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O REDIMENSIONAMENTO DA PROFISSÃO: O MERCADO E AS CONDIÇÕES DE TRABALHO Devido o mercado de trabalho sofrer impactos diretos das transformações decorrentes das esferas produtiva e estatal, se alteram as relações entre o Estado e a sociedade. É neste contexto que se pretende situar o Serviço Social, uma que vez se encontra como prática legitimada para responder a necessidades sociais derivadas da prática histórica das classes sociais na produção e reprodução dos meios de vida e de trabalho determinada pela sociedade. Portanto, à medida que há uma satisfação das necessidades sociais, isto é, a troca e o consumo de mercadorias, faz-se necessário a divisão do trabalho social, que pode ser considerada nas formas: gerais, singulares e particulares. Pelo desenvolvimento das forças produtivas sociais do trabalho, cria-se o trabalhador parcial, isto é, ocorre um parcelamento do indivíduo no ato da produção, que devido às forças produtivas do trabalho, que são apropriadas pelo capital, enfrentam o trabalhador como elemento que o subjugam. Há um quadro, fornecido pelo CRESS (Conselho Regional de Serviço Social) juntamente com a PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), que representa o mercado de trabalho do assistente social, tendo por base uma amostra de 5.263 profissionais em um total de 16.533 em atividade no Estado de São Paulo, sendo que há 26.883 registros definitivos constantes no CRES. O setor que mais emprega os assistentes sociais é o setor público, seguido das grandes empresas. "Eles aparecem no quadro de 45% das companhias da Grande São Paulo. Em 22% delas, trabalham na área de recursos humanos". Novas frentes de trabalho estão se abrindo em organizações não governamentais . Porém, os assistentes sociais públicos estão sofrendo os efeitos causados pela Reforma do Estado e pela precarização das relações de trabalho. Tais efeitos são: a redução dos concursos públicos, demissão dos funcionários não estáveis, contenção salarial, corrida à aposentadoria, falta de incentivo à carreira, terceirização acompanhada de contratação precária, temporária,

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O REDIMENSIONAMENTO DA PROFISSÃO: O MERCADO E AS CONDIÇÕES DE TRABALHODevido o mercado de trabalho sofrer impactos diretos das transformações decorrentes das esferas produtiva e estatal, se alteram as relações entre o Estado e a sociedade.              É neste contexto que se pretende situar o Serviço Social, uma que vez se encontra como prática legitimada para responder a necessidades sociais derivadas da prática histórica das classes sociais na produção e reprodução dos meios de vida e de trabalho determinada pela sociedade.              Portanto, à medida que há uma satisfação das necessidades sociais, isto é, a troca e o consumo de mercadorias, faz-se necessário a divisão do trabalho social, que pode ser considerada nas formas: gerais, singulares e particulares.              Pelo desenvolvimento das forças produtivas sociais do trabalho, cria-se o trabalhador parcial, isto é, ocorre um parcelamento do indivíduo no ato da produção, que devido às forças produtivas do trabalho, que são apropriadas pelo capital, enfrentam o trabalhador como elemento que o subjugam.              Há um quadro, fornecido pelo CRESS (Conselho Regional de Serviço Social) juntamente com a PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), que representa o mercado de trabalho do assistente social, tendo por base uma amostra de 5.263 profissionais em um total de 16.533 em atividade no Estado de São Paulo, sendo que há 26.883 registros definitivos constantes no CRES.              O setor que mais emprega os assistentes sociais é o setor público, seguido das grandes empresas. "Eles aparecem no quadro de 45% das companhias da Grande São Paulo. Em 22% delas, trabalham na área de recursos humanos". Novas frentes de trabalho estão se abrindo em organizações não governamentais              .Porém, os assistentes sociais públicos estão sofrendo os efeitos causados pela Reforma do Estado e pela precarização das relações de trabalho. Tais efeitos são: a redução dos concursos públicos, demissão dos funcionários não estáveis, contenção salarial, corrida à aposentadoria, falta de incentivo à carreira, terceirização acompanhada de contratação precária, temporária, com perda de direitos. Antes de prosseguir, detalhemos o que foi a reforma do estado. No Brasil, o tema da reforma do Estado está presente desde o advento da Nova República a partir de 1985, sobretudo nos anos de 1990, sem com isso efetivar-se uma verdadeira reforma que melhorasse as instituições públicas. O que se vê no caso brasileiro é o debate estrutural sucumbir diante de questões meramente de ordem conjuntural; o essencial deixa de ser discutido em favor de programas de estabilização econômica e o acirramento dos conflitos em torno da distribuição de recursos escassos. Ao que parece, a discussão sobre a reforma do Estado brasileiro não se transformou em realidade, talvez devido ao fato de que, o que se pretendia era tão somente uma reforma administrativa visando à privatização de estatais com grande potencial econômico-financeiro. A reforma do Estado brasileiro deixou as camadas expressivas da população à margem da área das instituições encarregadas de resolver seus problemas primários de saneamento, saúde, segurança, transporte e educação.Há outro ponto também, que é a excessiva argumentação de que as decisões externas têm, de alguma forma, afetado as decisões tomadas por parte do governo brasileiro, visto que na verdade o governo brasileiro não se fez presente na condução do debate e

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no empenho de materializar as reformas estatais prementes e necessárias na condução de efetivas melhorias das condições de existência da população. O sistema político brasileiro caracteriza-se como uma poliarquia, mas em contra partida no que tange aos direitos dos seus cidadãos, desde saneamento básico à Justiça, o que se vê é uma gritante desigualdade social que só será definitivamente resolvida quando se levar em consideração o papel da democracia como verdadeiro condutor da reforma do Estado brasileiro.A eficiência do Estado não está em saber se ele deve ou não intervir no mercado, se ele deve ser mínimo ou máximo. O ponto central da discussão é quanto à sua capacidade de articular com o mercado uma busca exemplar de eficiência, isto é, nessa relação construir instituições que dentro de uma racionalidade busque padrões de correções sempre que o interesse público exigir, quando o mercado caminhar ao contrário das expectativas dos cidadãos.Já, na área de saúde, os assistentes sociais ocupam espaço privilegiado, uma vez que foi reconhecida a Carta Constitucional de 1988 como política pública, sendo parte do tripé da seguridade social, ao lado da saúde e da previdência.              Abriram-se, com isso, novos canais para a gestão e controle das políticas sociais, representando uma ampliação das possibilidades do trabalho profissional. Os mecanismos privilegiados foram:

● Conselho de saúdeO Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição Federal de 1988 para que toda a população brasileira tenha acesso ao atendimento público de saúde. Anteriormente, a assistência médica estava a cargo do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), ficando restrita aos empregados que contribuíssem com a previdência social; os demais eram atendidos apenas em serviços filantrópicos. Do Sistema Único de Saúde fazem parte os centros e postos de saúde, hospitais - incluindo os universitários, laboratórios, hemocentros (bancos de sangue), os serviços de Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental, além de fundações e institutos de pesquisa, como a FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Vital Brazil.Princípios do SUSO Sistema Único de Saúde teve seus princípios estabelecidos na Lei Orgânica de Saúde, em 1990, com base no artigo 198 da Constituição Federal de 1988. Os princípios da universalidade, integralidade e da eqüidade são às vezes chamados de princípios ideológicos ou doutrinários, e os princípios da descentralização, da regionalização e da hierarquização de princípios organizacionais, mas não está claro qual seria a classificação do princípio da participação popular.Universalidade "A saúde é um direito de todos", como afirma a Constituição Federal. Naturalmente, entende-se que o Estado tem a obrigação de prover atenção à saúde, ou seja, é impossível tornar todos sadios por força de lei.Integralidade A atenção à saúde inclui tanto os meios curativos quanto os preventivos; tanto os individuais quanto os coletivos. Em outras palavras, as necessidades de saúde das pessoas (ou de grupos) devem ser levadas em consideração mesmo que não sejam iguais às da maioria.

