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c Boletim Informativo e Formativo • Ano 3 • Número 13 • Março/Abril89 I - O QUE É UM HEREGE? TITO 3:10-11

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Boletim Informativo e Formativo • Ano 3 • Número 13 • Março/Abril89

I

-O QUE É UM HEREGE?

TITO 3:10-11

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EDIFICA AO ? .

A SÃ DOUTRINACOM SEUS

EFEITOSSAUDÁVEIS

I

Muito tem sido' dito eescrito nestes tempos relati-vamente à "SÃ DOUTRINA",a qual Paulo amou tão pro-fundamente que lhe deu estadesignação. A Sã Doutrina éa Palavra viva do Deus vivo,e, como tal, transmissora devida e saúde espiritual emoral. 'Possuidora da maissublime sabedoria - a quevem do Alto - ela instrui osremidos do Senhor sobrecomo devem andar e ser maissantos. Além do saber,também lhes comunica opoder que os capacita paraviverem vidas vitoriosas, pela-acção do Espírito Santo.

Não há tréguas para tudoque seja "contrário à SãDoutrina". Antevendo, pordivina revelação, as reacçõesdos rebeldes, Paulo preveniu:"Virá tempo em que nãosuportarão a Sã Doutrina;mas, tendo comichão nosouvidos, ajuntarão para simestres segundo o seupróprio desejo". Considere-mos a sua primorosa peda-gogia. Aos crentes mais ve-lhos, recomenda que "sejamsãos na Ié". Às crentesidosas; "que sejam santas emestras no bem". Às jovenscasadas, ou em vias de oserem, que "amem seusmaridos e os seus filhos,sejam castas e boas donasde casa". E "exorta seme-Ihantemente os rapazes aque sejam moderados" -ITim. 1:10; 11Tim.

A Sã Doutrina que Paulotão justamente exaltou, é, in-questionavelmente, a mesmado nosso Senhor. "Se alguémensina alqurnaoutra doutrina,e se não conforma com asSÃS PALAVRAS de nossoSenhor Jesus Cristo, e com adoutrina que é segundo apiedade, é soberbo, e nadasabe, mas delira acerca dequestões de palavras, dasquais nascem invejas,injúrias, blasfém ias e conten-

REFRIGf:RIO e

das" - I Tim. 6:3-5. Oapóstolo dá aqui nome a to-das as más coisas resultan-tes de "alguma outradoutrina". Ao invés disto, aSã Doutrina que Paulo pre-gava e .as sãs Palavras denosso. Senhor, são a mesmacoisa e causam os mesmosefeitos na vida dos crentes eda Igreja.

Em Nazaré: "Todos semaravilham das Palavras degraça que saíam da Suaboca". Em Jerusalém: "Nuncahomem algum falou assimcomo este Homem". EmEmaús: "Porventura não ardiaem nós o nosso coraçãoquando pelo caminho nosfalava?'. Estes poucosrespigos bastam para confir-mar o que foi dito pelo pro-feta: "Tu és mais formoso doque os filhos dos homens; agraça se derramou em Teuslábios".

O capítulo treze' de pri-'rneira aos Coríntios, contéma doutriná que corporiza naPessoa do Senhor Jesus overdadeiro amor em toda asua beleza e pureza. Depara-se-nos neste lindo quadro aperfeita personalidade doFilho de' Deus - divina ehumana - exposta a toda aluz. Não podemos mirá-Losem descobrir nEle o amorque não morre, gerado noSeio Eterno. Daí que as SãsPalavras do Senhor destilemeste amor inalterável. E sãoelas, por sua vez, que dãoforma e eficácia à SãDoutrina, portanto, tem queser doutrina de amor.

A Palavra de Deus é parao nosso espírito o que o pãoé para o corpo - os resulta-dos dependem da sua quali-dade e apresentação. Porisso, toda a doutrina deve serjulgada pelos efeitos queproduz. Se ela é efecti-vamentesã, a vidade quem arecebe terá deser mais santa,a família de Deus' unir-se-ámuito mais, a Igreja desen-volver-se-à em todas asáreas, os crentes desejar-se--ão e correrão uns para osoutros resplandecendo dealegria, movidosporumamornão fingido. A Sã Doutrinatambém instrui e anima oscrentes e as iqrejas-para queos seus dons e capacidades

sejam consagrados emacções convergentes, numespírito leal - sem rivali-dades nem concorrências.Nunca ela endureceráo rostode um crente contra outro.Não cederá um milímetro dasua integridade nem levaráum irmão a romper com outroirmão, só porque este a nãoaceita. Católicos e outrosestão mais 10r:lgede nós doque nós da Lua, no terrenodoutrinário. Mesmo assim, naárea das relações morais esociais chegamos a ter ex-celentes entendimentos comeles. Quanto mais com osnossos irmãos! Mas, se osresultados não são exac-tamente estes entre nós, dasduas, uma: ou a doutrina nãoé sã, ou, se é, quem a minis-tra fá-lo de maneira errada.

Uma doutrina sã tem queser também verdadeira. Averdade, no entanto, só porque é verdade não deve serapresentada descuidada-mente. "Seguindo a VER-DADE EM AMOR, recomen-dou Paulo. É que a própriaverdade, não sendo acom-panhada pelo amor, podecausar grandes estragos. Sóo amor tem o mérito de atornar útil, pacífica, unifica-dora e ediíicante, porque "oamor não faz mal aopróximo". Isto é tundarnen-tal. Tão fundamental que atéa doutrina comprovadamentesã deixa de o ser, se o seuensino suscita contendas edivisões e mata o amor entreos irmãos. Não interessamos avanços por ela realizados,se estes se processam àcusta de sofrimentos e daperda do amor, da unidade eda paz. Em situações destas,os ensinadores precisam dehumildade e coragem parasuspenderem o ensino eaveriguarem a' origem ,e anatureza dos maus resulta-dos e procederem às ne-cessárias correcções. Umaatitude assim, tomada poreles, constitui a mais inegávelprova de amor. Todo o ensi-nador da Sã Doutrina deveagir de forma a merecer amesma confiança que elaprópria merece.

