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Liberte-se das dívidas Lélio Braga Calhau Francielle Laia Rocha

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Liberte-sedas dívidas

lélio braga Calhau Francielle laia rocha

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PERSONAGENS

FAMÍLIA SILVAMONSTRO DA

DÍVIDA

Professor Lélio LUCRÉCIA

CRÉDITO

EQUIPE EDUCAÇÃO FINANCEIRA

3

O povo brasileiro está muito endividado. A explosão da

facilidade do crédito na última década não foi acompanhada por

um mínimo de preparação para que as pessoas pudessem usar o

crédito de uma forma sustentável.

Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do

Consumidor (Peic) da Confederação Nacional do Comércio (abril

de 2015), O percentual de famílias que relataram ter dívidas entre

cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de

loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros alcançou

61,6% em abril de 2015, o que representa uma alta em relação

aos 59,6% observados em março de 2015, mas uma queda em

relação aos 62,3% de abril de 2014

A epidemia do superendividamento hoje é um grande problema

social no Brasil. Mais importante do que saber usar planilhas, é a

consciência e a força de vontade que fazem o consumidor sair de uma

situação de endividamento e resgatar o seu equilíbrio financeiro.

É a mudança de comportamento, uma transformação interior,

que lhe possibilitará em algum tempo a quitação de todas as suas

dívidas e a sua elevação a um outro patamar de vida: o de investidor.

Tenha fé e se esforce muito. Não caia em armadilhas de

consumo! Busque padrões sustentáveis de comportamento e fuja

de ostentação. Não é esse o comportamento das “pessoas ricas”,

mas de gente endividada e esnobe, que está comprometendo o

futuro de suas famílias somente para passar para a sociedade uma

imagem de algo que não é. Gente assim se ilude. Quando o dinheiro

acaba, os “amigos” somem. Você não quer e não precisa disso.

Prefácio

4

Para ajudar mais pessoas, que se encontram fragilizadas com

essa situação de dificuldade, a FIEMG - Federação de Indústrias

de Minas Gerais, através de sua sempre atuante Regional Rio

Doce, apoiou o desenvolvimento deste manual prático para

os consumidores prevenirem e controlarem a situação de

endividamento financeiro.

Seu equilíbrio financeiro é uma questão de compromisso,

dedicação, consciência e da adoção de bons hábitos financeiros.

Através disso, você construirá um futuro melhor para você e para

toda sua família.

Governador Valadares (MG), agosto de 2015.

Promotor de Justiça de defesa do consumidor, professor, Youtuber e

fundador do site e do Podcast “Educação Financeira para Todos”

Estagiária do MP-MG e acadêmica de Direito pela FADIVALE

Lélio Braga Calhau

Francielle Laia Rocha

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Dedicatórias

Lélio Braga CalhauDedico este livro às minhas irmãs, Kátia, Paula, Renata e Rita. Desejo

todo o sucesso do mundo a vocês e que vocês possam atingir os seus

sonhos. Agradeço, em especial, a FHIEMG - Regional Governador

Valadares, por ter desde o primeiro momento apoiado nosso objetivo

de lutar, mais uma vez, contra o endividamento da população.

Francielle Laia RochaDedico este e-book a meu mestre Dr. Lélio Braga Calhau, um

grande líder, a quem admiro por sua imensa sabedoria e esforço, que

por seus frutos demonstra que o impossível não existe para aqueles

que verdadeiramente correm atrás de seus sonhos. Meu eterno

agradecimento por abrir meus horizontes, fazendo-me acreditar que

sou capaz de dar saltos cada vez maiores, que eu mesma não acreditava

que poderia dar. Como um verdadeiro sábio, semeia conhecimento por

onde passa, e sua humildade reflete nas suas conquistas tornado-as

mais grandiosas do que são. Obrigada pela oportunidade, confiança

e estímulo; aos meus nobres colegas da 15ª Promotoria de Justiça de

Governador Valadares (MG), o meu muito obrigada pela amizade e

ensinamentos, que guardarei por toda a vida.

SUMÁRIO

1ª Lição 07Conheça-te a ti mesmo!

9ª Lição 24Faça um levantamento de todas as suas dívidas...

5ª Lição 15Conheça-te a ti mesmo!

3ª Lição 10Não enfrente “a fera” sozinho!

7ª Lição 20Planeje, planeje, planeje!

2ª Lição 09Não perca o controle emocional nesta hora

10ª Lição 25Crie renda extra na sua família

14ª Lição 30Título de capitalização não é investimento...

11ª Lição 26As arapucas do Marketing e as compras por impulso

15ª Lição 31Use o décimo terceiro e adicionais...

12ª Lição 28 esColAs PrivAdAs x esColAs PúbliCAs

16ª Lição 32Conheça-te a ti mesmo!

13ª Lição 29Compras em supermercados

34Autores

6ª Lição 16venda tudo que puder para quitar...

4ª Lição 13Faça um levantamento das despesas...

8ª Lição 22Converse com seus colaboradores financeiros

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1ª LiçãoCoNheçA-Te A Ti MesMo! Não se eNgANe. A virada financeira da sua vida começa desde já pelo seu amadurecimento pessoal.