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Eqüidade Todos devem ter igualdade de oportunidade em usar o sistema de saúde; como, no entanto, o Brasil contém disparidades sociais e regionais, as necessidades de saúde variam. Por isso, enquanto a Lei Orgânica fala em igualdade, tanto o meio acadêmico quanto o político consideram mais importante lutar pela eqüidade do SUS.Participação da comunidade O controle social, como também é chamado esse princípio, foi melhor regulado pela Lei nº 8.142. Os usuários participam da gestão do SUS através das Conferências de Saúde, que ocorrem a cada quatro anos em todos os níveis, e através dos Conselhos de Saúde, que são órgãos colegiados também em todos os níveis. Nos Conselhos de Saúde ocorre a chamada paridade: enquanto os usuários têm metade das vagas, o governo tem um quarto e os trabalhadores outro quarto.Descentralização político-administrativa O SUS existe em três níveis, também chamados de esferas: nacional, estadual e municipal, cada uma com comando único e atribuições próprias. Os municípios têm assumido papel cada vez mais importante na prestação e no gerenciamento dos serviços de saúde; as transferências passaram a ser "fundo-a-fundo", ou seja, baseadas em sua população e no tipo de serviço oferecido, e não no número de atendimentos.Hierarquização e regionalização Os serviços de saúde são divididos em níveis de complexidade; o nível primário deve ser oferecido diretamente à população, enquanto os outros devem ser utilizados apenas quando necessário. Quanto mais bem estruturado for o fluxo de referência e contra-referência entre os serviços de saúde, melhor a eficiência e eficácia dos mesmos. Cada serviço de saúde tem uma área de abrangência, ou seja, é responsável pela saúde de uma parte da população. Os serviços de maior complexidade são menos numerosos e por isso mesmo sua área de abrangência é mais ampla, abrangência a área de vários serviços de menor complexidade.Ser eficiente e eficaz, produzindo resultados com qualidades.

● A Lei Orgânica da Saúde estabelece ainda os seguintes princípios:● Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e

moral;● Direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;● Divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e sua

utilização pelo usuário;● Utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de

recursos e a orientação programática;● Integração, em nível executivo, das ações de saúde, meio-ambiente e

saneamento básico;● Conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da

União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na prestação de serviços de assistência à saúde da população;

● Capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e● Organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para

fins idênticos. 

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● Previdência SocialO Boletim Estatístico da Previdência Social São Paulo é uma publicação especial da Secretaria de Políticas de Previdência Social do Ministério da Previdência Social - MPS, elaborado pela Coordenação-Geral de Estatística e Atuária do MPS, que apresenta uma coletânea de dados sobre o Estado de São Paulo e Brasil, com 25 tabelas, sobre benefícios e arrecadação da Previdência Social, o fluxo de caixa do INSS e, ainda, informações de indicadores econômicos e dados populacionais.

● Assistência social● Conselhos tutelares

O Conselho Tutelar é um órgão público municipal de caráter autônomo e permanente, existente em 35 regiões da cidade, cuja função é zelar pelos direitos da infância e juventude, conforme os princípios estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).Quem são os Conselheiros Tutelares?São pessoas que têm o papel de porta-voz das suas respectivas comunidades, atuando junto a órgãos e entidades para assegurar os direitos das crianças e adolescentes. São eleitos cinco membros através do voto direto da comunidade, para mandato de três anos.As principais atribuições do Conselho Tutelar

● Atender às crianças e adolescentes que tiverem seus direitos ameaçados por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;por falta; omissão ou abuso dos pais ou responsáveis; ou em razão de sua conduta.

● Receber a comunicação (obrigatória) dos casos de suspeita ou confirmação de maus tratos; de reiteradas faltas injustificadas ou de evasão escolar; após esgotados os recursos escolares; e de elevados níveis de repetência.

● Requisitar o serviço social, previdência, trabalho e segurança, ao promover a execução de suas decisões.

● Atender e aconselhar os pais e responsáveis, podendo aplicar algumas medidas, tais como encaminhamento a cursos ou programas de orientação e promoção a família e tratamento especializado.

● Assessorar a prefeitura na elaboração de propostas orçamentárias, com a finalidade de garantir planos e programas de atendimento integrado nas áreas de saúde, educação, cidadania, geração de trabalho e renda a favor da infância e juventude.

● Encaminhar a notícia de fatos que constituem infração administrativa ou penal contra os direitos da criança e do adolescente. Incluir no programa de auxílio, orientação e tratamento de alcoólatras e toxicômanos.)    

● Conselhos de defesa de direitos dos segmentos prioritários para a assistência social: criança e adolescente, idoso e deficiente. 

A LOAS prevê o pagamento do beneficio de prestação continuada às pessoas portadoras de deficiência (artigo n° 2, inciso V, da LOAS: a garantia de um salário

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mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família). O BPC independe de contribuição previdenciária e também é destinado às pessoas com idade superior a 65 anos. Em dezembro de 2006, foram atendidas 1.293.645 pessoas portadoras de deficiência pelo BPC, número 4,25 vezes maior do que os 304.227 que foram beneficiados em dezembro de 1996.Entre 1996 e 2006, foram destinados cerca de R$ 23 bilhões para o pagamento de BPC às pessoas portadoras de deficiência.A luta pelos direitos das pessoas com deficiência é um movimento mundial. Em dezembro de 2006, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência. A Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) também apresentaram convenções sobre o tema. Ademais, Ana Maria recorda que desde 1981, quando comemorou-se o ano internacional das pessoas com deficiência, muitas conquistas foram alcançadas: a criação do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (CONADE); atuação mais incisiva do Ministério Público; a publicação do Decreto da Acessibilidade (n° 5.296, de 02/12/2004).Em 2005, foi criada na cidade de São Paulo - de forma pioneira - a Secretaria Especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (Seped). Mara Gabrilli, que é tetraplégica, foi a primeira titular da pasta. Atualmente vereadora, Gabrilli aponta entre os destaques de sua atuação um aumento de 300 para 1.287 dos ônibus adaptados no município (Veja São Paulo; 07/02/2007). Apesar dos avanços, a rotina dos portadores de deficiência continua difícil. O jornalista Marcelo Rubens Paiva abordou, em sua coluna semanal, no jornal "O Estado S. Paulo" (03/02/2007), a falta de acessibilidade para o deficiente físico na cidade de São Paulo. O colunista, que ficou tetraplégico após mergulho em um lago (a história relatada na autobiografia "Feliz Ano Velho", lançada em 1982), constatou que muitos estabelecimentos - especificamente em bares e casa de espetáculos - têm banheiro equipado para cadeirantes, mas não rampa na entrada principal.A realidade descrita pelo colunista mostra que não basta que as legislações - tanto as já vigentes quanto o futuro Estatuto do Portador de Deficiência - garantam direitos para as pessoas portadoras de deficiência. É necessário que a sociedade cumpra as leis, sob intensa fiscalização do poder público. Outro campo é o da gestão social pública, pois interfere no processo decisório nas esferas da formulação, gestão e avaliação de políticas e programas sociais, assim como no gerenciamento de projetos sociais. E abre-se, também, a um conjunto de especializações profissionais como assistentes sociais, sociólogos, cientistas políticos, educadores, entre outros.Por esta razão, abrem-se as fronteiras entre as profissões, fazendo com que profissionais afins concorram entre si em um mercado restrito passando a exigir níveis de aperfeiçoamento.

