Em 2003,o setor perdeu cerca de 50 mil postos de trabalho.Assim, é bastante positivo que esse tenha sido o ítemque mais contribuiu para melhorar as expectativas dedesempenho da empresa.

Outro aspecto captado pela pesquisa diz respeitoàs expectativas de aumento dos custos setoriais: adespeito da aceleração observada nos dois primeirosmeses, os empresários acreditam em uma evoluçãomais favorável nos próximos meses.

A avaliação por região do país mostra que a maiortaxa de crescimento do índice de desempenho paraos próximos meses ocorreu na região Sudeste. Poroutro lado, os empresários da região Centro-Oestemostraram uma perda de confiança em relação aodesempenho de suas empresas.São PauloEm São Paulo a XVIII Sondagem não apresentou umcenário muito distinto do observado em todo o país.Ou seja, as empresas de construção do Estado de SãoPaulo também apresentaram uma melhora dedesempenho em relação à pesquisa de novembro epossuem perspectivas mais positivas tanto no que dizrespeito ao desempenho de suas empresas quanto àevolução do cenário conjuntural. No entanto, amelhora no desempenho das empresas paulistas foimuito pequena, inferior a da média nacional e o índiceainda está abaixo do observado na pesquisa defevereiro de 2003. Por outro lado, os empresáriospaulistas estão mais otimistas em relação àspossibilidades de recuperação de suas empresas: oindicador

nov/03 fev/04 nov/03 fev/04 nov/03 fev/04 nov/03 fev/04 nov/03 fev/04 nov/03 fev/04

Desempenho da empresa

18,7 39,2 - 39,4 37,3 38,1 33,3 36,4 45,4 49,4 37,0 38,1

Dificuldades financeiras

85,9 56,9 - 70,3 62,2 59,9 49,0 55,1 57,4 67,4 61,0 59,8

Perspectivas de desempenho

56,3 58,9 - 45,1 43,3 49,5 45,6 46,1 50,9 48,3 43,6 49,2

Perspectivas de evol. de custos

50,4 61,1 - 48,7 53,8 49,5 55,1 51,7 52,6 52,2 53,9 49,7

Conjuntura econômica

57,1 66,7 - 53,3 47,2 48,3 50,3 50,1 50,5 44,4 47,5 48,4

Inflação reduzida 52,5 50,0 - 60,1 55,4 53,8 55,3 49,4 64,6 47,2 55,5 53,6Crescimento econômico 49,0 66,7 - 41,1 41,5 46,0 42,6 44,7 38,0 44,4 41,5 45,9

Centro-Oeste BrasilNorte Nordeste Sudeste Sul

fev/03 mai/03 ago/03 nov/03 fev/04 fev/03 nov/03

Desempenho da empresa

39,0 39,5 35,9 37,2 37,8 -3,2 1,4

Dificuldades financeiras

65,3 64,4 66,3 62,3 60,0 -8,1 -3,8

Perspectivas de desempenho

43,0 42,0 39,7 42,9 49,1 14,0 14,5

Perspectivas de evol. de custos

38,4 43,1 55,1 53,9 48,9 27,5 -9,2

Conjuntura econômica

37,5 51,6 38,4 46,8 47,9 27,8 2,3

Inflação reduzida 27,7 52,3 57,6 55,1 53,6 93,2 -2,8Crescimento econômico 33,5 38,2 28,6 41,1 45,8 36,6 11,3

