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Economia Wiliam Rangel O N L I N E O N L I N E

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EconomiaWiliam Rangel

O N L I N EO N L I N E

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Economia

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Introdução

Vivemos em um mundo altamente globalizado e pleno de informações e transformações, no qual os negócios evoluem junto com as empresas, que se reinventam a cada ciclo de crescimento, numa tentativa, por vezes, desesperada de responder às demandas de consumidores e cidadãos cada vez mais bem informados, conectados e exigentes.

Para entender melhor este cenário em transformação, ofertamos este conteúdo de economia, moderno e abrangente, pois desejamos que você saiba como utilizar os conhecimentos da ciência econômica para prever, antecipar e gerenciar os seus impactos para a condução de sua vida pessoal, sua vida profissional e também para sua participação na sociedade.

Nossa disciplina está integrada com as demais disciplinas que fazem parte de sua grade curricular, e aborda, de forma interdisciplinar, aspectos econômicos, sociais, ambientais e financeiros relacionados aos negócios realizados pelas pessoas e pelas empresas.

Nesta disciplina você verá as noções básicas de dois importantes setores da Economia: a Microeconomia - que mostra as interações entre consumidores e fornecedores que duelam em busca do equilíbrio de mercado -, e a Macroeconomia - que trata das grandes questões econômicas de nossos dias, como a inflação, o desemprego, os impostos e a formação do PIB de um país.

Abordaremos estas questões sempre com um olhar sobre a realidade que nos cerca, através de um conteúdo emoldurado por recursos educacionais que tornam o aprendizado mais fluido, mais interessante e participativo, no qual você verá como a Economia faz parte de sua vida e como você pode interpretar os eventos econômicos a seu favor, principalmente com relação ao mercado de trabalho, para o qual você está se capacitando.

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Economia

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Objetivos A disciplina de economia tem objetivos gerais e específicos bem claros, que nos permitem estabelecer as competências que devem ser desenvolvidas. Veja a seguir:

ObjetivosEspecíficos:

Capacitar o aluno para que ele tenha uma visão global sobre o mercado atual, de forma a identificar a empresa como um agente econômico que tem vida própria, que interage e atrita, todo o tempo, com as forças internas e externas do mercado.

ObjetivosGerais:

Apresentar ao aluno os principais conceitos da Teoria Econômica a fim de capacitá-lo para a compreensão das relações entre consumidor, mercado, governo e o setor externo da economia.

Competências a serem desenvolvidas na disciplina.

Esperamos que, ao final deste curso, você seja capaz de:

•Reconhecer as definições e conceitos básicos da ciência econômica e a forma como esta ciência social está organizada, além de ser capaz de ordenar e exemplificar os princípios econômicos de Mankiw;

•Demonstrar a lei da oferta e da demanda e ser capaz de construir esquemas da economia real que explicam o comportamento do consumidor no mercado de bens e serviços;

•Relacionar os fatores que influenciam na oferta e na demanda por bens e serviços, de forma a construir a noção de equilíbrio de mercado, com as possíveis restrições impostas pela elasticidade;

•Empregar os conceitos de PRODUÇÃO e de CUSTOS para categorizar e descrever estes custos à luz da contabilidade empresarial;

•Ordenar os conceitos e as definições básicas da Macroeconomia, visando à construção do resumo teórico sobre a contabilidade nacional e a compreensão dos grandes agregados macroeconômicos;

•Reconhecer e definir os conceitos do ambiente inflacionário, de forma que possa entender as causas e relacionar os efeitos da política econômica sobre o dia a dia da empresa e do mercado;

•Analisar o ambiente empresarial e esquematizar as forças políticas e econômicas que atuam sobre esse ambiente, identificando a interação entre a empresa e o mercado visando construir e comparar possíveis estratégias de respostas às forças de mercado.

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Introdução à MicroeconomiaUnidade 1

Wiliam Rangel

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Histórico da Administração de Recursos Humanos.

Gestão Integrada de RHU

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Sumário

Carta ao Aluno .................................................................................................. 06

Introdução ........................................................................................................ 07

Objetivos............................................................................................................ 08

Estrutura da Unidade........................................................................................ 08

UNIDADE1: Introdução à Microeconomia

Tópico1:Fluxo Circular da Renda e Moeda a Dois Fatores - Famílias /

Empresas ............................................................................. 09

Tópico2: Problemas Econômicos Fundamentais ...................................... 14

Tópico3: Divisão do Estudo Econômico .................................................... 15

Tópico4:Os Dez Princípios Básicos da Eonomia .................................. 19

Resumo ............................................................................................................. 32

Conteúdo de Fixação ....................................................................................... 33

ReferênciasBibliográficas.............................................................................. 34

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Carta ao Aluno

Caro(a) aluno(a),

Seja bem-vindo ao fascinante mundo da Economia!