● LegislaçãoAcompanhe os PLs e encaminhamentos do CFESSCarga horária, piso salarial, adicional de insalubridade, regras de contratação. Veja as propostas legislativas sobre a profissão de assistente social na Câmara e no Senado e

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acompanhe os encaminhamentos do CFESS sobre os PLs.O CFESS vem fazendo um levantamento sobre tudo o que está sendo discutido a respeito da profissão na Câmara e no Senado. Abaixo, apresentamos alguns desses assuntos. E na seção desse site intitulada Acompanhamento de Projetos de Lei (dentro de Legislação), você pode se manter informada (o) sobre as novidades das tramitações.

● ONGONG é um acrônimo usado para as organizações não governamentais (sem fins lucrativos), que atuam no terceiro setor da sociedade civil. Estas organizações, de finalidade pública, atuam em diversas áreas, tais como: meio ambiente, combate à pobreza, assistência social, saúde, educação, reciclagem, desenvolvimento sustentável, entre outras.As ONGs possuem funções importantes na sociedade, pois seus serviços chegam em locais e situações em que o Estado é pouco presente. Muitas vezes as ONGs trabalham em parceria com o Estado.As ONGs obtêm recursos através de financiamento dos governos, empresas privadas, venda de produtos e da população em geral (através de doações). Grande parte da mão-de-obra que atua nas ONGs é formada por voluntários.A ABONG é a Associação brasileira de organizações não governamentais.   

● Terceirização da prestação de serviços sociaisAtualmente, amplia-se a transferência de responsabilidades para a sociedade civil no campo da prestação de serviços sociais. O que se traduz em parcerias do Estado com Organizações Não- Governamentais. Trata-se, portanto, de uma das formas de terceirização da prestação de serviços sociais, evitando-se a ampliação do quadro de funcionários públicos.              Constata-se também, a diversificação de concepções que envolvem a qualificação do que seja hoje uma Organização Não-Governamental. Há uma tendência da concepção gerencial à gestão da ONG, envolve o debate sobre as funções de planejamento, organização, direção e controle nas particularidades de tais organizações.              Observa-se a expansão da filantropia empresarial por parte das denominadas “empresas cidadãs”, ou seja, empresas que investem em projetos comunitários considerados de interesse público.              A palavra filantropia refere-se amor à humanidade, caridade, humanitarismo, altruísmo, expresso em ações de benefício prático para o homem. A filantropia auxilia o indivíduo considerado em conjunto, como membro de uma sociedade, e procura promover a felicidade ou a elevação social do homem, esforçando-se por mitiga os males e aumentar o bem-estar da humanidade.A filantropia constitui-se no campo filosófico, moral, de valores como altruísmo e comiseração, que levam a um voluntarismo que não se realiza no estatuo jurídico, mas no caráter da relação. No sentido restrito, constitui-se no sentimento, na preocupação do favorecido com o que nada tem, portanto, no gesto voluntarista, sem intenção de lucro, de apropriação de qualquer bem. No sentido mais amplo, supõe o sentimento mais humanitário: a intenção de que o ser humano tenha garantida a condição digna de

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vida. É a preocupação de praticar o bem.O investimento em dinheiro, tecnologia e mão-de-obra, por parte da empresa, realiza-se em busca de uma melhor imagem social, de ampliar vendas e conquistar mercado, da preocupação com a própria sobrevivência empresarial, com a vantagem de usufruírem dos estímulos oferecidos pelo incentivo fiscal de 2% sobre o lucro operacional.O empresariado passa a atribuir um novo significado às chamadas “ações sociais ou filantrópicas”. Trata-se de uma recente tendência das empresas de apresentarem uma face social inscrita em suas estratégias de marketing. 

● Fundação AbrinqA Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente é uma fundação de direito privado, sem fins lucrativos, constituída em 13 de fevereiro de 1990 - ano da promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente - com o objetivo de mobilizar a sociedade para questões relacionadas aos direitos da infância e da adolescência, tanto por meio de ações, programas e projetos, como por meio do estímulo ao fortalecimento de políticas públicas de garantia à infância e adolescência.É mantida por pessoas, empresas e organizações nacionais e internacionais que lutam pela causa da criança e do adolescente. Direta ou indiretamente, mais de cinco milhões de crianças já foram beneficiadas pelo trabalho da Fundação, pautada por ações que buscam:Oferece às crianças e adolescentes o acesso à educação, saúde, cultura, lazer, formação profissional e inclusão digital.Proteger crianças e adolescentes que sofrem violação de seus direitos ou que estão em situação de risco, por meio do combate ao trabalho infantil e da proteção de crianças e adolescentes nas diferentes formas de violência.Seu objetivo é sensibilizar e conscientizar a sociedade, o setor público, para se posicionar e participar das questões da infância e da adolescência do nosso país.A participação nos trabalhos da Fundação inclui o voluntariado, doações, investimentos, apoio técnico e profissional. Para além dessas formas, empresas podem se candidatar a receber o selo Empresa Amiga da Criança e prefeituras podem se alinhar aos objetivos do programa Prefeito Amigo da Criança.

● Fundação BradescoA Fundação Bradesco é uma instituição benemerente com dezenas de escolas e outras obras de caridade. Seus curadores são membros da diretoria do Bradesco ou membros da diretoria da Cia Cidade de Deus. O atual presidente é Lázaro de Mello BrandãoA Fundação Bradesco foi criada em 1956 por Amador Aguiar, com o objetivo de proporcionar educação e profissionalização às crianças, jovens e adultos. As escolas constituem-se referência sociocultural para cada região. A comunidade vê na Fundação Bradesco possibilidades de ampliar horizontes de trabalho e de realizações. Em cada unidade multiplicam-se os princípios éticos que orientam ações coletivas e pessoais. As unidades destacam-se pela qualidade de trabalho e excelente infra-estrutura. 

● NaturaBusca criar valor para a sociedade como um todo, gerando resultados integrados nas dimensões econômica, social e ambiental, acreditando que resultados sustentáveis são

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aqueles alcançados por meio de relações de qualidade e, por isso, buscam manter canais de diálogo abertos com todos os públicos com quem temos contato, em um exercício contínuo de transparência.Estimulam o desenvolvimento pessoal, material e profissional de consultoras e os encorajam a se tornarem agentes de transformação, contribuindo para a disseminação do conceito do bem estar bem e para a construção de uma sociedade mais próspera, mais justa e mais solidária.

