curso nr9 – programa de prevenção de riscos

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Seja bem Vindo! Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos Carga horária: 60hs

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Page 1: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

Seja bem Vindo!

Curso NR9 – Programa de

Prevenção de Riscos

Carga horária: 60hs

Page 2: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

Conteúdo Programático:

Apresentação da Norma NR 9 e Documentos Complementares Real Objetivo do PPRA e Definições de Riscos

Atribuições Profissionais para a Elaboração do PPRAExigências Legais para o PPRAEstrutura Básica e Etapas para Implantação do PPRAEntenda o Significado da ACGIH e TLVOrientações Gerais para a Elaboração de PPRA - Parte 1Orientações Gerais para a Elaboração de PPRA - Parte 2Orientações Gerais para a Elaboração de PPRA - Parte 3Orientações Gerais para a Elaboração de PPRA - AnexosTexto da Norma - 9.1 a 9.3Texto da Norma - 9.4 a 9.6

Anexo 1 da Norma - Vibração

Page 3: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

Apresentação da Norma NR 9 e Documentos Complementares

A Norma Regulamentadora 9, cujo título é Programa de Prevençãode Riscos Ambientais, estabelece a obrigatoriedade da elaboraçãoe implementação de um programa de Higiene Ocupacional visandoa preservação da saúde e integridade física dos trabalhadores,através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequentecontrole da ocorrência de riscos ambientais existentes ou quevenham a existir no ambiente de trabalho. A NR 9 tem suaexistência jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, nosartigos 176 a 178 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Capítulo V do Título II da CLT - refere-se à Segurança e Medicinado Trabalho.

Decreto no 1.254, de 29/09/94 - Regulamenta a Convenção OITno 155 - Segurança e Saúde dos Trabalhadores e o MeioAmbiente de Trabalho.

Decreto no 4.882, de 18/11/03 - Altera Dispositivos doRegulamento da Previdência Social validando legal a utilizaçãodas Normas de Higiene Ocupacional (NHO) da FUNDACENTROcomo referência legal a ser utilizada.

Decreto no 93.413, de 15/10/86 - Regulamenta a Convenção OITno 148 - Proteção dos trabalhadores contra os riscosprofissionais devidos contaminação do ar, ao ruído e às vibraçõesno local de trabalho.

Portaria MTb/SSST no 25, de 29/12/94 - Altera o texto da NR 9 ecria o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).

Portaria MTE/GM no 86, de 3/3/05 - Atualização e substituiçãodas Normas Regulamentadoras Rurais através da NR 31 -Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária,Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura.

Norma Fundacentro NHO 01 - 2001 - Norma de HigieneOcupacional: procedimento técnico: avaliação da exposiçãoocupacional ao ruído contínuo ou intermitente e impacto.

Page 4: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

Norma Fundacentro NHO 02 - 1999 - Norma de HigieneOcupacional: método de ensaio: análise qualitativa da fraçãovolátil (vapores orgânicos) em colas, tintas e vernizes porcromatografia gasosa/detector de ionização de chama.

Norma Fundacentro NHO 03 - 2001 - Norma de HigieneOcupacional: método de ensaio: análise gravimétrica deaerodispersóides sólidos coletados sobre filtros de membrana.

Norma Fundacentro NHO 05 - 2001 - Norma de HigieneOcupacional: procedimento técnico: avaliação da exposiçãoocupacional aos raios x nos serviços de radiologia.

Norma Fundacentro NHO 06 - 2002 - Norma de HigieneOcupacional: procedimento técnico: avaliação da exposição aocalor.

Norma Fundacentro NHO 07 - 2002 - Norma de HigieneOcupacional: procedimento técnico: calibração de bombas deamostragem individual pelo método da bolha de sabão.

Norma Fundacentro NHO 08 - 2007 - Norma de HigieneOcupacional: procedimento técnico: coleta de material particuladosólido suspenso no ar de ambientes de trabalho.

Nota Técnica MTE/DSST 02, de 18/02/04 - Cobrança de PPRA eAnotação de Responsabilidade Técnica (ART) em fiscalização.

Nota Técnica MTE/DSST 06, de 23/04/03 - Responsável pelaelaboração do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais(PPRA).

Real Objetivo do PPRA e Definições de Riscos

Qual é real objetivo do PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais)?

É de estabelecer uma metodologia de ação que garanta apreservação da saúde dos trabalhadores frente aos riscos dosambientes de trabalho.

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Quais são os riscos ambientais para fins de elaboração do PPRA?

O item 9.5.1 estabelece que, para fins de elaboração do PPRA, osriscos ambientais são os agentes físicos, químicos e biológicosexistentes nos ambientes de trabalho que, em função de suanatureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, sãocapazes de causar danos à saúde dos trabalhadores.

Page 6: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

Como são definidos os riscos ambientais?

Agentes físicos: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas

extremas, radiações ionizantes e radiações não-ionizantes;

Agentes químicos: poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores,absorvidos pelo organismo humano por via respiratória, através dapele ou por ingestão;

Agentes biológicos: bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários,

vírus, entre outros.

Quem está obrigado a fazer o PPRA?

A elaboração e a implementação do PPRA são obrigatórias paratodos os empregadores e instituições que admitam trabalhadorescomo empregados. Não importa, nesse caso, o grau de risco ou aquantidade de empregados. Desta forma, condomínios,estabelecimentos comerciais ou industriais estão obrigados amanter o PPRA estruturado de acordo com suas características ecomplexidades.

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Atribuições Profissionais para a Elaboração do PPRA

Quanto às atribuições profissionais, quem poderá elaborar o PPRA?

A NR 9 não estabelece objetivamente quem é o profissional,porém as atribuições estabelecidas para a gerência do PPRA nosmostram que ele deverá estar sob a coordenação de umprofissional dos Serviços Especializados em Segurança e emMedicina do Trabalho (SESMT). De acordo com o item 9.3.1.1, aelaboração, a implementação, o acompanhamento e a avaliaçãodo PPRA poderão ser feitos pelos SESMT ou por pessoa ouequipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam capazesde desenvolver o disposto nesta NR. Apesar da existência doitem 9.3.1.1, recomenda-se que o empregador direcione aelaboração do PPRA para os próprios SESMT da empresa oucontrate um serviço terceirizado que pode ser uma instituição,uma empresa de consultoria privada ou até mesmo umprofissional dos SESMT autônomo.

Quem deve assinar o PPRA?

O PPRA se caracteriza por uma parte qualitativa - documento-basee outra quantitativa que é o monitoramento. O profissionalresponsável pela elaboração do documento-base do PPRA —qualquer pessoa indicada pelo empregador — deverá assiná-lo.Com relação à parte quantitativa do PPRA, que envolve os laudosde monitoramento, seria importante que os mesmos fossem

Page 8: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

assinados por engenheiro de segurança ou médico do trabalhoconforme prevê o Art. 195 da CLT e legislação previdenciária quetrata da Aposentadoria Especial. Outra referência para estaresponsabilidade são as atribuições dos engenheiros desegurança do trabalho estabelecidas pela Resolução no 359 doConselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia(CONFEA), de 31 de julho de 199

A CIPA pode participar da elaboração do PPRA?

Considerando a existência do item 9.3.1.1 da NR 9, o PPRA é umaobrigação legal do empregador e por isso deve ser de sua iniciativae responsabilidade direta, não existindo nenhum impedimento legalpara que a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)elabore o documento-base do PPRA (parte qualitativa). Entretanto,a parte do monitoramento deve ser feita por um profissional dosSESMT em especial um engenheiro de segurança ou médico dotrabalho. Caso o empregador determine, a CIPA poderá participarda elaboração do PPRA, discutindo-o em suas reuniões, propondoideias e auxiliando na sua implementação. Esta situação poderáocorrer nas empresas em que não exista a obrigatoriedade deformação de SESMT próprios.

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Exigências Legais para o PPRA

O PPRA se resume apenas a um documento que deverá ser apresentado em

caso de fiscalização do Ministério do Trabalho?

Não. O PPRA é um programa de higiene ocupacional constituídode uma série de ações contínuas. O documento-base, previsto naestrutura do PPRA, deve estar à disposição da fiscalização, elepossui o cronograma de ações que é um roteiro das principaisatividades a serem implementadas para atingir os objetivos doprograma. Em resumo, se o cronograma de ações não estiversendo implementado, o PPRA não será eficaz para minimizar apossibilidade de ocorrência de doenças ocupacionais.

O que deve ser feito primeiro, o PPRA ou o PCMSO ?

Sendo programas de caráter permanente, eles devem coexistirnas empresas e instituições, com as fases de implementaçãoarticuladas. De acordo com o item 9.1.3, o PPRA é parteintegrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa nocampo da preservação da saúde e da integridade dostrabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nasdemais NRs, em especial com a NR 7 - Programa de ControleMédico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Dessa forma, oPCMSO deverá ser planejado e implantado com base nos riscosà saúde dos trabalhadores identificados nas avaliaçõesrealizadas pelo PPRA. Não poderá existir um PCMSO sem que omesmo esteja baseado num PPRA atualizado.

O PPRA abrange todas as exigências legais e garante a saúde dos trabalhadores?

Não, conforme o item 9.1.3, o PPRA é parte integrante doconjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo dapreservação da saúde e da integridade dos trabalhadores,devendo estar articulado com o disposto nas demais NRs, emespecial com o PCMSO previsto na NR 7. A garantia da saúdeocupacional é um termo mais abrangente que envolve aimplementação da NR 1, NR 6, NR 7, NR 9 e NR 15. Além disso,o PPRA deve ser complementado por outros programas previstosnas demais NRs e outros requisitos legais associados, tais como:

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- Programa de Conservação Auditiva (PCA) - (Ordem de Serviço(OS) INSS/DSS no 608/98),

- Programa de Proteção Respiratória (PPR) - (InstruçãoNormativa (IN) MTb/SSST no 01/95),

- Programa de Prevenção de Exposição Ocupacional ao Benzenono Trabalho (PPEOB) (NR 15),

- Avaliação Ergonômica (NR 17),

- Programa de Condições e Meio Ambiente do Trabalho naIndústria da Construção (PCMAT) (NR 18) e

- Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) (NR 22).

Estrutura Básica e Etapas para Implantação da PPRA

Qual a estrutura básica do PPRA?

O desenvolvimento do PPRA baseia-se no objetivo de umprograma de higiene ocupacional, que consiste noreconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscosambientais existentes no ambiente de trabalho. O item 9.3.1destaca que o PPRA deve incluir as seguintes etapas:

- Antecipação e reconhecimento dos riscos;-Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;- Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;- Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;-Monitoramento da exposição aos riscos;-Registro e divulgação dos dados.

Como deve ser feita a etapa do reconhecimento dos riscos ambientais?

A etapa do reconhecimento é o início do trabalho de campo paraidentificar atividades, tarefas, fontes e tipos de riscos ambientais.Ela se constitui no levantamento das seguintes informações queserão registradas numa planilha básica a ser anexada nodocumento-base:

Page 11: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

- Identificação dos riscos ambientais;

- Determinação e localização das possíveis fontes geradoras;- Identificação das possíveis trajetórias e dos meios depropagação dos agentes no ambiente de trabalho;- Identificação das funções e determinação do número detrabalhadores expostos;- Caracterização das atividades e do tipo de exposição; - Obtençãode dados existentes na empresa, indicativos de possívelcomprometimento da saúde decorrente do trabalho;-Possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados,disponíveis na literatura técnica;-Descrição das medidas de controle já existentes.

Entenda o Significado da ACGIH e TLV

O que é a ACGIH?