"Um novo mandamentovos dou: ·"Que vos ameisuns aos outros". São estas

algumas das Sãs Palavrasdo nosso Senhor que fazema Sã Doutrina. Se em nomeda "Sã Doutrina" e para afazer vingar é ignorado o amordevido aos irmãos, o pecadoque se comete é contra opróprio Senhor, pois que sedespreza o sagrado desejodo Seu coração, expressonestes rnandamsntcs.. Cui-dado!Queo nosso zelo nuncanos leve longe de mais!

"Nisto todos conhecerãoque sois Meus discípulos; sevos amardes uns aosoutros". Isto é dirigido a nós.Não podemos ficar neutros:ou o aceitamos ou o rejeita-mos. Religiosos e não religio-sos reconhecem que JesusSe distinguiu pelo amor maispuro para com todos mesmoos piores. Eles entendem que ~quem se diz seu discípulotem que amar como Eleamou.Se alguém não ama a seuirmão, desacredita-se a sipróprio. Eles, que estão defora, acabam sempre porper-ceber se nos amamos ou não.Não há artifício que possailudi-los. Nós estamos sendoobservados, não só porhomens, mas por Deus, an-jos e demónios. Muitos filhosde crentes se extraviam,quando constatam que overdadeiro amor não é prati-cado na Igrela. '

A geraçao dQS nossosdias no mundo não escondeque perdeu toda a fé na exis-tência do amor genuíno,porque no mundo, propria-mente dito, de facto não háamor. Nós, porém, somos o />.povo que o Senhor chamoupara fora e cabe- nos a missãode oferecer ao mesmo mundoo maravilhoso espectáculo deum amor sobrenatural. So-brenatural, sim, por ser ummilagre de Deus operado nanossa vida. Não há melhorargumento para convencertoda a' espécie de increduli-dade. Também fomos salvospara amar a Deus com todo onosso ser, e ao próximo comoa nós mesmos. Pois bem, osnossos irmãos, remidos pelomesmo sangue e possuídospelo mesmo Espírito, são osnossos próximos maispróximos. Que o amor deCristo nos constranja a nosamarmos uns aos outrosrealmente. Isto é que é SãDoutrina!

J. FONTOURA

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EDIFICA ÃO

IIBUSCANDO S~~~~~ E MILAGRESIINota: O assunto de sinais e milagres está sendo debatido mundialmente. Alguns sustentam que o

Movimento Sinais e Maravilhas é a Terceira Onda. A primeira foi Pentecostes e a segunda foi aRenovação PentecostaVCarismática. Olivro "Evangelismo Poderoso" mostra as ênfases do movimento.Curas, "palavras de sabedoria", falar em línguas e exorcismos são os ingredientes' essenciais.Ressurreições são citadas como verificáveis no Terceiro Mundo. Críticos acusam os líderes de colo-carem curas no mesmo nível da Palavra de Deus e de ensinarem que encontros poderosos sãonorrnatívos para o evangelismo bíblico. jean Gibson, ancião da Capela Bíblica de Fairhaven em SanLeandro, Califórnia, USA, discute sinais e maravilhas de maneira bíblica, equilibrada e objectiva.

É com razão que muitoscristãos se cansam da "orto-doxia morta" e de uma evi-dente falta de bênção peloSenhor que caracterizam teu-niões sem vida, de certasigrejas. Devem estar cansadosdisso. Certamente o Senhorestá cansado desta situaçãotambém, a julgar por certasafirmações feitas pelos-profe-tas do Velho Testamento comopelo próprio Senhor Jesus, noNovo Testamento. Um dosresultados disso é que muitaspessoas buscam novas ex-periências espirituais, espe-cialmente aquelas de que sediz produzirem "sinais mila-grosos".

Necessitamos de vozesproféticas para chamar-nos auma experiência Fundadanuma fé que obedeça à Pa-lavra de Deus e encare suaspromessas com seriedade.Nossa fé é sobrenatural e, semdúvida, seria errado negar apossibilidade de Deus operarde uma maneira milagrosa,hoje. Tal atitude poderiadeixar-nos com "... a forma depiedade, negando-lhe, en-tretanto, o poder" (2ª Timóteo3.5). Precisamos chamar ho-mens e mulheres a uma en-trega total ao senhorio de Cristoe substituindo meras" decisõespor Cristo" por uma vida deautêntico discipulado, cheiade poder.

Biblicamente, está certoenfatizar o ministério doEspírito Santo em nossas vidas;errado seria negligenciá-lo.Quem pode viver a vida cristãbem sucedida sem o seu con-trolo total?

Por outro lado, devemosreconhecer que o mal é umaforça poderosa operando nomundo e que o demonismoainda é notável. Demonismofrequentemente se manifestapor meio de doenças, moléstiase incapacidades, assim comofez durante o período dosquatro Evangelhos e Actos.Por este motivo, é bíblico orarpela cura dos doentes e alibertação do poder de espíri-tos malignos, não importandose estes operam por opressãoou possessão.

Devemos estudar a Pa-lavra, crer no que ela disser epraticar o que nela se ensina.Tornar certas porções da Pa-lavra inválidas pela interpre-tação inadequada pode serperigoso e prejudicial. Umexemplo seria à prática depessoas "ultra dispensaciona-listas" ao dizer que o Sermãodo Monte é verdade aplicávelapenas ao reino milenial.