● Fundação boticárioO Boticário possui reconhecido comprometimento com a responsabilidade sócio-ambiental, levando-a em conta em todos as ações que permeiam o negócio da empresa. Além disso, a empresa destina aproximadamente 1% da sua receita líquida ao investimento social privado, focando suas ações na preservação do meio ambiente e disseminação da cultura e da educação.No campo das organizações empresariais, a área de Recursos Humanos tem crescido. E o assistente social tem sido solicitado ainda para atuar no campo de treinamento e reciclagem do pessoal, no desenvolvimento de programas voltados à saúde do trabalhador, coordenação de programas de escolarização, programas de atenção à saúde, inserção em equipe interdisciplinar, entre outros.A gestão de recursos humanos é a finalidade de selecionar, gerir e nortear os colaboradores na direção dos objetivos e metas da empresa.Recursos humanos é conjunto dos empregados ou dos colaboradores de uma organização.função que ocupa para adquirir, desenvolver, usar e reter os colaboradores da organização.O objetivo básico é alinhar as políticas de RH com a estratégia da organização.A chamada “Cultura da qualidade” que as empresas vêm implantando visa o compromisso da alta administração pessoal, satisfação do empregado. A educação e treinamento do pessoal.A tendência de desregulamentação, por parte do Estado, de atividades até então sob sua responsabilidade direta, acentuam a transferência de funções de Estado para a Sociedade Civil, atribuindo-lhe funções de caráter público.Por isso, necessita-se de uma regulamentação que estabeleça a sua composição, sendo representados por todos os Conselhos Regionais. Compete ao Cress-SP:

● Orientar, disciplinar, fiscalizar e defender o exercício da profissão de Serviço Social.

● Zelar pelo livre exercício, dignidade e autonomia da profissão.● Organizar e manter o registro profissional dos Assistentes Sociais e das pessoas

jurídicas que prestam serviços de consultoria.● Zelar pelo cumprimento e observância do Código de Ética Profissional.

Ainda, o CRESS-SP como parte do Conjunto Cfess/Cress, mantém atuação política condizente com o projeto societário definido no [Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais, articulado com outros movimentos em defesa dos direitos da classe trabalhadora.O Conselho Regional de Serviço Social de São Paulo tem 11 seccionais espalhadas pelo interior do Estado para descentralizar suas atividades e aproximar o Conselho dos profissionais do Serviço Social. As regionais são ABCDMRR, Araçatuba, Bauru, Campinas, Marília, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santos, São José dos

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Campos, São José do Rio Preto e Sorocaba.Além disso, fundamentada na Política Nacional de Fiscalização - que visa à descentralização das demandas da categoria e a interiorização das ações dos conselhos profissionais de SS -, o Cress SP criou os Núcleos de trabalho que abrem a instituição à participação direta dos Assistentes Sociais. Espalhados por todo o estado, os Núcleos contribuirão no planejamento das atividades da instituição em geral, ampliando as discussões e a organização política da categoria. Eles podem estabelecer livremente suas metas de trabalho, atendendo a objetivos temáticos específicos ou abrangentes. O processo de Nucleação está em fase de construção; novos grupos estão rapidamente se organizando. Participe você também, informando-se sobre os Núcleos existentes ou em fase de implantação, em sua região.Acompanhando os processos de globalização, está o Mercosul. O Mercosul, como é conhecido o Mercado Comum do Sul (em espanhol: Mercado Común del Sur, Mercosur) é a união aduaneira (livre comércio intrazona e política comercial comum) de cinco países da América do Sul. Em sua formação original o bloco era composto por quatro países: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Desde 2006, a Venezuela depende de aprovação dos congressos nacionais para que sua entrada seja aprovada.[1]

As discussões para a constituição de um mercado econômico regional para a América Latina remontam ao tratado que estabeleceu a Associação Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC) desde a década de 1960. Esse organismo foi sucedido pela Associação Latino-Americana de Integração na década de 1980. À época, a Argentina e o Brasil fizeram progressos na matéria, assinando a Declaração de Iguaçu (1985),[2]

que estabelecia uma comissão bilateral, à qual se seguiram uma série de acordos comerciais no ano seguinte. O Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento,[3] assinado entre ambos os países em 1988, fixou como meta o estabelecimento de um mercado comum, ao qual outros países latino-americanos poderiam se unir.Outro aspecto a considerar é a tendência à diversificação dos níveis de profissionalização, envolvendo desde profissionais/pesquisadores pós-graduados, profissionais graduados a tecnólogos oriundos dos cursos universitarios sequenciais, somando o voluntariado que está crescendo cada vez mais na questão social. A saber:

● Investimento e Responsabilidade SocialUma das primeiras tendências apontadas durante o encontro foi a já crescente aproximação da área de investimento social da gestão socialmente responsável das empresas. Sabendo que o primeiro é o repasse voluntário, planejado e monitorado para ações sociais de interesse público, a incorporação desses valores na cadeia produtiva trará impactos positivos para a gestão da empresa.Segundo o secretário-geral do GIFE, Fernando Rossetti, a convergência levará a benefícios, pois se trata da “unidade de inteligência social” das empresas trabalhando também para o negócio - seja como uma área dentro da organização, ou seja, a aproximação de uma fundação ou instituto de seu mantenedor.O alinhamento entre setores público e privado também foi apresentado como algo em curso nas ações promovidas pelo grupo, sendo visto de vital importância para as ações voltadas ao bem comum. No entanto, na visão dos participantes do encontro, a efetivação dessa convergência, com influência em políticas públicas nas mais diversas áreas, se dará apenas em longo prazo.

● Diversificação do setor

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A ampliação dos modelos de investimento social foi levantada com especial atenção durante o debate do grupo. Segundo Rossetti, no Brasil, ainda há uma predominância do investimento social corporativo, em comparação a outros formatos, como o comunitário, o familiar e o independente.O desafio para diversificar a origem dos recursos, segundo os participantes, deve-se, no entanto, à falta de um marco legal para o setor, que incentive a formação de novos grupos de investidores. Como é necessário um trabalho anterior para criar esse ambiente regulatório propício, com envolvimento do Estado, uma ampliação desses modelos será vista apenas no final da próxima década.Também em longo prazo será percebido o envolvimento de micro, pequenas e médias empresas como atores importantes do investidores sociais. Com menos recursos, sejam eles financeiros ou humanos, essas organizações têm, pelo menos no Brasil, uma participação ainda muito pequena no setor, adotando práticas mais assistenciais e pulverizadas.Com base nesse cenário, um prognóstico promissor, levantado pelos participantes, é o de estimular essas organizações a investir em bloco, em especial nas iniciativas locais. Um bom exemplo são as fundações comunitárias, geridas por representantes da comunidade local, que criam mecanismos de sustentabilidade para ações em uma base territorial definida.Afinal, a ampliação do investimento em desenvolvimento comunitário também apontada como tendência certa para os próximos anos. Não por acaso, o GIFE e a RedAmerica - Rede Interamericana de Fundações e Ações Empresariais para o Desenvolvimento de Base firmaram em junho deste ano a Aliança GIFE – RedEAmérica, para qualificar empresas e fundações a trabalhar com o tema. (leia mais).Por outro lado, também foi apontado, principalmente a partir de uma perspectiva internacional, que serão apropriados novos temas para investimento, em médio prazo. Eles serão levados ao setor a partir das demandas sociais. Esse é o caso de alguns filantropos europeus, que agora debatem sobre como podem combater a exclusão social de imigrantes em seus países.Escassez de recursosOs pontos mais negativos e de curto prazo analisados na reunião realizada no dia 28 foram: a redução dos recursos internacionais para o Brasil e a cada vez maior competição de financiamento entre organizações. Enquanto as grandes agências de cooperação internacional voltam seus recursos para a África, tal como as grandes fundações do hemisfério Norte, as organizações sociais no Brasil veem esvaziar suas fontes de captação.Segundo Fernando Rossetti, o financiamento da área social do país se dá de outras quatro formas, além da ajuda internacional: pelo governo, principalmente por meio de concessões de certificados para organizações de ação direta em saúde, educação e assistência social; por igrejas, que, invariavelmente, mantêm os recursos em projetos comunitários; produtos e serviços, oferecidos por ONGs a partir de sua expertise (consultoria, qualificação etc) e da filantropia.“A crise de sustentabilidade no terceiro setor é estrutural”, afirma Rossetti.Nessa equação, é possível perceber que os cofres começaram a minguar. Daí, a necessidade de fortalecer novos modelos de financiamento além do corporativo. A saber, de acordo com o Mapa do Terceiro Setor, elaborado pela Fundação Getúlio

