o que pode fazer o psicólogo organizacional

7/25/2019 O Que Pode Fazer o Psiclogo Organizacional

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O que pode fazer o psiclogo organizacional*

Antnio Virgilio Bittencourt BastosI; Ana Helena CaldeiraGalvo!"artinsII

IProf. Adjunto de Departamento de Psicologia/UFBAIIPsicloga Coordenadora de RH da Prefeitura de Camacari/BA

A pross!o do Psiclogo tem sido o"jeto fre#$ente de re%e&!o'discuss!o e estudos por parte dos prossionais #ue a e&ercem. (stesestudos "uscam n!o s compreender os determinantes )istrico*sociais #ue moldaram o perl de atua+!o do psiclogo "rasileiro' )oje'como tam",m #uestionar a sua pr-tica' na perspectia de constru+!o

de um modelo de atua+!o mais condiente com o potencial decon)ecimentos gerados pela Psicologia e com a realidade scio*pol0tica em #ue ela se insere.

Certamente' como assinalam Pena e 1c)neider 2345' o e&erc0cio daPsicologia 2a#ui entendido como aplica+!o de con)ecimentospsicolgicos a pro"lemas )umanos5 antecede a prpria teoria+!o emPsicologia e 6 sua regulamenta+!o en#uanto pross!o 7 esta' narealidade' representa o auge de um processo em #ue a sociedaderecon)ece e delimita a especicidade de um grupo ocupacional j-

atuante e socialmente inserido. 8r9s ertentes distintas marcam asorigens da Psicologia en#uanto ci9ncia e pross!o no Brasil. Umaprimeira ligada 6 produ+!o cient0ca nas Faculdades de :edicina doRio e Ba)ia #ue n!o tardaram a gerar tra"al)os de assist9nciapsicolgica a psicopatas' em )osp0cios. (sses ;m,dicos*psiclogos;23


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d,cada de a Psicologia , amplamente recon)ecida' tanto comodisciplina cient0ca #uanto instrumento para solu+!o de pro"lemas)umanos; 23JKLJ5.

surgimento de uma pross!o' assim' , produto de uma maturidade

dos con)ecimentos a serem e#uacionados' o #ue ocorre ao longo doprocesso social #ue' tam",m' cria as condi+>es #ue permitem a suasolu+!o 23G5. (m conse#$9ncia' , n0tido o fato de #ue a legisla+!oregulamenta pr-ticas prossionais e&istentes e consolidadas'geralmente sem uma is!o em perspectia da eolu+!o futura doscon)ecimentos na -reaM assim aconteceu em rela+!o 6regulamenta+!o da pross!o de psiclogo' cuja legisla+!o dene parao noo prossional duas grandes fun+>esK a de ensinar psicologia e oe&erc0cio da pross!o de psiclogo' cujas atiidades priatias seriama realia+!o de diagnstico psicolgico' orienta+!o e mensura+!o

psicolgica para processos de sele+!o prossional' orienta+!opsicopedaggica e solu+!o de pro"lemas de ajustamento 2@ei 33N'art. 3G lO5. 8ais atiidades' eidentemente' guardam estreita rela+!ocom o #ue efetiamente se faia em termos de aplica+!o dePsicologia no Brasil. Consolidaram*se' portanto' tr9s grandes -reas deatua+!o do psiclogo' al,m do ensinoK a cl0nica' escolar e a industrial.

desenolimento dessas tr9s -reas aps 3N4J n!o , a"solutamenteuniforme. Como assinala il 23J5' as -reas de uma aplica+!o dePsicologia ao tra"al)o e 6 educa+!o' em"ora com uma tradi+!o

maior' n!o foram deidamente contempladas no curr0culo dos cursosde forma+!o de psiclogos 2agora e&ig9ncia para o e&erc0cioprossional5 #ue enfatiaam nitidamente a forma+!o cl0nica' dentrode um modelo de prossional li"eral. 8ale neste ponto se encontre oin0cio do processo em #ue a dimens!o cl0nica da forma+!o dopsiclogo gera uma imagem social da pross!o #ue , respons-elpela crescente demanda por este mesmo tipo de atua+!o. Caral)o245 e&p>e' de forma clara' como o processo de forma+!o reprodu omodelo de prossional socialmente dominante. Q-rios leantamentos'em diersos pontos do pa0s' mostram a eleada concentra+!o deprossionais na -rea cl0nica assim como a forte tend9ncia aconsider-*la a -rea mais interessante e desej-el' mesmo entrea#ueles #ue atuam em outras -reas. #ue acontece'especicamente' na -rea inicialmente intitulada Psicologia Industrial e#ue )oje tem uma conceitua+!o mais ampliada de Psicologia do8ra"al)o ou rganiacional