Seja qual for o seu curso, seja qual for a sua atividade profissional, seja qual for a maneira como você conduz a sua vida pessoal, saiba que você é considerado um “ser econômico”, que interage com o mundo ao seu redor, e toma decisões segundo os seus valores, os seus interesses, os seus objetivos.

A disciplina Economia pretende dar a você a capacidade de entender o ambiente que o cerca e de interpretar de, forma adequada, os sinais que estão por toda a parte, e que vão ajudá-lo a se sentir mais seguro para tomar importantes decisões no mundo dos negócios ou em sua vida pessoal.

Adam Smith, considerado por muitos o “pai” da Economia Moderna e também das teorias do liberalismo, escreveu o seguinte no final do século XVIII: “Não é pelo dinheiro em si que os homens o desejam; é pelo que podem comprar com ele”.

Acrescentaríamos que não é apenas o que se pode comprar com ele, mas o que podemos transformar a partir dele, gerando riqueza para as pessoas, para as empresas, e para a sociedade, enfim. Isso denota a relevância do estudo econômico: pelo que ele pode agregar em conhecimento para a transformação de vidas e para o aumento da sua qualidade de vida.

Este material foi elaborado com a preocupação de dar a você um conteúdo robusto, atual, impregnado de informações e casos da vida real, em um formato atraente e interativo, de forma que sua participação possa ser intensa e proveitosa para o seu próprio aprendizado.

Nós, do NEaD, queremos lhe dar as boas-vindas e nos colocamos inteiramente ao seu dispor. Estaremos juntos nesta caminhada!

Bons estudos!

Wiliam Rangel - ECSA

(Professor-autor)

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Olá!

Seja bem-vindo (a) à Primeira Unidade de Aprendizagem de Economia!

Mostraremos que você é um ser econômico, que age na defesa de seus gostos, seus interesses, suas preferências, e que também interage com os demais agentes econômicos, que podem ter interesses, gostos e preferências bem diversos dos seus. Muitas das vezes ainda precisamos de uma intervenção governamental para disciplinar a questão dos direitos e deveres, ou a proteção aos agentes mais vulneráveis da sociedade. Como ajustar esses parâmetros para que os recursos escassos e disponíveis sejam alocados da forma mais eficiente entre todos os agentes?

A Economia, como ciência social, tenta dar respostas a essa e outras perguntas. Para entender este processo, um bom começo pode ser a compreensão sobre qual é o papel das famílias e das empresas na sociedade, em termos de posse e disponibilização de bens, serviços e fatores de produção, e as respectivas remunerações para as transações efetuadas. Nesse particular, você precisa saber como os agentes tomam decisões individuais e como interagem uns com os outros nos mercados, onde há regras implícitas de funcionamento que não podem ser ignoradas.

Vamos começar?

Bons estudos!

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Estrutura da Unidade

Objetivos

Ao final desta unidade, você será capaz de:

1. Entender o funcionamento básico do mercado, onde as famílias e as empresas interagem comprando e vendendo produtos, serviços e fatores de produção;

2. Estar familiarizado com a nomenclatura dos fatores de produção e seu significado econômico;

3. Compreender as divisões do estudo econômico, e como cada divisão trata dos problemas econômicos fundamentais;

4. Identificar os princípios econômicos que regem o comportamento dos agentes econômicos quando tomam decisões individuais e também como eles interagem com outros agentes no mercado;

5. Conhecer os princípios básicos do funcionamento da economia de um país.

Nesta Unidade de Aprendizagem, você terá o primeiro contato com as noções básicas de Economia, através do seguinte conteúdo:

1. Funcionamento básico da Economia por meio do fluxo circular da renda e da moeda;

2. Conceituação e definições sobre os fatores de produção e os problemas econômicos fundamentais;

3. Divisão do estudo econômico em quatro grandes áreas;

4. Dez princípios básicos da Economia, segundo a visão do economista N. Gregory Mankiw, para as decisões individuais dos agentes econômicos, para as interações entre esses agentes e sobre o funcionamento básico da Economia.

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1.FluxoCirculardaRendaeMoedaaDoisFatores–Famílias/Empresas

Pare e pense! Todos os dias, milhões de trabalhadores acordam cedo e se põem a caminho do trabalho, onde passam por um longo período exercendo suas atividades profissionais, produzindo bens ou serviços que são ofertados à sociedade. Ao final de um mês, as empresas remuneram esses trabalhadores com um salário, que será consumido na aquisição de bens e serviços necessários a sua manutenção. Estes bens e serviços foram produzidos por outros agentes econômicos, que também acordaram cedo, trabalharam por todo o mês e foram remunerados pelas empresas, e que também gastam o salário com novas aquisições, e o ciclo se repete indefinidamente. Todo esse processo se concretiza mesmo sem que você o perceba, e o diagrama do fluxo circular da renda, mostrado na Figura 1, vai permitir que você observe e entenda o fenômeno com mais detalhes.