Por que você está endividado? Você sempre gastou muito?

Alguém te influencia a gastar mais do que você ganha ou você

gasta por prazer? Seus pais foram consumistas quando você era

criança? Você gosta de parcelar tudo na sua vida?

Para que possamos atacar de frente o problema é preciso

reflexão e, mais do que tudo, aceitar realmente a gravidade do

problema. Não se engane!

Quanto mais tempo você demorar para reconhecer a situação

de endividamento contumaz, mais difíceis serão as medidas que

você deverá tomar no campo pessoal para resolver esse problema.

Se você é um gastador compulsivo, é hora de rever

imediatamente a sua vida, enquanto a situação não se agrava

mais ainda. Grandes dívidas começam, também, com pequenas

e “inocentes” dívidas.

Para que você consiga seu objetivo é importante, em primeiro

lugar, que você tenha um controle perfeito de seu orçamento. Na

prática, isso significa que você deve saber quanto você ganha e

quanto você (realmente) gasta.

Sempre procuramos nos enganar sobre os motivos de um

endividamento. Precisamos por um fim nisso.

Se você está endividado e o seu patrimônio está aumentando,

esse livro não serve para você. Há pessoas que fazem dívidas para

investir. Isso é muito perigoso e deve ser deixado para profissionais

e pessoas, que possuam esse tipo de perfil de investimento. Evite

isso. No geral, as pessoas que fazem isso perdem muito dinheiro,

pois se trata de uma operação muito arriscada para pessoas comuns.

Mas, se, como a imensa maioria das pessoas, você consome,

pega dívidas e seu patrimônio não só diminui, como também fica

estacionado no tempo; a sua situação, então, é muito ruim.

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Não se esqueça que lutamos permanentemente contra o

“custo de vida”. A mais crua verdade é que, se seu patrimônio

fica estacionado no tempo, você está ficando mais pobre. Se você

paga juros, então você vai ficar pobre muito mais rápido ainda.

Vivemos uma “inflação oficial” subavaliada. Independente

das justificativas e forma de cálculo, o brasileiro tem sofrido na

pele os efeitos de uma inflação alta. Nos últimos anos, temos

sentido algo em torno de 10 a 15% ao ano de efeitos da inflação

de verdade em nossas vidas. Isso vai retirando, mais ainda, nossa

capacidade de consumo e também a capacidade de quitar as dívidas.

O “custo de vida”, quando não é levado em conta, vai roendo

nosso patrimônio pelas bordas e quando a pessoa se dá conta,

ela já não tem mais nada.

Fique atento com isso, pois o “custo de vida” é um dos seus grandes inimigos na hora de se libertar de forma definitiva das dívidas.

O custo de vida, por aumentar de forma contínua (além de

nossos salários), vem comendo o nosso “fluxo de caixa”, o dinheiro

que passas nas nossas mãos todos os meses e com o passar do

tempo, vamos perdendo a capacidade de pagar as nossas dívidas.

No início, isso pode começar devagar e de forma silenciosa, mas

no médio e longo prazo, ele é mortal.

Então, é hora de começar a pegar pesado e partir para cima da

sua situação de endividamento.

E lembre-se, não se esconda do problema e não crie subterfúgios.

Você é o único responsável pelo seu próprio endividamento!

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2ª LiçãoNão perca o controle emocional nesta hora. isso só atrapalhará achar o caminho para sair do problema.

Quando as pessoas descobrem que estão endividadas, elas costumam entrar

numa situação de grande tensão emocional. Uma das piores sensações do

consumidor é chegar ao final do mês sem dinheiro para quitar as suas despesas.

Quando o problema envolve, além do consumidor, a sua própria família, a tensão

emocional pode drenar as energias das pessoas. Muitos entram numa depressão

ao verem, que são incapazes de honrar os compromissos e isso prejudica, ainda

mais, a virada para resolver o problema.

Esse descontrole emocional, em alguns casos, é paralisante. O consumidor se

sente impotente e não tem energias para “virar a mesa”.

Neste momento, não adianta mais chorar o “leite derramado”. É hora de

ter calma e bom senso. Um movimento praticado no desespero, como pegar

um empréstimo com juros altos ou recorrer a um agiota (o que é ilegal), pode

prejudicar, e muito, a sua situação financeira.

Então, tenha calma e mãos à obra! É assim que se começa!

10

v

3ª LiçãoNão eNFreNTe “A FerA” soziNho! Converse imediatamente com sua família.

Depois que a pessoa constitui uma família, as decisões financeiras,

para melhor ou pior, sempre afetam a todos do grupo. Não há como

sair dessa situação sem que todos estejam (realmente) envolvidos

nessa libertação.

Até as crianças devem ser envolvidas nesse processo.

Reúna toda a sua família e exponha a situação de endividamento de

forma mais clara possível. Toda família tem gastadores e pessoas econômicas.

Neste momento, não é hora mais de se buscar culpados pelo

endividamento familiar. Nessa reunião, você deverá buscar união

e foco no objetivo comum de retirar a família dessa situação de

endividamento. É chegado, então, o momento de TODOS, sem exceção,

agirem no sentido de ajudar a família a sair disso.

A reação deve partir de todos e não apenas dos líderes da família.