(m"ora seja a -rea #ue' depois da cl0nica' a"sore maior contingentede psiclogos * 2JG'4S no mais recente leantamento realiado peloConsel)o Federal de Psicologia' Bastos' J5' o"sera*se #ue o seucrescimento , lento apesar do processo de industrialia+!o eur"ania+!o #ue ieu o pa0s a partir da d,cda de 4' como coloca


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Codo 2N5. :ais do #ue um crescimento lento' a atua+!o do psiclogonas organia+>es , alo de constantes cr0ticas' na sua maioriaoltadas para o seu papel' tido como intermediando rela+>es sociaisde e&plora+!o e discrimina+!o. A -rea organiacional , ista como a#ue , procurada por a#ueles #ue optam por uma mel)or

remunera+!o ou #ue ;precisam so"reier; ou ;precisam tra"al)ar;'mas #ue n!o produ grandes realia+>es pessoais. (st- impl0cito'nessas percep+>es' a imagem #ue o prprio psiclogo tem de suaidentidade en#uanto prossional' produto de um processo deforma+!o recon)ecidamente distorcido.

Uma das distor+>es apontadas por Caral)o 2esformadoras oferecem' a imagem social #ue a pross!o gera' ase&pectatias #ue os alunos traem ao entrarem nas uniersidades e o

#ue o prossional lea ao se inserir no mercado de tra"al)o'realidade' n!o co"rem todo o potencial de atua+!o do psiclogo e deaplica+!o dos con)ecimentos j- gerados pela Psicologia. Tuanto aospsiclogos organiacionais' anelli 23NKG35 os caracteria como;reprodutores de o"jetios t,cnicos' sem poder de interen+!o nosprocessos decisrios organiacionais;' apoiando*se em um estudo de:alei #ue conclui pela ine&ist9ncia' entre estes prossionais' deuma is!o dos processos organiacionais. (m conse#$9ncia' apesarda importncia e comple&idade do su"sistema psicossocial naorgania+!o' os psiclogos geralmente t9m se limitado a interen+>essuperciais e ;n!o se preocupam em profundidade' com o processoorganiacional' como algo multideterminado; 23NKG35.

8al #uadro condu Batitucci 2G5 a' de maneira enf-tica' armar anecessidade de uma forma+!o mais a"rangente e integrada dosprocessos organiacionais' nica maneira de romper a atua+!ofragmentada e geralmente limitada 6 aplica+!o de testes parasele+!o' o #ue restringe o mercado de tra"al)o pela imagem negatia#ue produ nas prprias organia+>es ;... a empresa n!o estaa"uscando um aplicador de testes' mas um prossional de recursos)umanos' algu,m #ue' pelo menos' tiesse familiaridade comdesenolimento de pessoal' aalia+!o de desempen)o'acompan)amento de pessoal' turn over' a"sente0smo' acidentes'moral' motia+!o' sistemas gerenciais' etc; 2GK335.

(m"ora )aja' ainda )oje' uma concentra+!o eleada dos psiclogos#ue atuam na -rea organiacional em atiidades de recrutamento esele+!o' como arma ?eri23L5' ao longo do tempo' os psiclogosa"riram espa+os' muito mais em fun+!o da sua compet9ncia pessoaldo #ue a partir dos crit,rios legais e prossionais' j- #ue' a ;rigor anica atiidade priatia do psiclogo do tra"al)o , a aplica+!o eaalia+!o de testes psicolgicos; 23LK3LL/L45. A amplia+!o do le#ue


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de atua+!o dos psiclogo nas organia+>es , tam",m produto demudan+as ocorridas no m"ito das organia+>es cuja crescentecomple&idade gerou mudan+as no trato com os aspectos dos recursos)umanos. Como arma :endon+a 235'e&ercer apenas admiss>es'pagamentos' demiss>es e registros de car-ter legal foi uma fase

