planeamento turístico

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Planeamento Turístico António J. B. Ramalho

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Apontamentos de Planeamento Turístico

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  • Planeamento Turstico

    Antnio J. B. Ramalho

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  • 1. Planeamento Turstico 1.1. Noo 1.2. Etapas

    1.2.1. Anlise da procura 1.2.2. Anlise da oferta 1.2.3. Previso da procura 1.2.4. Custos de financiamento e implementao do plano 1.2.5. Monitorizao e avaliao

    2. Conceito de plano 2.1. Realidades 2.2. Objectivos 2.3. Implementao

    3. Estgios do plano de turismo 3.1. Estabelecimento de objectivos 3.2. Incorporao dos objectivos 3.3. Formulao de polticas 3.4. Programa de implementao 3.5. Mecanismo de monitorizao 3.6. Processo de reviso

    Contedos

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  • O Planeamento centra-se no futuro. o processo atravs do qual a gesto de topo, idealmente com a colaborao dos gestores dos outros nveis, define os propsitos globais da organizao, a misso, os objectivos estratgicos e a forma de os alcanar. O resultado da funo planeamento um Plano Estratgico.

    Os Planos Estratgicos podem ser concebidos com diferentes nveis de amplitude: os planos de desenvolvimento turstico so elaborados pelas regies de turismo, municpios, respectivas associaes ou por governos regionais ou nacionais.

    Cada empresa da rea do turismo tambm tem ou poderia ter o seu prprio plano estratgico de desenvolvimento.

    Noo de Planeamento Turstico

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  • Existem vrios tipos de planos Por exemplo, quanto sua amplitude e impacto temos

    Planos pessoais ou de pequenos grupos Planos micro Planos macro

    Noutra perspectiva, os planos tambm podem ser Estratgicos; Tcticos; Operacionais

    Finalmente, e sem preocupaes de exausto do tema, os planos podem ainda ser GERAIS ou SECTORIAIS

    Tipos de planos

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  • Misso

    Como posso ser til aos outros ao ponto de pagarem pelos meus servios?1. Resposta 1

    2. Resposta 2

    3. Resposta 3

    Viso

    De que forma posso ter sucesso naquelas actividades?1. Resposta 1

    2. Resposta 2

    3. Resposta 3

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  • Factores crticos de sucesso

    De que depende o meu sucesso quando exercer aquelas actividades?1. Resposta 1

    2. Resposta 2

    3. Resposta 3

    Oportunidades

    O que me pode ajudar a ter sucesso?1. Resposta 1

    2. Resposta 2

    3. Resposta 3

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  • Ameaas

    O que me pode impedir de ter sucesso?1. Resposta 1

    2. Resposta 2

    3. Resposta 3

    Foras

    Quais so as minhas virtudes?1. Resposta 1

    2. Resposta 2

    3. Resposta 3

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  • Fraquezas

    Quais so os meus defeitos?1. Resposta 1

    2. Resposta 2

    3. Resposta 3

    Anlise SWOT

    OPORTUNIDADES ameaas

    PONTOS FORTES

    pontos fracos

    UTILIZAR AS FORAS PARA

    EVITAR AS AMEAAS

    (Anlise Fa -

    FORAS/ameaas)

    APROVEITAR AS

    OPORTUNIDADES PARA

    ULTRAPASSAR AS

    FRAQUEZAS

    (Anlise fO -

    fraquezas/OPORTUNIDADES)

    MINIMIZAR FRAQUEZAS

    EVITAR AMEAAS

    (Anlise fa -

    fraquezas/ameaas)

    Matriz Sinergia

    (Anlise SWOT)

    UTILIZAR AS FORAS PARA

    POTENCIAR O

    APROVEITAMENTO DAS

    OPORTUNIDADES

    (Anlise FO -

    FORAS/OPORTUNIDADES)

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  • Normalmente so consideradas as seguintes fases do planeamento:

    Ver hiperligao: http://www.ipleiria.pt/portal/planoestrategico?p_id=185437

    Etapas do Planeamento

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  • O estudo do Turismo enquanto rea do conhecimento autnoma recente

    O planeamento turstico deveras importante, por importantes serem os impactos sociais, econmicos e ambientais da actividade turstica

    Sendo uma actividade econmica atractiva, importa controlar o seu crescimento, para acautelar que o crescimento desordenado (e desenfreado) comprometa o prprio futuro do Turismo, destruindo recursos ou tornando menos atractivos os recursos existentes

    Por outro lado, a crescente concorrncia entre destinos tursticos obriga a que se planeie adequadamente o perfil da oferta a proporcionar

