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O PRINCIPAL OBJETIVO DESTE TRABALHO É REALIZAR UM ESTUDO DA VISÃO DOS CUSTOS NO COMÉRCIO, INDUSTRIA , SERVIÇOS, FORMAÇÃO DE PREÇOS E T OMADA DE DECISÕES. IVO NASCIMENTO JOILMA SILVA JULIANA DEL BIANCO JULIANO SAMPAIO LUIZ ALEXANDRE PEREIRA DA SILVA MARCIO DE CARVALHO MARIA DENIANE R BEZERRA

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O PRINCIPAL OBJETIVO DESTE TRABALHO ÉREALIZAR UM ESTUDO DA VISÃO DOS CUSTOS NO

COMÉRCIO, INDUSTRIA, SERVIÇOS, FORMAÇÃO DEPREÇOS E TOMADA DE DECISÕES.

IVO NASCIMENTOJOILMA SILVA

JULIANA DEL BIANCOJULIANO SAMPAIO

LUIZ ALEXANDRE PEREIRA DA SILVAMARCIO DE CARVALHO

MARIA DENIANE R BEZERRA

VISÃO DOS CUSTOS NO COMÉRCIO

Um comércio é essencialmente retratado nas atividades de Compra, Estoque e Venda de mercadorias. Parece simples, mas tem muitas outras pequenas ações que precisam ser feitas para que isto aconteça minimamente bem e com certa rentabilidade, ou seja, lucro.

CUSTO

Custo é o consumo de bens e serviços para a obtenção de outros bens e serviços, expressos em unidades monetárias. Classificam-se em variáveis e fixos.

CUSTOS VARIAVEIS

Os Custos Variáveis no comércio são todos aqueles ligados diretamente à mercadoria, variando de acordo com a quantidade de mercadoria adquirida e vendida. Os Custos Variáveis de Aquisição são todos aqueles que compõem o preço de compra, sendo que é preciso extrair as informações das Notas Fiscais de compra, pois é ela que fornece o valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o valor do frete,etc.

CUSTOS VARIAVEIS DE VENDAEstes custos são chamados de Custos Variáveis de Venda (CVV%) ou Custos de Comercialização (CC%) que são todos aqueles que incidem sobre o preço de venda em percentual, variando proporcionalmente à quantidade vendida. Exemplo: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), PIS, COFINS, Contribuição Social, Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ), Comissão Sobre Vendas, etc.

CUSTOS FIXOS

Custos Fixos que as empresas em geral têm: aluguel, água, energia, telefone, honorários contábeis, Pró-labore dos sócios + encargos sociais, salários + encargos sociais, materiais de escritório e de limpeza, IPTU, leasing, etc.

RECEITA BRUTA

Também chamado de Faturamento Bruto e, ainda, de Vendas Brutas, que é o montante que a empresa recebe proveniente das vendas de suas mercadorias, sendo que é utilizado para pagar todos os custos e ainda remunerar os fatores utilizados para o seu desempenho econômico e financeiro, podendo ser representado da seguinte forma:

Receita Bruta = Preço de Venda Bruto Unitário x Quantidade de Mercadorias Vendidas.

PERSPECTIVA DE LUCRO

Com relação ao lucro, a empresa deverá analisar seus custos, os preços praticados pelos concorrentes, a qualidade das mercadorias, a rotatividade, e se a oferta é maior ou menor que a procura, para definir qual a melhor parcela de lucro a ser repassada para o preço.

CUSTO DE AQUISIÇÃO DAS MERCADORIAS(CAM)

O custo de Aquisição de Mercadoria é obtido da seguinte forma:

Digamos que uma empresa comercializa no varejo dois tipos de mercadorias, que chamaremos de A e de B. verificando a Nota Fiscal de compra, obtivemos os seguintes custos que compõem o preço de compra:

O Preço de Compra Unitário (PCU) da mercadoria A é de R$ 10,00 é da B é de R$ 12,00;

O IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para as duas mercadorias corresponde a 10% do Preço de Compra Unitário (PCU);

O Frete e Seguro correspondem a 3% do Preço de Compra;

O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) corresponde a 17% já incluso no Preço de Compra

Item Produto PCU IPI 10% s/PCU

Frete/Seg 3% s/PCU

Sub-Total

ICMS 17%

CAM

1 A R$ 10,00

R$ 1,00

R$ 0,30

R$ 11,30

R$ 1,70

R$ 9,60

2 B R$ 12,00

R$ 1,20

R$ 0,36

R$ 13,56

R$ 2,04

R$ 11,52

Os custos de aquisição das mercadorias foram de R$ 9,60 e R$ 11,52 respectivamente.