pioneira' tais atiidades e&pandiram*se para fun+>es mais amplas'inclusie' desenolimento e pes#uisa. 1c)ein 23V5 descree como'de um contato inicial apenas com o processo de sele+!o' o psiclogofoi se enolendo com outros pro"lemas organiacionais #ueculminaram no trato da pes#uisa na organia+!o como um todo.Atualmente o #ue est- colocado como tarefa para o psiclogoorganiacional , #ue trate dos pro"lemas com #ue se ocupoutradicionalmente interrelacionando*os e inculando*os ao sistemasocial da organia+!oM #ue trate' ainda' de noas #uest>es oriundasdo con)ecimento das caracter0sticas sist9micas das organia+>es.Houe' assim' um deslocamento da preocupa+!o centrada nosindi0duos para o sistema e seu desenolimento. impacto dasconcep+>es sociolgicas e antropolgicas' o desenolimento dapsicologia social' o aan+o das ci9ncias f0sicas e "iolgicas com asno+>es de multicausalidade' for+as auto*reguladoras e circuitode feed#ac$' al,m de mudan+as tecnolgicas e nas intera+>es dosfatores )umanos e tecnolgicos nas organia+>es' s!o fatoresleantados pelo mesmo autor para e&plicar as altera+>es o"seradasnesta -rea da Psicologia.

?essa mesma perspectia' Camac)o 2L5 inclui no noo papel doprossional de RH' a necessidade de uma is!o ampla dos processosorganiacionais #ue o possi"ilite sugerir pol0ticas e estrat,gias deinteren+!o.

(sta preocupa+!o est- presente tam",m em Borges*Andrade 25' aoenfatiar a necessidade de uma compet9ncia pol0tica' aliada 6compet9ncia t,cnica' como re#uisitos indispens-eis dos prossionais#ue atuam na -rea do treinamento' o #ue' certamente' pode serestendido 6s diersas -reas de RH.

A deni+!o do psiclogo como prossional de recursos )umanos naorgania+!o' coloca' em decorr9ncia' o pro"lema do tra"al)ointerdisciplinar e a necessidade de integra+!o com os demaisprossionais. alli 235 arma #ue' em"ora e&istam e#uipesformalmente compostas' os prossionais de RH' majoritariamente'tra"al)am de forma indiidual n!o interdepedente e n!o integrada.;s pro"lemas #ue )oje enfrentamos' diem respeito ao fato de #uenossas preocupa+>es se situam em denir pap,is' em refor+ar anossa identidade particular; 23KGL5.


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A noa realidade do e&erc0cio prossional na -rea' * o tra"al)omultiprossional' amplia+!o do espa+o efetiamente ocupado' aapro&ima+!o das instncias decisrias nas organia+>es' osurgimento de noos instrumentos e tecnologias' 7 est- a e&igir umadeni+!o mais a"rangente do prossional #ue enseje' no m"ito das

institui+>es formadoras' uma discuss!o dessa noa realidade.

8ais considera+>es implicam' necessariamente' esfor+os no sentido dedeni+!o ou caracteria+!o do #ue efetiamente fa o psiclogo nasorgania+>es' com o o"jetio de mapear esse processo de transi+!o'e de se e&trair su"s0dios para reis!o do processo de forma+!o desseprossional. A an-lise do tra"al)o do prossional tem' como armaal!o 2335' o potencial de fo.rnecer os elementos necess-rios 6identica+!o dos o"jetios curriculares' desde #ue ela"orada com umn0el de detal)amento suciente para &a+!o dos o"jetios gerais'

dos o"jetios espec0cos das disciplinas e dos seus pr,*re#uisitosindispens-eis. Construir uma an-lise da ocupa+!o do psiclogoorganiacional' dentro da perspectia de um instrumento parasu"sidiar aalia+!o e reformula+!o curriculares' foi o o"jetio centraldo nosso tra"al)o. 8al perspectia condu' necessariamente' a #ue adescri+!o do prossional e&trapole o #ue ele j- fa efetiamente'"uscando apro&imar*se de um modelo ou padr!o desej-el deatua+!o do prossional' n!o se restringindo a uma simples descri+!oou fotograa do #ue e&iste.

Co%o foi ela#orada a descri&o

Para ela"ora+!o da an-lise ocupacional' tra"al)ou*se com umaamostra intencionalmente escol)ida de sete Psiclogos #ue atuamnas diferentes su"-reas de recursos )umanos e #ue atendiam aosseguintes crit,riosK dedica+!o 6 -rea desde a sua gradu+!o oue&peri9ncia acumulada de pelo menos tr9s anos na -rea ou curso deespecialia+!o na -rea de Recursos Humanos. As organia+>es em

#ue tra"al)aam os sujeitos foram diersicadas #uanto 6 suanaturea jur0dica' tendo*se tra"al)ado com uma institui+!o priada dosetor nanceiro' uma empresa multinacional na -rea metalrgica' euma empresa estatal' todas de grande porte' al,m de um rg!o derecursos )umanos da administra+!o p"lica centraliada.