Depois do que foi dito nãodevemos ser tão ingénuos aponto de "crer em todo oespírito" ou aceitar qualquernotícia sem investigação. Nemtodos os contos de ex-periências devem ser consi-derados como "autênticos porsi mesmos" ainda que as pes-soas envolvidas pareçam sin-ceras. Ainda existe a neces-sidade de sermos como os deBereia que: ".., examinaram asEscrituras diariamente para verse as coisas eram assim" (Ac-tos 17.11). NãO sujeitar o re-lato das experiências, visões erevelações de qualquer pes-soa a um exame à luz daPalavra de Deus é ir além do

que convém. Quando prega-dores ou outros crentes insis-tem em que Deus interveiodirectamente, ordenando-lhesque fizessem isto ou aquilo,tal afirmação não corresponde,necessariamente, à verdade.Isto é particularmente certoquando se trata de personali-dades ligadas à T.V. ou à Rádioquando dizem aos seus fiéis:"Deus me falou que vocêsprecisam enviar tanto dinheiropara tal. finalidade". Pessoasque professam ter sido cura-das ou pregadores que afir-mam ter fé para curar outros,podem demonstrar sinceri-dade, mas repetidas vezes des-cobrimos que alguns são fal-sos. Se uns parecem ser ver-dadeiros, devemos lembrarque não o são todos.

Uma das tendênciasmaiores hoje em dia é a deprocurar sinais milagrosossempre que ouvimos relatosde suas ocorrências. Estessinais supostamente com-provam o ministério e ensinode certos líderes, bem comoajudam na evangelização.Assim, multidões são tiradasde grupos evangélicos exis-tentes, em vez de seremevangelizados os não salvos,que devem ser nosso alvoprincipal.

O apelo ao milagroso é re-forçado por personalidadescarismáticas e música contem-porânea de grupos ou solistastalentosos, que tocam asemoções dos ouvintes. Nota-se outro aspecto que é o li-beral envolvimento demulheres em prelecções, li-derança e funções proféticas,

ignorando-se tais versos comol~Coríntios 14.34e l~Timóteo2.11-12. Eis aí um pacote muitoatractivo para o cenário moder-no. Existe também uma falhade pregação equilibrada daPalavra, explicando as doutri-nas sadia e sistematicamente.

Em qualquer geração,pessoas se deliciam em procu-rar ou experimentar, tudo queseja extraordinário. Talvez istovalha mais do que tudo para areligião. Os atenienses, nosdias de Paulo, foram assim(Actos 17.21). Pessoas corrempara experimentar qualquercoisa, mesmo a partir de umrelato de segunda mão, con-tando que seja milagroso. Aspessoas que dizem operar taismilagres notáveis, pelo poderde Deus, são capazes de atrairmilhares de seguidores. Pode-se dizer que é Deus quem fazmilagres e que não devem serdesprezados. Isto é verdade eninguém deveria cometer oerro de negar isto. Deus fezmilagres no passado e nãoestá impedido de fazê-los emqualquer época. Reconhe-cemos os seguintes exemplosda Escritura:

1. Sinais foram usados paraacreditar Moisés perante Faraó(Êxod04.1-9, 17, 30-31). Con-venceram mesmo os mágicosda côrte(Êxodo 8.18-19). Estesconseguiram fazer os mesmosmilagres, por qualquer poder,até um certo ponto (Êxodo7.11,22; 8.6). Os sinais continu-aram nas peregrinações deIsrael, no deserto: Aquelageração morreu sob o desa-

REFRIGÉRIO f)

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grado de Deus, ainda em suasjornadas.

2. Sinais ajudaram a trazerElias e Eliseu 'à sua notávelaceitação como profetas (1ºReis 18; 22 Reis 1-6), mas fa-lharam quanto ao deter o des-lizamento da nação à aposta-sia e julgamento.

3. Sinais foram usados paraque fosse acreditado o mi-nistério do Senhor, espe-cialmente à nação de Israel(Actos 2.22; 7.9-11, 22; 8.7).Mesmo assim, o povo rejeitouessas manifestações do poderdo seu reino e foi julgado.

4. Sinais acompanharam oministério dos apóstolos, noprincípio, (Hebreus 2.4; ,Actos5.12). Estes sinais incluíramressuscitar mortos e curas com-pletas e instantâneas pela im-posição de mãos.

A mai~ria aos apóstolosmorreu violentamente pelasmãos daqueles que rejeitaramo seu ministério.

5. Sinais se enquadramentre os dons dados à igreja,incluindo. a capacidade deefectuar curas (1' Coríntios12.1,0).Tal P5?derde curar nãoé dado- a. todo. crente (1ªCoríntios 12.29-30) Este domfoi exercitado no períodoapostólico, no livro de Actos.Apesar disso a igreja foi vi-olentamente' perseguida emultidões foram martirizadas.

6.' Nenhum versículo diz;explicitamente que Deus nãopode ou não vai utilizar sinaisentre' o seu povo. Muito pelocontrário, Deús obviamente vaiusá-los na época ainda futura,conhecida corno "A GrandeTribulação" (Apocalipse 8-16).o inimigo também vai usá-los,como fez 'por meio dos mági-cos de Faraó (2ª Tessa\Qpi-censes 2.9). Satanás tem feitoisto pelos falsos profetas nopassado (Mateus. 24.24; Mar-cos 13.22; 16.9) e fâ-lo-á no;varnente no futuro (Apocalipse13.13).

, Os exemplos de sinais emaravilhas supra citados dasEscrituras devem servir-nos dealerta para,o facto de que suasocorrências não são comuns.Aconteceram .principalmenteno período-de Moisés e Josué,Elias e Eliseu e de Cristo,durante seu ministério públ ico,e, depois, na época dos

REFRIGÉRIO O

apóstolos. Foram usados paraatestar vividamente o agradode Deus quanto a.estes profe-tas. O exercício de poderdemonstrava sua autoridade(Marcos 2.10-11; João 11.43-44). Tais sinais não foram comooutras intervenções de Deusaparentemente normais.Nestes se incluiriam respostasa oração por curas, suprimentode necessidades, liderança,modificação de circunstâncias,ou mesmo por regeneração,-de "mortos em pecados" para"novidade de vida". Estes sãoverdadeiramente milagres, masnão sinais como o partir daságuas dó Mar Vermelho ou aressurreição de Lázaro.