Apuração do CVV:

Discriminação Valor em %

ICMS 17

CONFINS 2

PIS 0,65

CONT. SOCIAL 0,96

IRPJ 1,2

COMISSÕES SOBRE

VENDAS

2

TOTAL DO CVV 23,81

CONTRIBUIRÃO , EM PERCENTUAL, DA MERCADORIAS PARA

PAGAMENTO DOS CUSTOS FIXOS

Digamos que essa empresa apresentou um resultado da Média Semestral Móvel das Vendas e dos Custos Fixos de R$ 25.000,00 e R$ 2.500,00 respectivamente. De posse desses valores, verifica-se qual o percentual que cada mercadoria vendida deverá contribuir para o pagamento dos Custos Fixos da empresa, através da seguinte fórmula:

CF% = ___Valor do Custo Fixo Médio___x 100

Valor das Vendas Brutas Média

CF% = __R$ 2.500,00__ x 100 = 10% R$ 25.000,00

A taxa proporcional é de 10%, o que significa que cada mercadoria arcará com 10% dos Custos Fixos

através de suas vendas.

TAXA DE MARCAÇÃO

A Taxa de Marcação (TM) é o fator que irá definir o preço final de venda da mercadoria, sendo que para calculá-la utiliza-se a seguinte fórmula:

TM = ____________100____________100 – (CF% + CVV% + ML%)

Onde: CF% (percentual de Custo Fixo) = 10,00%CVV% (percentual de Custos Variáveis de Vendas) = 23,81%ML% (percentual de Margem de Lucro) = 10,00%Agora, basta substituir os índices já calculados anteriormente: TM = _______________100_______________ =

100 – (10,00% + 23,81% + 10,00%)

TM = ___100___ = 1,78 56,19%

PREÇO DE VENDA

Obtendo esses parâmetros podemos calcular o Preço de Venda (PV)PV = CAM x TM

PV (A) = R$ 9,60 x 1,78, portanto: PV = R$ 17,09 unid. À vista

PV (B) = R$ 11,52 x 1,78, portanto: PV = R$ 20,51 unid. À vista

VISÃO DOS CUSTOS NA INDÚSTRIA

Uma das principais características das empresas do setor industrial é a utilização de recursos disponíveis para transformar matéria prima em produtos acabados.

Precisamos entender as maneiras pelas quais os custos e despesas são alocados em cada processo, desde a

aquisição de matérias primas até o produto final vendido.

Classificação de Investimentos, Custos e Despesas

É de fundamental importância que esses gastos sejam classificados de forma que se possa identificar sua

representatividade junto aos produtos, visando assim uma correta apuração do resultado da entidade.

Investimentos - São as compras efetuadas pela empresa que tem potencial para geração de benefícios

futuros. Essas compras são consideradas investimentos até o momento de sua ativação (uso).

Custos - São gastos que se identificam direta ou indiretamente com o processo de transformação de

um produto.

Despesas - São gastos relativos direta ou indiretamente na obtenção de receitas.

Matérias Primas

O êxito da produção depende parcialmente do fluxo de abastecimento de matérias primas de boa qualidade,

baixo custo e atendendo as necessidades do momento.

O custo das matérias primas pode sofrer impacto tanto físico, pois a sua qualidade pode afetar diretamente o

seu consumo pela produção, como também financeiro, pois as variações de preços e condições do

mercado afetam tanto os valores dos estoques, quanto os produtos manufaturados.

