o planeamento familiar 20080216 v2
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Curso de Preparação para o Matrimónio
O Planeamento Familiar
Paróquia de Santa Maria de Belém
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1. O que é o Planeamento Familiar?
Decisão LIVRE. Programação. Tarefa a DOIS. Ao longo da vida do casal. Sobre o número de filhos a ter. Sobre a altura de os ter.
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2. Os nossos planos e o Plano de Deus.
Planos da Piedade e Lourenço
1. Acabar o Curso.
2. Estabilizar a vida profissional
3. Ter entre 3 e 4 filhos com idades relativamente próximas
A Maria nasceu no 4ª ano do curso.
Planeámos um segundo filho que morreu às 15 semanas de gestação.
Planeámos outro filho.
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2. Os nossos planos e o Plano de Deus.
Planos da Piedade e Lourenço
1. Acabar o Curso.
2. Estabilizar a vida profissional
3. Ter entre 3 e 4 filhos com idades relativamente próximas
Planeámos outro filho.
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2. Os nossos planos e o Plano de Deus.
Planos da Piedade e Lourenço
1. Acabar o Curso.
2. Estabilizar a vida profissional
3. Ter entre 3 e 4 filhos com idades relativamente próximas
A Maria nasceu no 4ª ano do curso.
NÃO PLANEADA
Planeamos um segundo filho que morreu às 15 semanas de gestação.
PLANO FALHADO
Planeamos outro filho.
Tivemos os Gémeos
QUAL O PLANEADO?
Foi este o Plano de Deus para a nossa família
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2. Os nossos planos e o Plano de Deus.
ACOLHIDOS
ACOLHIDOS
Desejados ?
Desejados ?
Plane
ados
?
Plane
ados
?Foi este o Plano de Deus para a nossa família
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2. Os nossos planos e o Plano de Deus.
João: cabelo louro e olhos esverdeados
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2. Os nossos planos e o Plano de Deus.
João: cabelo louro e olhos esverdeados
Helena: loira e com olhos azuis
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2. Os nossos planos e o Plano de Deus.
Nasceu a Leonor: Loira, um olho de cada cor e…
Mongloide (trissomia21)
João: cabelo louro e olhos esverdeados
Helena: loira e com olhos azuis
Planos da Helena e do Zé Filipe
1. Esperavam ter mais um filho, rapaz ou rapariga, possivelmente loira/o e com os olhos, esverdados ou azuis.
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3. Os Filhos não são um Direito ou uma Propriedade dos Pais
Adoptar ou acolher um filho, é oferecer uns pais a uma criança. Não é oferecer uma criança a uns pais.
Ser Pai ou Mãe, é aceitar um dever e não reivindicar um direito.
É colocar a nossa família à disposição de Deus. Não é exigir-lhe que nos dê um filho.
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4. Planeamento Familiar. Critérios.
Quem decide é o casal. Não é o médico, os amigos ou a família.
Generosidade e Dádiva.
Ponderação e realismo.
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4. Planeamento Familiar. Critérios.
A nossa situação financeira é ainda frágil.
Ainda não temos tudo o que precisamos.
Não é bom para as nossas carreiras profissionais.
Mitos, ou realidades a levar em conta?
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5. Como chegámos aqui?
AdultosAuto-
suficientes?
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5. Como chegámos aqui?
Infância e adolescênciaDependência
para viver
AdultosAuto-
suficientes?
Maria: 21 anos. Ainda precisa do nosso apoio até se tornar “quase” completamente independente
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5. Como chegámos aqui?
BébésDependência
para sobreviver
Bébés: dependentes para sobreviver.
AdultosAuto-
suficientes?
Infância e adolescênciaDependência
para viver
Actividade principal: chuchar no dedo e dormir.
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5. Como chegámos aqui?
Parto
Vida antes do Parto
Dormir e chuchar no dedo. Antes e depois do parto…
BébésDependência
para sobreviver
AdultosAuto-
suficientes?
Infância e adolescênciaDependência
para viver
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5. Como chegámos aqui?
Parto
Vida antes do Parto
Bébé com 21 semanas agarra na mão do médico que está a operá-lo.
Até dentro da mãe a vida exige alguns esforços inesperados!
BébésDependência
para sobreviver
AdultosAuto-
suficientes?
Infância e adolescênciaDependência
para viver
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5. Como chegámos aqui?
Parto
Vida antes do Parto
Desde quase nada, até agora. Sempre a mesma vida.
BébésDependência
para sobreviver
AdultosAuto-
suficientes?
Infância e adolescênciaDependência
para viver
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5. Como chegámos aqui?
Fecundação Nidaç
ão
Relação sexual
No período fértil
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5. Como chegámos aqui?