Não se trata de negar queDeus possa fazer milagres aqualquer hora que desejar. Eleé-soberano e livre para assimagir e, de' facto, tem agido,segundo o seu próprio plano.Eis a pergunta:."Será que todoà.. relato. de um milagre éautêntico e provém de Deus e,portanto, deve ser aceite portodos sem crítica? Mais umapergunta: Sinais e maravilhas"são necessârios para evange-lismo efectivo e para trazermaiores multidões à salvação?Ou para que seja patente aobra de Deus a qualquer grupo

-de crentes? Uma terceira per-gunta: Urn'ministério de sinaise maravilhas é normativó paraa obra de Deus entre homensde todas as' épocas; ou sãoexcepções? (Actos 19.11-12).Se sinais milagrosos são nor-mativos, não cessariam de sersinais?

Aquarta e última perguntaé: Será que a ausência de"sinais e maravilhas" emqualquer grupo' de crentes ..édevido à sua falta .de fé ou aoestado espiritual debilitado?Será que o corpo de crentesverdadeiros se acha divididoentre a elite espiritual ~ osbatizados pelo Espírito, queexperimentam milagres - deum lado,' e os crentes mais"comuns", que não têm 'taisexperiências, de outro lado?

Não importa 'O que seescreva aqui, podemos tercerteza de que 'não o aceitarãoaqueles que acima de tudocrêem em suas experiênciasou que dão fé a toda a palavraproferida pelos ensinadoresde tais grupos. O que seusolhos aparentemente enxer-

gam os seus ouvidos ouvem,nisto crêem, apesar de argu-mentos bíblicos em contrário.Para esses, "ver para crer" énorrnativo, não é isto, con-tudo, o que a Bíblia diz(Hebreus 11.1). Então, por quea discussão? Porque certasEscrituras e argumentos pre-cisam ser colocados numaforma coerente, mas simples,para corrigir o desequilibriodo ensino que circula actu--almente. '

Perigos de Usaro Sobrenaturalcomo Atracção

Perguntas difíceis, que defacto existem, tentaram eatraíram muitos a uma série degrupos que anunciam "mi-lagres". O homem moderno édemasiadamente aberto parao sobrenatural, mesmo sendocéptico quanto à veracidadeda Bíblia. Existe uma explosãoda antiga busca de contactoco.m o mundo dos espíritos ecomunicação com os quemorreram. O Rei Saul sucum-biu a esta tentação (1Q Samuel28.7-19), mesmo sabendo queDeus ordenou a penalidadede morte por tal actividade.

Hoje, pessoas se deixamfascinar pelas diversas formasde adivinhação e clarividência.Adivinhação é definida comoa busca de meios para preverou predizer eventos futurosou a descoberta de sàbedoriaoculta mediante poderes so-brenaturai's. A Escritura é-bemhostil à adivinhação (Deutero-nômio 18. 10, 14). 'Uma' evi-dência de . falsidade seria"profecia" que nãose cumpriu.Um 'exemp'lo disto é a pre-dição . de que Deus estácurando uma certa -pessoa.Provada ser.. falsa esta pre-dição, trata-se claramente demais do que um "erro depercepção" -humana. É umaprofecia falsa. Clarividência éo poder ou capacidade dediscernir .objectos não presen-tes à sensibilidade ou à ca-pacidade de conhecer assun-tos além do alcance da per-cepção normal.

Épossível para um homemestar em contacto com Deus,corno- Balaão, e através domau uso da sua habilidadetrazer juizo sobre si e seusseguidores (Números 8.22-24;

2' Pedro 2.15). Aquisição debens monetários relacionadosao uso de poderes espirituaisé uma marca do balaita. Deve-

, mos obedecer à advertênciade l' João 4.1: "Amados, nãodeis crédito a qualquer espírito:antes, prova i os espíritos seprocedem de Deus, porquemuitos falsos profetas têmsaído pelo mundo fora". Esteverso não se' restringe, comoàs vezes se faz, ao descobrirda presença de demónios. Éuma advertência para testar asreivindicações daqueles queprofessam ser porta-vozes deDeus. Os Crentes de hoje sãoaltamente vulneráveis ao

, experimentalismo, às anedo-tas sem verificação e à fácilaceitação de reivindicaçõesSem um exame minucioso.

Buscando Sinais .'"ou Exibindo-os

Seria a vontade de Deuspara reuniões de igrejas ou emcasas, a encenação de demons-trações milagrosas que ajamcomo chamarisco para ajudaro evangelismo? Parece que éisso que se pretende hoje,como norma para todos osgrupos de crlfltes.

Líderes que professam,tanto fazer milagres pela im-posição de mãos como ter féde que Deus vai operar mila-grosa libertação no corpo deuma pessoa afligida, cer-tamente tomam providênciaspara que tais acontecimentossejam publicados: Utilizam-sede livros, programas de rádio ,..--.,e T';., e outros meios. Elessabem muito bem que é issoque atrai as multidões. Mas foiassim que Jesus fez? Ele curouum leproso da sua incurável evisível,doença e o fez instanta-nearnente, e o advertiu a nãodizê-lo a ninguém, manda-mento que foi imediatamentedesobedecido (Lucas 5.14,15).Ele tocou dois homens cegos,dando-lhes de pronto vista.Jesus '" .. os advertiu severa-mente, dizendo: Acautelai-vosde que ninguém o saiba.Saindo eles, porém, divulga"ram-lhe a fama por toda aquelaterra (Mateus 9.29-31). "Mui-tos'o seguiram, e a todos elecurou, advertindo-lhes, porém,que o não expusessem â

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publicidade" (Mateus 12. 15,16). Numa outra ocasiao,quando um leproso foi curadoordenou-lhe: "Olha, não digasnada a ninguém" (Marcos 1.44-45). Agora, onde entre osevangelistas curandeiros dosnossos dias isto é praticado?Se as curas existem para aju-dar o evangelismo, por queJesus não escolheu tais acon-tecimentos para publicidade?Ele viu o perigo de umaatracção e de motivos falsos(João 6.15, 26-27).