Estoques

O método para avaliação de estoques é de fundamental importância para as empresas do

segmento industrial.As matérias primas são diretamente contabilizadas aos

produtos. Existe a possibilidade de haver consumo anormal

durante o processo de transformação. Em determinados casos, essas perdas podem ser recuperadas através da reutilização em novos

produtos.

Mão de Obra Direta

A Mão de Obra Direta é aquela relativa ao pessoal que trabalha diretamente sobre o produto em elaboração,

desde que sejam possíveis a mensuração do tempo despendido e a identificação de quem executou o trabalho, sem que haja a necessidade de qualquer

apropriação indireta ou por rateio.

Custos Indiretos de Fabricação (CIF’s)

São gastos envolvidos no processo de transformação, mas que só podem ser atribuídos às unidades

produzidas utilizando-se critérios de alocação como rateios, médias e divisões proporcionais.

À medida em que as novas tecnologias diminuíram os custos de Mão de Obra Direta, essas inovações

trouxeram um aumento considerável dos Custos Indiretos como Depreciação de Máquinas, Consumo

de Energia, Depreciação, etc. O sistema de Custeio Baseado em Atividades (ABC -

Activity Based Costing) surgiu com finalidade de atribuir de forma mais apropriada esses custos às

unidades produzidas.

Custeio por Absorção, Variável, Real e Padrão

A contabilidade de custos pode adotar diferentes formas de custeio e, consequentemente, de apuração

de resultado, sempre buscando atender a necessidade do usuário da informação.

CUSTEIO POR ABSORÇÃO - Todos os custos fixos e variáveis são apropriados ao produto.

CUSTEIO VARIÁVEL - É um método de grande utilidade para fins gerenciais. Nele, todos os custos e despesas variáveis e fixos dos produtos num período são confrontados com as receitas

geradas por esses mesmos produtos.

CUSTEIO REAL - Os departamentos recebem os custos reais de matéria prima, mão de obra direta e custos indiretos de

fabricação

CUSTEIO PADRÃO - Os custos são predeterminados antes do início da produção. Os custos dos produtos, operações e

processos são determinados através do emprego de padrões já estabelecidos.

MÉTODOS DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS

TANTO OS SISTEMAS DE CUSTO REAL, CUSTO PADRÃO, CUSTEIOPOR ABSORÇÃO E CUSTEIO VARIÁVEL PODEM SER USADOS EMCONEXÃO COM DIFERENTES MÉTODOS DE ACUMULAÇÃO DECUSTOS DENTRO DA CADEIA PRODUTIVA DAS INDÚSTRIAS

Custo por Processo

Consiste na determinação dos custos por departamentos/processos por um determinado

período de tempo. O custo do produto representa a soma dos custos de cada departamento necessários

para a fabricação do produto. Esse método é utilizado por indústrias com produtos padronizados

e produção contínua.

Custo por Ordem de Fabricação

Os custos são identificados diretamente com cada ordem de fabricação e controlados separadamente durante a produção. Esse método é utilizado em indústrias com

produção descontínua.

CUSTOS EM SERVIÇOS

A moderna contabilidade de custos em empresas não industriais

“Com o advento da nova forma de usar Contabilidade de Custos, ocorreu seu maior aproveitamento em outros campos que não o industrial. No caso de instituição não tipicamente daquela natureza, tais como instituições financeiras, empresas comerciais, firmas de prestação de serviços etc., onde seu uso para efeito de balanço era quase irrelevante (pela ausência de estoques), passou-se a explorar seu potencial para o controle e até para as tomadas de decisões.

Mesmo nas empresas prestadoras de serviços que eventualmente faziam uso de Custos para avaliação dos “Estoques de Serviços em andamentos”, ou seja, para a avaliação dos custos incorridos em projetos ainda não acabados, seu campo alargou se de maneira formidável.

“É hoje relativamente comum encontrarmos Financeiras, Lojas Comerciais, escritórios de Planejamento, de Auditoria, de Consultoria etc., utilizando se de Contabilidade de Custos.”

CUSTEIO POR ABSORÇÃO

Custeio significa Apropriação de Custos. Assim, existem Custeios por Absorção, Custeio Variável, ABC etc..