Variação (%) de Fev/04 em relação aMês da Pesquisa

Desempenho e perspectivas das empresas por região

Desempenho e perspectivas das empresas paulistas

Fonte: SindusCon-SP/GVconsult

Fonte: SindusCon-SP/GVconsult

Conjuntura da Construção 2 1.pmd 4/3/2004, 12:1119

20 Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

21 Materiais de Construção - Consumo e Produção

22 Mercado Imobiliário

23 Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo

24 Investimentos em Habitação Popular, Saneamento e Infra-estrutura Urbana

25 Custo da Construção Residencial no Estado de São Paulo

26 Emprego da Construção por Estados

28 Emprego da Construção por Segmento

29 Emprego da Construção Paulista por Segmento

30 Preços de Materiais Construção no Estado de São Paulo

Indicadores daConstrução

Conjuntura da Construção 2 1.pmd 4/3/2004, 12:1120

21Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

Materiais de Construção - Consumo e Produção

21Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

1996 34.596 - 23,0 11.704 - 30,5 2.014 - 18,8 1.887 - 29,1 104,1

1997 38.012 - 9,9 12.126 - 3,6 2.348 - 16,6 2.175 - 15,3 110,4

1998 39.866 - 4,9 11.948 - -1,5 2.284 - -2,8 2.190 - 0,7 109,9

1999 40.166 - 0,8 11.723 - -1,9 2.432 - 6,5 2.064 - 0,0 110,7

2000 39.394 - -1,9 11.860 - 1,2 2.365 - -2,8 2.163 - -1,3 111,3

2001 38.264 - -2,9 11.263 - -5,0 2.598 - 9,9 2.366 - 9,3 99,5

2002 37.620 - -1,7 10.657 - -5,4 2.658 - 2,3 2.407 - 1,8 104,8

2003 33.563 - -10,8 9.531 - -10,6 2.605 - -2,0 1.858 - -22,8 95,1

2001 Jan. 3.229 3,5 6,8 960 4,1 10,9 214 7,4 22,3 186 -29,2 24,0 116,7

Fev. 2.888 -10,6 -0,3 904 -5,8 3,7 215 0,7 20,3 157 -15,7 -1,7 111,8

Mar. 3.313 14,7 0,1 1.026 13,4 2,9 212 -1,5 17,6 216 37,4 8,4 124,2

Abr. 2.942 -11,2 -1,0 920 -10,3 0,9 212 0,2 15,1 232 7,3 15,1 118,3

Maio 3.354 14,0 -1,1 1.021 11,0 -0,2 235 10,9 13,8 226 -2,4 16,9 125,3

Jun. 3.068 -8,5 -1,9 889 -13,0 -2,3 216 -8,2 13,8 172 -24,1 14,4 111,8

Jul. 3.266 6,5 -1,9 959 7,9 -2,6 229 6,1 12,8 266 54,9 15,7 117,6

Ago. 3.547 8,6 -1,8 1.009 5,2 -2,9 233 1,7 13,7 207 -22,2 15,7 123,7

Set. 3.099 -12,6 -2,2 884 -12,4 -3,6 241 3,2 13,6 249 20,4 17,6 112,9

Out. 3.375 8,9 -2,2 950 7,5 -3,9 212 -11,9 11,9 168 -32,4 13,1 117,5

Nov. 3.311 -1,9 -2,4 962 1,2 -4,2 198 -6,7 11,6 165 -2,0 18,0 113,0

Dez. 2.872 -13,3 -2,9 780 -18,9 -5,0 182 -8,1 9,9 123 -25,5 9,3 99,5

2002 Jan. 3.055 6,4 -5,4 861 10,4 -10,2 213 17,4 0,0 174 42,0 -6,4 104,8

Fev. 2.732 -10,6 -5,4 825 -4,3 -9,5 199 -6,8 -3,8 154 -11,7 -4,4 103,3

Mar. 2.958 8,3 -7,3 879 6,6 -11,2 215 7,9 -2,1 189 23,0 -7,4 114,2

Abr. 3.257 10,1 -3,0 957 8,9 -7,6 204 -5,1 -2,6 190 0,4 -10,5 115,1

Maio 3.108 -4,6 -3,9 891 -6,9 -8,7 211 3,5 -4,3 195 2,8 -11,2 113,0

Jun. 2.856 -8,1 -4,4 831 -6,7 -8,3 210 -0,2 -4,0 184 -5,6 -8,5 107,1

Jul. 3.239 13,4 -3,9 866 4,2 -8,5 223 6,1 -3,8 237 28,4 -8,9 114,3

Ago. 3.445 6,3 -3,7 984 13,6 -7,7 238 6,6 -3,0 244 2,8 -5,6 118,7

Set. 3.221 -6,5 -2,9 905 -8,0 -6,7 250 5,2 -2,2 247 1,2 -5,0 116,4

Out. 3.580 11,1 -2,0 1.012 11,8 -5,4 247 -1,4 -0,4 229 -7,2 -1,7 125,6

Nov. 3.257 -9,0 -1,9 867 -14,3 -5,8 225 -8,7 0,8 230 0,5 1,4 118,2

Dez. 2.911 -10,6 -1,7 780 -10,0 -5,4 223 -1,2 2,3 134 -41,9 1,8 104,8

2003 Jan. 2.772 -4,8 -9,2 782 0,3 -9,2 231 3,7 8,1 149 11,9 -14,2 108,5

Fev. 2.712 -2,2 -5,2 790 1,0 -6,7 205 -11,1 5,7 130 -12,8 -14,7 103,9

Mar. 2.637 -2,8 -7,1 774 -2,0 -8,5 216 5,4 4,0 218 67,4 -3,8 103,8

Abr. 2.653 0,6 -10,2 783 1,1 -11,1 195 -9,8 2,0 139 -36,5 -10,0 98,6

Maio 2.845 7,3 -9,9 841 7,5 -10,0 228 17,1 3,3 142 2,7 -13,7 103,6

Jun. 2.624 -7,8 -9,6 760 -9,7 -9,8 199 -12,7 1,8 132 -7,0 -16,2 95,2

Jul. 2.986 13,8 -9,3 857 12,8 -8,5 219 10,0 1,3 155 17,0 -19,5 101,8

Ago. 2.823 -5,5 -10,5 785 -8,4 -10,2 227 3,7 0,5 156 0,8 -22,0 103,1

Set. 2.962 4,9 -10,3 827 5,4 -10,0 227 0,1 -0,8 168 7,4 -23,4 106,3

Out. 3.083 4,1 -10,7 850 2,9 -10,7 223 -1,9 -1,7 176 4,9 -23,3 111,8

Nov. 2.788 -9,6 -11,0 766 -9,9 -10,7 229 2,5 -1,4 159 -9,9 -24,1 105,3

Dez. 2.679 -3,9 -10,8 715 -6,7 -10,6 205 -10,4 -2,0 132 -16,5 -22,8 95,1Fonte: SNIC, IBS e IBGE

Produção Brasileira de Materiais de Construção

(Índice: Média de 1991 = 100)

Vergalhões - Brasil

Produção Consumo Aparente

Mil TVariação (%)

Mil TVariação (%)

No Mês No Ano No AnoNo Mês

Variação (%)Mil T

Período

Mil TNo Mês No Ano

Variação (%)

Consumo de Cimento

São PauloBrasil

No Mês No Ano

Conjuntura da Construção 2 1.pmd 4/3/2004, 12:1121

22 Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

Mercado Imobiliário

22 Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

1996 7,1 5,7 8,0 6,8 6,8 9,6 30.990 - 16,6 54.936 - 62,2

1997 6,5 5,0 8,9 4,3 4,3 5,8 39.426 - 27,2 63.296 - 15,2

1998 6,0 8,9 7,4 3,0 6,5 4,8 21.667 - -45,0 28.600 - -54,8

1999 8,5 8,3 7,5 4,9 8,2 5,3 26.358 - 21,7 32.946 - 15,2

2000 8,0 7,8 8,6 5,1 7,8 7,1 29.666 - 12,6 37.963 - 15,2

2001 8,8 6,3 7,6 4,9 6,6 5,2 23.785 - -19,8 32.748 - -13,7

2002 8,0 6,5 8,4 6,9 6,4 5,0 21.157 - -11,0 29.875 - -8,8

2003 6,6 4,5 7,2 5,9 4,1 5,5 26.367 - 24,6 35.182 - 15,6

2001 Fev. 8,6 4,8 8,6 5,0 5,8 5,9 2.000 160,8 13,1 2.000 -3,8 21,6

Mar. 10,9 7,3 8,4 7,1 8,4 6,1 1.915 -4,3 16,1 2.707 35,4 25,0

Abr. 12,3 8,3 8,7 5,7 8,5 4,1 1.942 1,4 5,1 2.062 -23,8 16,3

Maio 7,7 7,6 9,5 5,0 5,7 5,8 2.633 35,6 -3,2 3.012 46,1 4,3

Jun. 6,9 8,0 8,8 3,8 5,5 3,8 1.585 -39,8 -1,1 2.001 -33,6 6,5

Jul. 8,2 6,1 8,1 2,2 5,0 5,1 1.835 15,8 -5,6 2.776 38,7 4,4

Ago. 8,1 8,6 6,3 5,7 6,0 5,2 1.637 -10,8 -8,8 1.818 -34,5 1,8

Set. 7,0 5,5 5,0 3,9 5,7 5,4 1.732 5,8 -10,1 2.200 21,0 -1,1

Out. 10,2 4,4 6,8 4,4 6,8 5,2 2.432 40,4 -1,3 3.262 48,3 2,5

Nov. 8,2 5,0 6,9 7,4 8,8 6,3 2.112 -13,2 -11,4 3.644 11,7 -8,2

Dez. 7,9 3,5 5,9 4,2 4,9 3,2 3.195 51,3 -19,8 5.187 42,3 -13,7

2002 Jan. 11,0 5,9 5,3 8,3 8,0 6,1 790 -75,3 -20,0 1.413 -72,8 -17,6

Fev. 7,9 3,2 8,8 4,6 5,4 4,7 695 -12,0 -24,5 740 -47,6 -20,8

Mar. 6,7 5,2 8,3 7,6 8,9 4,1 2.225 220,1 -23,7 3.653 393,6 -19,1

Abr. 7,6 6,0 7,7 7,4 8,3 4,2 1.817 -18,3 -21,8 2.564 -29,8 -15,6

Maio 7,6 7,4 8,3 5,5 6,4 6,7 1.622 -10,7 -23,6 2.232 -12,9 -14,7

Jun. 7,0 8,0 8,3 7,6 4,3 3,4 1.368 -15,7 -24,3 2.593 16,2 -13,1

Jul. 10,0 9,0 8,1 7,6 6,6 5,6 1.201 -12,2 -25,8 1.543 -40,5 -16,9

Ago. 7,6 8,3 8,4 10,4 5,6 4,8 1.471 22,5 -24,8 1.923 24,6 -14,8

Set. 7,7 7,6 10,0 7,5 6,2 4,8 2.606 77,2 -20,4 3.706 92,7 -9,0

Out. 12,7 6,5 9,6 6,8 6,9 6,5 1.874 -28,1 -20,9 2.782 -24,9 -6,9

Nov. 3,6 4,1 9,9 4,8 6,0 5,2 2.981 59,1 -11,8 3.697 32,9 -2,4

Dez. 6,9 6,8 7,7 4,3 4,6 3,4 2.507 -15,9 -11,0 3.029 -18,1 -8,8

2003 Jan. 8,3 4,2 5,4 6,6 4,2 6,8 1.202 -52,1 -9,4 1.589 -47,5 -6,3

Fev. 8,2 4,9 7,8 9,0 3,1 5,9 1.921 59,8 1,3 2.440 53,6 3,0

Mar. 5,0 4,5 9,7 4,9 4,0 6,2 2.788 45,1 2,4 3.278 34,3 -1,2

Abr. 5,6 5,9 7,5 4,3 4,0 6,2 1.581 -43,3 1,9 2.403 -26,7 -3,3

Maio 5,4 4,3 8,1 4,8 5,6 4,6 1.999 26,4 8,4 2.974 23,8 1,5

Jun. 5,6 4,5 9,3 6,6 4,2 6,0 4.593 129,8 24,5 4.960 66,8 7,0

Jul. 9,5 3,6 6,2 4,6 4,5 3,9 889 -80,6 26,8 1.764 -64,4 12,0

Ago. 6,3 4,1 6,2 5,9 4,0 7,0 2.187 146,0 31,3 2.890 63,8 14,7

Set. 6,1 4,6 5,5 5,2 3,2 6,0 2.876 31,5 27,2 3.274 13,3 8,1

Out. 5,7 4,7 6,6 7,1 4,2 4,2 2.451 -14,8 33,4 3.214 -1,8 11,0

Nov. 7,4 4,6 - 6,3 4,4 3,3 2.032 -17,1 23,7 3.070 -4,5 8,9

Dez. - - - 5,5 - - 1.848 -9,1 24,6 2.688 -12,4 15,6

2004 Jan. - - - - - - - - - 638 -76,3 11,8Fonte: Secovi-SP, Ipead-MG, FIEC-Decon, SindusCon-RS, Embraesp e CBIC

Período

Goiás Grande Recife Fortaleza

Velocidade de Venda (%)