A ACGIH é a Conferência Norte-Americana de HigienistasIndustriais Governamentais (American Conference of Governmental Industrial

Hygienists), uma organização de profissionais de higiene ocupacionalpatrocinados por instituições governamentais ou educacionais dosEstados Unidos. A ACGIH desenvolve e publica anualmente limitesrecomendados de exposição ocupacional denominado de Threshold

Limit Values (TLV) para centenas de substâncias químicas, agentesfísicos, e inclui Índices de Exposição a Agentes Biológicos: Biological

Exposure Indices (BEI). O TLV é marca registrada da ACGIH cujosvalores são atualizados e divulgados constantemente por meio depublicações.

Quando se deve usar os TLV da ACGIH?

Os TLVs da ACGIH são referências a serem utilizadas para finsde implementação de medidas de controle no campo da higieneocupacional. Os TLVs não devem ser usados para fins decaracterização de atividade ou operação insalubre, para issodevem ser utilizados apenas os Limites de Tolerância (LT) da NR15 - Atividades e Operações Insalubres.

Page 12: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

Existe algum modelo de PPRA a ser seguido?

A NR 9 não estabelece um modelo em particular, entretanto, odocumento-base deve conter todas as informações contidas noitem 9.3.1. As planilhas para levantamento de campo e registrodos dados devem conter todas as informações do item 9.3.3.

Orientações Gerais para a Elaboração de PPRA - Parte 1

O conteúdo do PPRA/DA deverá atender na íntegra o quepreconiza a NR-9 do Ministério do Trabalho e Emprego e asdiversas legislações do Ministério da Previdência em especial oDecreto n. 3.048/1999 e a Instrução Normativa n. 99/2003.

O PPRA/DA deverá se estender a todas as áreas e ambientes detrabalho ocupados pela empresa, estando articulado com oPCMSO.

A parte do PPRA/DA relativa a fases de avaliação ambientaldeverá ser obrigatoriamente realizada e assinada por Engenheirode Segurança do Trabalho, por se tratar de ProfissionalLegalmente Habilitado.

O profissional deverá recolher a Anotação de ResponsabilidadeTécnica (ART) junto ao órgão regional do CREA (ConselhoRegional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia). A cópia daART deverá ser anexada ao PPRA/DA.

Quando o trabalho for realizado por empresa especializada emEngenharia de Segurança do Trabalho, também a empresacontratada deverá ser registrada no respectivo CREA.

Podem ocorrer pelo menos três situações diversas durante arealização de um PPRA, tais como:

A - Empresas que elaboram o PPRA pela primeira vez.

Utilizar as orientações abaixo na sua totalidade.

B - Empresas que já possuem o PPRA/DA, porém não foram realizadas medições

dos agentes agressivos.

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Verificar se os agentes reconhecidos, mas não avaliadosindicados no PPRA/DA anterior representam a totalidade dosagentes existentes no estabelecimento.

Em caso negativo, revisar o Documento-base incluindo os novosagentes.Em seguida, realizar as medições necessárias utilizando asespecificações constantes do item “Técnica de Avaliação dosAgentes”.As etapas anteriores já estarão cumpridas, uma vez que oPPRA/DA já existe, bastando apenas a sua revisão. Concluídasas medições, revisar o Plano de Ação anexando quandonecessário os laudos técnicos no PPRA/DA e preencher oformulário de registro de revisões.

C - Instalações que possuem PPRA com medições efetuadas.

Avaliar o atendimento ao Plano de Ação.

Atentar para as reavaliações anuais necessárias previstas ou nãono PPRA.

Nestas reavaliações, deve ser considerado se houve alteraçõesde processo, lay-out ou atividades que contribuíram paramodificar os riscos reconhecidos.

Em caso positivo, atualizar o PPRA conforme as etapas previstasabaixo.

Em seguida, revisar o Plano de Ação, anexar os laudos técnicosno PPRA/DA e preencher o formulário de registro de revisões doPPRA/DA.

1 – CAPA: Deverá ser utilizada uma folha de papel timbrado daempresa que estiver realizando o trabalho, contendo o título“Programa de Prevenção de Riscos Ambientais/DemonstraçãoAmbiental”, o nome da Empresa onde foi realizado o trabalho e adata da conclusão dos levantamentos de campo, que passará a sera data do Documento Base.

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2 – ÍNDICE: O índice deve figurar em uma folha própria, contendo odetalhamento do PPRA/DA e as respectivas páginas onde seencontram os assuntos.

3 - DOCUMENTO BASE: É o PPRA/DA propriamente dito, uma folha derosto deve capear o conteúdo do trabalho, com o título “DocumentoBase”.

4 – INTRODUÇÃO: Em 29 de dezembro de 1994, a Portaria N.º 25,aprovou o texto da Norma Regulamentadora, NR-9 que estabelecea obrigatoriedade da elaboração e implantação, por parte de todosos empregadores e instituições que admitam trabalhadores comoempregados, do Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais –PPRA/DA.O PPRA/DA do estabelecimento deve estar descrito noDocumento Base que contém os aspectos estruturais doprograma, a estratégia e metodologia de ação, forma de registro,manutenção e divulgação dos dados, a periodicidade e forma deavaliação do desenvolvimento do programa e o planejamentoanual com o estabelecimento das metas a serem cumpridas comos prazos para a sua implantação conforme cronograma anual.

Este programa constitui-se numa ferramenta de extremaimportância para a segurança e saúde dos empregados,proporcionando identificar as medidas de proteção ao trabalhador aserem implementadas e também serve de base para a elaboraçãodo Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional– PCMSO, obrigatório pela NR-7.

O PPRA/DA tem também por finalidade atender às exigênciasprevistas nos Decretos, Ordens de Serviço e InstruçõesNormativas oriundas do Ministério da Previdência Social - MPS edo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. A partir de 29 deabril de 1995, data da publicação da Lei nº 9.032, acaracterização de atividade como especial depende decomprovação do tempo de trabalho permanente, não ocasionalnem intermitente, durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos ematividade com efetiva exposição a agentes nocivos químicos,físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúdeou à integridade física, observada a carência exigida.

Page 15: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

5 - OBJETIVO: O PPRA/DA tem como objetivo a preservação da saúdee a integridade física dos trabalhadores, através dodesenvolvimento das etapas de antecipação, reconhecimento,avaliação e consequentemente o controle da ocorrência dos riscosambientais existentes ou que venham a existir nos locais detrabalho, levando-se sempre em consideração a proteção do meioambiente e dos recursos naturais.O PPRA/DA é parte integrante do conjunto mais amplo deiniciativas da empresa, no campo da preservação da saúde e daintegridade física dos trabalhadores, estando articulado com odisposto nas demais Normas Regulamentadoras e LegislaçõesPrevidenciárias.

Tendo também por objetivo avaliar as atividades desenvolvidaspelos empregados no exercício de todas as suas funções e ouatividades, determinando se os mesmos estiveram expostos aagentes nocivos, com potencialidade de causar prejuízo à saúdeou a sua integridade física, em conformidade com os parâmetrosestabelecidos na legislação previdenciária vigente.

A caracterização da exposição deve ser realizada emconformidade com os parâmetros estabelecidos na legislaçãotrabalhista e previdenciária vigentes, e realizadas através deinspeção nos locais de trabalho do empregado considerando osdados constantes nos diversos documentos apresentados pelaempresa.

Tem ainda o objetivo de atender as obrigatoriedades legais,prevista nas normas específicas.

6 - IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA:

Razão Social:CNPJ Nº:CNAE:Atividade Principal:Grupo:Subgrupo:Grau de Risco:Endereço Completo:Telefone:Horário de Funcionamento da Empresa:

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Jornada Diária:Data do levantamento de campo:Responsável pela Inspeção:Nome do Informante da empresa:Número de empregados:Empregados Afastados:Empregados Readaptados:

7 - ATIVIDADES DA EMPRESA: Descrever de forma sucinta as principaisatividades e processos, que ocorrem no estabelecimento e de comoestas tarefas são realizadas nos diversos setores de trabalho.

Sugestão de texto:

“A empresa, objeto deste PPRA, desenvolve atividades de Produção de Embalagens,

estando instalada em uma edificação do tipo Galpão industrial. No setor de estampariaestão localizadas as prensas e calandras que tem por finalidade a formação daembalagem, no setor de galvanoplastia estão localizados os tanques de galvanização

eletrolítica, etc...”

8 - CARACTERÍSTICAS DOS AMBIENTES DE TRABALHO: Fazer a

caracterização física dos ambientes de trabalho, conforme oquadro abaixo.

CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE DE TRABALHO

Setor Local Pé Paredes Piso Divisórias Tipo de Tipo deDireito Iluminação Ventilação

9 - DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS NOS SETORES DE

TRABALHO: Desenvolver planilha contendo a relação de setores,as funções dos trabalhadores, o quantitativo de empregados e descrição dasatividades realizadas, conforme modelo abaixo:

Page 17: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

SetorDescrição do Posto de Trabalho/ Funções Nº de Descrição das

Localização Existentes Empregados Atividades

10 - QUALIFICAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS: Informar o nome e o cargo dos

responsáveis pelo acompanhamento dos serviços nos diversos setores da empresa.

- Nome e Formação do profissional responsável pela visita decampo e levantamento das informações.- Nome e Formação do profissional responsável pelo SESMT,quando houver.

11 - DEFINIÇÃO DAS RESPONSABILIDADES:

DO EMPREGADOR: O empregador é o responsável por estabelecer,implementar e assegurar o cumprimento do PPRA/DA, comoatividade permanente da empresa”.Informar aos trabalhadores sobre os riscos ambientais e meiosdisponíveis de proteção.

DOS TRABALHADORES: Os trabalhadores têm como responsabilidadecolaborar e participar na implantação e execução do PPRA/DA.Seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentrodo PPRA/DA; e informar ao seu superior hierárquico direto asocorrências que, a seu julgamento, possam implicar em riscos àsaúde dos trabalhadores.

DO SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO –

SESMT: Assessorar as unidades do estabelecimento na efetivaimplantação do PPRA/DA e em todos os demais assuntosrelacionados com a Engenharia de Segurança do Trabalho eMedicina do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde eproteger a integridade física dos funcionários.

Page 18: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

Realizar anualmente junto com a administração doestabelecimento e com a CIPA a reavaliação do PPRA/DA.

12- INTEGRAÇÃO COM A CIPA: Os empregados terão participaçãoefetiva no programa, através dos seus representantes da CIPA queestiver em gestão, dando sugestões e informando a administraçãosobre condições que julgarem de risco.O documento base, suas alterações e complementações deverãoser apresentados e discutidos na CIPA, quando existente naempresa, de acordo com a NR-5, sendo uma cópia anexada aolivro de ata dessa comissão.

13 – DEFINIÇÕES:

HIGIENE OCUPACIONAL: É a ciência e arte dedicada à prevenção,reconhecimento, avaliação e controle dos riscos existentes ouoriginados nos locais de trabalho, os quais podem prejudicar asaúde e o bem estar das pessoas no trabalho, enquanto consideraos possíveis impactos sobre o meio ambiente em geral.

RISCOS AMBIENTAIS: Para efeito da NR – 9, item 9.1.5, que trata doPPRA/DA, são considerados riscos ambientais os agentes físicos,químicos e biológicos que, em função de sua natureza,concentração ou intensidade e tempo de exposição, forem capazesde causar dano a saúde do trabalhador.De acordo com a IN-99/2003, artigo n. 150, são consideradascondições especiais que prejudicam a saúde ou a integridadefísica, conforme aprovado pelo Decreto nº 3048, de 06 de maiode 1999, a exposição a agentes nocivos químicos, físicos oubiológicos ou a exposição à associação desses agentes, emconcentração ou intensidade e tempo de exposição queultrapasse os limites de tolerância ou que, dependendo doagente, torne a simples exposição em condição especialprejudicial à saúde.