Custeio por Absorção é o método derivado da aplicação dos Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos, nascido da situação histórica mencionada. Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de produção, todos os gastos relativos ao esforço de produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos.

Dentre outros Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos, separei o Principio da Realização da Receita, como foco para elaboração do trabalho.

Contabilmente temos um principio que deve ser estudo para melhor aplicação é o Principio da realização da Receita. ”A receita é considerada realizada e, portanto, passível de registro pela Contabilidade, quando produtos ou serviços produzidos ou prestados pela Entidade são transferidos para outra Entidade ou pessoa física com a anuência destas e mediante pagamento ou compromisso de pagamento especificado perante a Entidade produtora.”

Exemplo: Uma empresa de Auditoria em 16/07/2011 foi contratada para auditar as demonstrações de resultado e cobrou o equivalente a R$ 90.000,00 pelos serviços de 240 horas.

Com base em informações obtidas pela contabilidade, a contratada possui a seguinte demonstração por método do Custo por Absorção

AO FINAL DO MÊS VERIFICOU SE QUE 120 HORAS DO TOTALCONTRATADO JÁ TINHA SIDO PRESTADO.

COMO RECEITA, QUANTO TEMOS DE RESULTADO NO MÊS?

Valor cobrado da consultoria: R$ 90.000,00 Horas Fixadas: 240 h Data de inicio: 15/07/2011Hora executadas até 31/07/2011 120 hora

RECONHECIMENTO DO RESULTADO

Contabilização do pagamento em 15/07/2011 Ativo - Caixas/Bancos Passivo - Adiantamento de Fornecedores...............................R$ 90.000,00 Importante ressaltar que neste momento não houve reconhecimento de

receita ou despesa. Este reconhecimento de resultado acontecera quando transferirmos os serviços para a outra Entidade.

Contabilização do reconhecimento do resultado em 31/07/2011. Passivo - Adiantamento de Fornecedores Resultado – Receita com Prestação de Serviços.......................R$ 45.000,00 Neste primeiro momento a contratada reconheceu como resultado o valor

proporcional ao serviço prestado. O mesmo acontecerá com a despesa. A parte do resultado relativa ao serviço só pode ser reconhecida no

momento em que os serviços são prestados.

A PARTE DO RESULTADO RELATIVA AO SERVIÇO SÓ PODE SER RECONHECIDA NO MOMENTO EMQUE OS SERVIÇOS SÃO PRESTADOS.

FORMAÇÃO DE PREÇOS.

FORMAÇÃO DE PREÇO: UM PROCESSO COMPLEXO E ABRANGENTE

A formação de preços é muito mais do que o simples processo de acumular custos e acrescentar uma margem de lucro. Para que o preço calculado produza consequênciassatisfatórias no curto, médio e longo prazo, alguns princípios devem ser observados:

1. Distribuição dos custos comuns entre produtos e serviços

A distribuição dos custos comuns é denominada rateio dos custos indiretos. Esta é uma das tarefas mais difíceis de executar porque qualquer critério de rateio escolhido sempre conterá algum grau de subjetividade. O melhor a fazer é escolher o critério de rateio mais aplicável às características da empresa e do processo de produção ou operação, mas sem perder de vista que o objetivo final do rateio é que o total dos custos comuns (custos indiretos) seja coberto.

2. Volume de produção para cálculo do custo unitário

Para fins de formação de preço, o volume a ser considerado é aquele para o qual os custos foram assumidos. Isto significa que para fins de formação de preço, deve ser considerada a capacidade de produção e não a quantidade que foi produzida. Alguns ajustes podem ser feitos sobre a capacidade de produção (inclusão de um fator de ociosidade natural, por exemplo).