PartoNidação
Desenvolvimento intra uterino
BébésDependência
para sobreviver
AdultosAuto-
suficientes?
Infância e adolescênciaDependência
para viver
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5. Como chegámos aqui?
Ninguém me matou.Fui ajudado quando foi necessário
Sobrevivemos sozinhos, mas somos ainda muito dependentes dos pais.
Dependemos dos pais para tudo. Se não tratarem bem de nós, morremos
PartoNidaçãoFecundação
Se o corpo da mãe nos rejeitar, morremos.
Pai
Mãe
EU: toda a minha vida
Infância e adolescênciaDependência para crescer
AdultoVida antes do Parto
BébésDependência
para sobreviver
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6. Sistema Reprodutor.
Regulação dos Nascimentos
• Há vários métodos de regulação dos nascimentos.
• Para podermos optar, temos que os conhecer.
• Como funcionam.
• Qual a sua eficácia.
• Quais as implicações éticas e morais
• E como todos estão relacionados com o sistema reprodutor humano, temos que começar por aí
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6. Sistema Reprodutor
Masculino
Os testículos produzem espermatozóides
Nas vesículas seminais e na próstata é segregado um líquido, o sémen, que transporta espermatozóides dos testículos até à uretra
1 – bexiga; 2 – vesícula seminal; 3 – próstata;
4 – uretra; 5 – canal deferente; 6 – epidídimo;
7 – testículo; 8 – pénis; 9 – intestino grosso
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6. Sistema Reprodutor
Masculino
Durante a ejaculação 400 a 500 milhões de espermatozóides são expelidos através da uretra
Cada espermatozóide é constituído por uma cabeça e uma cauda e tem movimentos próprios (mas é apenas mais uma célula do Pai e não um novo ser)
Em meio desfavorável não resiste para além de umas horas; em meio favorável pode manter-se entre 3 a 5 dias
O homem está continuamente a produzir espermatozóides, por isso, está sempre fértil
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6. Sistema Reprodutor
Feminino
Os ovários contêm desde a sua formação milhares de óvulos armazenados
Só na puberdade, por acção de uma hormona, começam a amadurecer e a serem libertados, geralmente, um por mês alternadamente de cada ovário (ciclicamente)
OvárioCorpo amareloOvulação
Óvulo maduro
Óvulos
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6. Sistema Reprodutor
Feminino
1 – vagina
2 – parede do útero
3 – colo do útero
4 – endómetrio
Os ovários estão colocados um de cada lado do útero muito próximo das franjas das trompas
A ligação dos ovários ao útero faz-se pelas franjas das trompas
O útero está em comunicação com o exterior através da vagina
5 – glândulas cervicais
6 – trompa
7 – franjas
8 – ovário
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6. Sistema Reprodutor
Feminino
O útero é revestido interiormente por uma mucosa (endométrio).
As glândulas cervicais que existem no colo do útero são responsáveis pelo muco que é uma secreção que altera as suas características ciclicamente
Esta é eliminada, todos os meses, para o exterior pela vagina através de uma hemorragia - menstruação - e depois volta a renovar-se.
1 – vagina
2 – parede do útero
3 – colo do útero
4 – endómetrio
5 – glândulas cervicais
6 – trompa
7 – franjas
8 – ovário
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6. Sistema Reprodutor
O Ciclo Menstrual
No ciclo de fertilidade da mulher, podemos distinguir 3 fases:
ANTES, DURANTE e DEPOIS da ovulação
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6. Sistema Reprodutor
Período Pré-ovulatório Por acção de uma hormona produzida no cérebro, um óvulo amadurece
dentro de um folículo
O folículo produz uma outra hormona que vai preparar os outros orgãos para uma gravidez:
Mucosa: começa a espessar e a ficar rica em sangue
Colo do útero: começa a amolecer e a abrir para permitir a passagem dos espermatozóides
Glândulas cervicais do colo: começam a segregar o muco, que nesta fase é espesso e esbranquiçado ou amarelado opaco
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6. Sistema Reprodutor
Ovulação Quando o folículo atinge a maturação segrega ao máximo a sua
hormona
Mucosa: está grossa e rica em nutrientes
Colo do útero: aberto
Nesta altura, outra hormona segregada pelo cérebro, faz rebentar o folículo e acontecer a OVULAÇÃO
Muco: aspecto semelhante ao da clara de ovo (transparente e elástico) – facilita a passagem dos espermatozóides (meio óptimo à sua sobrevivência)
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6. Sistema Reprodutor
Ovulação
O óvulo libertado é aspirado pelas franjas da trompa e conduzido para o seu interior
O óvulo vive em média 6 a 12 horas (no máximo 24h) e a fecundação só é possível neste espaço de tempo
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6. Sistema Reprodutor
Período Pós-Ovulatório
Mucosa: continua a desenvolver-se e a encher-se de vasos
Colo do útero: fica rijo, fecha a entrada do útero e suspende a secreção do muco
A temperatura do corpo aumenta uns décimos de grau
No ovário forma-se uma cicatriz - corpo amarelo - resultante da rotura do folículo que produz uma outra hormona que prepara o corpo da mulher para a gestação
Muco: torna-se espesso, funcionando como uma rolha a tapar a entrada do útero
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6. Sistema Reprodutor
Período Pós-Ovulatório
Dois casos
Sem espermatozóides
Com espermatozóides
Não se dá a fecundação
Pode ser que haja fecundação
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6. Sistema Reprodutor Período Pós-Ovulatório
(Se houver fecundação)
O núcleo do óvulo e o do espermatozóide fundem-se e dão origem a uma nova célula - diferente das do pai e das da mãe - um novo ser, uma NOVA VIDA. Esta nova célula, chama-se ovo, e é já o bébé - aqui começa a vida!