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Vargas (FGV), em 2005, somente 13% das doações privadas eram provenientes de indivíduos.Por isso, a emergência de modelos de filantropos no Brasil discutida no encontro. Isso significa dizer que o país precisa de exemplos para criar uma cultura de doadores individuais, tal como ocorre na América do Norte e em partes da Europa.Na prática, é fazer com que grandes personalidades (em especial do mundo empresarial) deixem de fazer anonimamente suas doações para estimular outros a fazerem o mesmo. Porém, apesar de ser importante para a sobrevida do setor, o diagnóstico de mudança de cultura sempre está associada a processos de longo prazo.Nesse cenário, não é de se espantar a necessidade cada vez mais urgente de um setor mais planejado e estruturado, que tenha metas definidas e adotem padrões elevados de transparência e accountability, como mostra mais uma tendência debatida no evento.Como se trata uma necessidade imediata, a profissionalização do terceiro setor é imprescindível para a área de Investimento Social Privado. “As organização devem buscar excelência profissional para lidar com esses desafios.”Made in BrazilSob uma perspectiva global, também foi levantada a ampliação da filantropia internacional, em que o Brasil tem uma participação de destaque. “Passamos a exportar tecnologias sociais, levando modelos para outros países”, lembra Rossetti.Um exemplo, é a metodologia do programa Nossa Escola Pesquisa Sua Opinião (Nepso), elaborada pelo Instituto Paulo Montenegro, que estimula o uso das pesquisas de opinião como instrumento pedagógico. Sob esse ponto de vista, é inequívoca a tendência do Brasil se tornar um player de relevância nesse jogo. O estímulo ao trabalho voluntário pode ser exemplificado com o Projeto –Lei (PEC 369-96), do poder executivo, que trata do Serviço Civil Obrigatório para mulheres, eclesiáticos ou dispensados do serviço militar, abrangendo ainda, aqueles que por convvicção religiosa, filosófica ou política se eximirem das atividades militares, alegando imperativo de consciencia.Trabalho voluntário é toda atividade desempenhada no uso e gozo da autonomia do prestador do serviço ou trabalho, sem recebimento de qualquer contraprestação que importe em remuneração ou auferimento de lucro.O trabalho voluntário tem se tornado um importante fator de crescimento das Organizações Não Governamentais, componentes do Terceiro Setor. É graças a esse tipo de trabalho que muitas ações da sociedade organizada têm suprido o fraco investimento ou a falta de investimento governamental em educação, saúde, lazer etc.Atualmente existem diversas organizações que se utilizam do trabalho voluntário de milhares de pessoas, não só no Brasil como em todo o mundo. Um bom exemplo de uma organização internacional é a Cruz Vermelha que tem ramificações em vários países.Uma forma de trabalho voluntário com a participação de milhões de pessoas é a computação voluntária, em que indivíduos instalam sistemas em seus computadores pessoais para colaborar em projetos científicos doando capacidade ociosa dos mesmos.O trabalho voluntário, ao contrário do que pode parecer, é exercido de forma séria e

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muitas vezes necessita de especialização e profissionalismo, já que empresas de toda sorte, como hospitais, clínicas, escolas etc precisam do auxílio de profissionais formados em várias áreas. Em Portugal o exemplo mais antigo e importante é representado pelas Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários,pilar fundamental do exercício "Vida por Vida".O voluntarismo traduzido no discurso mágico do compromisso tem como produto a metamorfose do profissional que se propõe crítico em um profissional mistificado e da mistificação.              A busca está em evidenciar o estreitamento das relações entre qualificação acadêmica-profissional e realidade do mercado de trabalho.              O voluntarismo é incapaz de decifrar as artimanhas do poder institucional, tornando-se estéril na constituição de uma nova sociabilidade e de uma nova cultura política, a partir de situações cotidianas, que representem a negação da anticultura política da sociedade em massas.Há uma publicação no jornal Folha de S. Paulo que destaca os resultados de pesquisa realizada pelo datafolha sobre a ação voluntária. Nesta pesquisa, há dois resultados: o primeiro traz a informação de que 83% dos brasileiros consideram o trabalho voluntario muito importante, e o segundo traz que 73% nunca fizeram nada. Essas informações são importantes por que mostram que, embora haja o reconhecimento por parte dos brasileiros de que o trabalho voluntário se constitui em uma atividade fundamental para a melhoria das condições sociais, por outro, o engajamento não é significativo. Elas confirmam que a existência dos Centros de Voluntariado se faz necessária, uma vez que eles poderão oferecer oportunidades para que aquela grande maioria, que considera o trabalho voluntário muito importante,possa transformar este potencial de vontade em ações de solidariedade.Assim, demonstra o papel que o voluntário pode assumir para a melhoria da vida em um país, quando exercido por uma parcela da população comprometida com a causa social.

● Terceiro setor – a explicação para a contradição entre o discurso e a prática encontram-se nos compromissos assumidos pelo governo para cumprir metas fiscais ao FMI e na sua política de juros altos para atrair capitais estrangeiros. No seu esforço para atingir marcas cada vez mais expressivas no seu superávit primário, o governo descarta uma agenda social.