3. Tributação

Um dos itens formadores do custo e portanto, do preço, são os impostos incidentes sobre o resultado da empresa, como é o caso do Imposto de Renda e Contribuição Social das empresas. Por sua vez, o resultado a ser estimado dependerá, entre outros fatores, do próprio preço que está sendo calculado, o que gera alguma circularidade no cálculo do preço. Para algumas empresas a alíquota de tributação em cada mês depende do faturamento nos doze meses anteriores. Assim, para estimar adequadamente a alíquota média de tributação ao longo de uma ano, é necessário trabalhar com um período de vendas de vinte e quatro meses, sendo doze realizados e doze projetados.Este exemplo indica que a formação de preço não é um processo de cálculo exato, mas sim estimado.

4. Tratamento dos custos variáveis não padronizados

Na maioria dos casos, os custos variáveis são bem padronizados. Por exemplo, na fabricação de um modelo de mesa, o custo da madeira usada pode ser calculado de forma bastante precisa. Por outro lado, para uma empresa varejista que aceita vários tipos de cartão de débito, de crédito, vale refeição, cada um deles tem um custo diferente. Por esse motivo, para achar o percentual de custo desse tipo de venda em relação ao total, é necessário que se estime a parcela de venda recebida para cada tipo de cartão. Será preciso usar a série histórica de dados e ajustá-la a eventuais tendências futuras para poder projetar o percentual médio desse tipo de custo variável em relação às vendas e, consequentemente, ao preço.

5. Inclusão de todos os custos de oportunidade

Os denominados “custos não caixa” precisam ser incluídos e, além disso, serem computados corretamente. Por exemplo, nas pequenas e médias empresas, o valor do pró-labore dos sócios costuma ser baixo (um salário mínimo) por razões de economia tributária. Entretanto, o valor real do trabalho desses sócios (custo de oportunidade) pode ser bem maior do que o pró-labore que formalmente é pago. Assim, o verdadeiro valor do trabalho dos sócios deve ser considerado para fins de formação de preço. Em geral, o custo oportunidade mais significativo é o custo do capital investido. Ele deve ser incluído com o uso do método do retorno do investimento em lugar do tradicional mark up. Além disso, deve ser usado o calculo de depreciação.

6. Distorção do objetivo da formação de preços O processo de formação de preços não deve buscar transformar a empresa numa repassadora de custos. Deve ter, antes de tudo, o objetivo de análise de preços que eventualmente poderá mostrar que a empresa não tem competitividade para oferecer aquele produto ou serviço. Exemplo. Uma empresa, por motivo de dificuldades financeiras, está com seus equipamentos de produção operando além da vida útil recomendada. Em consequência, terá custos elevados de manutenção e custos decorrentes de perdas com paradas não programadas. Nessas condições, seu custo será mais elevado do que o de seus concorrentes que operam com os equipamentos dentro da vida econômica. O preço encontrado nessas condições deveria sinalizar que essa empresa perdeu sua competitividade ao invés de ser imposto ao mercado.

Modelo básico de formação de preçoO método de formação de preços mais tradicional consiste em calcular o custo total unitário do produto e acrescentar uma margem de lucro, também chamada markup. O percentual de markup deve ser calculado de forma a gerar a taxa de retorno desejada sobre o investimento próprio da empresa. Uma vez que sobre o preço de venda incidem alguns encargos (impostos, comissões, etc.), isto precisa ser levado em conta no processo de cálculo do preço que por este motivo não será a simples aplicação do markup sobre o custo. Num processo de formação de preços mais rigoroso, outros ajustes se fazem necessários. Entre eles podem ser citados: prazo de pagamento concedido pelos fornecedores, prazo de pagamento concedido aos clientes, prazo de recolhimento de impostos incidentes sobre o preço. O modelo básico de precificação com base no markup sobre o custo considera os seguintes elementos:

Neste modelo básico, o preço de venda é calculado a partir do seguinte raciocínio: o preço de venda menos os encargos sobre vendas deve ser igual ao custo de produção/operação mais a margem de lucro desejada. A representação dessa igualdade a partir dos elementos e respectivos símbolos apresentados antes é a seguinte:

Exemplo:O custo unitário de um produto é R$ 200,00. O percentual de encargos incidentes sobre o preço de venda é de 27%. Digamos que a empresa precise aplicar um percentual de 32,4% sobre o custo (markup) de modo a obter sua meta de retorno de 16% ao ano sobre o investimento. O preço de venda será:

Tomada de Decisão

O Papel da Controladoria e do Controller no Processo de Tomada de Decisão.