Fique atento com isso!

Há um ditado popular “Pai rico, filho nobre, neto pobre”. Ele

demonstra uma realidade muito comum no Brasil. Uma família onde

os avós juntaram dinheiro ao longo dos anos, os filhos, não sabiam

como administrar nada, pois só pensavam em gastar o que foi juntado

pela geração anterior, e depois, num outro momento, os netos ficam

sem nada, pois tudo foi dizimado pela geração anterior.

Exemplos assim são muito mais comuns do que imaginamos e nos

servem de alerta, pois, há uma ilusão por parte de alguns, de que sempre

terão dinheiro e não precisam mais trabalhar, mas isso não é verdade.

Vivemos numa “sociedade de riscos” e sempre podem ocorrer

fatos, positivos e negativos, que podem impactar o nosso patrimônio.

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Podemos ter aumento no salário, mas podemos, eventualmente,

sofrer um acidente de trânsito, ficar doente, perder o emprego etc.

Todo mundo está sujeito a ocorrência de fatos financeiros negativos e

positivos. Não se iluda quanto a isso.

Se você tem filhos, a sua responsabilidade é ainda maior, pois você

tem que se lembrar de que sempre que o futuro escolar da sua família

está em jogo também. Você dever quitar as suas dívidas e começar, o

mais rápido possível, a investir para que seus filhos tenham dinheiro

para pagar uma boa faculdade.

A notícia boa nesse caso é que, quando começamos a nos preocupar

com isso mais cedo, temos o TEMPO a nosso favor. Quanto mais cedo

obtemos o equilíbrio financeiro, mais cedo nos tornamos investidores.

Mesmo investimentos pequenos, mas recorrentes, em quinze ou

mais anos, por conta dos juros compostos, tem uma capacidade muito

grande de crescimento.

Mas, cuidado redobrado, se você tem filho recém-nascido. Se você

fica endividado, três ou mais anos, você está tirando um período

muito importante do acúmulo de capital, que fatalmente atrapalhará

no futuro de seu filho, pois os juros compostos demoram muito para

fazerem efeitos. Se você demorar três anos para começar, com certeza,

muito mais do que isso será necessário para os juros compostos agirem

lá na frente.

Fale, então, de forma clara com todos e com as crianças, inclusive.

Seja claro e objetivo.

Explique que a situação pode ser transitória, mas que contará com a

ajuda de todos, para a redução imediata das despesas.

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Com os adolescentes, seja bem cuidadoso e tenha em mente,

que eles são alvos fáceis das estratégias de Marketing e de padrões

de consumo altos. São pressionados sempre pelos pares a se

identificarem com o grupo, fazendo coisas parecidas, tendo objetos de

desejo similares e avançados, como celulares de última geração. Eles

tendem a não querer se engajar nesse tipo de movimento, por conta

da pressão social dos colegas. Tenha paciência e explique que se trata

de uma questão de sobrevivência e para o melhor futuro da família.

Tenha tato e procure abordar a necessidade de cada adolescente com

carinho e atenção, mas seja direto. Não faça rodeios.

Todos devem ser convidados a contribuírem, dentro do que

puderem, para a saída da situação de endividamento.

Ouça cuidadosamente todos os membros da família e incentive-os a

apresentarem sugestões para se atacar a situação de endividamento.

Se você puder estancar o endividamento para que ele não aumente

no primeiro momento, já ajudará muito. Tente, ao máximo, reduzir o

tamanho dos seus problemas. Mais fácil combater uma dívida de R$

5.000,00 do que uma dívida de R$ 10.000,00.

Impedir o aumento imediato da dívida é uma atitude emergencial.

Isso dará, um pouco mais de tempo, para que você possa traçar uma

estratégia financeira com resultados para atacar de vez as dívidas.

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4ª Lição Compre sempre à vista!

Pesquisas recentes têm apontado que o brasileiro gosta de

usar o crediário, cartão de crédito e financiamento quando vai

fazer compras no comércio. É verdade que quando tudo dá certo

isso não gera grandes problemas.

O caso é que na vida nem tudo dá certo em 100% das vezes.

Podemos ficar desempregados, doentes ou acidentados, o que

para muitos acarreta perda de renda imediata. Também é possível

que aconteçam imprevistos como, por exemplo, recebermos

uma ou duas multas de trânsito pelo correio, sermos notificados

pela Receita Federal por conta de um tributo calculado errado e

recolhido a menos, termos um parente próximo precisando de

uma ajuda financeira urgente, etc.

De um ano para o outro, o setor econômico pode sofrer uma

virada. Cabe a nós termos maturidade para entender isso e olhar

para esses problemas, não como uma visão excessivamente

otimista ou com pânico, mas com uma visão realista de que os

problemas da economia são cíclicos e que todos nós, uns mais

outros menos, temos que nos precaver para os momentos de

dificuldade econômica.

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Comprar sempre à vista dói. Diminui nossa capacidade

de adquirir produtos e consumir serviços, mas a adoção e a

manutenção dessa boa prática financeira têm tudo a ver com o

que é ser realista num mundo de viradas econômicas tão abruptas

como o que vivemos.