Digamos que Deus talvez,de facto, dê a alguns, entrenós, o dom de fazer milagres.Ele bem o pode fazer, se quiser.Considere que as curas deJesus muitas vezes foram feitasentre inválidos, tais comosurdos, cegos e paralíticos. Taiscasos eram visíveis e óbvios.Sugestões psicológicas nãopoderiam vencer aquelasdoenças. Lembre-se tambémque as curas de Cristo foraminstantâneas (Marcos 1.42) enão graduais em todos oscasos, menos um (Marcos 8.22-26). Foram permanentes e nãotemporárias (Lucas 7.15).Muitas vezes foram feitas porcausa da sua compaixão pelaspessoas. Parece ser esta amotivação . na maioria doscasos. Ao realizar estas obrasele nunca usou métodos,psíquicos, como, por exem-plo, anunciando: "Esta noiteDeus está curando alguém aquide cancer, ou de um ouvidobloqueado". Ele simplesmentetocou-os ou falou uma pa-lavra. Nunca levantou umacolecta 'ou apelou para fun-dos. Ele jamais disse: "Deusme ordenou pedir este di-nheiro" ou "Deus vai abençoá--lo com uma grande recom-pensa, se você der dinheiro àminha causa". Ele nunca acu-mulou uma conta bancária ouesplêndidas propriedades, ouviveu luxuosamente. Ele nuncaenviou artigos de ministériosobre o assunto: "Como pre-servar Sua Cura". Nunca lide-rou reuniões, onde pessoas"morreram em espírito" ecaíram para trás, nos braçosde ajudantes conveniente-mente posicionados paraampará-Ias.

Seus métodos estavam

longe do estilo carnavalesco eda auto-promoção de muitascampanhas modernas. Taisartimanhas (e algumas de-cepções) são uma vergonhapara o nome de Cristo e umprato cheio para jornalistas erepórteres de jornais e TV.Em alguns casos os programasforam proibidos porquemesmo a mídia comercial nãosuportava mais o que se faziaem nome de Deus. Geral-mente, os curandeiros nãogozam de uma vida mais longado que outras pessoas. Elesmorrem ainda proclamandosua doutrina de cura pela fécomo a vontade de Deus paratodos que reivindicam o seu"direito". Suas "visões de Je-sus" e afirmações de que "Deusme falou" ecoam ao longo docaminho ao túmulo, ondeencontram Deus e dão contapor tudo que têm dito em seunome.

Se Jesus, os apóstolos ououtros fizeram milagres nopassado, por que não deve serassim em todo o lugar, hoje? Éuma boa pergunta que exigeuma resposta melhor e maisampla do que tem sido ofere-cida por muitos que populari-zam milagres. Eles não reco-nhecem que mesmo na Bíblia,os períodos de sinais espe-ctaculares não eram comuns.Por quê? Alguns dizem que ésomente por causa de um nívelbaixo de vida espiritual e porfalta de fé da parte dos cren-tes. Será verdade?

1. Jesus disse de JoãoBatista que ninguém nascidode mulher era maior que ele.Porém, João não fez nenhumsinal (Ioão 10.41). Não hádúvida de que ele tinha tantoa fé como a espiritual idade.Seu ministério era o de cha-mar homens ao arrependi-mento e sinais não eram apro-priados para isso.

2. O Senhor Jesus mesmotrocou palavras com Tomê,em João 20.25-31. Tomé de-sejava evidência visual antesde crer. Apesar de con-descender ao seu desejo, oSenhor deixou bem claro' queTomé escolhera um caminhoinferior à fé. Jesus disse:"Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não vi-ram, e creram". Preste bas-tante atenção a isto.

3. Os judeus frequente-mente pediram do SenhorJesus sinais, exactamente oque hoje dizem ser necessáriopara nós. Ele os recusou,dizendo: "Uma geração má eadúltera pede um sinal; masnenhum sinal lhe será dado,senão o do profeta Jonas" (aressurreição de Jesus) (Mateus12.39). Numa outra ocasião,quando pessoas buscaramsinais, ele suspirou do íntimodo seu espírito e disse: "Porque pede esta geração umsinal? Em verdade vos digoque a esta geração não se lhedará sinal algum" (Marcos8.12). Será que esta atitudesustenta a ideia de que sinais,são sempre apropriados paracrentes de qualquer geração?

4. Parece-nos que o Se-nhor deseja que creiamos naPalavra de Deus, noEvangelho, no Senhor Jesus,sem qualquer sinal. Ele assimo afirma de diversas maneiras,além do que disse a Tomé. Féé a convicção de factos que senão vêem (Hebreus 11.1).Muitos naquela época recu-saram crer sem ver sinais emaravilhas (João 4.48; 6.30).O Senhor não gostou disso.Ele lembrou que fizera muitossinais na Galileia mas o povonão creu nele (Mateus 11.20;Lucas 10.3). Sinais não são umcaminho seguro à fé. Emcontraste, o centurião nãonecessitava algo além da pa-lavra do Senhor para efectuara cura do seu servo, e foilouvado por Jesus (Lucas 7.6-9). Moisés fez muitos sinaismilagrosos (Deuteronómio34.10-12), porém, a maioria serebelou contra Deus (Salmo106.7, 13, 24-26), e na Bíbliasão classificados como apósta-tas (judas 5). Crença que exi-ge sinais não é digna do louvorde nosso Senhor (joão 2.23-25).