    Prembulo dos apontamentos

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  • Planear antecipar o futuro no improvvel e preparar o caminho para l se chegar, com todas as mutaes e dificuldades que o desconhecido, embora previsvel, provoca (Nuno Abranja)

    Planear , portanto, um conjunto de actividades do presente que preparam e antecipam as actividades a desenvolver no futuro previsvel, tirando o melhor proveito possvel das oportunidades e, ao mesmo tempo, minimizando os efeitos nefastos das ameaas

    O Planeamento comeou no meio militar, tendo registado um especial perodo de desenvolvimento no decurso da 2. Guerra Mundial

    O Planeamento comeou depois a ser aplicado com sucesso no universo empresarial (a partir dos anos 50)

    Enquadramento do Planeamento Turstico

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  • O Planeamento especializado na actividade turstica e no seu desenvolvimento , todavia, uma disciplina recente que ainda agora est a dar os primeiros passos

    O impacto econmico, social e ambiental do Turismo de tal modo relevante que j no possvel deixar em livre curso a sua evoluo

    Abunda exemplos em como a nsia desmesurada dos promotores tursticos em realizarem lucros de forma muito rpida, acabou por comprometer quer a actividade que j vinha sendo desenvolvida por outros, quer o grau de atractividade de alguns recursos tursticos

    Assim, em sntese, o planeamento turstico visa o seu desenvolvimento sustentado, sem destruir recursos e visando o melhor aproveitamento possvel do potencial dos seus recursos

    Enquadramento do Planeamento Turstico

    (Continuao)

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  • O Planeamento um processo de deciso e de empenhamento colectivos, que levam concretizao de um projecto de desenvolvimento desejado

    O planeamento arte inata de alguns, tipo um dom, ou, pelo contrrio consiste na aplicao numa tcnica sistematizada, susceptvel de aprendizagem generalizada por todos quantos estudem os passos metodolgicos adequados?

    Sem desprezo pelo facto de se reconhecer que algumas pessoas dispem de ferramentas mentais que lhes permitem lerem a realidade envolvente e, de forma intuitiva (ou quase), esboarem com eficcia as aces a desenvolver que permitem tirar o melhor partido dessa realidade, a verdade que aqueles seguem uma determinada metodologia de forma sistemtica e organizada conseguem, em geral, resultados igualmente satisfatrios

    Portanto, O PLANEAMENTO APRENDVEL!

    Noo de Planeamento Turstico

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  • Assim, o planeamento deve ser visto como um processo suportado na investigao e avaliao que procura tirar o melhor partido das potencialidades e, por outro lado, que previne as ameaas do meio envolvente, tendo em vista alcanar os melhores resultados possveis para as pessoas ou organizaes que os promovem.

    Para alm das metodologias e tcnicas gerais, o planeamento torna-se especializado quando adapta tais saberes s especificidades de um determinado sector ou ramo de actividade.

    neste contexto que surge o Planeamento Turstico, o qual visa especificamente o desenvolvimento adequado e sustentado da actividade turstica, em ordem prossecuo dos objectivos dos interessados: indstria turstica, municpios, regies ou pases.

    Noo (continuao)

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  • O Planeamento Turstico pode ser visto segundo duas pticas: Uma ptica macro em que o Turismo constitui uma de entre vrias actividades econmicas

    desenvolvidas dentro de um determinado espao fsico municpio, regio ou pas o qual procura promover o adequado desenvolvimento desse espao de referncia, quer nas pticas econmica, social ou de ordenamento do territrio;

    Uma ptica micro em que o Turismo constitui um conjunto de negcios de uma determinada entidade de uma empresa, por exemplo a qual encontra na satisfao das necessidades da procura a via para gerar rditos que geram retornos adequados aos seus investimentos; neste caso o Planeamento Turstico envolve estudos de viabilidade, de marketing e estratgia.

    O planeamento um processo dinmico que nunca tem trmino mesmo quando se alcanam os objectivos definidos, j existem novas realidades e, por conseguinte, novos objectivos a atingir

    pticas do Planeamento Turstico

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  • Quando nos referimos ao planeamento do desenvolvimento turstico, este tipo de planeamento no difere de outros planeamentos, gerais ou sectoriais, excepto na maior ou menor intensidade de algumas das suas componentes e caractersticas especficas.

    No planeamento turstico, devemos considerar sempre a sua especificidade, a subjectividade das preferncias tursticas, a sua difcil medio total e o facto relevante de ser feito por pessoas para pessoas.