Bens e ServiçosVendidos

Receita

Remuneração

Bens e ServiçosComprados

Gastos

Renda

Trabalho, Terra, Capital

Fluxo Monetário

Fluxo de Insumos e Produtos

Fatores deProdução

Mercado de Bens e Serviços:As Empresas VendemAs Famílias Compram

Empresas:Contratam e Utilizam Fatores de ProduçãoProduzem e Vendem Bens e Serviços

Famílias:Vendem os Fatores de ProduçãoCompram e Consomem Bens e Serviços

Mercados de Fatoresde Produção:

As Famílias VendemAs Empresas Compram

Figura 1: diagrama do fluxo circular da renda (Mankiw, 2005, Página 23).

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Esse diagrama é um modelo simplificado da realidade, que mostra como a economia está organizada e como os agentes econômicos interagem uns com os outros. Você pode entender esse processo em cinco passos:

Imagine um mercado onde constem apenas dois tipos de agentes econômicos: as famílias e as empresas. Apenas para conhecimento, um modelo mais completo incluiria o governo, arrecadando tributos e prestando serviços públicos à sociedade e, ainda, o mercado externo, com as exportações e as importações.

As famílias e as empresas interagem em dois mercados. No mercado de fatores de produção, as famílias ofertam às empresas a sua mão de obra e são remuneradas com o salário; ofertam seus imóveis e recebem aluguéis; ofertam capital para compra de ações das empresas, por exemplo, e são remuneradas com o lucro e os

Para adquirir os bens e serviços, as famílias incorrem em gastos, em despesas que, por sua vez, se convertem em receitas para as empresas.

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3juros. Em resumo, no mercado de fatores de produção, as famílias vendem os fatores, e as empresas compram esses insumos. Já no mercado de bens e serviços os papéis se invertem: as empresas ofertam os bens e serviços gerados com os insumos que adquiriu e transformou, e as famílias compram esses bens e serviços para satisfazer as suas necessidades.

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As despesas ou gastos das famílias são pagos com a renda que foi auferida com a venda dos fatores de produção: salários, aluguéis e lucros/ juros. Entretanto, essa remuneração representou uma despesa para as empresas. Para honrar essas despesas, as empresas vendem os bens e serviços às famílias, já incorporando as projeções de lucro.

As despesas ou gastos das famílias são pagos com a renda que foi auferida com a venda dos fatores de produção: salários, aluguéis e lucros/ juros. Entretanto, essa remuneração representou uma despesa para as empresas. Para honrar essas despesas, as empresas vendem os bens e serviços às famílias, já incorporando as projeções de lucro.

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Este diagrama foi colocado bem aqui, no primeiro capítulo porque, ao longo do curso, voltaremos a fazer referências a ele, de forma que você possa entender as noções básicas da ciência econômica.

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Economia é a ciência social que estuda como os agentes econômicos decidem empregar os recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas. (VASCONCELLOS; GARCIA, 2008). A partir dessa definição, fica clara a associação da administração de um Estado com a administração de um lar. Em ambos, os recursos produtivos são escassos e as necessidades humanas são ilimitadas, o que, frequentemente, nos leva a tomar decisões. E, na tomada de decisão, os agentes se deparam com a questão do trade-off1, já que a adoção de uma escolha implica, necessariamente, no abandono de uma segunda alternativa. Então, podemos dizer que esta é a principal questão da economia: como atender as necessidades humanas ilimitadas, que aumentam com o crescimento da renda, ou com o aparecimento de novas tecnologias, e distribuir da melhor maneira possível os recursos produtivos ou fatores de produção, que são escassos.

Os mercados são, em geral, mecanismos ágeis e eficazes para lidar com a escassez e a escolha.

Fatores de Produção

Terra Refere-se ao espaço geográfico utilizado para que se construa uma fábrica, um edifício empresarial, ou para o plantio e cultivo de produtos agrícolas e criação de animais. Inclui os recursos naturais.

O Brasil, por exemplo, é muito rico neste fator de produção, pois somos grandes exportadores de commodities2 agrícolas e minerais.

1Trade-off: Expressão utilizada para definir a tendência à relação inversa entre variáveis. Por exemplo, com uma quantia de R$ 100, você pode comprar refrigerante ou carne bovina. Você pode gastar todo o dinheiro apenas comprando refrigerantes apenas carne. O mais sensato, porém, é que você compre um pouco de cada bem, até o limite de R$ 100. Porém, dada essa escolha inicial, se você quiser comprar mais carne, por exemplo, terá que abrir mão de uma parcela de refrigerantes por causa da restrição orçamentária de R$ 100. Em resumo, você só terá mais carne se aceitar que isso só será possível se você tiver menos refrigerantes em sua cesta!

2 Commodity: mercadorias em estado bruto ou com grau mínimo de industrialização; matéria prima. São produzidas em grandes quantidades, e provém do cultivo ou da extração. Exemplos: café, soja, trigo, algodão, petróleo, minérios de ferro, de cobre ou manganês, carne bovina ou de frango.