O núcleo da hipótese de incidência tributária, objeto do direito àaposentadoria especial, é composto de:

I - nocividade, que no ambiente de trabalho é entendida comosituação combinada ou não de substâncias, energias e demais

Page 19: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

fatores de riscos reconhecidos, capazes de trazer ou ocasionardanos à saúde ou à integridade física do trabalhador;

II - permanência, assim entendida como o trabalho não ocasionalnem intermitente, durante quinze, vinte ou vinte cinco anos, noqual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou docooperado ao agente nocivo seja indissociável da produção dobem ou da prestação do serviço, em decorrência dasubordinação jurídica a qual se submete.

Para a apuração do disposto no inciso I, há que se considerar seo agente nocivo é:

a) apenas qualitativo, sendo a nocividade presumida eindependente de mensuração, constatada pela simples presençado agente no ambiente de trabalho, conforme constante nosAnexos 06, 13, 13-A e 14 da Norma Regulamentadora nº 15 (NR-15) do Ministério do Trabalho e Emprego-MTE e no Anexo IV doRPS, para os agentes iodo e níquel;

b) quantitativo, sendo a nocividade considerada pelaultrapassagem dos limites de tolerância ou doses, dispostos nosAnexos 01, 02, 03, 05, 08, 11 e 12 da NR-15 do MTE, por meioda mensuração da intensidade ou da concentração, consideradasno tempo efetivo da exposição no ambiente de trabalho.

O agente constante no Anexo 09 da NR-15 do MTE, poderá serconsiderado nocivo, mediante laudo de inspeção do ambiente detrabalho, baseado em investigação acurada sobre o caso concreto.

Quanto ao disposto no inciso II, não quebra a permanência oexercício de função de supervisão, controle ou comando em geralou outra atividade equivalente, desde que seja exclusivamenteem ambientes de trabalho cuja nocividade tenha sido constatada.

AGENTES FÍSICOS: São as diversas formas de energia a que possamestar expostos os trabalhadores. Devem ser considerados duranteas avaliações, os agentes físicos que se apresentam nas seguintesformas de energia: Ruído; Vibração; Pressões Anormais;Temperaturas Extremas; Radiações Ionizantes; Radiação NãoIonizantes; Infra-som e Ultra-som.

Page 20: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

AGENTES QUÍMICOS: São substâncias, compostas ou produtos quepossam penetrar no organismo pela via respiratória, ou pelanatureza da atividade de exposição possam ter contato através dapele ou serem absorvidos pelo organismo por ingestão, conformeabaixo: Poeiras; Fumos; Névoas; Neblina; Gases e Vapores. Parafins de reconhecimento como atividade especial, em razão daexposição a agentes químicos, considerado o RPS vigente à épocados períodos laborados, a avaliação deverá contemplar todasaquelas substâncias existentes no processo produtivo.

AGENTES BIOLÓGICOS: São os seguintes os agentes biológicos, quese apresentam nas formas de microrganismos e parasitasinfecciosos vivos e suas toxinas, tais como: Bactérias; Fungos;Bacilos; Parasitas; Protozoários e Vírus, entre outros.

ASSOCIAÇÃO DE AGENTES: O reconhecimento de atividade comoespecial, em razão de associação de agentes, será determinadopela exposição aos agentes combinados exclusivamente nastarefas especificadas, devendo ser analisado considerando os itensdos Anexos dos Regulamentos da Previdência Social, vigentes àépoca dos períodos laborados.

CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE RISCO: Para efeito deste trabalho,adotamos as seguintes definições para os graus de riscos, quepodem ser classificados em cinco níveis conforme a sua categoria:

GRAU

DE

RISCO

0

1

2

CATEGORIA SIGNIFICADO

Fatores do ambiente ou elementos materiais que não

Insignificante constituem nenhum incômodo e nem risco para a saúde ou

integridade física.

Fatores do ambiente ou elementos materiais que constituem

Baixo um incômodo sem ser uma fonte de risco para a saúde ou

integridade física.

Fatores do ambiente ou elementos materiais que constituem

Moderado um incômodo podendo ser de baixo risco para a saúde ou

integridade física.

Page 21: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

Fatores do ambiente ou elementos materiais que constituem

3 Alto ou Sério um risco para a saúde e integridade física do trabalhador, cujos valores ou importâncias estão notavelmente próximosdos limites regulamentares.

Muito Alto ou Fatores do ambiente ou elementos materiais que constituem

4 um risco para a saúde e integridade física do trabalhador, Crítico

com uma probabilidade de acidente ou doença, elevada.

14 – ESTRATÉGIAS E METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO: A estratégia e

respectiva forma de atuação deverão ser desenvolvidas por meiode reuniões de planejamento, confrontação de relatos e dosdados de avaliações ambientais.

Na metodologia de avaliação dos agentes ambientais, quandonecessárias, deverão ser utilizadas as normas da Fundacentro eda ABNT usadas em Higiene do Trabalho, relacionadas no finaldeste documento.

A priorização de avaliações quantitativas para os contaminantesatmosféricos e agentes físicos do ponto de vista do Programa dePrevenção de Risco Ambientais podem ser definidas conforme atabela abaixo, partindo-se sempre do nível do Grau de Riscoidentificado para a definição da prioridade das avaliaçõesquantitativas a serem realizadas.

PRIORIZAÇÃO DE AVALIAÇÕES QUANTITATIVAS PARA OPPRA

GRAU

DE

PRIORIDADERISCO

0 e 1 Baixa

2 Média

DESCRIÇÃO

Não é necessária a realização de avaliações quantitativas das

exposições

A avaliação quantitativa pode ser necessária porém não é

prioritária. Será prioritária somente se for necessário para

verificar a eficácia das medidas de controle e demonstrar que

os riscos estão controlados

Page 22: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

3 Alta

Baixa

4

Alta

Avaliação quantitativa prioritária para estimar as exposições e

verificar a necessidade ou não de melhorar ou implantar

medidas de controle

Avaliação quantitativa não é prioritária, não é necessária a

realização de avaliações quantitativas para se demonstrar

a exposição excessiva e a necessidade de implantar ou

melhorar as medidas de controle

A avaliação quantitativa somente será prioritária para o grau

de risco 4 quando for relevante para planejamento das

medidas de controle a serem adotadas ou para registro da

exposição

15 - ESTRUTURA DO PPRA: O PPRA/DA descrito nesse DocumentoBase contém os aspectos estruturais do programa, tais como: Oplanejamento anual com o estabelecimento das metas a seremcumpridas e com os prazos para a sua implantação; a estratégia e ametodologia de ação; a forma de registro; manutenção e divulgaçãodos dados bem como a periodicidade e forma de avaliação do seudesenvolvimento.

16 - DESENVOLVIMENTO DO PPRA: O PPRA/DA foi elaborado com baseno desenvolvimento das etapas que seguem um programa deHigiene Ocupacional, que consiste em antecipação,reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscosambientais existentes no ambiente de trabalho.A amplitude e a complexidade do PPRA/DA, dependerá daidentificação dos riscos ambientais encontrados na fase daantecipação ou do reconhecimento. Caso não sejam identificadosriscos ambientais, o PPRA/DA se resumirá a fase de antecipaçãodos riscos, registro e divulgação dos dados encontrados.

17 - ANTECIPAÇÃO, RECONHECIMENTO E AVALIAÇÃO DOS RISCOS

AMBIENTAIS:

ANTECIPAÇÃO: Esta etapa envolve a análise de novos projetos,instalações, produtos, métodos ou processos de trabalho ou demodificação das já existentes.O objetivo é a identificação dos riscos potenciais e a introduçãodas medidas de controle necessárias, antecipando-se aexposição ao risco ambiental.

Page 23: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

RECONHECIMENTO: Esta etapa envolve a identificação qualitativa e aexplicitação, dos riscos existentes nos ambientes de trabalho. Asinformações necessárias nesta etapa são:A determinação e localização das possíveis fontes geradoras,trajetórias e meios de propagação, caracterização das atividadese do tipo de exposição, identificação das funções e determinaçãodo número de trabalhadores expostos ao risco.

A obtenção de dados existentes na empresa, indicativos depossível comprometimento da saúde decorrentes do trabalho,possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificadosdisponíveis na literatura técnica.

A descrição das medidas de controle já existentes na empresa edas possíveis alterações para aumentar a sua eficiência naredução ou eliminação dos riscos ambientais e informaçõesobtidas nos seguintes documentos:

- Mapas de Riscos Ambientais. - Levantamentos de Riscos nosPostos de Trabalho.

- Análise Preliminar de Riscos – APR.Nota: “NR-9, item 9.1.2.1 – Quando não forem identificados riscosambientais nas fases de antecipação ou reconhecimento, descritasno item 9.3.2 e 9.3.3, o PPRA poderá resumir-se às etapasprevistas nas alíneas “a” ( antecipação e reconhecimento dosriscos) e “f” ( registro e divulgação dos dados) do sub-item 9.3.1.Informar a concentração, intensidade e tempo de exposiçãoconforme o caso aos agentes nocivos. Em se tratando deagentes químicos, deverá ser informado o nome da substânciaativa, não sendo aceitas citações de nomes comerciais, devendoser anexada a respectiva ficha toxicológica.

Orientações Gerais para a Elaboração de PPRA - Parte 2

Page 24: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

EXEMPLOS DE EFEITOS À SAÚDE DOS TRABALHADORES ORIUNDOS DOS

RISCOS AMBIENTAIS:

- RISCOS FÍSICOS

Agente Efeito Observação

Taquicardia, aumento da pulsação,cansaço, irritação, prostação térmica,pertubações das funções digestivas,

Calor hipertensão, podemndo ocorrervasodilatação sangüínea, sudorese edistúrbio nos mecanismos circulatório,nervoso e termo-regulação.

Cansaço, irritação, dores de cabeça,aumento da pressão arterial, problemas do

Ruídoaparelho digestivo, taquicardia, perigo deinfarto, surdez temporária, perda auditivapermanente, ações sobre o sistema nervosocardiovascular e alterações endócrinas.

OBS: O processo de solda a arco com eletrodo

metálico coberto cobre o espectro que vai da faixaQueimaduras, lesões nos olhos, na pele eem outros órgãos. No processo de IV-C de comprimento de onda ate a faixa UV-C.

Radição soldagem, pode ocorrer dores fortes após 5 Não há evidencias de danos aos olhos causadosnão a 6 horas de exposição ao arco e esta por raios IV provenientes das soldagens a arco. AIonizane condição desaparece em 24 horas. Eritema condição aguda conhecida como “olho de arco”,

da pela ou envermelhamento pode ser “areia no olho”, “queimadura por luz” é causada

provocado pela exposição a UV-C e UV-B. pela exposição à radiação na faixa UV-B.

Radiação Alterações Celulares, câncer, fadiga,

Ionizante problemas visuais.

Hipotermia, câimbras, choque térmico, faltaFrio

de coordenação.

Cansaço, irritação, dores nos membros, dores na coluna, doença do movimento,

Vibrações artrite, problemas digestivos, lesões ósseas, lesões dos tecidos moles, lesõescirculatórias.

- RISCOS QUÍMICOS:

Agente Efeito

Acetona

Por contato: Em contato com a pele pode causar irritação e até

dermatites, caso este contato seja prolongado. Acetona líquida

é moderadamente irritante aos olhos.

Por inalação: A inalação do produto em baixas concentrações não

causa efeitos, porém em altas concentrações pode provocar

irritação do trato respiratório superior, dores de cabeça, desmaio,

Page 25: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

tonturas, náuseas e vômito. Quando inalados vapores em

concentrações extremamente elevados pode ocasionar colapso,

coma e morte.