Em 12 Meses

Município de São Paulo RMSP

Variação (%)

No Mês Em 12 Meses

Belo Horizonte

Porto Alegre São Paulo

Variação (%)

Lançamentos

Unidades UnidadesNo Mês

Conjuntura da Construção 2 1.pmd 4/3/2004, 12:1122

23Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo

23Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

Unidades R$ Mil Unidades R$ Mil Unidades R$ Mil Unidades R$ Mil Unidades R$ Mil Unidades R$ Mil

1996 20.636 651.162 803 47.534 21.439 698.696 10.712 519.080 6.135 244.900 16.847 763.980 38.286 1.462.676

1997 18.456 815.142 1.000 40.913 19.456 856.055 8.097 476.542 7.854 391.563 15.951 868.105 35.407 1.724.160

1998 20.059 1.058.933 729 40.538 20.788 1.099.471 7.583 445.065 8.833 458.124 16.416 903.189 37.204 2.002.660

1999 15.033 683.059 951 39.719 15.984 722.778 8.851 466.511 9.355 431.704 18.206 898.215 34.190 1.620.993

2000 17.137 968.888 938 48.214 18.075 1.017.103 7.614 395.420 10.021 474.525 17.635 869.945 35.710 1.887.048

2001 14.648 623.606 392 29.587 15.040 653.194 6.576 407.396 13.973 792.132 20.549 1.199.527 35.589 1.852.721

2002 9.905 556.556 367 20.039 10.272 576.595 7.085 485.787 11.433 673.644 18.518 1.159.431 28.790 1.736.026

2003 16.229 926.589 531 36.568 16.760 963.157 7.023 498.853 12.593 712.020 19.616 1.210.872 36.376 2.174.029

2001 Jan. 1.778 61.962 26 1.040 1.804 63.002 447 29.760 994 56.997 1.441 86.756 3.245 149.759

Fev. 1.326 41.992 31 3.717 1.357 45.709 491 30.551 1.045 58.336 1.536 88.888 2.893 134.597

Mar. 1.456 62.524 24 1.433 1.480 63.956 574 38.355 1.158 61.695 1.732 100.050 3.212 164.006

Abr. 552 22.166 39 2.509 591 24.674 503 31.866 1.187 64.583 1.690 96.449 2.281 121.123

Maio 1.761 72.726 38 2.245 1.799 74.970 469 30.086 1.231 70.614 1.700 100.700 3.499 175.671

Jun. 2.156 90.133 37 2.370 2.193 92.503 495 29.808 1.149 68.186 1.644 97.995 3.837 190.498

Jul. 632 38.879 22 1.116 654 39.994 740 34.339 1.283 73.622 2.023 107.961 2.677 147.955

Ago. 1.417 50.785 30 1.804 1.447 52.589 631 40.361 1.580 89.190 2.211 129.551 3.658 182.140

Set. 1.676 102.552 45 4.803 1.721 107.356 519 31.536 1.150 66.993 1.669 98.529 3.390 205.884

Out. 698 28.563 24 4.425 722 32.988 502 31.888 1.236 66.767 1.738 98.655 2.460 131.643

Nov. 644 21.390 24 1.187 668 22.578 589 37.949 1.028 60.057 1.617 98.005 2.285 120.583

Dez. 552 29.934 52 2.939 604 32.874 616 40.896 932 55.092 1.548 95.988 2.152 128.862

2002 Jan. 170 12.160 27 1.270 197 13.430 551 35.141 900 48.692 1.451 83.833 1.648 97.264

Fev. 456 30.575 25 1.419 481 31.994 555 47.181 891 48.548 1.446 95.729 1.927 127.722

Mar. 1.019 61.349 29 1.215 1.048 62.564 577 47.156 935 53.643 1.512 100.800 2.560 163.364

Abr. 656 42.930 25 1.436 681 44.367 705 46.002 1.006 59.827 1.711 105.829 2.392 150.196

Maio 531 21.546 39 1.901 570 23.447 603 40.428 927 56.317 1.530 96.745 2.100 120.192

Jun. 1.076 55.910 33 2.077 1.109 57.987 602 41.389 931 57.989 1.533 99.378 2.642 157.364

Jul. 185 8.029 24 1.401 209 9.431 652 41.149 1.043 67.140 1.695 108.289 1.904 117.720

Ago. 472 26.817 31 2.012 503 28.829 731 48.551 1.099 68.482 1.830 117.034 2.333 145.863

Set. 1.643 101.607 37 1.876 1.680 103.483 617 39.231 935 50.102 1.552 89.334 3.232 192.817

Out. 299 19.323 36 2.745 335 22.068 562 36.564 1.119 66.642 1.681 103.207 2.016 125.275

Nov. 2.029 100.000 26 1.077 2.055 101.077 476 31.848 843 48.786 1.319 80.634 3.374 181.712

Dez. 1.369 76.310 35 1.609 1.404 77.918 454 31.145 804 47.474 1.258 78.619 2.662 156.538

2003 Jan. 765 45.466 24 1.414 789 46.880 437 31.378 646 36.341 1.083 67.719 1.872 114.599

Fev. 1.437 58.107 33 1.266 1.470 59.373 469 32.500 895 51.977 1.364 84.477 2.834 143.850

Mar. 843 48.165 19 794 862 48.959 481 46.214 746 41.395 1.227 87.608 2.089 136.568

Abr. 1.370 66.263 37 2.044 1.407 68.308 465 27.936 919 51.586 1.384 79.522 2.791 147.830

Maio 1.964 86.736 32 2.191 1.996 88.927 548 32.962 1.049 56.793 1.597 89.755 3.593 178.682

Jun. 898 46.769 25 1.868 923 48.637 584 42.221 1.013 56.149 1.597 98.370 2.520 147.007

Jul. 1.257 89.188 138 11.101 1.395 100.290 580 39.529 1.331 77.505 1.911 117.034 3.306 217.324

Ago. 1.470 77.832 21 1.474 1.491 79.307 707 55.554 1.281 75.647 1.988 131.200 3.479 210.507

Set. 659 29.300 91 9.149 750 38.449 754 57.262 1.092 60.247 1.846 117.509 2.596 155.958

Out. 1.188 90.591 23 840 1.211 91.431 677 43.932 1.153 65.117 1.830 109.049 3.041 200.480

Nov. 2.642 150.067 46 2.472 2.688 152.539 635 47.686 1.210 65.250 1.845 112.937 4.533 265.476

Dez. 1.736 138.105 42 1.954 1.778 140.059 686 41.680 1.258 74.012 1.944 115.692 3.722 255.751Fonte: Bacen/Decad