Para a coleta e an-lise de dados foi utiliado o procedimento descritopor al!o 2335. ?um primeiro momento' cada sujeito descreia assuas atiidades sem interfer9ncia do entreistador. ?um segundomomento' os dados leantados preiamente com os diersos sujeitos'

eram organiados em #uadros proisrios de descri+!o das atiidades2TPA5 e o entreistador discutia com cada sujeito a descri+!o #ue


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estaa sendo apresentada na#uele momento. As altera+>es sugeridasgeraam noos TPAWs. Assim os produtos indiiduais eramtransformados em sucessias sistematia+>es coletias. nmero deentreistas para cada sujeito ariou nos dois momentos dainestiga+!o em fun+!o da condi+!o do entreistado contri"uir para

detal)ar as atiidades e aprimorar a organia+!o dos dados #ue l)eeram apresentados.

?a an-lise dos dados coletados e ela"ora+!o dos sucessios TPAs'categoriaram*se os comportamentos em tr9s n0eis decomple&i"ilidade crescentes denominados P(RAXY(1' 8AR(FA1 eFU?XY(1. As fun+>es foram denidas como conjuntos de tarefas' eessas como conjunto de opera+>es' relatias a um determinado cargona organia+!o 2no caso' o de psiclogo5. H-' portanto' uma rela+!ode inclus!o das opera+>es em rela+!o 6s tarefas e destas em rela+!o

6s fun+>es. Para se criar estes su"conjuntos e conjuntos de atiidadeso"seraram*se os crit,rios lgicos da teoria dos conjuntos descritospor al!o 2335' a sa"erK rela+!o de pertin9ncia de cada elementoaos su"conjuntos' onde se analisa a naturea da atiidadeM a rela+!ode inclus!o estrita' onde se analisa a comple&idade da atiidade decada su"cconjunto ao conjuntoM a rela+!o de e#uial9ncia' onde seanalisa a naturea' comple&idade e composi+!o entre su"conjuntos#ue comp>em o conjunto e' nalmente' a rela+!o de se#$9ncia ouesta"elecimento de uma ordem cronolgica entre as atiidades domesmo n0el de comple&idade.

A forma+!o de cada TPA' agrupando as atiidades nos diferentesn0eis de comple&idade' era discutida com cada sujeito' permitindoarranjos progressiamente mais pr&imos dos crit,rios lgicosmencionados. (sses crit,rios aplicados sistematicamente nossucessios TPAWs conduiram 6 identica+!o dos conjuntos deatiidades #ue comp>em a presente an-lise ocupacional.

O psiclogo organizacional' (% %odelo de atua&o'

As atiidades leantadas' em"ora agrupadas em tr9s n0eis decomple&idade' ser!o' a#ui' apresentadas apenas a n0el de FU?XY(1e 8AR(FA1M em alguns casos' para tornar mais clara a naturea datarefa' mencionaremos as P(RAXY(1 #ue a integram. Iniciaremos'contudo' oferecendo uma is!o glo"al do poss0el papel dospsiclogos nas organia+>es' &ando as lin)as mestras de umaatua+!o t,cnica e politicamente conse#$entes.

Z importante assinalar' ainda' #ue as organia+>es ariam #uanto 6dimens!o e estrutura da -rea de recursos )umanos. A diersidade


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e&istente' geralmente' implica diferencia+!o nas atri"ui+>es dosprossionais de RH. A#ui optamos por descre9*las na sua dimens!omais a"rangente.

O#)etivo gerais da atua&o do psiclogo organizacional

(la"orada a descri+!o das atiidades nos n0eis mencionados'esta"elecemos alguns o"jetios gerais para atua+!o do psiclogoorganiacional' agrupando fun+>es ans' na tentatia de ofereceruma is!o mais a"rangente desse prossional. A seguir' podemos eros #uatro o"jetios gerais da atua+!o do psiclogo numa organia+!o.