Por contato: O contato com ácido acético glacial pode provocar a

destruição dos tecidos e sérias queimaduras. O contato do

líquido com os olhos pode causar sérios danos; culminando em

Ácido Acético perda total da visão. Pode causar, ainda, erosão no esmalte dos

dentes.

Por inalação: Exposição contínua a altas concentrações de vapor

do ácido pode produzir irritação no trato respiratório.

Por contato: Contato com os olhos pode causar distúrbio visual

Ácido Bóricoe conjuntivite.

Por ingestão: No caso de ingestão, pode causar náusea, vômito,

dores abdominais, colapso circulatório e convulsão.

Por contato: Leve irritação da pele em baixas concentrações

Ácido Cítricopodendo gerar queimaduras quando em altas concentrações.

Por inalação: Pode causar irritação temporária do nariz e da

garganta.

Por contato: O contato direto com os olhos pode causar severa

irritação, podendo ocasionar lesões permanentes e perda total da

visão. Soluções concentradas podem ocasionar graves

queimaduras na pele e soluções diluídas podem levar ao

Ácido Clorídrico desenvolvimento de dermatites.

Por inalação: Os vapores são extremamente irritantes para o

trato respiratório, podendo causar laringite, bronquite, edema da

glote, edema pulmonar e morte. Os dentes podem tornar-se

amarelados, amolecidos, desgastando-se e podendo quebrar.

Por contato: O ácido concentrado e suas névoas produzem

queimaduras nos tecidos do organismo com os quais entra em

contato, principalmente pele, olhos e mucosas.

Ácido Nítrico Por inalação: Produz irritação intensa nas mucosas do trato

respiratório superior. A irritação pode atingir o tecido pulmonar

quando a concentração é muito elevada e o trabalhador não pode

se afastar do local. A inalação de óxidos nitrosos, originados da

reação do ácido com outras substâncias, produz irritação direta

Page 26: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

sobre os pulmões, através de reação lenta (4 a 30 horas) com

possível produção de edema pulmonar de grave risco, ou mesmo

fatal.

Por contato: O contato repetido de soluções diluídas do ácido

com a pele pode originar dermatoses irritativas; ulceração e

destruição dos tecidos com soluções concentradas. O contato

nos olhos com o líquido pode produzir conjuntivite, lesões na

Ácido Sulfúricocórnea e cegueira.

Por inalação: A exposição a vapores do ácido pode provocar

irritação imediata nas mucosas (nariz, garganta, olhos),

dificuldade para respirar, edema agudo dos pulmões, edema da

laringe e morte. A corrosão dos dentes é observada

freqüentemente.

Por contato: O contato com a pele e olhos pode causar irritação

grave e possivelmente queimaduras químicas. Os vapores em

Anidrido Acético contato com os olhos podem gerar lacrimejamento.

Por inalação: A inalação dos vapores pode causar irritação do

trato respiratório e dificuldade de respirar.

Por contato: O contato com a pele e olhos provoca irritação,

podendo ainda gerar dermatites e danos à córnea,

Clorofórmio

respectivamente. É considerado carcinógeno animal pela

American Conferebce of Governamental Industrial Hygienists.

Por inalação: A inalação pode causar irritação e até narcose.

Pode ser facilmente absorvido pela pele.

Por contato: O contato prolongado com a pele provoca irritação.

Etanol Por inalação: Exposição excessiva pode irritar os olhos, nariz,

garganta e pulmão.

Por contato: Os vapores podem ser irritantes aos olhos e o líquido

pode provocar queimadura da córnea. Com a pele pode causar

Éter Etílico irritação após prolongado contato.

Por inalação: Pode irritar o nariz e garganta e causar dor de

cabeça, desmaios e coma.

Fenol Por contato: Soluções de fenol têm forte ação corrosiva porcontato com qualquer tecido. O contato com a pele intacta pode

Page 27: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

provocar desde uma eritema até necrose e gangrena dos tecidos,

dependendo do tempo de contato e da concentração das

soluções. O contato com os olhos pode provocar inchaço da

conjuntiva; a córnea tornar-se branca e muito dolorida, podendo

ocorrer perda da visão.

Por inalação: O fenol em forma de vapor é irritante das

membranas mucosas provocando dispnéia e tosse. A absorção

sistêmica provoca danos ao fígado, rins e ao sistema nervoso

central.

Por Inalação: Em baixas concentrações provoca leve irritação do

Metil Etil Cetona

nariz e garganta, em altas concentrações pode provocar

depressão do Sistema Nervoso Central, dor de cabeça e náusea.

Por contato: Pode provocar irritação moderada a pele.

Por inalação: A inalação dos fumos pode provocar irritação da

Óxido de Zinco garganta, náusea, vômito e doenças no pulmão.

Por contato: Apresenta baixo potencial de irritação.

Álcool EtílicoEm contato com os olhos e trato respiratório, causa irritação, dor

de cabeça. Confusão mental, fadiga, tremor e náusea.

O contato com a pele pode causar irritação e queimaduras. Se

Amônia inalados, os vapores podem produzir dificuldade respiratória e

até morte por sufocamento.

As poeiras podem ser muito irritantes para o nariz e a garganta

quando inaladas. Reagem com alguns produtos resultando em

Cianeto de Potássio/ vapores de ácido cianídrico (HCN), que em altas concentrações

Cobre podem causar morte em minutos ou horas. Em contato com a

pele é irritante. Já com os olhos, pode produzir os mesmos efeitos

da inalação.

A inalação se dá por poeiras muito finas e sobretudo de fumos. A

absorção cutânea é mínima, mas possível em casos de lesão na

pele. A ingestão se dá devido a bebidas ou alimentos

Chumbo contaminados.

A intoxicação por chumbo é conhecida pelo nome de saturnismo

é do tipo crônica. Acumula-se no fígado, baço, rins, coração,

pulmões, cérebro, músculos e sistema esquelético, sendo que

Page 28: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

suas principais ações deletérias se manifestam sobre o sistema

hematopoético, nervoso, renal, gastrointestinal e reprodutor.

A inalação de poeira e fumos de estanho produz um tipo de

Estanho pneumoconiose chamada de Estanhose, sendo esta considerada

benigna, não chegando a ser uma doença pulmonar.

Irritante para nariz, garganta e pulmões, podendo provocar

Hidróxido decorrosão natural, tosse e desconforto. Em contato com a pele e

olhos é capaz de produzir queimaduras extremas com ulceração.Potássio

Pode ser classificado como causador de câncer de esôfago em

indivíduos que tenham inalado o produto.

O contato com a pele causa lesões com ulcerações profundas.

Em contato com os olhos pode causar danos permanentes,

inclusive a cegueira. Os efeitos da inalação podem variar desde

Hidróxido de Sódio uma irritação nas mucosas do sistema respiratório até uma

pneumonia grave. A ingestão causa severas queimaduras nas

mucosas da boca, garganta, esôfago e estômago. Pode levar a

lesões graves e irreversíveis chegando inclusive a ser fatal.

Óleo Lubrificante/ de

Corte (graxa,Quando inalados podem causar irritação das vias respiratóriasquerosene,

óleo diesel,

superiores. Em contato constante com a pele pode causar

dermatites.

óleo lubrificante e

desengraxante)

Em contato com os olhos produz irritação. Quando inalados, os

vapores causam náusea, dor de cabeça, perda de apetite.

PercloroetilenoProduzem queimaduras em contato com a pele. Em latas

concentrações (1000ppm) atingem o sistema nervoso central

causando confusão, perda de memória, tremedeira e perda de

visão.

As poeiras incômodas quando inaladas em grande quantidade

Poeiras incômodaspossuem um longo histórico de pequenos efeitos adversos no

pulmão. São consideradas poeiras inertes sob o ponto de vista

biológico.

Tolueno Causa irritação nos olhos, pele e vias respiratórias superiores.Exposição crônica pode causar fadiga, perda de apetite e de

Page 29: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

peso, insônia e irritação. Exposição aguda pode causar dor de

cabeça, sonolência, fraqueza muscular, náuseas e dilatação da

pupila.

Metal e composto

de Cromo incluindo Irritação; dermatite

fumos

Ferro (fumos) Pneumoconiose

Manganês elementar

e compostos SNC (manganismo); Pulmões

inorgânicos com Mn

Níquel Dermatite; Pneumoconiose; Rins

Aspectos Toxicológicos: O manuseio e o trabalho com produtos químicosrequerem o conhecimento das propriedades físico-químicas etoxicológicas destas substâncias, de forma a identificar os riscosaos quais os trabalhadores estão expostos.Neste item, deve-sedescrever de forma simples e resumida, os principais aspectostoxicológicos das substâncias utilizadas que possuem indicativos depossível comprometimento da saúde decorrente do trabalho.

Convém ressaltar, que o objetivo aqui é mencionar, de formageneralizada e superficial, as principais ocorrências em função daexposição aos agentes químicos. Um estudo mais elaborado edetalhado a respeito dos efeitos toxicológicos de cada substânciapode ser Exemplo de planilha para Reconhecimento dos Riscos:Setor:Nome do informante: Função:

Funções Nº deTipo/

Limite deLoca Risc Intensidade/Concentraçã Tempo deExposta Empregado Tolerânci

l o s s o Exposiçã ao

Page 30: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

AVALIAÇÃO DOS RISCOS: Envolve o monitoramento dos riscosambientais para a determinação da intensidade dos agentes físicosa concentração dos agentes químicos, visando o dimensionamentoda exposição dos trabalhadores.A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre quenecessária para comprovar o controle da exposição ou ainexistência dos riscos identificados na etapa de reconhecimento,dimensionar a exposição dos trabalhadores e subsidiar oequacionamento das medidas de controle.

A avaliação deverá considerar as seguintes atividades: a - Definire planejar a estratégia de quantificação dos riscos, baseando-senos dados e informações coletados na etapa anterior;

b - Quantificar a concentração ou intensidade através deequipamentos e instrumentos compatíveis aos riscosidentificados e utilizando-se de técnicas indicadas a seguir;

c - Verificar se os valores encontrados estão em conformidadecom os Limites de Tolerância estabelecidos e o tempo deexposição dos trabalhadores;

d - Verificar se as medidas de controle implantadas sãoeficientes. Nesta fase de avaliação, é primordial caracterizar,através de metodologias técnicas, à exposição de trabalhadoresa agentes de risco, considerando-se os Limites de Tolerância e otempo de exposição.

Deverá ser transcrita a conclusão quanto à caracterização dedano à saúde do trabalhador.

Agente Físico Ruído: Devem ser identificados os grupos detrabalhadores que apresentem iguais características de exposição,ou seja os grupos homogêneos de risco GHR. As avaliações devemser realizadas cobrindo um ou mais trabalhadores cuja situaçãocorrespondia à exposição típica de cada grupo considerado.

Page 31: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

Exemplo de Texto:

A fim de avaliar a efetiva exposição dos trabalhadores ao agente físico ruído, foram

realizadas dosimetrias durante a jornada de trabalho utilizando dosímetro digital

Instrutherm, modelo DOS-450, previamente calibrado, operando em circuito de

compensação “A”, e circuito de resposta lenta “SLOW”, com leitura próxima ao ouvido

do empregado, considerando períodos de exposição a ruídos contínuos, de diferentes

níveis.