5. É significante termoshoje o cânon da Palavra deDeus, com milhares de cópiasdistribuídas mundialmente.Isto não estava disponível àsgerações anteriores. Naquelasépocas crentes talvez preci-sassem de sinais visuais. Cren-tes de hoje não os necessitam.Podemos crer na Palavra deDeus. Antes do Pentecostes,crentes experimentaram oEspírito Santo na medida em

que este veio sobre eles, edepois partiu. Hoje, crentestêm a própria presença doEspírito Santo em si mesmos.Se,diariamente, deixarmos queele nos controle, ele nos guiaráà fé e à verdade (João 16.23; li!João 2.27). Temos, então, duasvantagens em relação àsgerações anteriores: a Bíblia ea habitação permanente, den-tro de nós, do Espírito Santo.Não quer isto dizer que Deusnão opera milagres, mas queagora não temos a mesmanecessidade de sinais paraaumentar-nos a fé ou trazeroutros à salvação. Esta é umarazão por que sinais divinos,aparentemente, diminuíram nonosso meio. Não dizemos quedesapareceram totalmente!

6. Foram os judeus quepediram sinais, não aquelesque pertenciam à Igreja ..Paulo,mesmo sendo judeu, deplorouo facto e disse que sua missãoera a de pregar Cristo crucifi-cado, melhor do que sinais ousabedoria (li! Coríntios 1.22-23), Mesmo o sinal de glosso-lalia, isto é, o dom de línguas,é um sinal apenas aos des-cr~ntes (P Coríntios 14.22);em particular, ao judeu des-crente (Actos 2.4-5; 10.45-46).O ponto da discussão é quemuito ensino hoje não levaem conta uma transição claraou a mudança que ocorreuquando a Igreja de Cristosubstituiu a nação de Israelcomo o corpo principal detestemunho na terra. O livrode Hebreus está cheio decomentários sobre esta modi-ficação. O livro de Actos relataa surpresa dos cristãos judeus,que viram as portas abertasaos samaritanos e gentios nabase da igualdade. Pente-costais ou carismáticos muitasvezes ignoram este facto nassuas explicações de passagensrelacionadas ao Espírito Santoou às línguas. Samaritanos egentios são vistos por elessomente como exemplos decongregações modernas sempoder espiritual.

Sinais Prometidos

Frequentemente é feita aasserção de que o Senhorprometeu sinais ao povo quevivia na época do Novo Tes-

REFRIGf:RIO "

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tamento. Citam Marcos 16.17:"Estes sinais hão-de acompa-nhar aqueles que crêem".Vamos examinar estes sinais.Cada um deles, com a ex-cepção de um, cumpriu-se notempo apostólico. Eles expeli-ram demónios (Actos 5.16; 16-18), falaram em línguas (Actos2.4-6; 10.46), pegaram em ser-pentes (Actos 28.3-5), e impu-seram as mãos aos doentespara os curar (Actos 8.7; 19.11-12). Não foi escrito quebeberam veneno sem dano,mas não duvidamos de quetenha acontecido.

Eles também ressuscitaramos mortos (Actos 20-9-10),assim como o fez Jesus e,antes dele, Eliseu, em 1Q Reis4.20,34-36. A pergunta é esta:"Foi este sinal ou milagrenormativo para todas asgerações? A resposta é: "Claroque não". Se há um sinal quefoge do curandeiro modernoé a capacidade de demonstraristo a qualquer assembleia noocidente. Há relatos de certoscasos, sem a possibilidade deverificação e que ocorreramem terras remotas com datasincertas. Alguns prometem quereceberão o poder de fazeristo no futuro, acenando comuma possibilidade ilusória.Dizem: "Antecipa o dia quandoreceberemos novamente to-dos os dons". Acontece quenão ocorre agora (excepto emcasos de ressurgimento, comoexemplo) e não se dá notíciade que tenha ocorrido desde aépoca apostólica. É isto con-trário ao plano de Deus?

Por que Deus não levantaos mortos agora? Seria o sinalmais poderoso de todos. Nãoserá porque o Senhor querque o povo creia na sua Pa-lavra somente? Mesmo ohomem rico, no inferno, pe-diu este sinal em favor dosseus irmãos que ainda estavamna terra, mas o ,pedido foirecusado (Lucas 16.30-31). Foi-lhe dito que as Escrituras eramsuficientes do ponto de vistade Deus.

Muitos grupos hoje le-varam a comunidade dos cren-tes ao escárnio do mundo aotentarem demonstrar certos

"sinais" nas igrejas. Um exem-plo: pegam em serpentes,colocando-as ao redor' dos seuspescoços, assim demonstrandofé. Ou bebem veneno. Ou,pior, tiram ao doente o remédiopara que Deus os cure, e assimcausam a morte de crianças eadultos. Daí oram sobre osmortos, pedindo a Deus queos levante da morte. Atémesmo os mais ardentes pre-gadores de milagres morre-ram de doenças incuráveisenquanto se profetizava suarecuperação. Tais pessoastinham o mesmo direito dereivindicar sua porção deMarcos 16 como outros ofazem, a seu bel-prazer.

Por que não pegar emcobras, beber veneno, esperarlínguas de fogo sobre ascabeças, nas reuniões (Actos2.2-3), assim como em temposidos?

Porque não parece serparte do propósito ordenadopor Deus para o tempo pre-sente. Existe também a questãosobre se temos o direito detentar a Deus por presunçãoem nome de fé (Lucas 4.9-12).

Vamos dar mais um exem-plo de erro na base de sinais emilagres. Muitos induzempessoas não somente a bus-carem o "Batismodo Espírito"como uma experiência ne-cessária depois da conversão,mas também o "Batisrno deFogo" (Lucas 3.16). Como sejustifica a procura de um ba-tismo de fogo? É porque sebaseia numa explicação semsenso, ignorando o verdadeirosign ificado do batismo de fogoque pertence ao julgamentodos ímpios (Lucas 3.17).