O ovo/bébé começa a dividir-se e, por acção dos movimentos da trompa, vai sendo empurrado até que ao fim de 7 a 8 dias chega ao útero
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6. Sistema Reprodutor Período Pós-Ovulatório
(Se houver fecundação)
Durante os primeiros dias de vida, o bébé é alimentado pelas reservas do próprio ovo
Gravidez
Nidação
Placenta
Ao chegar ao útero o bébé já não tem alimento e penetra na mucosa que está preparada para lhe fornecer os primeiros alimentos - Nidação - até que ele lance as suas “raízes”, dando-se início à formação da placenta
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6. Sistema Reprodutor Período Pós-Ovulatório (Se não houver fecundação)
Passados cerca de 14 dias da ovulação deixa de ser produzida a hormona do folículo:
A mucosa do útero descama provocando a hemorragia conhecida como menstruação
Nesse dia recomeça o ciclo
A temperatura do corpo baixa
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Artificiais Naturais
Dois Tipos
Produtos e/ou mecanismos, manipuladores dos fenómenos naturais do corpo do homem e da mulher
Evitar engravidar
Processos em que o casal usa os dados que a mulher obtém através da observação de sinais que o seu corpo lhe dá sobre a sua fertilidade, para regular o nascimento dos seus filhos, conforme o seu projecto de vida
Eficazes tanto para engravidar como para evitar engravidar
7. Métodos de Regulação dos
Nascimentos.
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7. Métodos Artificiais.Hormonais
Pílula, Injectáveis, Implante, Adesivos
Mecanismo de acção:
- Impedem a progressão dos espermatozóides.
- Impedem a ovulação.
- Impedem a nidação.
Espessamento do muco cervical actua como barreira
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7. Métodos Artificiais.Hormonais
Pílula, Injectáveis, Implante, Adesivos
Mecanismo de acção:
- Impedem a progressão dos espermatozóides.
- Impedem a ovulação.
- Impedem a nidação.
Não se dá a ovulação. O óvulo não é libertado
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7. Métodos Artificiais.Hormonais
Pílula, Injectáveis, Implante, Adesivos
Mecanismo de acção:
- Impedem a progressão dos espermatozóides.
- Impedem a ovulação.
- Impedem a nidação.
Alterações nas paredes do útero (endométrio) impedem a nidação
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7. Métodos Artificiais.De Intervenção
DIU / Aparelho
Mecanismo de acção: Efeito de “corpo estranho” no útero, provocando alterações no endométrio que rejeita o embrião, impedindo-o de se nidar.
Nalguns DIUs, acção espermicida e hormonal, insuficiente para evitar a fecundação.
Colocação: colocado pelo médico no interior do útero.
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7. Métodos Artificiais.Cirúrgicos
Esterilização (F)
Mecanismo de acção: Impossibilita a fecundação, impedindo o encontro entre o óvulo e o espermatozóide.
Intervenção: Laqueação das trompas através de cirurgia. Corte ou bloqueio das trompas.
Necessidade de hospitalização e anestesia geral.
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7. Métodos Artificiais.Cirúrgicos
Esterilização (M)
Mecanismo de acção: Impossibilita a fecundação, impedindo o transporte dos espermatozóides para o exterior.
Intervenção: Laqueação dos “canais deferentes” através de cirurgia.
Não é necessária hospitalização e basta anestesia local.
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7. Métodos Artificiais.De Barreira
Preservativo Masculino
Mecanismo de acção: Impede a passagem dos espermatozóides para dentro do útero evitando a fecundação.
