o que era a humanitas

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O que era A Humanitas? A Humanitas – palavra era usada por Cícero para descrever a formação de um falante ideal (orador), que ele julgava que deveria ser educado para possuir um conjunto de virtudes do caráter apropriado para uma vida ativa de serviço público; estas incluem um fundo de aprendizagem adquirida com o estudo das litterae bonae (“boas letras”, ou seja, a literatura clássica, especialmente a poesia), que também seria uma fonte de cultivo contínuo e prazer no lazer e aposentadoria, a juventude e a velhice, bem e mal, boa sorte. Humanitas: Significa uma Cultura Universalizada. Equivale à Paidéia, distingue-se dela por se tratar de uma cultura predominantemente humanística e, sobretudo cosmopolita e universal, buscando aquilo que caracteriza o homem, em todos os tempos e lugares. Concepção que não se restringe ao ideal de homem sábio, mas se estende à formação do homem virtuoso, como ser moral, político e literário. Degeneração do termo humanitas = acontece com o tempo e restringe-se ao estudo das letras e descuido das ciências. CÍCERO

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Page 1: O que era a humanitas

O que era A Humanitas?

A Humanitas – palavra era usada por Cícero para descrever a formação de um falante ideal (orador), que ele julgava que deveria ser educado para possuir um conjunto de virtudes do caráter apropriado para uma vida ativa de serviço público; estas incluem um fundo de aprendizagem adquirida com o estudo das litterae bonae (“boas letras”, ou seja, a literatura clássica, especialmente a poesia), que também seria uma fonte de cultivo contínuo e prazer no lazer e aposentadoria, a juventude e a velhice, bem e mal, boa sorte.

Humanitas: Significa uma Cultura Universalizada. Equivale à Paidéia, distingue-se dela por se tratar de uma cultura predominantemente humanística e, sobretudo cosmopolita e universal, buscando aquilo que caracteriza o homem, em todos os tempos e lugares. Concepção que não se restringe ao ideal de homem sábio, mas se estende à formação do homem virtuoso, como ser moral, político e literário.

         Degeneração do termo humanitas = acontece com o tempo e restringe-se ao estudo das letras e descuido das ciências.

CÍCERO

Page 2: O que era a humanitas

Roma desenvolvia uma concepção de império formado de vários povos. Não discriminava o vencido e ainda lhe conferia o direito da cidadania romana, em troca do pagamento de impostos. Aliás, uma prática muito comum na época.

                             Os principais representantes Humanistas

CÍCERO

SÊNECA

Page 3: O que era a humanitas

QUINTILIANO

             A Pedagogia em Roma está voltada para questões práticas. Surge por volta do século I a.C com Cícero, Sêneca e Quintiliano.

Catão, o antigo (234-149 a.C.): defende a tradição contra o início da influência helênica e o retorno às raízes romanas.

Varrão (116-27 a.C.): representa a transição pela qual os romanos terminam por aceitar a contribuição grega. Seu trabalho é prático. Escreveu uma enciclopédia didática, em que discute o ensino de gramática e que serve de base para trabalhos posteriores. Compôs sátiras, que orientam o jovem na virtude, com máximas edificantes.

Cícero (106-43 a.C.): ampliou o vocabulário latino, apoiado na experiência com o grego e na erudição. Valorizou a fundamentação filosófica do discurso, o que o diferencia de seus conterrâneos, tornando-o um dos mais claros representantes da humanitas romana. Compreendia que a educação integral do orador requer cultura geral, formação jurídica, aprendizagem da argumentação filosófica, bem como o desenvolvimento de habilidades literárias e até teatrais, igualmente importantes para o exercício da persuasão. Cícero chegou a ser um dos principais modelos dos pedagogos renascentistas.

Sêneca (4 a.C.–65): Vê a filosofia como um instrumento capaz de orientar o homem para o bem viver. A filosofia teria a função de ensinar a verdadeira vida humana, que não se confunde com o gozo dos prazeres, voltada que está para o domínio das paixões, já que a felicidade consiste na tranqüilidade da alma. Por isso a educação deve ser prática e vivificada pelo exemplo.

       Sêneca compreende que a educação prepara o homem para o ideal de vida estóico: o domínio dos apetites pessoais. à Enfatiza a formação moral e dá menos importância à retórica. Ocupa-se da psicologia como instrumento para a preservação da individualidade.

Plutarco (45 – 125): Reconhece a importância da música e da beleza na educação, bem como a formação do caráter.

Page 4: O que era a humanitas

Quintiliano (35-95): Foi um dos mais respeitados pedagogos romanos. Lecionou durante 20 anos na escola de retórica, fundada em Roma.

         Quintiliano distancia-se da filosofia, preferindo os aspectos técnicos da educação, sobretudo da formação do orador.

          Valorizava a psicologia como instrumento para conhecer a individualidade do aluno. Não se prendia a discussões teóricas, mas procurava fazer observações técnicas i indicações práticas.

         Sugeriu para iniciação às letras, o ensino simultâneo da leitura e da escrita, criticando as formas vigentes por dificultar a aprendizagem.

        Recomendou alternar trabalho e recreação para que a atividade escolar fosse menos árdua e mais proveitosa.

       Considerava importante que a criança aprendesse em grupo, porque isso favoreceria a competição entre elas, de natureza altamente saudável e estimulante.

         Recomendava a prática dos exercícios físicos, realizada sem exageros.

       Valorizou a busca da clareza, da correção, da elegância e dos clássicos como Homero e Virgílio no estudo de gramática, reconhecendo os aspectos estético, espiritual e ético.

       Destacava a importância da instrução geral e dos exercícios que tornariam a aprendizagem uma segunda natureza.

        Sendo assim, podemos dizer sem nenhuma dúvida, que todos esses formaram e ajudaram com grande contribuição pessoal, para a Pedagogia que conhecemos e que praticamos nos dias de hoje.