Qualquer um pode folhearas Escrituras, usando frases

. tiradas do contexto e conven-cer a outrem de que está per-dendo algo da parte de Deus.Osquedesejam "experiências"e "unções" por meio de prega-dores mas não se enchem como Espírito Santo através dequebrantarnento, arrependi-mento, submissão, obediênciae confiança, merecem o quemuitas vezes recebem: ilusãoe uma carteira menos reche-ada.

Reiuinâicações deCurandeirosModernos

O povo sincero, crente noque a Bíblia ensina, sabe queJesus e os apóstolos curaramos doentes. Não existe evi-dência de que eles ensinaramque a cura de cada crentefosse a vontade de Deus. Porquê? Porque evidentementenão é a vontade de Deusprovidenciar curas para todoso~ casos de doença de cadaum dos seus filhos, ou depoupá-los da morte que nor-malmente advém de doençaou enfraquecimento.

Deus nos dá. o manda-rnento de orar.pelos doentes ede chamar outros a oraremconnosco CTiago 5.13-15).Devemos clamar a Deus maispor sua intervenção graciosa.Ele respondeu afirmativamentea tais orações inúmeras vezes.De facto, falta de fé impedemuita bênção. Devemos,porém, estar prontos a dizer:"Não seja feita a minha von-tade e sim a tua", como fez oSenhor Jesus. Se esta foi "umaoração destruidora de" fé",como ensinam alguns, então,nosso Senhor foi culpado. Osfilhos de Deus não têm "direi-tos". Eles têm privilégios dadospela graça. Jamais devemosmandar, provar ou desafiar aDeus, usando palavras pre-sunçosas ou "profecias" des-locadas da verdade. Se Paulosuportou um espinho na carne,também nós o podemos (2~Coríntios 12.7). Se Timóteo foiaconselhado 'a usar umremédio para a enfermidadedo estômago, também nós opodemos (l~ Timóteo 5.23).Se Epafrodito pôde adoecermortalmente, também nóspodemos (Filipenses 2.30). SePaulo pôde deixar um con-servo atrás, sem curá-lo, porque isto nos seria estranho? (2aTimóteo 4.20).

O falso e censurável nãodeve ofuscar o verdadeiro.Vamos sumarizar a verdade:

l. Deus pode fazer mi-lagres e está fazendo, hoje.

2. Milagres se evidenciamem resposta a orações de fé.

3. Devemos orar e esperar

milagres no nosso ministério,especialmente através daoração.

4. Cada pessoa regenerada,com a vida modificada, é ummilagre. Às vezes há cura dedoentes, ou pode haver pro-visão para necessidades ouevidência de liderança pro-videncial e libertação. Estascoisas não são, porém, comoos "sinais" de outrora.

5. Ninguém deve mandarou provar Deus, clamando porum milagre como evidênciade que o Senhor tem poder,especialmente quando aoração não está de acordocom a vontade divina.

6. As respostas de Deus àsnossas orações são de acordocom a sua graça, pelos méritosdo Senhor Jesus, não de acordocom alguns "direitos" nossos. ~

7. Muito cuidado deve sertomado ao dizermos que esta-mos falando em nome deDeus, ou quando presunçosa-mente profetizamos. Se falar-mos falsamente, não se tomaum simples erro, mas umembuste arrogante em nomede Deus, e por isso podemosser levados ajuízo (Deute-ronómio 18.20,22).

8. É evidente que, apesarde Deus ser imutável, a ma-neira pela qual ele trata comhomens varia de época aépoca.' Intervenções sobre-naturais não têm sido norma-tivas durante a história divinacom os homens.

Actividades em nome de ~Jesus devem ser comparadas àmaneira pela qual Jesus e seusapóstolos pautar~m os seusministérios, principalmentequando se trata de dinheiro,publicidade e pessoas ávidasde sinais. Há uma grandenecessidade de entender,novamente, que a fé na Pa-lavra de Deus tem de serbaseada nas palavras de Jesusa Tomé (João 20), e não nodiscurso de líderes carismáti-cos e sensacionais que usamselectivamente as Escrituras ouprofessam "demonstrar" pu-blicamente seus poderes.O

Gentileza da revista"Missions"

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ACTUALIDADE '

PELAS IGREJAS

1Q JANTAR-CONVíVIODO CENTRO

COMUNITÁRIO CRISTÃOo CENTRO COMUNITÁRIO CRISTÃO -

Senhora da Hora - realizou em 8/3 o seuprimeirojantar-Convivio, de cariz essencialmenteevangelístico.

Mais de 80 pessoas participaram neste evento,quase metade sendo constituído por descrentes.Q ambiente de todo o jantar foi óptimo, e todoo programa - realizado num acolhedor restau-rante do Porto - excedeu as expectativas.

Como convidados especiais estiveram PAULOPEREIRA, jogador do F. C. Porto, crente, brasi-leiro, que deu emocionante testemunho' sobre asua vida -num meio tão difícil mas carente doEvangelho, que é o ambiente do desporto profis-sional. e

Outro convidado especial foi JOÃO LEITE,também brasileiro e crente, fundador dos "Atle-tas de Cristo", guarda-redes suplente do V.Guimarães, e que apresentou uma' poderosamensagem sobre "A coisa mais importante navida". Esta mensagem simples, contudo ungída,tocou em muitas vidas, e, graças à manifestaçãodo Espírito Santo, 6 pessoasdisseram ter feito aoração de decisão por Cristo. Actualmente, todaselas estão sendo acompanhadas espiritualmente,pelo que pedimos as orações detodos a' favordestas vidas.

A Igreja esteve totalmente envolvida nesteesforço, especificamente pela Intercessão, ,e édesejo de todos avançar para a realização do 2°Jantar, talvez em me~dos de Junho/Julho.

Normando P. Fontoura

JOÃO LEITE, um atleta que "não seenvergonha do Evangelho de Cristo" naapresentação da Palavra aos mais de 80

participantes

IGREJA DA FOZ-DOURODecorreram entre 24 e 26 de Fevereiro

reuniões especiais organizadas por esta Igrejaem comemoração do 56° aniversário, com aparticipação de Ir. Frank Smith nas mensagens ea juventude local.