A política fiscal não fica somente no corte de gastos sociais. Ela vai muito além em seu perverso papel de desestimular o crescimento em nossa terra. Isso acontece porque, além de corte nos gastos sociais, ela também acabou penalizando uma outra fonte importante de recursos para o terceiro setor, que são as doações realizadas por indivíduos e empresas.Com relação aos indivíduos, a política tributaria praticamente eliminou os abatimentos que o cidadão podia fazer em seu imposto de renda, quando doava para as organizações da sociedade civil. Atualmente, restaram algumas possibilidades difíceis de serem concretizadas: fundos controlados pelos conselhos municipais, estaduais e nacionais dos direitos das crianças, em favor de projetos culturais disciplinados pelo programa nacional de apoio à cultura e aos investimentos na produção de obras audiovisuais cinematográficas, desde que sejam feias nos mobiliários.Com relação à pessoa jurídica, os incentivos também não são animadores. No máximo, podem atingir 2% do lucro operacional, quando as doações são feitas para entidades

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que atendem gratuitamente empregados da empresa ou à comunidade onde atuam.Se não fossem essas barreiras à sua expansão, o terceiro setor teria, sim, a possibilidade de expandir suas atividades.Há uma necessidade urgente de mudarmos a legislação para que as empresas e cidadãos tenham à sua disposição incentivos fiscais para transferir recursos para o terceiro setor.O nascente terceiro setor ainda não em forças para uma ação de tal envergadura. O papel passivo das organizações deverá ser convertido em um papel ativo de tal forma que possa influenciar na formulação de políticas públicas que fortaleçam o setor.Na área social, assistiu-se a um perverso processo da privatização de serviços sociais, no qual a previdência privada tornou-se carro chefe, seguidos pelos serviços de saúde e educação. Em nosso país o sonho do welfare state jamais se tornou realidade, pois essa concepção de estado destinaria a maioria de seus recursos para o bem estar social que jamais fez parte de projetos para a população.A ação de um exército de voluntários, retirados da marginalidade, obrigados a atuar na ação social, ao mesmo tempo em que mascara o desemprego de amplos contingentes de jovens, desqualificando técnica e politicamente o trato da questão social, que passa a ser entregue a pessoas desprovidas de qualquer qualificação especializada para seu enfrentamento.Do ponto de vista da categoria dos assistentes sociais, este projeto Lei do Poder Executivo pode saturar, o mesmo espaço ocupacional, com mão–de-obra barata e desprovida de qualificação, podendo exercer uma pressão salarial baixista sobre profissionais estabelecidos. Em busca da consolidação do projeto ético-político do serviço social na contemporaneidadeO projeto ético-político consiste na: aproximação que permita captar interesses e necessidades em suas diversas maneiras de explicitação, englobando formas diferenciadas de organização e luta para fazer frente à pobreza e à exclusão econômica, social e cultural. Formas de lutas que passam por partidos políticos, sindicatos e movimentos sociais organizados; mas que passam, também, por reivindicações em torno das melhorias parciais de vida, além do conjunto de expressões associativas e culturais que conforme o modo de viver e pensar das classes e seus segmentos sociais.O objetivo é chamar a atenção para essa necessidade de clareza teórica, sob o risco de retrocesso ao pragmatismo e ecletismo em tempos de concretização da proposta éticopolítico do Serviço Social. Essa concretização está necessariamente caucada no permanente processo de luta pela hegemonia quanto a direção social do universo acadêmico-profissional da profissão. Os paradigmas teóricos-metodológicos de análise da realidade e que orientam os profissionais também estão comprometidos. É necessário não apenas uma leitura aprofundada da herança marxista se quisermos tecermos aprofundamentos em torno do projeto ético-político, pois as questões que o desafiam na contemporaneidade são múltiplas. Trata-se de uma projeção coletiva que envolve sujeitos individuais e coletivos em torno de uma determinada valoração ética que está intimamente vinculada a determinados projetos societários presentes na sociedade que se relacionam com os diversos projetos coletivos (profissionais ou não)

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em disputa na mesma sociedade.O projeto ético-político é construído a partir do projeto profissional de ruptura referenciado nas conquistas dos dois Códigos (1986 e 1993), nas revisões curriculares de 1982 e 1986 e no conjunto de seus avanços teórico-práticos construídos no processo de renovação profissional, a partir da década de 60.O debate teórico-metodológico é um debate ético-político e que no interior da culturaprofissional pode ser apresentado dentro de uma pluralidade, entretanto sem perder a perspectiva crítica alcança pela profissão.Quanto às vertentes téorico-profissionais, para NETTO (1996) pode projetar as seguintes linhas em desenvolvimento na cultura profissional:

● Manter-se-á a continuidade da vertente que se iniciou com a “intenção de ruptura”.

● Uma vertente de caria tecnocrático, herdeira da “perspectiva modernizadora”, mas renovada pelo neoliberalismo e reciclada por outras teorias sistêmico-organizacionais.

● Desenvolvimento da vertente neoconservadora, inspirada na epistemologia pós-moderna.

● Vertentes que propagam a desqualificação da teorização sistemática, pautada num anticapitalismo romântico, de glorificação do saber popular e apelo aos valores de solidariedade.

 A democracia envolve a luta pela ampliação da cidadania, com vistas à efetivação dos direitos civis, políticos e sociais de todos os cidadãos.  E mantém, também uma cidadania impulsionadora de novos direitos que contribua na luta para a ampliação da legalidade institucional.A luta pela manutenção do caráter universalizante das políticas sociais públicas – em especial a seguridade social – no seu tripé formado pela previdência, saúde e assistência social – é um desafio que se atualiza no dia-a-dia do assistente social.A luta pela efetivação da democracia e da cidadania é indissociável da ampliação progressiva da esfera pública enquanto ultrapassa a lógica privatista no trato do social.O desafio de tornar os espaços de trabalho do assistente social, espaços de fato públicos, alargando os canais de interferência da população na coisa pública, permitindo maior controle, por parte da sociedade, nas decisões que lhes dizem respeito.É nessa dinâmica tensa da vida social que se ancoram as possibilidades e a esperança de efetivar e ampliar os direitos inerentes à condição de cidadania, com as possibilidades de universalização da democracia, irradiada para as múltiplas esferas e dimensões da sociabilidade dos sujeitos sociais.Busca-se ampliar as bases de legitimidade do trabalho profissional junto à população usuária dos serviços prestados, o que requer um amplo e cuidadoso conhecimento do modo de vida e da cultura dos segmentos sociais com os quais se trabalha e uma orgânica articulação com as entidades que os representam coletivamente na cena social.Sabe-se que o assistente social dispõe de relativo poder de interferência na formulação e/ou implementação de critérios técnico-sociais que regem o acesso dos usuários aos serviços prestados pelas instituições e organizações sociais públicas e privadas.