    Um correcto desenvolvimento turstico, que muito mais do que o mero crescimento da actividade turstica, s possvel com um correcto planeamento se no tivermos um perfeito conhecimento dos objectivos que queremos alcanar com esse desenvolvimento, de pouco servir o esforo de planeamento

    Noo de Planeamento

    (continuao)

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  • O desenvolvimento [turstico] definido como um estdio, caso seja esttico, ou um processo, caso seja dinmico

    Segundo Gunn (1994), o governo, as Organizaes No Governamentais (igrejas, instituies de solidariedade, clubes desportivos, entidades culturais, etc.) e as empresas/instituies tursticas produzem o desenvolvimento turstico do lado da oferta duma forma esttica, enquanto os turistas o fazem, do lado da procura, duma forma dinmica

    O desenvolvimento turstico no se confina a ser o objectivo central do planeamento turstico; ele , sobretudo, um meio para serem alcanados objectivos mais abrangentes como sejam o bem-estar das populaes ou a qualidade de vida

    Conceito de Desenvolvimento

    Turstico

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  • Os impactos do desenvolvimento turstico evidenciam-se sobretudo ao nvel regional

    Assim, importante que se levem em considerao os efeitos de tais impactos nas vertentes sociolgica, cultural, antropolgica, econmica e ambiental dessa mesma regio

    Numa palavra: o desenvolvimento turstico tem de ser sustentvel, o que o mesmo que dizer que no pode comprometer os recursos que iro proporcionar as hipteses de sobrevivncia das geraes futuras

    Conceito de Desenvolvimento

    Turstico (Continuao)

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  • O Planeamento Turstico deve integrar aspectos de outros planeamentos de carcter mais geral Se o planeamento for de uma empresa, deve integrar as pticas

    dos planeamentos municipais, regionais e nacionais relevantes; Se a ptica for municipal ento deve integrar ainda para alm

    das pticas regionais e nacionais do planeamento turstico a interligao com outros planos especializados como os planos de ordenamento do territrio, de recuperao do patrimnio, de actividades culturais ou, mais um exemplo, os planos para o desenvolvimento econmico

    Integrao do Planeamento Turstico

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  • Podemos identificar as seguintes etapas do processo de planeamento turstico: Anlise da procura turstica; Anlise da oferta turstica; Plano de aces a desenvolver; Investimentos a realizar, financiamentos e custos de

    implementao;Monitorizao e avaliao do plano implementado; Retroaco e reviso do plano

    Comecemos ento pela anlise da procura turstica

    Etapas do Planeamento Turstico

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  • A procura turstica pode ser entendida de muitas formas A mais comum aquela que procura quantificar em unidades

    monetrias os dispndios dos viajantes, a qual traduz a procura numa perspectiva eminentemente econmica

    Se bem que procura acima enunciada seja aquela que os analistas prefeririam ela tambm, na prtica, difcil de obter com preciso

    De facto, h imensas transaces tursticas que so realizadas fora dos circuitos tipicamente tursticos, assim como tambm existem muitas empresas tipicamente tursticas que realizam parte das suas operaes com residentes

    Anlise da procura Turstica

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  • Assim, tambm se procura estimar a procura turstica com base noutros indicadores manifestamente mais objectivos: Trfego nos aeroportos; Dormidas e taxas de ocupao de unidades hoteleiras; Refeies servidas; Outras estatsticas dos operadores tursticos e das agncias de

    viagens

    Face ao que precede definimos habitualmente procura turstica como sendo o nmero total de pessoas que viajam ou desejam viajar e que usam bens e servios tursticos num local fora da sua residncia ou local de trabalho habituais

    Procura Turstica (Continuao)

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  • H todavia um conceito mais especfico a que se d o nome de procura efectiva

    Neste contexto, a procura efectiva (turstica) corresponde ao montante que os consumidores (tursticos) querem e podem gastar com a aquisio de servios (tursticos)

    Os determinantes nucleares desta procura efectiva so as preferncias individuais e a percentagem que cada turista pode e est disposto a gastar, do seu oramento de despesas, ou do seu rendimento, na aquisio de servios tursticos

    Procura efectiva

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  • O conceito de procura turstica envolve as determinantes da procura e a sua influncia, tais como o rendimento individual ou o nvel de preos, abrangendo este quer os que viajam como tambm aqueles que desejam viajar, mas no o fazem por um determinado motivo

    A complexidade e a variedade de razes que motivam a necessidade e o desejo de frias exigem, cada vez mais, uma diversidade e uma complementaridade dos factores de atraco, motivo pelo qual tais razes necessitam ser compreendidas e interpretadas para se poder proporcionar as respostas adequadas

    Determinantes da procura

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  • J falmos da procura turstica em geral e da procura efectiva em particular importa agora conhecer os diferentes subtipos da procura: Procura efectiva Procura suprimida