O nível de pressão sonora equivalente (Leq), para período de 8 horas de trabalho

calculado de acordo com as instruções do dosímetro, será o mesmo que Level

Average (Lavg) utilizando os seguintes parâmetros: Limite de 85 dB(A) e fator

duplicativo de dose (q = 3), de acordo com o Decreto Presidencial n.º 4.882 de 18 de

Novembro de 2003 e a metodologia e os procedimentos de avaliação estabelecidos

pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho –

FUNDACENTRO, na Norma de Higiene Ocupacional – NHO 01 – Avaliação da

Exposição Ocupacional ao Ruído.

O Uso do Decibelímetro: Mesmo não tendo sido identificado nas etapasde antecipação e reconhecimento, a presença de nenhum agentenocivo, previsto na legislação previdenciária, foi realizado aavaliação do agente físico ruído conforme abaixo:

Foram identificados os grupos de trabalhadores queapresentavam iguais características de exposição, ou seja osgrupos homogêneos de risco – GHR.

As avaliações foram realizadas cobrindo um ou maistrabalhadores cuja situação correspondia à exposição típica decada grupo considerado.

O nível de pressão sonora médio foi obtido através de utilizaçãode medidor de leitura instantânea, decibelímetro, que avaliou aexposição ao ruído contínuo ou intermitente estando ajustado deforma a operar no circuito de ponderação “A” e circuito deresposta lenta (slow).

Exemplo de planilha para avaliação do agente físico Ruído:

Nível de Ruído Tipo de Ruído Limite de Medidas de Controle

Setor Local dB(A) Tempo de Contínuo/ Impacto Tolerância ExistentesExposição Intermitente dB(A)

Page 32: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

Informar quais foram os métodos, técnicas, aparelhagens eequipamentos utilizados para a elaboração do PPRA/DA.Exemplo:

Equipamento:Decibelímetro Digital Modelo: DEC-430Marca: INSTRUTERMEscala: 35 a 100 Db

Agente Físico Calor: As avaliações de calor devem ser realizadasseguindo os procedimentos descritos na Norma de HigieneOcupacional - NHO 06 para avaliação da exposição ocupacional aocalor da Fundacentro e os parâmetros estabelecidos pelo Anexo 3,limites de tolerância para exposição ao calor, da NormaRegulamentadora 15 do MTE.

Exemplo: Foi utilizado para as avaliações de calor, um conjuntode 3 sondas sendo um Termômetro de Globo, um Termômetro deBulbo Seco e um Termômetro de Bulbo Úmido.

Exemplo de Planilha para avaliação do Agente Físico Calor:

Causa / Fonte Geradora Tipo de N.° Trab. Avaliação Medidas deExposição Expostos Quantitativa Controle Existentes

Informar quais foram os métodos, técnicas, aparelhagens e equipamentos utilizados para a elaboração do PPRA.Exemplo: Modelo:TGD-200

Page 33: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

Marca: INSTRUTHERM

Agente Químico: Devem ser identificados os grupos de trabalhadoresque apresentem iguais características de exposição, ou seja osgrupos homogêneos de risco GHR. As avaliações devem serrealizadas cobrindo um ou mais trabalhadores cuja situaçãocorrespondia à exposição típica de cada grupo considerado.Descrever o método utilizado para coleta das amostras.

Exemplo:O método de coleta utilizado, foi através de um amostradorgravimétrico individual junto à zona de respiração do operador,utilizando cassete duplo com ciclone M.S.A.A bomba de amostragem foi afixada na cintura do trabalhador,através de um cinto, em posição que não atrapalhou a suaoperação rotineira. O engenheiro responsável pela coletaacompanhou, durante toda a avaliação, o funcionamento dabomba.

Exemplo de Planilha para avaliação de Agentes Químicos:

Causa / Fonte Geradora Tipo de N.° Trab. Avaliação Medidas deExposição Expostos Quantitativa Controle Existente

Registrar o tipo de instrumental utilizado, marca, modelo ecalibragem, caso não exista o agente registrar comentáriopertinente.

Quando não for necessária a realização das Avaliações Químicaspoderá ser utilizado o seguinte texto:

Tendo por base os quadros desenvolvidos pela American Industrial

Hygiene Association – AIHA, os agentes químicos que eventualmentepodem estar presentes nos locais de trabalho mas que de acordocom a sua freqüência e natureza não constituem nenhum

Page 34: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

incômodo e nem risco para a saúde ou integridade física dotrabalhador, sendo assim, não foi necessária a realização deavaliações quantitativas das exposições.

Agente Biológico: O reconhecimento como atividade especial, em razãoda exposição a agentes biológicos de natureza infecto-contagiosa eem conformidade com o período de atividade, será determinadopela efetiva exposição do trabalhador aos agentes citados nosdecretos respectivos.

Exemplo de Planilha para avaliação de Agentes Biológicos:

Local Causa/Fonte Geradora Tipo de N.° de Trabalhadores

Exposição Expostos

Medidas de

Controle Existente

Informar os prováveis agentes e riscos e respectivas avaliaçõesde acordo com os Quadros I e II e Anexo I da NR-7 e/ou previstosno Anexo 14 da NR-15.

Caso não exista agente registrar o comentário pertinente.

18 – TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO DOS AGENTES:

TÉCNICA DA MEDIÇÃOOBJETO DA

APLICAÇÃOMEDIÇÃO

Medir a

Máquina

Avaliação do efeito que tem uma

Intensidade/Concentração da máquina ou processo no ambiente de

Fonte trabalho

Medições Ambientais Ambientes Avaliação do ambiente geral

Medição da Exposição PessoasAvaliação da exposição das pessoas

em seu posto de trabalho individual

Page 35: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

RUÍDO: A dose e o nível de pressão sonora médio (Lavg) deverão serobtidos através de utilização de audiodosímetro, ou dedecibelímetro que deverão receber os seguintes ajustes:

- Curva de compensação "A".- Exposição tipo contínua de 5 dB(A) ou 3 dB(A) de relaçãoamplitude/dobro de tempo (q).- Contagem da dose a partir de 80 db(A) ou 82 db(A).- Dose de 100% para 8 h de exposição a 85 dB(A).

O empregado portador do audiodosímetro deverá seracompanhado durante todo o tempo, não podendo desviar-se desua rotina de trabalho.

A seleção do ponto de medição e a localização do objeto demedida são regidas pelo objetivo que tenha a medição de ruído.

As medições da exposição deverão ser feitas próxima da orelhado trabalhador a uma distância de 5 a 10 cms.

Exemplo de Medição:MEDIÇÃO VARREDURA AVALIAÇÃO CONTROLE

Complementar a Gravação ou medição

varredura com análise de por leitura direta do sinal

freqüência. É conveniente através de um

Medição do nível degravar o sinal de medição. microfone.

Apenas devem ser Nível de pressão sonoraruído ou do nível de

Emissão efetuadas medições de do sinal de freqüênciaruído equivalente em

diferentes situações acordo com as normas analisada. Requisitos

reconhecidas e locais a específicos parade ruído.medir devem cumprir com medição em ambientes

certos requisitos. e aparelhos de medição

Medição do nível de Realizar uma supervisão De acordo com o

ruído em pontos de sistemática dos níveis de método indicado para a

Ambiente medição ruído em pontos de medição do ambiente de

selecionados medição selecionados. trabalho.

De ruído equivalente Realizar medições de De acordo com a

Exposiçãono ambiente normal acordo com as instruções medição da exposiçãode trabalho. de trabalho do PPRA. do avaliado

Page 36: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos
Page 37: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

Fazer uma estimativa

aproximada dos

tempos de exposição.

AGENTES QUÍMICOS: Deverão ser avaliados, onde existirem, osagentes químicos podendo ser utilizados monitores de difusãopassiva ou métodos de amostragem instantânea para avaliação decampo dos empregados.O empregado portador do monitor deverá ser acompanhadodurante todo o tempo, não podendo desviar-se de sua rotina detrabalho.

A metodologia e tempo de amostragem deverão seguir asNormas da FUNDACENTRO, NIOSH e/ou ACGIH.

Após amostragem, os monitores deverão ser avaliados porlaboratórios reconhecidos nacional ou internacionalmente.

Não é recomendado a utilização de tubos colorimétricos paraavaliação dos agentes.

Exemplo de Medição:

MEDIÇÃO VARREDURA AVALIAÇÃOCONTROLE

Realizar medições por

métodos de leitura Depois de criar a estratégia, Fazer revisões das

direta numa fonte de realizar medições mais medições

Emissão emissão bem definida. precisas utilizando métodos regularmente. OsSe houver outros de leitura direta/indireta. valores de

contaminantes Identificar e se possível concentração

ambientais selecionar quantificar as substâncias relativos são muitas

uma substância como mais importantes. vezes insuficientes.

indicador.

Utilizar métodos de Utilizar método de leitura Utilizar métodos de

Ambiente

leitura direta e tomar direta/indireta e tomar leitura direta. Realizar

amostras em alguns amostras em alguns postos medições a intervalos

postos representativos. de trabalho. Realizar regulares em algunsmedições sobre diferentes lugares

condições de produção. representativos.

Page 38: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

Utilização de

instrumentos de leitura

direta ou um método

Exposição indireto de

medida.Eleger

uma substância

como indicador.

Depois de criar uma

estratégia, realizar umaRealizar mediçõesmedição completa daperiódicas de uma ouexposição. Utilização demais substânciasequipamento deusadas comoamostragem pessoal.

indicador.Determinar qualitativamente

e quantitativamente as

substâncias mais

importantes.

A avaliação dos agentes deverá considerar as atividadesnecessárias para quantificar a concentração ou intensidadeatravés de equipamentos e instrumentos compatíveis aos riscosidentificados, utilizando-se de técnicas apropriadas.

Nesta etapa é primordial caracterizar, através de metodologiastécnicas, à exposição de trabalhadores a agentes de risco,considerando-se os Limites de Tolerância e o tempo deexposição, registrando se sempre o tipo de instrumental utilizado,marca, modelo e calibragem.

A dose e o nível de pressão sonora médio (Lavg) deverão serobtidos através de utilização de audiodosímetro, ou dedecibelímetro.

O empregado portador do audiodosímetro deverá seracompanhado durante todo o tempo, não podendo desviar-se desua rotina de trabalho.

Os Agentes químicos deverão ser avaliados, através demonitores de difusão passiva ou métodos de amostrageminstantânea para avaliação de campo dos empregados.

O empregado portador do monitor deverá ser acompanhadodurante todo o tempo, não podendo desviar-se de sua rotina detrabalho. A metodologia e tempo de amostragem deverão seguiras Normas da FUNDACENTRO, NIOSH e/ou ACGIH.

Após amostragem, os monitores deverão ser avaliados porlaboratórios reconhecidos nacional ou internacionalmente. Não é

Page 39: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

recomendado a utilização de tubos colorimétricos para avaliaçãodos agentes.

