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O Problema de Robinson Crusoe
• Duas opções de consumo: trabalhar catando coco ou
consumir coco.
• Trabalho é um mal e coco é um bem, portanto as curvas
de indiferença serão negativamente inclinadas
• Não existe outra fonte de cocos que não seja o próprio
trabalho de Robinson Crusoé. Assim, a taxa em que ele
está disposto a trabalhar mais para obter uma unidade
adicional de coco deverá ser igual à taxa em que ele
consegue obter uma unidade adicional de coco por
intermédio do trabalho
– se ele pode transformar mais trabalho em coco a uma taxa
superior àquela que está disposto a trocar coco por trabalho
(abrir mão de seu lazer), ele trabalhará mais
C
L
Curvas de
indiferença
Função de
produção
Inclinação é igual ao
produto marginal do
trabalho que é igual à
desutilidade marginal
do trabalho em
termos de coco
A Esquizofrenia
• Suponha que Robinson crie a Crusoé S.A, que por
sua vez contrate Robinson como trabalhador,
como ficará o equilíbrio da firma?
– Monta-se a curva de isolucro a partir da função de lucro
=pcC-wL
– A partir daí, encontra-se a restrição, representada pela
função de produção
– o equilíbrio ocorrerá quando w/pC= f’(L), ou seja
quando o custo adicional do trabalho em termos de
cocos se igualar ao produto marginal do trabalho em
termos de cocos
C
L
Curvas de isolucro, C= /pC+(w/pC) L
C=/pC
Inclinação=w/pC
Função de
produção
C=f(L),
sendo
dC/dL=f’(L)
Robinson o consumidor
• Robinson o consumidor pode trabalhar
coletando cocos ou consumir cocos. O
trabalho lhe causa desconforto, como
afirmamos. Na medida em que trabalhe, ele
obtém renda em termos de cocos
C
L
Curvas de
indiferença
Inclinação é igual ao
produto marginal do
trabalho que é igual à
desutilidade marginal
do trabalho em
termos de coco
LM L*
C*
Cesta inicial
(CI,RM)
Juntando os dois resultados
• Juntando-se os dois resultados:
– o consumidor estará em equilíbrio quando
w/pC=TMgS
– a firma estará em equilíbrio quando w/pC=f’(L),
portanto TMgS = f’(L)
– duas equações e quatro incógnitas: w, ou
consumo autônomo, L e C
Condição de segunda ordem
• Se tiver retornos constantes, em equilíbrio
parcial, já foi estudado, o preço será igual
ao custo total e o lucro será zero. Assim, o
formato da função de produção será
L
C
Ainda que a inclinação da curva de
indiferença possa ser superior ao PMgL
de L em diante (isto não é garantido
para qualquer preferência ainda que
convexa), a firma não estará em
equilíbrio porque seu PMg é superior ao
custo de produção.
Isolucro com
lucro
negativo. Se
aumentar a
produção o
Pmg cresce e
portanto a
firma desejará
produzir ainda
mais para
atingir
isolucros
superiores
Primeiro teorema do Bem-estar
• A extensão do primeiro teorema do bem-
estar do sistema de trocas para a inclusão de
produção funcionaria desde que se aceitasse
que:
– não tem conseqüência distributiva
– existirá equilíbrio competitivo (excluindo a
hipótese de retornos crescentes)
– não há externalidades de produção
Segundo Teorema do Bem-Estar
• Funciona desde que além das preferências
serem convexas, o conjunto de produção
também seja.
Possibilidades de Produção
• O conjunto de possibilidades de produção é
formado pelo conjunto de cestas possíveis
de serem produzidas dada a disponibilidade
de recursos.
• A taxa marginal de transformação é
definida como a relação entre a quantidade
que se acresce do bem 1, dado que se abre
mão de unidades do bem 2.
Vantagem Comparativa
• Suponha agora que, além de dois bens, temos dois
agentes econômicos:
– Robinson Crusoé que tem uma taxa de transformação
de coco em peixe de -2, ou seja, para obter um peixe,
Robinson deverá deixar de produzir dois cocos
– Sexta-Feira que tem uma taxa de transformação de
peixe em coco de -1/2. Para obter um peixe, deverá
deixar de produzir meio coco
– Pode-se dizer que Sexta-Feira tem vantagem
comparativa na produção de peixes e Robinson Crusoé
tem vantagens na produção de cocos
Construção da Função de Produção
Conjunta
• Para construir a função de produção
conjunta deve-se assumir que os agentes
deverão adotar especialização onde tiverem
vantagens comparativas. Assim, não
importa a quantidade de peixe a ser
produzida, Sexta-Feira deverá dedicar maior
parcela de seu tempo produzindo peixe do
que Crusoé
-1/2
-2
Da esquerda para a direita,
o número de cocos diminui
e o número de peixes
aumenta. Inicialmente,
quem deixa de produzir
cocos é Sexta-Feira, o
menos produtivo nesta
função
C
F
Ótimo de Pareto
• As condições de Pareto (ou seja, a curva de contratos) se
referiam até o momento apenas ao consumo. A TMgS se
refere à substituição desejada do bem 2 pelo bem 1
• Com a introdução de produção, se a TMgT for
suficientemente baixa, por exemplo, o consumidor tem de
abrir mão de apenas 1 unidade do bem 2 para produzir 2
unidades adicionais do bem 1 e a TMgS suficientemente
baixa, por exemplo, 2, isto significa que haveria
possibilidade de aumentar a produção do bem 1 e
melhoraria a situação para todos
• A eficiência de Pareto só será alcançada quando a TMgT for
igual a TMgS
O Equilíbrio da Firma
• Max pCC+pFF-wCLC-wFLF
• Suponha que se defina que LC* e LF* são as
unidades de trabalho ofertadas por Crusoé e Sexta-
Feira em equilíbrio, de maneira que L*=
wCLC*+wFLF*
• Pode-se reformular o problema de maximização
para max = pCC+pFF-L*, obtém-se, então, as
curvas de isolucro C=(+L*)/pC-(pF/pC)F
Os consumidores
• Fica claro que a firma quando gera lucros deve
distribuir dividendos para seus acionistas, que são
Crusoé e Sexta-Feira, e que paga salários também a
Crusoé e Sexta-Feira
• Logo, tanto o lucro da firma, quanto os salários por ela
pagos são a dotação inicial dos consumidores. Isto
significa que tudo que será produzido deverá ser
vendido aos consumidores que deverão alocar sua renda
• Os preços são um sinal de escassez relativa
– tecnológica - quanto a produção de um bem deve ser reduzida
para aumentar a produção de outro
– consumo - quanto as pessoas estão desejosas de reduzir o
consumo de um bem para adquirir outro