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O domínio de bases analíticas e informativas que permitam uma leitura do financiamento das políticas sociais e dos orçamentos a elas pertinentes é um importante recurso técnico para negociar o carreamento de recursos à viabilização de programas e projetos sociais, especialmente considerando o processo de municipalização das políticas públicas.É fundamental que os projetos de trabalho elaborados estejam calçados em dados e estatísticas disponíveis, uma vez que estão munidos de informações atualizadas e fidedignas, que respaldam a capacidade de argumentação e negociação dos profissionais na defesa de suas propostas de trabalho junto às instâncias demandatárias ou competentes.As condições e relações sociais que circunscrevem o trabalho do assistente social atribuem à profissão uma dimensão política por excelência, que não se confunde com a militância político-partidária.Outra face está voltada à consolidação acadêmica da área de serviço social na sua globalidade, atribuindo-lhe respeitabilidade junto ao meio acadêmico, às entidades de fomento à pesquisa e aos órgãos responsáveis pela formulação da política de ensino superior.A competência profissional crítica é indissociável da elevação da qualidade do ensino superior na área. Ela fornece bases para a leitura da realidade e o desempenho profissional voltado para a materialização do projeto profissional, que possibilite enfrentar, no mercado de trabalho, a concorrência de áreas profissionais afins.A formação é enriquecida por meio de uma articulação por meio de uma articulação orgânica da Universidade com as forças representativas da sociedade civil, com entidades sindicais, associações profissionais e organismos representativos dos usuários, como os Conselhos de direitos sociais e das políticas sociais de seguridade, fazendo o intercâmbio entre a academia e a sociedade.              Artigo 2º - Constituem direitos do Assistente Sociala. garantia e defesa de suas atribuições e prerrogativas, estabelecidas na Lei de Regulamentação da Profissão, e dos princípios firmados neste Código;b. livre exercício das atividades inerentes à Profissão;c. participação na elaboração e gerenciamento das políticas sociais, e na formulação e implementação de programas sociais;d. inviolabilidade do local de trabalho e respectivos arquivos e documentação, garantindo o sigilo profissional;e. desagravo público por ofensa que atinja a sua honra profissional;f. aprimoramento profissional de forma contínua, colocando-o a serviço dos princípios deste Código;g. pronunciamento em matéria de sua especialidade, sobretudo quando se tratar de assuntos de interesse da população;h. ampla autonomia no exercício da profissão, não sendo obrigado a prestar serviços profissionais incompatíveis com as suas atribuições, cargos ou funções;i. liberdade na realização de seus estudos e pesquisas, resguardados os direitos de participação de indivíduos ou grupos envolvidos em seus trabalhos.Artigo 7º - Constituem direitos do Assistente Social:a. dispor de condições de trabalho condignas, sejam em entidade pública ou privada, de forma a garantir a qualidade do exercício profissional;b. Ter livre acesso à população usuária;c. Ter acesso a informações institucionais que se relacionem aos programas e políticas sociais, e sejam necessárias ao pleno exercício das atribuições profissionais;d. integrar comissões interdisciplinares de ética nos locais de trabalho do profissional, tanto no que se refere à avaliação da conduta profissional, como em relação às decisões quanto às políticas

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institucionais.Artigo 10º - São deveres do Assistente Social:a. ser solidário com outros profissionais, sem, todavia, eximir-se de denunciar atos que contrariem os postulados éticos contidos neste Código;b. repassar ao seu substituto as informações necessárias à continuidade do trabalho;c. mobilizar sua autoridade funcional, ao ocupar uma chefia, para a liberação de carga horária de subordinado, para fim de estudos e pesquisas que visem ao aprimoramento profissional, bem como de representação ou delegação de entidade de organização da categoria e outras, dando igual oportunidade todos;d. incentivar, sempre que possível, a prática profissional interdisciplinar;e. respeitar as normas e princípios éticos das outras profissões;f. ao realizar crítica pública a colega e outros profissionais, fazê-lo sempre de maneira objetiva, construtiva e comprovável, assumindo sua inteira responsabilidade.              Já, em relação ao plano de governo, temos:

● A educação e inclusão digitalA escola pública tem que deixar de ser, no Brasil, um espaço de exclusão social. Deve proporcionar, por meio da escolarização, as mais variadas possibilidades educacionais e culturais para a formação humana. Hoje é necessário - e urgente - fazer com que a escola seja um componente fundamental para a inclusão social. A educação infantil, a educação de jovens e adultos, a educação especial e o ensino fundamental, devem ser vistos como desafios do governo. Promover a universalização da escolarização e sua qualidade social exigirá vontade política, firmeza nas ações e a definição de uma política educacional concreta e objetiva. Assumimos o compromisso para com a formação de um cidadão consciente e crítico dos seus direitos e deveres. Desta forma, a construção de uma escola pública participativa e de qualidade social, em nosso município, será de grande importância para o fortalecimento da democracia representativa. Em toda a política educacional estarão presentes três componentes de suma importância para o desenvolvimento sustentável e para a formação do cidadão: A EDUCAÇÃO AMBIENTAL, A INCLUSÃO DIGITAL E PROGRAMAS DE SAÚDE DE CARÁTER PREVENTIVO.Tanto A EDUCAÇÃO AMBIENTAL quanto A INFORMÁTICA E OS PROGRAMAS DE SAÚDE farão parte da MATRIZ CURRICULAR da rede municipal de ensino. A política educacional - baseada na QUALIDADE SOCIAL e no estabelecimento de uma ESCOLA PÚBLICA INCLUSIVA - terá como seus objetivos principais:- DEMOCRATIZAÇÃO do ACESSO e GARANTIA DA PERMANÊNCIA do aluno na escola;- Criação de ações destinadas ao FIM DA EVASÃO, DA REPETÊNCIA, DA REPROVAÇÃO E DA DISTORÇÃO IDADE/SÉRIE;- Elaboração, coletiva, de um PROJETO PEDAGÓGICO COERENTE com a realidade da escola, do aluno e, principalmente, do contexto sócio-econômico e cultural em que os mesmos se inserem;- Valorização dos profissionais de educação do magistério público municipal através de um PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS e da remuneração por resultados e eficiência;- Estímulo ao APERFEIÇOAMENTO DOS DOCENTES E PESSOAL TÉCNICO e a sua formação continuada;- Proporcionar à população todas as modalidades de ENSINO PÚBLICO GRATUITO em nossa cidade: DA EDUCAÇÃO INFANTIL AO ENSINO SUPERIOR.- Aplicação integral das verbas oriundas das transferências constitucionais, do FUNDEB ,e das receitas municipais legalmente estabelecidas, na educação

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E1)COMPROMISSOS DO Governo PPS > Estabelecimento de uma parceria com o Estado e o Governo Federal para implantar no NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO, CURSOS TÉCNICOS de curta duração e CURSOS PROFISSIONALIZANTES, nas áreas de interesse do município e do mercado de trabalho; de modo a aumentar a chance de emprego dos jovens de nosso município; - Garantia de TRANSPORTE GRATUITO - um dos grandes entraves - para todos os estudantes da rede pública do município, como uma das formas para a redução das taxas de evasão. Esta garantia será assegurada, também, para os universitários de entidades públicas cujas faculdades estejam num raio de até 80 km do nosso município; - Criação de PROGRAMAS DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA para que os estudantes universitários, em troca de uma bolsa de extensão no valor de meio salário mínimo, possam realizar estudos e trabalhos sociais, culturais e acadêmicos que sejam de interesse da cidade; - Promoção de PARCERIAS COM FACULDADES E UNIVERSIDADES PÚBLICAS E PRIVADAS para instalação de Campus Avançado em Riachão naquelas áreas de interesse do Município. - Criação de um PROGRAMA DE VESTIBULAR POPULAR nas principais escolas municipais ou em convênio com as estaduais para garantir o acesso dos alunos de Riachão nas principais Universidades Públicas do Estado; - Criação do PROJETO EVASÃO, REPETÊNCIA E REPROVAÇÃO ZERO visando a melhoria dos índices da qualidade de ensino da rede municipal e a busca de soluções para a distorção idade/série, assegurando remuneração diferenciada para todos os servidores das unidades educacionais que atinjam estas metas; - Promoção da CONFERÊNCIA ANUAL DE EDUCAÇÃO, com especialistas das mais diversas áreas do conhecimento, com o objetivo de discutir e propor soluções para os principais problemas educacionais do município; - Estimular o real funcionamento e redefinição das funções do CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, colocando como seus membros pessoas efetivamente interessadas em seu funcionamento, ampliando e valorizando esta atividade. - Estímulo ao APERFEIÇOAMENTO DO DOCENTE E PESSOAL TÉCNICO, em parceria com as instituições públicas e privadas, através de financiamento parcial destas atividades;