Construção Aquisição Total

PeríodoUnidades R$ Mil

TotalEmpresário Pessoa Física Total Novos Usados

Conjuntura da Construção 2 1.pmd 4/3/2004, 12:1123

24 Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

Investimentos em Habitação Popular, Saneamento eInfra-estrutura Urbana

24 Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

1996 16.087,3 520,2 670,1 22.460 83.782 11.388 16.062 699 193 11.142 12.762 93.513

1997 17.084,6 495,7 544,7 36.220 81.127 12.626 18.138 3.097 494 13.597 18.468 122.954

1998 17.123,5 421,2 468,3 52.167 53.352 16.381 23.617 2.221 960 17.253 22.096 135.735

1999 18.617,7 476,2 293,4 8.191 37.286 17.094 24.623 4.492 517 17.624 24.400 164.299

2000 22.626,6 564,3 348,4 5.629 44.409 18.709 27.776 3.110 291 17.201 22.334 179.953

2001 24.978,5 428,3 388,1 10.424 46.858 21.072 30.227 2.972 139 18.772 23.367 268.873

2002 27.633,2 397,1 707,0 21.219 46.227 22.197 34.767 2.955 144 19.635 24.680 380.485

2003 29.807,8 327,7 859,1 21.703 59.284 22.081 36.270 2.794 114 18.609 29.169 403.254

2001 Jan. 2.047,3 0,0 27,8 854 51.434 2.011 2.671 232 14 1.462 1.880 17.670

Fev. 1.667,4 118,4 23,6 2.394 50.690 1.616 2.239 329 10 1.309 1.788 18.117

Mar. 2.166,7 52,7 28,0 3.019 50.017 1.657 2.294 149 10 1.589 1.888 18.536

Abr. 2.066,5 54,6 35,5 3.534 49.661 1.619 2.327 159 11 1.558 1.874 19.043

Maio 2.146,0 44,9 39,2 4.438 49.268 1.723 2.409 188 9 1.754 2.067 19.319

Jun. 2.151,4 57,5 30,2 5.110 48.896 1.667 2.331 201 10 1.536 1.852 22.784

Jul. 2.167,3 55,3 31,9 5.708 48.490 1.720 2.525 203 7 1.655 1.979 23.246

Ago. 2.086,8 45,0 30,5 6.538 48.076 1.758 2.720 191 13 1.731 2.051 23.933

Set. 2.076,5 0,0 30,0 7.631 47.744 1.640 2.341 252 14 1.482 1.857 24.512

Out. 2.190,9 0,0 35,9 8.522 47.479 1.735 2.624 434 14 1.663 2.186 25.571

Nov. 2.094,3 0,0 35,9 9.299 47.190 1.877 2.906 293 15 1.525 1.950 26.301

Dez. 2.117,4 0,0 39,7 10.424 46.858 2.050 2.841 340 12 1.509 1.995 29.841

2002 Jan. 2.217,2 0,0 43,0 1.102 41.762 2.178 3.154 204 13 1.629 1.985 30.816

Fev. 1.959,7 0,0 31,4 2.876 41.312 1.737 2.641 157 5 1.420 1.696 31.530

Mar. 1.952,3 0,0 44,7 3.254 41.474 1.766 2.953 223 12 1.700 2.062 31.731

Abr. 2.223,6 0,0 49,0 3.693 41.510 1.754 2.666 278 8 1.843 2.257 32.375

Maio 2.136,2 0,0 52,2 5.906 42.610 1.751 2.855 271 8 1.690 2.098 33.072

Jun. 2.200,7 0,0 53,2 9.353 42.787 1.707 2.688 310 9 1.510 1.983 33.334

Jul. 2.249,9 0,0 57,9 10.671 42.839 1.808 2.919 346 18 1.654 2.179 31.914

Ago. 2.223,6 0,0 59,6 12.405 43.320 1.844 2.877 136 9 1.723 2.034 30.630

Set. 2.403,5 0,0 75,7 16.474 43.763 1.785 2.779 150 12 1.669 1.985 30.689

Out. 2.950,2 162,0 79,3 18.444 44.513 1.835 3.018 14 13 1.756 1.915 30.756

Nov. 2.658,7 162,0 84,4 19.078 45.440 1.816 2.859 353 15 1.482 1.979 31.314

Dez. 2.457,6 73,1 76,6 21.219 46.227 2.215 3.358 514 22 1.559 2.506 32.326

2003 Jan. 2.520,2 0,0 80,1 530 54.889 2.401 3.663 78 7 1.661 3.100 32.955

Fev. 2.397,4 0,0 90,7 707 56.008 1.973 3.201 341 7 1.660 2.590 33.602

Mar. 2.370,0 0,0 83,0 2.464 57.112 1.880 3.088 291 6 1.633 2.252 34.418

Abr. 2.411,5 0,0 59,2 3.478 58.174 1.869 3.152 277 25 1.725 2.372 35.427

Maio 2.324,2 0,0 61,2 6.966 58.571 1.907 3.234 285 6 1.734 2.341 36.408

Jun. 2.338,3 0,0 54,9 8.058 58.972 1.964 3.274 285 8 1.667 2.481 37.349

Jul. 2.397,7 0,0 89,2 8.679 59.464 2.021 3.437 259 10 1.835 3.720 37.093

Ago. 2.369,8 65,0 52,9 11.090 59.785 2.012 3.314 292 11 1.728 2.764 37.711

Set. 2.505,7 67,7 55,9 13.787 59.828 2.004 3.324 293 8 1.712 2.690 38.455

Out. 2.567,4 65,0 85,5 15.734 59.786 2.033 3.339 195 11 1.574 2.416 39.471

Nov. 2.613,5 65,0 75,2 18.141 59.621 2.017 3.242 199 15 1.679 2.442 40.364

Dez. 2.992,1 65,0 71,4 21.703 59.284 - - - - - - -Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, CDHU e Bacen/Decad

Habitação Popular

Saneamen-to Infra-estrutura

Repasses à CDHU

R$ MilhõesDisponível

Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - R$ Milhões

Unidades Habitacionais

CDHU

Arrecadação Aplicações

Contri-buintes Total Saques Total

ICMS no Estado de São Paulo

Período Em Anda-mento

(Média do Ano)