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Trabalho São os recursos humanos, a mão-de-obra que aplica as faculdades físicas e intelectuais no processo produtivo, seja no chão de fábrica, na lavoura, nos escritórios, no ensino, na pesquisa, etc.

Tecnologia Inventário dos métodos de produção conhecidos e empregados em produtos, processos, inovações,que são necessários à produção e ao desenvolvimento produtivo.

Capacidade Empresarial

Competência ou habilidade para organizar, coordenar, tomar decisões, investir, controlar e dirigir um negócio com sucesso, mesmo em ambientes sujeitos a riscos.

Capital É o estoque de equipamentos e estruturas necessárias ao processo produtivo ou para que se possa consumir. Compreende as edificações, as fábricas, os galpões, as máquinas e os equipamentos.

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2.ProblemasEconômicosFundamentais Sabemos que nem todos os fatores de produção são encontrados em todos os países, ou, pelo menos, são encontrados em quantidades nas diferentes nações. As sociedades enfrentam o problema de escassez de recursos para as ilimitadas necessidades humanas. A sociedade, ou um determinado segmento dela, deve decidir, a partir das escolhas coletivas, como empregar, da melhor maneira possível, os recursos existentes e escolher como irão se desenvolver a produção e o consumo no país. Assim, aparecem os problemas econômicos fundamentais, e nos perguntamos:

•O que produzir: dentro das possibilidades existentes de produção, a sociedade deverá escolher o que será produzido;

•Quanto produzir: ainda devido à escassez de recursos, deve-se optar por uma quantidade que racionalize a utilização

dos fatores disponíveis.

•Como produzir: quais os métodos de produção eficientes devem ser escolhidos, de acordo com a tecnologia existente no país, a fim de diminuir os custos de produção e utilizar, da melhor maneira, os recursos disponíveis;

•Para quem produzir: a sociedade também decidirá quais setores serão mais beneficiados e como seus membros participarão da distribuição dos resultados da sua produção

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3.DivisãodoEstudoEconômico Você já deve ter percebido que o estudo da Economia é bastante complexo. Porém, para facilitar esse estudo, os economistas costumam dividi-lo em quatro grandes áreas de especialização, que são as seguintes:

•Microeconomia: estuda os fundamentos das escolhas dos agentes econômicos, ou seja, indivíduos e firmas, e suas interações nos mercados específicos, considerando os recursos escassos de que dispõem, através da Teoria do Consumidor e da Teoria da Firma. Usando a análise da oferta e da demanda por bens e serviços, a Microeconomia descreve como o mercado pode atingir um equilíbrio em relação aos preços e às quantidades demandadas pelos consumidores e ofertadas pelas firmas, tal como você viu no diagrama do fluxo circular da renda. A Microeconomia também estuda as estruturas de mercado em função do grau de concorrência entre as empresas e as implicações disso para a eficiência econômica.

•Macroeconomia: estuda a Economia como um todo, incluindo as causas e os mecanismos corretivos das grandes flutuações das variáveis conjunturais. Importa a determinação e o comportamento dos grandes agregados nacionais, proporcionados em parte pela reunião dos dados setoriais da Microeconomia. Sua estrutura é composta por 5 mercados: Bens de serviços, Mercado de trabalho, Mercado monetário (juros), Mercado de títulos (déficit e superávit) e Mercado de divisas: câmbio, dólar.

Entenda melhor essas duas áreas na figura abaixo.

MICROECONOMIA

Defini-se pela:

Da qual advém: Que são:

O que define:

Relação entre empresase consumidores

3 elementos

Consumidor, empresae produção.

Relação entre ofertae procura

Os preços

Apresenta:

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MACROECONOMIA

Tem foco nos:

Que são:

Cuja estrura é composta de:

Que são:

Agregados econômicos

Renda, emprego, juroscâmbio, títulos, etc...

5 mercados

Bens de serviços Mercado de divisas: câmbio, dolar

Mercado de títulos: défict e superávit

Mercado monetário (juros)

Mercado de trabalho

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•Economia Internacional: estuda as relações de troca entre um país e o resto do mundo através da balança comercial (exportação e importação de bens e serviços) e as relações comerciais e financeiras entre os residentes e os não residentes do país. Contempla as relações econômicas, como transações de bens e serviços e transações financeiras e, também, as relações internacionais do país. Isso se faz necessário porque não há um único país sequer no mundo, que não precise efetuar trocas internacionais de bens e serviços.

•Desenvolvimento Econômico: apesar de possuir um caráter macroeconômico, o desenvolvimento econômico trata de questões de longo prazo, em busca de maneiras para melhorar o padrão da vida da população. Isso quer dizer a melhoria dos indicadores qualitativos da economia. Preocupa-se com o crescimento populacional (taxas de natalidade, de mortalidade, de analfabetismo, de esperança de vida ao nascer etc.). Visa ao aumento do bem-estar da sociedade, ao progresso tecnológico e às estratégias de crescimento.