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"sere*se #ue tais o"jetios co"rem as a+>es principais da -rea derecursos )umanos' e&plicitando #ue os prossionais #ue nela atuam2em"ora possam e deam ter su"-reas de maior especialia+!o5 n!opodem prescindir de uma is!o glo"al da -rea e dos seus ns naorgania+!o. (ssa is!o , #ue confere 6 sua atua+!o um car-ter n!o

ritualesco e fragmentado. 8al perspectia atende' assim' 6spreocupa+>es de :endon+a 235 #uando discute um poss0el papel doprossional de RH. Incorpora' tam",m' as modica+>es #ue j- 9m seprocessando ao longo do tempo' em #ue o psiclogo n!o limita suaatua+!o aos processos de sele+!o de pessoal' mas tem seresponsa"iliado' crescentemente' por tarefas e/ou desaos #ue asitua+!o de tra"al)o coloca aos recursos )umanos nas organia+>es.Fica e&pl0cito' tam",m' nos o"jetios citados a natureainterdisciplinar de -rea de RH' como armado por diersos autores2LM3M3M3V5. 8al -rea n!o pode ser ista como dom0nio e&clusio de#ual#uer uma das inmeras pross>es #ue nela atuam' sendoindispens-el' pela multidimensionalidade dos pro"lemas #ue a"arca'a is!o conergente de diferentes forma+>es e enfo#ues na an-lisede uma mesma #uest!o. fato de o psiclogo integrar uma e#uipemultiprossional dee "aliar a an-lise das atiidades #ue comp>emo conjunto de fun+>es e tarefas a ser apresentado a suguir' de modoa #ue se ten)a sempre em mente #ue muitas decis>es por eletomadas o s!o' ou o deem ser' num conte&to de discuss!o comoutros prossionais da e#uipe 2administradores' economistas'pedagogos' assistentes sociais' m,dicos' adogados' socilogos' etc5.Um terceiro ponto a ser enfatiado a partir dos o"jetios e&postos' ,#ue' al,m de uma apreens!o glo"al dos pro"lemas )umanos naorgania+!o' o psiclogo n!o pode ser um mero aplicador de t,cnicase procedimentos aprendidos al)uresM a sua dimens!o comopes#uisador , parte integrante e importante no perl apresentado'como "em reclamam Borges * Andrade 25' anelli23N5' entre outros.8al dimens!o' e&pl0cita no primeiro o"jetio' permeia os demais.

un&+es e tarefas do psiclogo organizacional

Relacionadas 6 consecu+!o do o"jetio A' foram denidas as fun+>ese respectias tarefas #ue se o"seram noTuadro 3
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98931990000100005#q1http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98931990000100005#q1


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(ste o"jetio' #ue apro&ima o psiclogo das instncias decisrias da

organia+!o' rompe o papel #ue anelli23N5 denominou de;reprodutores de o"jetios t,cnicos; 2p. G35 e e&plora a dimens!ocient0ca #ue toda forma+!o do psiclogo dee ter. fato de lidarcom o comportamento )umano 7 tanto na sua dimens!o indiidual#uanto social 7 dee credenciar o psiclogo ao manejo de m,todos et,cnicas de inestiga+!o dos pro"lemas psicossociais ineit-eis em#uais#uer conte&tos de tra"al)o. A fun&o!,refere*se 6 dimens!o doprossional en#uanto pes#uisador' na sua tarefa de produircon)ecimento ou tecnologia. Autores como A#uino 235' :endon+a 235enfatiam a necessidade de #ue o prossional de RH reeja seu

modelo de atua+!o' considerado inade#uado ao cen-rio das rela+>esde tra"al)o no Brasil )oje. 8al reis!o re#uer a constru+!o de um


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corpo sistem-tico de con)ecimento so"re o comportamento dotra"al)ador "rasileiro nas organia+>esM em conse#$9ncia' a an-lisedas pr-ticas e instrumentos mais comuns na -rea. ?ecessidadescomo essas imp>em #ue o psiclogo deten)a uma forma+!o cient0caslida #ue o capacite a romper a forma acr0tica com #ue reprodu

teorias e pr-ticas geradas em outros conte&tos sociais.

A fun&o!-descree e&atamente o tra"al)o oltado para acompreens!o dos pro"lemas )umanos e sociais no m"ito dasorgania+>es 2a e&emplo de con%itos intergrupais' lideran+a'competi+!o' motia+!o' satisfa+!o' a"asente0smo' etc5' tanto ao n0elde grupos #uanto sist9mico. [ medida #ue o ade#uado atendimentodas necessidades psicossociais do tra"al)ador se torne umimperatio para as organia+>es' essa fun+!o do psiclogoproaelmente gan)ar- mais releo e importncia. Dee*se frisar

#ue' como se o"sera ao n0el das tarefas #ue integram esta fun+!o'tais estudos t9m naturea eminentemente aplicada e "uscamfornecer elementos con-eis 6 tomada de decis!o #ue afetam a idado tra"al)adorM n!o se trata' a#ui' do desenolimento de pes#uisapura' o #ue integraria o papel do psiclogo en#uanto pes#uisador.

