o que e filosofia

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O que é filosofia?

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Page 1: O que e filosofia

O que é filosofia?

Page 2: O que e filosofia

É um modo de pensar;

É uma postura diante do mundo;

É um modo de se colocar diante da realidade, procurando refletir sobre os acontecimentos a partir de certas posições teóricas;

Page 3: O que e filosofia

Não é um conjunto de conhecimentos prontos;

Não é um sistema acabado, fechado em si mesmo.

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A filosofia pode voltar-se para qualquer objeto. Pode pensar:

• a ciência;• a religião;• a arte;• o homem;• uma canção.

Page 5: O que e filosofia

A filosofia é um jogo irreverente que parte do que existe:

- Critica;- Coloca em dúvida;- Faz perguntas importunas;- Abre porta das possibilidades;- Faz entrever outros mundos e outros

modos de compreender a vida.

Page 6: O que e filosofia

A filosofia incomoda porque questiona o modo de ser das pessoas, das culturas, do mundo:

- a política;- a ciência;- a técnica;- a ética;- a economia;- a cultura;- a arte.

Page 7: O que e filosofia

Eis o motivo do medo à filosofia:

As pessoas podem passar a indagar sobre a realidade, fazendo surgir possibilidades de comportamento e de relação social.

Page 8: O que e filosofia

Nascimento da Filosofia:

Se compreendermos a filosofia em um sentido amplo (concepção de vida e de mundo), poderemos dizer que sempre houve filosofia.

Page 9: O que e filosofia

Se compreendermos a filosofia em sentido próprio, isto é, como resultado de uma atividade da razão humana que se defronta com a totalidade real, torna-se impossível pretender que a Filosofia tenha estado presente em todo e qualquer tipo de cultura.

Page 10: O que e filosofia

A Filosofia é um produto de cultura grega.

Teve início nas Colônias da Grécia, nos séculos VI e V a.C.

Surgiu com os pensadores que antecederam a Sócrates, denominados de Pré-Socráticos.

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Pensamento Filosófico:

Quando surgiu a filosofia era englobado tanto a indagação filosófica quanto a que hoje chamamos de conhecimento científico.

O filósofo teorizava sobre todos os assuntos. É por isso que eles dedicavam-se a geometria, física, astronomia, etc.

Page 12: O que e filosofia

Somente no século XVII, com o aperfeiçoamento do método científico que a ciência começou a se destacar da filosofia.

Page 13: O que e filosofia

Além do conhecimento científico, cabe ao filósofo refletir sobre a condição humana atual:

- O que é o ser humano? - O que é a liberdade? - O que é o trabalho? - Quais as relações entre ser humano e

trabalho?

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NATUREZA DA FILOSOFIA

“Com efeito, foi pela admiração que os homens começaram a filosofar, tanto no princípio como agora; perplexos

inicialmente diante das dificuldades mais óbvias, avançaram pouco a pouco e enunciaram problemas a respeito dos

maiores fenômenos, como os da lua, do sol e das estrelas, assim como sobre a gênese do Universo”.

(Aristóteles: Metafísica, I, 982b 10)

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O desejo de saber, fonte das ciências.

Todo homem, diz Aristóteles está naturalmente desejoso de saber, isto é, o desejo de saber é inato; esse desejo já se manifesta na criança

pelos “porquês” e os “como” que ela não cessa de formular, é ele o princípio das ciências, cujo

fim primeiro não será fornecer ao homem os meios de agir sobre a natureza, mas, antes,

satisfazer sua natural curiosidade.

Page 16: O que e filosofia

O que é filosofar? A atitude filosófica.

Por que existo? Por que há algo em vez de nada? Como posso saber algo? Que devo fazer? É em torno de tais interrogações, que o homem começa a filosofar; mas, uma vez que não há verdade sólida, ele é obrigado a pensar o eu, o mundo e o outro, não em separado, mas na mesma simultaneidade que os caracteriza e fundamenta.

Page 17: O que e filosofia

O eu, o mundo e o outro – é isto que vemos, mas que, no entanto, precisamos aprender a ver. É este eu, este outro, que a filosofia procura levar à compreensão e à expressão. É com essa finalidade que o filósofo interroga o mundo e a visão do mundo, seguro que podemos ver as próprias coisas, desde que abramos os olhos. É este postulado do mundo, do eu e do outro que o ato de filosofar reclama como válido contra e a despeito de todas as dificuldades de explicação. Para a filosofia, ao contrario, essas dificuldades, em vez de invalidarem o problema, só servem para principiá-lo. E é precisamente na direção dessa problemática que a filosofia caminha.

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Ao interrogar a si mesmo e procurar conhecer porque cremos no que cremos, porque sentimos o que sentimos e o que são nossas crenças e nossos sentimentos, adotamos o que chamamos de atitude filosófica. Perguntaram, certa vez, a um filósofo: “para que filosofia?”. E ele respondeu: “Para não darmos nossa aceitação imediata às coisas, sem maiores considerações”.

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Graus do Conhecimento:

1. Conhecimento Vulgar: se caracteriza por ser fragmentário, assistemático e por revelar a posse intelectual das coisas por seus aspectos meramente exteriores e superficiais.É um saber não reflexivo, que alcança exclusivamente a noção de um fenômeno isolado, sem mostrar a sua relação com outra série de fatos e fenômenos. No âmbito do Direito corresponde ao saber do rábula, que conhece apenas pela experiência, despercebendo a harmonia do sistema e dos princípios que lhe informam e dão consistência.