Entenda melhor sobre Economia Internacional e Desenvolvimento Econômico, na figura abaixo:

ECONOMIA INTERNACIONAL

Relações de troca

Através

O que contempla?

Se faz necessário

Entre um país eo resto do mundo

Não há um único país sequerque não precise efetuar trocas

internacionais de bens e serviços

Da balança comercial edas relações comerciais

e financeiras

Relações econômicas: transaçõesde bens e serviços e transações

financeiras e as relaçõesinternacionais do país.

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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Caráter

Preocupação

Objetivo

Macroeconômico, questõesde longo prazo

Aumentar o bem-estar da sociedade,o progresso tecnológico e asestratégias de crescimento

Mortalidade Esperança de vida

AnalfabetismoNatalidade

Crescimentopopulacional

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4.OsDezPrincípiosBásicosdaEconomia Logo no primeiro capítulo de seu livro “Princípios de Microeconomia”, o economista americano N. Gregory Mankiw relacionou os dez princípios da Economia, sendo quatro os que regem as tomadas de decisão individuais, mais três princípios que dizem respeito a como as pessoas interagem entre si e, por fim, três princípios relacionados ao funcionamento da Economia. Vamos a eles!

Os 10 princípios da Economia

Princípios1, 2, 3 e 4

Tomadas de decisão

individuais

Princípios8, 9, e 10

Funcionamentoda Economia

Princípios5, 6, e 7

Interaçõesentre pessoas

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Princípios Relacionados à Tomada de Decisão Individual

Princípio nº 1 - As pessoas enfrentam trade-offs.

Você já deve ter ouvido a frase “Não existe almoço grátis”! E não existe mesmo, pois até mesmo quando vamos a um almoço do tipo “boca livre”, incorremos em um custo de oportunidade, pois sacrificamos uma alternativa ou outra atividade qualquer que poderíamos estar executando. Porém, a tomada de decisão nos levou a escolher a opção de ir a esse almoço, em detrimento de alguma outra atividade concorrente.

Vejamos mais um exemplo:

Podemos ter um meio ambiente mais limpo, menos poluído, mais sustentável. Mas, para isso, temos que reduzir as atividades industriais poluidoras. Isso pode gerar o desemprego, o que é indesejável. Este é o trade-off: menos poluição, mais desemprego.

Como alternativa, o governo poderia obrigar as empresas a instalarem mecanismos de controle da poluição. Só que isso vai encarecer o preço dos produtos, ou seja, vai gerar inflação.

Percebe por que não existe almoço grátis?

Como agentes econômicos, estamos constantemente às voltas com decisões e escolhas mutuamente excludentes e, por isso, se faz necessário reconhecer e avaliar os trade-offs em nossa vida, porque somente podemos tomar boas decisões se compreendermos muito bem as opções que estão disponíveis.

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Princípio Nº 2 - O custo de alguma coisa é aquilo de que você desiste para obtê-la.

Como os agentes econômicos enfrentam trade-offs, a tomada de decisão entre as diversas alternativas existentes exige a comparação dos custos com os benefícios em cada uma das alternativas. Em muitos casos, porém, a identificação dos custos pode não estar assim tão clara como você gostaria que estivesse. Considere a seguinte hipótese: você trabalha para uma empresa, é um assalariado, e ganha R$ 2.000 por mês. Em dado momento de sua vida, você decide ter o seu próprio negócio, uma pet shop, por exemplo. Você monta um plano de negócios para avaliar o empreendimento e, nele, você indica todas as entradas de receita e todos os seus custos, fixos e variáveis. E chega à conclusão de que vale a pena fazer o investimento, que vai lhe garantir retiradas mensais em valores iguais ou até superiores ao salário que você ganhava como assalariado.

Um pequeno detalhe pode ter escapado ao seu controle: em seus cálculos, você considerou como perda o salário mensal de R$ 2.000 que você ganhava como assalariado?

Se a sua resposta a essa pergunta for “não”, será necessário rever os cálculos, e a razão é simples: ao optar pelo seu próprio negócio, você está abrindo mão de seu status atual. Em outras palavras, e traduzindo em valores, você está sacrificando a alternativa de continuar como assalariado, o que tem um custo mensal de R$ 2.000. Isto nos remete ao conceito de custo de oportunidade. O custo de oportunidade nada mais é que o valor da alternativa que foi sacrificada. Neste exemplo, o seu custo de oportunidade é de R$ 2.000, equivalente ao salário mensal a que você renunciou.

Ele também é chamado de custo alternativo ou custo implícito, pois não envolve desembolso monetário.

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Princípio 3 – As pessoas racionais pensam na margem.

Você conhece expressões do tipo “Comigo é tudo ou nada” ou ainda, “Ou vai ou racha”. Elas pressupõem decisões extremas, radicais, mas você sabe que na vida as coisas não são bem assim. Em Economia, você aprende que as melhores decisões são tomadas “na margem”, ou seja, próximas dos extremos, daquilo que você está fazendo.

