o processo de enfermagem na prevenção de riscos para os
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O PROCESSO DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE RISCOS PARA
OS EVENTOS ADVERSOS RELACIONADOS AO USO DE SONDA
NASOGÁSTRICA / NASOENTÉRICA
Ana Laura Mendes Campoi
Natiele Favarão da Silva
Thayná Bragagnollo Nery
SUMÁRIO
• Conceitos;
• Indicações;
• Eventos adversos relacionados à sonda nasogástrica/nasoentérica;
• Competências da equipe de enfermagem;
• Processo de enfermagem – caso clínico;
• Considerações finais.
CONCEITOS
• ALIMENTAÇÃO: ato voluntário e consciente vontade, escolha dos alimentos, quantidade,
preparo, horário e local das refeições;
• NUTRIÇÃO: ato involuntário;
(SILVEIRA, ROMEIRO 2020; MOTTA et al., 2021)
ENVELHECIMENTO
ADOECIMENTO
CUIDADOS AGUDOS E CRÔNICOS
Assim, necessitando de auxílio nutricional: sondas que
transportam o alimento para o sistema digestório.
CONCEITOS
SEM ALTERAÇÃO FÍSICA
– PH ÁCIDO
FLEXIBILIDADE/
DURABILIDADE
NÃO IRRITA A
MUCOSA
DIGESTIVA
Sonda de Dobbhoff: silicone ou poliuretano;
(PRONANDA, 2017; SILVEIRA, ROMEIRO 2020; MOTTA et al., 2021)
As sondas podem ser inseridas pela região nasal, oral ou um orifício na região abdominal
• Nasal: posicionamento gástrico (nasogástrica) ou pós-pilórico/entérico (nasoentérica);
• Oral: orogástrica, oroentérica;
• Região abdominal: posição gástrica (gastrostomia) ou jejunal (jejunostomia).
CONCEITOS
• Sondagem oro/nasogástrica: inserção de uma sonda na cavidade oral/nasal com destino ao estômago
com a finalidade de alimentar, medicar, lavar, drenar líquidos ou ar, coletar material gástrico e realizar
exames para fins diagnósticos, como a manometria e pHmetria;
• Sondagem nasoenteral: passagem de uma sonda flexível através da cavidade nasal, esôfago,
estômago e intestino delgado
Via segura e menos traumática para administração de dietas, hidratação e medicação.
(Resolução COFEN Nº 619/2019)
DÉFICIT NUTRICIONAL
Internação
prolongada
Maior
suscetibilidad
e às infecções
Complicações
pós-
operatórias
Aumento da
mortalidade
Retardo na
recuperação
Elevação de
custos
hospitalares
OBJETIVOS:
• Prevenir e tratar a desnutrição;
• Atuar na intervenção de procedimentos
cirúrgicos e clínicos;
• Melhorar a qualidade de vida do paciente.
(ANVISA, 2000; CAMPOS et al., 2016)
TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL (TNE)
• Auxilia na manutenção do estado nutricional
através de dietas enterais, que consiste em
fórmulas alimentares que substitui de forma
parcial ou total a alimentação oral.
CONCEITOS
INDICAÇÕES
Piora do estado nutricional, podendo ser associado:
• À doença, ao consumo alimentar inadequado, diminuição do apetite, deglutição, procedimentos que
demandam jejum ou restrição alimentar;
A nutrição enteral (NE) é indicada:
• Rebaixamento do nível de consciência;
• Comprometimento do funcionamento do trato gastrointestinal;
• Ingestão por via oral insuficiente, menor que as necessidades metabólicas;
• Disfagia, desnutrição e perda de peso significativas nos últimos meses. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016)
EVENTOS ADVERSOS RELACIONADOS À SONDA NASOGÁSTRICA/NASOENTÉRICA
A Agência Nacional de Segurança do Paciente (NPSA) do Reino Unido, afirma:
• Existe risco de deslocamento da sonda para os pulmões durante a introdução às cegas em beira leito ou
em fase posterior;
Segundo relatório da NPSA:
• Aproximadamente 170.000 SNGs/ SNEs são inseridas por ano para nutrição enteral e administração de
medicamentos no Reino Unido;
• Entre 2005 e 2010, 21 mortes e 79 EAs graves foram causados por deslocamento de SNG/ SNE.