Page 40: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

Quadro de Metodologia de Avaliação por Tipo de Agente e Equipamentos a serem utilizados:

Agente NR –15 Metodologia Equipamentos

RuídoAnexo 1 NHO 01 da Medidor de Pressão Sonora,

e 2 Fundacentro Dosímetros, Filtros de Banda de Oitava

NHO - 06Árvore de Termômetros, Stress térmico

Calor Anexo 3 Fundacentro IBUTG – eletrônicoISO 7.243

NHO 05 -Dosímetros de bolso, filmes, canetas,

Radiação Anexo 5Fundacentro (Raio X)

Contador Geiger Muller, Cintiladores e

Ionizante CNEN-NE 3.01/88 Câmaras de Ionização(demais casos)

ISO 2.631 – Corpo

Anexo 8Inteiro Medidor de Vibração com Analisador

Vibração ISO 5.349 – Mãos e de freqüência e acelerômetros

Braços

Anexo 9Artigo 253 da C.L.T

Termômetro e anemômetroFrioACGIH

NHO 02 –

Fundacentro

NHO 03 –Tubos passivos, badges, tubos

AgentesFundacentro

colorímetricos, dosímetros passivos,Anexo

Químicos NHO 04 – bombas de fole ou pistão, bomba de11

Gases e Fundacentro amostragem de baixa vazão, tubos de

VaporesNHO 07 –

carvão e sílica, porta tubos e Impingers

Fundacentro

Métodos da NIOSH

Anexo NIOSH: 7.400; 7.402;Bombas de amostragem + cassete

Asbestocondutivo + filtro de Ester de Celulose

12 9.000; 9.002; + calibrador

Page 41: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

Manganês e AnexoNIOSH 7.300

Bomba de amostragem + cassete +

seus 12 filtro + Calibradorcompostos

MHA 01 D -Bomba de amostragem + cassete +

Anexo Fundacentro NIOSH:Sílica livre

filtro PVC + Ciclone (ou não) +12 7.501; 7.500; 7.601;

Calibrador7.602; 7.603;

Anexo Instrução Normativa Bomba de amostragem

Benzeno 13-A M.T.E n.1 de 20/12/95 Instrumentos de leitura Direta

PoeirasNHO 02 –

Bomba de amostragem + cassete +

ACGIH Fundacentro NIOSH: filtro + ciclone + calibradorMinerais 7.500

Fumos e Anexos NIOSH 7.300Bomba de amostragem + cassete +

filtro Éster de celulose + Ciclone (ouPartículas11 e 12 OSHA ID – 125 não) + Calibradormetálicas

Qualitativa: Inspeção

no local;

AgentesAnexo

Quatitativa: Conforme método escolhido14Biológicos Sedimentação;

Filtração; Borbulhação

e Impactação

Orientações Gerais para a Elaboração de PPRA - Parte 3

19 - CONTROLE DOS RISCOS AMBIENTAIS: Envolve a adoção de medidas

necessárias e suficientes para a eliminação ou redução dosriscos ambientais.

As medidas preventivas serão obrigatórias sempre que for atingidoo nível de ação, incluindo o monitoramento periódico, informaçãoaos trabalhadores e o controle médico. O PPRA/DA será deabrangência e profundidade gradual às características dos riscos edas necessidades de controle, sendo que nos locais onde não

Page 42: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

sejam identificados riscos, se limitará ao registro e divulgação dosdados coletados em campo. Quando detectada alguma exposição

Page 43: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

à saúde dos empregados, será comunicado ao Médico doTrabalho coordenador do PCMSO, para as devidas providências.Da mesma forma, toda vez que houver suspeita médica comrelação à exposição ambiental, o Médico do Trabalhoresponsável pelo PCMSO, acionará o técnico responsável peloPPRA, para as avaliações e sugestões de controles necessáriosà eliminação, redução a níveis toleráveis de exposição e/ouaplicação de medidas de proteção aos empregados.

Deverão ainda serem propostas medidas necessárias e suficientespara a eliminação, minimização ou controle dos riscos ambientaissempre que for verificada uma ou mais das seguintes situações:

- Riscos potenciais na fase de antecipação

- Quando forem constatados riscos evidentes a saúde na fase dereconhecimento,

- Quando os resultados das avaliações quantitativas foremsuperiores aos valores limites previstos na NR-15 ou na ACGIH(American Conference of Governmental Industrial Hygienists).

- Quando, após a avaliação quantitativa dos agentes, forconstatada exposição acima dos Níveis de ação, quais sejam:para agentes químicos, metade dos Limites de Tolerância; pararuído, a dose de 0,5.

- Finalmente quando, através do controle médico da saúde, ficarcaracterizado o nexo causal entre danos observados na saúde dostrabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam expostos.

As medidas de controle a serem implantadas obedecerão a seguinte ordem hierárquica:

1 - Medidas de controle coletivo;

2 - Medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho;e3 - Utilização de EPI.

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As medidas de controle deverão ser previstas no Plano de Açãoconstante do PPRA/DA, após consenso com o responsável dainstalação.

Seguem alguns exemplos de medidas de controle a seremconsideradas:

- Substituição do agente agressivo;

- Mudança ou alteração do processo ou operação;

- Enclausuramento da fonte;

- Segregação do processo ou operação;

- Modificação de projetos;

- Limitação do tempo de exposição;

- Utilização de equipamento de proteção individual;

- Outras.

20 - EXISTENCIA E APLICAÇÃO EFETIVA DE E.P.I.:

Informar a existência e aplicação efetiva de E.P.I a partir de 14 dedezembro de 1998, ou Equipamento de Proteção Coletiva (EPC),a partir de 14 de outubro de 1996, que neutralizem ou atenuemos efeitos da nocividade dos agentes em relação aos limites detolerância estabelecidos, devendo constar também:

- Se a utilização do EPC ou do EPI reduzir a nocividade doagente nocivo de modo a atenuar ou a neutralizar seus efeitosem relação aos limites de tolerância legais estabelecidos;

- As especificações a respeito dos EPC e dos EPI utilizados,listando os Certificados de Aprovação (CA) e, respectivamente,os prazos de validade, a periodicidade das trocas e o controle defornecimento aos trabalhadores;

- A Perícia médica poderá exigir a apresentação do monitoramento

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biológico do segurado quando houver dúvidas quanto a realeficiência da proteção individual do trabalhador;

A simples informação da existência de EPI ou de EPC, por si só,não descaracteriza o enquadramento da atividade. No caso deindicação de uso de EPI, deve ser analisada também a efetivautilização dos mesmos durante toda a jornada de trabalho, bemcomo, analisadas as condições de conservação, higienizaçãoperiódica e substituições a tempos regulares, na dependência davida útil dos mesmos, cabendo a empresa explicitar essasinformações no PPRA e no PPP.

Não caberá o enquadramento da atividade como especial se,independentemente da data de emissão, constar de LaudoTécnico, e a perícia do INSS acatar, que o uso do EPI ou de EPCatenua, reduz, neutraliza ou confere proteção eficaz aotrabalhador em relação a nocividade do agente, reduzindo seusefeitos a limites legais de tolerância.

Não haverá reconhecimento de atividade especial nos períodosem que houve a utilização de EPI, nas condições mencionadasno parágrafo anterior, ainda que a exigência de constar ainformação sobre seu uso nos laudos técnicos tenha sidodeterminada a partir de 14 de dezembro de 1998, data dapublicação da Lei n.º 9.732, mesmo havendo a constatação deutilização em data anterior a essa.

Exemplo de Planilha de Relação dos EPI’s Utilizados:

Equipamentos de Numero do Certificado Periodicidade de Troca Funções que UtilizamProteção Individual de Aprovação (CA)

Cálculo de Atenuação do Ruído com o uso do EPI: Considerando a forma de

utilização do equipamento pelos trabalhadores e os ensaios

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realizados, para a avaliação da eficácia do EPI estaremosutilizando o método simplificado, para a avaliação do nível deruído a que os trabalhadores estão expostos, considerando oNível de Redução de Ruído – NRRsf, obtido pelo uso do EPI,aplicando-se a fórmula com cálculo direto, conforme a NormaANSI S.12.6-1977B.

NPSc = NPSa – NRRsf, onde:NPSc = Nível de pressão sonora com proteçãoNPSa = Nível de pressão sonora do ambienteNRRsf = Nível de redução de ruído (subject fit)

Efetuando o Cálculo do NPSc, para o tipo de proteção utilizada:

LocalizaçãoFunçãoNPSa dB(A)

Número do C.A Nível de Redução

NPSc dB(A)do EPI de Ruído

21 - NÍVEL DE AÇÃO:

É o valor acima do qual deverão ser iniciadas as medidaspreventivas de forma a minimizar a probabilidade de que asexposições a agentes ambientais ultrapassem os limites deexposição tais como:

- Medições periódicas da exposição ocupacional;

- Treinamento dos trabalhadores;- Acompanhamento médico com monitoramento biológicosapropriados.

Os níveis adotados são aqueles previstos na NR – 9.

a) Agentes Químicos: Metade dos limites de exposiçãoocupacionais adotados.

b) Ruído: Dose de 0.5 (50% de dose) do limite de tolerânciaprevisto para a jornada de trabalho.

PRIORIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE CONTROLE

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GRAU DEPRIORIDADEDESCRIÇÃO

RISCO

0 e 1 BaixaA implantação da medida de controle não é necessária ou manter as

medidas já existentes.

2 Média A implantação de medida de controle é necessária, porém a

prioridade é baixa. Manter as medidas já existentes.

3 AltaA implantação de medida de controle é necessária e a prioridade é

média,ou a melhoria das medidas já existe

4 Muito Alta Medida de controle é necessária e a prioridade é alta. Devem ser

adotadas medidas provisórias imediatamente.

Pode-se também usar a Categoria de Risco das Normas deHigiene do Trabalho – NHT’s da FUNDACENTRO, conformetabela abaixo:

CONSIDERAÇÃO TÉCNICA DA EXPOSIÇÃO SITUAÇÃO DA EXPOSIÇÃOAbaixo de 50% do L.T. Aceitável

50% > L.T. < 100% De atençãoAcima de 100% do L.T. Crítica

Muito acima do L.T ou IPVS De emergência

22 - PERIODICIDADE, FORMA DE AVALIAÇÃO E REVISÃO DO PPRA:

O PPRA/DA será revisado sempre que necessário e pelo menosuma vez ao ano com o objetivo de avaliar o seu desenvolvimentoe realizar os ajustes necessários, assim como o monitoramentoou reavaliação para verificação da eficácia das medidas decontrole implementadas.

23 - ESTABELECIMENTO DE PLANO DE AÇÃO COM METAS, PRIORIDADES E

CRONOGRAMA:

Deverá ser parte integrante do PPRA um plano de açãocontemplando atividades, metas e prioridades a seremimplementadas de forma a eliminar, minimizar ou controlar osriscos ambientais. O Plano deverá incluir todas as atividadesidentificadas nas fases de reconhecimento, avaliação oudefinidas como medidas de controle. Os responsáveis e prazosde cada atividade deverão ser condensados com o responsávelda instalação. Devem ser relacionadas em cronograma conformemodelo abaixo, as metas estabelecidas bem como oplanejamento para o cumprimento destas metas. O objetivodestas recomendações é a minimização ou a eliminação daexposição dos trabalhadores aos riscos ambientais.

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Exemplo de Planilha de Cronograma:

ATIVIDADES/MEDIDAS DE PROGRAMAÇÃO PARA OSITEM

CONTROLE SETOR RESPONSÁVEL MESES (PRAZO)123

24 - REGISTRO DE REVISÕES DO DESENVOLVIMENTO DO PPRA:

O PPRA/DA deverá possuir, como primeira página, um formuláriodestinado ao registro de alterações do seu desenvolvimento. Esteformulário deverá ser preenchido na periodicidade máxima de 1(um ) ano.

O modelo do “Anexo I” poderá ser utilizado como referência paraconteúdo mínimo, cabendo ao profissional realizar inclusões, seentender pertinente. Deverão ser transcritas no campo "Resultadoda Revisão”, informações sobre as seguintes análises:

- Houve alteração de lay-out, processos, atividades, produtosmovimentados /utilizados?

- Há necessidade de novas avaliações quantitativas?

- O Plano de Ação foi atendido?

Na coluna correspondente a análise dos requisitos da NR-9 oresponsável pela avaliação deve registrar a situação verificada decada item.

25 - RECOMENDAÇÕES GERAIS:

Este campo deve ser utilizado para o registro de recomendaçõesde natureza geral, adicionalmente aquelas previstas na NR-9,que podem ser importantes dentro do Programa de Prevenção deAcidentes do estabelecimento. Damos como exemplo osseguintes textos: Recomendamos observar as medidas de açãono corpo do Laudo, a fim de controle, no intuito de preservarmosa saúde dos trabalhadores.