Quem compra sempre à vista leva vantagem em todos os

sentidos. Ele entra numa negociação numa situação claramente

mais vantajosa que a outra parte. Tem poder para dizer que não

compra se não houver um bom desconto. Quem tem liquidez,

pode dizer se compra ou não compra. Não fica dependendo de

taxas de juros obscuras, como as praticadas por alguns grandes

magazines e não se endivida.

Compre sempre à vista e exija descontos, sob pena de

procurar outro estabelecimento. É, sem dúvida nenhuma, um

dos melhores investimentos que você

pode fazer para o seu futuro.

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5ª LiçãoFaça um levantamento das despesas e receitas de forma séria.

Verifique quanto você gasta no mês de forma escrita.

Todos nós temos uma ideia do que gastamos. A notícia ruim é que, no geral, quando

anotamos durante um mês tudo que gastamos, descobrimos que nosso gasto é muito

maior do que o imaginado.

Você pode baixar alguns aplicativos para celulares com essas planilhas, mas, eu,

por exemplo, gosto de usar apenas uma folha de papel. Na coluna da esquerda, anoto

o que ganho. Na coluna da direita, vou anotando de forma minuciosa durante um mês

todas as despesas que realizei, sem exceção.

Cuidado com as despesas ocultas. Por exemplo, se você tem uma moto e trocou-a

por um carro, os impostos são maiores, as despesas do combustível aumentam

consideravelmente etc. Não caia no perigo de só olhar a prestação de um empréstimo.

No geral, a compra de bens maiores importa em algumas novas despesas também.

As despesas de alimentação fora de casa aumentaram muito nos últimos anos.

Trazer a comida de casa é bem mais econômico do que comer em restaurantes.

Receber, eventualmente, amigos em casa, rachando as despesas, pode ser muito

mais agradável e barato do que ir a um restaurante.

Seja criativo!

despesadespesa

despesadespesa

despesa

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6ª Lição

venda tudo que puder para quitar ou reduzir a dívida. Quase tudo podeser recomprado depois, com o tempo e esforço.

Reduzir o tamanho do problema é prioridade.

Quanto menor o problema, mais fácil de achar estratégias efetivas

para enfrentá-lo. Estancar o sangramento do seu orçamento é de suma

importância para você retomar o controle financeiro da sua vida.

Não pegue dinheiro emprestado com amigos ou parentes. Embora, possa

parecer uma estratégia mais fácil, se der errado, você pode perder partes importantes

de sua “rede de apoio” em momentos mais difíceis à frente, caso ocorram.

Se tiver que pegar empréstimos com parentes ou amigos (em casos

extremos), que seja por pouco tempo e honre, o mais rápido possível, as

dívidas com essas pessoas.

Vender bens é uma das estratégias, para quem os possua. Se você tem

um carro ou uma moto financiados, venda-os e tente reduzir o tamanho de

sua dívida. Não se apegue a bens materiais nessas horas. Reequilibre sua

vida e poderá, depois de algum tempo e esforço, comprar um bem melhor e

em condições mais seguras.

Você verá que, no geral, superavaliamos os bens que possuímos e na hora

de vender, dificilmente, conseguiremos achar os preços que pensávamos

que eles valiam. Isso é natural. Bens com menor liquidez são mais difíceis de

serem vendidos. Entenda isso e tenha paciência.

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Negocie o máximo que puder, mas seja realista. Infelizmente, só tomamos

consciência verdadeiramente disso, na maioria das vezes, em momentos de dificuldade.

Se você tiver algum bem imóvel e for vendê-lo, tenha paciência e tente

transparecer o máximo possível, que não precisa da venda, mas que está em

busca de outros investimentos e se um preço justo for encontrado, haveria

interesse em vender o bem.

Se for o caso, peça para um parente ou pessoa de confiança começar as

negociações e só apareça num momento posterior. Você poderá analisar

melhor os aspectos da venda, já que não estará tão diretamente envolvido.

Faça visitas a imobiliárias diversas, sonde os preços do mercado, pesquise

em jornais imobiliários especializados ou nos classificados dos grandes

jornais impressos, valores de imóveis similares ao seu. Tenha uma ideia de

preços que são pedidos e valores que são efetivamente contratados.

Pergunte aos corretores ”O dono pede quanto e pretende fechar por

quanto mais ou menos? ”Nem todos os corretores de primeira vão abrir o

jogo para você, mas alguns podem acabar trazendo informações importantes,

que podem lhe ajudar a vender o seu imóvel.

Frequente feiras de imóveis, cafés, lanchonetes, e outros ambientes,

onde os corretores de imóveis se encontram para trocar informações, assim

você se prepara melhor para vender o seu imóvel.

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Procure corretores legalizados e evite gente que se diz corretor, mas que

não tem carteira do CRECI - Conselho Regional de Corretores de Imóveis.

Além de não terem a formação adequada, eles acabam trabalhando na

ilegalidade e você não deve se envolver em negociações com gente que não

esteja legalizada. Evite problema futuro, pois o mercado não gosta dessas coisas.