Por exemplo, se você acabou de saborear um sorvete do tipo “banana split”, sua próxima decisão poderá ser a de aceitar (ou não) uma colher a mais de sorvete (na margem), mas não a de tomar outra taça de sorvete.

Veja o que acontece numa companhia aérea, citada por Mankiw em seu livro: se umavião tem 130 lugares, e a passagem custa US$ 500, significa que você jamais venderia uma passagem por menos de US$ 500? A resposta é “não”! Imagine que este avião está prestes a decolar e que há 10 assentos vagos. Se aparece um passageiro disposto a pagar US$ 300 pela passagem, a empresa deve recusar? Claro que não, uma vez que os US$ 300 cobrem, com margem folgada, os custos adicionais (custos marginais) para ter um passageiro a mais na aeronave.

Decisões de Estoque

Decisões de Custo

Decisões de Logística

Decisões de Produto

Decisões de Local de Desembaraço

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Princípio nº 4 – As pessoas reagem a incentivos.

Os agentes econômicos tomam decisões por meio de comparações entre custos e benefícios e, se houver alguma alteração nessas variáveis, o comportamento dos agentes pode mudar. Vejamos este exemplo: imagine que você está empenhado em uma campanha antitabaco. Você acha que um imposto de R$ 3 por cada maço de cigarros vendido é um forte incentivo econômico contra a venda de cigarros? Ou você acha que a proibição do fumo em restaurantes e bares é um poderoso incentivo social, mais importante que o imposto? Ou você implementaria as duas medidas simultaneamente? Pense nisso, mas aqui vai uma dica: se olharmos para a indústria automobilística, existem estudos contundentes que indicam que o número de acidentes e de vítimas fatais aumentou muito após a adoção de mecanismos de segurança, como os freios ABS e os air bags instalados nos automóveis. Por quê? Simples! Com esses mecanismos, os maus motoristas se sentem mais seguros para dirigir de forma imprudente, na certeza de que os mecanismos vão preservar a sua vida.

Sobre o Princípio nº 4 (“As pessoas reagem a incentivos”), veja que belo exemplo de mudança de comportamento em função da mudança nos incentivos: no ano de 2013, a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro começou a aplicar multas às pessoas que jogam lixo nas ruas. É a campanha “Lixo Zero”. As ações da Prefeitura tiveram ampla divulgação nas rádios e TV´s, e os resultados apareceram rapidamente: segundo a COMLURB (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) o lixo descartado irregularmente no chão teve uma redução de 50%.

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Recompensar Pessoas

Desenvolver e Manter Pessoas

Monitorar Pessoas

Assista à reportagem do Canção Nova Notícias em http://www.youtube.com/watch?v=y7va_uxx9i8. Link acessado em 26/12/2013 às 21h10min.

Leia a matéria jornalística disponível em (http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/esportes/copa-2014/noticia/2013/11/operacao-lixo-zero-reduzsujeira-pela-metade-no-rio-de-janeiro-4341370.html). Link acessado em 26/12/2013 às 20h30min.

E você? Após conhecer o conteúdo destas duas matérias, se sente motivado a modificar sua atitude diante do problema? Na sua visão, o lixo jogado na rua diminuiu por que as pessoas rapidamente se conscientizaram sobre o seu papel frente ao meio ambiente ou foi simplesmente por que esse gesto pode doer no bolso?

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Princípios Relacionados à Interação Entre os Agentes Econômicos

Princípio nº 5 – O comércio pode ser bom para todos.

Você já pensou em confeccionar em casa as suas próprias roupas? Fabricar o seu próprio sapato? Montar a sua própria bicicleta? Cortar, você mesmo, o seu cabelo? Certamente não, pois, agindo assim, você estaria gastando muito mais dinheiro e tempo, dois dos recursos mais escassos da humanidade, para produzir esses bens e serviços, e com grande risco de produzir bens e serviços de qualidade muito inferior aos existentes no mercado. Há milhares de empresas especializadas em confecções, centenas de lojas e fabricantes de sapatos, montadores de bicicleta e, talvez, um salão de beleza em cada rua! Por isso, o comércio racionaliza os recursos, gerando benefícios para todos!

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Princípio nº 6 - Os mercados são, geralmente, uma boa maneira de organizar a atividade econômica.

Adam Smith3, um dos “pais” da Economia, em seu livro “A Riqueza das Nações”,

indicou que as famílias e as empresas, ao interagirem nos mercados, agem como se fossem guiadas por uma “mão invisível” que as leva a resultados de mercados desejáveis, muito embora, individualmente, cada agente esteja defendendo seus próprios interesses.