Ressaltamos ainda que não foram verificados outros agentesambientais, além dos relacionados no corpo deste laudo.

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Verificamos que os postos de trabalho são bem arejados eorganizados e de forma geral adequado ao trabalho pretendido,sem problemas de iluminação.

26 – REGISTRO, MANUTENÇÃO E DIVULGAÇÃO DOS DADOS REGISTRO:

O Documento–Base do PPRA deverá ser mantido arquivado noestabelecimento por um período mínimo de 20 anos, bem comoaqueles inerentes ao tema, tais como os Laudos Técnicos deAvaliação de Riscos Ambientais, etc. O Documento-Base deveser apresentado à CIPA – Comissão Interna de Prevenção deAcidentes durante uma de suas reuniões, devendo sua cópia seranexada ao livro de atas desta comissão. O registro de dadosdeverá estar sempre disponível aos trabalhadores interessadosou seus representantes e para as autoridades competentes.

DIVULGAÇÃO

A divulgação dos dados pode ser feita de diversas maneirasdependendo do porte do estabelecimento, as mais comuns são:

- Treinamentos específicos;

- Reuniões setoriais;

- Via terminal de vídeo para consulta dos usuários;

- Reuniões de CIPA e SIPAT;

- Boletins e jornais internos;

- Programa de integração de novos empregados;

- Palestras avulsas.

27 - PLANEJAMENTO ANUAL, METAS E PRIORIDADES:

São em linhas gerais os resultados que a empresa deseja atingirapós a implantação do PPRA, conforme o cronograma anual deexecuções de ações.

As recomendações existentes no cronograma devem serverificadas durante a realização do PPRA e indicam um possível

Page 50: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

caminho a ser traçado, não excluindo a possibilidade daexistência de outras que não foram mencionadas.

28 - EXAME, DISCUSSÃO DO PLANO E CONCLUSÕES FINAIS:

O principal objetivo deste trabalho foi fornecer dados sobre aexposição ocupacional a que estão sujeitos os trabalhadores,servindo ainda como forma de auditoria anual ao Programa dePrevenção de Riscos Ambientais.

A responsabilidade técnica do presente documento que foiconfeccionado pelos profissionais abaixo assinados restringe-seexclusivamente as avaliações e recomendações realizadas pelomesmo, ficando sob inteira responsabilidade da Empresa aimplantação e acompanhamento das medidas de correção.

CONCLUSÕES:

Apresentar neste campo as conclusões do Engenheiro deSegurança do Trabalho responsável pela elaboração do PPRA,devendo conter informação clara e objetiva a respeito dosagentes nocivos, referentes à potencialidade de causar prejuízo àsaúde ou à integridade física do trabalhador;

Para fins de Demonstração Ambiental em atendimento alegislação previdenciária, a atividade será considerada comoespecial se na conclusão constar que o trabalhador está expostoaos agentes nocivos prejudiciais à saúde ou integridade físicaconstante no Anexo IV do Decreto n. 3.048/99, conforme abaixo.

Exemplos de Planilhas de Conclusão:

FunçãoSetor/localRiscos Existentes Técnica Utilizada Tipo de Exposição

Proteção

Avaliação Intensidade/Concentração Limite de

Eficaz por Enquadramento Tolerância

EPI/EPC

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Critérios para a emissão do PPP e do Enquadramento na GFIP

Enquadrament

Grau Situação Emissão o

29 - BIBLIOGRAFIA:

Devem ser informados todos os documentos, livros, apostilas eoutros materiais consultados, durante a elaboração do PPRA.

30 – DATA DO DOCUMENTO E ASSINATURA DO PROFISSIONAL:

Colocar a data de realização do documento, que será a data doDocumento-Base. Os profissionais responsáveis pela elaboração doPPRA/DA, deverão assinar o documento neste campo incluindo onúmero de seu registro no respectivo conselho de classe.

Orientações Gerais para a Elaboração de PPRA - Anexos

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Texto da Norma - 9.1 a 9.3Publicação D.O.U.

Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78

Alterações/Atualizações D.O.U.

Portaria SSST n.º 25, de 29 de dezembro de 1994 30/12/90Portaria MTE n.º 1.297, de 13 de agosto de 2014 14/08/14

Portaria MTE n.º 1.471, de 24 de setembro de 2014 25/09/14(Texto dado pela Portaria SSST n.º 25, 29 de dezembro de 1994)

9.1 Do objeto e campo de aplicação.

9.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece aobrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte detodos os empregadores e instituições que admitam trabalhadorescomo empregados, do Programa de Prevenção de RiscosAmbientais - PPRA, visando à preservação da saúde e daintegridade dos trabalhadores, através da antecipação,reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrênciade riscos ambientais existentes ou que venham a existir noambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meioambiente e dos recursos naturais.

9.1.2 As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito decada estabelecimento da empresa, sob a responsabilidade doempregador, com a participação dos trabalhadores, sendo suaabrangência e profundidade dependentes das características dosriscos e das necessidades de controle.

9.1.2.1 Quando não forem identificados riscos ambientais nas fasesde antecipação ou reconhecimento, descritas nos itens 9.3.2 e9.3.3, o PPRA poderá resumir-se às etapas previstas nas alíneas"a" e "f" do subitem 9.3.1.

9.1.3 O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo dasiniciativas da empresa no campo da preservação da saúde e daintegridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com odisposto nas demais NR, em especial como Programa de ControleMédico de Saúde Ocupacional - PCMSO previsto na NR-7.

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9.1.4 Esta NR estabelece os parâmetros mínimos e diretrizesgerais a serem observados na execução do PPRA, podendo osmesmos ser ampliados mediante negociação coletiva de trabalho.

9.1.5 Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais osagentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientesde trabalho que, em função de sua natureza, concentração ouintensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danosà saúde do trabalhador.

9.1.5.1 Consideram-se agentes físicos as diversas formas deenergia a que possam estar expostos os trabalhadores, taiscomo: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturasextremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bemcomo o infra som e o ultra som.

9.1.5.2 Consideram-se agentes químicos as substâncias,compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pelavia respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas,gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade deexposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismoatravés da pele ou por ingestão.

9.1.5.3 Consideram-se agentes biológicos as bactérias,fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.

9.2 Da estrutura do PPRA.9.2.1 O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter,no mínimo, a seguinte estrutura:

a) planejamento anual com estabelecimento de metas,prioridades e cronograma;b) estratégia e metodologia de ação;c) forma do registro, manutenção e divulgação dos dados; d)periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento doPPRA.

9.2.1.1 Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menosuma vez ao ano, uma análise global do PPRA para avaliação doseu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários eestabelecimento de novas metas e prioridades.

Page 57: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

9.2.2 O PPRA deverá estar descrito num documento-base contendo

todos os aspectos estruturais constantes do item 9.2.1.

9.2.2.1 O documento-base e suas alterações ecomplementações deverão ser apresentados e discutidos naCIPA, quando existente na empresa, de acordo com a NR-5,sendo sua cópia anexada ao livro de atas desta Comissão.

9.2.2.2 O documento-base e suas alterações deverão estardisponíveis de modo a proporcionar o imediato acesso àsautoridades competentes.

9.2.3 O cronograma previsto no item 9.2.1 deverá indicar claramenteos prazos para o desenvolvimento das etapas e cumprimento dasmetas do PPRA.

9.3 Do desenvolvimento do PPRA.

9.3.1 O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá incluir

as seguintes etapas:

a) antecipação e reconhecimentos dos riscos;b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;e) monitoramento da exposição aos riscos;f) registro e divulgação dos dados.

9.3.1.1 A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliaçãodo PPRA poderão ser feitas pelo Serviço Especializado emEngenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT oupor pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do empregador,sejam capazes de desenvolver o disposto nesta NR.

9.3.2 A antecipação deverá envolver a análise de projetos de novasinstalações, métodos ou processos de trabalho, ou de modificaçãodos já existentes, visando a identificar os riscos potenciais eintroduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação.

9.3.3 O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter osseguintes itens, quando aplicáveis:

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a) a sua identificação;

b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras;

c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios depropagação dos agentes no ambiente de trabalho;

d) a identificação das funções e determinação do número detrabalhadores expostos;

e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição;

f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos depossível comprometimento da saúde decorrente do trabalho;

g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscosidentificados, disponíveis na literatura técnica;

h) a descrição das medidas de controle já existentes.

9.3.4 A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que

necessária para:

a) comprovar o controle da exposição ou a inexistência riscosidentificados na etapa de reconhecimento;

b) dimensionar a exposição dos trabalhadores;

c) subsidiar o equacionamento das medidas de controle.

9.3.5 Das medidas de controle.

9.3.5.1 Deverão ser adotadas as medidas necessárias suficientespara a eliminação, a minimização ou o controle dos riscosambientais sempre que forem verificadas uma ou mais dasseguintes situações:

a) identificação, na fase de antecipação, de risco potencial àsaúde;

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b) constatação, na fase de reconhecimento de risco evidente àsaúde;

c) quando os resultados das avaliações quantitativas da exposiçãodos trabalhadores excederem os valores dos limites previstos naNR-15 ou, na ausência destes os valores limites de exposiçãoocupacional adotados pela ACGIH - American Conference ofGovernmental Industrial Higyenists, ou aqueles que venham a serestabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que maisrigorosos do que os critérios técnico-legais estabelecidos;

d) quando, através do controle médico da saúde, ficarcaracterizado o nexo causal entre danos observados na saúde ostrabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam expostos.

9.3.5.2 O estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de

proteção coletiva deverá obedecer à seguinte hierarquia:

a) medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formaçãode agentes prejudiciais à saúde;

b) medidas que previnam a liberação ou disseminação dessesagentes no ambiente de trabalho;

c) medidas que reduzam os níveis ou a concentração dessesagentes no ambiente de trabalho.

9.3.5.3 A implantação de medidas de caráter coletivo deveráser acompanhada de treinamento dos trabalhadores quanto osprocedimentos que assegurem a sua eficiência e de informaçãosobre as eventuais limitações de proteção que ofereçam.

9.3.5.4 Quando comprovado pelo empregador ou instituição ainviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletivaou quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se emfase de estudo, planejamento ou implantação, ou ainda emcaráter complementar ou emergencial, deverão ser adotadasoutras medidas, obedecendo se à seguinte hierarquia:

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a) medidas de caráter administrativo ou de organização dotrabalho;

b) utilização de equipamento de proteção individual - EPI.9.3.5.5 A utilização de EPI no âmbito do programa deverá consideraras Normas Legais e Administrativas em vigor e envolver no mínimo:

a) seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que otrabalhador está exposto e à atividade exercida, considerando-sea eficiência necessária para o controle da exposição ao risco e oconforto oferecido segundo avaliação do trabalhador usuário;

b) programa de treinamento dos trabalhadores quanto à suacorreta utilização e orientação sobre as limitações de proteçãoque o EPI oferece;

c) estabelecimento de normas ou procedimento para promover ofornecimento, o uso, a guarda, a higienização, a conservação, amanutenção e a reposição do EPI, visando garantir as condiçõesde proteção originalmente estabelecidas;

d) caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores,com a respectiva identificação dos EPI’s utilizados para os riscosambientais.

9.3.5.6 O PPRA deve estabelecer critérios e mecanismos deavaliação da eficácia das medidas de proteção implantadasconsiderando os dados obtidos nas avaliações realizadas e nocontrole médico da saúde previsto na NR-7.