Se entrar numa negociação com um corretor de imóveis ou comprador,

faça, de preferência, os contatos mais importantes por escrito, via e-mail,

pois isso tornará as coisas mais claras e evitará aborrecimentos judiciais

futuros. Seja claro e direto nas mensagens. Se tiver dúvidas, busque

esclarecimentos. Se está confuso agora, imagine se o caso depois for levado

para ser discutido no Poder Judiciário, com advogados de ambos os lados,

levantado teses de todos os tipos. Então, clareza na comunicação e na

tratativa de todos os pontos da compra e venda.

A corretagem é regulada pelo CRECI e, para imóveis urbanos, costuma

girar em 5% do valor da venda. Evite pechinchar a corretagem, pois isso

diminui muito o ânimo do bom corretor em trabalhar pela venda.

Se você tem um segundo carro na família, venda-o imediatamente. O

“custo de oportunidade”, ou seja, o que você deixa de

ganhar investindo com o dinheiro empatado em um

bem, de um segundo carro é gritante. É um dinheiro que

não pode ser dispensado por quem está endividado.

Tente achar o preço de

mercado em pesquisas

nas lojas e consultando a

tabela FIPE. Como houve

uma oferta muito grande

de veículos novos no mercado

brasileiro, está um pouco difícil

vender um carro usado pelo preço

cheio da tabela FIPE, mas não custa tentar.

Apresentação é tudo, quando se trata de compra e venda de veículos. Seu

carro deve estar o mais limpo possível e com a melhor aparência possível,

para facilitar a venda. Não apresente um carro sujo para ser vendido ou com

um aspecto de mal cuidado.

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Se você tem apenas um carro, verifique se esse carro pode ser vendido

para quitar a dívida. Pese algumas coisas como valor total de venda e custo

de manutenção. Verifique, ainda, se é razoável você vender o seu carro e

comprar um mais velho e em bom estado de conservação.

O acompanhamento de um advogado é uma medida salutar, quando se vende

um imóvel e, se possível, interessante quando se trata da venda de veículos.

Faça, ainda, um levantamento de outros bens que você pode vender.

Pesquise os preços em sites como Bomnegócio.com e Mercado Livre, entre

outras opções. Converse com pessoas mais experientes, que talvez possam

dar ideias de outras coisas que podem ser vendidas.

Analise a possibilidade de se vender joias, obras de arte e livros antigos, por

exemplo. Visite sebos e faça cotações. Seja diligente e procure melhores ofertas.

Prepare-se para negociações difíceis e não deixe para ninguém a

impressão de que você se encontra endividado. A outra parte pode ficar tentada em te

oferecer valores muito baixos por conta disso, sabendo que você tem pressa em vender.

Analise os preços e tente conseguir valores que ajudem a quitar o saldo

devedor total ou até a quitação antecipada de algumas parcelas do empréstimo

(o que libera sua renda para quitar outras parcelas de empréstimos).

“ SE VOCÊ QUER AUMENTAR SEUS LUCROS, REDUZA SUAS NECESSIDADES ”

(Provérbio chinês)

20

7ª LiçãoPlANeje, PlANeje, PlANeje! Classifique suas despesas mensais. Corte o que for necessário.

Classifique suas despesas mensais por tipo: essenciais (água, luz etc), desejáveis

(assinatura de TV, jornais etc) e supérfluos (cinemas, viagens etc). Não se engane. Seja

maduro e verdadeiro neste momento. É melhor agir agora do que esperar pelo pior depois.

Não se engane e tente colocar coisas supérfluas como essenciais.

Todo mundo gosta de uma assinatura de TV digital, mas é algo claramente não

essencial. Então, faça essa separação de forma bem cautelosa.

Veja o que pode ser cortado das despesas supérfluas, mas, ao mesmo tempo,

veja o que pode ser substituído por algo mais barato. Lembre-se de que esse ataque

é provisório. Quanto mais esforço no momento inicial, mais cedo você irá sair dessa

situação de endividamento e poderá retornar ao padrão de consumo anterior.

ALUGUEL: procure imóveis menores, mais baratos, em prédios sem elevadores ou

porteiros (isso pesa muito no condomínio) e em posição central, que facilite o uso de

transporte público.

Com um imóvel menor, uma série de despesas irá diminuir também.

EMPREGADA DOMÉSTICA: analise se não é o caso de cortar essa despesa

imediatamente. Troque a empregada doméstica pela prestação de serviço de diarista

(faxineira). Lembre-se de que em alguns países europeus ter empregada doméstica é

um luxo para muito poucos.

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Uma boa faxineira duas vezes por semana com a ajuda de toda a família pode ser o

suficiente para dar conta de sua casa. Muitas pessoas têm trocado casas por pequenos

apartamentos com o objetivo de reduzir despesas sem alterarem muito o estilo de

vida. Pense se não é o seu caso também.

ENERGIA ELÉTRICA: esse vilão é fácil de ser atacado, porque os vilões são, quase

sempre, os chuveiros elétricos, máquina de lavar e o ferro de passar roupa.

Desligue totalmente os aparelhos da tomada quando não estiverem sendo utilizados

(não deixe em stand bye nunca).

Evite colocar a geladeira próxima ao fogão. Isso pode interferir no consumo de

energia e aumentar a sua conta de luz.