A isso chamamos de economia de mercado, na qual milhões de empresas decidem quem contratar e o que produzir. Milhões de famílias decidem em que empresas irão trabalhar e o que comprar com seus rendimentos. Os preços são o instrumento com que a mão invisível conduz a atividade econômica, o que será aprofundado na segunda unidade deste curso. Os preços refletem tanto o valor de um bem para a sociedade quanto o custo social de produzi-lo. Como as famílias e as empresas observam os preços para decidir o que comprar e o que vender, elas levam em consideração, involuntariamente, os custos e benefícios sociais de suas ações.

Sobre o Princípio nº 6 (“Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar a atividade econômica”): este vídeo traz uma breve biografia sobre a vida e a obra de Adam Smith, que é considerado o pai da Economia moderna e que teve a grande sacada da “mão invisível do mercado”. Importante destacar que a Economia é uma ciência social e está interligada com várias outras disciplinas.

3Adam Smith: conheça a vida e a obra no vídeo indicado em Leituras Complementares.

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Assista ao vídeo em:

http://www.youtube.com/watch?v=J9HSmizOhDs.

Acessado em 26/12/2013, às 21h50min.

Princípio nº 7 - Às vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados.

Os mercados só funcionam bem quando os direitos de propriedade são garantidos, assim como os demais direitos e marcos regulatórios funcionam, visando promover a eficiência e a equidade. Se você fosse um fazendeiro, você só cultivaria os alimentos se tivesse a certeza de que suas colheitas não seriam roubadas. Se você fosse dono de um restaurante, você só serviria as refeições se tivesse a garantia de que todos os clientes pagariam as contas antes de ir embora. Todos nós confiamos no governo para providenciar a segurança e a justiça e fazer valer nossos direitos sobre aquilo que produzimos. No caso dos consumidores, ainda temos a proteção legal através do Código de Defesa do Consumidor – Lei no 8.078 de 11 de setembro de 19904.

4Assista ao vídeo sobre a fusão entre a Perdigão e a Sadia e conheça as restrições que o governo impôs à nova empresa,

a BRF – Brasil Foods, visando proteger o consumidor do enorme poder de mercado que ela teria.

AÇÃO DO ESTADO CONSUMIDOR/CLIENTE

Política de defesada concorrência

Concorrência Eficiência econômica

Preços mais baixos

Maior escolha

Melhor qualidade

Inovação

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Sobre o Princípio nº 7 (“Às vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados”). A Sadia e a Perdigão eram duas grandes companhias brasileiras na área de alimentos processados e carnes. Em 2009, na esteira da crise internacional de 2008, as duas empresas anunciaram uma fusão e a criação de uma nova empresa, a BRF – Brasil Foods. Visando evitar a concentração do mercado nas mãos da nova empresa, que poderia resultar em eventuais prejuízos aos consumidores, o governo, através do CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica, estabeleceu um conjunto de restrições à usão.

Assista ao vídeo em:

http://www.youtube.com/watch?v=J9HSmizOhDs.

Acessado em 26/12/2013, às 21h50m.

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244025

103200

47300

27520

11610

4945

2580

1290

430

Em ReaisPaíses

Luxemburgo

Estados Unidos

Coreia do Sul

Brasil

China

Bolívia

Paquistão

Afeganistão

Congo

113500

48000

22000

12800

5400

2300

1200

600

200

Em Dólares

Princípios Relacionados ao Funcionamento da Economia em um País

Princípio nº 8 - O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bens e serviços.

De acordo com dados do FMI – Fundo Monetário Internacional, a renda per capita dos países no ano de 2011 assumiu os seguintes valores, para os países citados:

Renda per capita anual – Base 2011 – Fonte: FMI

É fácil de observar que as diferenças de padrão de vida somente nesse conjunto de países são assustadoras. A renda per capita se reflete em diversos outros indicadores de qualidade de vida. Os cidadãos de países de renda elevada têm mais escolaridade, mais televisores e carros, melhor nutrição, melhores moradias, melhor assistência médica e uma expectativa de vida mais longa do que os cidadãos dos países de baixa renda. Quase todas as variações de padrão de vida podem ser atribuídas a diferenças de produtividade entre países, ou seja, à quantidade de bens e serviços produzidos em uma hora de trabalho. Em países onde os trabalhadores podem produzir uma grande

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quantidade de bens e serviços por unidade de tempo, a maioria das pessoas desfruta de padrões de vida elevados; em nações onde os trabalhadores são menos produtivos, a maioria das pessoas precisa enfrentar uma existência com maior escassez e, portanto, menos confortável.

Princípio nº 9 - Os preços sobem quando o governo emite moeda demais.

O que causa a inflação? Em quase todos os casos de inflação elevada ou persistente, o culpado é o mesmo: um aumento na quantidade de moeda. Quando um governo gasta mais do que arrecada em tributos, precisa emitir grandes quantidades de moeda e, assim, o valor da moeda diminui. A moeda se desvaloriza, e precisamos de mais moeda para comprar a mesma quantidade de alimentos, por exemplo. O Brasil passou por grandes surtos inflacionários nas décadas de 80 e 90, que somente foram debelados após a adoção do Real como moeda, em 1994, e de mais um conjunto de medidas saneadoras. Esse tema será aprofundado na Unidade 7 – Ambiente Inflacionário.