9.3.6 Do nível de ação.

9.3.6.1 Para os fins desta NR, considera-se nível de ação o valoracima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma aminimizar a probabilidade de que as exposições a agentesambientais ultrapassem os limites de exposição. As ações devemincluir o monitoramento periódico da exposição, a informação aostrabalhadores e o controle médico.

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9.3.6.2 Deverão ser objeto de controle sistemático as situações queapresentem exposição ocupacional acima dos níveis de ação,conforme indicado nas alíneas que seguem:

a) para agentes químicos, a metade dos limites de exposiçãoocupacional considerados de acordo com a alínea "c" do subitem9.3.5.1;4

b) para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conformecritério estabelecido na NR-15, Anexo I, item 6.

9.3.7 Do monitoramento.

9.3.7.1. Para o monitoramento da exposição dos trabalhadores e dasmedidas de controle, deve ser realizada uma avaliação sistemáticae repetitiva da exposição a um dado risco, visando à introdução oumodificação das medidas de controle, sempre que necessário.

9.3.8 Do registro de dados.

9.3.8.1 Deverá ser mantido pelo empregador ou instituição umregistro de dados, estruturado de forma a constituir um históricotécnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA.

9.3.8.2 Os dados deverão ser mantidos por um períodomínimo de 20 (vinte) anos.

9.3.8.3 O registro de dados deverá estar sempre disponívelaos trabalhadores interessados ou seus representantes e para asautoridades competentes.

Texto da Norma - 9.4 a 9.6

9.4 Das responsabilidades.

9.4.1 Do empregador:

I. estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA como atividade permanente da empresa ou instituição.

Page 62: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

9.4.2 Dos trabalhadores:

I. colaborar e participar na implantação e execução do PPRA;

II. seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA;

III. informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a

seu julgamento, possam implicar riscos à saúde dos trabalhadores.

9.5 Da informação.

9.5.1 Os trabalhadores interessados terão o direito de apresentarpropostas e receber informações e orientações a fim deassegurar a proteção aos riscos ambientais identificados naexecução do PPRA.

9.5.2 Os empregadores deverão informar os trabalhadores demaneira apropriada e suficiente sobre os riscos ambientais quepossam originar-se nos locais de trabalho e sobre os meiosdisponíveis para prevenir ou limitar tais riscos e para proteger-sedos mesmos.

9.6 Das disposições finais.

9.6.1 Sempre que vários empregadores realizemsimultaneamente atividades no mesmo local de trabalho terão odever de executar ações integradas para aplicar as medidasprevistas no PPRA visando a proteção de todos os trabalhadoresexpostos aos riscos ambientais gerados.

9.6.2 O conhecimento e a percepção que os trabalhadores têmdo processo de trabalho e dos riscos ambientais presentes,incluindo os dados consignados no Mapa de Riscos, previsto naNR-5, deverão ser considerados para fins de planejamento eexecução do PPRA em todas as suas fases.

9.6.3 O empregador deverá garantir que, na ocorrência de riscosambientais nos locais de trabalho que coloquem em situação degrave e iminente risco um ou mais trabalhadores, os mesmos

Page 63: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

possam interromper de imediato as suas atividades, comunicando o

fato ao superior hierárquico direto para as devidas providências.

Anexo 1 da Norma – Vibração

ANEXO 1

VIBRAÇÃO

(Alterado pela Portaria MTE n.º 1.471, de 24 de setembro de 2014)

Sumário:1. Objetivos2. Disposições Gerais3. Avaliação Preliminar da Exposição4. Avaliação Quantitativa da Exposição5. Medidas Preventivas e Corretivas

1. Objetivos

1.1 Definir critérios para prevenção de doenças e distúrbiosdecorrentes da exposição ocupacional às Vibrações em Mãos eBraços - VMB e às Vibrações de Corpo Inteiro - VCI, no âmbito doPrograma de Prevenção de Riscos Ambientais.

2. Disposições Gerais

2.1 Os empregadores devem adotar medidas de prevenção econtrole da exposição às vibrações mecânicas que possam afetar asegurança e a saúde dos trabalhadores, eliminando o risco ou,onde comprovadamente não houver tecnologia disponível,reduzindo-o aos menores níveis possíveis.

2.1.1 No processo de eliminação ou redução dos riscos relacionadosà exposição às vibrações mecânicas devem ser considerados, entreoutros fatores, os esforços físicos e aspectos posturais.

2.2 O empregador deve comprovar, no âmbito das ações de

manutenção preventiva e corretiva de veículos, máquinas,

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equipamentos e ferramentas, a adoção de medidas efetivas quevisem o controle e a redução da exposição a vibrações.

2.3 As ferramentas manuais vibratórias que produzam aceleraçõessuperiores a 2,5 m/s2 nas mãos dos operadores devem informarjunto às suas especificações técnicas a vibração emitida pelasmesmas, indicando as normas de ensaio que foram utilizadas paraa medição.

3. Avaliação Preliminar da Exposição

3.1 Deve ser realizada avaliação preliminar da exposição às VMB eVCI, no contexto do reconhecimento e da avaliação dos riscos,considerando-se também os seguintes aspectos:

a) ambientes de trabalho, processos, operações e condições deexposição;

b) características das máquinas, veículos, ferramentas ouequipamentos de trabalho;

c) informações fornecidas por fabricantes sobre os níveis devibração gerados por ferramentas, veículos, máquinas ouequipamentos envolvidos na exposição, quando disponíveis;

d) condições de uso e estado de conservação de veículos,máquinas, equipamentos e ferramentas, incluindo componentesou dispositivos de isolamento e amortecimento que interfiram naexposição de operadores ou condutores;

e) características da superfície de circulação, cargastransportadas e velocidades de operação, no caso de VCI;

f) estimativa de tempo efetivo de exposição diária;

g) constatação de condições específicas de trabalho que possamcontribuir para o agravamento dos efeitos decorrentes daexposição;

h) esforços físicos e aspectos posturais;

Page 65: Curso NR9 – Programa de Prevenção de Riscos

i) dados de exposição ocupacional existentes;

j) informações ou registros relacionados a queixas eantecedentes médicos relacionados aos trabalhadores expostos.

3.2 Os resultados da avaliação preliminar devem subsidiar aadoção de medidas preventivas e corretivas, sem prejuízo deoutras medidas previstas nas demais NR.

3.3 Se a avaliação preliminar não for suficiente para permitir atomada de decisão quanto à necessidade de implantação demedidas preventivas e corretivas, deve-se proceder à avaliaçãoquantitativa.

4. Avaliação Quantitativa da Exposição

4.1 A avaliação quantitativa deve ser representativa da exposição,abrangendo aspectos organizacionais e ambientais que envolvam otrabalhador no exercício de suas funções.

4.1.1 Os procedimentos de avaliação quantitativa para VCI e VMB, aserem adotados no âmbito deste anexo, são aqueles estabelecidosnas Normas de Higiene Ocupacional publicadas pelaFUNDACENTRO.

4.2 Avaliação quantitativa da exposição dos trabalhadores às VMB

4.2.1 A avaliação da exposição ocupacional à vibração em mãose braços deve ser feita utilizando-se sistemas de medição quepermitam a obtenção da aceleração resultante de exposiçãonormalizada (aren), parâmetro representativo da exposição diáriado trabalhador.

4.2.2 O nível de ação para a avaliação da exposição ocupacionaldiária à vibração em mãos e braços corresponde a um valor deaceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 2,5m/s2.

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4.2.3 O limite de exposição ocupacional diária à vibração emmãos e braços corresponde a um valor de aceleração resultantede exposição normalizada (aren) de 5 m/s2.

4.2.4 As situações de exposição ocupacional superior ao nível deação, independentemente do uso de equipamentos de proteçãoindividual, implicam obrigatória adoção de medidas de caráterpreventivo, sem prejuízo do disposto no item 9.3.5.1 da NR9.

4.2.5 As situações de exposição ocupacional superior ao limite deexposição, independentemente do uso de equipamentos deproteção individual, implicam obrigatória adoção de medidas decaráter corretivo, sem prejuízo do disposto no item 9.3.5.1 da NR9.

4.3 Avaliação quantitativa da exposição dos trabalhadores às VCI

4.3.1 A avaliação da exposição ocupacional à vibração de corpointeiro deve ser feita utilizando-se sistemas de medição quepermitam a determinação da aceleração resultante de exposiçãonormalizada (aren) e do valor da dose de vibração resultante(VDVR), parâmetros representativos da exposição diária dotrabalhador.

4.3.2 O nível de ação para a avaliação da exposição ocupacionaldiária à vibração de corpo inteiro corresponde a um valor daaceleração resultante de exposição normalizada (aren) de0,5m/s2, ou ao valor da dose de vibração resultante (VDVR) de9,1m/s1,75.

4.3.3 O limite de exposição ocupacional diária à vibração decorpo inteiro corresponde ao:

a) valor da aceleração resultante de exposição normalizada(aren) de 1,1 m/s2; ou

b) valor da dose de vibração resultante (VDVR) de 21,0 m/s1,75.

4.3.3.1 Para fins de caracterização da exposição, o empregador deve

comprovar a avaliação dos dois parâmetros acima descritos.

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4.3.4 As situações de exposição ocupacional superiores ao nívelde ação implicam obrigatória adoção de medidas de caráterpreventivo, sem prejuízo do disposto no item 9.3.5.1 da NR9.

4.3.5 As situações de exposição ocupacional superiores ao limite deexposição ocupacional implicam obrigatória adoção de medidas decaráter corretivo, sem prejuízo do disposto no item 9.3.5.1 da NR9.

5. Medidas Preventivas e Corretivas

5.1 As medidas preventivas devem contemplar:

a) Avaliação periódica da exposição;

b) Orientação dos trabalhadores quanto aos riscos decorrentesda exposição à vibração e à utilização adequada dosequipamentos de trabalho, bem como quanto ao direito decomunicar aos seus superiores sobre níveis anormais devibração observados durante suas atividades;

c) Vigilância da saúde dos trabalhadores focada nos efeitos daexposição à vibração;

d) Adoção de procedimentos e métodos de trabalho alternativosque permitam reduzir a exposição a vibrações mecânicas.

5.1.1 As medidas de caráter preventivo descritas neste item nãoexcluem outras medidas que possam ser consideradas necessáriasou recomendáveis em função das particularidades de cadacondição de trabalho.

5.2 As medidas corretivas devem contemplar, no mínimo, uma das

medidas abaixo, obedecida a hierarquia prevista na NR9:

a) No caso de exposição às VMB, modificação do processo ou daoperação de trabalho, podendo envolver: a substituição deferramentas e acessórios; a reformulação ou a reorganização debancadas e postos de trabalho; a alteração das rotinas ou dosprocedimentos de trabalho; a adequação do tipo de ferramenta,do acessório utilizado e das velocidades operacionais;

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b) No caso de exposição às VCI, modificação do processo ou daoperação de trabalho, podendo envolver: o reprojeto deplataformas de trabalho; a reformulação, a reorganização ou aalteração das rotinas ou dos procedimentos e organização dotrabalho; a adequação de veículos utilizados, especialmente pelaadoção de assentos antivibratórios; a melhoria das condições edas características dos pisos e pavimentos utilizados paracirculação das máquinas e dos veículos;

c) Redução do tempo e da intensidade de exposição diária àvibração;

d) Alternância de atividades ou operações que gerem exposiçõesa níveis mais elevados de vibração com outras que nãoapresentem exposições ou impliquem exposições a menoresníveis.

5.2.1 As medidas de caráter corretivo mencionadas não excluemoutras medidas que possam ser consideradas necessárias ourecomendáveis em função das particularidades de cada condiçãode trabalho.