A fun&o!.particularia um tipo de estudo/pes#uisa maisfre#$entemente realiado pelo psiclogo e oltado para a descri+!odas atiidades enolidas na e&ecu+!o do tra"al)o. 8al fun+!o foiinserida no o"jetio A' considerando*se a naturea "-sica deste tipo

de tra"al)o para todas as demais su"-reas de atua+!o do psiclogoorganiacional. Assim' a an-lise ocupacional' an-lise de fun+!o outantos outros nomes #ue rece"e tal atiidade , ista como uminstrumento "-sico para outras atiidades como treinamento'aalia+!o de desempen)o' ela"ora+!o de planos de cargos e sal-rios'reforma administratia' planejamento am"iental' sade ocupacional'etc. (&istem' certamente' muitas maneiras' metodologias e padr>esde apresenta+!o do produto desta fun+!o' como salientou al!o2335M da0 #ue' ao n0el de tarefas' ca e&pl0cito #ue o o"jetio para o#ual se realia a an-lise do tra"al)o condiciona a metodologiaempregada e as caracter0sticas do produto apresentado. ptou*se' noentanto' por denir a presente fun+!o apenas pela atiidade dedescreer o prprio e&erc0cio do tra"al)oM tal descri+!o' #uandoacrescida de outros elementos' torna*se instrumentos espec0cos deoutras fun+>es do psiclogo 2e&K an-lise ocupacional' an-lisecomportamental de tarefas' an-lise prossional gr-ca' an-lise defun+!o' etc5.

o"jetio B compreende o ncleo central de a+>es da maioria dosrg!os de RH' #ue , desenolimento e aprimoramento de pessoal' aele inculando*se as fun+>es e tarefas constantes do Tuadro J.


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(m larga medida' o conceito de DRH confunde*se com este ncleo de#ualica+!o' o #ue' sem dida' dee ser considerado um conceitolimitadoM em muitos casos' desenolimento de recursos )umanos ,

restringido 6s a+>es de treinamento 7 2fun&o /5 7 #ue' englo"a astarefas de leantar necessidades 2uma das fontes , a prpriaaalia+!o de desempen)o' colocada como fun&o 05' planejar'aplicar e aaliar programas de #ualica+!o de pessoal. ?essa fun+!o'em #ue o psiclogo atua em interface estreita principalmente com opedagogo' ca e&pl0cito o seu papel como o do prossional #ue'dominando os processos "-sicos de aprendiagem e mudan+a decomportamento' , capa de planejar condi+>es para #ue elesocorram satisfatoriamente' o"jetio perseguido em #uais#uer a+>esde treinamentoM ca' tam",m' n0tida a sua atua+!o en#uanto

inestigador )a"ilitado a planejar condi+>es para aaliar a eci9ncia eec-cia de processos de interen+!o' nas e&peri9ncias educatias. Asatiidades inclu0das nesta fun+!o n!o se restringem' entretanto' 6dimens!o psicopedaggica do treinamentoM )- um conjunto de a+>esoltadas para criar as condi+>es #ue ia"iliem a concep+!o ee&ecu+!o das e&peri9ncias de #ualica+!o.

A fun&o 0refere*se ao planejamento e e&ecu+!o de aalia+!o dedesempen)o do tra"al)adorM em"ora a#ui inserida' tal fun+!otam",m su"sidia as a+>es de implanta+!o e atualia+!o de planos de

cargos e sal-rios' a ser ista mais adiante. 8al inclus!o neste o"jetioprende*se ao pressuposto de #ue #ual#uer aalia+!o de desempen)odee pautar*se pela tica do desenolimento e aprimoramentoprossional e pessoal do tra"al)ador' n!o se reduindo a simplesinstrumento de controle "urocr-tico ou de produtiidade.

