o problemas da filosofia

7/21/2019 O problemas da filosofia

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O VALOR DA FILOSOFIA

No livro “Os Problemas da Filosofia” de Bertrand Russel, o a!"tulo #V trata do

valor da filosofia, ela se distin$ue em varias vis%es, !ara uns ela & o

on'eimento do ser 'umano sobre a vida, !ara muitos 'omens a filosofia &

tratada omo al$o in(til, onde e)istem ontrov&rsias e distens%es sutis sobre

*uest%es aera das *uais o on'eimento & im!oss"vel+

Bertrand Russell, ao lon$o do a!"tulo, nos mostra os motivos !elos *uais

devemos estudar a filosofia, !ois, assim omo todas as inias, a filosofia n-o

tem efeito somente sobre os *ue a estudam, mas tamb&m sobre a vida

da*ueles *ue n-o a estudam !or meio da influnia *ue ela e)ere sobre os

es!"ritos da*ueles *ue dediam seu tem!o !ara estud./la+ Sendo assim, ele

nos !ro!%e busar o valor da filosofia entre os valores do es!"rito+

O on'eimento *ue a filosofia busa & o ti!o de on'eimento *ue nos

oferee uma unidade sistem.tia !ara o or!o das inias e ainda um

resultado do e)ame r"tio dos fundamentos de nossas onvi0%es, de nossos

!reoneitos e de nossas ren0as, !orem a filosofia n-o tem alan0ado muitos

resultados omo as outras inias !ositivas, !ara as *uest%es *ue ela

enontra res!ostas !ositivas dei)am, assim, de fa1erem !arte da filosofia e v-o

se enai)ando no or!o de on'eimentos das inias+ 2 3ustamente nessa

n-o/erte1a da filosofia onde devemos !rourar o seu valor, !ara o esritor, o

valor da filosofia n-o deve ser !rourado em um or!o definitivo de

on'eimento asse$ur.vel, mas em !arte, devemos busar o seu valor em sua

!r4!ria inerte1a, !ois *uem n-o !ratia o filosofar amin'a !ela vida !reso

aos !reoneitos *ue s-o ad*uiridos ao lon$o de sua vida e o mundo se torna

ada ve1 mais definido e 4bvio+

A filosofia, assim, & ina!a1 de nos dar res!ostas verdadeiras e definitivas !araos nossos !roblemas e !ara os !roblemas *ue ela mesma levanta, mas ela &

a!a1 de nos ofereer um le*ue de !ossibilidades !ara a solu0-o de

determinados !roblemas, am!liando nossos !ensamentos e nos livrando da

tirania do '.bito, assim, embora a filosofia diminua as nossas erte1as do *ue

as oisas s-o, ela aumenta o nosso on'eimento do *ue as oisas !ossam ou

!oderiam ser, nos tirando do do$matismo e vivifiando nossa admira0-o !elo

mundo+



5ssa admira0-o & lassifiada !or Russell omo a ontem!la0-o filos4fia, ou

se3a, uma abertura do 5u !ara o N-o/5u, ou mel'or, o 5u se abre !ara uma

vis-o im!arial do mundo e n-o tenta !rovar *ue o mundo & i$ual a si mesmo,

assim, o 5u se alar$a, !ois ele vai se abrindo !ara o N-o/5u !or*ue na

ontem!la0-o filosofia !artimos do N-o/5u fa1endo uma uni-o deste om o 5u+

5ssa ontem!la0-o torna o nosso es!"rito ada ve1 mais sereno e livre !or*ue

*uem a !ratia ome0a a !ereber *ue as !artes tm uma one)-o e, assim,

enara seus ob3etivos e suas esol'as omo sendo !arte do todo+ 5ste 'omem

n-o viver. mais em uma idade isolado das outras, mas sim, em um mundo

*ue abran$e a idade de ada um *ue est. a sua volta se tornando idad-o do

mundo e n-o a!enas de sua idade+

Se$undo Russell, & neess.rio fa1/lo devido 6 $rande !arte dos 'omens

modernos, em fun0-o das inias de arater"stias !r.tias, aabarem !or

*uestionar o valora da filosofia *ue se a!resenta omo al$o !ermeado !or

$randes ontrov&rsias e *uest%es a!arentemente insol(veis+ 7al one!0-o

!arte tamb&m do fato de *ue os 'omens !r.tios, !or assim di1er, !ensam o

mundo sob !ers!etivas e)lusivamente materiais, es*ueendo assim a

dimens-o es!iritual da vida+ As inias !r.tias omo a f"sia, a astronomia,

entre outras, atrav&s de suas e)!erinias e on*uistas alan0am resultados

*ue tem refle)os diretos sobre toda a 'umanidade, sendo tais inias de

$rande im!ort8nia n-o s4 !ara *uem as estudam, mas tamb&m !ara a*ueles

*ue n-o as on'eessem+

Se$uindo esse raio"nio, !erebe/se *ue esses resultados n-o s-o os mesmo

no *ue se refere 6 investi$a0-o filos4fia, *ue se$undo o autor, n-o tem valor

!ara a 'umanidade em $eral, se n-o indiretamente, sendo seus resultados

e)lusivamente !erebidos !or *uem vive se$undo esse es!"rito filos4fio, ouse3a, !elos estudantes de filosofia+ Dessa forma, somente a*ueles *ue