Troque lâmpadas incandescentes por fluorescentes. Avalie, ainda, a conveniência da

compra de lâmpadas de LED, mais caras, mas de baixíssimo consumo de energia.

Consulte na internet nos sites de concessionárias (CEMIG, ELETROPAULO, LIGHT etc)

e verifique se existem dicas úteis para te ajudar nisso. Essas empresas costumam ter

cartilhas para ajudar na conservação de energia elétrica.

Geralmente, com mudança de hábitos consegue-se cortar despesas boas nessa área.

Use os aparelhos de ar condicionado com zelo. Mantenha os filtros em bom estado

e desligue imediatamente, quando não for mais necessária a sua utilização.

22

8ª LiçãoConverse com seus colaboradores financeiros. Não peça ajuda de quem só vive endividado.

Se você é um leitor do nosso site Educação Financeira

para Todos já deve ter se deparado, em algumas postagens,

vídeos ou em nosso Podcast, que, volta e meia, sempre nós

registramos a importância de se criar progressivamente

relações profissionais com uma verdadeira equipe de

colaboradores (contadores, corretores de imóvel, gerentes etc.).

Falo de um networking sólido de anos e não aquela troca

superficial de cartões de crédito em seminários, sem que haja

o mínimo de interação possível entre as pessoas.

Se você está me acompanhando, sabe que essa formação

de uma equipe informal de colaboradores é essencial para o

seu sucesso financeiro. E na hora das “vacas magras”, são essas

mesmas pessoas que podem nos socorrer com orientações

importantes e úteis sobre quais decisões econômicas devemos

adotar nessa fase.

Se você não tem esses colaboradores, não se preocupe, a

hora de começar é agora.

Comece a visitar amigos que entendam do assunto e peça

orientações. Converse com amigos, que sejam bancários e

por isso estão vendo tudo por trás do palco da economia e

pegue orientações.

Procure advogados, de sua estrita confiança e que possam,

talvez, ajuizar ações para conseguir redução de juros em

alguns casos. Os juízes não gostam de mexer nos juros, pois

há um princípio do Direito Civil que se chama “O contrato faz

leis entre as partes”. Mas, quem sabe, seu caso aceita uma

exceção e possa ser discutido em juízo?

23

É altamente recomendável que você tenha em sua equipe de colaboradores

um contador. No geral, esse profissional é bem antenado com as questões

tributárias mais importantes.

Vendedores de carros poderão auxiliá-lo a estimar um preço de venda

para seu carro e poderão ajudá-lo a arrumar compradores.

Não procure as pessoas somente quando você necessita delas. Cultive

uma boa relação e elas estarão sempre dispostas a ajudá-lo. Não tem coisa

que cansa mais do que você ser procurado por aquele tipo de gente, que só

procura quando precisa. Gente assim fica “marcada” e as pessoas, buscam

se livrar delas rapidamente, com um atendimento básico.

Tenha visão de longo prazo e seja, também, colaborativo.

E procure não ficar pegando conselhos com gente que vive endividada. São as últimas pessoas que poderão

te aconselhar, de forma útil, em algo.

$$-$

=$

FV=100*(1+0,006)*

$$,$

24

9ª LiçãoFaça um levantamento de todas as suas dívidas e comece a pagá-las a partir das mais caras para as mais baratas.

Se o seu caso não for de renegociação global de dívidas, comece a

pagar as dívidas mais caras (cartão de crédito, cheque especial etc.) e vá

avançando para as dívidas com juros menores (crédito consignado etc.).

Se a situação não lhe permitir agir dessa forma, consulte um

advogado e verifique se é mais viável essa renegociação global das dívidas.

Você pode ainda refinanciar apenas uma parte da dívida, mas, na

verdade, não gosto de nenhuma opção de refinanciamento (integral

ou parcial). Situação extrema demanda resposta extrema. Venda

algum bem e tente amortizar o máximo que puder da sua dívida.

A meu ver, é preferível atacar de frente o problema e já buscar um

avanço logo no início. Psicologicamente, isso será muito melhor

para as fases posteriores do pagamento das dívidas. Você sairá mais

fortalecido dessa forma.

Tenha no máximo um cartão de crédito. Se for o caso, cancele

todos e não tenha nenhum.

Exija descontos para pagamento à vista. Mude de fornecedores,

se for o caso, buscando produtos equivalentes e mais baratos.

Nunca empreste seu nome para ninguém.

Não avalize e nem ofereça fiança para ninguém. A Justiça

tem entendido que se você der sua casa como garantia em

uma fiança, mesmo sendo seu único bem, você poderá ter ela

tomada pelo credor.

Verifique sua conta bancária diariamente e confira todos

os extratos bancários com muita atenção.

Se não puder pagar um advogado nesse caso, procure ajuda

na Defensoria Pública Estadual de sua comarca ou no PROCON.

25

10ª Lição Crie renda extra na sua família

No segundo capítulo, tratamos do papel central que a entidade familiar

tem na estratégia do pagamento de contas. Cuidado!

Você está numa guerra para pagar as dívidas e o inimigo estará vindo de

dois lados: as dívidas e o aumento constante das despesas.