Entregues no AnoR$ Milhões

Arreca-dação

R$ Milhões

Investi-mentos

Conjuntura da Construção 2 1.pmd 4/3/2004, 12:1124

25Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

Custo da Construção Residencial no Estado de São Paulo

25Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

1996 148,31 - - 6,18 173,00 - - 13,96 126,29 - - -1,97

1997 158,45 - - 6,84 189,29 - - 9,42 130,89 - - 3,64

1998 163,92 - - 3,45 195,17 - - 3,11 136,08 - - 3,97

1999 174,07 - - 6,19 206,30 - - 5,70 145,35 - - 6,81

2000 185,99 - - 6,85 221,07 - - 7,16 154,79 - - 6,49

2001 201,74 - - 8,47 236,56 - - 7,01 170,86 - - 10,38

2002 226,20 - - 12,12 257,31 - - 8,77 198,65 - - 16,26

2003 257,50 - - 13,84 301,81 - - 17,29 218,34 - - 9,91

2001 Fev. 187,92 0,71 1,04 7,10 221,42 0,16 0,16 7,18 158,15 1,40 2,17 7,05

Mar. 188,39 0,25 1,29 6,90 220,96 -0,21 -0,05 6,69 159,46 0,83 3,02 7,21

Abr. 188,41 0,01 1,30 6,41 220,96 0,00 -0,05 6,43 159,49 0,02 3,04 6,43

Maio 194,18 3,06 4,40 7,18 232,67 5,30 5,25 7,95 159,97 0,30 3,35 6,26

Jun. 194,78 0,31 4,73 6,50 232,93 0,11 5,36 6,83 160,90 0,58 3,95 6,16

Jul. 196,69 0,98 5,75 7,13 234,75 0,78 6,19 7,07 162,88 1,23 5,23 7,26

Ago. 197,65 0,49 6,27 7,61 234,75 0,00 6,19 6,99 164,70 1,12 6,40 8,47

Set. 198,20 0,28 6,56 7,68 235,41 0,28 6,49 7,08 165,18 0,29 6,71 8,51

Out. 200,40 1,11 7,75 8,64 237,13 0,73 7,26 7,90 167,81 1,59 8,41 9,66

Nov. 200,98 0,29 8,06 8,39 236,75 -0,16 7,09 7,30 169,25 0,86 9,34 9,85

Dez. 201,74 0,38 8,47 8,47 236,56 -0,08 7,01 7,01 170,86 0,95 10,38 10,38

2002 Jan. 202,04 0,15 0,15 8,27 236,39 -0,07 -0,07 6,93 171,58 0,42 0,42 10,01

Fev. 202,44 0,20 0,35 7,73 236,86 0,20 0,13 6,97 171,92 0,20 0,62 8,71

Mar. 203,29 0,42 0,77 7,91 237,12 0,11 0,24 7,31 173,30 0,80 1,43 8,68

Abr. 203,70 0,20 0,97 8,12 237,21 0,04 0,27 7,35 173,99 0,40 1,83 9,09

Maio 211,18 3,67 4,68 8,75 251,18 5,89 6,18 7,96 175,68 0,97 2,82 9,82

Jun. 212,11 0,44 5,14 8,90 252,96 0,71 6,93 8,60 175,86 0,10 2,93 9,30

Jul. 212,56 0,21 5,36 8,07 253,85 0,35 7,31 8,14 175,93 0,04 2,97 8,01

Ago. 215,30 1,29 6,72 8,93 255,70 0,73 8,09 8,92 179,47 2,01 5,04 8,97

Set. 217,00 0,79 7,56 9,49 257,26 0,61 8,75 9,28 181,28 1,01 6,10 9,75

Out. 219,60 1,20 8,85 9,58 257,08 -0,07 8,67 8,41 186,36 2,80 9,07 11,05

Nov. 224,45 2,21 11,26 11,68 257,05 -0,01 8,66 8,57 195,58 4,95 14,47 15,56

Dez. 226,20 0,78 12,12 12,12 257,31 0,10 8,77 8,77 198,65 1,57 16,26 16,26

2003 Jan. 229,62 1,51 1,51 13,65 259,32 0,78 0,78 9,70 203,34 2,36 2,36 18,51

Fev. 231,48 0,81 2,33 14,34 261,16 0,71 1,50 10,26 205,21 0,92 3,30 19,36

Mar. 233,56 0,90 3,25 14,89 261,24 0,03 1,53 10,17 209,09 1,89 5,26 20,65

Abr. 235,80 0,96 4,24 15,76 261,40 0,06 1,59 10,20 213,21 1,97 7,33 22,54

Maio 246,36 4,48 8,91 16,66 279,91 7,08 8,78 11,44 216,71 1,64 9,09 23,35

Jun. 249,76 1,38 10,42 17,75 285,42 1,97 10,92 12,83 218,23 0,70 9,86 24,09

Jul. 251,71 0,78 11,28 18,42 288,33 1,02 12,06 13,58 219,34 0,51 10,42 24,67

Ago. 255,51 1,51 12,96 18,68 297,59 3,21 15,65 16,38 218,29 -0,48 9,89 21,63

Set. 256,38 0,34 13,34 18,15 299,11 0,51 16,24 16,27 218,60 0,14 10,04 20,59

Out. 256,76 0,15 13,51 16,92 299,41 0,10 16,36 16,47 219,06 0,21 10,27 17,55

Nov. 257,27 0,20 13,74 14,62 301,00 0,53 16,98 17,10 218,62 -0,20 10,05 11,78

Dez. 257,50 0,09 13,84 13,84 301,81 0,27 17,29 17,29 218,34 -0,13 9,91 9,91

2004 Jan. 258,43 0,36 0,36 12,55 302,26 0,15 0,15 16,56 219,67 0,61 0,61 8,03Fonte: SindusCon-SP/GVconsult

Mão-de-obraGlobal Material

Índice (Base Jun/94 = 100)

Variação (%)

No Mês

Variação (%)

No Mês No Ano Em 12 Meses

Período

Custo da Construção Residencial no Estado de São Paulo - Padrão H8-2N

Índice (Base Jun/94 = 100) No Mês No Ano Em 12

Meses

Variação (%)Índice (Base

Jun/94 = 100) No Ano Em 12 Meses

Conjuntura da Construção 2 1.pmd 4/3/2004, 12:1125

26 Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

Emprego da Construção por Estados

26 Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

2000 3.226 2.707 7.331 1.319 26.393 2.278 10.150 17.485 12.384 30.898 14.730 13.769 46.475 10.601 11.711 66.677

2001 Jan. 3.202 2.642 7.601 1.351 26.592 2.118 10.521 17.721 12.445 31.023 14.759 13.735 46.929 10.551 12.099 67.529

Fev. 3.348 2.769 7.695 1.347 27.179 2.143 10.983 18.018 12.408 30.512 15.087 13.636 46.732 9.982 12.213 66.621

Mar. 3.512 2.730 7.668 1.353 27.479 2.216 11.014 18.405 12.104 30.443 15.143 13.618 47.240 9.713 12.169 66.341

Abr. 3.719 2.873 7.829 1.332 28.157 2.262 11.097 18.850 12.447 30.065 15.099 13.806 47.468 9.817 11.810 66.293

Maio 3.748 2.949 8.113 1.268 28.802 2.346 11.494 18.951 12.490 30.463 15.172 13.816 47.840 9.790 11.870 66.638

Jun. 3.890 3.070 8.462 1.263 29.989 2.524 11.779 19.167 12.120 30.553 14.893 14.006 47.962 9.718 11.668 66.132

Jul. 3.927 3.192 8.796 1.279 31.037 2.716 11.916 19.553 12.293 30.722 14.865 13.933 47.450 9.786 11.726 66.224

Ago. 4.168 3.382 8.742 1.336 30.967 2.989 12.261 19.651 12.292 30.785 14.907 13.828 47.871 9.986 11.855 64.945

Set. 4.230 3.512 8.746 1.364 31.604 2.959 12.131 19.755 11.930 30.983 15.243 13.594 48.652 10.172 11.768 63.443

Out. 4.173 3.546 9.025 1.337 31.488 2.945 11.477 19.534 11.726 31.182 15.188 13.967 48.846 10.015 11.771 62.112

Nov. 3.790 3.419 9.086 1.289 30.575 2.931 11.289 19.407 11.114 30.719 14.960 13.890 48.898 9.768 11.804 62.985

Dez. 3.405 3.265 8.758 1.258 29.295 2.870 10.423 18.514 10.384 30.043 14.577 13.607 47.191 9.730 11.509 61.676

2002 Jan. 3.365 3.160 8.779 1.252 29.029 2.624 10.374 17.332 10.195 30.220 14.476 13.491 47.275 9.881 11.799 63.105

Fev. 3.405 2.990 8.805 1.235 28.651 2.545 10.421 17.104 10.159 30.686 14.298 13.649 47.679 10.153 12.218 63.890

Mar. 3.588 2.808 8.800 1.256 28.672 2.534 10.804 16.490 10.164 30.842 14.339 13.910 48.039 10.675 12.495 65.454

Abr. 3.712 2.845 8.866 1.209 28.863 2.513 11.638 16.392 9.952 30.661 14.407 14.181 48.815 11.050 12.709 65.918

Maio 3.729 2.873 8.622 1.150 28.796 2.580 12.442 15.893 10.109 30.672 14.577 14.321 48.445 11.146 12.825 65.203