    Procura potencial Procura diferida

    Estando j definida a procura efectiva importa agora clarificar que existe uma fraco dos pblicos potencialmente interessados nos servios tursticos que acaba, num determinado momento, por no exercer efectivamente tal procura: trata-se da procura suprimida

    Tipos de procura turstica

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  • Dentro da procura suprimida temos dois subtipos: A procura potencial traduz todos quantos desejam viajar mas que,

    todavia, no o fazem por no disporem dos recursos econmicos suficientes; estes pblicos viajaro certamente logo que vejam ultrapassadas as razes condicionantes que agora os impedem

    A procura diferida por sua vez j corresponde a outro grupo de no viajantes que tem capacidade econmica para viajar, deseja viajar, mas que no concretizou os seus intentos por razes do foro pessoal que o impediu (razes de sade, razes profissionais, etc.)

    Em termos prticos a procura suprimida seja esta potencial ou diferida pode a prazo transformar-se em procura efectiva

    Procura potencial e procura diferida

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  • So diversas os factores que influenciam o nvel e a intensidade da procura turstica

    Habitualmente estes factores dividem-se em trs tipos: Factores exgenos exteriores ao indivduo;

    Factores endgenos intimamente relacionados com o indivduo;

    Factores diversos os demais que no sejam susceptveis de incluir em nenhuma das classificaes anteriores (ou quando tal se revele difcil);

    Entre os factores exgenos incluem-se A situao econmica do pas ou regio;

    Aspectos sociolgicos, demogrficos e culturais que determinam a perspectiva de como se encara o fenmeno turstico

    A situao poltica, a paz social, a liberdade de circulao de pessoas, a segurana, etc.

    Factores influenciadores da procura

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  • A situao econmica , talvez, o aspecto que mais influencia o nvel quantitativo e qualitativo da procura turstica;

    Se bem que esta perspectiva de anlise se centre mais nos mercados emissores, os destinos tursticos tambm so influenciados pela economia (se bem que com menor amplitude);

    Por suas vez os factores socioculturais e demogrficos so aqueles que determinam a maior ou menor apetncia pela realizao de viagens;

    Por outro lado, so tambm estes factores que influenciam o tipo de turismo praticado, o qual substancialmente diferente entre os mais jovens e os menos jovens, entre os mais cultos e os menos eruditos, entre os mais ricos (e a sua subcultura) e os mais pobres, etc.;

    Finalmente, a situao poltica tanto nos pases de acolhimento como nos mercados emissores tambm condiciona a quantidade e o tipo de turismo praticado (as ditaduras colocam entraves liberdade circulao de pessoas)

    Factores exgenos

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  • Entre os factores endgenos destacam-se: As variveis econmicas que tm a ver com o rendimento

    disponvel e outros recursos de cada turista; As variveis geogrficas que tm que ver com o ponto de

    partida de cada turista; As variveis demogrficas que tm a ver com a idade,

    condio de sade, dimenso dos agregados familiares, etc., de cada turista;

    Variveis psicogrficas e comportamentais que tm a ver com a personalidade, a auto-imagem, o estilo de vida e os grupos de referncia de cada um dos turistas

    Factores endgenos

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  • Os factores diversos so aqueles que afectam de forma diferenciada cada um dos subgrupos de turistas;

    Tanto podem ser factores exgenos como endgenos ou, complicando, serem simultaneamente exgenos e endgenos consoante a perspectiva;

    Por exemplo os preos so uma varivel econmica das regies ou pases (varivel exgena) mas tambm so um factor condicionante para as famlias mais desfavorecidas (varivel endgena)

    Os transportes podem ser bons num ponto de partida (ou de chegada) e maus noutro, afectando de forma diferente os turistas de diferentes origens

    A cultura, etnias, a organizao poltica, a lngua, a religio, etc., de certos destinos tanto podem constituir motivadores como inibidores de deslocaes tursticas, afectando de forma diferenciada turistas diferentes

    Factores diversos

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  • Os factores antes enunciados, sejam eles exgenos, endgenos ou de difcil classificao, podem ser classificados ainda sob a seguinte dicotomia: Motivadores de procura turstica Inibidores de procura turstica

    consoante fomentem ou dificultem o acesso a bens e servios tursticos

    Por outro lado, face importncia sempre conferida aos factores de natureza econmica, por vezes de forma excessiva, tambm cada vez mais comum agregar os factores influenciadores de natureza extra-econmica

    Motivadores e inibidores

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  • Entre os factores que tanto podem ser motivadores como inibidores destaquem-se os seguintes: Cultura um dos principais factores que dimensiona a denominada

    nsia por viajar Preos das viagens que so motivadores quando descem e inibidores

    quando sobem Rendimento que inibe quando desce e motiva quando cresce, etc.