Colocação: antes de qualquer contacto dos órgãos sexuais quando o pénis está em erecção.
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7. Métodos Artificiais.De BarreiraDiafragma
Mecanismo de acção: Impede a passagem dos espermatozóides para dentro do útero evitando a fecundação.
Colocação: - Antes de qualquer contacto dos órgãos genitais.- Tamanho e forma de colocação por indicação médica.- Retirado 6 a 8 horas após a relação, sem lavar nesse período.
Vagina
Colo do Útero
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7. Métodos Artificiais.Químicos
Espermicidas
Mecanismo de acção: Destroem ou imobilizam os espermatozóides impedindo-os de ascender dentro do útero, evitando a fecundação.
Utilização: - Colocação através da vagina, em posição deitada, ficando a tapar a entrada do colo do útero.
- Colocação até 30 minutos antes da relação sexual no caso dos cremes e 10 minutos no caso dos cones ou tabletes.
- A mulher só se pode lavar 8 horas durante a relação e deve permanecer deitada durante esse período.
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7. Métodos Naturais
Acções:
- Abstinência sexual nos períodos de fertilidade da mulher para não engravidar.
- Relacionamento sexual nos períodos férteis da mulher para engravidar.
Princípios:
- Conhecimento e respeito pelos ciclos naturais da fertilidade feminina.
- Servem tanto para evitar como para conseguir a gravidez.
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7. Métodos Naturais
Método da Ovulação - Billings
Funcionamento:
- Reconhecimento do período fértil pelas alterações observadas nas características do “muco”.
- Pouco antes da ovulação o muco é abundante, elástico, transparente e viscoso (muco filante).
Período Infértil
Muco GrossoPeríodo Fértil
Muco Filante
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7. Métodos Naturais
Método da Ovulação - BillingsFuncionamento:- Observação Diária.- Registo.- Regras a cumprir.
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7. Métodos Naturais
Método da Temperatura
Três temperaturas altas, seguidas e estáveis, acima das anteriores: deu-se a ovulação - período de infertilidade que dura até à próxima menstruação.
A seguir à ovulação a temperatura basal sobe e permanece a um nível 2 a 4 décimos de grau mais alto durante 12 a 16 dias.
Registando diariamente a temperatura basal num gráfico, nota-se uma subida na linha de temperaturas representadas. A subida da temperatura é um sinal de que a ovulação ocorreu.
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7. Métodos Naturais
Método Sinto - TérmicoFuncionamento:Reconhecimento do início e fim do período fértil através de:- Medição da Temperatura Basal- Observação do Muco (Método Billings).- Outros sinais de fertilidade (colo do útero e outros).
Período InfértilPeríodo Infértil
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Condicionantes Exigência de observação diária. Registos precisos. Condicionamento das relações sexuais
para evitar uma gravidez.
Eficácia Muito boa, se o casal estiver motivado e
conhecer bem o método.
7. Métodos Naturais
Aspectos Positivos Serve para evitar ou para conseguir uma
gravidez. Respeita o bio-rítmo da mulher. Permite assumir e gerir a sua fertilidade. Estimula a comunicação e desenvolve a
sua auto-estima. Pode ser usado por qualquer mulher em
todas as fases da sua vida reprodutora. Não tem contra-indicações nem efeitos
secundários. Pode conseguir-se reduzir o tempo
em que o casal tem que evitar as relaçoes sexuais.
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7. Métodos de Regulação dos Nascimentos.
Critérios• Defesa da Vida.
• Efeitos secundários ou indesejados.
• Impacto no casamento.
• Eficácia objectiva do método.
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7. Métodos de Regulação dos Nascimentos
Artificiais.
Potencialmente Abortivos Hormonais
• Pílulas (*).
• Implantes.
• Adesivos. DIU / Aparelho
* as pílulas em que não exista o efeito anti-nidatório não são abortivas.
Não Abortivos Barreira
• Preservativos.
• Diafragma. Químicos
• Espermicidas. Cirúrgicos
• Esterilização.
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Naturais• Defesa da Vida. √• Efeitos secundários ou indesejados. (não há) √• Impacto no casamento. √
• Depende do casal.• Potencialmente muito positivo.
• Eficácia objectiva do método. √• Depende do casal.• Potencialmente alta.
• Impacto na relação com DEUS. √
7. Métodos de Regulação dos Nascimentos
Naturais.
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8. A nossa experiência Quando e como começamos a usar os Métodos
Naturais.
Condicionantes actuais• Nº de filhos.• Idade.• Operações e saúde da Piedade.
Quando parece que “lá vem mais um!” O que aprendemos (desta última vez).
Vale a pena usar os Métodos Naturais!