Jun. 3.643 2.928 8.598 1.129 28.996 2.710 12.613 15.531 10.336 30.790 14.356 14.536 48.446 11.232 12.851 63.875

Jul. 3.775 3.041 8.455 1.147 30.135 3.082 12.427 15.374 10.596 30.853 13.990 14.582 48.548 10.998 13.069 63.214

Ago. 4.053 3.297 8.486 1.243 30.004 3.231 12.610 15.534 10.634 30.630 13.834 14.080 48.903 11.045 13.370 62.314

Set. 4.162 3.302 8.598 1.318 28.922 3.209 12.151 16.065 10.914 31.044 13.999 14.030 49.576 10.796 13.615 62.288

Out. 4.024 3.082 8.649 1.246 28.680 3.223 11.788 16.001 10.968 31.082 14.106 13.798 49.472 10.905 13.712 61.949

Nov. 4.356 2.924 8.523 1.209 28.778 3.066 10.555 15.671 10.746 30.847 14.072 13.085 49.247 10.770 13.808 62.115

Dez. 3.807 2.668 8.116 1.209 27.043 2.713 9.020 14.703 10.339 29.990 13.446 12.090 47.502 10.170 13.252 60.326

2003 Jan. 3.802 2.578 8.018 1.229 25.920 2.505 8.785 14.058 9.950 29.683 13.347 10.917 46.846 10.212 13.330 60.330

Fev. 3.292 2.509 7.945 1.124 24.899 2.420 8.693 13.745 9.935 29.639 13.600 10.790 46.300 10.177 13.364 59.987

Mar. 3.035 2.510 7.631 1.097 23.815 2.340 8.450 13.113 9.771 29.060 13.778 10.401 45.246 9.962 13.379 59.147

Abr. 2.869 2.483 7.701 1.087 23.344 2.362 8.542 12.820 9.626 29.218 13.545 10.382 44.481 9.883 13.340 58.368

Maio 3.096 2.332 7.480 1.111 23.460 2.224 9.205 12.778 9.819 29.710 13.776 10.125 44.214 9.635 13.511 58.081

Jun. 3.289 2.327 7.441 1.103 23.477 2.180 10.126 13.048 9.646 30.107 14.089 10.007 43.890 9.529 13.629 57.750

Jul. 3.471 2.409 7.357 1.043 24.764 2.298 10.475 13.158 9.447 29.963 14.395 10.005 43.672 9.150 14.176 57.434

Ago. 3.630 2.413 7.818 1.071 25.128 2.646 10.848 13.330 9.525 29.517 14.276 9.838 43.713 9.158 14.373 58.117

Set. 3.386 2.392 7.759 1.088 25.413 2.715 11.070 13.561 9.006 29.525 14.358 9.659 44.374 9.255 14.384 58.960

Out. 3.302 2.470 8.057 1.091 25.969 2.700 11.289 14.421 8.974 29.725 14.012 10.175 44.539 9.558 14.166 58.945

Nov. 3.139 2.409 8.245 1.093 24.619 2.466 11.471 14.327 8.704 29.955 14.076 9.911 44.513 9.639 13.853 59.123

Dez. 2.702 2.293 7.855 1.041 21.877 2.178 10.288 13.335 8.010 29.014 13.792 9.586 42.951 9.179 13.375 57.757

Fonte: SindusCon-SP/GV Consult e MTE

Período

BahiaPernan-buco

Região Nordeste

Paraíba Ala-goas SergipeMara-nhão Piauí Ceará

Rio Grande do Norte

Região Norte

Ron-dônia Acre Amazo-

nas Roraima Pará Amapá Tocan-tins

Conjuntura da Construção 2 1.pmd 4/3/2004, 12:1126

27Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

Emprego da Construção por Estados

27Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

2000 162.736 24.896 126.428 366.355 70.960 41.578 76.580 11.930 12.500 35.952 29.355

2001 Jan. 161.125 25.346 127.525 373.306 71.648 41.974 76.212 12.352 12.360 36.552 27.454

Fev. 159.940 25.573 128.446 376.933 70.905 42.593 76.001 12.284 12.472 36.954 27.450

Mar. 158.787 25.693 128.304 379.407 70.457 43.375 76.045 12.194 12.501 37.217 27.786

Abr. 160.981 26.717 130.896 385.679 70.351 44.584 77.167 12.496 12.831 38.409 27.714

Maio 161.501 26.808 131.342 384.258 71.070 44.637 76.997 12.625 12.359 38.364 27.947

Jun. 161.846 27.017 133.542 382.580 68.885 44.442 77.046 12.847 12.140 38.276 27.775

Jul. 159.972 27.225 135.494 381.018 68.323 44.603 77.551 13.190 12.101 38.395 27.587

Ago. 159.226 28.240 133.309 378.868 67.413 45.896 77.903 13.308 12.313 38.755 26.989

Set. 159.394 28.646 133.085 375.295 66.716 46.289 77.867 13.618 12.801 38.788 26.359

Out. 160.517 29.257 133.000 374.401 65.667 46.445 77.793 13.927 12.819 38.207 26.018

Nov. 157.139 29.381 133.049 368.252 66.204 46.224 77.472 14.094 12.511 37.989 25.396

Dez. 150.375 28.801 131.411 360.383 64.445 44.496 75.750 13.607 11.900 35.820 24.474

2002 Jan. 150.164 29.151 131.501 360.498 64.883 44.985 76.715 14.105 12.081 35.961 24.159

Fev. 150.027 29.807 132.913 359.966 64.332 44.666 75.766 14.491 12.128 36.057 24.168

Mar. 150.621 29.773 133.501 360.907 62.526 44.024 75.204 14.820 12.342 35.679 24.502

Abr. 152.978 30.022 131.414 362.562 63.340 44.744 75.174 14.753 12.886 36.491 25.136

Maio 154.374 29.850 130.242 359.238 62.107 45.164 74.642 14.464 12.991 36.446 25.214

Jun. 156.831 29.831 131.370 361.086 62.613 45.675 74.688 14.425 13.082 36.024 25.273

Jul. 157.257 29.961 133.312 361.149 63.717 46.241 74.659 14.444 12.809 35.718 25.035

Ago. 159.706 30.607 133.768 361.067 64.358 46.256 73.857 14.420 12.610 35.955 25.144

Set. 162.112 31.471 134.883 360.830 65.017 46.233 74.548 14.857 11.979 36.178 25.491

Out. 163.732 30.722 135.473 359.813 65.919 46.665 74.930 14.738 11.772 35.478 25.232

Nov. 161.014 30.383 135.568 359.356 64.736 46.556 75.354 14.480 11.365 34.424 24.800

Dez. 152.298 29.389 132.342 354.897 61.366 44.442 73.710 14.056 9.735 32.146 23.680

2003 Jan. 149.840 29.711 131.784 354.258 62.211 44.955 74.688 13.968 9.507 32.088 23.599

Fev. 148.582 29.306 133.649 354.287 62.092 45.031 75.073 13.918 9.287 32.325 22.973

Mar. 147.790 28.607 133.399 353.181 61.281 44.521 74.954 13.487 8.965 31.601 22.634

Abr. 148.195 29.237 135.493 355.087 60.220 44.925 75.724 13.259 8.984 31.873 23.150

Maio 148.268 28.348 134.959 355.465 61.187 45.213 75.589 13.174 8.877 32.129 23.266

Jun. 150.301 28.951 137.387 354.478 60.534 45.831 75.979 13.207 8.809 32.494 23.372

Jul. 152.180 28.815 138.317 353.386 59.977 45.456 76.410 13.287 9.012 33.499 23.294

Ago. 154.003 28.720 138.611 352.647 59.478 45.249 76.971 13.710 9.774 34.244 23.322

Set. 157.529 28.482 139.863 351.159 59.805 45.260 77.487 14.297 10.424 35.354 23.476