As fun&+es 1 e 2relacionam*se com a prepara+!o de m!o*de*o"rapara ocupar' oportunamente' o #uadro da organia+!o. 8ratando*se oest-gio como e&peri9ncia de aprendiagem 2como deeriam ser' en!o simples e&plora+!o de m!o*de*o"ra mais "arata5' o psiclogo

dee ter uma atua+!o efetia na sele+!o e acompan)amento doestagi-rio' responsa"ilidade "em ampliada #uando se trata doestudante de psicologia3fun&o 24'?esse caso' mais do #ueacompan)ar' ca"em*l)e as tarefas de planejar e aaliar ae&peri9ncia' al,m de fornecer modelo de atua+!o prossional tantonos aspectos t,cnicos #uanto em termos de postura ,tica. ade#uado e&erc0cio desta fun+!o reeste*se de grande importnciapara a forma+!o oferecida pelas institui+>es coneniadas' na medidaem #ue as organia+>es possam fornecer*l)es feed#ac$do n0el em#ue 9m #ualicando os estudantes para a situa+!o de tra"al)o.


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Relacionadas ao o"jetio C 7 de apoio' aloria+!o e assist9nciapsicossocial ao tra"al)ador' foram deduidas as fun+>es e tarefasistas no Tuadro G(na prxima pgina).

(ssas fun+>es e&ploram' em parte' o fato do psiclogo ser umprossional da sade e um especialista em rela+>es sociais podendo'nestes dois planos' desenoler a+>es #ue contri"uam para preserara sade 2f0sica e mental5' o desenolimento de rela+>esinterpessoais saud-eis e inter*grupais prop0cias 6 consecu+!o dosns organiacionais. ?a fun&o 5o psiclogo' junto aos demaisprossionais da -rea de sade 2 m,dicos' enfermeiros' assistentessociais5' planeja e implementa a+>es em dois planos distintosK 235

ao n6vel preventivo7#uando fa planejamento am"iental' #uandoacompan)a o desenolimento de doen+as ocupacionais e analisa as


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condi+>es am"ientais #ue as geramM #uando contri"ui na seguran+a e)igiene no tra"al)oM 2J5 no n6vel re%ediativoao conce"er eefetiamente oferecer seri+os na -rea de sade mental. Afun&o8refere*se 6 assist9ncia psicossocial' #uer interindo em pro"lemasindiiduais e de rela+>es intra e intergrupais' #uer desenolendo

programas de )igiene mental' #uer facilitando o acesso dotra"al)ador aos "enef0cios sociais ou programas espec0cos daorgania+!o em #ue atuam. Finalmente' na fun&o ,97aparece umanoa dimens!o do tra"al)o do psiclogo 7 a sua participa+!o nae#uipe #ue esta"elece rela+!o entre a organia+!o e as entidades declasse tra"al)istas. aparecimento desta noa -rea e sua crescenteimportncia , produto das transforma+>es sociais maiores #ue traempara o conte&to organiacional a for+a do tra"al)ador en#uantocategoriaM a noa realidade de democratia+!o e de aumento daconsci9ncia pol0tica do tra"al)ador e&ige ' dos prossionais #ue seresponsa"iliam por essa tarefa' )a"ilidade pol0tica para tornarefetias as negocia+>es' numa tentatia de encontrar pontos deconsenso entre for+as sociais naturalmente antagnicas no modeloscio*econmico igente no pais.

o"jetio D , composto pelas fun+>es e tarefas #ue integramo Tuadro (abaixo esquerda).


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?este o"jetio est- inclu0da a su"-rea tradicionalmente ocupada pelopsiclogo e' em grande parte' respons-el pela imagem maisdifundida do psiclogo organiacional 7 o recrutamento e sele+!o depessoal 2fun&o!,-5. ?a fun&o ,,* moimenta+!o de pessoal' opsiclogo atua no sentido de e#uacionar pro"lemas internos deadapta+!o ao tra"al)o e de suprimento de pro"lemas internos deadapta+!o ao tra"al)o e de suprimento de car9ncia de pessoal com

recursos )umanos j- e&istentes na organia+!o. ?a fun&o!,.'geralmente em tra"al)o de e#uipe com administradores eeconomistas' o psiclogo participa da ela"ora+!o de planos de cargose sal-rios' conjunto de instrumentos "-sicos #ue podem nortear umaadministra+!o de recursos )umanos "aseada em normas e princ0piostransparentes. Finalmente a fun&o ,/, encontrada apenas #uandoo psiclogo ocupa a coordena+!o geral da -rea de recursos )umanos'situa+!o em #ue l)e ca"e superisionar' e n!o e&ecutar' as tarefasrelatias a registros' cadastro e pagamento de pessoalM dee*seressaltar #ue a e&ecu+!o de tais tarefas ca so" responsa"ilidade de

outros prossionais #ue atuam na -rea' especialmenteadministradores e economistas.