Coloque os familiares para se movimentar também; pois, senão, pode

começar a surgir desânimo de alguns para

enfrentar a situação. Cabeça vazia, oficina do

diabo! Coloque-os, em sendo possível, para

se movimentarem também.

Se for possível na sua família, incentive

os membros a procurar trabalho fazendo

atividades em meio expediente. Tudo ajuda!

O empreendedorismo é uma atividade que tem

ajudado muitos brasileiros a saírem do sufoco financeiro.

Mas ele tem os seus riscos. Tendo cuidado e

fazendo um plano de ação sério dá pra tentar empreender

em algumas áreas, onde você tenha talento.

Dotes culinários podem ser rentabilizados com

a venda de tortas, bolos, biscoitos, mini-pizzas,

frutas cristalizadas etc. Embora não haja barreira

que impeça outros de sempre entrarem nesse

mercado, as pessoas que produzem excelentes

produtos têm se dado bem nessa área.

Venda de bons chocolates caseiros pode ajudar também a complementar

o orçamento. Dar aulas de reforço é outra área que sempre possui demanda.

Seja criativo!

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11ª LiçãoAs arapucas do Marketing e as compras por impulso

Um endividamento de uma família não começa apenas, por um ato isolado. É preciso

mais. A omissão, a falta de atenção, a impulsividade precisam se encontrar com uma

coisa, um combustível para começar um grande incêndio na floresta da sua vida.

E o combustível que está de olho em você por todos os cantos são as arapucas do Marketing.

Você é bombardeado todo dia com milhares de estímulos nas propagandas na

TV, rádio, outdoors, faixas, mensagens subliminares dentro de novelas etc. Basta um

momento de fraqueza seu para uma decisão econômica de péssima qualidade afetar

seus próximos dez anos de vida.

Não acredite em todas as promoções. Essa tática lesa muito consumidor desatento.

Só compre o que você deseja. Ah, leve três, pague dois. Será que é bom para você

mesmo? Ou, que seriedade existe em lojas que ficam em “liquidação” 365 dias por

ano? Só cai nisso quem quer.

Algumas coisas que o Marketing utiliza de forma ostensiva para ver a cor do seu

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dinheiro: apelo emocional (é o último produto, a promoção termina hoje etc); os

preços terminam com final 9 (dá uma falsa percepção que os preços são menores)

e a utilização de períodos menores que 30 dias para preços (somente 100 reais por

semana, ou somente 5 reais por dia etc.). Dá uma falsa sensação de que é mais barato,

mas, depois, o prejuízo é só seu.

O apelo emocional é uma das táticas mais usadas para fazer você consumir o que

você não quer. Não precisamos ficar paranoicos, mas só de sabermos que ele existe e

como funciona ficamos mais preparados para não cair nessas táticas.

Vendedor de loja de roupa e concessionárias de veículos sabe muito bem o que é

isso. Eles sabem que o fechamento de uma venda pode ter um peso de quase 100% do

emocional. Então, volta e meia, eles vão te encher de elogios e ficar repetindo “você

merece isso”. Eles sabem que o apelo emocional sem a sua impulsividade dificilmente

fecham uma venda. Então, vão tentar ao máximo te desequilibrar emocionalmente

para você comprar de qualquer jeito.

Não caia nessas artimanhas.

PARCELA

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12ª LiçãoQuem faz a escola é o alunoescolas privadas x escolas públicas

Uma outra opção que a classe média tem lançado mão com frequência

é transferir os filhos para uma escola pública, a fim de reduzir as pesadas

despesas das escolas particulares e dos mais caros ainda materiais escolares.

Para muitos é uma decisão de partir o coração, mas, lembro-lhe que a

escola quem faz é o aluno.

Há escolas públicas muito boas hoje e, se você pesquisar, pode ser que

encontre uma numa região não muito longe de sua casa.

Além disso, lembre-se de que é uma decisão transitória. Pode

ser que em pouco tempo a situação do endividamento esteja

superada e o aluno possa voltar a estudar numa escola particular,

se for o caso.

Se você tem dois filhos ou mais numa escola particular,

tente conseguir um desconto de pelo menos 10% nas

mensalidades. Se não conseguir nada, avalie se não é o

caso de buscar outra escola particular na mesma região.

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13ª Lição Compras em supermercados

Todos os produtos nos supermercados estão estrategicamente posicionados,

para que você consuma mais. A música agradável te deixa relaxado e com mais

vontade de consumir. Produtos que se complementam são dispostos de forma

que, se você levar um, vai ter interesse em levar o segundo.

Não vá ao supermercado sem uma lista feita cuidadosamente antes e a respeite chegando lá.

Não vá fazer compras no supermercado com fome. No geral, você acaba

comprando mais.

Verifique, sempre, a data de validade dos produtos.

Se possível, não use o carrinho (há uma tendência de se enchê-lo até a sua

borda com produtos). Use a cestinha, quando der.

Supermercado não é lugar de passear. Um consumidor, que fica muito tempo

no supermercado, acaba por sucumbir aos estímulos para comprar. Então, seja um

“fuzileiro”. Entre, faça sua compra e saia. O seu bolso agradece!

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14ª LiçãoTítulo de capitalização nãoé investimento: fuja dessa roubada

As instituições financeiras são empresas campeãs

em defenderem os seus interesses e prejudicar o

consumidor. Cabe a você defender o seu patrimônio

e não entrar em roubadas.