(PRONANDA, 2017; LAMONT et al., 2011; NHS, 2017)
De acordo com a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA):
• De janeiro de 2012 a julho de 2017 houveram 51 notificações de pneumotórax relacionadas à inserção de SNG/SNE;
• No Brasil em cerca de 3.552 internações 1.065 eventos adversos, 45% relacionados com a SNG/SNE;
• Eventos adversos graves e fatais no Brasil relacionados à SNG/SNE foram relatados na mídia:
Conexão errada, resultando na infusão de dieta enteral na veia.
EVENTOS ADVERSOS RELACIONADOS À SONDA NASOGÁSTRICA/NASOENTÉRICA
(BROOKS, 2018; PÁDUA, 2016; VOLPE et al., 2016)
Link: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2013/05/idosa-tem-
alimentacao-injetada-na-veia-em-hospital-de-osorio-rs.html
EVENTOS ADVERSOS RELACIONADOS À SONDA NASOGÁSTRICA/NASOENTÉRICA
• A maioria dos eventos adversos relacionados à SNG/ SNE envolve complicações
respiratórias
ASPIRAÇÃO TRAQUEOBRÔNQUICA do conteúdo gástrico - contribuindo para a ocorrência
de pneumonia aspirativa;
EVENTOS ADVERSOS RELACIONADOS À SONDA NASOGÁSTRICA/NASOENTÉRICA
(MOTTA et al., 2021)
EVENTOS ADVERSOS RELACIONADOS À SONDA NASOGÁSTRICA/NASOENTÉRICA
PERFURAÇÃO INTESTINAL
Em indivíduos com TGI diferente, as
sondas devem ser inseridas com o
auxílio de tecnologias que possibilitem
sua visualização em tempo real.
INSERÇÃO DA SONDA ENTERAL NA
REGIÃO INTRACRANIANA
Devido à ruptura da placa
cribriforme – atenção para pacientes
com fraturas cranianas. (optar por
via orofaríngea).
COMPLICAÇÕES
ESOFÁGICAS/FARÍNGEAS
Síndrome da Sonda Nasogástrica:
consiste em paralisia bilateral das
cordas vocais acompanhada de
edema supraglótico após a retirada
da SNE.
(ALVA et al., 2008; GENU et al., 2004; PRABHAKARAN et al., 2012; BROUSSEAU; KOST, 2006)
EVENTOS ADVERSOS RELACIONADOS À SONDA NASOGÁSTRICA/NASOENTÉRICA
REMOÇÃO ACIDENTAL DA SONDA
Orientações aos cuidadores e contenção
mecânica, quando prescrita pela equipe
médica, até a agitação diminuir.
LPP RELACIONADA A FIXAÇÃO
Longo tempo de permanência, sem
movimentação diária, pode causar
lesões e desconforto.
CONEXÃO INCORRETA
Conexão do equipo de dieta enteral em
via errada, como na intravenosa;
*Incompatibilidade do conector do
equipo de dieta enteral com o conector
do cateter venoso.*
(PEREIRA et al., 2013; GÜIMIL et al., 2010; BOZZETTI et al., 2014; TJC, 2014)
OBSTRUÇÃO DA SONDA
Devido a erros no manuseio da sonda.
Conglomerados não digestivos que se
acumulam na sonda, que podem ser, por
exemplo, medicamentos, dieta enteral e
resíduos alimentares.
EVENTOS ADVERSOS RELACIONADOS À SONDA NASOGÁSTRICA/NASOENTÉRICA
OBSTRUÇÃO RELACIONADA À MEDICAÇÃO Alguns medicamentos não devem ser triturados e administrados por sonda porque possuem revestimento de proteção de liberação entérica ou controlada.
Verificar a compatibilidade da trituração e administração de
medicamentos;
Triturar formas farmacêuticas sólidas até pó fino e homogêneo;
Garantir que a dieta enteral seja interrompida antes da
administração de medicamentos;
Lavar a sonda entre as administrações .
(DEGHEILI; SEBAALY; HALLAL, 2017; GIMENES et al., 2017 ; PRONANDA, 2017)
CHECAGEM DO POSICIONAMENTO DA SNG/SNE
• Ausculta epigástrica
• Teste do pH - pH ≤5,5 é considerado seguro e esta faixa exclui a colocação no trato respiratório (NHS, 2016).