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Considera&+es :nais

?ossa tentatia de operacionalia+!o de uma concep+!o maisa"rangente do prossional' incorporando mudan+as #ue 9mocorrendo na -rea de Recursos Humanos das organia+>es e

conse#$ente altera+!o no papel at, ent!o desempen)ado pelosprossionais #ue a integram' resultou na proposta de um modelo deatua+!o 2um tipo ideal5 para o psiclogo nas organia+>es' porincorporar dados emp0ricos do #ue faem efetiamente algunsprossionais e re%e&>es conjuntas do #u9 e como poderiam/deeriamfaer.

o"jetio de realiar uma an-lise ocupacional do psiclogoorganiacional' tendo em ista repensar a forma+!o oferecida pelasinstitui+>es de ensino' determinou o n0el de detal)amento atingido

no tra"al)o original 2tr9s n0eis de decomposi+!o 7 FU?X\' 8AR(FA'P(RAX\5 e a metodologia empregada. ?este sentido' a descri+!opode serir de instrumento de aalia+!o dos cursos e&istentes eela"ora+!o de curr0culos. ?esse ponto reside a contri"ui+!o maissignicatia do tra"al)oM numa realidade em #ue os cursos s!oestruturados com "ase em percep+>es diergentes e n!o e&plicitadasde #uem , o psiclogo' a tentatia de concretiar' no papel' as suasatri"ui+>es' , um passo indispens-el para as discuss>es e de"ates#ue certamente ocorrer!o.

Como em todo tra"al)o' e&istem limites e pro"lemas #ue ca"em a#uiapontar. 8ecnicamente , poss0el aprimorar a descri+!o feita'perseguindo*se' por e&emplo' um n0el de comple&idade mais)omog9neo. A utilia+!o dos crit,rios desenolidos por al!o 2335pode gerar noos su"conjuntos de atiidades' tanto ao n0el dasfun+>es #uanto das tarefas. Qale ressaltar #ue em"ora n!o ten)amosapresentado' a#ui' o detal)amento a um GO n0el de decomposi+!odas atiidades 2opera+>es5' estudos desenolidos por al!o 2335indicam a importncia das especica+>es das opera+>es nas an-lisesdo tra"al)o #uando se tem como o"jetio su"sidiar ela"ora+!o ou

reformula+!o curricular. 1!o as opera+>es #ue fornecem os elementosnecess-rios 6 deni+!o dos o"jetios espec0cos das disciplinas enorteiam' mais precisamente' a ela"ora+!o das ementas e programasdisciplinares. Ao n0el de fun+!o e tarefas o"t9m*se' apenas'orienta+>es gerais para uma proposta curricular com a &a+!o doelenco de disciplinas' mas n!o necessariamente' a concep+!oformadora de todo o curso na sua especicidade.

Um segundo ponto , #ue a descri+!o apresentada , ;um modelo; en!o ;o modelo; de atua+!o do psiclogo na organia+!oM como um

estudo e&ploratrio' limitado a poucos casos' , "em poss0el #ueatiidades j- desempen)adas por outros prossionais n!o ten)am


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sido descritasM #ue conte&tos organiacionais diersos determinemaltera+>es nas atiidades leantadasM #ue e&istam #uestionamentosna forma de grupamento das fun+>es em rela+!o aos o"jetios apesarda tentatia de apresent-*las de modo a"rangente e desinculado doconte&to espec0co do sujeito entreistado. 8ais pro"lemas

certamente aparecer!o 6 medida #ue a descri+!o ela"orada sejadiscutida mais amplamente cumprindo este tra"al)o' assim' a suafun+!o prec0pua de incentiar e traer para "ases mais operacionais'a discuss!o so"re #uem , c)amado o ;lo"o mau da Psicologia;.


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3. A@@I' 8.:. Recursos Humanos num conte&to multidisciplinarKdesaos e dilemas do psiclogo organiacional !sico%Porto Alegre' 32J5K G*GN' jul/de' 3NV. ] @in^s_

33. A@Q\' A.H.C. 2 ana"ista de ocupa3es4 uma proposta de

descrio de suas ati&idades ao subsidiar curr5cu"o.:estrado em(duca+!o' UF*BA'BH' 3NVJ. ] @in^s_

3J. I@' A.C. 2 psic"ogo e sua ideo"ogia.8ese de Douramentoapresentada a F(1P1P' 1!o Paulo' 3NVJ. ] @in^s_

3G. :(@@' 1.@. !sico"ogia e !ro*sso em 1o !au"o%1!o Paulo' `tica'3N

o que pode fazer o psicólogo organizacional

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