des!re1am os valores es!irituais s-o a!a1es de 3ul$ar a filosofia omo al$o

*ue re!resenta a!enas !erda de tem!o+ Al&m disso, tem/se em verdade, *ue a

filosofia no deorrer da 'ist4ria n-o ten'a aumulado um on3unto de saberes

*ue orres!ondem a um or!o de res!ostas definitivas !ara os seus

!roblemas, omo & o aso das demais inias+

Para Russell isso & e)!liado em !arte !elo fato de *ue al$umas *uest%es *ueaabam tornando !oss"vel um on'eimento mais e)ato !assam a n-o mais



serem 'amadas de *uest%es filos4fias tornando/se assim em seu on3unto

uma inia !artiular, omo & o aso dos !roblemas dos astros e da mente

'umana *ue outrora foram do or!o da filosofia, !or assim di1er, e a$ora s-o

on'eimentos da Astronomia e da Psiolo$ia, res!etivamente+

Portanto, !ara o autor, a*uela “inerte1a” da filosofia & mais a!arente do *ue

mesmo real, sendo *ue as *uest%es !ara os *uais s-o a'adas res!ostas

aabam fiando no n"vel das inias, en*uanto a*uelas *ue !areem

insol(veis onstituem 3unto o *ue se denomina filosofia+

Assim, !ermaneem e)istindo inerentemente na 'ist4ria do 'omem *uest%es

de ar.ter fundamental *ue ultra!assam o !oder o$nitivo do 'omem,

*uest%es, !or e)em!lo, omo *ual o sentido ou ordem do universo9 O bem e o

mal s-o v.lidos !ara todo o universo ou somente !ara os seres 'umanos9 7ais

*uest%es est-o sem!re estabeleendo uma intima rela0-o om a filosofia *ue

!or sua ve1 tem omo !arte do seu !a!el uidar em manter vivo esse interesse

es!eulativo !elo universo *ue !oder"amos !erder se nos $ui.ssemos a!enas

!elos on'eimentos determinados referentes 6s inias !artiulares+

Assim, om!reende/se *ue o valor da filosofia deve busar/se !rimeiramente

em sua inerte1a+ 2 e)atamente tal inerte1a *ue !ode livrar o 'omem do

!ensamento do$m.tio e dos !reoneitos !ermanentes *ue l'es s-o

oloados !ela ultura e !ela falta de riatividade diante do mundo+ O 'omem

*ue n-o tem ”doses” de filosofia em sua vida, !ara o autor, & ina!a1 de

!roblemati1ar a realidade vendo a mesma omo obvia e evidente+ Ao ontr.rio,

*uando tem um !ensamento filos4fio, o 'omem !assa ent-o a dar onta *ue

as menores oisas s-o a!a1es de si$nifiar os mais intri$antes !roblemas aos

*uais na verdade n-o se !ode dar res!ostas si$nifiativas omo se ostuma

!ensar, sendo todo universo um eni$ma *ue no m.)imo se tenta e)!liar dediferentes formas+

A filosofia, !ortanto, mesmo *ue n-o enontre res!ostas definitivas e e)atas

!ara os seus !roblemas, & a!a1 de abrir o !ensamento oloando/o diante da

imensa adeia de !ossibilidades, ensinando os 'omens a en)er$ar o mundo de

forma mais onreta e madura, livrando/os, se$undo o autor, da tirania do

'.bito+ Para Russel, a $rande1a dos ob3etos alan0ados !ela ontem!la0-o

filos4fia forma o !rini!al valor da filosofia, uma ve1 *ue tal $rande1a!ossibilita um !onto de vista im!arial do todo+ :ma v.lvula de esa!e, *ue



torna !oss"vel a fu$a ou !elo menos a se!ara0-o do mundo instintivo e

!rivado, a filosofia re!resenta a vis-o do 'omem omo !arte de um todo a ser

investi$ado+ Para o autor, n-o se tem no !ensamento filos4fio a !retens-o de

*ue o ob3eto de estudo se3a esse ou a*uele ar.ter, mas se enara na

realidade tal omo &+ Nesse onte)to, se$undo a vis-o de Russel, os 'omens

*ue n-o admitem tal !osiionamento temem desobrir uma dimens-o onde

seus !ensamentos n-o se$uem leis+ ;om a refle)-o filos4fia, !ortanto, tem/se

da !ers!etiva !artiular !ara o universal tornando *uem se aventura !or tais

amin'os idad-os do universo livre da mes*uin'e1 e dos medos !rovenientes

da !ers!etiva !artiular da realidade+

o problemas da filosofia

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