• Radiografia – “padrão ouro”, método mais seguro
Não recomendado: “teste do copo” – bolhas no copo com água
(COREN-SP, 2009; NHS, 2016; METHENY et al., 2019)
COMPETÊNCIAS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA SONDAGEM ORO/NASOGÁSTRICA E NASOENTÉRICA
• A sondagem nasoenteral compreendendo tanto a sondagem nasogástrica como a nasoentérica é um
procedimento invasivo e que envolve riscos ao paciente;
Por essas razões, no âmbito da equipe de Enfermagem, a inserção de sonda oro/nasogástrica (SOG e
SNG) e sonda nasoentérica (SNE) é privativa do Enfermeiro, que deve imprimir rigor técnico-científico ao
procedimento.
(RESOLUÇÃO COFEN Nº619/2019)
Compete ao Enfermeiro na sondagem oro/nasoenteral:
• Definir o calibre da sonda que será utilizada, de acordo com o procedimento prescrito;
• Estabelecer o acesso enteral por via oro/nasogástrica ou transpilórica para a finalidade estabelecida (alimentar, medicar, lavar,
drenar líquidos ou ar, coletar material gástrico e realizar exames para fins diagnósticos);
• Proceder os testes para confirmação do trajeto da sonda;
• Solicitar e encaminhar o paciente para exame radiológico visando a confirmação da localização da sonda, no caso da sondagem
nasoentérica;
• Garantir que a via de acesso seja mantida;
• Garantir que a troca das sondas e equipo seja realizada em consonância com o pré-estabelecido pela CCIH da instituição
• Prescrever os cuidados de enfermagem;
• Registrar em prontuário todas as ocorrências e dados referentes ao procedimento;
• Participar do processo de seleção do material para aquisição pela instituição;
• Manter-se atualizado e promover treinamento para os técnicos de enfermagem, observada a sua competência legal.
COMPETÊNCIAS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA SONDAGEM ORO/NASOGÁSTRICA E NASOENTÉRICA
Compete ao Técnico de Enfermagem e/ou ao Auxiliar de Enfermagem na sondagem oro/nasoenteral
• Auxiliar ao enfermeiro na execução do procedimento da sondagem oro/nasoenteral;
• Promover cuidados gerais ao paciente de acordo com a prescrição de enfermagem ou protocolo pré-estabelecido;
• Comunicar ao Enfermeiro qualquer intercorrência advinda do procedimento;
• Proceder o registro das ações efetuadas, no prontuário do paciente, de forma clara, precisa e pontual;
• Participar das atualizações.
COMPETÊNCIAS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA SONDAGEM ORO/NASOGÁSTRICA E NASOENTÉRICA
PROCESSO DE ENFERMAGEM
Principal modelo metodológico para o desempenho da
prática profissional, favorece a tomada de decisão do
enfermeiro e o alcance dos resultados do paciente pois
utiliza método e estratégia de trabalho científico para a
identificação das situações de saúde/doença,
subsidiando ações de enfermagem na promoção, na
prevenção, na recuperação e na reabilitação da saúde.
(PRONANDA, 2017)
PROCESSO DE ENFERMAGEM (PE)
ALCANCE DOS
RESULTADOS
TOMADA DE
DECISÃO
A coleta de dados consiste na primeira etapa do PE. Requer dados que indiquem o estado de saúde
atual e pregresso do paciente, possibilitando ao enfermeiro identificar o diagnóstico de enfermagem
e os resultados desejáveis no desenvolvimento do plano de cuidado.
PROCESSO DE ENFERMAGEM
(PRONANDA, 2017)
O exemplo a seguir demonstra a coleta de dados inicial, realizada pelo enfermeiro de um paciente com cirrose hepática:
“Senhor Francisco, 66 anos de idade, está internado na enfermaria de gastrenterologia para tratamento de desnutrição relacionada à cirrose hepática. Relatou falta de apetite e diminuição da ingestão alimentar, além de vômitos, queimação, disfagia, ageusia e dor abdominal há 3 meses. Está orientado quanto ao tempo, ao espaço e à pessoa. Os sinais vitais estão dentro dos padrões de normalidade. A pele e as mucosas encontram-se descoradas e secas. O paciente apresenta peso atual de 46,10kg (peso usual de 73kg – perda de 37% do peso nos últimos 9 meses), altura de 1,70m e índice de massa corporal (IMC) de 15,95kg/m2. Há 3 dias, o paciente apresenta episódios de vômito em média quantidade, além de relatar náusea contínua. Possui próteses orais superior e inferior ajustadas e higienizadas. Está ingerindo 500ml de agua por dia. Está evacuando a cada 2 dias (frequência normal de evacuação diária), as fezes são marrons e com odor característico, mas endurecidas. O abdome é simétrico, plano. Há ruídos hidroaéreos hiperativos, e o abdome está tenso, com som timpânico à percussão em quadrantes superiores direito e esquerdo e maciço nos quadrantes inferiores e direito e esquerdo. O fígado e baço não são percutíveis.”