Out. 158.720 28.234 139.654 350.930 59.749 45.136 78.534 14.288 10.574 35.122 23.346

Nov. 155.166 28.301 138.935 352.607 59.609 45.164 78.638 14.278 10.251 34.204 23.419

Dez. 146.698 27.573 135.443 345.826 57.080 43.546 76.684 13.468 9.103 32.444 22.991

Fonte: SindusCon-SP/GV Consult e MTE

Período

São Paulo Santa Catarina

Rio Grande do Sul

Região Centro-Oeste

Mato Grosso do

Sul Paraná Minas

Gerais Espírito

Santo Rio de Janeiro

Mato Grosso Goiás

Região SulRegião Sudeste

Distrito Federal

Conjuntura da Construção 2 1.pmd 4/3/2004, 12:1227

28 Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

Emprego da Construção por Segmento

28 Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

2000 30.969 804.979 89.437 83.534 83.927 1.090.850 3.678 61.581 81.306 146.554 1.237.404

2001 Jan. 31.137 804.967 91.343 85.513 85.903 1.098.863 3.873 62.056 81.880 147.809 1.246.672

Fev. 31.426 805.801 91.713 86.260 86.330 1.101.530 3.882 62.235 82.577 148.694 1.250.224

Mar. 31.436 804.002 94.378 86.888 86.993 1.103.697 3.906 62.300 83.011 149.217 1.252.914

Abr. 31.733 812.924 96.508 88.525 89.177 1.118.867 3.933 62.645 85.304 151.882 1.270.749

Maio 31.680 814.033 96.699 89.065 90.124 1.121.601 4.082 63.537 84.438 152.057 1.273.658

Jun. 32.040 812.770 96.358 88.829 91.479 1.121.476 4.139 63.559 84.418 152.116 1.273.592

Jul. 32.323 812.144 96.838 88.343 92.073 1.121.721 3.899 63.865 85.389 153.153 1.274.874

Ago. 32.833 810.614 96.345 86.460 91.434 1.117.686 3.915 64.048 86.536 154.499 1.272.185

Set. 33.061 809.738 94.349 86.021 91.833 1.115.002 3.985 64.346 85.611 153.942 1.268.944

Out. 33.244 808.290 91.759 85.845 92.196 1.111.334 4.083 64.728 86.238 155.049 1.266.383

Nov. 32.686 797.836 90.554 86.046 91.522 1.098.644 4.089 64.820 86.082 154.991 1.253.635

Dez. 32.143 770.131 88.283 84.502 89.553 1.064.612 4.005 64.638 84.712 153.355 1.217.967

2002 Jan. 32.628 772.252 86.526 84.811 89.429 1.065.646 3.925 64.830 86.159 154.914 1.220.560

Fev. 32.737 776.182 84.160 85.285 89.188 1.067.552 3.972 64.784 85.901 154.657 1.222.209

Mar. 32.715 781.807 81.655 85.233 88.537 1.069.947 4.039 64.892 85.891 154.822 1.224.769

Abr. 32.963 788.314 83.004 84.767 88.214 1.077.262 4.171 65.313 86.485 155.969 1.233.231

Maio 33.274 786.445 79.964 83.453 88.840 1.071.976 4.129 65.379 86.631 156.139 1.228.115

Jun. 33.478 789.206 80.809 83.776 89.271 1.076.540 4.114 65.642 87.172 156.928 1.233.468

Jul. 33.481 792.057 80.819 83.646 89.596 1.079.599 4.187 65.855 87.947 157.989 1.237.588

Ago. 33.521 797.797 78.953 83.427 89.498 1.083.196 4.241 65.851 87.728 157.820 1.241.016

Set. 33.682 803.710 78.961 83.983 88.645 1.088.981 4.321 66.102 88.184 158.607 1.247.588

Out. 33.884 803.452 78.214 83.534 88.913 1.087.997 4.387 66.195 88.580 159.162 1.247.159

Nov. 33.628 794.401 78.550 82.892 89.580 1.079.051 4.372 66.113 88.272 158.757 1.237.808

Dez. 32.923 758.449 76.684 81.556 88.297 1.037.909 4.280 65.847 86.419 156.546 1.194.455

2003 Jan. 32.925 753.016 75.422 82.950 87.363 1.031.676 4.306 66.531 85.606 156.443 1.188.119

Fev. 32.902 748.349 75.279 84.003 87.216 1.027.749 4.292 66.770 86.131 157.193 1.184.942

Mar. 32.783 737.572 74.215 83.209 87.987 1.015.766 4.225 66.782 86.382 157.389 1.173.155

Abr. 33.031 737.896 74.482 82.685 88.240 1.016.334 4.343 67.449 88.072 159.864 1.176.198

Maio 33.642 739.431 74.044 82.306 88.065 1.017.488 4.344 67.750 87.450 159.544 1.177.032

Jun. 33.745 743.182 75.685 81.890 88.100 1.022.602 4.461 68.105 87.813 160.379 1.182.981

Jul. 33.845 746.133 76.115 82.250 87.846 1.026.189 4.327 68.267 88.067 160.661 1.186.850

Ago. 34.560 748.055 75.076 83.203 88.935 1.029.829 4.314 68.248 89.739 162.301 1.192.130

Set. 35.329 751.984 75.363 84.140 89.241 1.036.057 4.554 68.718 90.712 163.984 1.200.041

Out. 35.536 753.923 75.381 85.121 90.128 1.040.089 4.407 68.668 90.516 163.591 1.203.680

Nov. 35.722 748.105 74.480 84.903 90.854 1.034.064 4.338 68.459 91.254 164.051 1.198.115

Dez. 34.340 713.321 73.165 83.790 89.781 994.397 4.223 67.743 89.726 161.692 1.156.089

Fonte: SindusCon-SP/GV Consult e MTE

Período Obras de Instalação

Obras de Acaba-

mento

Preparação de Terreno Edificações Infra-

Estrutura Total Total

TotalAluguel de Equipa-mentos

Incorpo-ração de Imóveis

Engenharia e Arquitetura

Obras Serviços

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29Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

Emprego da Construção Paulista por Segmento

29Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

2000 11.531 206.362 22.872 32.603 36.727 308.099 822 26.310 31.135 58.256 366.355

2001 Jan. 11.607 208.840 22.916 33.374 37.901 314.638 895 26.341 31.432 58.668 373.306

Fev. 11.930 210.499 23.706 33.850 38.001 317.986 919 26.391 31.637 58.947 376.933

Mar. 11.842 211.140 24.899 34.005 38.596 320.482 896 26.367 31.662 58.925 379.407

Abr. 12.071 214.250 24.938 35.071 40.007 326.337 917 26.483 31.942 59.342 385.679

Maio 12.030 213.144 24.654 34.774 40.324 324.926 953 26.475 31.904 59.332 384.258

Jun. 12.000 211.251 24.687 34.571 40.790 323.299 1.007 26.311 31.963 59.281 382.580

Jul. 12.088 210.173 24.290 34.330 40.847 321.728 842 26.311 32.137 59.290 381.018

Ago. 11.943 209.973 23.312 33.109 40.780 319.117 837 26.366 32.548 59.751 378.868

Set. 12.013 208.565 21.751 32.842 41.154 316.325 920 26.537 31.513 58.970 375.295

Out. 11.949 207.904 21.730 32.183 41.139 314.905 927 26.674 31.895 59.496 374.401

Nov. 11.809 204.293 20.273 31.775 40.597 308.747 948 26.664 31.893 59.505 368.252

Dez. 11.701 199.322 19.327 31.307 39.735 301.392 977 26.506 31.508 58.991 360.383

2002 Jan. 11.936 199.451 18.333 31.503 39.629 300.852 919 26.503 32.224 59.646 360.498

Fev. 11.972 199.658 17.971 32.024 39.379 301.004 920 26.496 31.546 58.962 359.966