● F) SAÚDE , HABITAÇÃO E SANEAMENTO BÁSICOSaúde O Riachão exige um governo que estabeleça definitivamente uma Política de Saúde séria, sem clientelismo, sem fazer da doença fonte de votos, sem transformar o Hospital Municipal em Comitê Eleitoral. A realidade de hospitais mal equipados, em estado de funcionamento deficiente e postos de saúde funcionando precariamente, ou ainda inaugurações de uma estrutura física, sem uma estruturação material e de recursos humanos adequada irá acabar. Será fomentado um processo de compartilhamento dos recursos dos hospitais existentes, com divisão de tarefas e procedimentos de modo a proporcionar a utilização plena e eficiente destas unidades. A SAÚDE PREVENTIVA será uma prioridade do novo Governo. Especialmente com a ampliação e implantação verdadeira do PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (PSF). Saneamento Vamos investir no SANEAMENTO - com Programas de Saúde específicos - como forma de prevenir doenças. Mas também não vamos esquecer de equipar os postos de saúde e os hospitais, dotando-lhes de equipamentos modernos e humanizando o atendimento. A rapidez no atendimento e o respeito ao cidadão será uma busca permanente e um compromisso assumido por todos: Prefeito, Secretário de Saúde, Médicos, Enfermeiros, pessoal da saúde e demais envolvidos. Habitação A

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nossa cidade encontra-se num processo de desordem na política habitacional. Somando-se a falta de uma política pública voltada à construção de habitação, destinadas à população de baixa renda (vivemos de grosseiro improviso neste particular), acelera-se o processo de formação de loteamentos irregulares coma construção de moradias em áreas de preservação ambiental e sendo construídas sem as menores infra-estruturas. Num primeiro momento faremos um mapeamento das áreas mais críticas da cidade, tendo por objetivo conter a ocupação de terras ribeirinhas e áreas de preservação. Posteriormente, efetuaremos um cadastramento para se traçar um perfil socioeconômico das famílias. A partir de então as famílias se comprometerão, em regime de mutirão, a construírem suas casas, com o apoio da prefeitura. F1)COMPROMISSOS DO Governo PPS Saúde - Democratização do CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE, que será o órgão fiscalizador e consultivo da saúde, responsável, também, pela organização da CONFERÊNCIA ANUAL DE SAÚDE NO MUNICÍPIO; - Implantação efetiva do PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (PSF) em todo o município. - Os POSTOS DE SAÚDE não serão apenas locais de tratamento de doenças, mas de prevenção, onde serão desenvolvidas atividades educacionais e culturais e campanhas maciças de saúde coletiva. É COMPROMISSO INALIENÁVEL o funcionamento destes postos com PEDIATRIA, CLÍNICO GERAL E OBSTETRÍCIA de 07h as 17h horas EM TODOS os POSTOS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO. , dentistas, sala de curativo, vacinação, Teste do Pezinho, e as especialidades que se mostrarem necessárias naquela micro-região. - Cada POSTO DE SAÚDE terá sua localização debatida com a comunidade e terá comunicação assegurada com um Ambulatório Central, no Hospital Municipal, para que as consultas com especialistas ou exames mais sofisticados (só realizados no Ambulatório Central) sejam marcados no próprio Posto, impedindo assim a ida do paciente ao centro para o agendamento e o tráfico de influência eleitoreiro que hoje existe para marcação de muitos exames e consultas. - O poder público municipal promoverá um amplo debate com as Fundações Controladoras dos Hospitais existentes no Município, com o conselho municipal de saúde e outras entidades envolvidas, de modo a resultar num processo de integração do atendimento que otimize a estrutura existente, especialize as entidades hospitalares e evite a superposição e o desperdício de recursos públicos em especial do SUS. No final deste processo cada uma das entidades terá uma atividade principal de atendimento que, dentre outras, listamos: a)Construir o PRONTO-ATENDIMENTO funcionando 24 h com uma EQUIPE MÉDICA BÁSICA, RAIOS-X, LABORATÓRIO, AMBULÂNCIA, etc., para apoiar e minimizar o fluxo de doentes nos Hospitais. b) Estruturação imediata de uma UNIDADE DE PACIENTES GRAVES (UPG) em um dos Hospitais para capacitar o mesmo em prestar com total qualificação um atendimento inicial ao paciente grave e transformar esta UPG, no máximo em 03 anos, em um CENTRO DE TRATAMENTO INTENSIVO, com todas as condições humanas e materiais;

● Montagem de SERVIÇODE ATENDIMENTO DOMICILAR (médico, enfermagem, fisioterapia, assistente social, etc.) para pessoas portadoras de deficiência e necessidades especiais;

● Criação de PROJETO ESPECIAL PARA O IDOSO, projeto amplo para a terceira idade transformando em uma CIDADE AMIGA DO IDOSO. Este projeto, além de um trabalho específico geriátrico (curativo e preventivo) buscará a valorização da Terceira Idade com atendimento multi-profissional para realização de atividades

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culturais e esportivas, além do aproveitamento de sua sabedoria de vida acumulada para atividades em creches, escolas de ensino fundamental e salas de leitura.

● Saneamento: A relação existente entre a saúde e as medidas sanitárias já são bastante conhecidas, principalmente no que se refere à água de abastecimento doméstico, a coleta e o tratamento de esgoto e ao destino dos resíduos sólidos Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em dados recentes, 65% dos leitos dos hospitais do país são ocupados por pacientes com problemas de saúde relacionados à falta de saneamento. A qualidade de vida da população depende necessariamente de um sistema de abastecimento de água, de esgotos sanitários e de coleta e destinação adequada de resíduos sólidos. No novo Governo, o saneamento será prioridade. A partir da sua extensão a todos os domicílios é que proporcionaremos ao conjunto da população a melhoria da qualidade de vida. Só desta forma faremos de nossa cidade uma alternativa confiável para se viver.

● Ampliação da rede de coleta e tratamento de esgoto; assim como a captação, tratamento e distribuição de água potável em parceria com o Governo federal (Ministério das Cidades) e o Governo estadual (EMBASA);

● Criação de uma EMPRESA MUNICIPAL para a coleta e destinação do lixo; - Criação de Projeto de Coleta Seletiva do Lixo, em alguns bairros, envolvendo a comunidade e a iniciativa privada;

● Destinação e coleta do lixo hospitalar de forma adequada. Habitação · Estabelecimento de uma POLÍTICA DE HABITAÇÃO POPULAR com financiamento da Caixa Econômica e recursos do FGTS para a construção de casas em regime de mutirão, individualizadas e com assistência de engenheiros e arquitetos;

● Formação de uma equipe multidisciplinar, em convênio com as Universidades Públicas, para estudo e pesquisa de projetos de construção de casas populares. Nestes projetos deverão participar jovens universitários que sejam integrantes do programa de EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA citado no capitulo de educação deste programa de Governo. 

   BIBLIOGRAFIA

 Manual de direito público e privadoDa filantropia à cidadaniaTerceiro setor – a arte de administrar sonhosRenovação e conservadorismo no serviço socialSite visitados:CRESS SPCFESSPrevidência SocialSUSLOAS

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Conselho Tutelar  

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