Se o gerente do banco vier te oferecer o

famigerado título de capitalização, fique atento, ele

não é investimento.

Bem, se você está endividado, não preciso nem

falar que é uma roubada dupla você comprar um

título de capitalização. Mas, acreditem, os bancos

gostam de vender essas porcarias financeiras para

as pessoas endividadas.

Seja assertivo, agradeça e não aceite.

É fria!

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A maioria das pessoas pensa que o décimo terceiro é feito para ser usado

somente em compras de natal. Não caia nessa furada.

No início do ano, logo depois do natal, vem aquela enxurrada de tributos

(IPTU, IPVA, Taxa de resíduos sólidos etc), materiais escolares dos filhos etc.

Fique atento para não gastar tudo que recebe no fim de ano com as

compras de natal, pois logo depois, haverá uma série de grandes despesas.

Algumas pessoas calculam essas despesas e dividem por dez. Durante dez

meses, então, elas depositam numa caderneta de poupança, um pouquinho

de cada vez, e quando chegam ao início do ano, estão com o dinheiro para o

pagamento dessas despesas.

Utilize grande parte do décimo terceiro para reduzir o valor de sua dívida.

Troque presentes por lembrancinhas. O que vale é o sentimento, não o

valor do presente.

15ª LiçãoUse o décimo terceiro e adicionais (horas extras, abonos etc) para quitar dívidas

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16ª Liçãoinvista na sua educação Financeira e sua vida irá mudar para melhor

Fique atento, não caia nas armadilhas do marketing e evite

tomar decisões econômicas por impulso. No geral, o consumidor

acaba sendo o maior prejudicado com essas atitudes.

Você deve ter percebido que as dicas que foram passadas aqui

não são ensinadas nas escolas e as pessoas pouco discutem isso

no dia a dia. Embora a matemática esteja na base das finanças

pessoais, as pessoas têm dificuldade de ligar as coisas.

Podemos deixar nossa lição final, de que mudar hábitos

financeiros não é fácil. Se eles estão enraizados em nossas vidas

desde a infância, por exemplo, será uma luta grande e que será

vencida pouco a pouco.

Busque construir a sua liberdade financeira aos poucos. Sem

planos mirabolantes, mas com trabalho, esforço pessoal e dedicação.

Procure não depender de ajuda de governos para nada.

Assuma a liderança de sua própria vida financeira.

Quanto mais você internalizar que é o líder financeiro de sua

vida, mais rápidas serão as mudanças de comportamento que te

levarão ao sucesso financeiro.

Atente para os seus Direitos do Consumidor e cultue um

consumo responsável e sustentável no longo prazo. Não adiantar

comprar coisas bacanas agora, que poderão te levar a uma situação

de grande endividamento em pouco tempo. Não é porque seu

vizinho comprou uma nova TV de última geração, que você deverá

comprar uma também.

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Não fique seguindo o padrão de consumo de outras pessoas. Gaste o que você pode

pagar nas suas condições atuais. E, nunca gaste 1005 do que você ganha. Tenha sempre

uma reserva de emergência.

Guarde 10% de tudo que você ganha numa caderneta de poupança, por exemplo, e

vá construindo uma reserva de emergência sólida. Ela poderá ser seu principal apoio

em caso de uma crise econômica, a perda de emprego, um caso de doença em família,

por exemplo.

Então, invista daqui pra frente em sua própria Educação Financeira e aprenda a lidar

com as “regras do jogo” do mundo com as chances do seu lado.

Você achará centenas de materiais de Educação Financeira em nosso site (www.

educacaofinanceiraparatodos.com), em nosso canal de vídeos no Youtube, em nosso

Podcast no site Soundcloud (um episódio novo é publicado toda semana) e, através de

nossa lista de e-mails (newsletter) do site Educação Financeira para Todos.

Crises econômicas são cíclicas. Elas vêm, causam um grande estrago para os que não

se prepararam adequadamente e, em algum momento, vão embora. No futuro, elas

voltam e os ciclos se repetem.

Invista na sua Educação Financeira, seja livre, não tenha dívidas e você estará no

caminho certo para ter sucesso financeiro e atingir os seus sonhos e os de sua família.

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AUTORES

Lélio Braga Calhau é Coordenador do site Educação Financeira para

Todos. Promotor de Justiça de defesa do consumidor do Ministério Público do

Estado de Minas Gerais. Palestrante, professor e autor de três e-books com

o tema: Educação Financeira. É, ainda, o autor da cartilha “20 dicas para sua

saúde financeira” do Procon do Ministério Público do Estado de Minas Gerais.

Membro do IDEC - Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. Mestre em

Direito do Estado e Cidadania pela UGF-RJ. Graduado em Psicologia pela

UNIVALE. Trabalhou por dez anos no Banco do Brasil.

Francielle Laila Rocha

é estagiária do Ministério Público

de Minas Gerais, e atua em uma

Promotoria de Justiça de defesa

do consumidor. É acadêmica em

Direito pela FADIVALE.

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Liberte-sedas dívidas

lélio braga Calhau Francielle laia rocha