2. Conhecimento Científico: consiste na apreensão mental das coisas por suas causas ou razões, através de métodos especiais de investigação. Ele não se ocupa de acontecimentos isolados, mas supõe a visão ampla de uma determinada área do saber e ao contrário do conhecimento vulgar é reflexivo. Na esfera jurídica, o conhecimento científico não se caracteriza pela simples noção do conteúdo e significado da lei. Pressupõe o conceito do objeto Direito e compreende a visão unitária do sistema jurídico.

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Conhecimento Filosófico:

É a relação que se estabelece entre um sujeito possuidor de consciência e um objeto.

É também o saber acumulado pelo homem através das gerações.

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A relação de conhecimento implica uma transformação tanto do sujeito quando do objeto.

O sujeito se transforma mediante o novo saber;

O objeto também se transforma, pois o conhecimento lhe dá sentido.

Na Jurisprudência, o conhecimento filosófico tem por objeto de reflexão o conceito do Direito, os elementos constitutivos deste, seus postulados básicos, métodos de cognição, teleologia e o estudo crítico-valorativo de suas leis e institutos fundamentais.

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A filosofia, contudo, propõe um tipo de conhecimento que busca, com todo rigor, a origem dos problemas, relacionando-os a outros aspectos da vida humana, sem restringir-se a uma única esfera do conhecimento ou um único aspecto do objeto.

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FILOSOFIA E CIÊNCIA, UM “PROBLEMA”.

Sentido dos termos FILOSOFIA → Saber que considera nas coisas as suas primeiras

causas ou causas mais elevadas, ou seja, procura as causas primeiras e ultimas de todas as coisas.

CIÊNCIA → Está tomada no sentido em que os modernos o entendem, isto é, no sentido de ciências particulares – matemáticas ou experimentais.

Concepção antiga e concepção cartesiana Antiga → Para os antigos, filosofia significava o conjunto do

conhecimento cientifico. Admitiam, porem, nesse conjunto, várias ciências especificamente distintas, sendo uma delas a metafísica ou filosofia primeira, a única a merecer propriamente o nome de filosofia.

Cartesiana→ René Descartes (filósofo moderno), toma o termo filosofia no sentido dos antigos: conjunto do conhecimento científico. Mas, ao contrario dos antigos, não admite nesse conjunto várias ciências especificamente distintas: para ele, esse conjunto constitui uma única ciência, de que a metafísica, a física, a moral são apenas partes.

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Posição atual do problema e distinçãoAtualmente, trata-se de, não só distinguir a metafísica das

outras ciências, mas também e, sobretudo de distinguir a filosofia da natureza das ciências da natureza.

Filosofia e ciências convêm num ponto: uma e outras são um saber intelectual explicativo das coisas. Distinguem-se, porem: em razão do objeto material; e em razão do objeto formal.

A) Em razão do objeto material → as ciências são particulares, isto é, cada uma delas considera uma parte da realidade. A filosofia, ao contrario, é universal: tem por objetivo todas as coisas, tudo o que é cognoscível. Como a inteligência, a filosofia é coextensiva ao ser.

B) Em razão do objeto formal → ambas possuem objetos formais distintos. A filosofia considera as coisas em suas primeiras causas, ao passo que as ciências consideram as coisas em suas causas próximas. A análise filosófica vê a realidade em seu próprio ser, ao passo que a análise própria das ciências experimentais é uma análise emperiológica, em que a inteligência vê a realidade enquanto significada em seus fenômenos observáveis e experimentáveis.

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FILOSOFIA DO DIREITO

O termo Filosofia do Direito pode ser empregado em acepção lata, abrangente de todas as formas de indagação sobre o valor e a função das normas que governam a vida social no sentido do juízo, ou em acepção estrita, para indicar o estudo metódico dos pressupostos ou condições da experiência jurídica considerada em sua unidade sistemática.

No primeiro sentido, Filosofia do Direito corresponde, em última análise a um pensamento filosófico da realidade Jurídica, e é sob este enfoque que se fala na Filosofia do Direito.

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Visa a Filosofia do Direito em primeiro lugar, indagar dos títulos de legitimidade da ação do jurista. O advogado, ou juiz, enquanto se dedicam às suas atividades, realizam certa tarefa, cumprem certos deveres.

A segunda ordem de questão refere-se aos valores lógicos da Jurisprudência ou da Ciência do Direito. A que critérios devem manter-se fiel o jurista para poder ordenar a experiência social com coerência e rigor de ciência?

Dessa correlação resulta um perene esforço, quer do legislador, quer do jurista, no sentido de estabelecer adequação cada vez mais precisa e prática entre os esquemas lógicos da Ciência do Direito e as infraestruturas econômico-sociais, segundo os ideais éticos que informam e dignificam a coexistência humana.

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PERGUNTAS FUNDAMENTAIS

A atitude filosófica possui algumas características que são as mesmas, independentemente do conteúdo investigado. Essas características são:

Perguntar o que a coisa, ou o fato, ou a idéia, é. A Filosofia do Direito pergunta qual é a realidade ou natureza e qual é a significação de alguma coisa, não importa qual;

Perguntar como a coisa, a idéia ou o valor, é. A Filosofia do Direito indaga qual a estrutura e quais são as relações que constituem uma coisa, uma idéia ou um valor;

Perguntar por que a coisa, a idéia ou a norma existe e é como é. A Filosofia do Direito pergunta pela origem ou pela causa de uma coisa, de uma idéia, de um valor.

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