Exames laboratoriais que se encontram alterados são:
- albumina sérica: 2,3g/dL;
- eritrócitos: 2,64 milhões/mm3.
- hemoglobina: 8,6g/dL;
- hematócrito: 25%.
PROCESSO DE ENFERMAGEM – CASO CLÍNICO
(PRONANDA, 2017)
Diante do exposto, sabe-se que:
• A ingestão dietética é precária nos pacientes com cirrose hepática;
• A desnutrição calórica e proteica é um achado frequente nas pessoas com essa doença;
• A assistência de enfermagem ao paciente com cirrose hepática deve ser direcionada à melhora do
estado nutricional, além de reduzir os riscos de eventos adversos, monitorar e tratar complicações
potenciais.
PROCESSO DE ENFERMAGEM – CASO CLÍNICO
(PRONANDA, 2017)
• No caso do Senhor Francisco, o enfermeiro poderia identificar o diagnóstico de enfermagem da NANDA
– Nutrição desequilibrada: menor do que as necessidades corporais, relacionado a fatores biológicos
(cirrose hepática) e manifestado por:
• dor abdominal;
• ingestão de alimentos inferior à porção diária recomendada;
• interesse insuficiente pelos alimentos;
• mucosas pálidas;
• peso do corpo equivalente a 20% ou mais abaixo do ideal;
• sons intestinais hiperativos.
PROCESSO DE ENFERMAGEM – CASO CLÍNICO
(PRONANDA, 2017)
Para cada diagnóstico de enfermagem, o enfermeiro seleciona os resultados de enfermagem sugeridos pela NOC e as intervenções
sugeridas pela NIC.
O resultado Estado Nutricional (1004) do domínio Saúde fisiológica (II), classe digestão e nutrição (K), tem por definição “o quanto os
nutrientes são ingeridos e absorvidos para atender às necessidades metabólicas”. Os indicadores selecionados pelo enfermeiro para o
senhor Francisco foram:
• Ingestão de nutrientes (100401);
• Ingestão de alimentos (100402);
• Ingestão de líquidos (100408);
• Proporção peso/altura (100405);
• Hidratação (100411).
Os indicadores são mensurados em uma escala do tipo Likert de 5 pontos, a qual varia de “desvio grave da variação normal” a “sem desvio
da variação normal”. Logo, o enfermeiro estabeleceu o escore basal de 2 pontos para o senhor Francisco e espera aumenta-lo para 3 pontos
durante o período da internação
PROCESSO DE ENFERMAGEM – CASO CLÍNICO
(PRONANDA, 2017)
Considerando o caso do senhor Francisco e as considerações apresentadas, o enfermeiro selecionou a intervenção de
enfermagem Alimentação por sonda enteral (1056) do domino 1 Fisiológico básico, classe D Apoio nutricional.