“O órgão administrativo Controladoria tem porfinalidade garantir informações adequadas ao processodecisório, colaborar com os gestores em seus esforços deobtenção da eficácia de suas áreas quanto aos aspectoseconômicos e assegurar a eficácia empresarial, também sobaspectos econômicos, através da coordenação dos esforçosdos gestores das áreas”. ¹

[1] MOSIMANN, Clara Pellegrinello; FISCH, Sílvio. Controladoria: seu papel na administração de empresas. Florianópolis: UFSC, 1993. p. 85

“O processo decisório é influenciado pela atuação daControladoria por meio das informações de planejamento econtrole”.²

[2] OLIVEIRA, Luis Martins de; PEREZ JR, José Hernandes; SILVA, Carlos Alberto dos Santos. Controladoria Estratégica. São Paulo: Atlas, 2002. p. 18

Processo de tomada de decisão

“Isto significa que não existe um perfil ideal dodecisor, o que não deve constituir um desestímulo àbusca da melhoria e do desenvolvimento gerencial. Oque se configura é uma permissão para que o gerenteseja mais humano, passível de erros, de idas e vindas,de novas aprendizagens, sem aquela exigência deperfeição absoluta que os modelos prescritivos exigem”.

[3] OLIVEIRA, Luis Martins de; PEREZ JR, José Hernandes; SILVA, Carlos Alberto dos Santos. Controladoria Estratégica. São Paulo: Atlas, 2002. p. 118

As fases do processo de tomada de decisão 1. “Definição do problema; 2. Obtenção dos fatos; 3. Formulação das alternativas.4. Ponderação e decisão da ação a ser implementada” 4.

[4] FIGUEIREDO, Sandra; CAGGIANO, Paulo César. Controladoria: teoria e prática.2.ed.São Paulo:Atlas, 1997.p. 34.

Schimidt demonstra na figura abaixo, denominada “Ciclode evolução dos negócios”, o fluxo que a informaçãopercorre, levando a uma tomada de decisão, que gera umaação e esta por sua vez produz mais informações. 5

[5] SCHIMIDT, Paulo. (Org.). Controladoria agregando valor para a empresa. Porto Alegre: Bookman, 2002.p.85.

Identificação de melhores modelos de decisão

[6] OLIVEIRA, Luis Martins de; PEREZ JR, José Hernandes; SILVA, Carlos Alberto dos Santos. Controladoria Estratégica. São Paulo: Atlas, 2002. p. 18

“As informações de planejamento e controle exigemsistemas de informação que suportem as decisões. A missãoda Controladoria é otimizar os resultados econômicos daempresa por meio da definição de um modelo deinformações baseado no modelo de gestão”. 6

Abaixo, alguns modelos para análise: Avaliação Global - análise financeira ou análise de balanço, permitem uma visãoglobal de todas as operações.

Avaliação Setorial - resultados de cada setor ou contabilidade divisional ou setorial.

Gestão Operacional - compreende todo o processo produtivo até a entrega doproduto final ao cliente.

Custos - uma adequada análise é fundamental para o auxilio na tomada de decisões.

Orçamentos - uma ferramenta de previsão e de controle dos objetivos de cada setor efonte de informação para tomada de decisão.

CONCLUSÃO

A correta gestão de custos com análise de cada direcionador proporciona a empresa a sua continuidade no mercado independente do setor de atuação;

O processo de formação de preços é naturalmente abrangente e complexo e, por isso, bastante desafiador. A não aceitação desse fato conduz habitualmente a decisões erradas. Em muitos casos, as conseqüências de decisões erradas de preço não se fazem sentir de imediato. É exatamente nesse ponto onde a precificação incorreta pode ser mais danosa para a empresa;

A Tomada de Decisão tem que levar em consideração as várias nuances do complexo ambiente organizacional considerando que as decisões deve levar a organização a otimização de seus recursos, redução de custos, elevação de desempenho e ganhos de resultados.