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O PROBLEMA DAS CRIANÇAS HIPERATIVAS UMA QUESTÃO DE EDUCAÇÃO?

Maria Júlia

Valério

Clotilde Perrin

O PROBLEMA DAS CRIANÇAS HIPERATIVAS UMA QUESTÃO DE EDUCAÇÃO? MARIA JÚLIA VALÉRIO

Clotilde Perrin?

1. De onde surgiram tantas crianças hiperativas ?

2. A PHDA (Perturbação da Hiperatividade e Défice da Atenção) existe?

3. Epidemia ou epidemedia

4. Como se faz um diagnóstico?

5. Hiperatividade ou indisciplina?

6. Os pais vítimas ou culpados?

7. E os professores à beira de uma ataque de nervos?

8. E o que aconselha o psicólogo?


1. DE ONDE SURGIRAM TANTAS CRIANÇAS HIPERATIVAS?

Em 1845 o médico alemão Heinrich Hoffman criou histórias ilustradas para entreter o seu filho de 3 anos.

Zappelphilipp ( Filipe desastrado) é tomada como a 1ª descrição de uma criança hiperativa


O objetivo de Heinrich Hoffman dá lugar a muita controvérsia.Muitos defendem não haver qualquer intenção de apresentar a

criança como perturbada


Norman Rockwell

Em 1902 , o pediatra Sir George Still descreveu , pela 1ª

vez, na literatura médica, os sinais de hiperatividade e

impulsividade, apelidando-os de “defeito moral”


Betania Zacarias

Em 1980, o DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental

Disorders) incluiu a Perturbação do Deficit de Atenção Em 1994 incluiu a Hiperatividade (PHDA)


Entre 1993 e 2003 a utilização de medicamentos triplicou (NIMH)

Cada criança com PHDA custa ao estado americano 14.576 dólares

11% das crianças americanas com idades entre os 4 e os 17 anos estão diagnosticadas com PHDA (CDCP)

6,1% das crianças americanas estão medicadas


CRESCIMENTO DO DIAGNÓSTICO2003 - 78 %2007 - 9,5 %2011- 11% USA - CDCP

Mais crianças com PHDA Mais informação Mais conhecimento científico sobre o assunto Interesses económicos Mudança nos estilos de vida e padrões educativos Mais expectativas relativamente às crianças e seu desempenho

PORQUÊ?


Lil Miller

2 - A PHDA (PERTURBAÇÃO DA HIPERATIVIDADE E DÉFICE DA ATENÇÃO)

EXISTE?Diagnóstico controverso, baseado na observação e descrição de comportamentos

Variando em função de dados étnicos, culturais e demográficos

Crescimento abrupto de diagnósticos - sobrediagnóstico

Apenas 20% das crianças diagnosticadas com PHDA mostram sinais dela no consultório médico ( Meyers, Sleator, Ullman , Barkeley…)

Comorbilidade (75% das crianças apresenta outras perturbações : ansiedade, depressão, perturbação da conduta,…)


Jonathan Rosen

2 - A PHDA (PERTURBAÇÃO DA HIPERATIVIDADE E DÉFICE DA ATENÇÃO)

EXISTE?

Variação em função do género, da cultura e da demografia :

4 vezes superior nos rapazes

Mais elevada nos brancos anglosaxónicos (9,8%) do que nos latinos (5,5%)

Nos USA as crianças cuja língua materna é o inglês têm 4 vezes mais probabilidade de diagnóstico

Crianças de meios favorecido o dobro do diagnóstico

Costa leste dos USA com mais diagnóstico


Tilda Swinton

3 - HPDA: EPIDEMIA OU EPIDEMEDIA?O PAPEL DOS MEDIA


Joyce Hesselberg

3 - HPDA: EPIDEMIA OU EPIDEMEDIA?O PAPEL DOS MEDIA

Os media enquanto:

Divulgadores de informação

SensibilizadoresPermitindo “empowerment “da

população

Propiciadores de alarmismo social

Modismo social (doenças na moda) e

sobrediagnóstico

entidades com responsabilidade social quanto a forma e conteúdos


Martin Jarrie

4 - Como fazer um diagnóstico

Importância de diagnóstico

Feito por especialista Integrado (tendo em conta as

variáveis culturais, contextuais e

situacionais) Longitudinal Diagnóstico é sempre hipotético Reconhecer limitações dos

instrumentos descritivos


Alfredo Caceres

5 - Hiperatividade ou indisciplina?


Clotilde Perrin

5 - Hiperatividade ou indisciplina?

Vivem em cidades, fechado em apartamentos, sem espaços livres e verdes(engaiolados)


Os jogos acontecem no computador (sedentários)


Timothy Karpinski

Sózinhos, protegidos e mimados…Mas esperam de nós maravilhas (modelares)


Natasha Gavrilova

Tudo está arrumado. Os amigos estragam e desarrumam !


Yanne Smith

Muitas coisas , mas pouca companhia…


Sempre a correr entre atividades e querendo que seja o nº1

Clotilde Perrin


Igor Morski

Tanto “afeto” pode ser demasiado…

6 - OS PAIS VÍTIMAS OU CULPADOS?

Discurso culpabilizador e moralizante não faz sentido…

Mobilizar os pais para o auto-conhecimento e para a mudança


A escola felizmente já não é assim…

7 . OS PROFESSORES À BEIRA DE UMA ATAQUE DE NERVOS?


Sam Falconer

Mas esperam isto … E eu estou assim


Klaas Verplancke

Querem-me bem comportado…E eu…nem por isso

Joe Todd-Stanton


Carlotta Montagna

EXPECTATIVAS REALISTAS CONFRONTOS MÍNIMOS CASTIGOS PROPORCIONAIS À

INFRACÇÃO, CURTOS E JUSTOS (EVITAR CASTIGOS FÍSICOS) ESTRUTURAÇÃO DO DIA DA CRIANÇA CRIAÇÃO DE REGRAS EM CASA REFORÇOS POSITIVOS ENCORAJAMENTO COMUNICAÇÃO EFICAZ (INSTRUÇÕES

BREVES E CLARAS. ASSEGURAR-SE DE QUE A CRIANÇA AS ENTENDEU)

ATENÇÃO AOS MAUS MODELOS SER CONSISTENTE PRIVILEGIAR O ESFORÇO E NÃO AS

NOTAS PROPICIAR TEMPO LIVRE

8 - O QUE ACONSELHA O PSICÓLOGO

PAIS


Não estigmatizar o aluno (marginalizando ou protegendo )

Personalizar o ensino Sentar o aluno longe de elementos

distrativos (janela, porta) e perto do professor

Sentar junto a colegas atentos e prestáveis

Dar instruções detalhadas, devagar e repeti-las

Trabalhar os conteúdos mais difíceis no início da aula

Usar material visual (imagens, gráficos, códigos de cores)

Criar hábitos de organização dos conteúdos, dos materiais e do tempo


PROFESSORES

Valeria Petrone


Dividir as tarefas e as instruções em segmentos

Variar as atividades

Privilegiar o aprender/fazendo

Fazer intervalos frequentes

Supervisionar as tarefas

Dar feed-back positivo

Sumariar conteúdos no início e fim da

aula

Incentivar participação

Estabelecer regras claras e precisas

Boa articulação com os pais


PROFESSORES

Valeria Petrone


Santiago Gonzalez


PROCURAR AJUDA ESPECIALIZADA… SE FOR CASO DISSO …


Red Cheeks Factory

Não se apresentar à criança enquanto

modelo acabado da perfeição



Robert Doisneau

Mais do que ao que eu digo

Eles dão atenção ao que eu faço!!!!



MUITO OBRIGADA!

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