Ações que nortearão a prescrição de enfermagem:
• Explicar o procedimento ao paciente;
• Inserir a SNG, conforme protocolo da instituição e a partir da prescrição médica;
• Fixar a sonda à pele;
• Verificar a colocação correta da sonda, examinando a cavidade oral;
• Verificar o posicionamento correto da extremidade distal da sonda por meio da injeção de ar através da sonda, ausculta do borburinho em região epigástrica, observação do retorno de resíduos gástricos e medição do pH;
• Marcar a sonda no local de saída para manter a colocação correta;
• Confirmar o posicionamento correto da extremidade distal da sonda antes de infundir dieta enteral, líquidos e/ou medicamentos, conforme protocolo da instituição;
• Monitorar a presença de ruídos intestinais a cada 4 a 8 horas, conforme apropriado;
• Monitorar a condição hídrica e eletrolítica;
• Consultar outros membros da equipe de saúde para escolha do tipo e valor nutricional da alimentação enteral;
PROCESSO DE ENFERMAGEM – CASO CLÍNICO
(PRONANDA, 2017)
• Elevar a cabeceira da cama entre 30 e 45º durante a alimentação;
• Interromper a alimentação entre 30 e 60 minutos antes de colocar o paciente em posição com cabeceira a menos de 30º;
• Irrigar a sonda a cada 4 a 6 horas, conforme apropriado, durante alimentação contínua e após cada alimentação intermitente;
• Usar técnica limpa ao administrar dietas por sonda;
• Verificar o fluxo do gotejamento por gravidade ou o fluxo de bomba de infusão de hora em hora;
• Monitorar a ocorrência de sensação de plenitude, náusea e vômito;
• Verificar resíduos a cada 4 a 6 horas, durante as primeiras 24 horas ; depois a cada 8 horas, durante alimentação contínua;
• Monitorar o peso três vezes por semana, inicialmente; depois, reduzir para uma vez ao mês;
• Monitorar a ingestão e a eliminação de líquidos;
• Consultar nutricionista para monitorar ingestão de calorias, carboidratos, vitaminas e minerais quanto à adequação;
• Preparar o paciente e família para alimentação por sonda em casa, conforme apropriado.
PROCESSO DE ENFERMAGEM – CASO CLÍNICO
(PRONANDA, 2017)
• Um dos principais eventos adversos associados à TNE é a aspiração traqueobrônquica do conteúdo gástrico, a qual contribui para a
ocorrência de pneumonia aspirativa, cuja prevalência varia de 2 a 95%
• No caso de pacientes com o diagnóstico de enfermagem Risco de aspiração (00039), pode ser implementada a intervenção da
NIC Precauções contra aspiração (3200) do domínio 4 Segurança, classe V, controle de risco.
Ações de enfermagem voltadas para:
• Confirmação do correto posicionamento da sonda (por exemplo, verificar o posicionamento da SNG antes de iniciar a dieta
enteral);
• Controle do resíduo gástrico (por exemplo, verificar o resíduo da sonda antes de alimentar o paciente e evitar alimentar o paciente
se houver grande volume residual);
• Preparo de medicamentos orais para viabilização por sonda (por exemplo, esmagar os comprimidos antes da administração).
PROCESSO DE ENFERMAGEM – CASO CLÍNICO
(PRONANDA, 2017)
• A assistência ao paciente em uso de terapia nutricional enteral é considerada de alta complexidade, a
prevenção de eventos adversos é compromisso de toda a equipe de saúde;
• É necessário que o enfermeiro desenvolva habilidades e competências no reconhecimento dos
diagnósticos de enfermagem e no planejamento adequado do cuidado de enfermagem;
• A cultura de segurança deve ser estimulada na instituição de saúde, com a implantação de protocolos de
padronização de terapia nutricional e desenvolvimento de programas de educação continuada, que
auxiliem nesta mudança.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
ALVA, S et al. Virtual three-dimensional computed tomography assessment of the gastric pouch following laparoscopic Roux-Y gastric bypass. Obes Surg [Internet], v.18, n.4, p.364-6, 2008. Disponível em: < https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/18274830/> . Acesso em: 14 de setembro, 2021.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução RDC nº 63, de 6 de julho de 2000: sobre a terapia nutricional enteral [Internet]. 2000. Disponível em: <bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2000/rdc0063_06_07_2000.html>. Acesso em: 14 de setembro, 2021.
BOZZETTI, V et al. Impact of a dedicated enteral feeding system in an Italian NICU. JPEN J Parenter Enteral Nutr, v.38, n4, p.510-2, 2014. doi: https://doi.org/10.1177/0148607113487562
BROOKS, M. Pneumothorax events linked to placement of enteral feeding tube. [Internet]. New York: Medscape; 2018.
BROUSSEAU, V.J; KOST, K.M. A rare but serious entity: nasogastric tube syndrome. Otolaryngol Head Neck Surg [Internet], v.135, n.5, p.677-9, 2006. Disponível em: < https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17071292/>. Acesso em: 14 de setembro, 2021.
BYRNE, K.R; FANG, J. C. Endoscopic placement of enteral feeding catheters. Curr Opin Gastroenterol [Internet], v.22, n.5, p.546-50, 2006. Disponível em: < https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16891888/> . Acesso em: 14 de setembro, 2021.
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REFERÊNCIAS
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REFERÊNCIAS
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