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Princípionº10-Asociedadeenfrentaumtrade-offdecurtoprazoentreinflaçãoe desemprego.

Quando a taxa de desemprego está baixa, isto significa que a maior parte dos trabalhadores está empregada, recebendo salários que serão gastos na compra de bens e serviços, conforme vimos no fluxo circular da renda, no início desta unidade. Se muitas famílias vão às compras, demandando bens, pode ser que os comerciantes percebam esse movimento, e aumentem os preços para aproveitar a “maré de sorte” e também para se precaver na renovação dos estoques. Se falta produto no mercado, os preços sobem, e isso gera um aumento de preços, que é a inflação. Logo, teremos desemprego em baixa, mas com inflação elevada. Se o governo adota medidas fiscais e monetárias paraconter a inflação (medidas restritivas) acontece o efeito inverso: o crédito fica mais caro, a sociedade paga mais tributos, as intenções de compra se congelam, reduz-se a produção de bens, e as fábricas e o comércio demitem trabalhadores. Menos trabalhadores com renda, menores as vendas, e surge a necessidade de ajustar os estoques, através da baixa de preços, o que vai reduzir a inflação. Agora, então, teremos inflação baixa, sob controle, mas com elevado desemprego. Esse tema será aprofundado na Unidade 7 – Ambiente Inflacionário, onde veremos o ambiente inflacionário e a Curva de Philips, indicada na imagem abaixo.

Exemplo:

Ponto A: para uma taxa de inflação baixa, de apenas 2%, a taxa de desemprego é alta = 5%.

Ponto B: para uma taxa de inflação alta, de 6%, a taxa de desemprego se reduz para 3%.

Inflação(%)

6% B

A2%

3% 5% Desemprego%

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O fluxo circular da renda nos ajuda a ter uma ideia sobre o funcionamento básico da economia, onde as famílias e as empresas interagem nos mercados de fatores de produção e de bens e serviços. As trocas no mercado de bens e serviços representam despesas para as famílias e, simultaneamente, receitas para as empresas.

Os fatores de produção são a terra, o trabalho, o capital, a tecnologia e a capacidade empresarial. São eles que ajudam a resolver os problemas fundamentais da Economia: o que produzir, quando produzir, como produzir e para quem produzir.

O estudo econômico se divide em quatro grandes áreas: a Microeconomia, a Macroeconomia; a Economia Internacional e o Desenvolvimento Econômico.

Os princípios econômicos mostram que os agentes econômicos reagem a incentivos e enfrentam trade-offs em suas decisões, incorrendo em custos de oportunidade, mesmo quando tomam decisões na margem. Também mostram que o comércio pode ser bom para todos e que os mercados podem ser uma boa maneira de organizar a atividade econômica, mas a intervenção governamental pode ser necessária para melhorar os resultados do mercado.

Os princípios econômicos evidenciam que o padrão de vida de um país depende da capacidade deste país em produzir bens e serviços de forma eficiente e competitiva. Se o governo se mostra ineficiente na condução de seus gastos, pode precisar emitir moeda, gerando inflação, que pode afetar diretamente o mercado de trabalho.

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Sobre o Princípio nº 4 (“As pessoas reagem a incentivos”).

Assista à Reportagem do Canção Nova Notícias em http://www.youtube.com/watch?v=y7va_uxx9i8. Link acessado em 26/12/2013 às 21h10min.

Leia a matéria jornalística disponível em (http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/esportes/ copa-2014/noticia/2013/11/operacao-lixo-zero-reduz-sujeira-pela-metade-no-rio-de-janeiro- 4341370.html). Link acessado em 26/12/2013 às 20h30min.

Sobre o Princípio nº 6 (“Os mercados são, geralmente, uma boa maneira de organizar a atividade econômica”).

Assista ao vídeo em http://www.youtube.com/watch?v=J9HSmizOhDs. Acessado em 26/12/2013, às 21h50min.

Sobre o Princípio nº 7 (“Às vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados”).

Assista ao vídeo em http://www.youtube.com/watch?v=Skyaroo_oO0. Link acessado em 26/12/2013 às 22h15min.

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PINHO, Diva Benevides; VASCONCELLOS. Marco A. S. de (org.) Manual de Economia. Equipe de professores da USP. 5ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2004.

VASCONCELLOS, Marco A. S. de; GARCIA, Manuel E. Fundamentos de Economia. 3ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2008.

PASSOS, Carlos Roberto Martins; NOGAMI, Otto. Princípios de Economia. 5ª Edição. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

ROSSETI, José Paschoal. Introdução à Economia. 20ª Edição. São Paulo: Atlas, 2010.

VASCONCELLOS, Marco A. S. de. Economia:microemacro. 4ª Edição. São Paulo: Atlas, 2009.