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Dívidas Ocultas: tribunal de Londres chumba recursos da Privinvest, inclui Iskandar Safa como réu e marca próxima audiência para Janeiro de 2021 O processo das dívidas ocultas de Moçambique que corre seus trâmites num tribunal de Londres assumiu novos desenvolvimentos, com o juiz da Secção Comercial do Tribunal Superior de Justiça (HIGH COURT OF JUSTICE), Justice Waksman, a rejeitar as petições da Privinvest, que pretendia evitar responder o caso na justiça britânica. Face à queixa de Moçambique na justiça britânica contra a Privinvest e suas subsidiárias envolvidas nas dívidas ocultas [no total são 10 réus, ver mais aqui https://cipmoz.org/2020/05/26/iniciou-julgamento-das-dividas-ocultas-na-inglaterra/, a construtora naval defendeu- se questionando a competência da justiça inglesa para julgar a matéria controvertida, alegando por um lado que o caso estava a ser tratado na arbitragem Suíça e, por outro, que o nome da empresa estava mal escrito na queixa, pelo que a mesma queixa era como que contra uma entidade inexistente. O Juiz indeferiu todas as petições da Privinvest e marcou a próxima audição para Janeiro do próximo ano. Adicionalmente, o juiz aceitou uma emenda submetida por Moçambique e incluiu o proprietário da Privinvest, Iskandar Safa, como arguido. Cidadãos moçambicanos envolvidos nas dívidas ocultas, incluindo o antigo presidente da República, Armando Guebuza, foram arrolados no processo, como pessoas relevantes para ajudar a esclarecer o caso. A maioria parte deles são réus noutros dois processos das dívidas ocultas que correm seus trâmites emMoçambique e nos Estados Unidos da América, respectivamente. Eis os cidadãos moçambicanos arrolados no processo das dívidas ocultas em curso no Reino Unido. MANUEL CHANG, réu nos EUA e em Moçambique; ANTÓNIO DO ROSÁRIO, réu nos EUA e em Moçambique; ARMANDO EMILIO GUEBUZA ARMANDO NDAMBI GUEBUZA, réu em Moçambique TEÓFILO NHAMGUMELE, réu nos EUA e em Moçambique BRUNO LANGA, réu em Moçambique; MR GREGÓRIO LEÃO JOSÉ, réu em Moçambique MS ISALTINA LUCAS

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Dívidas Ocultas: tribunal de Londres chumba recursos da Privinvest, inclui Iskandar Safa como réu e marca próxima audiência para Janeiro de 2021

O processo das dívidas ocultas de Moçambique que corre seus trâmites num tribunal de Londres assumiu novos desenvolvimentos, com o juiz da Secção Comercial do Tribunal Superior de Justiça (HIGH COURT OF JUSTICE), Justice Waksman, a rejeitar as petições da Privinvest, que pretendia evitar responder o caso na justiça britânica.

Face à queixa de Moçambique na justiça britânica contra a Privinvest e suas subsidiárias envolvidas nas dívidas ocultas [no total são 10 réus, ver mais aqui https://cipmoz.org/2020/05/26/iniciou-julgamento-das-dividas-ocultas-na-inglaterra/, a construtora naval defendeu-se questionando a competência da justiça inglesa para julgar a matéria controvertida, alegando por um lado que o caso estava a ser tratado na arbitragem Suíça e, por outro, que o nome da empresa estava mal escrito na queixa, pelo que a mesma queixa era como que contra uma entidade inexistente.

O Juiz indeferiu todas as petições da Privinvest e marcou a próxima audição para Janeiro do próximo ano. Adicionalmente, o juiz aceitou uma emenda submetida por Moçambique e incluiu o proprietário da Privinvest, Iskandar Safa, como arguido.

Cidadãos moçambicanos envolvidos nas dívidas ocultas, incluindo o antigo presidente da República, Armando Guebuza, foram arrolados no processo, como pessoas relevantes para ajudar a esclarecer o caso. A maioria parte deles são réus noutros dois processos das dívidas ocultas que correm seus trâmites emMoçambique e nos Estados Unidos da América, respectivamente.

Eis os cidadãos moçambicanos arrolados no processo das dívidas ocultas em curso no Reino Unido.

• MANUEL CHANG, réu nos EUA e em Moçambique;

• ANTÓNIO DO ROSÁRIO, réu nos EUA e em Moçambique;

• ARMANDO EMILIO GUEBUZA

• ARMANDO NDAMBI GUEBUZA, réu em Moçambique

• TEÓFILO NHAMGUMELE, réu nos EUA e em Moçambique

• BRUNO LANGA, réu em Moçambique;

• MR GREGÓRIO LEÃO JOSÉ, réu em Moçambique

• MS ISALTINA LUCAS

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CENTRO DE INTEGRIDADE PÚBLICAAnticorrupção - Transparência - Integridade

Rua Fernão Melo e Castro nº 124, Bairro da SommerschieldTel: (+258) 21 499916 | Fax: (+258) 21 499917 Cel: (+258) 82 3016391

Email: [email protected] @CIP.Mozambique @CIPMoz +258 84 389 0584 www.cipmoz.org | Maputo - Moçambique

Maputo, 23 de Agosto de 2020

Nota de explicação

O Centro de Integridade Pública (CIP) segue com grande interesse o caso das dívidas ocultas desde que foi despoletado. Este é o maior escândalo financeiro desde que Moçambique existe como Estado e os seus efeitos são por demais dolorosos para os moçambicanos. Por estes motivos, o CIP decidiu acompanhar de perto todos os desenvolvimentos do caso para melhor se informar e consciencializar os moçambicanos sobre os males da corrupção.

O CIP passará a fazer publicações especiais relacionadas com todos os acontecimentos importantes do caso para que mais moçambicanos possam acompanhar a evolução dos factos. O CIP colabora e está aberto a colaborar com a imprensa moçambicana para troca de informação em torno deste caso.