IGREJA DE COIMBRAEsta Igreja local tem procurado desde há 5

anos um terreno para a construção de um novotemplo, realizando vários encontros com a CâmaraMunicipal para a efectividade do mesmo. EmFevereiro os Irmãos desta Igreja deram a co-nheeer à Comunicação Social as dificuldadesdeste processo por falta de resposta adequada daCâmara, apresentando um memorando aosvereadores.

As orações da Comunidade evangélica sãonecessárias para que o Senhor no seu propósitoresolva este caso.

Sob o tema: O desafio da Liderança nos. anos 9011 cerca de 100 líderes evangélicosjovens estarão envol,yidos de 8'a 13 de Maio no Acampamento de Água de Medeiros- S. Pedro de Muel em seminários liderados por oradores de conhecida com-petência,Todos os pormenores poderão ser solicitados a I.B.P.- Rua.Castelo Picão, 13,Tojal- 2670 Loures.

Jovens de toda a Europa Evangélica vão-se encontrar em Utreque - Holanda,de 2S/12 a 2/1/90 para o 5° Congresso Missionário da Juventude. .

Cerca de 30 oradorés, e 250 stands de missões evangélicas estarão ali paracomunicar a visão missionâría aos jovens entre os 16 e 30 anos.

Mais informações: Missão 90 - Apartado 35 - 2746 - Queluz Codex.

ACAMPAMENTOS pALHALNovo HorizonteCacia- 3800 AVE1ROTelefone (034) 91 1242

Criança. e AdolescentesC1 1Q Período: 2-9 de Julho: 7 -1 O anos

O 2' Período: 9·16 de Julho: 10·12 anos~ 3' Período: 16-23 de Julho: 12·14 ano.::::J 4' Período: 23·30 de Julho: 12·14 anos

Jovens (~ais de 1Sanos)

O 5' Período: 30-6 de Agcstc'::::J 6' Período: 6·\3 de AgostoCJ 7' Período: 13·20 de AgoslOO X' Período: 20·27 de Agosto

Escoia Bíblica

n9' Período: 27 Agosto e 3 Setembro.

., .

REFRIGf:IUO O

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I INFORMA AO

JUVENTUDE

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REFRIG f:RIO o

LOUVOR E ORAÇÃO Rom. 1: 8-12As orações do apóstolo Paulo servem como base para um

estudo sobre a oração e também são um desafio para cada crente queaprecie mais o valor da oração.

1- O MÉTODO DA ORAÇÃO DE PAULO - v. 8"Dou graças a meu Deus" - gratidão e louvor. Este tem a

precedência sobre a suplica do v. 10. Paulo praticou o que ensinou.(Fil. 4: 16, Fi!. 1:3-4, I Cor. 1:4, Ef. 1:16, Col. 1:3, I Tess. 1:2, Filemom4).

- v. 82 - A PESSOA A QUEM PAULO DIRIGIU A SUA ORAÇÃO

"Meu Deus" - Notai a maneira em que Paulo considerou adivindade. Não como um ser afastado, distante. Não houve formali-dade ou incertezas, mas um relacionamento vivo e pessoal. Heb. 8:10.(Jer. 24:7,31-33, Gen. 17:7, Ex. 6:7). Compare Ex. 15:2 - S1.63:1 - Jos.14:8 - Rut 1:16 - Nee 6:14 - Dn. 9:14-19, Jon. 2:6.

3 - O ACESSO PARA DEUS v. 8"Mediante Jesus Cristo" - Somente pelos méritos e a eficácia

do seu sangue. Deus é meu Deus por Jesus Cristo (Jo. 20:17 e Col.3:17).

4 - O TEMA DAS ACÇOES DE GRAÇAS DE PAULO v. 8"A todos vós" - Paulo está a dar Graças pelos crentes que não

.eram seus "filhos na fé", mas dou graças a Deus por eles. Um princípioaqui para nós: Não podemos contar com a bênção da frase "MEUDEUS" se não temos amor para com todos os santos e se não oramospor todos os santos. Ef. 6:18.

5 - A RAZÃO DO LOUVOR DE PAULO v. 8"Porque em todo o mundo é proclamada a vossa fé:" - Os

viajantes que saíram de Roma falaram da fé dos crentes romanos. Quegrande encorajamento é para um servo de Deus quando vê as notíciasdo fruto do Espírito em terras distantes!

Será que a minha fé provoca louvor nos corações dos outros?

A. DOOLAN

21-30 de Julho - Crianças dos 7 aos 10 anos31 de Julho a 6 de Agosto - Familiares I7-13 de Agosto - Familiares 11 ~14-23 de Agosto - Jovens a partir dos 17 anos25 de Agosto a 3 de Setembro - Adolescentes 12 aos 16 anos.

FINANÇASAbaixo descrevemos as ofertas

recebidas para a publicação de RE-FRIGÉRIO as quais agradecemos.Aproveitamos para informar que RE-FRIGÉRIOtem sob o n! 0429014182/230 conta na Caixa Geral de Depósi-tos-Maia:

Ir. Sangalhos .Gafanha .Costa Lavos .Aveiro .S. J. Madeira .Cacia .Ig. Aveiro .Pampilhosa .Alvalade .Olarias .

- 5.000$00- 1.000$00- 250$00

500$00- 2.000$00- 2.500$00

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V. N. Ceira .Lusiadas .A. Maia .Foz Douro .Valadares .Alumiara .Silvalde .Braga .Leça : .Pardilhó .R. Nova .Belomonte .

- 1.000$00- 2.000$00

500$00- 1.000$00

800$00- 2.000$00- 1.000$00- 1.000$00- 3.000$00- 2.000$00- 1.000$00- 1.500$00