Mar. 12.027 200.314 18.401 32.635 38.498 301.875 913 26.512 31.607 59.032 360.907

Abr. 12.220 202.177 18.797 32.210 37.728 303.132 924 26.622 31.884 59.430 362.562

Maio 12.231 199.669 18.517 31.218 38.246 299.881 933 26.696 31.728 59.357 359.238

Jun. 12.272 200.464 18.957 30.716 38.986 301.395 954 26.763 31.974 59.691 361.086

Jul. 12.297 201.320 18.733 29.978 39.230 301.558 955 26.753 31.883 59.591 361.149

Ago. 12.227 202.187 18.202 30.051 39.137 301.804 947 26.758 31.558 59.263 361.067

Set. 12.325 202.899 17.962 30.014 38.036 301.236 966 26.871 31.757 59.594 360.830

Out. 12.399 202.085 17.929 29.289 38.226 299.928 960 26.958 31.967 59.885 359.813

Nov. 12.387 201.351 17.961 29.035 39.037 299.771 939 26.912 31.734 59.585 359.356

Dez. 12.241 198.378 17.879 28.725 38.637 295.860 928 26.687 31.422 59.037 354.897

2003 Jan. 12.409 198.885 17.679 28.892 37.596 295.461 930 26.879 30.988 58.797 354.258

Fev. 12.470 198.612 17.919 29.044 37.566 295.611 918 26.890 30.868 58.676 354.287

Mar. 12.434 197.087 17.553 28.999 38.394 294.467 881 26.845 30.988 58.714 353.181

Abr. 12.463 198.021 17.482 29.010 38.693 295.669 876 27.033 31.509 59.418 355.087

Maio 12.496 197.917 17.339 29.284 38.888 295.924 883 27.130 31.528 59.541 355.465

Jun. 12.457 197.600 17.403 29.104 38.916 295.480 878 27.099 31.021 58.998 354.478

Jul. 12.505 196.770 17.544 29.248 38.414 294.481 874 27.047 30.984 58.905 353.386

Ago. 12.796 194.460 17.695 29.744 38.983 293.678 893 27.042 31.034 58.969 352.647

Set. 12.891 192.711 17.303 30.354 38.611 291.870 900 27.169 31.220 59.289 351.159

Out. 12.799 192.134 17.575 30.247 38.944 291.699 891 27.086 31.254 59.231 350.930

Nov. 12.907 193.066 17.538 30.150 39.081 292.742 883 27.045 31.937 59.865 352.607

Dez. 12.388 188.022 17.758 29.696 38.439 286.303 845 26.740 31.938 59.523 345.826

Fonte: SindusCon-SP/GV Consult e MTE

Período

Total Total

TotalAluguel de Equipa-mentos

Incorpo-ração de Imóveis

Engenharia e Arquitetura

Obras Serviços

Obras de Instalação

Obras de Acaba-

mento

Preparação de Terreno Edificações Infra-

Estrutura

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30 Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

Preços de Materiais de Construção no Estado de São Paulo

30 Conjuntura da Construção I Ano 2 Número 1 Março de 2004

Cerâmica esmaltada 20x20cm m² 13,73 1,78 1,78 35,14

Torneira cromada p/ pia de cozinha unidade 48,38 0,39 0,39 29,08

Laminado melamínico textur branco 1,3mm m² 17,51 3,61 3,61 29,03

Vidro liso transparente 4mm s/ colocação m² 50,01 0,99 0,99 28,23

Dobradiça pesada em latão polido unidade 8,82 3,40 3,40 24,93

Cerâmica esmaltada 20x30cm extra m² 14,68 3,02 3,02 24,72

Tábua corrida de ipê p/ assoalho 2x15cm m² 50,49 0,34 0,34 23,84

Dobradiça em ferro polido unidade 2,98 0,34 0,34 23,65

Telha ondulada fibrocimento 6mm m² 8,76 0,69 0,69 23,21

Tubo de ferro fundido HL Ø=100mm barra 181,89 -1,61 -1,61 22,95

Placa de gesso p/ forro s/ colocação m² 7,91 0,38 0,38 22,83

Perfil de alumínio extr. p/ receber anod kg 11,03 0,00 0,00 21,34

Forração 4mm s/ colocação m² 9,88 0,61 0,61 20,19

Cal hidratada saco 20kg saco 4,03 -0,25 -0,25 18,53

Registro de pressão cromado Ø=1,27cm unidade 32,44 2,53 2,53 16,65

Líquido desmoldante p/ fôrmas lata 78,85 4,92 4,92 16,21

Aço CA 50A ø=12,5mm kg 1,74 0,58 0,58 16,00

Batente p/cera ou verniz 3,5x14x70x210cm unidade 74,86 -1,10 -1,10 15,76

Granito polido p/ piso 40x40cm m² 103,62 3,05 3,05 14,80

Fio termoplástico 1,5mm² m 0,24 0,00 0,00 14,29

Emulsâo asfáltica c/elastômero p/imperm. kg 4,34 5,85 5,85 13,91

Chapa compensado plastificado 18mm m² 23,89 -0,79 -0,79 12,27

Vaso sanitário louça branca unidade 53,16 0,97 0,97 12,06

Porta lisa p/cera ou verniz 3,5x70x210cm unidade 77,98 1,40 1,40 11,99

Azulejo decorado 15x15cm 1ª linha m² 10,17 4,63 4,63 10,91

Azulejo branco 15x15cm 2ª linha m² 8,05 1,51 1,51 10,73

Eletroduto PVC rígido Ø ext.=3,81cm barra 8,29 2,22 2,22 10,68

Tubo de PVC rígido rosca água Ø=25mm barra 14,71 3,81 3,81 10,60

Bloco de concreto de vedação p/ alven. unidade 0,98 0,00 0,00 10,11

Caixilho de ferro canton. 19mm 60x100cm m² 105,34 6,80 6,80 9,05

Porta lisa p/ pintura 3,5x70x210cm unidade 50,19 4,45 4,45 8,97

Disjuntor monopolar 15A unidade 4,14 3,24 3,24 6,98

Tinta látex branca PVA lata 130,12 -0,39 -0,39 6,09

Tijolo maciço comum 5x10x20cm milheiro 68,12 -1,57 -1,57 5,84

Tubo de cobre Ø=15mm classe industrial m 5,77 0,00 0,00 5,48

Interruptor de 1 tecla c/ espelho unidade 3,20 2,24 2,24 4,58

Caixilho em alumínio série 25 60x100cm m² 202,44 -2,37 -2,37 3,53

Óleo diesel l 1,41 0,00 0,00 2,92

Carpete em polipropileno 6mm s/colocação m² 21,16 0,86 0,86 2,82

Cimento CPE-32 saco 50kg saco 17,70 0,17 0,17 2,49

Concreto usinado FCK 15,0 MPa pedra 1 2 m³ 140,61 0,82 0,82 1,98

Tijolo cerâmico 8 furos 10x20x20cm milheiro 205,67 1,68 1,68 1,90

Batente p/ pintura 3,5x14x70x210cm unidade 39,11 3,19 3,19 0,93

Areia média lavada m³ 30,49 0,10 0,10 0,59

Brita 2 m³ 27,82 -0,07 -0,07 0,18

Porta madeira lei almofad. 80x210x3,5cm unidade 206,49 0,33 0,33 -2,65

Piso de mármore esp.=2cm s/ colocação m² 84,90 -1,46 -1,46 -2,84

Locação de betoneira elétrica 320 l R$/mês 139,15 1,37 1,37 -3,13

Dobradiça em ferro cromado unidade 4,73 -2,47 -2,47 -5,96Fonte: SindusCon-SP/GVconsult

Janeiro de 2004 - Ordem Decrescente de Variação Percentual em 12 Meses

Unidade PreçoMaterialVariação (%)

Mês Ano 12 Meses

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