    Entre os factores extra-econmicos destacam-se Factores psicolgicos/psicogrficos (de psicocntricos a alocntricos) Idade, caractersticas psicossociolgicas (como o snobismo ou a

    ostentao), barreiras ou facilitadores culturais, etc.

    Motivadores e inibidores (2)

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  • Tal como a teoria econmica, as elasticidades susceptveis de serem avaliadas no sector de trs tipos:

    Elasticidade-rendimento;

    Elasticidade-preo;

    E elasticidades cruzadas

    Todavia, as anlises tendem a centrar-se mais na ptica do rendimento disponvel das famlias

    Assim, sabe-se, por exemplo, que

    O turismo , em geral, um bem normal, porquanto tem uma elasticidade-rendimento quase unitria (ou seja, quando o rendimento cresce (ou decresce) 1%, a procura tende a crescer (decrescer) tambm quase 1%)

    O turismo de massas considerado um bem econmico inferior porquanto tem uma elasticidade negativa relativamente ao rendimento (ou seja, decresce quando o rendimento aumenta e cresce quando o rendimento diminui;

    Os patamares mais elevados do turismo de luxo caracterizam-se por movimentos pr-cclicos (ou seja, crescem ou decrescem mais que proporcionalmente relativamente ao rendimento)

    Elasticidades da procura turstica

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  • Atravs de inquritos realizados ao nvel das famlias conseguem-se estimar a propenso bruta a viajar (PBV); e a propenso lquida a viajar (PLV)

    As propenses a viajar medem-se da seguinte forma:

    =

    =

    Propenso a viajar

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  • A taxa de frequncia de viagens (TFV) constitui uma medida relativa que relaciona as propenses a viajar (a bruta com a lquida)

    Assim, temos

    = ( )

    ( )

    A taxa de frequncia de viagens mede em termos mdios, afinal, quanto um mercado emissor pode proporcionar em termos de viagens depois de conhecer a sua predisposio para viajar

    Exemplo:

    =360

    1000 = 36% =

    120

    1000 = 12%

    =360 ()

    120 ()= 3 logo, . = 3 X 12% X 1000 = 360

    Vejam que este conceito til no porque nos indica um total de 360 viagens, mas sim que porque nos indica so realizadas 360 viagens por 3 vezes, ou seja, apenas podemos contar com 120 viajantes

    Taxa de Frequncia de viagens

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  • Em termos gerais a oferta turstica engloba tudo aquilo que o local de destino tem para oferecer aos seus turistas actuais e potenciais, sendo representada por uma gama de atraces, bens e servios que determinam a escolha do visitante

    Tal escolha pode at no corresponder primeira preferncia do visitante, no entanto corresponde seguramente quela que ele considerou a melhor opo de entre as alternativas que lhe eram conhecidas, face aos condicionalismos que determinaram a sua preferncia possvel

    Assim, todos os elementos que contribuem para a satisfao das necessidades de ordem psicolgica, fsica e cultural, que esto na origem das motivaes dos turistas, integram a oferta turstica

    Anlise da oferta turstica

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  • A complexidade e a diversidade das razes que motivam desejo de frias exigem, cada vez mais, uma variedade e uma complementaridade dos factores de atraco

    As potencialidades tursticas de qualquer destino s podem ser desenvolvidas mediante a existncia de infra-estruturas, equipamentos e servios que complementem, na realidade, a verdadeira oferta turstica

    A oferta turstica normalmente classificada em (1) oferta primria; e (2) em oferta derivada

    Anlise da oferta turstica

    (continuao)

    Oferta primria

    (ou original)

    Oferta derivada

    (ou construda)

    Oferta turstica

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  • Considera-se oferta turstica primria (ou original) as atraces existentes independentes da aco humana

    Oferta primria

    Paisagens

    Mar

    Rios

    Lagos

    Praias

    Cataratas

    Florestas

    Montanhas

    Desertos

    Fauna

    Flora

    Oferta Primria (Ou original)

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  • Considera-se oferta turstica derivada (ou construda) todas as atraces existentes resultantes da criao humana

    Oferta secundria

    Monumentos

    Parques temticos

    Centros de congressos

    Alojamento turstico

    Marinas

    Pistas de sky

    Campos de golfe

    Centros comerciais

    Oferta Derivada (ou construda)

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  • Plano

    Situao

    actual

    Caminho a seguir para vencer obstculos desde a situao actual ao futuro desejado

    Futuro

    desejado

    Obstculos

    Caminho a seguir

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